monografia amor de deus
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INTRODUÇÃO
A Bíblia é considerada a maior fonte de informação a respeito de Deus.
Nela encontra-se o histórico dos seus principais servidores e adoradores. Relatos
sobre um Deus que criou o homem a sua imagem e semelhança para que este
estivesse constantemente ao seu lado. Porém, foi traído, quando a sua criação
rendeu-se a seus próprios desejos e optou pela desobediência ao seu criador.
Sucessivos relatos de pecado, punição e perdão seguem
posteriormente demonstrando características significativas a respeito de Deus. Seria
ele um vingador? Um ser que pune verdadeiramente aqueles que não fazem a sua
vontade? Um criador que se gloria e se alegra ao punir a sua criação? Ou o ser
humano apenas sofre as consequências de seus erros e Deus sofre com a dor
humana e buscam mutuamente melhorar sua maneira de cessar a sua dor.
Durante todo contexto bíblico, Deus se revela para a humanidade.
Conhecemos atributos significativos a seu respeito que demonstram que ele apesar
de saber que a humanidade é pecadora demonstra um amor incomparável quando
como está escrito no Evangelho de João, (3:16) “ Porque deus amou o mundo de tal
maneira que deus seu único filho, para que todo aquele que nele crê, não pereça,
mas tenha a vida eterna”.
Até a vinda de Jesus, Deus não havia se revelado por inteiro e a
compreensão que o povo tinha de Deus ainda era obscura, muitas vezes tinham
Deus como alguém que vigiava as atitudes erradas e esqueciam a misericórdia
demonstrada por Jesus (NOGUEIRA, 2009).
Na primeira epístola de João, ele afirma no capítulo quatro, versículo
oito que “... Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.” Assim,
de acordo com relatos bíblicos amar não é apenas um atributo de Deus, é a sua
essência.
Lewis (1983, p. 20), com sua habitual excelência em trabalhar com as
palavras, passa a nos mostrar como o amor de Deus é incondicional. Diz ele:
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Ele (Deus) pode conceder o bem, mas não pode necessitá-lo ou obtê-lo. Nesse sentido todo o Seu amor é infinitamente desprendido pela sua própria definição; ele tem tudo a dar e nada a receber. Assim sendo, se Deus fala algumas vezes como se o Impassível pudesse sofrer paixão e a Plenitude Eterna pudesse ter qualquer carência, e carência daqueles seres a quem concede tudo desde a sua simples existência, isto só pode significar, caso signifique algo inteligível para nós, que o Deus do milagre tornou-se capaz de sentir tal anseio e criar em Si mesmo aquilo que nós podemos satisfazer. Se Ele nos quer, esse desejo é de sua própria escolha. Se o coração imutável pode ser entristecido pelas marionetes que Ele mesmo fez, foi a Onipotência Divina, e nada mais, que assim se sujeitou, voluntariamente, e com uma humildade que excede todo entendimento.
O propósito da vinda de Jesus foi provar o amor de seu Pai para com
os seres humanos. A entrega de seu único filho para cumprir um plano de salvação
é a demonstração do imensurável amor de Deus em favor dos homens, condenado
pelo pecado da carne (Rm 3:23). Deus deu a humanidade o seu filho amado, que
era o que ele de melhor possuía, para morrer por aqueles que eram pecadores:
Como está escrito em. (Romanos 5:8) “Deus prova o seu amor para
conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”. Os cristãos
concordam que Deus entregou o seu bem mais precioso em favor dos que estariam
condenados pelo pecado.
A morte de Jesus na cruz é verdadeiramente a maior prova do amor de
Deus para com seu povo. É lá, na cruz, ao permitir que Jesus fosse até ela, que
Deus anulou a dívida da humanidade com Ele.
Desde a criação, percebemos que Deus ama o homem de maneira
incondicional. Mesmo diante do primeiro pecado que foi cometido no Jardim do Éden
(Gn 3:1-6), Deus se demonstra desejoso em que eles se confessem infratores,
pecadores e lhe peçam perdão (Gn 3:11) Quando Deus perguntou àquele casal se
haviam comido do fruto proibido, Ele sentia um profundo desejo que eles
confessassem, se arrependessem e lhe pedissem perdão, mas isso não aconteceu.
Adão passou a culpar Eva por seu erro e Eva culpava a serpente (Gn 3:12-13).
Culpar o próximo por seus atos é prova de falta de arrependimento. Ninguém pode
se arrepender daquilo que não se reconhece.
No capítulo 6 de Gênesis, o Criador sente o desejo de destruir sua
criação, mas acaba poupando parte dela. Deus superou a desobediência de Adão,
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protegeu a vida do primeiro assassino (Gn 4:15), perdoou o adultério de Davi
quando confessou seu pecado (1Sm12:24) e da sua descendência fez nascer o
Salvador. Na saída do povo de Israel do Egito, Deus estava com ele e mesmo diante
das murmurações, Deus não os destruiu, antes lhes perdoava e demonstrava o seu
amor. Poderíamos citar a infinita bondade de Deus por todas as vezes que repatriou
o seu povo e por muitas outras coisas, mas, o ponto alto, o ápice do amor de Deus
foi, verdadeiramente, o sacrifício de Jesus na cruz, pois ninguém até hoje, na
história da humanidade foi capaz de tamanho gesto. Aquele ato de amor anulou a
dívida do homem com o seu criador.
Mas por que Deus não destruiu a sua criação? A sua soberania não
seria suficiente para criar um ser perfeito? Mais uma vez fica claro esse amor ágape;
O Senhor da criação ama a sua criatura de maneira tão grande, que permite a esta,
o direito da livre escolha. Mas, existia um plano de salvação desde o princípio.
Baseado no pressuposto de compreensão desse amor tão grande
realizamos uma pesquisa de revisão bibliográfica baseada em pesquisa de livros,
monografias e periódicos acerca das atitudes de amor de Deus para com o seu
povo. O presente trabalho busca expor o imensurável amor de Deus relatado nas
escrituras sagradas através do seu filho, Jesus Cristo, por meio de um plano que
trás perdão, libertação e salvação para a humanidade. O mesmo será organizado de
forma a demonstrar o amor do pai revelado no filho vivendo de forma exemplar
enquanto habitava na terra.
No primeiro capítulo demonstramos o processo de criação do homem,
seguido pelo relato de sua queda. Finalizamos com o terceiro capítulo onde
descrevemos o plano de salvação que libertou o homem da dívida do seu pecado.
Acreditamos que este trabalho contribuirá com todos os que buscam
conhecer sobre esta prova de amor imensurável que foi a entrega do filho de Deus
em resgate de toda sua criação.
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1 A CRIAÇÃO DO HOMEM
1.1 O Deus criador
O primeiro livro da Bíblia em seu capítulo inicial afirma: “No princípio
criou Deus...” (Gênesis 1:1). Nenhum cientista ou historiador pode aperfeiçoar esta
ideia. Esta simples afirmação refuta os ateístas, que dizem que Deus não existe; os
agnósticos que afirmam que não se pode conhecer a Deus; os politeístas, que
adoram muitos deuses; os panteístas, que dizem que toda natureza é Deus; os
materialistas, que declaram que a matéria é eterna, e não criada; e os fatalistas, que
ensinam que não há um plano divino por trás da criação e da história (WIERSBE,
2008, p. 18).
A palavra Gênesis origina-se de uma palavra grega que significa início
ou geração. Em geral concorda-se que Moisés escreveu os primeiros cinco livros da
Béblia, chamados de “Pentatêutico” (do grego penta, “cinco”, e teuchos, “o recipiente
m que se guarda o livro”). De acordo com 2 Pe 1:20-21 o espírito dirigiu sua
escritura (WIERSBE, 2008, p. 18).
A criação é relatada em dois textos distintos em Gênesis:
E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (Gênesis 1:26-27).
E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar;E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. (Gênesis 2:21-23).
Alguns teólogos afirmam que existe certa contradição entre os relatos
ou até que existem duas fontes na qual o autor deve ter pesquisado. Para Berkhof
(2001, p.167): “A alta crítica é de opinião que o escritor de Gênesis juntou duas
narrativas da criação (…) e que as duas são independentes e contraditórias”.
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Outros defendem que o segundo capítulo de Gênesis apenas completa
o primeiro: “O primeiro registro da criação do homem reporta com simplicidade
sublime um tema muito difícil“, mas não de maneira insuficiente. “No detalhe
acrescentado que caracteriza o segundo registro, está declarado que homem e
mulher são parecidos no aspecto físico, por ter sido diretamente – como no caso do
homem – e indiretamente – como no caso da mulher – do pó da terra” (Chafer, 2003,
p.546).
Strong (2003) define o ato da criação da seguinte maneira: “Criação é o
ato livre do Deus trino pelo qual, no princípio, para sua glória, ele fez, sem uso de
matéria preexistente, todo o universo visível e invisível”.
1.2 A criatura
O primeiro relato da criação começa com o período indeterminado em
que Deus cria os céus e a terra a partir do nada ou das águas primordiais. Depois
descreve a transformação da criação em seis dias do caos até o estado de ordem
que culmina com a criação dos humanos à sua própria imagem. O sétimo dia é
santificado com um dia de descanso.
A semana de criação consistem em 8 comandos divinos em seis dias,
seguido de um dia de descanso.
Primeiro dia: Deus cria a luz (O primeiro comando é "Haja luz"). A luz é
dividida da escuridão (Gênesis 1:3) .
Segundo dia: Deus cria um firmamento (o segundo comando é "Faça-se um
firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas")
(Gênesis 1:6).
Terceiro dia: Deus manda as águas se juntarem em um lugar e a terra seca
aparecer (o terceiro comando é "Ajuntem-se num só lugar as águas, que
estão debaixo do céu, e apareça o elemento seco"). Deus manda a terra
fornecer ervas, plantas e árvores frutíferas (o quarto comando é "Produza a
terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que, segundo as
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suas espécies, dêem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a terra")
(Gênesis 1:9-11) .
Quarto dia: Deus cria luzes no firmamento para separar a luz da escuridão e
marcar dias, estações e anos. Dois grandes luzeiros são criados
(provavelmente o Sol e a Lua) e as estrelas. (o quinto comando é "Haja
luzeiros no firmamento do céu, que façam separação entre o dia e a noite;
sejam eles para sinais, e para tempos determinados, e para dias e anos; e
sejam para luzeiros no firmamento do céu a fim de alumiar a terra") (Gênesis
1:14-18).
Quinto dia: Deus manda o mar se encher de criaturas vivas e pássaros
voarem pelos céus (o sexto comando é "Produzam as águas enxames de
seres viventes, e voem as aves acima da terra no firmamento do céu."). Deus
cria pássaros e criatura e os manda serem frutíferos e se multiplicarem (o
sétimo comando é "Frutificai, multiplicai-vos e enchei as águas nos mares, e
multipliquem-se as aves sobre a terra.") (Gênesis 1:20-22) .
Sexto dia: Deus manda a terra produzir criaturas vivas (o oitavo comando é
"Produza a terra seres viventes segundo as suas espécies: animais
domésticos, répteis e animais selvagens segundo as suas espécies"), fez
feras selvagens, animais e répteis. Cria, então, a humanidade à sua própria
imagem e semelhança (o nono comando é "Façamos o homem à nossa
imagem, conforme a nossa semelhança: domine ele sobre os peixes do mar,
sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e
sobre todo o réptil que se arrasta sobre a terra."). O décimo comando é
"Frutificai, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes
do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam
sobre a terra." Deus descreve a criação como "muito boa” (Gênesis 1:24-28) .
Sétimo dia: Deus descansa e abençoa o sétimo dia(Gênesis 1:2:2-3).
O homem foi a última de todas as criaturas feitas por Deus. Esta foi
uma honra e um favor a ele. O homem foi criado para ser uma criatura diferente de
tudo que até então havia sido feito. Deus, em sua perfeita sabedoria, criou o homem
à sua imagem e semelhança para viver sem pecado. Ao dotar uma criatura de
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inteligência, vontade e emoções, criando-o através de um processo diferente do qual
havia criado todas as outras criaturas, Deus de fato estava dotando o homem das
capacidades de um ser pessoal. A ênfase dada na diferença entre a criação do
homem e das outras criaturas, nos leva à ideia central desta narrativa bíblica: a de
que o homem foi feito à imagem de Deus, e como tal não pode jamais ser
comparado a qualquer outra criatura. Deus deu ao homem o poder de discernir, de
escolher seus próprios caminhos (NOGUEIRA, 2010).
Quanto a composição do homem em 1 Tess. 5:23 está escrito: “E o
mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e
corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo” (1 Tessalonicenses 5:23). O espírito e a alma são inseparáveis, são
entrosados um no outro. Por estarem tão interligadas, as palavras “espírito” e “alma”
muitas vezes se confundem (Ecl. 12:7; Ap. 6:9).
A composição espiritual do homem não foi por criação, foi por
inspiração direta de Deus: Deus soprou nas narinas do homem que ele formou do
pó. Neste aspecto o homem é único. Visto que no episodio da criação, foi apenas no
homem que Deus adicionou uma natureza diferente. O espírito soprado por Deus no
homem é o princípio da vida de Deus no homem (BASTOS, 2011).
Portanto, o homem é considerado como ápice da criação, a coroa da
criação, e por isso tem sua distinção de todas as outras criações e criaturas e está
acima de todas elas. Outro fator que evidencia essa verdade é que como a criação
do homem a obra criativa de Deus chegou ao fim. Isso pode ser observado pela
frase dita pelo próprio Deus após a criação do homem: “Viu Deus tudo quanto fizera,
e eis que era muito bom” (Gn.1.31) (BERTI, 2009).
Conforme Bastos (2011):
Quando Deus criou o homem, este foi designado para ser a sua imagem com respeito à soberania; e como ninguém pode ser monarca sem súditos e sem reino, Deus deu-lhe tanto um "império" como um "povo". Em virtude dos poderes implícitos em ser o homem formado à imagem de Deus, todos os seres viventes sobre a terra estavam entregues na sua mão. Ele devia ser o representante visível de Deus em relação às criaturas que o rodeavam.
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Deus permitiu que Adão usufruísse de tudo quanto havia na terra,
fazendo-lhe apenas uma restrição:
“E tomou o SENHOR Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2:15-17).
No jardim, Adão e Eva desfrutavam de liberdade e de provisão em
abundância e não precisavam do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Mas Deus sempre quis que suas criaturas o amassem e lhe obedecessem de livre
vontade, e não por coerção ou recompensa. Por isso o homem precisava ser
tentado (WIERSBE, 2008).
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2 A QUEDA DO HOMEM
2.1 O estado original do homem
O capítulo anterior nos diz que Deus fez o homem justo. É isto evidente
da natureza de Deus: sendo infinitamente santo. Ele só podia criar aquilo que é
justo. Então se nos diz em Gênesis 1:31 que Deus viu que tudo quanto Ele fez foi
muito bom, isto inclui o homem. Mais ainda, se nos diz que Deus fez o homem na
Sua própria imagem (Gênesis 1:27).
A imagem de Deus no homem constitui de duas coisas: santidade e
personalidade.
A santidade é um atributo de Deus, no qual teve o homem uma
semelhança moral com seu criador, uma vez que santidade é uma parte da imagem
de Deus no homem. Assim, no instante da criação Deus comunicou as faculdades
humanas uma inclinação reta. Esta afirmação também está confirmada pelo fato que
a santidade se comunica na renovação da imagem de Deus na regeneração, como
verificamos nos seguintes textos bíblicos: “E vos revistais do novo homem, que
segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4:24) e “E vos
vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele
que o criou” (Colossenses 3:10).
Quanto a personalidade o homem tem uma semelhança natural com
Deus. A personalidade pode ser definida como auto-concienciosidade e
autodeterminação. A primeira é a habilidade do homem em conhecer-se
distintamente de tudo o mais e de analisar-se. A segunda é o poder de fazer
escolhas em vista de motivos. Tais escolhas envolvem a razão e o juízo e, quando
se relacionam com assuntos morais, envolvem consciência (SIMMONS, 2004).
Que a personalidade foi uma parte da imagem de Deus no homem está
evidenciado pelo fato que o homem decaído, falto de santidade, ainda se diz estar
na imagem de Deus conforme os versículos: “Quem derramar o sangue do homem,
pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a
sua imagem” (Gênesis 9:6), “O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a
imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem” (1 Coríntios 11:7) e
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“Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à
semelhança de Deus” (Tiago 3:9).
2.2 A raiz do pecado
De acordo com Simmons (2004):
A santidade original do homem não era imutável. A mutabilidade é uma característica necessária da natureza humana. Imutabilidade requer infinidade de conhecimento e poder. A infinidade é uma característica só da divindade. Portanto, desde que Deus desejou criar o homem e não um deus, Ele fez Adão mutável. Isto tornou possível a queda.
2.2.1 O tentador
Deus não é o autor do pecado nem tenta as pessoas para que
pequem; esse é o trabalho do demônio: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus
sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta (Tiago
1:13).
Satanás caiu em pecado antes da obra de Gênesis 1:3: “E disse Deus:
haja luz; e ouve luz”. Originalmente ele era um bonito anjo que se regozijava com a
criação de Deus:
Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam? (Jó 38:4-7).
Mas ele pecou e foi julgado por Deus:
Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo. Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos? (Isaías 14:12-17).
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Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor DEUS: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura.Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônica, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas; no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti.Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais subsistirá. (Ezequiel 28:11-19).
Satanás é mascarado e não aparece às pessoas com seu caráter
verdadeiro. Observe que em Gênesis capítulo 3, ele é a serpente que engana:
“Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em
apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em
anjo de luz” (2 Coríntios 11:13-14), em Gênesi capítulo 4 ele é o mentiroso homicida:
“Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi
homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade
nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e
pai da mentira” (João 8:44).
2.2.2 O alvo
Satanás induz o homem ao pecado ao conseguir penetrar em sua
mente e assim engana-lo. A mente do homem é uma parte do seu ser que foi criado
a imagem de Deus: “Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho
homem com os seus feitos, e vos vestistes do novo, que se renova para o
conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”; (Colossenses 3:9-10).
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Dessa maneira, Satanás ataca Deus quando ataca a mente humana
Esse é o seu principal alvo. No entanto ele não pode vencer se a mente se apega à
verdade de Deus. Para persuadir o indivíduo ele questiona a palavra de Deus, nega
que a mesma seja verdadeira e depois, as substitui por suas próprias mentiras
(WIERSBE, 2008).
2.2.3 O pecado
Satanás sugeria a Eva que Deus os resistia quando ordenava-lhes que
se distanciassem da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ele faz com que a
tentação soe maravilhosa ao dizer: “Sereis como Deus”. Ele mesmo quis ser igual:
“Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14:14)
e séculos mais tarde, ele ofereceu a Cristo “todo os reinos do mundo”, se Cristo o
adorasse (MATEUS, 4:8).
Eva não devia ter dado ouvidos ao que o diabo sugeria. Ela devia ter
se apegado a palavra de Deus e o resistido. Mas de forma contrária ela afastou-se
da palavra de Dele ao negligenciá-la, como diz o versículo 2 do terceiro capítulo de
Gênesis; ela acrescentou “nem tocareis” e mudou a palavra de Deus de certamente
morrerá” para “para que não morrais” . É difícil pecar sozinho. Há algo no ser
humano que o faz querer compartilhar o pecado com os outros. Adão pecou
deliberadamente e mergulhou o mundo em julgamento (WIERSBE, 2008).
2.2.4 Consequência
Gênesis capítulo 3 versículos do 7 ao 17 é um relato da consequência
do pecado atribuída à cada um de seus envolvidos.
Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi. E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me
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enganou, e eu comi. Então o SENHOR Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida. E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida (Gênesis 3:7-17).
Observamos a partir do texto supracitado que a condenação é o preço
do pecado. De acordo com Wiersbe (2008) pode ser classificada em interna, externa
e eterna.
Interna: De imediato, veio a perda da inocência e da glória e o sentimento de
culpa. Eles tentaram cobrir a nudez com vestimentas feitas por eles mesmos,
as quais Deus não aceitou. Houve a perda do desejo de ter amizade com
Deus. A culpa, o temor e a vergonha quebram a amizade que usufruíam com
ele antes da desobediência. Surge uma atitude de autodefesa: o homem
culpa a mulher, a mulher culpa a serpente. Vemos aqui o trágico efeito interior
do pecado.
Externa: Provavelmente a serpente que satanás usou não seja o animal que
conhecemos hoje. O nome sugere brilho e glória, mas a criatura foi julgada e
condenada a uma vida vil na poeira, porque se rendeu a Satanás e tomou
parte na tentação. Para a mulher houve concepções múltiplas e dor no parto.
Estando sujeita ao marido. O julgamento do homem envolveu o seu trabalho:
o deserto substituiu o paraíso e o suor e a exaustão do trabalho pesado no
campo substituiu a alegria de ministrar no jardim. Toda a criação foi
amaldiçoada e está em servidão por causa do pecado.
Eterna: No versículo 15 do texto em discussão percebemos o primeiro
evangelho declarado na Bíblia: a boa nova de que, no fim, a semente da
mulher (Cristo) venceria Satanás e sua semente. O curso divide-se deste
curso em diante: Satanás e sua família opõem-se a Deus e sua família. O
efeito total da queda de Adão sobre a humanidade é a corrupção da natureza
da raça, a qual traz a um estado de morte espiritual e a torna sujeita à morte
física.
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Com a desobediência o homem perde a justiça original, deixou morrer
a confiança em seu Criador e, abusando da sua liberdade, esqueceu-se que era
criatura, desobedeceu ao Pai, gerando o primeiro pecado. Pecado que continua até
hoje, sendo uma desobediência a Deus.
Menosprezando a Deus o homem fez uma opção egoísta, por si
mesmo, contra Ele, seu Criador. Criado em estado de santidade, o homem,
destinado a ser “divinizado" por Deus na Glória, foi seduzido pelo diabo e quis "ser
como Deus". As consequências do pecado original sobre a natureza permanecem
no homem, gerando um combate espiritual perene. Adão se voltou contra Deus,
afastando sua linhagem de Deus Pai, acarretando miséria e morte.
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3 O PLANO DE SALVAÇÃO
3.1 O inocente pelo culpado
A trágica desobediência de Adão no Jardim do Eden quando ele pecou
e correu para esconder-se de Deus em reconhecimento ao seu estado de nudez e
de vergonha (Gn.3:7,8), levou Adão a perceber que não poderia, naquelas
condições, permanecer na presença de Deus, pois Ele é Santíssimo, e isto o
intimidou causando a separação entre ele e Seu Criador. Porém Esse Deus tão
maravilhoso ao mesmo tempo em que prova a fidelidade do homem, também já
providencia uma alternativa de saída em caso de desobediência, isto foi o que
aconteceu, pois Deus vendo a situação de Adão teve misericórdia e tomou a pele de
um animal que por ali pastava, sacrificou-o, para cobrir a nudez, o pecado do
homem (Gn. 3:21), portanto esse foi o primeiro sacrifício de um animal inocente por
um homem culpado, veja você que aquele animal não tinha nenhuma relação de
culpa pelo pecado de Adão, mas foi ele que pagou o preço do pecado de Adão, ou
seja, um animal inocente pagou com a vida por um homem pecador.
Estando o homem separado de Deus somente o sacrifício de um
cordeiro puro restabelecia novamente este relacionamento. Porém o coração do
homem pende para o mal (Jr.17:9) e o pecado da humanidade crescia com grande
rapidez e intensidade, devido à atuação constante de Satanás e seus demônios e
também à passividade dos homens frente a essas potestades malignas, até chegar
ao ponto de Deus não se agradar mais com o sacrifício de cordeiros e bodes , Ele
diz : "Estou farto de holocaustos de carneiros e da gordura de animais"(Is.1:11) e
"Vossos holocaustos não são aceitáveis"(Jr.6:20; Hb.10:6).
Portanto aquela saída providenciada por Deus agora estava fechada, já
não adiantava mais holocaustos, pois o homem estava totalmente envolto em trevas
devido ao pecado e mais nada restava ao homem para restabelecer a comunhão
perdida. A morte eterna agora era certa e a separação do homem e Deus era
definitiva. Satanás talvez estivesse nesse momento contando vantagem, achando
que sua vitória era certa e que os homens finalmente estavam perdidos e presos nas
trevas e que cada um se desviava pelo seu próprio caminho (Is.53:6; I Pe.2:25). O
homem estava completamente perdido, separado do seu Criador.
22
3.2 O Messias
Adão pecou e através do seu pecado, o mundo todo pecou e foi
separado da presença gloriosa de Deus. Mas o amor de Deus é infinito e
incondicional. Ele pela sua onisciência sabia que o homem e Ele já tinha um plano
perfeito para trazer o homem de volta à sua presença. O plano de salvação de Deus
consistia em alguém morrer pelo pecador, mas alguém que não tivesse pecado, que
não tivesse mácula. Entretanto, somente o próprio Deus tem esta condição, apenas
Ele é Santo. Deus então promete ao homem um redentor, o Messias (que quer dizer
“o enviado”). "Povos do mundo inteiro, voltem para mim, e eu os salvarei, pois eu
sou Deus, e não há nenhum outro. (Isaías 45:22 )(CISCO, 2008).
Deus resolve, Ele mesmo, deixar toda sua glória, todo seu exército
celestial e descer até os homens. Quem poderia impedi-lo? Ninguém. Deus Pai
envia seu Único Filho, e na terra de profunda escuridão resplandeceu a luz.
Durante milênios, Deus anunciou através de seus profetas a vinda de
um salvador, de um redentor: o Messias. A Bíblia nos fornece mais de 100 profecias
acerca do Messias de Deus. Eis algumas:
Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel. ( Isaías 7:14)
O SENHOR Deus diz: — Belém-Efrata, você é uma das menores cidades de Judá, mas do seu meio farei sair aquele que será o rei de Israel. Ele será descendente de uma família que começou em tempos antigos, num passado muito distante. (Miquéias 5:2.)
Os reis de Társis e das ilhas trarão presentes; os reis de Sabá e de Sebá oferecerão dons. (Salmo 72:10)
A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular. (Salmo 118:22)
Alegre-se muito, povo de Sião! Moradores de Jerusalém cantem de alegria, pois o seu rei está chegando. Ele vem triunfante e vitorioso; mas é humilde, e está montado num jumento, num jumentinho, filho de jumenta. (Zacarias 9:9)
23
Isaías mais de 700 anos antes de Jesus nascer profetizou sobre o seu
nascimento e missão. A Bíblia possui 330 profecias sobre o Messias no antigo
testamento maravilhoso saber que das 330 profecias do Antigo Testamento, todas
se cumpriram em Jesus. Vejamos o que o profeta Isaías diz:
Ele foi rejeitado e desprezado por todos; ele suportou dores e sofrimentos sem fim. Era como alguém que não queremos ver; nós nem mesmo olhávamos para ele e o desprezávamos. No entanto, era o nosso sofrimento que ele estava carregando, era a nossa dor que ele estava suportando. E nós pensávamos que era por causa das suas próprias culpas que Deus o estava castigando, que Deus o estava maltratando e ferindo. Porém ele estava sofrendo por causa dos nossos pecados, estava sendo castigado por causa das nossas maldades. Nós somos curados pelo castigo que ele sofreu, somos sarados pelos ferimentos que ele recebeu. Todos nós éramos como ovelhas que se haviam perdido; cada um de nós seguia o seu próprio caminho. Mas o Senhor castigou o seu servo; fez com que ele sofresse o castigo que nós merecíamos. Ele foi maltratado, mas aguentou tudo humildemente e não disse uma só palavra. Ficou calado como um cordeiro que vai ser morto, como uma ovelha quando cortam a sua lã. Foi preso, condenado e levado para ser morto, e ninguém se importou com o que ia acontecer com ele. Ele foi expulso do mundo dos vivos, foi morto por causa dos pecados do nosso povo. Foi enterrado ao lado de criminosos, foi sepultado com os ricos, embora nunca tivesse cometido crime nenhum, nem tivesse dito uma só mentira. O Senhor Deus diz: "Eu quis maltratá-lo, quis fazê-lo sofrer. Ele ofereceu a sua vida como sacrifício para tirar pecados e por isso terá uma vida longa e verá os seus descendentes. Ele fará com que o meu plano dê certo. Depois de tanto sofrimento, ele será feliz; por causa da sua dedicação, ele ficará completamente satisfeito. O meu servo não tem pecado, mas ele sofrerá o castigo que muitos merecem, e assim os pecados deles serão perdoados. Por isso, eu lhe darei um lugar de honra; ele receberá a sua recompensa junto com os grandes e os poderosos. Pois ele deu a sua própria vida e foi tratado como se fosse um criminoso. Ele levou a culpa dos pecados de muitos e orou pedindo que eles fossem perdoados. (Isaías 53:3-12)
Pelo o exposto nos textos bíblicos acima, observamos que o Messias
deveria nascer de uma virgem em Belém, ser anunciado como o Emanuel (que quer
dizer Deus Conosco), ser visitado pelos sábios que lhe dariam presentes, ser
rejeitado pelo seu próprio povo (os judeus), entrar em Jerusalém montado em um
jumento. Na profecia de Isaias, vemos com detalhes todo o sacrifício e morte do
Servo do Senhor. Todas estas e também as demais profecias descritas no antigo
testamento sobre o Messias foram cumpridas através de Jesus Cristo, conforme
podemos ler nos evangelhos. Deus cumpriu a sua promessa e enviou um salvador
que morreu em nosso lugar, pagando de uma vez por todas pelos nossos pecados
(CISCOS, 2008).
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Satanás vendo seu reino ser atacado pela Luz divina: “Todas as coisas
foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a
vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a
compreenderam” (João 1:3-5), sabia que esse menino tinha uma grande missão,
destruir as obras do Diabo como está escrito em I Jo.3.8: “Quem comete o pecado é
do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se
manifestou: para desfazer as obras do diabo”. Então o Diabo tenta de todas as
formas tirar a vida das crianças nascidas naquela época, porém em vão conforme
Mateus 2:16: “Então Herodes, vendo que fora iludido pelos magos, irou-se
grandemente e mandou matar todos os meninos de dois anos para baixo que havia
em Belém, e em todos os seus arredores, segundo o tempo que com precisão
inquirira dos magos” o seu objetivo era com isso frustrar o plano de Deus.
3.3 A missão
Jesus foi gerado por obra do Espírito Santo de Deus, assim não teve a
raiz adâmica em sua fecundação, portanto, não trazia sobre si o peso do pecado de
Adão. Jesus já nasceu Santo, daí Ele ser 100% Deus e 100% Homem, por isso Ele
é chamado "O FILHO DO HOMEM", mas a sua missão não era derrotar Satanás
como Deus, isto seria muito fácil. Então sua real missão era "salvar o que havia se
perdido" (CISCO, 2008). Essa afirmação é evidente com base nos versículos: “Esta
é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo,
para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1 Timóteo 1:15) e “Porque o
Filho do homem veio salvar o que se tinha perdido” (Mateus 18:11).
Deus quer salvar os homens, mas para isso teria que vir pessoalmente
à este mundo e como homem resgatar o seu povo das mãos de Satanás, e como
homem derrota-lo. Foi exatamente isso que Ele fez, veio ao mundo como homem,
em forma de carne, para na carne destruir as obras da carne, que é o pecado:
Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; (Romanos 8:3).
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Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; (João 1:12).
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1:14).
Na terra Jesus se fez menor do que seus anjos, que Ele próprio criou:
“Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco
menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de
Deus, provasse a morte por todos” (Hebreus 2:9) e desceu até nós.
Aqui Ele viveu, cresceu, trabalhou, também sofreu, foi chicoteado,
cuspido, esbofeteado, chutado, colocaram-lhe uma coroa de espinhos, deram
vinagre para beber e por fim colocaram o Criador numa cruz.
Em João 1:3-5 diz: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele
nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a
luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam (João 1:3-5).
Foi para isso que Ele veio para sofrer por amor. "Deus Pai amou o
mundo de tal maneira que enviou Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo.3:16) e como já vimos o inocente,
o puro deveria pagar pelo culpado, pelos pecadores, pois de acordo com a epístola
de Paulo aos Romanos o salário do pecado é a morte (Rm.6:23).
Como homem Ele deveria passar por todas as tentações do diabo.
Vejamos o que está escrito em Mateus 4:1-11:
Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo
diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda
que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está
escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da
boca de Deus. Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o
sobre o pináculo do templo, E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te
de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu
respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma
pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu
26
Deus. Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-
lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te
darei se, prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás,
porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.
Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam. ·.
Foi provado, caluniado, mas venceu, e não cometeu nenhum pecado:
Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram. Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei. No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir. Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos. E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos. Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor. (Rm 5:12-21).
3.4 A crucificação de Cristo
Cristo não morreu meramente como um mártir. Num sentido Ele foi um
mártir. Sua morte ocorreu de um ponto de vista humano, por Sua fidelidade à
vontade de Seu Pai; mas Ele foi mais que um mártir: Ele foi um substituto de
pecadores, morrendo em lugar deles. Isto mostra as seguintes passagens:
Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos devia trazer a paz estava sobre Ele e pelas Sua pisaduras somos sarados (Isaías 53:5).
O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar Sua vida em resgate por muitos (Mateus 20:28).
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O qual foi entregue pelos nossos delitos e ressuscitou para nossa justificação (Romanos 4:25).
Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras (1 Coríntios 15:3).
Cristo remiu-nos da maldição da Lei, fazendo-Se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro (Gálatas 3:13).
O qual levou Ele mesmo em Seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, vivamos para a justiça, por cuja ferida sarastes (1 Pedro 2:24).
Cristo... padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus (1 Pedro 3:18).
A vitória, porém ainda estava por acontecer, pois só se realizaria
plenamente com a morte do Cordeiro de Deus, Jesus. Foi exatamente isto que João
Batista declarou "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo.1:29,36),
Pedro também falou sobre isso “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como
prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição
recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um
cordeiro imaculado e incontaminado (I Pe.1:18,19) e o apóstolo João dedica um
capítulo todo ao Cordeiro de Deus como verificamos no livro de Apocalipse em seu
capítulo 5.
Jesus depois de anunciar o Reino de Deus, de curar muitos enfermos,
de dar vista aos cegos, de expulsar muitos demônios, agora teria que consumar sua
missão integralmente e sabia que seu final seria a morte e morte de cruz:
Os quais apareceram com glória, e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém. (Lucas 9:31).
Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto; (João 12:7).
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Sendo Jesus levado ao matadouro não abriu sua boca a não ser para
proclamar perdão e amor: "Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem"
(Lc.23:34). Então O crucificaram junto a dois malfeitores, um de cada lado e por três
horas houve trevas sobre toda a terra. Jesus, que nunca havia pecado, vendo cair
sobre Ele todos os pecados da humanidade, em profunda dor e solidão exclama em
alta voz: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt.27:46). Vemos
aqui que Jesus ao ser pendurado no madeiro se fez maldito no lugar da
humanidade, pois está escrito que maldito é aquele que for pendurado no madeiro:
Quando também em alguém houver pecado, digno do juízo de morte, e for
morto, e o pendurares num madeiro, o seu cadáver não permanecerá no
madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia; porquanto o
pendurado é maldito de Deus; assim não contaminarás a tua terra, que o
Senhor teu Deus te dá em herança (Deuteronômio 21:22-23).
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós;
porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
(Gálatas 3:13).
Assim, se Ele se fez pecador como todos os homens, como então
poderia ele resgatar a humanidade? É neste momento que percebemos o maior
plano de Deus para redimir os perdidos. De acordo com o livro de Romanos capítulo
5, versículo 12, a morte entrou no mundo através do pecado e devido ao pecado a
morte passou a todos os homens, pois o salário do pecado é a morte, como está
escrito em Romanos 6:23, assim quando Jesus recebeu todos os pecados dos
homens sobre si, ele morre, nesse momento, desce à sepultura e vai até o inferno
(Seol) para pregar aos espíritos em prisão: “Porque também Cristo padeceu uma
vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na
verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito; No qual também foi, e pregou aos
espíritos em prisão” (1 Pedro 3:18-19), mas Aquele que muito amou e que foi
obediente até a morte e morte de cruz (Fp.2:8) não poderia ficar retido pela morte,
ou seja Deus Pai não deixaria seu Filho que foi obediente em tudo, preso nos laços
da morte.
29
3.5 A ressurreição
Após a morte de Jesus acontece o feito mais extraordinário de todos os
tempos: Deus traz de volta à vida Seu Filho, ressuscitando-O dentre os mortos.
Este fato foi profetizado: “Portanto está alegre o meu coração e se
regozija a minha glória; também a minha carne repousará segura. Pois não deixarás
a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção” (Salmos
16:9-10).
Também foi ensinado pelo próprio Jesus como confirmado em diversos
textos bíblico:
Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra (Mateus 12:40).
Uma geração má e adúltera pede um sinal, e nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas. E, deixando-os, retirou-se (Mateus 16:4).
E o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o açoitem e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará (Mateus 20:19).
Mas, depois de eu ressuscitar, irei adiante de vós para a Galiléia (Mateus 26:32).
E, descendo eles do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, até que o Filho do homem ressuscitasse dentre os mortos (Marcos 9:9).
E havendo-o açoitado, o matarão; e ao terceiro dia ressuscitará. (Lucas 18:33).
Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? (Lucas 24:26).
Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei.
Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este
30
templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo (João 2:19-21).
Um anjo de Deus foi testemunha da ressurreição de Jesus: “Ele não
está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor
jazia” (Mateus 28:6).
Foi comprovada até mesmo por argumentos racionais onde Simons
apud Fendley (2004) afirma:
Depois de ouvir uma conversação num trem entre dois homens que discutiam a possibilidade de ser enganado sobre a ressurreição de Jesus, W. E. Fendley, advogado de Mississippi, escreveu um artigo que foi publicado no "Western Recorder" de 9 de dezembro de 1920. Ele abordou a matéria como advogado e deu as três seguintes razões para negar a plausibilidade da sugestão que o corpo de Jesus foi roubado: (1) "Não era ocasião oportuna para roubar o corpo". O fato que três festas judaicas ocorreram no tempo da crucificação certifica que as ruas de Jerusalém estariam cheias de gente. Por essa razão o Sr. Fendley diz que não era boa ocasião para roubar-se o corpo. (2) "Havia cinco penalidades de morte ligadas ao roubo do corpo e nenhuma delas foi imposta ou executada". As penalidades são dadas como sendo: primeira, por permitir que o selo fosse rompido; segunda, por quebrar o selo; terceira, por roubar o corpo; quarta, por permitir roubar o copo; quinta, por dormir quando em serviço. (3) "Nego outra vez o alegado sobre o fundamento de testemunho premeditado e não premeditado." E então ele mostra como os soldados vieram do sepulcro e disseram que um anjo os enxotará de lá e que, quando peitados pelos fariseus, disseram que o corpo Jesus fora roubado enquanto eles, soldados, dormiram.
A Doutrina Cristã concorda que Deus trouxe de volta à vida aquele que
se fez pecador, logo todos os pecadores que se tornarem filhos de Deus ganharam
o mesmo direito à ressurreição. Para isso o indivíduo pecador deve confessar com
sua boca que Jesus é seu Salvador e crer que ele realmente é o filho de Deus capaz
de perdoar os pecados (Romanos10: 10).
3.6 A salvação do homem através da fé em Cristo
A Bíblia nos fala que o amor de Deus pelos homens é tão imenso que
Ele enviou o seu próprio filho, o Messias, o Redentor, para que através de sua morte
Ele resgatasse o homem do seu pecado. Jesus Cristo foi o único ser humano que
nasceu sem o pecado, porque foi milagrosamente concebido pelo Espírito Santo
31
sem a participação do homem. Assim, Cristo não herdou o pecado de Adão, e
através da sua vida, morte e ressurreição é que a humanidade pode ser resgatada
da condenação do pecado, como nos diz a Bíblia:
Pois o próprio Cristo sofreu uma vez por todas pelos pecados, um homem bom em favor dos maus, para levar vocês a Deus. Ele morreu no corpo, mas foi ressuscitado no espírito. (1Pedro 3:18)
Mas Deus mostrou o quanto nos ama: Cristo morreu por nós quando ainda vivíamos no pecado (Romanos 5:8).
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16)
assim como um só pecado condenou todos os seres humanos, assim também um só ato de salvação liberta a todos e lhes dá a vida (Romanos 5: 18.)
De acordo com a Bíblia, não há ninguém neste mundo que possa dizer
que não tem pecado algum, e se alguém fizer tal afirmação estará chamando a
Jesus de mentiroso (I Jo.1:10). Todos são pecadores e carecem da glória de Deus.
A grande obra de Jesus foi sua obediência ao Pai, Ele não falhou. E o
resultado foi o maior feito de Deus aos homens, a vitória sobre a morte, sobre
Satanás, sobre as trevas. Jesus ressuscitou, venceu a morte, tornando-se o primeiro
da ressurreição (At.26:23) e com isto Ele arrancou da mão de Satanás a chave da
morte (I Co.15:54-56; Ap.1:17,18). Onde está ó morte a tua vitória? Jesus mesmo
declarou: "Eu sou a ressurreição e a vida (Jo.11:25).
Logo após a morte de Jesus o Véu do Templo se rasgou de alto a
baixo (Mt.27:51), desfazendo a o muro de separação, ou seja, interligando o lugar
Santo com o Santo dos Santos (Hb.9:3), o caminho foi aberto e esse caminho é o
próprio Senhor Jesus, Ele mesmo disse: "Eu sou o caminho e a verdade e a vida;
ninguém vem ao Pai, senão por mim" ( Jo.14:6).
Hoje os que creem tornam-se Filhos de Deus (Jo 1:12) e se filhos,
também são herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. Jesus é a expressão
32
visível do Deus invisível: “O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda
a criação (Colossenses 1:15).
A salvação de Cristo é para todos aqueles que crerem Nele, pois a
Bíblia ainda nos diz que:
Se você disser com a sua boca: 'Jesus é o Senhor' e no seu coração crer que Deus ressuscitou Jesus, você será salvo. (Romanos 10: 9-10).
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome (João 1:12 ).
Povos do mundo inteiro, voltem para mim, e eu os salvarei, pois eu sou Deus, e não há nenhum outro (Isaías 45:22).
Por isso, só existe um caminho que leva a Deus: Jesus Cristo. Por que
Jesus é o Caminho, e Ele é o único caminho, conforme suas próprias palavras: “Eu
sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar ao Pai a não ser por Mim”.
(João 14: 6) Ou ainda: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda
que morra, viverá; e quem vive e crê em mim nunca morrerá." (João 11: 25-26).
33
CONCLUSÃO
O amor de Deus pelo pecador manifestou-se na dádiva de seu Filho.
Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito para que todos que
nele crê não morra, mas tenha vida eterna.
Com base no exposto verificamos que Deus criou o homem diferente
de todos os outros seres. Ele o fez a sua imagem e semelhança, para viver sem
pecado. A ele cabia o domínio sobre todas as criaturas. Apenas um pedido foi feito:
que eles não comessem de uma determinada árvore. No entanto, Deus não queria
ter em suas mãos um boneco e deu ao homem o livre arbítrio, o direito de escolher o
seu caminho. Quando tentado pela serpente, que era na verdade o próprio satanás,
um anjo caído por querer ser igual a Deus, Eva foi manipulada e desobedeceu ao
seu criador, da mesma forma Adão, ao invés de permanecer fiel não hesitou e
também foi desobediente.
Porém, o preço da desobediência foi alto. Trair ao seu criador não
poderia ficar impune. O pecado traria consequências terríveis, não só para Adão e
Eva, mas para toda a sua descendência. O apóstolo Paulo afirma que o salário do
pecado é a morte, isso em consequência a desobediência.
Mas Deus ama a sua criatura. Ele sabia que o homem seria fraco e o
desobedeceria, porém ele não podia negar a sua essência. Deus é amor. E ele
amou a humanidade de uma maneira tão intensa que ele mesmo queria resgata-la.
Mas, se o salário do pecado é a morte e todos são pecadores era preciso anular o
preço a ser pago. Assim, Deus já tinha um plano. Ele enviou o seu filho, que era o
próprio Deus para viver na terra na forma humana. Aqui, Jesus passou por todos os
obstáculos que qualquer homem passa: fome, sede, injúrias, tentações. Porém
superou a todos. De cabeça erguida, foi levado ao matadouro para ser crucificado
pela expiação de todos os pecados os quais não tinha culpa. Foi fiel a Deus até a
sua morte na cruz. Ressuscitou ao terceiro dia, dando legalidade para o homem que
assim escolher também ter uma nova vida, livre da culpa do pecado. Para isso,
basta acreditar que Jesus é o filho de Deus, que morreu, ressuscitou e libertou a
humanidade.
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Assim, fica evidente que diante da fraqueza humana, o seu criador que
é justo tinha que punir os desobedientes, mas considerando o seu amor ele redimiu
ao pecador através de sua própria vida.
35
REFERÊNCIAS
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