o ministério p benefício de prestação continuada (bpc) · pdf...

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O MO MINISTÉRIOINISTÉRIO P PÚBLICOÚBLICO EE OO B BENEFÍCIOENEFÍCIO DEDE

PPRESTAÇÃORESTAÇÃO C CONTINUADAONTINUADA (BPC) (BPC)

*S im one Montez Pinto Monte iro

O Ministério Público é, conforme o artigo 127 da Constituição Federal, instituição

permanente, essencial a função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da

ordem jurídica, do regime democrático, dos interesses ciais e individuais indisponíveis.

ou seja, tem a função de um OMBUDSMAN, ouvidor da sociedade, defensor e advogado

da sociedade. O artigo 129 da Constituição Federal estabelece:

“III – promover o inquérito civil e a ação civil pública, para proteção do patrimônio

público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos”.

Nos “outros interesses difusos e coletivos” estão os interesses dos portadores de

deficiência, o artigo 3º da Lei nº 7.853/89, e dos idosos.

Em relação ao BPC, Benefício de Prestação Continuada, artigo 31 da Lei de

Organização da Assistência Social (LOAS), Lei nº 8.742/93, dispõe que:

“Cabe ao Ministério zelar pelo efetivo respeito aos direitos estabelecidos nesta

Lei”.

O Ministério Público irá fiscalizar se a lei está sendo observada e se os direitos

difusos ou coletivos, neste caso, dos portadores de deficiência e idosos estão

assegurados. Se não estiverem? Cabe ao Ministério, pleitear a tutela jurisdicional, ou

seja, ingressar com ação civil pública solicitando do Judiciário que decida

conforme a lei.

O benefício de prestação continuada é um benefício no or de seu artigo 203,

inciso V, para a pessoa com deficiência, sem limite d dade, e para o idoso com mais de

67 anos, que comprovem não ter condições financeiras de se manter e nem de ter sua

subsistência mantida pela família.

Poderá requerer o benefício, pessoa com deficiência ou idosos, brasileiro, ou o

estrangeiro naturalizado e domiciliado no Brasil, que receba pensão ou

aposentadoria da previdência do país de origem.

Z :\C A O D H \ P ess oas c om D e fi ciê nci a\A rt igo s Ju ríd ico s \M P _e_ B P C .d oc

As pessoas com deficiência devem possuir algum tipo de deficiência que as

incapacite para o trabalho e para ter uma vida indepen te, não havendo limite mínimo

de idade. Sendo assim, para receber o benefício, se a a portadora de deficiência

não poder exercer nenhuma atividade remunerada, não deve receber nenhum benefício

(pensão ou aposentadoria) da Previdência Social ou outro regime previdenciário ou

assistencial e deve possuir uma renda familiar mensal pessoa) de valor inferior a um

salário mínimo.

Considera-se família, para efeito de concessão do benefício assistencial, o

conjunto de pessoas que são parentes entre si e que vivem sob o mesmo teto, cuja

economia é mantida pela contribuição de seus integrantes. São integrantes da família, o

cônjuge (marido ou mulher), a companheira, o companheiro, o filho, os pais, o irmão, o

enteado, e o menor que esteja sob tutela.

A deficiência deverá estar comprovada pelo Laudo de Avaliação para pessoa

portadora de deficiência, realizado pela perícia médica do INSS, ou por equipe

multiprofissional do Sistema Único de Saúde – SUS, ou a por profissionais de

entidades ou organizações de reconhecido competência t cnica, que são aquelas que

tradicionalmente prestam serviços com padrão de qualidade aos portadores de

deficiência, como a APAE. Para comprovar a renda familiar e o exercício de atividade

remunerada, basta uma simples declaração pelo requeren u por seu represente legal.

O portador de deficiência, ou seu representante, deverá comparecer ao Posto do

INSS mais próximo de sua residência a fim de preencher o formulário próprio para

requerimento do benefício.

Havendo qualquer dúvida sobre o benefício basta procurar: Conselho Municipal

de Assistência Social, do Idoso ou da Pessoa Portadora de Deficiência; Assistente Social

da Prefeitura; Representante do Ministério Público em cidade, que poderá ser o

Promotor de Justiça (Estadual) ou Procurador da Repúbl (Federal), que exerça

atividades em seu município.

Caso o benefício seja indeferido, uma Ação para Concessão de Benefício

Assistencial deverá ser proposta por Advogado ou Defensor Público, perante a Justiça

Federal (se houve na sua cidade) ou perante a Justiça stadual (se não tiver Fórum na

Justiça Federal na cidade).

O benefício não é vitalício, sendo devido ao portador deficiência enquanto

perdurarem as condições que autorizaram sua concessão; enquanto a pessoa portadora

de deficiência estiver incapacitada para se sustentar, pois, por exemplo, uma criança, na

vida adulta, poderá conquistar vida independente; enquanto não possuir renda familiar

(por pessoa) superior a 1/4 do salário mínimo.

Z :\C A O D H \ P ess oas c om D e fi ciê nci a\A rt igo s Ju ríd ico s \M P _e_ B P C .d oc

A revisão do benefício deverá ser realizada a cada dois anos, conforme o artigo

21 da Lei 8.742/93, e a primeira delas deveria ter se do em 1º de dezembro de

1997, no entanto, estão elas atrasadas, mas já se iniciaram pelo país, inclusive aqui no

Estado de Minas Gerais.

Em caso de dúvida, quanto ao direito ao benefício de p stação continuada,

procure o Promotor de Justiça de sua cidade, no Fórum local.

Se você tem direito ao BPC, não abra mão dele.

*Promotora de Jus tiça de De fe s a dos Dire itos das Pes s oa Portadora de Deficiência e

Idos os / Minis té rio Público de Minas Gerais .

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