o que É o tempo? vocÊ sabe a diferenÇa entre tempo sagrado e tempo profano? como o tempo É...

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O QUE É O TEMPO?

VOCÊ SABE A DIFERENÇA ENTRE

TEMPO SAGRADO E TEMPO

PROFANO?

COMO O TEMPO É PENSADO NAS

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS?

Escutar a música “Tempo Perdido” de Renato Russo –

Legião Urbana.

TEMPO PARA TUDO

Tudo neste mundo tem seu tempo; cada coisa tem sua ocasião. Há um tempo de nascer e tempo de

morrer; tempo de plantar e tempo de

arrancar; tempo de matar e tempo de curar;

tempo de derrubar e tempo de construir;

Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar:

tempo de chorar e tempo de dançar;

tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;

tempo de abraçar e tempo de afastar;

Há tempo de procurar e tempo de perder;

tempo de economizar e tempo de desperdiçar;

tempo de rasgar e tempo de remendar;

tempo de ficar calado e tempo de falar.

Há tempo de amar e tempo de odiar tempo de guerra e tempo de paz.

A Bíblia Sagrada Eclesiaste 3 1-8

A letra da música “Tempo Perdido” e o trecho da Bíblia “Tempo para Tudo” nos permite refletir sobre a

passagem do tempo. Na sua opinião esse tempo pode ser entendido como tempo sagrado ou tempo

profano? Justifique.

TEMPO SAGRADO PARA AS TRADIÇÕES

RELIGIOSAS

Toda religião possui uma data que convenciona como o início do

tempo.

No entanto, cada tradição religiosa

tem uma maneira específica de

reviver e comemorar o tempo

sagrado.

MAS O QUE É O TEMPO

SAGRADO?

Para ELIADE, tempo sagrado é o tempo

mítico, ou seja,

primordial, o tempo da origem das

coisas que se torna presente. Cada

festa sagrada,

cada tempo litúrgico consiste na

atualização de um evento

sagrado que teve lugar num

passado mítico. (2001. p 63)

Podemos dividir em duas percepções para definir o tempo para as religiões: o tempo cíclico e o tempo linear.

Tempo cíclico: é aquele em que o fim é sempre um novo começo. Por exemplo, na cultura hindu, na qual a

reencarnação é uma crença religiosa, o tempo é cíclico, pois a

morte significa uma nova vida. (SILVA, p. 390)

Para os iorubás, tudo o que acontece é repetição pois já foi experimentado antes por outro ser humano, por outro antepassado, pelos próprios orixás. (Revista Brasileira de Ciências Sociais - Candomblé and the time)

Tempo linear: é aquela que acredita em um único início para o mundo, o universo e a história, e em um único final. Por exemplo, a crença judaíco-cristã:

“O mundo foi criado por Deus do nada, evolui de modo constante e culminará na destruição total, na

volta para o nada. Assim, criado por Deus, o universo tem toda a sua

história dirigida para o fim, também determinado por Deus, onde Este irá separar os bem-

aventurados dos que não merecem o Paraíso”. (SILVA, p.

391)

A grande diferença entre o tempo linear e o tempo cíclico é que, enquanto para o primeiro a história tem começo, meio e fim, para o segundo ela está sempre recomeçando. (SILVA, p. 391)

TEMPO DE CRIAÇÃO PARA AS RELIGÕES

Uma das possibilidades de trabalhar

com a temporalidade sagrada é por

meio dos mitos. Neles encontramos

uma das formas de entender a origem

das coisas ou a origem da criação do

mundo.

EXEMPLOS DE MITO DE

CRIAÇÃO:

Mito de criação - Índios Dessâna

Mito de criação - Tradição Judaíco-Cristã

Mito de criação – Exu ajuda Alofim na criação do mundo.

Outra possibilidade de trabalhar com a temporalidade sagrada é pela passagem do Ano Novo.

O Ano Novo é uma reatualização, ou seja, a retomada do tempo em seu

primórdio, isto é, aquele que existia no momento da Criação.

Na China, o Ano Novo é comemorado segundo o calendário

lunar.

Cada ano é dedicado

a um animal do signo

chinês.

No judaísmo, a comemoração que marca o início do

ano

chama-se “Rosh

Hashaná”.

No hinduísmo, uma das festas de comemoração de Ano Novo é o Divali, conhecida também, como “Festas das Luzes”.

Solicitar aos estudantes uma pesquisa de como se manifesta o tempo sagrado nas festividades da passagem de ano na região em que mora.

REFERÊNCIAS:

ELIADE, M. O Sagrado e o Profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992. p. 63 à 98._________ Tratado de História das Religiões. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008. p. 313 à 331.PRANDI, R. Mitologia dos Orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p. 44 à 45.SILVA, K. V. e SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. 2ª edição. São Paulo: Contexto, 2006.VILHENA, M. A . Ritos: Expressões e propriedades. São Paulo: Paulinas, 2005. p. 123 à 145.

Sites consultados:http://www.brasilescola.com/china/ano-novo-chines.htmhttp://www.scielo.brhttp://www.gper.com.br/?sec=matdid&id=1294

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