o making of das pesquisas científicas prof. dr. antonio carlos palandri chagas...

Post on 22-Apr-2015

110 Views

Category:

Documents

1 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

O making of das pesquisas científicas

Prof. Dr. Antonio Carlos Palandri Chagas

antonio.chagas@incor.usp.br

DOURADO, CHAGAS & CASELLA - 2010DOURADO, CHAGAS & CASELLA - 2010

Evolução da Humanidade

Mudança do Rumo da HumanidadeMudança do Rumo da Humanidade

Dificuldade de obter alimentação.

Alta incidencia de Doenças,

principalmente as Infecto-contagiosas

Baixa Expectativa

de Vida

~ 30 anos

Ciencia+Pesquisa e Tecnologia =

Alimentação Farta,Resolução da

maioria das doenças Infecto-contagiosas

Alta expectativa de Vida

~ 70 anos

Evolução Tecnológica Evolução Tecnológica Aumento da Expectativa de VidaAumento da Expectativa de VidaDOURADO, CHAGAS & CASELLA - 2010DOURADO, CHAGAS & CASELLA - 2010

A TECNOLOGIATECNOLOGIA iniciou-se com a produção de instrumentos de trabalho,

ferramentas - que facilitaram a ação do homem sobre a natureza e a sua

sobrevivência.

TECNOLOGIA E CIÊNCIATECNOLOGIA E CIÊNCIA

O FAZER CIÊNCIAFAZER CIÊNCIA é procurar CONHECIMENTO.CONHECIMENTO.

PARA CONSEGUIR AVANÇO PARA CONSEGUIR AVANÇO TECNOLÓGICO FOI PRECISO FAZER TECNOLÓGICO FOI PRECISO FAZER CIÊNCIACIÊNCIA

CIÊNCIACIÊNCIA

Energia nuclearPolítica, Medicina, Agricultura

TransistorMicrocircuitos, Computadores, Internet.

DNAMedicina, Biotecnologia

A Ciência mudou o mundo em todos os setores.A Ciência mudou o mundo em todos os setores.

TECNOLOGIATECNOLOGIA

PESQUISA

CIÊNCIACIÊNCIA

BENEFÍCIO DA HUMANIDADEBENEFÍCIO DA HUMANIDADE

INTER-RELAÇÃO

INTER-RELAÇÃO

RELAÇÃO TECNOLOGIA, CIÊNCIA e PESQUISARELAÇÃO TECNOLOGIA, CIÊNCIA e PESQUISA

PesquisaPesquisa é o é o INSTRUMENTOINSTRUMENTO que a Ciência utiliza com a que a Ciência utiliza com a

finalidade de finalidade de contribuircontribuir para o desenvolvimento do para o desenvolvimento do

Conhecimento.

A A Pesquisa MédicaPesquisa Médica pode ser do tipo: pode ser do tipo:

- Clínica Clínica

- Experimental- Experimental

PESQUISAPESQUISA

Dúvidas, problemas, questões de difícil solução

Aplicação de uma Metodologia Científica adequada

Obtenção de soluções, dados, parâmetros e respostas

Pesquisa Experimental AnimalPesquisa Experimental Animal

É o conjunto de procedimentos sistemáticos em animais, baseados no raciocínio

lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos,

mediante a utilização de métodos científicos que normalmente não são

reprodutíveis em seres humanos.

FASES DE PESQUISA CLÍNICA COM NOVOS FÁRMACOS

Pré - clínica I II III IV

PRODUTO

QUIMICO

NA

NATUREZA

CULTURA

BACT OU

CÉLULAS

CAMUND

RATOS

COELHOS

CÃES

MACACO

HUMANO

SADIO

N

PACIENTENNN

PACIENTE

FARMACO-

VIGLILÂNCIA

Exemplo de Aplicação de Experimentação Animal:

Desenvolvimento de novos fármacos

• Aristóteles (384 - 322 ac) início de dissecção em diferentes animais

•Erasistratus (304 – 258 ac) experimentação com animais vivos

•Época medieval proibição pelas autoridades eclesiásticas

•França (1800): Reinício da Experimentação Animal com inauguração

do primeiro Centro

Experimental Biológico e Médico

Histórico da Experimentação Animal

Características desejáveis da Características desejáveis da

Pesquisa ExperimentalPesquisa Experimental

• Pesquisa que não pode ser desenvolvida em pacientes

• Proximidade com o modelo humano

• Baixa variabilidade dos resultados

• Uniformidade estatística

• Reprodutibilidade dos resultados

Limitações da experimentação animal

Efeitos nos animais nem sempre prediz acuradamente os efeitos nos seres humanos.

Diferenças entre espécies..

Ex: - chocolate pode ser venenoso para cães

(mais especificamente, teobromina, um componente do chocolate);

- cortisona e insulina são mortais para muitos animais

Alguns sintomas são difíceis de descobrir em animais Ex: - pequenas dores

ANIMAIS ANIMAIS MAIS UTILIZADOSMAIS UTILIZADOS

EM PESQUISA EXPERIMENTALEM PESQUISA EXPERIMENTAL

• Peso macho 20-40g e fêmeas 18-35g• Longevidade 1-4 anos

Camundongos

• Origem : camundongo selvagem (Mus musculus)

• Geneticistas - linhagens isogênicas e heterogênicas (Mus domesticus)

Tamanho pequeno - fácil de manusear, porém o pequeno tamanho os tornam extremamente suscetíveis às alterações das condições ambientais (2 a 3ºC)

Tempo de vida curto modelo útil para estudos relacionados com idade e toxicologia crônica

Alterações genéticas favoráveis (Knock-out)

Utilização em laboratórios

• Utilização experimental elucidação de processos fisiológicos e bioquímicos microbiologia avaliação da segurança e eficácia de produtos farmacêuticos

Exemplos de algumas linhagens Balb/cSuscetíveis à pneumonia crônicaUsados para produção de anticorpos monoclonais

C57BL/6Amplamente utilizados como linhagem padrão para manutenção de muitas mutaçõesSuscetíveis à inoculação do bacilo da tuberculoseDBA/2Apresentam deficiência de vitamina KResistentes à infecções de Plasmodium e Leishmania

Ratos• Origem : rato Norway marrom Rattus norvegicus

• Primeira espécie de mamíferos a ser usada sistemicamente para propósitos científicos (França, 1856 - efeito da adrenalina em ratos albinos )

• Peso macho 300-400g e fêmeas 250-300g

• Longevidade 4 anos

• Dieta universal comida: 100g/dia água: 80 a 110 mL/dia

Grande adaptabilidade modelo adequado para uma variedade de

diferentes tipos de pesquisa

Utilização Experimental em:

endocrinologia bioquímica farmacologia toxicologia fisiologia experimental

→ neurofisiologia→ oncologia→ imunologia→ imunogenética→ parasitologia

Exemplos de algumas linhagens• Wistar e Sprague-Dawley albinoAnimais de fácil manipulação

• SHR Incidência alta de hipertensão (200mmHg), sem lesões nos rins

• Lewis albinoElevado nível de tiroxina, insulina e hormônio do crescimentoTornam-se obesos com dieta rica em gorduraDesenvolvem miocardite

• Peso macho 85-130g e fêmeas 95-150g• Longevidade 3 anos

Hamster

• Origem Sírio (Mesocricetus auratus) Chinês (Cricetulus griseus) Europeu (Cricetus cricetus)

Utilização experimental : Hamster ChinêsUtilização experimental : Hamster Chinês

- Alta incidência de Diabetes mellitus

- Baixo nº cromossômico (22): estudos citológicos (genética, cultura de tecido e radiação)

- É o modelo mais seguro para estudo dos efeitos carcinógenos químicos nos rins e nas bexigas

- Tolerantes a lavagens pulmonares (estudo de inalação)

- Teratologia (curto período de gestação)

Utilização experimentalUtilização experimental

Grande semelhança aos seres humanos

Técnicas e treinamento de transplantes e microcirurgias

Modelos de Isquemia Miocárdica e Insuficiência Cardíaca

Cães

• Origem Canis familiares (Beagle, Corgi, Boxer, Labrador e cães de rua - mongrel)

• Condições especiais devem ser consideradas desnutrição, desidratação, ecto e endoparasitoses e doenças infecto-contagiosas

Demonstration of LAD occlusion model.

Occluder

Chagas ACP et al, 1992

Infarto Agudo do MiocárdioColoração pelo Cloreto de Trifenil Tetrazólio

Chagas ACP et al, 1992

Avaliação da Função Mitocondrial no Miocárdio Isquêmico

Chagas ACP et al, FASEB J 2000

Coelhos

• Origem: gênero Oryctolagus sp. (cuniculus, mais comumente).

A variedade albina é de fácil criação, especialmente a raça New Zealand, que chega a ter 4 – 5 kg de peso

Apresenta algumas dificuldades de manutenção em biotérios, sensível à manipulação e pouco resistente às infecções.

Existem muitas raças, todas utilizadas em estudos farmacológicos e imunológicos.

É um ótimo modelo experimental utilizado para estudos da aterosclerose.

Porcos e Macacos

PorcosPorcos

Ótimo para modelo de estudos com Válvulas Ótimo para modelo de estudos com Válvulas Cardíacas, bem como em modelos de células-Cardíacas, bem como em modelos de células-tronco.tronco.

SSegundo HUGHES em revisão publicada em 2003, para o avanço da terapia angiogênica seria necessário que os modelos experimentais adequados fossem testados para provar a eficiência e o potencial desta terapia antes da utilização em seres humanos.

Macacos

Utilizados em modelos de aterosclerose, pois Utilizados em modelos de aterosclerose, pois as lipoproteinas de chimpanzés, assim como as lipoproteinas de chimpanzés, assim como de baboons e macacos Rhesus, favorecem o de baboons e macacos Rhesus, favorecem o desenvollvimento desta patologia.desenvollvimento desta patologia.

Porcentagem de animais cedidos a alunos de Pós-graduação – FMUSP 1998

Camundongos

Cobaias

Hamsters

Cães

Ratos

Coelhos

14 72914 729 - 46%378378 -1%

12 23112 231 – 39%

2 2242 224 -1%

2 0082 008 – 6%

186186 – 1%

ÉTICA NAEXPERIMENTAÇÃO ANIMAL

ÉTICA NA EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL• Animais são utilizados em pesquisas científicas pelo menos desde o

século V a.C.

• O uso intensivo de animais em experimentos científicos foi crescente a partir dos anos 1800.

• Na década de 1950 aparecem estudos filosóficos apregoando a necessidade de regulamentar o uso de animais para fins científicos e didáticos.

• No Brasil não existe lei específica que regulamente a pesquisa que utiliza modelos animais. A legislação existente sobre o tema são as Normas para a Prática Didático-científica da Vivissecção de Animais (Lei 6.638 de 08/05/1979) e a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 12/02/1998).

REPLACE - Substituição do uso de animais por métodos alternativos, tais como: testes in vitro, modelos matemáticos, cultura de células e/ou tecidos, simulação por computador, etc.

REDUCE - Redução do número de pesquisas realizadas em modelos animais, redução do número de animais utilizados nas pesquisas e aumento na qualidade do tratamento estatístico.

REFINE - Refinamento das técnicas utilizadas visando minorar a dor e o sofrimento dos animais, incluindo cuidados de analgesia e assepsia nos períodos pré, trans e pós-operatório.

Três R’s da Experimentação AnimalRussel & Burch - 1959

Três R’s da Experimentação AnimalSmith - 1978

Reformulou a definição dos 3R's como sendo "todos os procedimentos que podem substituir completamente a necessidade de efetuar experiências com animais, reduzir o número de animais necessários, ou diminuir o sofrimento sentido pelos animais utilizados para o benefícios de humanos e outros animais

• Definir objetivos legítimos para a pesquisa em animais

• Impor limites à dor e ao sofrimento

• Garantir tratamento humanitário

• Fiscalizar instalações e procedimentos

• Garantir a responsabilização pública

Critérios normativos mínimos para as pesquisas que utilizam animais

BEM-ESTAR ANIMAL

A experimentação ainda é inevitávelainda é inevitável, entretanto o número de animais utilizados deve ser o mínimomínimo, sendo que estes devem ser mantidos sob condições condições ótimasótimas

Falta de conhecimento = Sofrimento animalFalta de conhecimento = Sofrimento animal

Sofrimento animal: Percepção da Dor

Somente os Somente os seres humanosseres humanos registram e registram e SOLICITAM SOLICITAM tratamento tratamento da dorda dor

A DOR em animais geralmente:A DOR em animais geralmente:

Subdiagnosticada Subdiagnosticada Subestimada Subestimada

Pistas a observar

1. Claudicação ou locomoção alterada;

2. Elevação do membro lesionado;

3. Estabelecimento de posturas anormais;

4. Expressão de sofrimento e angústia;

5. Olhar para o local doloroso;

6. Lamber, coçar o local dolorido.

Pontos a Ponderar

• Ciência e Tecnologia dependem de Pesquisa para se desenvolverem e trazer benefícios para a Humanidade

• Na Pesquisa Médica existe ainda hoje a necessidade de se utilizarem modelos experimentais animais.

• A Experimentação Animal tem obrigatoriamente ser bem planejada e elaborada, com o mínimo possível de animais, levando-se sempre em conta o modelo animal ideal para o bom resultado da pesquisa.

• Todos os preceitos de Ética, Conforto assim como os de Sacrifício do animal, têm de ser rigorosamente aplicados.

Curso INCOR para Jornalistas - Edição 2010

Medicina de Transição na Doença Cardiovascular

Prof. Antonio Carlos Palandri ChagasIncor – FMUSP

antonio.chagas@incor.usp.br

Importância Global das DCV

Fonte: Organização Mundial da Saúde, http://www.who.int/cardiovascular_diseases/en/

Cancer+Doenças Resp. Cronicas

+ Diabetes; 22%

Acidentes; 9%

Outras doenças cronicas; 9%

Doenças Cardiovasculares

30%

Doenças comunicáveis, Condições maternais,

perinatais e deficiências

nutricionais ; 30%

Importância da DCV no Brasil

Mortalidade proporcional acima de 30 anos - 2005

Total Mortes = 860 727

Fonte: www.datasus.gov.br

DCV32,40%

16,50%

10,40%

8%

DCV (Nº=279304) Neoplasias (Nº=141709)

D. Respiratorias (Nº=89610) C.Externas (Nº=69235)

Burden of Diseases

Roberts R. J of Cardiovasc Trans Res 2008;1:11-16

Obs.:1) 20 diseases account for 80% of deaths in the world.2) CV diseases, cerebrovascular diseases and cancer account for about 70%.

WHO, 2005

Medicina de Transição (Translacional)

Definição:É a que transfere conhecimentos das ciências básicas, identificando estruturas e funções fisiológicas, visando o entendimento de mecanismos ou desenvolvimento de instrumentos diagnósticos ou terapêuticos de uso clínico.

Objetivos da Medicina de Transição

1) Encurtar o caminho bancada/leito

2) Integrar rapidamente o conhecimento científico com o desenvolvimento tecnológico

Fisiologia e Fisiopatologiavascular. FR

MiocárdioIsquêmico

Cel. Miocárdica-compartimentos subcelulares

Endotélio

Inflamação,Estresse oxidativo

Moléculas,Genes- SNP

InteraçõesGenes- ambiente

Farmacogenética

Genéticafuncional

Medicinaregenerativa

Observações clínicas1ª causa de morte

Fatores de Risco

Estudos randomizados Tto. médico e intervenções

Medicina baseada em Evidências

Diretrizes

Principais Avanços• Cinecoronariografia• Tto. de Síndr. Coronária Aguda• Cir. Revasc. Miocárdica

• Imagem• Tratamentos clínicos• Intervenções percutâneas (ATC)

Conhecimento da Aterosclerose: Um Século de Evolução

Impacto sócioeconômico

EstudosClínicos

EstudosLaboratoriais

Coelhos alimentados com mistura de ovos e leite aterosclerose

• A. I. Ignatowski, 1908:

Notas Históricas em Aterosclerose

Coelhos receberam fluído de músculo, suplemento com clara de ovo ou só a gema de ovo; só a gema produziu aterosclerose

• N. W. Stuckey, 1910:N. W. Stuckey, 1910:

Coelhos alimentados com suplemento de colesterol puro aterosclerose

• N. Anichkov e S. Chalatov, 1913:N. Anichkov e S. Chalatov, 1913:

As Dez Maiores Descobertas em MedicinaCap. 7. Friedman & Friedland

1961;55:33-50

Prêmio Nobel de Medicina, 1985

Brown MS and Goldstein JL.Nobel Lecture, 9 december, 1985

Medicina de Transição :Exemplos:• Genoma humano• Células tronco – Piero Anversa- ensaios clínicos imediatos• Genes que determinam resposta a clopidogrel, AAS, anti-coagulante• Genes da ECA vs. fumo• Genes que determinam resposta a estatinas CARE - WOSCOPS• Farmacogenética: terapêutica personalizada• Miocardiopatias MCH vs MS vs MP

BREAKTHROUGH OF THE YEAR:Human Genetic Variation

Pennisi. Science 2007;318:1842-3

Maisimportante

contribuiçãocientíficade 2007

9p21 e DACMcPherson et al. Science 2007;316:1488-91

• “72,000 GWA study”• Muitos SNPs no locus 9p21• Confirmado em 23000 indivíduos, de 6 pop.

independentes• A forma heterozigótica ocorreu em ± 50% da

pop. e associou-se a aumento de 15-20% no risco de DAC

• A forma homozigótica ocorreu em ± 25% da pop. e associou-se a aumento de 40% no risco DAC

Roberts R. J of Cardiovasc Trans Res 2008;1:11-16

* A região 9p21 confere risco para DAC independente dos FR clássicos

“Escore” Genético: Predição de Ausência de IAM, AVCI ou Morte por DAC

Kathiresan S et al. NEJM 2008;358:1240-9

Seguimento, anos0

122309574894913726465229

2

122304573894900719462228

4

120302566886887711456218

6

116298556872876696447215

8

112293538844849679434207

10

105267481757757604398184

12No.em RiscoEscoreGenotípico

6789

101112

13

Au

sên

cia

Cu

mu

lati

vaa d

eEven

tos C

ard

iovascu

lare

s (%

)

100

98

96

94

92

90

0

13

6

7

8

9

10

11

12

Risco de Morte/IAM no Braço Placebo porGenótipo ADAMTS-1 Ala227Pro

Genótipo ADAMTS1

Ala/Ala(- 58%)

Ala/Pro(- 36%)

Pro/Pro(- 6%)

CARE (n=1190)

WOSCOPS (n=820)

Ambos reunidos (n=1988)

(Referência)

1,04(0,80-1,34)

1,78(1,11-2,87)

Ajustado para DM,HAS, PAS, PAD e

perfil lipídico iniciais

OR

aju

stad

a e

IC 9

5%M

ort

e p

or

DA

C o

u I

AM

não

fat

al

5

4

3

2

1

0,65

Benefícios da Pravastatina Segundo o Genótipo

Pravastatina vs. PlaceboOR ajustada e IC95% para Morte/IAMGenótipos

ADAMTS1

Ala/Ala

Ala/Pro

Pro/Pro

CARE (n=2381)WOSCOPS (n=1565)

Ambos (n=3946)reunidos

Pravastatina melhor Placebo melhorAjustado para DM,HAS, PAS, PAD e

perfil lipídico iniciais

0,1 0,25 0,5 1 2 4

0,77 (0,60-0,97)

0,72 (0,53-0,98)

0,23 (0,10-0,49)

Pinteração =0,008

A Tale of Two Monkeys

Rhesus Monkeys at Wisconsin Primate Research

Center, both 24, show effects of two regimens.ULTRA-LEAN DIET

This handsome fellow

has lower glucose and

insulin levels-and looks

younger, too.

NORMAL FARE

This monkey has

higher triglycerides

and more oxidative

damage to his cells.

Aplicações da Medicina de Transferência

• Aterosclerose - fatores de risco vs. doença história familiar; evolução clínica• Hipertensão arterial (AVC?, IAM?)• Resposta a desfibriladores implantáveis• Respostas a medicamentos (ICC; HAS, anti-coagulantes; anti-plaquetários)• Diabetes• Planejamento de estudos: populações em risco vs. população geral• Câncer - susceptibilidade; evolução clínica• AIDS• Envelhecimento - funções mentais• Educação - habilidades mentais vs escolhas

Coronary Artery Disease Incidence Over 10 Years in Siblings of Patients with Premature Coronary Artery

Disease

30p=0.001

Men (n=404)

10-

ye

ar

Ev

en

t R

ate

(%

)

Vaidya D et al. AM J Cardiol 2007;100:1410-5

20

10

Women (n=380)0

p=0.34

Predicted Observed

Ciência de Transferência vs. Desenvolvimento:

• FAPESP - Xylela / laranja• EMBRAPA : - soja - milho - uva - café - álcool - petroléo / águas profundas

Brasil é lider mundial na produção de alcool de cana deacúcar; 2° ou 3 ° em soja, carne,frango, aço e exportação de aço

CIÊNCIA E TECNOLOGIAMudança conceitual

• Modelo linear Pesquisa Tecnologia

(conhecimento) (aplicação)

• Modelo circular

Pesquisa

Tecnologia

Necessidade de aplicação estimula a pesquisa.Novas tecnologias permitem novas descobertas.Setor privado também faz pesquisas.

Ciclo virtuoso

sem defasagem

com defasagem

MEDICINA na ERA MODERNA

• Preditiva genética; diagnósticos não-invasivos

• Preventiva medidas que impedem o aparecimento, progres- são e complicações das doenças

• Personalizada farmacogenética

• Multidisciplinar competências associa- das

Ciência,Ciência,ConhecimentoConhecimento

TecnologiaTecnologiaModernaModerna

HumanismoHumanismo

Medicina Integral - Futuro

Prática MédicaPrática Médica AtualizadaAtualizada

•Aumento da longevidadeAumento da longevidade

•Melhor qualidade de vidaMelhor qualidade de vida •Integração mente/corpoIntegração mente/corpo

•Recuperação individualRecuperação individual

•Integração social do pacienteIntegração social do paciente

Ciência Atual : Qual rota seguir ?

Planejamento de Estudos Clínicos

• Identificação de Problemas Relevantes

• Definição do Protocolo de Pesquisa

• Estrutura para Condução do Estudo

• Financiamento

PESQUISA BIOMÉDICACiênciaCiênciabásicabásica

EstudosEstudosClínicosClínicos

EvidênciaEvidência

AplicaçãoAplicação da evidênciada evidência

“Promessa” “Eficácia” “Efetividade”

IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS RELEVANTES

Total de Óbitos DCVTotal de Óbitos DCV17.4 Milhões (30% do total)17.4 Milhões (30% do total)

Países Países DesenvolvidosDesenvolvidos

3.5 milhões3.5 milhões(20%)(20%)

Países em Países em DesenvolvimentoDesenvolvimento

13.9 milhões13.9 milhões(80%)(80%)

Fonte: World Health Report 2002

80% de excesso em óbitos por DCV ocorre em países em desenvolvimento

Mortality Trends Projections Mortality Trends Projections Developing CountriesDeveloping Countries

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Dea

ths

(mill

ion

s)

1990 2000 2010 22020

Murray & Lopez AD. The Global Burden of Diseases .Cambridge (Mass): Harvard School of Public Health, 1996

Chronic diseases-Infectious Diseases Perinat. /maternal conditionsAcidents

Why Start a Clinical Trial?1) To Answer an Important Question

2) To Answer it Clearly – which needs a lot of HARD end points, not only patients

3) To Avoid Bias, especially in Randomisation

4) To Obtain Results which are Widely Applicable in Clinical Practice

5) To check on Observational study Bias- HRT, Calcium Blockers, Vitamins etc !

P - Who is the patient or what problem is being addressed?

I - What is the intervention or exposure?

C – What is the comparison group?

O - What is the outcome or endpoint?

QUESTÃO CLÍNICA ESTRUTURADA

+ study designRichardson et al. . ACP Journal Club 1995;A-12.

PROTOCOLO DE PESQUISA

O que é um Estudo Clínico ?

FATOR DESFECHODESFECHO

Tratamento

Teste Diagnóstico

Fator de Risco

Fator Prognóstico

Custo de uma Estratégia

Mortalidade/sobrevida

Ocorrência de uma doença

Diagnóstico de uma Doença

Frequência de uma doença

CLINICAL TRIALS PRINCIPLESCLINICAL TRIALS PRINCIPLES

Large Number

of Events

Moderate Effects Hard EndpointsMethodological

Quality

Allocation concealment

Blinding

ITT

Mortality

MorbidityRRR 10-30%

PROTOCOLO DE PESQUISAINTRODUÇÃO

OBJETIVOS

MÉTODOS

ASPECTOS ÉTICOS

ORÇAMENTO

POR QUE FAZER O ESTUDO ?

O QUE O ESTUDO PRETENDE DEMONSTRAR ?

COMO SERÁ FEITO O ESTUDO ?

COMO PROTEJER OS SUJEITOS DE PESQUISA ?

O ESTUDO É VIÁVEL ?

Tipo do Estudo X Tipo de Questão Revisões SistemáticasEnfoque Delineamento

Tratamento Ensaio Clínico Randomizado

Prevenção Ensaio Clínico Randomizado

Fatores de Risco Estudo de Coorte/Caso-controle

Registro Estudo Transversal

Melhoria de Prática Estratégia Multifacetada

Custo Análises Econômicas

A Hierarquia das Evidências

Revisõessistemáticas

Estudos randomizados

Estudos in vitro - Pesquisas em animaisExperiência pessoal

Estudos de coorteEstudos de casos e controles

Estudos transversais (prevalência)

Estudos ecológicosEstudos de séries de casos

Vie

ses

Vie

ses

Metanálises

++

__SeleçãoAferiçãoConfusãoIntervençãoSeguimentoAnáliseInterpretaçãoPublicação

MBE

Testes Estatísticos Utilizados

Medidas de Efeito e de Significância Estatística

Tamanho de amostra (Softwares/Programas para efetuar análises

Procedimentos para contabilizar dados faltantes, não utilizados, discrepantes e falsos.

METODOLOGIAANÁLISE ESTATÍSTICA

Organizacao de um Estudo

Comite Diretivo Comite de PublicaçãoComite de Validacao dos DesfechosComite Independente de Monitorizacao

E no caso de estudos multicentricos…

Centros Coordenadores RegionaisCentros Investigadores

“AO INVÉS DE VÁRIOS INVESTIGADORES REALIZAREM PROJETOS PEQUENOS, ELES

DEVERIAM SER UNIR EM FAVOR DE GRANDES PROJETOS.”

- Sir Richard PetoSir Richard Peto

(Br J Cancer 1976)(Br J Cancer 1976)

Decisão Decisão ClínicaClínica

BaseadaBaseadaEmEm

EvidênciasEvidências

Conhe-Conhe-

ClínicoClínicoEvidênciaEvidênciaCientíficaCientífica

DesfechosDesfechosRelevantesRelevantes

DecisãoDecisãoclínicaclínica

cimentocimento

Revisões sistemáticas

Estudosrandomizados

Morbi-mortalidade

PreferênciaPreferênciadodo

PacientePaciente

Prática ClínicaPrática Clínica

AnáliseAnáliseEconômicaEconômica

0

20

40

60

80

100

““Treatment Gap”: Major Academic CentresTreatment Gap”: Major Academic Centres

CV Events

% C

AD

Pati

en

ts T

reate

d

Brigham Brigham and and

Women’sWomen’s(1996)(1996)

Abookire SA et al. Arch Intern Med 2001:161:53-58. | Muhlestein JB et al. Am J Cardiol 2001;87:257-261. | Chan AW. Circulation 2002;105:691-696. | Aronow HD et al. J Am Coll Cardiol 2000;35:411A.

LDSLDSHospitalHospital

(1994–1997)(1994–1997)

Cleveland Cleveland Clinic Clinic

(1993–1999)(1993–1999)

Lipid-Lowering Medication Treatment Lipid-Lowering Medication Treatment RatesRates

PURSUIT PURSUIT Trial Centers Trial Centers (1995–1997)(1995–1997)

2003 CAD 2003 CAD outptsoutpts

600 CAD 600 CAD pts pts

discharged discharged post cathpost cath

5052 CAD 5052 CAD pts post pts post

PTCAPTCA

8515 ACS 8515 ACS ptspts

27.127.11818

26.526.5 25.125.1

GRACE: GRACE: Uso de condutas baseadas Uso de condutas baseadas em evidências em pacientes em evidências em pacientes elegíveiselegíveis..

14% PTCA

56% lliticos

14% IIb/IIIa

48% HBPM

n=5,373 n=4,480 n=3,254 n=1,963 n=4112

Granger CB et al. J Am Coll Cardiol 2001;37(2 Suppl A):503A.et al. J Am Coll Cardiol 2001;37(2 Suppl A):503A.

SITES RECOMENDADOSSITES RECOMENDADOS

• Datasus – http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php• SBC – http://www.cardiol.br•Cardiosource – http://www.cardiosource.org•The Heart org – http://www.theheart.org•The Heart – http://www.heart.com•PubMed – http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/ • Diretrizes AMB/CFM – http://www.projetodiretrizes.org.br/ • CEBM Oxford – http://www.cebm.net/• Trip Database – http://www.tripdatabase.com/• Diretrizes NICE – http://www.nice.org.uk/• Evidence Update – http://plus.mcmaster.ca/EvidenceUpdates/ • IBGE – http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/panorama_saude_brasil_2003_2008/default.shtm

top related