monasterio aber 2009

DINÂMICA ESPACIAL DA POPULAÇÃO E DOS TRABALHADORES

MANUFATUREIROS NO BRASIL (1872-1920)

Leonardo MonasterioIPEA –DIRUR

Agradecimentos:Pronex FAPERJ - Nemesis/IPEACNPq

Motivação

• Busca das raízes da desigualdade regional brasileira através da aplicação de instrumental contemporâneo a bases de dados pouco exploradas.

Referências

• Estimativas de renda per capita:– Reis, Eustáquio. Convergência de renda municipal no

Brasil e em Minas Gerais no período 1872-2000.– Reis, Eustáquio. A renda per capita dos municípios

brasileiros circa 1872.– Monasterio, L. Brazilian Spatial Dynamics in the Long

Term (1872-2000): Path dependency or Reversal of Fortune?

• Localização:– Reis, Eustáquio e Monasterio. Mudanças na

Concentração Espacial das Ocupações nas Atividades Manufatureiras no Brasil - 1872-1920.

Methods

• Quah (1996, 1997): Markov + “a kind of” spatial adjustment;

• Rey (2001a, 2001b, 2005): Markov + ESDA + stochastic kernel

• Software:– STARS 0.8.2 (Rey e Janikas, 2004)– R 2.8.1 (R Development Core Team,

2008)

Data

• Áreas Mínimas Comparáveis 1872-2000 desenvolvidas por Eustáquio Reis (Reis, Pimentel e Alvarenga, 2007).

Data

• População e ocupação:– Recenseamento de 1872;– Censo de 1920;– Compatibilização das atividades

manufatureiras;– Alguns possíveis problemas.

• Exclusão do N e CO.

FIGURA 1 – DENSIDADE DEMOGRÁFICA POR AMCS NO BRASIL (1872-1920)

1872 1920 FONTE: CÁLCULOS DO AUTOR COM BASE EM DGE (1876), MAIC (1927).

400 0 400 800 Miles

Amc_72_00_jul_09.shp0 - 0.0650.065 - 0.1620.162 - 0.3370.337 - 0.6870.687 - 2.175

Estados.shp

N

EW

S

Densidade populacional 1872

400 0 400 800 Miles

Amc_72_00_jul_09.shp0 - 0.0650.066 - 0.1620.163 - 0.3370.338 - 0.6870.688 - 9.159

Estados.shp

N

EW

S

Densidade pop 1920

A m c _ 7 2 _ 0 0 _ j u l _ 0 9 . s h p0 - 0 .0 6 50 . 0 6 5 - 0 .1 6 20 . 1 6 2 - 0 .3 3 70 . 3 3 7 - 0 .6 8 70 . 6 8 7 - 9 .1 7 5

E s t a d o s . s h p

FIGURA 2 – DENSIDADE DA OCUPAÇÃO NA MANUFATURA POR AMCS NO BRASIL (1872-1920)

1872 1920

FONTE: CÁLCULOS DO AUTOR COM BASE EM DGE (1876), MAIC (1927)

400 0 400 800 Miles

Amc_72_00_jul_09.shp0 - 0.0030.004 - 0.0090.01 - 0.0210.022 - 0.0540.055 - 1.193

Estados.shp

N

EW

S

Dens manuf 1920

A m c _ 7 2 _ 0 0 _ j u l _ 0 9 . s h p0 - 0 .0 0 30 . 0 0 3 - 0 .0 0 90 . 0 0 9 - 0 .0 2 10 . 0 2 1 - 0 .0 5 40 . 0 5 4 - 1 .1 9 3

E s t a d o s . s h p

400 0 400 800 Miles

Amc_72_00_jul_09.shp0 - 0.0030.003 - 0.0090.009 - 0.0210.021 - 0.0540.054 - 0.142

Estados.shp

N

EW

S

Dens manufatura 1872

A m c _ 7 2 _ 0 0 _ j u l _ 0 9 . s h p0 - 0 .0 0 30 . 0 0 3 - 0 .0 0 90 . 0 0 9 - 0 .0 2 10 . 0 2 1 - 0 .0 5 40 . 0 5 4 - 1 .1 9 3

E s t a d o s . s h p

FIGURA 3 - DIREÇÃO DAS TRANSIÇÕES ENTRE CLASSES DE DENSIDADE DEMOGRÁFICA- BRASIL – 1872-1920

Divergência Descendente Divergência Ascendente Convergência Descendente Convergência Ascendente

FONTE: CÁLCULOS DO AUTOR COM BASE EM DGE (1876), MAIC (1927)

FIGURA 4 - DIREÇÃO DAS TRANSIÇÕES ENTRE CLASSES DE DENSIDADE DA MANUFATURA- BRASIL – 1872-1920

Divergência Descendente Divergência Ascendente Convergência Descendente Convergência Ascendente

FONTE: CÁLCULOS DO AUTOR COM BASE EM DGE (1876), MAIC (1927)

População

TABELA 2 - MATRIZ DE TRANSIÇÃO ENTRE AS CLASSES DE DENSIDADE POPULACIONAL POR AMC - BRASIL - 1872 E 1920.

1872\1920 P L M U R P 0.683 0.232 0.073 0.000 0.012 L 0.134 0.451 0.305 0.085 0.024 M 0.012 0.220 0.463 0.244 0.061 U 0.000 0.024 0.207 0.512 0.256 R 0.000 0.000 0.061 0.402 0.537

Ergódica 0.068 0.140 0.241 0.328 0.222 FONTE: CÁLCULO DO AUTOR.

ManufaturaTABELA 3 - MATRIZ DE TRANSIÇÃO ENTRE AS CLASSES DE DENSIDADE DOS TRABALHADORES NA

MANUFATURA POR AMC - BRASIL - 1872 E 1920.

1872\1920 P L M U R

P 0.711 0.217 0.036 0.012 0.024 L 0.370 0.346 0.210 0.074 0.000 M 0.183 0.366 0.220 0.159 0.073 U 0.073 0.268 0.244 0.280 0.134 R 0.024 0.146 0.256 0.244 0.329

Ergódica 0.461 0.273 0.136 0.082 0.048 FONTE: CÁLCULO DO AUTOR.

TABELA 4 - MATRIZES DE TRANSIÇÃO POR CLASSES DE LAG ESPACIAL – DENSIDADE DEMOGRÁFICA- BRASIL - 1872-1920

LAG ESPACIAL

1872\1920 P L M U R P 0.889 0.067 0.044 0.000 0.000 L 0.333 0.500 0.167 0.000 0.000 M 0.000 1.000 0.000 0.000 0.000 U 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000

P

R 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 P 0.737 0.237 0.026 0.000 0.000 L 0.524 0.190 0.238 0.048 0.000 M 0.357 0.357 0.143 0.143 0.000 U 0.000 0.667 0.333 0.000 0.000

L

R 0.000 0.250 0.500 0.250 0.000 P 0.643 0.286 0.000 0.000 0.071 L 0.375 0.458 0.125 0.042 0.000 M 0.318 0.409 0.182 0.091 0.000 U 0.375 0.250 0.250 0.125 0.000

M

R 0.400 0.000 0.400 0.200 0.000 P 0.500 0.200 0.200 0.100 0.000 L 0.261 0.435 0.217 0.087 0.000 M 0.091 0.424 0.273 0.152 0.061 U 0.032 0.323 0.290 0.258 0.097

U

R 0.000 0.250 0.250 0.167 0.333 P 0.333 0.333 0.000 0.000 0.333 L 0.000 0.167 0.500 0.333 0.000 M 0.000 0.154 0.231 0.308 0.308 U 0.050 0.200 0.200 0.350 0.200

R

R 0.000 0.102 0.224 0.286 0.388 FONTE: CÁLCULO DO AUTOR.

TABELA 4 - MATRIZES DE TRANSIÇÃO POR CLASSES DE LAG ESPACIAL – DENSIDADE DEMOGRÁFICA- BRASIL - 1872-1920

LAG ESPACIAL

1872\1920 P L M U R P 0.889 0.067 0.044 0.000 0.000 L 0.333 0.500 0.167 0.000 0.000 M 0.000 1.000 0.000 0.000 0.000 U 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000

P

R 0.000 0.000 0.000 0.000 0.000 P 0.737 0.237 0.026 0.000 0.000 L 0.524 0.190 0.238 0.048 0.000 M 0.357 0.357 0.143 0.143 0.000 U 0.000 0.667 0.333 0.000 0.000

L

R 0.000 0.250 0.500 0.250 0.000 P 0.643 0.286 0.000 0.000 0.071 L 0.375 0.458 0.125 0.042 0.000 M 0.318 0.409 0.182 0.091 0.000 U 0.375 0.250 0.250 0.125 0.000

M

R 0.400 0.000 0.400 0.200 0.000 P 0.500 0.200 0.200 0.100 0.000 L 0.261 0.435 0.217 0.087 0.000 M 0.091 0.424 0.273 0.152 0.061 U 0.032 0.323 0.290 0.258 0.097

U

R 0.000 0.250 0.250 0.167 0.333 P 0.333 0.333 0.000 0.000 0.333 L 0.000 0.167 0.500 0.333 0.000 M 0.000 0.154 0.231 0.308 0.308 U 0.050 0.200 0.200 0.350 0.200

R

R 0.000 0.102 0.224 0.286 0.388 FONTE: CÁLCULO DO AUTOR.

Moran Local Densidade

TABELA 6 - MATRIZES DE TRANSIÇÃO ESPACIAIS E DISTRIBUIÇÕES ERGÓDICAS – DENSIDADE DEMOGRÁFICA- BRASIL 1872-1920

Lag\P(x) HH LH LL HL HH 0.691 0.106 0.085 0.117 LH 0.375 0.250 0.344 0.031 LL 0.069 0.049 0.870 0.012 HL 0.368 0.105 0.237 0.289

Ergódica 0.304 0.087 0.545 0.063 FONTE: CÁLCULO DO AUTOR.

Moran Local ManufaturaTABELA 7 - MATRIZES DE TRANSIÇÃO ESPACIAIS E DISTRIBUIÇÕES ERGÓDICAS – DENSIDADE DE

TRABALHADORES NA MANUFATURA- BRASIL 1872-1920

Lag\P(x) HH LH LL HL HH 0.366 0.155 0.324 0.155 LH 0.250 0.214 0.518 0.018 LL 0.008 0.033 0.929 0.029 HL 0.048 0.048 0.714 0.190

Ergódica 0.033 0.046 0.882 0.039 FONTE: CÁLCULO DO AUTOR.

Mobility Measures

• Shorrocks (1978)

k = number of classesTr = trace of the transition matrix

SI densidade= 0,59Si manufatura= 0,78

1

)( ,

−−

= +

k

MTrkSI stt

Types of Spatial Transitions

• Type 0: there is no change. Observations occupy the main diagonal.

• Type I: the unit migrated, but its neighbours stayed in the same category.

• Type II: only the neighbours migrated; the analysed unit stayed in the same class.

• Type III: both analysed unit and its neighbours changed categories between periods 0 and 1. – IIIA were in quadrants HH or LL; – IIIB were classified as HL or LH .

Spatial Mobility Measures

• Rey (2001a)

Spatial Flux Spatial Cohesion

n

FFSF III +=

n

FFSC IIIA+= 0

Medidas de mobilidade

TABELA 8 - MEDIDAS DE MOBILIDADE DAS TRANSIÇÕES ESPACIAIS - BRASIL 1872-1920

n P(Type) Densidade manufatura Densidade Populacional

Type 0 0.659 0.727

Type I 0.151 0.083

Type II 0.122 0.117

Type III 0.068 0.073

Fluxo espacial 0.273 0.200

Coesão espacial 0.720 0.788 FONTE: CÁLCULO DO AUTOR

Conclusões

• Diversidade das experiências regionais ocorridas dentro dos estados durante o período 1872-1920. Frequentes processos de divergência decrescente;

• Vizinhança foi fundamental para os destinos das AMCs (Espaço importa, quer no fim do século XIX, quer hoje.);

• A manufatura ficou ainda mais concentrada do que a população;

• Esse fenômeno, mesmo antes da aceleração da industrialização a partir da década de 30, contribuiu ainda mais para a desigualdade regional brasileira no século XX.