morfologia morfema

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Morfologia - Morfema

FOCCA – Faculdade de Olinda

3º Período - Letras

Inaldo Bento, Jerônimo Matos, Saulo Henrique, Tatiane Patrícia.

Olinda,2013.1

Orientação: Profª Patrícia Lira

Introdução

Conceito de Morfologia:

Morfologia = [morphe=forma] e [logía=estudo]. É a parte da gramática que descreve a forma das palavras;

Objeto de Estudo:

A forma interna das palavras, ou seja, sua estrutura;

A relação formal entre palavras;

Os princípios que regem a formação de novas palavras.

Morfemas : o que são?

Palavras e Vocábulos

“Toda palavra é vocábulo, mas nem todo vocábulo é palavra”

Luta de Serpentes

Palavra (Ideia)

Instrumentos Gramaticais=

formas dependentes e formas livres

Concluindo

Os Vocábulos divergem quanto a estrutura e significado.Alguns se constituem apenas de um elemento, outrosapresentam vários constituintes.

Há dois tipos de significado: o lexical e o gramatical.

As palavras representam ideias e, assim, têm significadolexical.

Os vocábulos que não traduzem ideias são instrumentosgramaticais e servem para estabelecer relações entre as palavras.

São palavras as formas livres, geralmente nomes, pronomes everbo.

Não são palavras as formas dependentes, como as preposiçõese conjunções.

Vocábulos se denominam lexemas e categoremas.

Morfema e Semantema

Morfema são unidades mínimas formais dotadasde significados.

Semantema é a parte da palavra em que seconcentra o significado lexical básico, tambémconhecido como Raiz.

Portanto temos dois modos de interpretarMorfemas:

1. Sentido Amplo: Morfema é qualquer unidadelinguística dotada de forma e significado. Osemantema inclui-se nesse sentido.

2. Sentido Restrito: reserva-se o termo Morfema aoselementos que se opõem ao semantema.

Classificação dos Morfemas

São Várias as Classificações:

Morfema Lexical

Chamado também de Semantema. É a parte comum a um grupo de palavras aparentadas pelo vinculo de significação.

Exemplo: [caval] em: cavalo, cavalaria, cavalgar.

Morfema Derivacional

Chamados assim porque permitem a criação de novas palavras a partir das formas primitivas.

Exemplo: Caval + [eiro]

Caval + [aria]

Morfema Categórico

Exemplos: peru + [a]

peru + [s] Indicam apenas flexões

and + [o]

Também é conhecido como morfemas flexionais ou gramaticais.

Sua função é a de permitir que as formas se apresentem nas diversas categorias próprias dos nome ou dos verbos.

Os morfemas relacionais distinguem-se dos categóricos e dos derivacionais porque não formas presas.

Morfema Relacional

Exemplos: Falo com José.

Livro de João.

As preposiçõesCOM e DESão um elo

entre as duas palavras

Maria aprendeu a lição.

O elo nesta frase foi o verbo [aprendeu] que estabeleceu a relação entre o sujeito e o objeto.

Há, por fim, uma espécie bastante discutida de morfema. Trata-se daqueles que nada parecem acrescentar ao significado do vocábulo, mas servem para definir sua

estrutura, se nominal ou verbal. Seriam, então os

Morfema Classificatório

Identificados pela vogal temática.

Exemplos: [ menin] + [o]

[cadeir] + [a]

[doent] + [e]

[ estud] + [a] + [r]

[corr] + [e] +[r] [ca] + [i] +[r]

Gramema e Lexema

Glossema é invariante irredutível, isto é, a forma mínima não sujeita a divisão;Plerema é uma unidade cheias de conteúdo que permite um número infinito de variáveis.

Glossema e Plerema

Correspondem basicamente à distinção entre morfemagramatical e morfema lexical;Gramemas podem ser formas presas ou formas soltas;Lexemas constituem as unidade base do léxico.

Monema e Sintema

Monema é todo signo cujo significante é indivisível; Sintema é um signo linguístico que resulta da combinação de outros, mas se comporta como se fosse um único monema.

Diacronia e SincroniaA língua sofre variações ou mudanças através do tempo.

A mudança acontece com as palavras que fazem parte dosistema linguístico, Segundo Saussure, 1970, todas as partes dosistema linguístico devem ser consideradas em suasolidariedade sincrônica.

Se comparássemos a diacronia a um carro em movimentoconstante invariável, veríamos que enquanto o carro desloca,ele não deixa de ser o carro. Esse carro imprime umavelocidade, pode ser pintado de outra cor e ter suas peçasmudadas enquanto se desloca, isso é, se movimenta. Quandoele chegar seu destino, vai estacionar e nada mais será mudado.

Poderíamos então dizer que a sincronia é estática, pois ocarro já estacionou, isso é, as palavras, unidades morfológicas egramaticais, já evoluíram no tempo, sofreram alteração oumodificação fonológica, gramatical, semântica e morfológica,agora, linguisticamente, não tem mais como se movimentar. Aíestá a diacronia. Ela já aconteceu.

Vejamos a palavra ‘cousa’/c/o/u/s/a/. Já tevealteração morfológica, na ortografia e na fonologia,, masnão no significado. A palavra hoje é escrita coisa,/c/o/i/s/a. Todo estudo, no passado, já foi feito com apalavra coisa. A sincronia mostra que o estudo foi maisgramatical, semântico que morfológico.

Saussure, 1970 – disse que seria mais pertinenteobservar a língua sob o aspecto sincrônico de seufuncionamento, que do aspecto diacrônico para se obtermelhor compreensão do mecanismo linguístico.

Uma vez que as palavras evoluíram no tempo, amorfologia encarregou da sincronia, realizando umtrabalho fundamental para que a linguística ocupasse oespaço e a importância que tem para movimentação ecompreensão da língua escrita e falada.

Exemplos

Livreiro Livro = [Livr] + [eiro] Sincronia

Profissão raiz sufixo

[Com] = prefixo Diacronia

Companheiro

[Companh] = raiz Sincronia

Referência

Monteiro. José Lemos – Morfologia Portuguesa/ 4ª Edição – revista e ampliada – Campinas: Pontes, 2002.

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