"mineração subterrânea - características e desafios" / carlos dinis

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MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA Características e Desafios

C. Dinis da Gama, Prof. Catedrático

Instituto Superior Técnico

Universidade Técnica de Lisboa, Portugal

(dgama@ist.utl.pt)

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA IBRAM e Dep. Engª. Minas – Esc. Engª da UFMG

BELO HORIZONTE (MG) - 25 SETEMBRO 2008

INTRODUINTRODUÇÇÃOÃOVivemos presentemente uma fase optimista na industria Vivemos presentemente uma fase optimista na industria extractiva, com as altas cotaextractiva, com as altas cotaçções das matões das matéérias primas rias primas minerais, conduzindo a empresas muito prminerais, conduzindo a empresas muito próósperas, speras, numerosas outras pretendendo entrar no sector, forte numerosas outras pretendendo entrar no sector, forte procura de mão de obra especializada, etc.procura de mão de obra especializada, etc.ÉÉ oportuno desenvolver uma soportuno desenvolver uma sííntese das caracterntese das caracteríísticas sticas actuais deste sector, com destaque para a utilizaactuais deste sector, com destaque para a utilizaçção de ão de adequadas metodologias de Concepadequadas metodologias de Concepçção, Projecto, ão, Projecto, OperaOperaçção, Seguranão, Segurançça, Economia e Inovaa, Economia e Inovaçção nas minas ão nas minas contemporâneas, capazes de garantir a viabilidade e contemporâneas, capazes de garantir a viabilidade e vitalidade das empresas desta especialidade. vitalidade das empresas desta especialidade. Simultaneamente, justificaSimultaneamente, justifica--se a adopse a adopçção de mão de méétodos de todos de trabalho cada vez mais dirigidos para a sustentabilidade trabalho cada vez mais dirigidos para a sustentabilidade das operadas operaçções mineiras, em harmonia com os actuais ões mineiras, em harmonia com os actuais requisitos de qualidade ambiental inerentes requisitos de qualidade ambiental inerentes àà globalizaglobalizaçção ão contemporânea.contemporânea.

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA

MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA Características e Desafios

• 1ª PARTE – A ENGENHARIA DE MINAS SUBTERRÂNEAS

• 2ª PARTE – CARACTERIZAÇÃO

• 3ª PARTE – SUSTENTABILIDADE DA MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA

V CONGRESSO BRASILEIRO DE MINA SUBTERRÂNEA

ENGENHARIA

DEFINIÇÃO (*)É a profissão aprendida, na qual o conhecimento

da matemática e das ciências naturais, obtido pelo estudo, pela experiência e pela prática, éaplicado conscientemente para utilizar econó-micamente os materiais e as forças da Natureza para o progressivo bem-estar da Humanidade.

____________(*) U. S. Engineers’ Council for Professional Development

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ENGENHARIA E CIÊNCIAO Engenheiro aplica inteligentemente o conhecimento científico

para a solução de problemas técnicos.

Pelo contrário, o Cientista está interessado em ampliar o conhecimento sobre um dado aspecto do mundo natural, querendo saber como acontecem os fenómenos, sem estar preocupado com aplicações úteis das suas descobertas. Os produtos da sua actividade são ideias e/ou conceitos.

O Engenheiro investiga como e porquê os fenómenos acontecem, procurando desenvolver novas e melhores aplicações, mais económicas e mais amigas do Ambiente.

Também diferente do Cientista, o Engenheiro possui uma enorme responsabilidade perante a segurança individual e colectiva, competindo-lhe introduzir criatividade e inovação em todos os projectos que executa.

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ENGENHARIA DE MINAS

Ramo de Engenharia destinado a promover o aproveitamento racional dos recursos minerais da Terra, de forma segura e económica.

No passado, havia que gerir bem a extracção do recurso mineral. Hoje, o engenheiro tem de gerir também outro importante recurso: o Ambiente remanescente.

Ele será julgado não só pela sua eficiência na extracção do primeiro, mas também pela sua actuação na protecção do segundo. Assim, considerando que a mineração constitui um uso temporário do solo, há que garantir uma adequada recuperação das zonas afectadas após o encerramento da sua extracção.

Para garantia de sustentabilidade, essas zonas deverão ser preparadas para um uso mais nobre do que tinham antes do seu aproveitamento.

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PECULARIEDADES DA ENGENHARIA DE MINAS

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Todas as especialidades de Engenharia são importantes, Todas as especialidades de Engenharia são importantes, mas a mas a EngEngªª de Minas de Minas éé especial, dado que envolve especial, dado que envolve Ciência, Tecnologia, Terra, Natureza, Arte e o Homem.Ciência, Tecnologia, Terra, Natureza, Arte e o Homem.

A Engenharia de Minas pode assim ser considerada a A Engenharia de Minas pode assim ser considerada a Mãe de todas as Engenharias, porque os minerais foram , porque os minerais foram a primeira actividade industrial da Antiguidade, quando a primeira actividade industrial da Antiguidade, quando o Homem comeo Homem começçou a viver em cavernas, a esculpir a ou a viver em cavernas, a esculpir a pedra, fazendo utenspedra, fazendo utensíílios com a mesma, e atlios com a mesma, e atéé a usar a usar argilas para pintar.argilas para pintar.

Não Não éé por acaso que os ciclos de vida das diferentes por acaso que os ciclos de vida das diferentes civilizacivilizaçções foram baseados em sucessivos perões foram baseados em sucessivos perííodos de odos de utilizautilizaçção de recursos minerais dominados pelo Homem.ão de recursos minerais dominados pelo Homem.

ETAPAS IMPORTANTES DA MINERAÇÃO

1 – Descoberta dos recursos minerais úteis;

2 – Análise de alternativas do custo dos empreendimentos, tipos de equipamentos e materiais necessários, disponibilidades de energia, de água e de mão de obra, acesso ao mercado das matérias primas minerais, preços de venda, etc.

3 – Decisão sobre a viabilidade técnica e económica da sua extracção, incluindo o tipo de lavra (superficial, subterrânea ou mista);

4 – Dimensionamento, optimização e projecto das operações unitárias da produção (perfuração, desmonte, carregamento, transporte e britagem), da unidade de beneficiamento, das vendas e “marketing”;

5 – Construção de infraestruturas e de instalações industriais;

6 – Produção, gestão das actividades extractivas e controle de custos;

7 – Minimização dos impactes ambientais e recuperação paisagística das áreas afectadas.

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IMPORTÂNCIA DA MECÂNICA DAS ROCHAS

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““Como as duas actividades essenciais de Como as duas actividades essenciais de mineramineraçção consistem na fragmentaão consistem na fragmentaçção das rochas ão das rochas e em manter o controle sobre as e em manter o controle sobre as formaformaççõesõesadjacentes, consideraadjacentes, considera--se que a ciência bse que a ciência báásica da sica da mineramineraçção ão éé a Mecânica das Rochasa Mecânica das Rochas””. .

J. J. ConveyConvey

PERGUNTAS IMPORTANTES A FORMULAR, NO INÍCIO DE UM NOVO PROJECTO

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MATERIAL ..................QUAL?MATERIAL ..................QUAL?

ESPAESPAÇÇO.........................ONDE?O.........................ONDE?

TEMPO..........................QUANDO?TEMPO..........................QUANDO?

PESSOAS.......................QUEM?PESSOAS.......................QUEM?

CAPITAL.......................QUANTO?CAPITAL.......................QUANTO?

OBJECTIVO.................PORQUÊ?OBJECTIVO.................PORQUÊ?

AS DUAS OPAS DUAS OPÇÇÕES CLÕES CLÁÁSSICAS NA MINERASSICAS NA MINERAÇÇÃOÃO

Lavra a cLavra a cééu abertou aberto Lavra subterrâneaLavra subterrânea

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MINA DE CAMADA INCLINADA

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MINA SUBTERRÂNEA DE CORPO 3MINA SUBTERRÂNEA DE CORPO 3--D DE MIND DE MINÉÉRIORIO

TRANSITRANSIÇÇÃO DA LAVRA A CÃO DA LAVRA A CÉÉU U ABERTO PARA SUBTERRÂNEAABERTO PARA SUBTERRÂNEA

OpenOpen PitPit

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TRANSITRANSIÇÇÃO DA LAVRA A CÃO DA LAVRA A CÉÉU ABERTO PARA SUBTERRÂNEAU ABERTO PARA SUBTERRÂNEACRITCRITÉÉRIO DE DECISÃORIO DE DECISÃO

PPProfundidade limite de lavra a cProfundidade limite de lavra a cééu abertou aberto

MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA Características e Desafios

• 1ª PARTE – A ENGENHARIA DE MINAS SUBTERRÂNEAS

• 2ª PARTE – CARACTERIZAÇÃO

• 3ª PARTE – SUSTENTABILIDADE DA MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA

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LAYLAY--OUT DE MINAOUT DE MINA

SUBTERRÂNEASUBTERRÂNEA

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FACTORES INFLUENTES NA SELECÇÃO DOS MÉTODOS DE LAVRA SUBTERRÂNEA

1 1 –– Morfologia do depMorfologia do depóósito mineral (forma, tamanho e sito mineral (forma, tamanho e posiposiçção espacial)ão espacial)

2 2 –– DistribuiDistribuiçção 3ão 3--D dos teores de minD dos teores de minéériorio

3 3 –– Propriedades mecânicas da rocha e do minPropriedades mecânicas da rocha e do minéériorio

4 4 –– Disponibilidades financeiras iniciais e subsequentesDisponibilidades financeiras iniciais e subsequentes

5 5 –– SeguranSegurançça, higiene e respeito pela legislaa, higiene e respeito pela legislaççãoão

6 6 –– Efeito das operaEfeito das operaçções subsidiões subsidiáárias (ventilarias (ventilaçção, ão, drenagem, redes eldrenagem, redes elééctrica, de ctrica, de áágua, ar comprimido, etc.)gua, ar comprimido, etc.)

7 7 –– Outros factores especOutros factores especííficos.ficos.

FLUXOGRAMA DE ESTUDOS DE MINERAFLUXOGRAMA DE ESTUDOS DE MINERAÇÇÃOÃO

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MÉTODOS DE LAVRAMINEIRA SUBTERRÂNEA

OS 4 PRINCIPAIS TIPOS

1 – Cavidades Auto-Suportadas

2 – Cavidades com Suporte Artificial

3 – Desabamento controlado dos tectos

4 – Métodos mistos e não convencionais

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CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE LAVRA SUBTERRÂNEA(segundo Brady & Brown-Rock Mechanics for Underground Mining)

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CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE LAVRA SUBTERRÂNEA(segundo o U.S. Bureau of Mines)

9) Combinações dos outros métodosMÉTODOS MISTOS

8) Corte de fatias superiores (“top slicing”)

b) Sublevel caving

a) Block caving7) Com desabamento (“caving”)DESABAMENTO CON-

TROLADO DO TECTO

6) Madeiramento reticulado (“square set stoping”)

5) Madeiramento contínuo (“stulled stopes”)

4) Corte e enchimento (“cut and fill”)

c) Com enchimento subsequente

b) Sem pilares

a) Com pilares3) Com enchimento temporário (“shrinkage”)

CAVIDADESARTIFICIALMENTESUPORTADAS

b) Câmaras e pilares regulares

a) Pilares pontuais2) Com pilares

c) Longhole stoping

b) Sublevel stoping

a) Para pequenas jazidas1) Abertas e sem pilares

CAVIDADESAUTO-SUPORTADAS

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11--a) Abertas sem pilaresa) Abertas sem pilares

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11--b) Abertas com b) Abertas com subsub--nnííveisveis

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11--c)Abertas com furos longosc)Abertas com furos longos

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2) Câmaras e pilares2) Câmaras e pilares

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MINA DA PANASQUEIRA, W e MINA DA PANASQUEIRA, W e SnSn (Portugal)(Portugal)

2) Câmaras e pilares com recupera2) Câmaras e pilares com recuperaçção parcialão parcial

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MINA DA PANASQUEIRA, W e MINA DA PANASQUEIRA, W e SnSn (Portugal)(Portugal)RecuperaRecuperaçção: ão: e=e= (8x8(8x8--3x3)/(8x8)=0.863x3)/(8x8)=0.86Tensão de compressão no pilar: Tensão de compressão no pilar: s=(yHs=(yH)/(1)/(1--e)= (25x300)/(1e)= (25x300)/(1--0.86)= 53.6 0.86)= 53.6 MPaMPaTensão de tracTensão de tracçção no meio da câmara: t=ão no meio da câmara: t=--(yL(yL22)/(2D)= )/(2D)= --(25x25)/2= (25x25)/2= --0.31 0.31 MPaMPa

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3) Enchimento tempor3) Enchimento temporááriorio

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4) Corte e enchimento4) Corte e enchimento

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5) Madeiramento cont5) Madeiramento contíínuonuo

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6) Madeiramento 6) Madeiramento recticuladorecticulado

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77--a) Desabamento de grande volumea) Desabamento de grande volume

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77--b) Desabamento em b) Desabamento em subsub--nnííveisveis

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8) Corte de fatias superiores8) Corte de fatias superiores

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9) MINERA9) MINERAÇÇÃO INOVADORA, NÃO INTRUSIVAÃO INOVADORA, NÃO INTRUSIVA

PRINCIPAIS TIPOS:PRINCIPAIS TIPOS:

-- AplicaAplicaçção de tão de téécnicas para abertura rcnicas para abertura ráápida de tpida de túúneis e poneis e poççosos

-- MonitorizaMonitorizaçção permanente dos trabalhos (exemplo MEMCOT)ão permanente dos trabalhos (exemplo MEMCOT)

--LixiviaLixiviaççãoão ““inin situsitu””

--GasificaGasificaçção e combustão de carvão ão e combustão de carvão ““inin situsitu””

--EscavaEscavaçção hidrão hidrááulicaulica

--MineraMineraçção robão robóótica e automatica e automaçção de operaão de operaççõesões

--MineraMineraçção submarinaão submarina

--MineraMineraçção com artefactos nuclearesão com artefactos nucleares

--Etc.Etc.

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MINERAMINERAÇÇÃO INOVADORA, NÃO ÃO INOVADORA, NÃO INTRUSIVAINTRUSIVA--ExemploExemplo

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RAISE BORINGRAISE BORING

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CUSTOS OPERACIONAIS TCUSTOS OPERACIONAIS TÍÍPICOS DOS PICOS DOS MMÉÉTODOS DE LAVRA SUBTERRÂNEA TODOS DE LAVRA SUBTERRÂNEA

(segundo (segundo PiercePierce etet al., actualizados para 2008)al., actualizados para 2008)

BlockBlock CavingCaving………………………………8.51 US$ / t8.51 US$ / t

RoomRoom andand PillarPillar…………………………8.52 US$ / t8.52 US$ / t

OpenOpen ((StullStull) ) StopingStoping………………10.07 US$ / t10.07 US$ / t

SublevelSublevel StopingStoping…………………….11.22 US$ / t.11.22 US$ / t

ShrinkageShrinkage…………………………………….18.53 US$ / t.18.53 US$ / t

SublevelSublevel CavingCaving……………………..22.88 US$ / t..22.88 US$ / t

CutCut andand FillFill……………………………….28.94 US$ / t.28.94 US$ / t

SquareSquare SetsSets……………………………….33.11 US$ / t.33.11 US$ / t

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A ESCOLHA DO “MELHOR” MÉTODO DE LAVRA SUBTERRÂNEA

PARA UMA NOVA MINA, USAPARA UMA NOVA MINA, USA--SE A SE A SOLUSOLUÇÇÃO ÃO INVERSAINVERSA , EM QUE AS LIMITA, EM QUE AS LIMITAÇÇÕES QUE ÕES QUE APRESENTAM OS VAPRESENTAM OS VÁÁRIOS MRIOS MÉÉTODOS NA SUA TODOS NA SUA APLICABILIDADE, SERVEM COMO CRITAPLICABILIDADE, SERVEM COMO CRITÉÉRIO RIO PARA ELIMINAR A MAIORIA DOS MPARA ELIMINAR A MAIORIA DOS MÉÉTODOS TODOS DE LAVRA CONHECIDOS, SOBRANDO ASSIM DE LAVRA CONHECIDOS, SOBRANDO ASSIM ““O MENOS MAUO MENOS MAU””..

CRITCRITÉÉRIO TAMBRIO TAMBÉÉM CONHECIDO COMO M CONHECIDO COMO ““O O COMPROMISSO MENOS OBJECCIONCOMPROMISSO MENOS OBJECCIONÁÁVELVEL””((LeastLeast ObjectionableObjectionable CompromiseCompromise).).

MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA Características e Desafios

• 1ª PARTE – A ENGENHARIA DE MINAS SUBTERRÂNEAS

• 2ª PARTE – CARACTERIZAÇÃO

• 3ª PARTE – SUSTENTABILIDADE DA MINERAÇÃO SUBTERRÂNEA

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Sistema socialSistema natural

Sistema económico

Zona do Desenvolvimentosustentável

Modelo interactivo de sustentabilidade – 4 sistemas

Sistema governamental

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Sistema Natural

Objectivo: Compatibilização entre sistemas

SistemaGovernamental

Sistema Social

Sistema Económico

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Marcos do desenvolvimento sustentável (DS) e sua interacção com a Indústria Mineira

• Em 1987 é definido por Brundtland o conceito de DS, considerando que o crescimento industrial deve ser limitado pelos ditames de qualidade ambiental e pelo abastecimento de matérias primas para as gerações futuras.

• Em 1992, Conferência de Meio Ambiente e Desenvolvimento, denominada Cimeira do Rio, declara o primado do DS.

• Em 2002, Conferência sobre DS em Joanesburgo, onde se define o aspecto político, planos de acção e compromissos do DS.

• Em Maio de 2003, Conferência sobre Indicadores de Sustentabilidade para a Indústria Extractiva Mineral em Milos, Grécia. Nesta conferência elaborou-se a importante Declaração de Milos.

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PERENIDADE DA INDUSTRIA MINEIRA

• O sector mineral é imprescindível para a o progresso e prosperidade económica dos países.

•Esta importância foi e serádeterminante para futuras gerações; portanto, é imprescindível que a comunidade do sector mineiro contribua para o DS.

•Justificam-se, assim, os projectos economicamente viáveis, em harmonia com a protecção ambiental, socialmente responsáveis e com forte interacção social e governamental (TRIO: empresa, governo e comunidade).

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Para atingir o desejado DS sãonecessárias mudanças significativas

ACTORES o Responsabilidade

profissional o Educação e

capacitação técnico-científico

o Comunicação

Estratégia comercial

Tecnologias operativas

Condutas pessoais

Políticas públicas

DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

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Novo paradigma no desenvolvi-mento do sector mineral

Empresa mineira

Governo central

Comunidade local

(1)

(2)

(3) (1)

(2)

(3)

Novo paradigma

Velho paradigma Velho paradigma (tipo (tipo colonialcolonial))

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Parâmetros económicosassociados ao novo paradigma

��Estrutura de acordos de impactes e benefEstrutura de acordos de impactes e benefíícios cios entre a comunidade e a empresa;entre a comunidade e a empresa;

��AnAnáálise da exploralise da exploraçção dos recursos minerais ão dos recursos minerais considerando a aceitaconsiderando a aceitaçção regional e local;ão regional e local;

��CritCritéério de desenvolvimento regional.rio de desenvolvimento regional.

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O papel e políticas do sector mineral no DS

Papel

Rentabilizar o projecto mineiro em equilíbrio com a protecção ambiental e a responsabilidade social, considerando como eixo principal a participação da comunidade, em coordenação com o governo.

Políticas de DS

�Bom relacionamento com as autoridades;

�Qualidade no relacionamento com os clientes;

�Respeito pelas comunidades ;

�Gestão responsável do ambiente;

�Eficiência no uso dos depósitos minerais;

�Respeito aos padrões do Ambiente, Saúde, Segurança e Comunidade;

�Avaliação económica, social e ambiental das operações, aquisições e projectos.

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Avaliação do Ciclo de Vida (LCA) e emissões na exploração e tratamento mineralúrgico

Poeiras, gases,ruído

Drenagem ácida

Rejeitados da lavaria

Água e reactivos Agua residual de lavaria, reciclado

EXPLORAÇÃO

CONCENTRAÇÃO

Poeiras, gases,ruído

Escombros

Mineral extraído

Reservamineral

Concentradode mineral

Perfuração, desmonte(explosivo) carga e transporte

Mineral extraído

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Gestão ambiental proactiva com o sistema SEM ( ISO 14001) e o EHSMS

(1) Alta direcção estabelece política ambiental

(2) Planificação

(3) Implementação e operação

(4) Verificação e acções correctivas

(5) Revisão administrativa

Protecção ambiental (Melhora contínua, poupança nos custos

boa imagem da empresa mineira)

Políticas de

EHSMS

AMBIENTE

SEG

UR

AN

ÇA

SAÚDE

Planificação

Monitorização e medidas correctivas

Implementação e operações

Início

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Acções de responsabilidade das Empresas

Acções de responsabilidade social

�Distribuição justa dos custos e benefícios do desenvolvimento;

�Respeitar e reforçar os direitos fundamentais dos seres humanos;

�Assegurar que a diminuição dos recursos naturais não irá privar as gerações futuras, através da sua substituição por outras formas de capital.

Acções de governo

�Apoiar a tomada de decisões partilhadas e evitar concen-tração excessiva de poder;

�Estimular a livre empresa dentro de um sistema de normas claras, justas e de promoção;

�Assegurar a transparência;

�Garantir a responsabilidade por todas as decisões e acções;

�Assegurar que as decisões são tomadas de forma apropriada.

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Factores dinamizadores do DS nas minasa) Estratégia comercial (oferta vs. procura)

Produção Mineira 0

A

B

OFERTA ( Para legislação ambiental permissiva ou inexistente )

OFERTA (Para legislação ambiental excessivamente

rigorosa) Zona de valores óptimos (equilibrados)

C

POCURA

Pre

ço (

€/t)

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Factores dinamizadores do DSb)Tecnologias inovadoras(Exemplo: Gasificação Subterrânea de Carvão)

Água

Carvão

Ar/

Oxi

géni

o

Gás húmido 300 ºC

120 ºC

Águ

a

Gás seco

1200 ºC GASUCA

UPG MW

CO

2

Cinzas e escombros

Sequestração do CO2

Óleo carvão UGEE

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Factores dinamizadores do DSc) Condutas pessoais

Autoridades

MINA

Empregados

Comunidades

Associações industriais

Compradores

Consumidores

ONGs Investigação e

educação

Organizações de desenvolvimento

Accionistas Agen. cotações Bancos comerciais Bancos de desenv Seguros Outros fornecedores

Part políticos Imprensa

1

3 2

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Factores dinamizadores do DSd) Políticas públicas

�Devem ser capazes de legislar, dar normas e fiscalizar em todos os elementos que condicionam e contribuam para o DS.

�Tais normas devem procurar criar as condições mais favoráveis para o DS e garantir a protecção, promoção e incentivo aos empreendimentos.

�É importante a participação de responsáveis do sector mineral na definição das políticas públicas.

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A declaração de Milosa) Considerações gerais

�O futuro sustentável não pode ser conseguido sem a aplicação dos princípios profissionais, conhecimentos científicos, capacidades técnicas, atitudes educativas e de investigação.

�São importantes as descobertas científicas e os avanços tecnológicos que transformam matérias primas em recursos, contribuindo para melhorar o bem-estar humano.

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A declaração de Milosb) Visão

A comunidade mineira contribuirá para atingir um futuro sustentável através da aplicação das nossas capacidades científicas, técnicas, educativas e de investigação na área mineira, metalúrgica e dos combustíveis.

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A declaração de Milosc) Acções para atingir a visão

1.Responsabilidade

profissional

2.Educação e capacitação

3.Comunicação

�Usar a ciência e a engenharia�Promover o desenvolvimento e transferência tecnológico�Dar prioridade a solução de problemas ambientais�Considerar a justiça social�Participar no diálogo global�Participar em todas as etapas das decisões

�Atrair pessoal altamente capacitado�Apoiar o desenvolvimento de um alto nível de educação e capacitação�Promover ensino de DS em todos os níveis�Apoiar o melhor equipamento nos centros de ensino�Promover intercâmbio global

�Apoiar actualização a todo nível�Partilhar com o público os conhecimentos�Disseminar informação sobre DS e papel do sector na qualidade de vida�Difundir os avanços dos membros da comunidade mineira

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� EDUCAÇÃO � INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

E TECNOLÓGICA (Para o DS do sector mineral)

Universidades Governo Empresas mineiras

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Com

unicação

Res

pons

abili

dade

pr

ofis

sion

al

A declaração de Milosd) Necessidade da participação no trinómio Universidade, Empresa e Governo

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CONCLUSÕES 1

�O desenvolvimento global precisa e precisará dos produtos minerais, facto que exige e justifica adoptar medidas para o DS do sector mineral.

�A gestão do sector mineral deve ser baseada num novo paradigma, onde a comunidade participa como o eixo central na relação com a empresa mineira e o governo.

�A sustentabilidade do sector mineral será possível quando se elimine a desigual competição de produtos minerais no mercado internacional, e se apliquem tecnologias eficientes e limpas, com mudanças nas condutas pessoais e nas políticas públicas.

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CONCLUSÕES 2

�O DS depende de uma participação multisectorial e multidisciplinar a nível local, regional, nacional e global.

�Para um efectivo e real DS do sector mineral émuito importante a responsabilidade e ética profissional, a educação, o desenvolvimento técnico e científico e uma adequada comunicação.

�Finalmente, para o DS do sector mineral édeterminante, a efectiva e coordenada participação do trinómio: Universidade, Empresa e Governo.

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AGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOS

ÀÀ Comissão Organizadora do EventoComissão Organizadora do Evento

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