o mundo dos bens mary douglas e baron isherwood

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Apresentação feita no PPG em Design da Unisinos em 2010 por Angela Severo e Angelo Cruz na disciplina de Sociedade de Consumo

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Angela Severo e Angelo Cruz

A obra constrói uma ponte entre o que os economistas dizem sobre tema “comportamento consumista” e o que os antropólogos afirmam sobre os motivos que levam as pessoas a desejarem as coisas,

Sem condenar o materialismo nem o consumismo, o texto sugere uma maneira de conceber o consumo,como uma série de rituais e fala que os padrões de consumo revelam o padrão das sociedades.

O MUNDO DOS BENSO MUNDO DOS BENS

Mary Douglas e Baron

Isherwood ela uma das principais antropólogas inglesas e ele um importante economista inglês.

O objetivo do texto é a análise do fluxo dos bens e como os mesmos afetam a sociedade.

As dimensões culturais e simbólicas do consumo, e para a diversidade de motivações do ato de consumir e citam que os bens de consumo são, comunicadores de categorias culturais e valores sociais.

O consumidor exerce uma escolha livre,soberana,o consumo não é imposto

O consumo não é um modo de comportamento que segue a fixação dos padrões sociais,é parte de um modo de vida

Bens funcionam simultaneamente como cercas e pontes,pois ao mesmo tempo eles integram,excluem e classificam os indivíduos

a partir das escolhas realizadas nas práticas de consumo

Duplo papel, provendo subsistência e desenhando as linhas das relações entre indivíduos e grupos

Bens de consumo: comunicar, criar identidade e estabelecer relações

Economistas:Consideram que temos dois tipos de necessidades:as físicas e as espirituais, priorizando as físicas,

Alianças entre antropologia e a ciência econômica, trazem a economia mais próxima da humanidade.

Economistas: evitam de fazer esta pergunta - demanda esta no centro da origem da disciplina.

Antropologia:disciplina que melhor dá conta da diversidade, multiplicidade experiências e questões que se colocam no universo do consumo

Teoria das necessidades por inveja:necessidade de demandas de bens é influenciada pela inveja (economia) buscar o entendimento da inveja (antropologia)

Fraqueza da teoria utilitarista ,não tendo receptividade á idéia de consumo que dá precedência a interação social,considerando que as pessoas querem o que querem para ter controle,de modo que abre caminho para envolver culturas políticas no ciclo econômico

Os economistas são seus próprios críticos mais severos quando se trata de limitações da teoria do consumo

Indivíduos agem racionalmente á medida que suas escolhas são consistentes,seus gostos devem ser tomados como dados e que ele reagem a queda de preços comprando mais e a alta de preços comprando menos.

Para os antropólogos a racionalidade mínima, tira de cena seus objetivos racionais,os tornam triviais sob o termo “gostos”.

Os indivíduos poupam por muitas razões,para sua aposentadoria,para comprar um carro, casa e outros bens e serviços

Keynes,declarou uma regra psicológica: homens se dispunham a aumentar seu consumo quando aumenta sua renda,porém não no mesmo volume,ficando satisfeito num nível particular de renda

Primeira Fronteira Idéia essencial à teoria econômica: O consumo não é

imposto. A escolha do consumidor é uma escolha livre. O consumidor pode ser irracional, supersticioso, tradicionalista, ou experimental: a essência do consumidor individual do economista é que ele exerce uma escolha soberana.

Segunda Fronteira Idéia central a contabilidade nacional: O consumo

começa onde termina o mercado. O que acontece aos objetos materiais quando deixam o posto varejista e passam para as mãos dos consumidores finais é parte do processo de consumo.

Em conjunto estas duas fronteiras,supõe que o consumo seja um assunto privado

O consumo é a arena em que a cultura é objeto de lutas que lhe conferem forma.

No campo do consumo existe uma fronteira espontânea e operativa entre duas espécies de serviço: Os serviços profissionais pagos com dinheiro, e a serem classificados como comércio, e os pessoais recompensados em espécie e de nenhuma outra forma

Os bens são necessários para dar visibilidade e estabilidade às categorias da cultura. As posses materiais não são apenas para suprir as necessidades. Os bens tem outro significado: Estabelecer e manter relações sociais.

Vídeo

A função essencial do consumo é dar sentido

exemplo tribo Nuer (gado na tribo)

A função essencial do consumo é dar sentido

“Esqueçamos a idéia da irracionalidade do consumidor, esqueçamos que as coisas são boas para comer, vestir e abrigar, esqueçamos a sua utilidade e tentemos em seu lugar a idéia de que as mercadorias são boas para pensar: tratâmo-las como um meio não verbal para a faculdade humana de criar.”

A teoria da estrutura social de Blau1 tentou construir uma sociedade a partir das relações mais simples entre os indivíduos, segundo Blau, a maioria dos prazeres tem suas raízes na vida social.

Sociólogo norte-americano, dedicou-se prioritariamente ao estudo das organizações. Sendo um expoente da teoria das trocas (exchange theory ) numa vertente individualista. Esta teoria vê semelhanças entre as interações sociais e as transações econômicas e de mercado, sendo que neste contextos existe a expectativa de que as vantagens proporcionadas rendam contrapartidas.

Porém , segundo os autores, não há processo simples nas relações entre indivíduos. Elas podem ser arbitrariamente postuladas e, assim, o foco de Blau sobre o poder é ele mesmo uma restrição arbitrária e tendenciosa.

Nenhum, ser humano existe senão fixado na cultura de sua época e lugar.

Três posições intelectuais defendem esta abordagem:

Movimento filosófico da fenomenologia - Coloca o indivíduo num contexto social, tratando o conhecimento como uma construção conjunta.

Estruturalismo: Cuja teoria ultrapassa os esforços do pensador individual, e enfoca os processos sociais do conhecimento.

Movimento Sociológico Californiano (etnometodologia): Afirma que a realidade é socialmente construída e também pode ser analisada como estrutura lógica de uso. Sua abordagem começa a partir da idéia de que o significado está entranhado e que nunca é facilmente apanhado na superfície da comunicação.

O QUE É SIGNIFICADO?

• O principal problema da vida Social é fixar significados de modo que fiquem estáveis por algum tempo

• Viver sem rituais é viver sem significado claro e sem memória.

• Rituais usam coisas materiais, e quanto mais custosa a pompa ritual mais forte a intenção de fixar significados.

Nesta perspectiva os BENS são acessórios RITUAIS, o consumo é um processo RITUAL, cujo objetivo é dar sentido ao fluxo incompleto dos acontecimentos.

O objetivo do consumidor é construir um

universo inteligível com os bens que escolhe.

Os bens são portanto a parte visível da cultura, e são arranjados em perspectivas e hierarquias que dão espaço para a variedade total de discriminações.

O indivíduo usa o consumo para dizer alguma coisa sobre si mesmo (e sobre o que o cerca).

Obrigado!

http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/04/nova-classe-media-brasileira-esta-cheia-de-vontade-de-comprar.html

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