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Magnificat, Oração de Maria

O Magnificat convida a uma descoberta desse mundo interior em que Deus aguarda cada homem, no íntimo do coração. Maria não confunde sua alma com seu espírito, está muito

familiarizada com a vida interior, conhece esse ponto de junção entre a alma e o espírito em que a Palavra age.

Quando fiz minha peregrinação à Terra Santa, em 2008, entre as muitas emoções experimentadas nos diversos lugares sagrados que visitei, uma das mais intensas foi a que senti quando entrei na igreja de Ain Kharim. Ali, conforme a tradição, Maria encontrou sua

prima Isabel, ocasião em que pronunciou o célebre Magnificat. O episódio é relatado em Lc 1,39-56.

Desde criança desenvolvi uma devoção natural a Nossa Senhora. Digo natural porque tal devoção foi brotando sem que eu precisasse de qualquer doutrinação para isso, a não ser o

hábito comum aos meus pais de ir conosco a missa aos domingos. Ainda criança, me habituei a rezar diariamente, antes de deitar para dormir, três Ave Maria para Nossa Senhora, prática

que mantive até o início da idade adulta.

Depois, já adulto, aprendi o Magnificat. Senti tal encanto pela oração proferida pela Virgem Maria diante de sua prima Isabel que passei a repeti-la diariamente. Em pouco tempo já a sabia de cor. Também neste caso não foi preciso que ninguém me sugerisse rezá-la, isso eu

comecei a fazer por iniciativa própria, apenas pelo prazer que sentia em repeti-la e pela fé que fui adquirindo no poder de intercessão de Nossa Senhora por intermédio dessa oração.

Algum tempo depois, adotei mais uma prática, que mantenho até hoje: qualquer oração que eu faça, inicio sempre pela recitação do Magnificat. Até mesmo quando vou rezar o terço,

inicio pelo Magnificat. Também não é incomum que, enquanto caminho pela rua, ou se estou em uma fila, me concentre numa imagem mental de Nossa Senhora e a recite reiteradas

vezes.

Na verdade, posso dizer que o Magnificat se tornou o meu mantra pessoal, e confesso que não o trocaria por nenhum outro que porventura me fosse oferecido.

Pois bem, fiquei muito feliz quando descobri o belo livrinho de autoria do Pe. Pierre Dumoulin, “O Magnificat: Uma escola de Oração”.

Ao longo de sete capítulos o autor comenta uma a uma as partes em que se divide o Magnificat. A medida em que comenta o belo canto-oração da Virgem Mãe, vai nos

introduzindo também em diversos aspectos da oração feita com e por Maria. A propósito, escreve:

“Toda oração, simplesmente dirigida a Maria, é imediatamente “remetida” para Deus, com uma força da qual o homem, debilitado pelo pecado, é incapaz de imprimir. Como a bola

que uma criança bastante enfraquecida atira à sua mãe, quando não pode atirá-la por sua própria força ao objetivo desejado, para que a mãe a lance longe, assim a oração que passa por Maria pode chegar ao coração de Deus. Orar por Maria, com Maria, é dar força a pobres

orações. Isabel nos mostra o exemplo…” .

O Magnificat, inspirado no Antigo Testamento e na espiritualidade da filha de Sião, supera os textos proféticos que estão em sua origem, revelando na “cheia de graça” o início de uma intervenção divina que vai além das esperanças messiânicas de Israel: o mistério santo da

Encarnação do Verbo.

Maria, celebra com o cântico do Magnificat as maravilhas que Deus realizou nela. Esse cântico é a resposta da Virgem ao mistério da Anunciação: o anjo convidou-a a alegrar-se; agora Maria

expressa o júbilo de seu espírito em Deus, seu Salvador. Sua alegria nasce de ter experimentado pessoalmente o olhar benévolo que Deus dirigiu a ela, criatura pobre e sem

influência na história.

Texto – Internet – Música – Ave Maria – Piano

Imagens – Google _ Formatação – Altair Castro

17/09/2011

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