meio ambiente
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MEIO AMBIENTE
MANUAIS DE GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL
VOLUME 8
“péra”
“trem”
“uai”
“cê”
“docim”
“bão”
“nó”
“Minas, são muitas.Porém, são poucos aqueles que conhecem as mil faces das Gerais.”
Guimarães Rosa
SAÚDEPALAVRA DOPRESIDENTE
Presidente da Associação Mineira de
Municipios
EditorialMANUAIS DE GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL
Volume 4
SAÚDE
Associação Mineira de Municípios - AMM
Instituto AMMe
Tiragem:2.000 exemplares
Distribuição gratuita
Para maiores informações:
www.portalamm.org.brwww.institutoamm.org.br
SAÚDE
EditorialMANUAIS DE GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL
Volume 8
Meio Ambiente
Associação Mineira de Municípios - AMM
Instituto AMM - I-AMM
Tiragem:2.000 exemplares
Distribuição gratuita
Para maiores informações:
www.portalamm.org.brwww.institutoamm.org.br
Caros alunos,
Sou Toninho Andrada, prefeito de Barbacena, presidente da Associação Mineira de Municípios e do Instituto AMM Criamos o Instituto AMM de Ensino, Pesquisa e Extensão, uma entidade sem fins lucrativos que fomenta as ações de capacitação e treinamento de servidores públicos. No escopo dessa nova entidade educacional está a realização de cursos de curta duração, educação superior, pós-graduação – presencial e a distância - pesquisa, extensão e certificação ocupacional.
Na busca de novos horizontes para a educação, este Centro de Estudos Acadêmicos tem total apoio da Associação Mineira de Municípios e colabora para que os municípios se tornem mais eficientes, uma vez que contarão com uma nova geração de profissionais capacitados e com habilidades para um alto desempenho em suas funções públicas.
É com grande satisfação que comunicamos o início das atividades do CQGP online, nosso Centro de Qualificação para a Gestão Pública ofertado na modalidade a distância.
Mobilizados sempre pela causa municipalista, alicerçados pela solidez de nossa Associação e revigorados pelo conhecimento e pela educação continuada, trabalhamos unidos para fazer a diferença e colocar Minas Gerais na dianteira das ações transformadoras para a construção do Brasil que todos desejam e merecem.
Sejam bem-vindos e forte abraço!
Associação Mineira de Municípios AMM
A Associação Mineira de Municípios (AMM) foi fundada em 17 de outubro de 1952 e com mais de 60 anos de história, preserva a filosofia que orienta o seu dia-a-dia: reunir e representar os municípios de Minas buscando, por meio de suas potencialidades e individualidades, o fortalecimento de cada um e o consequente desenvolvimento do Estado.
Trata-se de uma entidade política, suprartidária e de utilidade pública além de ter como seus parceiros os gestores municipais que acreditam no princípio municipalista como alavancador para a construção de um Estado e um País soberano. Os governos estadual e federal, as associações microrregionais de municípios, bem como diversas instituições da sociedade civil, trabalham com a parceria da AMM e reconhecem a força de sua representatividade.
A AMM atua como estrutura de articulação política e se posiciona frente aos poderes executivo, legislativo e judiciário como representante legítima das 853 cidades, o maior número de municípios reunidos do Brasil. Ao mesmo tempo em que defende os interesses e os direitos dos municípios mineiros, oferece a eles ferramentas para se tornarem autônomos econômica e juridicamente através da implementação de uma gestão eficiente.
Além da importante representação política, a AMM está estruturada para prestar consultoria a todos os municípios mineiros nas áreas jurídica, assistência social, educação, economia, contábil, finanças, captação de recursos, meio ambiente, serviços especializados e comunicação. Seus consultores, profissionais especializados na área pública, trabalham com estratégia de fortalecimento municipal, proporcionando aos prefeitos melhores condições de tomada de decisão.
Instituto Amm
O Instituto AMM (I-AMM) é um centro de estudos acadêmicos criado pela Associação Mineira de Municípios (AMM) para contribuir com as organizações públicas e privadas sediadas no país, especialmente no Estado de Minas Gerais, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão. No alvo dessa nova entidade educacional está a realização de cursos de curta duração, educação superior, pós-graduação presencial e à distância - pesquisa, extensão e certificação ocupacional.
Com natureza de associação civil, sem fins lucrativos, o Instituto AMM conta com o apoio institucional da AMM, a maior associação do gênero no Brasil.
Visão
Ser uma referência na área da educação com ênfase na gestão da administração pública.
Missão
Impulsionar as ações de capacitação e treinamento de gestores e servidores públicos, promovendo o desenvolvimento humano e social e a formação científica, com base na ética e no compromisso com a oferta de soluções aos principais desafios surgidos na administração pública municipal.
Valores
O Instituto AMM orienta suas ações baseando-se nos seguintes valores:
Compromisso com a Excelência e com a Qualidade; Democratização da prestação dos serviços públicos; Promoção da Ética e da transparência pública; Proteção do meio ambiente; P romoção do desenvo lv imento econômico
sustentável no âmbito local e regional; Promoção da inovação tecnológica.
Se vamos tratar da Questão Ambiental, precisamos conhecer o seu
contexto, por que e como surgiu a necessidade de se preocupar com o
meio ambiente. E essa é justamente a proposta deste treinamento.
Tente imaginar a sociedade artesanal... no período pré-industrial... As
comunidades eram autossustentáveis, produziam seus próprios utensílios e
alimentos, atendiam suas necessidades de maneira harmoniosa com a
natureza. Os artesãos produziam exatamente o que o consumidor
precisava, um item de cada vez... A exploração dos recursos naturais se
dava de modo pouco impactante, tanto pela demanda pequena como
pela singela capacidade de intervenção do homem (limitações de
tecnologia, ferramentas, etc.). Os resíduos eram basicamente aparas de
madeira, argila, materiais orgânicos, minerais... substâncias que a
natureza podia decompor com facilidade.
Não havia tanta preocupação em alcançar altos níveis de produção
para atender demandas comerciais, apenas se buscava suprir as
necessidades da comunidade. Mas as fronteiras foram se expandindo, o
comércio ganhando espaço, vencendo distâncias na terra e nos
oceanos, novos continentes foram descobertos, a população foi
crescendo, as Grandes Navegações trouxeram uma nova visão de
mundo... novos mercados... novos hábitos...
Deste modo, o homem vem, desde os tempos mais remotos, modificando
o meio ambiente de forma a adaptá-lo no intuito de atender suas
necessidades fisiológicas, sociais e econômicas. Assim, surgiu, no passado,
a Engenharia, “pelos grandes esforços do homem no sentido de criar e
aperfeiçoar dispositivos que aproveitassem os recursos naturais”. Esta
interferência se dá de diversas formas, como pela extração e exploração
de recursos naturais, modificação do meio para ocupação antrópica, e
pelo despejo de resíduos resultantes das atividades humanas.
1CONTEXTUALIZÇÃO DA QUESTÃO AMBIENTAL
11
A intervenção humana no meio ambiente natural criou ambientes
artificiais ou domesticados, formando ecossistemas específicos como as
regiões agrícolas e agroindustriais e até mesmo as cidades e os distritos
industriais, embora esses últimos casos sejam concessões ao termo
ecossistema, sendo denominados como tecnossistemas urbano-
industriais, os quais “se caracterizam por serem parasitas dos ambientes
naturais e domesticados, pois não produzem os alimentos de que a
população necessita, não limpam o ar e reciclam muito pouco as águas
que utilizam”.
A Revolução Industrial do século XIX pode ser apontada como marco
importante na intensificação dos problemas ambientais... Era notória a
deterioração do ambiente urbano com a contaminação do ar, a
disseminação de enfermidades, as péssimas condições de vida dos
trabalhadores. O uso crescente do carvão para fins industriais e
domésticos gerava os chamados “odores fétidos”. O carvão queimado
na época continha o dobro do enxofre do usado hoje em dia.
Por consequência, o desenvolvimento econômico e industrial introduziu
novos padrões de consumo, intensificando a exploração dos recursos
naturais para atender à produção crescente, assim como novos e
assustadores níveis de geração de resíduos, que surgiram em quantidades
excessivamente maiores que a capacidade de absorção da natureza e
de maneira que ela não é capaz de reciclar.
Com a Revolução Industrial veio a Produção em Massa. Mas uma
Produção em Massa necessitava de um “Consumo de Massa”! No início,
os artesãos produziam bens para atender as necessidades das pessoas.
Ou seja, a produção deveria atender à demanda. Mas, neste novo
cenário, as pessoas descobriram outras “necessidades”. Com o
desenvolvimento industrial, a eficiência produtiva gerou uma imensa
quantidade de produtos que precisavam ser consumidos (vendidos),
então era necessário criar uma demanda, incentivar as pessoas a
comprarem, consumirem, ou seja, criar “necessidades”... Desse modo, a
demanda é que deveria atender à produção! Todavia, as pessoas
continuavam a ver o meio ambiente como na era artesanal: para quê se
preocupar? Existem tantos recursos disponíveis!? Tantas áreas a serem
exploradas!? Tanta água!? Tantas florestas...
12
A urbanização acelerada também tem sido fator preocupante no que se
refere à degradação do ambiente, agravada pelo processo de
adaptação do ambiente natural, com a escala de aglomeração e
concentração populacional. Quanto maior for essa escala, maiores serão
as adaptações e transformações do ambiente natural, maiores serão a
diversidade e a velocidade de recursos extraídos, maiores serão a
quantidade e a diversidade dos resíduos gerados e menor será a
velocidade de reposição desses recursos.
Uma cidade pode ser considerada um ecossistema heterotrófico
incompleto, pois “necessita de grandes áreas externas a ele para a
obtenção de energia, alimentos, fibras, água e outros materiais”
Mas diferentemente de um sistema heterotrófico natural, uma área
metropolitana apresenta:
Metabolismo muito mais intenso por unidade de área, exigindo um
influxo maior de energia concentrada (combustíveis fósseis,
eletricidade);
Grande necessidade de entrada de materiais (alimentos, matéria-
prima) acima e além do necessário para a sustentação da própria
vida;
Saída maior e mais venenosa de resíduos (substâncias tóxicas
sintéticas).
Assim, as áreas urbanas são extremamente dependentes das áreas verdes
circunvizinhas, que funcionam como ambientes de entrada e saída do
sistema, fornecendo energia e materiais e degradando os resíduos e
emissões, e limpando o ar. Todavia, contraditoriamente, quanto mais as
áreas urbanas crescem, diminuem as áreas naturais e aumenta a
necessidade destes ambientes para a sustentação das cidades, embora
muitos ainda acreditam que basta a tecnologia para suprir todas as
necessidades e solucionar os problemas ambientais contemporâneos. Isso
mostra como os limites da natureza são pressionados pelo crescimento e
desenvolvimento urbano-industrial.
13
Outro fato a ser considerado é que o lixo gerado pela população cada
vez mais está composto por restos de embalagens e de produtos
industriais. Você sabe o quanto de lixo cada pessoa gera, desde o
nascimento até o fim de sua vida, na velhice...? Aproximadamente vinte e
cinco toneladas de lixo! A intensificação da industrialização, a explosão
demográfica, a produção e o consumo desmedido, a urbanização e a
modernização agrícola são alguns aspectos da evolução histórica das
sociedades humanas que geraram desenvolvimento econômico, mas
que resultaram numa degradação ambiental desenfreada. O aumento
da escala de produção tem sido um importante fator que estimula a
exploração dos recursos naturais e eleva a quantidade de resíduos.
Recursos naturais e economia interagem de modo bastante evidente,
uma vez que algo é recurso na medida em que sua exploração é
economicamente viável. E assim, a sociedade moderna foi forjada em um
ideal mecanicista, movida por uma economia caracterizada pelas leis
cegas do mercado. Nessa nova organização, a busca pelo lucro e a razão
instrumental são sobrepostas às leis da natureza, assolando também as
questões culturais, dizimando o sentimento de humanidade e, desse
modo, desembocando na CRISE AMBIENTAL que conhecemos e
vivenciamos hoje.
À medida que a humanidade aumenta sua capacidade de intervir na
natureza para satisfação de necessidades e desejos crescentes, surgem
tensões e conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos em função da
tecnologia disponível. Daí surge a necessidade de se controlar este uso
desmedido. Como? Através do Processo de Licenciamento Ambiental.
Nos últimos séculos, um modelo de civilização se impôs, trazendo a
industrialização, com sua forma de produção e organização do trabalho,
além da mecanização da agricultura, que inclui o uso intenso de
agrotóxicos, e a urbanização, com um processo de concentração
populacional nas cidades.
A tecnologia empregada evoluiu rapidamente com consequências
indesejáveis que se agravam com igual rapidez. A exploração dos
recursos naturais passou a ser feita de forma demasiadamente intensa.
14
Recursos não-renováveis, como o petróleo, ameaçam escassear. De
onde se retirava uma árvore, agora retiram-se centenas. Onde moravam
algumas famílias, consumindo alguma água e produzindo poucos
detritos, agora moram milhões de famílias, exigindo imensos mananciais e
gerando milhares de toneladas de lixo por dia. Essas diferenças são
determinantes para a degradação do meio onde se insere o homem.
Sistemas inteiros de vida vegetal e animal são tirados de seu equilíbrio. E a
riqueza, gerada num modelo econômico que propicia a concentração
da renda, não impede o crescimento da miséria e da fome. Algumas das
consequências indesejáveis desse tipo de ação humana são, por
exemplo, o esgotamento do solo, a contaminação da água e a crescente
violência nos centros urbanos.
Crise ambiental ou crise civilizatória? Para uns, a maior parte dos
problemas atuais, decorrentes do modelo de desenvolvimento,
economia e sociedade, pode ser resolvida pela comunidade científica.
Confiam na capacidade de a humanidade produzir novas soluções
tecnológicas e econômicas a cada etapa, em resposta a cada problema
que surge, permanecendo basicamente no mesmo paradigma
civilizatório dos últimos séculos.
Para outros, a questão ambiental representa quase uma síntese dos
impasses que o atual modelo de civilização acarreta. Consideram que
aquilo a que se assiste, no final do século XX, não é só uma crise ambiental,
mas uma crise civilizatória. E que a superação dos problemas exigirá
mudanças profundas na concepção de mundo, de natureza, de poder,
de bem-estar, tendo por base novos valores individuais e sociais. Faz parte
dessa nova visão de mundo a percepção de que o homem não é o centro
da natureza.
Para outros ainda, o homem deveria se comportar não como dono do
mundo, mas, percebendo-se como parte integrante da natureza,
resgatar a noção de sacralidade da natureza, respeitada e celebrada por
diversas culturas tradicionais antigas e contemporâneas.
15
De todo modo, os recursos naturais e o próprio meio ambiente tornam-se
uma prioridade, um dos componentes mais importantes para o
planejamento político e econômico dos governos. Passam então a ser
analisados em seu potencial econômico e vistos como fatores
estratégicos. O desnível econômico entre grupos sociais e entre os países,
tanto em termos de riqueza quanto de poder, criam vetores importantes
de pressão sobre as políticas econômicas e ambientais em cada parte do
mundo. E, além do mais, o poderio dos grandes empreendimentos
transnacionais torna-os capazes de influir fortemente nas decisões
ambientais que governos e comunidades dever iam tomar,
especialmente quando envolvem o uso dos recursos naturais.
Com a constatação dessa inevitável interferência que uma nação exerce
sobre outra por meio das ações relacionadas ao meio ambiente, a
questão ambiental torna-se internacional. Portanto, ao lado da chamada
“globalização econômica”, assiste-se à globalização dos problemas
ambientais, o que obriga os países a negociar, a legislar de forma a que os
direitos e os interesses de cada nação possam ser minimamente limitados
em função do interesse maior da humanidade e do planeta. A ética entre
as nações e os povos deve passar então a incorporar novas exigências
com base numa percepção de mundo em que as ações sejam
consideradas em suas consequências mais amplas, tanto no espaço
quanto no tempo. Não é só o crime ou a guerra que ameaçam a vida,
mas também a forma como se gera, se distribui e se usa a riqueza, a forma
como se trata a natureza.
A questão ambiental — isto é, o conjunto de temáticas relativas não só à
proteção da vida no planeta mas também à melhoria do meio ambiente
e da qualidade de vida das comunidades — compõe a lista dos temas de
relevância internacional.
16
O meio ambiente permeia diretamente a vida humana e não há como
dissociá-los. No entanto, as forças de mercado nem sempre atingem o
ponto de equilíbrio ideal para atender às necessidades de todos os
elementos envolvidos. Nesse momento, cabe a atuação do Estado
(União, Estado e Município), de forma a determinar limites e a preservar o
bem comum. A Constituição Federal alçou o direito fundamental do
povo tanto o meio ambiente equilibrado como o desenvolvimento
econômico e social. Esses três elementos (União, Estado e Município)
formam o tripé do chamado desenvolvimento sustentável. O equilíbrio
desses interesses resultará na prosperidade almejada.
O licenciamento ambiental é instrumento fundamental na busca do
desenvolvimento sustentável. Sua contribuição é direta e visa a encontrar
o convívio equilibrado entre a ação econômica do homem e o meio
ambiente onde se insere. Busca-se a compat ib i l idade do
desenvolvimento econômico e da livre iniciativa com o meio ambiente,
dentro de sua capacidade de regeneração e permanência.
A presente CAPACITAÇÃO tem por objetivo contribuir com a divulgação
desse importante instrumento da Política Nacional e Estadual de Meio
Ambiente. Traz a nova legislação florestal e responsabilidades para com o
meio ambiente e amplia a discussão de conceitos e procedimentos.
Neste contexto, busca-se difundir cada vez mais orientações e
informações sobre o meio ambiente, visando ao correto trato das
questões ambientais e à preservação do meio ambiente para as
presentes e futuras gerações.
2INTRODUÇÃO
17
O Gestor municipal deve ter presente que a proteção e a recuperação
ambiental são obrigações legais. A Constituição Federal de 1988 contém
um capítulo, o artigo 255, que estabelece o direito de todos ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, e impõe ao poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as gerações
presentes e futuras. Pela legislação ambiental do país e mineira, os
gestores municipais podem ser enquadrados por responsabilidade civil,
administrativa e penal, recomendando-se especial atenção à Lei da
Política Nacional de Meio Ambiente e da Estadual, e à Lei de Crimes
Ambientais. Atenção especial deve ser dada pelo Gestor Público ao que
estabelece o artigo segundo da Lei 9.605/98:
Até a lei de improbidade administrativa e o Decreto Lei nº 201/1967 são
instrumentos que têm sido utilizados ultimamente para proteção
ambiental.
Após a edição da Lei da Ação Cível Pública, que disciplina a Ação Civil
Pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente,
dentre outros bens e direitos difusos, foram criadas as Curadorias de Meio
Ambiente, atribuindo-se a Promotores funções relativas ao meio
ambiente, o que vem dando grande destaque ao papel do Ministério
Público Estadual no acompanhamento da aplicação e do cumprimento
da legislação ambiental (Lei de Crimes Ambientais – Lei Federal nº 9.605,
editada em 1998 e regulamentada pelo Decreto Federal nº 3.179 de 1999,
atualizada em 22 de julho de 2008, pelo Decreto Federal nº 6.514).
18
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos
crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas,
na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o
administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o
auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa
jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar
de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la
A Associação Mineira dos Municípios – AMM, desde 2007 vem atuando na
área de Meio Ambiente para apoiar os municípios na implementação das
políticas públicas ambientais, que, além de indutoras do desenvolvimento
local são partes de sua responsabilidade legal. A partir do segundo
semestre de 2014, a AMM estará disponibilizando em meio eletrônico um
treinamento básico na área ambiental com foco na Legislação Ambiental
Mineira, focando a Lei Florestal Mineira/CAR (Lei 12.651 – Federal e a Lei
20.922 a Mineira), a descentralização do licenciamento ambiental para as
Prefeituras Municipais (LC 140), as questões de direito de uso de águas
públicas (Outorga) e Substâncias Minerais – Regime de Aproveitamento e
uma parte Federal, principalmente no que tange a Lei de Resíduos Sólidos
(Lei Federal 12.305) e Lei de Saneamento Básico (Lei 11.445/2007).
Focando nisso, o Departamento de Meio Ambiente propôs este
treinamento básico em Meio Ambiente, focado principalmente nas
questões municipais com intuito de assessorar e subsidiar os gestores
municipais e seus representantes legais no entendimento e aplicação da
legislação em benefício da comunidade local.
Este treinamento não visa esgotar todo assunto pertinente a área de meio
ambiente, mas sim mostrar os caminhos e o que o município pode fazer
para obter algum tipo de benefício de visibilidade comunitária e
financeira e como os gestores e assessores ambientais das prefeituras
mineiras poderão e terão que agir ante uma legislação ambiental
colocada pelos governos federal e estadual.
É com satisfação que a AMM, com respaldo do Departamento de Meio
Ambiente lança o presente treinamento. Isto porque a AMM cumpre uma
missão de extrema relevância, no que concerne ao Meio Ambiente,
principalmente nos dias de hoje. A AMM que no ano em curso completa 62
anos é uma Associação reconhecida por toda a sociedade, dada a sua
presença no Estado, representando seus associados perante a Federação
e outras entidades e o seu papel de levar aos municípios mineiros a
importância do Meio Ambiente e o cumprimento da legislação ambiental
brasileira, em especial no que concerne às questões que dizem respeito ao
município e ao meio ambiente local e regional. E agora no meio eletrônico
ela se moderniza e busca alcançar um maior envolvimento de pessoas
interessadas na área ambiental nos municípios.
19
A qualidade do licenciamento ambiental depende, em grande parte, da
disponibilidade e da produção de informação básica acerca dos recursos
naturais (solos, minerais, fauna, flora, ecossistemas, etc.) de uma
determinada região e de conhecimento técnico e de instrumentos legais
visando a adequação ambiental das atividades potencialmente
poluidoras. E, sob esse aspecto, a presente iniciativa da AMM irá suprir essa
lacuna, na medida em que orienta os interessados e garante maior
publicidade ao meio ambiente e ao processo de licenciamento
ambiental, por meio da divulgação de seu conceito, etapas,
requerimentos e responsabilidades dos gestores. Além disso, é louvável
porque divulga conhecimentos e compartilha experiências sobre as
especificidades sócio-econômicas inerentes ao meio ambiente,
atualizadas.
Espera-se que os gestores municipais encontrem aqui os subsídios
necessários para a correta aplicação desse instrumento de gestão
ambiental que visa em última instância, a melhoria de qualidade de vida
de todos nós e dos que estão por vir.
20
Vol. 1
Vol. 2
Vol. 3
Vol. 4
Vol. 5
Vol. 6
Vol. 7
Vol. 9
Vol. 10
Institucional
Saúde
Jurídico
Desenvolvimento Econômico
Assistência Social
Comunicação.Eventos e Cerimonial
Educação
Captação de Recursos Públicos
Sumário Vol. 8
Meio Ambiente
Editorial pág. 3PALAVRA DO PRESIDENTE pág. 4Associação Mineira de Municípios pág. 5Instituto AMM pág. 61 Contextualização da Questão Ambiental pág. 112 Introdução pág. 17
3.1 MÓDULO I - REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL/LICENCIAMENTO AMBIENTAL pág. 21
3.1.1 Autorização Ambiental de Funcionamento - AFF pág. 233.1.2 Licenciamento ambiental (Classe 3 a 6 conforme DN 74) pág.
263.1.3 Custos de Análise pág. 293.1.4 Emergência ambiental pág. 303.1.5 COPAM e CERH pág. 32
3.2 MÓDULO II - SANEAMENTO BÁSICO pág.
45
3.2.1 Introdução pág. 453.2.2 Legislação pertinente - Lei 11.445 de 2007 pág. 453.2.3 Objetivos da política de saneamento básico pág. 463.2.4 Plano municipal de saneamento básico pág. 48
3.3 MÓDULO III - RESÍDUOS SÓLIDOS pág. 513.3.1 Legislação pertinente - Lei federal 12.305/2010 pág. 513.3.2 Marco Regulatório para a área de resíduos sólidos pág. 513.3.3 A política nacional de resíduos sólidos integra pág. 52
3.3.4 Prazos da união para elaboração e entrega dos planos de
gestão integrada de resíduos sólidos (PGIRS) pág. 523.3.5 Prazos do estado para elaboração e entrega dos planos
(PGIRS) pág. 523.3.6 Coleta seletiva - apoio aos municípios pág. 56
3.4 MÓDULO IV - NOVA LEI FLORESTAL / LC 140 / PROGRAMAS GOVERNO pág. 56
3.4.1 Nova Lei florestal - 12.651(novo código florestal) pág. 563.4.2 Base do novo código floresta brasileiro pág. 573.4.3 Novo código florestal mineiro - Lei nº 20.922, de 16/10/2013 pág.
583.4.4 Sistema Municipal de Meio Ambiente - SISMAM pág. 723.4.5 Fiscalização ambiental pág. 743.4.6 ICMS ecológico pág. 753.4.7 Programas de governo pág. 77
3.5 MÓDULO V - RECURSOS MINERAIS pág. 81
3.5.1 Introdução pág. 813.5.2 Reconhecimento da atual situação pág. 823.5.3 Formalização de requerimento junto ao DNPM pág. 833.5.4 Os demais regimes de aproveitamento das substâncias
minerais pág. 853.5.5 Regularização ambiental pág. 853.5.6 Repasse da compensação financeira pela exploração de
recursos munerais - CFEM para os municípios pág. 86
3.5.7 Reconhecimento pág. 863.5.8 Marco Regulatório pág. 87
3.6 MÓDULO VI - RECURSOS HÍDRICOS pág. 88
3.6.1 A quem recorrer pág. 883.6.2 Outorga do direito de uso de água pág. 883.6.3 Cobrança da água pág. 903.6.4 Regulação/Legislaçãol pág. 913.6.5 Base legal pág. 933.6.6 Gestão da água pág. 93
DOCUMENTOS/INFORMAÇÕES DE APOIO pág. 94
GLOSSÁRIO pág. 96
Em Minas Gerais, as atribuições do licenciamento ambiental e da
Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF) são exercidas pelo
Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM), das Unidades
Regionais Colegiadas (URC´s), das Superintendências Regionais de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SUPRAM´s), que representa a
Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM), o Instituto Mineiro de
Gestão das Águas (IGAM) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Para a regularização ambiental, considera-se a classificação dos
empreendimentos nos termos da Deliberação Normativa Copam 74/04:
3MÓDULOS
21
3.1- MÓDULO I - REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL/LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Deliberação Normativa n.º 74, de 09 de setembro de 2004
“Estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de autorização ou de licenciamento ambiental no nível estadual, determina normas para indenização dos custos de análise de pedidos de autorização e de licenciamento ambiental, e dá outras providências.”(http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=32335)
Consulta obrigatória dos Gestores Municipais para subsidiar “Declaração de Conformidade Legal” – documento este indispensável na composição do Processo de Licenciamento Ambiental.
Quadro de Classificação dos empreendimentos conforme Porte e
Potencial Poluidor:
Para os empreendimentos classes 1 e 2, considerados de impacto
ambiental não significativo, é obrigatória a obtenção da Autorização
Ambiental de Funcionamento (AAF).
Para as demais classes (3 a 6), o caminho para a regularização ambiental
é o processo de licenciamento, com o requerimento das licenças Prévia
(LP), de Instalação (LI) e de Operação (LO).
A regularização ambiental de um empreendimento não termina,
entretanto, com a obtenção da Licença de Operação (LO) ou da
Autorização Ambiental de Funcionamento - AAF. O fato de ter obtido um
ou outro desses diplomas legais significa que o empreendimento atendeu
a uma exigência legal, mas a manutenção da regularidade ambiental
pressupõe o cumprimento permanente de diversas exigências legais e
normativas, explícitas ou implícitas na licença ambiental ou na AAF.
22
Classe 1 - pequeno porte e pequeno ou médio potencial poluidor
Classe 2 - médio porte e pequeno potencial poluído
Classe 3 - pequeno porte e grande potencial poluidor ou médio porte médio
Classe 4 - grande porte e pequeno potencial poluidor
Classe 5 - grande porte e médio potencial poluidor ou médio porte e grande
Classe 6 - grande porte e grande potencial poluidor
Os empreendimentos ou atividades considerados de impacto
ambiental não significativo estão dispensados do licenciamento
ambiental e devem, obrigatoriamente, requerer a Autorização
Ambiental de Funcionamento (AAF) – um processo mais simples e
rápido para a regularização.
São considerados empreendimentos de impacto ambiental não
significativo aqueles que se enquadrarem nas classes 1 ou 2, conforme
estabelecido pela Deliberação Normativa Copam 74/04.
Para obtenção da AAF, o primeiro passo é o preenchimento do
Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento (FCEi).
Na sequência, o empreendedor recebe o Formulário Integrado de
Orientação Básica (FOBi), onde estão detalhados os documentos que
deverão ser apresentados, como:
Termo de Responsabilidade, assinado pelo titular do
empreendimento, conforme modelo disponibilizado no site da
SEMAD;
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou equivalente
do profissional responsável pelo gerenciamento ambiental da
atividade;
Declaração da Prefeitura de que o empreendimento está de
acordo com as normas e regulamentos do município
(consultar a DN 74 para fins desta emissão);
Quando necessário, serão ainda exigidos pela SUPRAM:
Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos ou
Certidão de Registro de Uso da Água, emitidas pelo órgão
ambiental competente;
Título Autorizativo, emitido pelo Departamento Nacional
de Produção Mineração (DNPM).
23
3.1.1- AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO - AAF
É por meio do Termo de Responsabilidade e da ART que o
empreendedor e o responsável técnico declaram ao órgão
ambiental que foram instalados e estão em operação os
equipamentos e/ou sistemas de controle capazes de atender às
exigências da legislação vigente.
Caso se configurem não conformidades em relação às normas legais,
a AAF está sujeita ao cancelamento.
A AAF não é concedida mediante condicionantes. Os elementos
vinculantes entre o empreendimento e o órgão licenciador, no
que tange às obrigações de natureza ambiental, são o Termo de
Responsabi l idade (Empreendedor) e a Anotação de
Responsabilidade Técnica (Profissional Contratado) (ART).
Quanto aos aspectos legais, os empreendimentos que operam
mediante AAF estão sujeitos a obrigações. Cabe ao órgão
ambiental fiscalizá-los para verificar o cumprimento das
obrigações pós-AAF. Seguem alguns exemplos:
24
Obs.: O Estado através da SEMAD e de acordo com a Lei
Complementar Federal 140 está viabilizando junto aos municípios a
transferência da competência de Licenciamento Ambiental de
atividades de Pequeno Porte (Classe 1 e 2 da DN 74/2004) para as
Prefeituras. Este assunto será tratado no MÓDULO IV deste Treinamento.
3.1.1.1- AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO - AAF
Dispor de maneira ambientalmente correta os efluentes e
resíduos, respeitando as diretrizes estabelecidas nas normas
vigentes. É importante destacar que a não imposição do
programa de auto monitoramento para empreendimentos
portadores de AAF não significa que estão desobrigados de
cumprir as exigências legais com relação à emissão de
efluentes e à destinação de resíduos sólidos. O empreendedor
deve demonstrar, sempre que solicitado pelo órgão
fiscalizador, que não está causando poluição ou degradação
ambiental.
Comunicar ao órgão ambiental sempre que surgir algum
problema operacional que implique em não conformidade
legal, como por exemplo a necessidade de intervenção em
sistema de tratamento/disposição de efluentes face a uma
eventual baixa eficiência do mesmo. É recomendável
também que, tão logo se tenha o controle da situação, haja
nova comunicação ao órgão ambiental, notificando esse
controle.
Comunicar ao órgão ambiental a ocorrência de acidente que
interfira com o meio antrópico, fauna, flora ou com os
componentes ambientais ar, água ou solo, tais como:
de r ramamento de in sumos ou p rodutos no so lo ,
transbordamento de Estação de Tratamento de Efluentes (ETE),
incêndios, explosões, vazamento de gases, desligamento
acidental de sistemas de tratamento de efluentes, etc. Essa
comunicação busca o início imediato das ações com vistas à
reparação dos danos causados. É recomendável também
que, tão logo se tenha o controle da situação, haja nova
comunicação ao órgão ambiental, notificando esse controle.
Comunicar ao órgão ambiental a constatação de passivo
ambiental que porventura tenha sido omitido durante a fase
de obtenção da AAF ou que tenha sido criado na fase pós-
AAF, apresentando as propostas de solução.
25
Não executar, à revelia do órgão ambiental, ampliação ou
modificação pass íve l de nova AAF ou mesmo de
licenciamento.
Caso ocor ra o encer ramento das a t i v idades do
empreendimento no decurso da vigência da AAF, executar as
ações para liberação da área no que se refere ao aspecto
ambiental e comunicar o fato ao órgão licenciador, que fará a
fiscalização para arquivamento do processo.
A Constituição Federal previu, em seu art. 225, que “todos têm direito
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.” Com isso, o meio ambiente tornou-se
direito fundamental do cidadão, cabendo tanto ao governo quanto
a cada indivíduo o dever de resguardá-lo.
A defesa do meio ambiente apresenta-se também como princípio
norteador e inseparável da atividade econômica na Constituição
Federal. Desse modo, da não são admissíveis atividades iniciativa
privada e pública violem que a proteção do meio ambiente.
De acordo com a Lei Estadual 7.772/80, alterada pela Lei 15.972/06, o
licenciamento ambiental é o procedimento administrativo por meio
do qual o poder público autoriza a instalação, ampliação,
modificação e operação de atividades ou empreendimentos
utilizadores de recursos ambientais considerados efetiva ou
potencialmente poluidores.
O licenciamento é também um dos instrumentos da Política Nacional
do Meio Ambiente (PNMA), cujo objetivo é agir preventivamente
sobre a proteção do bem comum do povo - o meio ambiente – e
compatibilizar sua preservação com o desenvolvimento econômico-
social. Ambos, essenciais para a sociedade, são direitos
constitucionais. A meta é cuidar para que o exercício de um direito
não comprometa outro igualmente importante. 26
3.1.2 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL (CLASSE 3 A 6 CONFORME DN 74)
A previsão do licenciamento na legislação ordinária surgiu com a
edição da Lei Federal 6.938/81, que em seu art. 10 estabelece:
Independente de ocorrer no âmbito da União, estados ou municípios,
o processo de licenciamento ambiental é dividido em três etapas:
Licença Prévia (LP): é concedida na fase preliminar de planejamento
do empreendimento ou atividade aprovando, mediante fiscalização
prévia obrigatória ao local, a localização e a concepção do
empreendimento, bem como atestando a viabilidade ambiental e
estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem
atendidas nas próximas fases de sua implementação. Tem validade
de até quatro anos.
Licença de Instalação (LI): autoriza a instalação do empreendimento
ou atividade de acordo com as especificações constantes dos
planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de
controle ambiental e demais condicionantes. Tem validade de até
seis anos.
Licença de Operação (LO): autoriza a operação da atividade ou
empreendimento, após fiscalização prévia obrigatória para
verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças
anteriores, tal como as medidas de controle ambiental e as
condicionantes porventura determinadas para a operação. É
concedida com prazos de validade de quatro ou de seis anos
estando, portanto, sujeita à revalidação periódica. A LO é passível de
cancelamento, desde que configurada a situação prevista na norma
legal. Tem validade diferenciada em função da Classe, variando de 4
a 6 anos.
27
A construção, instalação, ampliação e funcionamento de
estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,
considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bem como os
capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental,
dependerão de prévio licenciamento por órgão estadual competente,
integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, e do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis -
IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis.
Segundo o artigo 1º da Deliberação Normativa Copam 74/04, os
empreendimentos enquadrados na classe 3 ou na classe 4 poderão
requerer concomitantemente a LP e a LI, cabendo ao órgão
ambiental a decisão de expedi-las ou não na forma solicitada.
Licenciamento Preventivo e Corretivo
Se o requerimento de licença ambiental é apresentado quando o
empreendimento ou atividade está na fase de planejamento, ou seja,
antes que qualquer intervenção seja feita no local escolhido para sua
implantação, diz-se que está ocorrendo o licenciamento preventivo.
Quando o empreendimento ou atividade está na fase de instalação
ou de operação, diz-se que está ocorrendo o licenciamento
corretivo. Nesse caso, dependendo da fase em que é apresentado o
requerimento de licença, tem-se a licença de instalação de natureza
corretiva (LIC) ou a licença de operação de natureza corretiva (LOC).
Prazos
Independente do tipo de licença requerida, o prazo regimental para
que o órgão ambiental se manifeste acerca do requerimento é de até
seis meses, ressalvada a hipótese de requerimentos instruídos por
EIA/RIMA, quando o prazo é de até 12 meses. Com relação aos
requerimentos de revalidação de LO, o prazo regimental é de até 90
dias. Não é computado nesses prazos o tempo gasto pelo
empreendedor para apresentar informações complementares.
Infrações
Qualquer desconformidade do l icenciamento, fa l ta de
licenciamento e ou degradação ambiental, é tratado pelo Decreto
E s t a d u a l 4 4 . 8 4 4 d e 2 5 d e j u n h o d e 2 0 0 8 .
http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=7966
28
Decreto Estadual 44.844:
“Estabelece normas para licenciamento ambiental e autorização ambiental de funcionamento, tipifica e classifica infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos hídricos e estabelece procedimentos administrativos de fiscalização e aplicação das penalidades”.
Esta tabela refere-se às atividades das listagens constantes na DN
74/04, cujos custos são estabelecidos pela Resolução SEMAD 870, de
30/12/2008.
1 - Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF)
2 - Licenciamento
29
3.1.3 - CUSTO DE ANÁLISE
AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO – AAF SISEMA
TIPO/CLASSE 1 2
AAF SEM
CONDICIONANTES 441,45 662,18
TIPO/CLASSELicenciamento Semad (UFEMGS)
3 4 5 6
LICENÇA PRÉVIA - LP 2.759,08 3.862,71 11.036,31 18.209,91
LICENÇA INSTALAÇÃO - LI 1.655,45 2.207,26 7.725,42 11.036,31
LI CORRETIVA 4.414,53 6.069,97 18.761,73 29.246,22
LICENÇA OPERAÇÃO - LO 3.586,80 4.690,43 8.829,05 12.139,94
LICENÇA OPERAÇÃO CORRETIVA
8.001,33 10.760,40 27.590,78 41.386,16
*Valores expressos em Unidade Fiscal do Estado de Minas Gerais (UFEMG) e conforme SEF nº 4.270
de 19/11/2010, o seu valor para o exercício de 2014 é de R$ 2,6382 (dois reais, seis mil trezentos e
oitenta e dois milésimos).
A emergência é uma situação crítica ou acontecimento perigoso
e fortuito, que pode ocorrer em diferentes níveis de importância.
Em diversos contextos, as Emergências Ambientais podem colocar
em risco as vidas humanas, o meio ambiente, a saúde pública, os
bens vulneráveis e as atividades sociais e econômicas, sendo que
uma resposta rápida a estes eventos indesejados pode ser um fator
muito relevante para a redução dos impactos potenciais.
A emergência ambiental decorre de um acidente ou a iminência
de ocorrência de acidente com danos ambientais oriundas de
atividades industriais, minerárias, de transporte de produtos e
resíduos perigosos e infra-estrutura envolvendo produtos químicos
perigosos.
TIPO/CLASSEANÁLISE EIA RIMA
3 4 5 6
SISEMA 3.310,89 4.138,62 12.139,94 18.761,73
TIPO/CLASSEREVALIDAÇÃO DE LO SISEMA
3 4 5 6
LO 3.586,80 4.690,43 8.829,05 12.139,94
3.1.4 - EMERGÊNCIA AMBIENTAL
30
Como exemplo de acidentes, pode-se citar:
- Explosões;
- Colisões e Tombamento de veículos;
- Descarrilamento de composições ferroviárias;
- Vazamentos diversos ou derramamento de produtos perigosos.
Também são consideradas emergências a mortandade de peixes
e o rompimento de barragem industrial, de mineração e de
abastecimento.
Como comunicar uma Emergência Ambiental:
Acionar o Núcleo de Emergência Ambiental - NEA, informando
no mínimo, os seguintes dados:
-Local da ocorrência;
- Data e hora do acidente;
- Tipo do acidente (tombamento, vazamento, explosão, colisão,
etc);
- Produto(s) envolvido(s) e quantidade;
- Responsável pela carga ou pelo empreendimento;
- Quantidade de peixes mortos;
- Presença de comunidade próxima e
- Curso d'água próximo.
Nos casos de acidentes com produtos químicos perigosos, é
importante a agilidade na comunicação. Quanto mais rápida
a atuação das equipes competentes, mais rápida é a
contenção do produto e menor a possibilidade de ocorrência
de dano ambiental.
Os acidentes com dano ambiental deverão ser comunicados
imediatamente pela pessoa física ou jurídica responsável pelo
empreendimento, devendo solicitar o registro da data e do
horário da comunicação, para fins de futura comprovação.
(Decreto 44.844/2008 – Art.90, Inciso I)
31
Constitui infração gravíssima, sujeita a multa simples “deixar de
comunicar a ocorrência de acidentes com danos ambientais
às autoridades ambientais competentes”. (Decreto
44.844/2008 – Anexo I, código 124)
http://www.semad.mg.gov.br/emergencia-ambiental
Telefones de Plantão: 31 3915-1237 / 9822-3947 / 9825-3947
http://www.defesacivil.mg.gov.br/index.php/servicos/emerg
encias
Telefones de Plantão: 31 3915-0226 / 9818-2400
Criado em 1977, o Conselho de Política Ambiental - COPAM é um órgão normativo, colegiado, consultivo e deliberativo, subordinado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD. Tem por finalidade deliberar sobre diretrizes, políticas, normas regulamentares e técnicas, padrões e outras medidas de caráter operacional, para preservação e conservação do meio ambiente e dos recursos ambientais, bem como sobre a sua aplicação pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, pelas entidades a ela vinculadas e pelos demais órgãos locais. São considerados órgãos locais os órgãos ou as entidades do Poder Público Municipal cujas atividades estejam associadas às de proteção e controle do uso dos recursos ambientais.
O COPAM tem por finalidade também julgar os processos de licenciamento ambiental de classe 3 a 6, de acordo com a DN 74, por meio de reuniões mensais, em cidades polos (9). Visando descentralizar a atuação do COPAM, foram criadas as URC´s – Unidades Regionais do COPAM, cuja operacionalização dos trabalhos é atribuída a uma Superintendência de Meio Ambiente (SUPRAM). A AMM se faz presente em todas as Unidades Regionais do COPAM (URC´s), visando o acompanhamento e defesa dos interesses municipais.
32
3.1.5 - COPAM E CERH
3.1.5.1 - CONSELHO ESTADUAL DE POLÍCIA AMBIENTAL - COPAM
Criado pelo Decreto: Nº 26.961 de 28/04/87
Criado a partir da necessidade da integração dos órgãos
públicos, do setor produtivo da sociedade civil organizada,
visando assegurar o controle da água e sua utilização em
quantidade e qualidade.
Objetivo:
Promover o aperfeiçoamento dos mecanismos de
planejamento, compatibilização, avaliação e controle dos
Recursos Hídricos do Estado, tendo em vista os requisitos de
volume e qualidade necessários aos seus múltiplos usos.
O CERH-MG é composto por:
- Representantes do poder público, de forma paritária entre o
Estado e os municípios;
- Representantes dos usuários e de entidades da sociedade civil
ligadas aos recursos hídricos, de forma paritária com o poder
público;
- Representantes do poder público, de forma paritária entre o
Estado e os municípios;
- Representantes dos usuários e de entidades da sociedade civil
ligadas aos recursos hídricos, de forma paritária com o poder
público.
A presidência do CERH-MG será exercida pelo titular da
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, à qual está afeta a Política Estadual de Recursos
Hídricos.33
3.1.5.2 - CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS - CERH
As Superintendências Regionais de Regularização Ambiental
(SUPRAM´s) têm por finalidade planejar, supervisionar, orientar e
executar as atividades relativas à política estadual de proteção
do meio ambiente e de gerenciamento dos recursos hídricos
formuladas e desenvolvidas pela SEMAD dentro de suas áreas de
abrangência territorial.
Competências:
promover o planejamento e a execução e avaliação da
política estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, de forma integrada com as instituições que
compõem a área de competência da SEMAD;
promover a formulação e a execução de planos e programas
na área de competência da SEMAD, em articulação com os
demais órgãos e entidades integrantes da estrutura da
Secretaria;
zelar pela observância da legislação e as normas específicas
de meio ambiente e de preservação, conservação, controle e
desenvolvimento sustentável dos recursos naturais;
apoiar técnica e administrativamente as Unidades Regionais
Colegiadas do COPAM em suas áreas de jurisdição;
planejar, supervisionar e orientar as atividades da SEMAD a
cargo dos Núcleos de Apoio às Unidades Regionais do
COPAM;
planejar, supervisionar e executar as atividades de
administração geral, de finanças e de contabilidade;
34
3.1.5.3 - Superintendências Regionais de Regularização Ambiental
planejar e coordenar a execução das atividades relativas à
regularização ambiental de empreendimentos sob sua
responsabilidade, definidas na legislação federal e estadual,
de forma integrada e interdisciplinar, articulando-se com as
entidades da estrutura da SEMAD;
atuar em conjunto com as demais entidades que integram a
estrutura da SEMAD e em articulação com a PMMG e o
Governo Federal na execução das atividades de controle e
fiscalização ambiental referentes ao uso dos recursos
ambientais do Estado, de acordo com normas emanadas do
Grupo Coordenador de Fiscalização Ambiental Integrada -
GCFAI;
aplicar as penalidades por infrações às legislações ambientais
vigentes dentro da esfera de competência da SEMAD e de
suas entidades vinculadas;
planejar e executar planos, programas e projetos de
educação e extensão ambiental e de comunicação social,
em consonância com as diretrizes emanadas da SEMAD;
conceder autorização ambiental de funcionamento para
empreendimentos localizados em sua jurisdição;
decidir os processos de imposição de penalidades aplicadas
pelos servidores credenciados lotados na Supram;
apoiar tecnicamente os organismos que atuam na área do
meio ambiente e especificamente na área de recursos
hídricos, com a finalidade de garantir a execução da política
ambiental e de gestão de recursos hídricos do Estado;
fazer cumprir as decisões do Conselho Estadual de Política
Ambiental - COPAM - e do Conselho Estadual de Recursos
Hídricos - CERH -, observadas as normas legais pertinentes;
35
fornecer subsídios para a formulação dos índices de qualidade
ambiental para as diversas regiões do Estado, a serem
observados na concessão do licenciamento ambiental;
realizar programa de treinamento dos conselheiros do
COPAM, a fim de esclarecer-lhes sobre as finalidades,
procedimentos, instrumentos e regime legal do COPAM;
ordenar despesas e autorizar pagamentos relativos aos
créditos orçamentários destinados à Superintendência
Regional; e exercer outras atividades correlatas.
Nos procedimentos relativos aos processos de regularização
ambiental, as Superintendências Regionais de Regularização
Ambiental subordinam-se administrativamente à SEMAD.
Relação das SUPRAM´s e seus respectivos
municípios de abrangência
1 – Central - Metropolitana
Sede: Belo Horizonte
Rua Espirito Santo, 495, Centro
CEP: 30160-030
Telefone: (31) 3228.7700/ 7831 / 7704 / 7702
E-mail: supram.central@meioambiente.mg.gov.br
Municípios integrantes da área de abrangência:
URC Rio Paraopeba
Felixlândia; Joaquim Felício; Três Marias; Cachoeira da Prata;
Caetanópolis; Fortuna de Minas; Inhaúma; Papagaios;
Paraopeba; Betim; Bonfim; Brumadinho; Crucilândia; Esmeraldas;
Florestal; Ibirité; Igarapé; Itatiaiuçu; Juatuba; Mário Campos;
Mateus Leme; Moeda; Piedade dos Gerais; Rio Manso; São
Joaquim de Bicas; Sarzedo; Belo Vale; Caranaíba; Casa Grande;
Catas Altas da Noruega; Congonhas; Conselheiro Lafaiete;
Cristiano Otoni; Entre Rios de Minas; Itaverava; Jeceaba; Ouro
Branco; Queluzito; Santana dos Montes; São Brás do Suaçuí;
36
URC Rio das Velhas
Augusto de Lima; Buenópolis; Corinto; Curvelo; Inimutaba;
Monjolos; Morro da Garça; Presidente Juscelino; Santo Hipólito;
Araçaí; Baldim; Capim Branco; Confins; Cordisburgo; Funilândia;
Jaboticatubas; Jequitibá; Lagoa Santa; Matozinhos; Pedro
Leopoldo; Prudente de Morais; Santana do Pirapama; Santana do
Riacho; Sete Lagoas; Belo Horizonte; Caeté; Contagem; Nova
Lima; Nova União; Raposos; Ribeirão das Neves; Rio Acima;
Sabará; Santa Luzia; São José da Lapa; Taquaraçu de Minas;
Vespasiano; Diogo de Vasconcelos; Itabirito; Mariana; Ouro Preto.
2 – Alto São Francisco
Sede: Divinópolis
Rua Bananal, 549 - Vila Belo Horizonte
CEP: 35500-036
Tel: (37) 3229.2800
E-mail: supram.asf@meioambiente.mg.gov.br
Municípios integrantes da área de abrangência:
Araújos; Arcos; Bambui; Bom Despacho; Capitólio; Corrego
Danta; Corrego Fundo; Dores do Indaiá; Doresópolis; Estrela do
Indaiá; Formiga; Iguatama; Japaraíba; Lagoa da Prata; Luz;
Medeiros; Moema; Pains; Pimenta; Piumhi; Quartel Geral; Santo
Antonio do Monte; São Roque de Minas; Serra da Saudade;
Tapiraí; Vargem Bonita;Conceição do Pará; Igaratinga; Leandro
Ferreira; Maravilhas; Nova Serrana; Onça de Pitangui; Pará de
Minas; Pequi; Pitangui; São Gonçalo do Pará; São José da
Varginha; Aguanil; Camacho; Campo Belo; Cana Verde;
Candeias; Carmo da Mata; Carmo do Cajuru; Carmópolis de
Minas; Cláudio; Cristais; Desterro de Entre Rios; Divinópolis;
Itaguara; Itapecerica; Itaúna; Oliveira; Passa-Tempo; Pedra do
Indaiá; Perdigão; Piracema; São Francisco de Paula; São
Sebastião do Oeste; Abaeté; Biquinhas; Cedro do Abaeté;
Martinho Campos; Morada Nova de Minas; Paineiras; Pompéu.
37
3 – Jequitinhonha
Sede: Diamantina
Av. da saudade, 335 - Centro
CEP: 39.100-000
Tel: (38) 3531.2650 / 3919
E-mail: supram.jequi@meioambiente.mg.gov.br
Municípios integrantes da área de abrangência:
Angelândia; Berilo; Capelinha; Chapada do Norte; José
Gonçalves de Minas; Leme do Prado; Minas Novas; Setubinha;
Turmalina; Veredinha; Aricanduva; Carbonita; Felício dos Santos;
Itamarandiba; São Gonçalo do Rio Preto; Senador Modestino
Gonçalves; Águas Vermelhas; Araçuaí; Cachoeira de Pajeú;
Comercinho; Coronel Murta; Curral de Dentro; Divisa Alegre;
Francisco Badaró; Itaobim; Itinga; Jenipapo de Minas; Medina;
Padre Paraíso; Pedra Azul; Ponto dos Volantes; Santa Cruz de
Salinas; Virgem da Lapa; Almenara; Bandeira; Divisópolis;
Felisburgo; Jacinto; Jequitinhonha; Joaíma; Jordânia; Mata
Verde; Monte Formoso; Palmópolis; Rio do Prado; Rubim; Salto da
Divisa; Santa Maria do Salto; Santo Antonio do Jacinto; Alvorada
de Minas; Conceição do Mato Dentro; Congonhas do Norte;
Couto de Magalhães de Minas; Datas; Diamantina; Gouveia;
Morro do Pilar; Presidente Kubitschek; Rio Vermelho; Santo Antônio
do Itambé; Serra Azul de Minas; Serro.
38
4 – Leste de Minas
Sede: Governador Valadares
Rua 28, 100 – Ilha dos Araújos
CEP: 35020–800
Tel: (33) 3271.4988 / 4935 / 9981
E-mail: supram.leste@meioambiente.mg.gov
Municípios integrantes da área de abrangência: Aimorés;
Alvarenga; Central de Minas; Conselheiro Pena; Cuparaque;
Divino das Laranjeiras; Galiléia; Goiabeira; Itabirinha de Mantena;
Ituêta; Mantena; Mendes Pimentel; Nova Belém; Resplendor;
Santa Rita do Ituêto; São Félix de Minas; São Geraldo do Baixio;
São João do Manteninha; São José do Divino; Tumiritinga;
Alvinópolis; Bela Vista de Minas; Dionisio; Ferros; Itabira; Itambé do
Mato Dentro; João Monlevade; Nova Era; Passabém; Rio
Piracicaba; Santa Maria de Itabira; Santo Antônio do Rio Abaixo;
São Domingos do Prata; São José do Goiabal; São Sebastião do
Rio Preto; Açucena; Antônio Dias; Belo Oriente; Braúnas; Coronel
Fabriciano; Ipaba; Ipatinga; Jaguaraçu; Joanésia; Marliéria;
Mesquita; Naque; Periquito; Santana do Paraíso; Timóteo; Bom
Jesus do Galho; Bugre; Caratinga; Conceição de Ipanema;
Córrego Novo; Dom Cavati; Entre Folhas; Iapu; Imbé de Minas;
Inhapim; Ipanema; Mutum; Piedade de Caratinga; Pingo d'Água;
Pocrane; Santa Bárbara do Leste; Santa Rita de Minas; São
Domingos das Dores; São João do Oriente; São Sebastião do
Anta; Taparuba; Ubaporanga; Vargem Alegre; Cantagalo;
Carmésia; Coluna; Coroaci; Divinolândia de Minas; Dom
Joaquim; Dores de Guanhães; Frei Lagonegro; Gonzaga;
Guanhães; Materlândia; Nacip Raydan; Paulistas; Peçanha;
Sabinópolis; Santa Efigênia de Minas; Santa Maria do Suaçuí; São
João Evangelista; São José do Jacuri; São Pedro do Suaçuí;
Sardoá; Senhora do Porto; Virginópolis; Virgolândia; Água Boa;
Ataléia; Caraí; Catuji; Franciscópolis; Frei Gaspar; Itaipé;
Itambacuri; José Raydan; Ladainha; Malacacheta; Novo
Cruzeiro; Ouro Verde de Minas; Poté; São José da Safira; São
Sebastião do Maranhão; Teófilo Otoni; Águas Formosas;
Bertopolis; Carlos Chagas; Crisólita; Fronteira dos Vales;
39
Machacalis; Nanuque; Novo Oriente de Minas; Pavão; Santa
Helena de Minas; Serra dos Aimorés; Umburatiba; Alpercata;
Campanário; Capitão Andrade; Engenheiro Caldas; Fernandes
Tourinho; Frei Inocêncio; Governador Valadares; Itanhomi;
Jampruca; Marilac; Mathias Lobato; Nova Modica; Pescador; São
Geraldo da Piedade; Sobralia; Tarumirim; Barão de Cocais; Bom
Jesus do Amparo; Catas Altas; Santa Bárbara; São Gonçalo do Rio
Abaixo.
5 – Noroeste
Sede: Unaí
Rua Jovino Rodrigues Santana, 10 - Nova Divinéia - Unaí - MG
Cep 38610-000
Tel: (38) 3677.9800
E-mail: supramnor@meioambiente.mg.gov.br
Municípios integrantes da área de abrangência:
Arinos; Buritis; Formoso; Riachinho; Uruana de Minas; Urucuia;
Bonfinóplis de Minas; Brasilândia de Minas; Dom Bosco; João
Pinheiro; Natalândia; Lagoa Grande; São Gonçalo do Abaeté;
Varjão de Minas; Guarda-Mor; Lagamar; Paracatu; Vazante;
Cabeceira Grande; Unaí.
6 – Norte de Minas
Sede: Montes Claros
Av. José Corrêa Machado, s/n - Bairro Ibituruna
CEP: 39401-832
Tel: (38)3224-7500
E-mail: supram.nm@meioambiente.mg.gov.br
Municípios integrantes da área de abrangência: Bonito de Minas;
Cônego Marinho; Januária; Lontra; Pedras de Maria da Cruz;
Bocaiúva; Chapada Gaúcha; Engenheiro Navarro; Francisco
Dumont; Guaraciama; Olhos Dágua; Botumirim; Claro dos
Poções; Cristália; Francisco Sá; Glaucilândia; Grão Mogol;
Itacambira; Juramento; Montes Claros; Capitão Enéas; Catuti;
E s p i n o s a ; G a m e l e i r a s ; J a n a ú b a ; M a m o n a s ;
40
Mato Verde; Monte Azul; Nova Porteirinha; Pai Pedro; Porteirinha;
Riacho dos Machados; Serranopólis de Minas; Buritizeiro; Coração
de Jesus; Ibiaí; Jequitaí; Lagoa dos Patos; Lassance; Pirapora; São
João da Lagoa; São João do Pacuí; Várzea da Palma; Brasília de
Minas; Icaraí de Minas; Japonvar; Luislândia; Mirabela; Patís;
Pintópolis; São Francisco; Berizal; Fruta de Leite; Indaiabira;
Josenópolis; Montezuma; Ninheira; Novorizonte; Padre Carvalho;
Rio Pardo de Minas; Rubelita; Salinas; Santo Antônio do Retiro; São
João do Paraíso; Taiobeiras; Vargem Grande do Rio Pardo; Campo
Azul; Ponto Chique; Santa Fé de Minas; São Romão; Ubaí; Ibiracatu;
Itacarambi; Jaiba; Juvenília; Manga; Matias Cardoso; Miravânia;
Montalvânia; São João da Ponte; São João das Missões;
Varzelândia; Verdelândia.
7 – Sul de Minas
Sede: Varginha
Avenida Manoel Diniz, 145 - Bairro Industrial JK
CEP: 37062-480
Tel: (35) 3229-1816 / 1817
E-mail: supram.sul@meioambiente.mg.gov.br
Municípios integrantes da área de abrangência: Alpinopolis;
Alterosa; Arceburgo; Bom Jesus da Penha; Capetinga; Carmo do
Rio Claro; Cássia; Claraval; Conceiçao da Aparecida; Delfinopolis;
Fortaleza de Minas; Guapé; Guaranesia; Ibiraci; Ilicínea; Itamogi;
Itaú de Minas; Jacui; Monte Santo de Minas; Passos; Pratápolis; São
João Batista do Gloria; São José da Barra; São Sebastião do
Paraíso; São Tomás de Aquino; Bom Repouso; Borda da Mata;
Brasópolis; Bueno Brandão; Cachoeira de Minas; Camanducaia;
Cambuí; Careaçu; Conceição das Pedras; Conceição dos Ouros;
Congonhal; Consolação; Córrego do Bom Jesus; Delfim Moreira;
Espírito Santo do Dourado; Estiva; Extrema; Gonçalves; Heliodora;
Inconfidentes; Itajubá; Itapeva; Jacutinga; Maria da Fé;
Marmelópolis; Monte Sião; Munhoz; Natércia; Ouro Fino;
Paraisópolis; Pedralva; Piranguçu; Piranguinho; Pouso Alegre;
Santa Rita do Sapucai; São Jose do Alegre; São Sebastião da Bela
Vista; Sapucaí-Mirim; Senador Amaral; Senador Jose Bento;
S i lv ianópol i s ; Tocos do Moj i ; To ledo; Wences lau Braz.
41
Albertina; Alfenas; Andradas; Areado; Bandeira do Sul; Botelhos;
Cabo Verde; Caldas; Campestre; Campo do Meio; Campos
Gerais; Carvalhópolis; Divisa Nova; Fama; Guaxupé; Ibitiura de
Minas; Ipuiuna; Juruaia; Machado; Monte Belo; Muzambinho; Nova
Resende; Poço Fundo; Poços de Caldas; Santa Rita de Caldas; São
João da Mata; São Pedro da União; Serrania; Turvolândia; Boa
Esperança; Bom Sucesso; Cambuquira; Campanha; Carmo da
Cachoeira; Carrancas; Coqueiral; Cordislândia; Elói Mendes;
Ibituruna; Ijaci; Ingaí; Itumirim; Itutinga; Lavras; Luminárias;
Monsenhor Paulo; Nepomuceno; Paraguaçu; Perdões; Ribeirão
Vermelho; Santana da Vargem; Santana do Jacaré; Santo Antônio
do Amparo; São Bento Abade; São Gonçalo do Sapucaí; Três
Corações; Três Pontas; Varginha. Aiuruoca; Alagoa; Andrelândia;
Arantina; Baependi; Bocaina de Minas; Bom Jardim de Minas;
Carmo de Minas; Carvalhos; Caxambu; Conceição do Rio Verde;
Cristina; Cruzilia; Dom Viçoso; Itamonte; Itanhandu; Jesuania;
Lambari; Liberdade; Minduri; Olimpio Noronha; Passa Quatro;
Pouso Alto; Santana do Garambéu; São Lourenço; São Sebastião
do Rio Verde; São Tome das Letras; São Vicente de Minas; Seritinga;
Serranos; Soledade de Minas; Virginia; Conceição da Barra de
Minas; Coronel Xavier Chaves; Madre de Deus de Minas; Nazareno;
Piedade do Rio Grande; Prados; Resende Costa; Ritápolis; Santa
Cruz de Minas; São João Del Rei; São Tiago; Tiradentes.
8 – Triângulo mineiro
Sede: Uberlândia
Praça Tubal Vilela, 03 – Bairro: Centro
CEP: 38400-186
Tel: (34) 3237.3765 / 3215-0722
E-mail: supram.tmap@meioambiente.mg.gov.br
Municípios integrantes da área de abrangência: Araxá; Campos
Altos; Conquista; Ibiá; Pedrinópolis; Perdizes; Pratinha; Sacramento;
Santa Juliana; Santa Rosa da Serra; Tapira. Abadia dos Dourados;
Casca lho R ico ; Coromandel ; Cruze i ro da Fo r ta leza ;
Douradoquara; Estrela do Sul; Grupiara; Guimarânia; Iraí de Minas;
Monte Carmelo; Patrocínio (SEDE); Romaria; Serra do Salitre.
Arapuá; Carmo do Paranaíba; Lagoa Formosa; Itapagipe;
42
Fronteira; Prata. Água Comprida; Campo Florido; Conceição das
Alagoas; Delta; Pirajuba; Uberaba; Veríssimo. Campina Verde;
Carneirinho; Iturama (SEDE); Limeira d'Oeste; São Francisco de
Sales; União de Minas. Araporã; Cachoeira Dourada; Canápolis;
Capinópolis; Centralina; Gurinhatã; Ipiaçu; Ituiutaba; Santa Vitória.
Araguari; Indianópolis; Monte Alegre de Minas; Nova Ponte;
Tupaciguara; Uberlândia.
9 – Zona da Mata
Sede: Ubá
Endereço: Rodovia Ubá-Juiz de Fora, KM 02, Horto Florestal.
CEP: 36500-000, Caixa Postal 181.
Tel: (32) 3539-2700.
E-mail: urczm@meioambiente.mg.gov.br
Municípios integrantes da área de abrangência: Alfredo
Vasconcelos; Aracitaba; Belmiro Braga; Bias Fortes; Bicas; Chácara;
Chiador; Coronel Pacheco; Descoberto; Ewbank da Câmara;
Goiana; Guarani; Guarará; Juiz de Fora; Lima Duarte; Mar de
Espanha; Maripá de Minas; Matias Barbosa; Mercês; Olaria; Oliveira
Fortes; Paiva; Passa Vinte; Pedro Teixeira; Pequeri; Piau; Rio Novo;
Rio Pomba; Rio Preto; Rochedo de Minas; Santa Bárbara do Monte
Verde; Santa Rita do Jacutinga; Santana do Deserto; Santos
Dumont; São João Nepomuceno; Senador Cortes; Silveirânia;
Simão Pereira; Tabuleiro; Abre Campo; Alto Jequitibá; Caputira;
Chalé; Durandé; Lajinha; Luisburgo; Manhuaçu; Manhumirim;
Martins Soares; Matipó; Pedra Bonita; Piedade de Ponte Nova; Raul
Soares; Reduto; Rio Casca; Santa Margarida; Santana do
Manhuaçu; São João do Manhuaçu; São José do Mantimento; São
Pedro dos Ferros; Sericita; Simonésia; Vermelho Novo; Além
Paraíba; Antônio Prado de Minas; Argirita; Astolfo Dutra; Barão de
Monte Alto; Cataguases; Dona Euzébia; Estrela d'Alva;
Eugenópolis; Itamarati de Minas; Laranjal; Leopoldina; Miradouro;
Mirai; Muriaé; Palma; Patrocínio do Muriaé; Pirapetinga; Piraúba;
Recreio; Rosário da Limeira; Santana de Cataguases; Santo
Antônio do Aventureiro; São Sebastião da Vargem Alegre; Vieiras;
Volta Grande; Alto Caparaó; Caiana; Caparaó; Carangola;
Divino; Espera Feliz; Faria Lemos; Fervedouro; Orizônia;
43
Pedra Dourada; São Francisco do Glória; Tombos; Acaiaca; Alto Rio
Doce; Amparo da Serra; Araponga; Barra Longa; Brás Pires; Cajuri;
Canaã; Cipotânea; Coimbra; Divinésia; Dom Silvério; Dores do
Turvo; Ervália; Guaraciaba; Guidoval; Guiricema; Jequeri; Lamim;
Oratórios; Paula Cândido; Pedra do Anta; Piranga; Ponte Nova;
Porto Firme; Presidente Bernardes; Rio Doce; Rio Espera; Rodeiro;
Santa Cruz do Escalvado; Santo Antônio do Grama; São Geraldo;
São Miguel do Anta; Sem-Peixe; Senador Firmino; Senhora de
Oliveira; Teixeiras; Tocantis; Ubá; Urucânia; Antônio Carlos;
Barbacena; Barroso; Capela Nova; Carandaí; Desterro do Melo;
Dores de Campo; Ibertioga; Lagoa Dourada; Ressaquinha; Santa
Bárbara do Tugúrio; Santa Rita do Ibitipoca; Senhora dos Remédios,
Viçosa; Visconde do Rio Branco;
44
Saneamento básico é definido como o conjunto de serviços, de
infraestrutura e de instalações operacionais relacionadas a:
(a) abastecimento de água potável;
(b) esgotamento sanitário;
(c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;
(d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
A Lei de Saneamento Básico (lei 11445), sancionada em 2007,
estabeleceu que os municípios brasileiros deverão, até 2014,
desenvolver e aprovar seus Planos Municipais de Saneamento
Básico, sob pena de não mais receberem transferências voluntárias
ou financiamentos de projetos e empreendimentos em
saneamento por par te do governo federa l , a lém da
responsabilização direta do gestor.
45
3.2 - MÓDULO II - SANEAMENTO BÁSICO
3.2.1- INTRODUÇÃO
3.2.2- LEGISLAÇÃO PERTINENTE - LEI 11.445 DE 2007
Ao estabelecer diretrizes nacionais para o saneamento básico; os
altera as Leis n 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de
ofevereiro de 1995; revoga a Lei n 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências.
A Penalidade prevista em função do NÃO cumprimento do prazo é o NÃO repasse de recursos Federais para o município para a área
ambiental.
Ofertar, na sua integralidade, as atividades e os componentes de
cada um dos diversos serviços destacados, propiciando à
população, urbana e rural, o acesso na conformidade de suas
necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados.
Tendo, também, em mente as diretrizes da universalização do
serviço, o abastecimento de água com qualidade e quantidade; a
coleta e o tratamento adequado de esgoto e lixo e o manejo
correto de águas pluviais (águas de chuvas).
Contribuir para o desenvolvimento nacional, a redução das
desigualdades regionais, a geração de emprego e de renda e a
inclusão social;
Priorizar planos, programas e projetos que visem à implantação e
ampliação dos serviços e ações de saneamento básico nas áreas
ocupadas por populações de baixa renda;
Proporcionar condições adequadas de salubridade ambiental aos
povos indígenas e outras populações tradicionais, com soluções
compatíveis com suas características socioculturais;
Proporcionar condições adequadas de salubridade ambiental às
populações rurais e de pequenos núcleos urbanos isolados;
Assegurar que a aplicação dos recursos financeiros administrados
pelo poder público dê-se segundo critérios de promoção da
salubridade ambiental, de maximização da relação benefício-
custo e de maior retorno social;
46
3.2.3 - OBJETIVOS DA POLÍTICA DE SANEMENTO BÁSICO
“Assim, os municípios deverão planejar sua política municipal de saneamento, por meio do plano municipal de
saneamento, até agosto de 2014, pré – condição para obtenção e solicitação de financiamento junto ao governo
federal.”
Incentivar a adoção de mecanismos de planejamento, regulação
e fiscalização da prestação dos serviços de saneamento básico;
Promover alternativas de gestão que viabilizem a auto-
sustentação econômica e financeira dos serviços de saneamento
básico, com ênfase na cooperação federativa;
Promover o desenvolvimento institucional do saneamento básico,
estabelecendo meios para a unidade e articulação das ações dos
diferentes agentes, bem como do desenvolvimento de sua
organização, capacidade técnica, gerencial, financeira e de
recursos humanos, contempladas as especificidades locais;
Fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico, a adoção
de tecnologias apropriadas e a difusão dos conhecimentos
gerados de interesse para o saneamento básico;
Minimizar os impactos ambientais relacionados à implantação e
desenvolvimento das ações, obras e serviços de saneamento
básico e assegurar que sejam executadas de acordo com as
normas relativas à proteção do meio ambiente, ao uso e
ocupação do solo e à saúde;
Planejar significa projetar, delinear, desenhar determinada política
pública, traçando metas, programas e ações de curto, médio e
longo prazo, em harmonia com as demais áreas de atuação e
serviços municipais, bem como, com os seus instrumentos
orçamentários. A articulação da política de saneamento com as
políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de
combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção
ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse
social, todas voltadas para a melhoria da qualidade de vida, será
fator determinante para sua eficiência, eficácia e sustentabilidade
econômica.
47
O Plano de Saneamento Municipal, como instrumento de
planejamento, deverá trazer:
Diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de
v ida, u t i l i zando s i s tema de ind icadores san i tá r ios ,
epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando
as causas das deficiências detectadas;
Objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para a
universalização, admitidas soluções graduais e progressivas,
observando a compatibilidade com os demais planos setoriais;
Programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos
e as metas, de modo compatível com os respectivos planos
plurianuais e com outros planos governamentais correlatos,
identificando possíveis fontes de financiamento;
Ações para emergências e contingências;
Mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da
eficiência e eficácia das ações programadas.
Vantagens e Benefícios para o município e sua população:
A política de saneamento tem inúmeros impactos positivos,
diretos e indiretos na vida do cidadão e do município.
Como benefício direto destaca-se os benefícios nas áreas de:
Saúde – qualidade, redução de doenças e economia
orçamentária aos municípios que permite melhoria da política
de saúde, ampl iação de metas de saneamento e
implementação de projetos;
48
3.2.4- PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – PLANSAB
Meio ambiente - a redução da poluição dos mananciais e dos
cursos d'agua oriundos da disposição inadequada dos esgotos e
resíduos sólidos; integração das infraestrutura e serviços com a
gestão eficiente dos recursos hídricos;
Defesa social - quando do controle de inundações e a
segurança da vida e do patrimônio público e privado;
Ind i retamente, os mun ic íp ios poderão observar : o
desenvolvimento social, cultural, econômico e o uso e a
ocupação do solo e seu crescimento de forma organizada e
consciente.
Formas de obtenção de recurso para elaboração do plano?
O Governo Federal, por meio da FUNASA, disponibiliza linhas de
recurso para que os munic íp ios possam custear o
desenvolvimento de seus planos municipais de saneamento e
outras ações correlacionadas.
Quem é o titular do serviço público de saneamento?
O titular dos serviços de saneamento municipal é o próprio
município, podendo este delegar sua execução, mas não seu
planejamento.
Toda prestação dos serviços que compõem a política de
saneamento, executada diretamente ou indiretamente pelo
município ou a quem este delegar, atenderá a requisitos mínimos de
qualidade, incluindo a regularidade, a continuidade e aqueles
relativos aos produtos oferecidos, ao atendimento dos usuários e às
condições operacionais e de manutenção dos sistemas, de acordo
com as normas regulamentares e contratuais.
49
Cabe-nos ainda destacar que mesmo o município optando pela
delegação do serviço de saneamento básico à um terceiro, este não
estará isento ou dispensado de planejar e elaborar o seu plano de
saneamento, para então, exigir o seu cumprimento pelo prestador do
respectivo serviço (água, esgoto, resíduos, etc.).
A política de saneamento deve ser incorporada aos seus planos de
governo por se tratar da prospecção de uma política pública que tem
impacto direto na saúde preocupação dos eleitores) e na (primeira
qualidade de vida do cidadão municipal, eleitor. Enfatizando a
oportunidade de captar recursos e obras para sua gestão!
Assim, os gestores deverão estar atentos às demandas municipais e
deverão incorporar aos seus Planos de Governo para os próximos
anos ações de política de saneamento como forma de melhoria da
saúde e da qualidade de vida de seus eleitores.
50
http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=14290
Define diretrizes para reduzir a geração de resíduos sólidos,
combater a poluição e se refere a todo e qualquer tipo de resíduos
sólido:
Doméstico
Industrial
Da Construção Civil
Eletroeletrônico
Lâmpada de vapores mercuriais
Agrossilvopastoril
De Saúde perigosos exceto os radioativos
3.3 - MÓDULO III - RESÍDUOS SÓLIDOS
3.3.1 - LEGISLAÇÃO PERTINENTE - LEI FEDERAL 12.305/2010
“Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; o
altera a Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de
1998; e dá outras providências.”
3.3.2 - MARCO REGULATÓRIO PARA A ÁREA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
51
A Política Nacional de Meio Ambiente e articula-se com a Política
Nacional de Educação Ambiental;
A Política Nacional de Recursos Hídricos;
A Política de Saúde;
A Lei federal de Saneamento Básico e;
A Lei dos Consórcios Públicos.
Está ainda inter-relacionada com as Políticas Urbanas, Industriais,
Tecnológica e de Comércio Exterior, bem como as que promovem a
Inclusão Social.
03/08/2012 – vencido o prazo de entrega do Plano de Resíduos
Sólidos
Agosto/2014 – todo município com o Plano elaborado, sob pena
de não recebimento de recursos Federais para a área ambiental.
VENCIDO O PRAZO
Até agosto/2014 - Extinção dos Aterros Controlados e Lixões a céu
aberto. VENCIDO O PRAZO.
A partir de 30 de julho de 2012 – cadastro dos Planos de acordo com a
DN 170/2011:
1 - Municípios com população superior a 50 mil habitantes - prazo até
26/09/2012 - VENCIDO O PRAZO.
3.3.3 - A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS INTEGRA
52
3.3.4 - PRAZOS DA UNIÃO PARA ELABORAÇÃO E ENTREGA DOS PLANOS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGIRS):
3.3.5 - PRAZOS DO ESTADO PARA ELABORAÇÃO E ENTREGA DOS PLANOS (PGIRS)
2 - Municípios com população de 20 mil a 50 mil habitantes - prazo até
26/09/2013 - VENCIDO O PRAZO.
3 - Municípios com população abaixo de 20 mil habitantes - prazo até
26/09/2014 - VENCIDO O PRAZO.
Definição dos Resíduos Sólidos:
A Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, estabelece uma
distinção entre - aquilo que tem valor econômico e que RESÍDUO
pode ser aproveitado e - qualquer material considerado REJEITO
inútil, após esgotadas as possibilidades de tratamento e
recuperação por processos adequados a cada caso.
Implanta a partir de 2012 da Regulamentação da Lei (dezembro
de 2010) os Planos de Gestão dos Resíduos Sólidos – PGRS:
a. Sem o plano definido e elaborado os municípios não poderão ter
acesso a recursos federais ambientais;
b. , todas as federações do Brasil (País, A PARTIR DE AGOSTO DE 2014
Estado e municípios deverá estar tratando o lixo adequadamente e
estará erradicado de vez os lixões);
c. Os planos de Gestão Municipais deverão identificar e indicar
medidas saneadoras para os passivos ambientais originários de
áreas contaminadas por lixões e aterros controlados;
d. Municípios que participam de consórcios poderão ter um só
plano de gestão para todos os membros do grupo;
e. Os geradores de resíduos sólidos com características diferentes
dos resíduos sólidos urbanos deverão elaborar um plano de
gerenciamento de resíduos, cujo conteúdo mínimo englobará:
53
1. Descrição do empreendimento ou atividade
2. Diagnóstico dos resíduos gerados e administrados e seus
respectivos passivos ambientais;
3. Expl icitação dos responsáveis e dos procedimentos
operacionais de cada etapa;
4. Indicação de soluções compartilhadas e/ou consorciadas
com outros geradores;
5. Ações preventivas e corretivas, caso ocorra acidentes;
6. Metas de redução, reutilização e reciclagem;
7. Ações para a responsabilidade compartilhada de acordo com
o ciclo de vida do produto;
8. Revisões de acordo com a Licença Ambiental de Operação do
empreendimento, dentre outras.
f. Na Lei está prevista a elaboração de inventários e criação do
Sistema Declaratório Anual dos resíduos gerados, diagnóstico e
base das políticas adequadas à realidade de cada município,
região ou estado.
g. O Decreto 7405 – trata da situação do catador de lixo, focando
que este grupo marginal deva ser respeitado e deverá ser integrado
na sociedade através da inserção destes na cadeia produtiva.
Terão a Profissão reconhecida de catador de material reciclável. A
prioridade será para associação de catadores de lixo. Estas leis
estão dentro do cerne do PNRS (Plano Nacional de Resíduos
Sólidos).
h. Até 2014 quem gerou ou produziu o lixo terá que se adequar e
receber este lixo. E quem produz tem o passivo ambiental do seu
produto. Ex.: tv, geladeira etc. Será a responsabilidade
compartilhada, chegando até ao consumidor final.
i. O Brasil está enfrentando os principais problemas ambientais,
sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos
resíduos sólidos.
54
A legislação determina a prevenção e a redução na geração de
resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo
sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento
da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem
valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a
destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não
pode ser reciclado ou reutilizado).
É Instituída a responsabilidade compartilhada dos geradores de
resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes,
o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos
urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-
consumo e pós-consumo.
É criada metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos
lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis nacional,
estadual, microregional, intermunicipal e metropolitano e municipal;
além de impor que os particulares elaborem seus Planos de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais
países desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a
inclusão de catadoras e catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva.
Além disso, os instrumentos da PNRS ajudarão o Brasil a atingir uma das
metas do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que é de
alcançar o índice de reciclagem de resíduos de 20% em 2015.
Os focos principais desta nova Lei dos Resíduos Sólidos (12.305/10) são:
a. Não geração
b. Redução
c. Reuso
d. Reciclagem
e. Tratamento
f. Disposição final dos rejeitos
55
A partir de 06 de fevereiro de 2012, a FEAM iniciou o processo de
recebimento das manifestações de interesse dos municípios mineiros
para receber apoio do Estado na implantação ou ampliação dos
serviços de coleta seletiva, conforme estabelece o Plano Estadual de
Coleta Seletiva – PECS, que foi instituído pela DN 172 de 23 de
dezembro de 2011, aprovada em reunião realizada em 30 de
novembro de 2011 pela Câmara Normativa e Recursal do COPAM.
LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012 E LEI 12.727 de 17/10/2012, que o
Altera a Lei n 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a osproteção da vegetação nativa; altera as Leis n 6.938, de 31 de
agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de os
dezembro de 2006; e revoga as Leis n 4.771, de 15 de setembro de o1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, a Medida Provisória n 2.166-67,
ode 24 de agosto de 2001, o item 22 do inciso II do art. 167 da Lei n 6.015,
o o ode 31 de dezembro de 1973, e o § 2 do art. 4 da Lei n 12.651, de 25 de
maio de 2012
46
3.3.6 - COLETA SELETIVA - APOIO AOS MUNICIPÍOS
Para receber apoio, o prefeito municipal deverá se manifestar
formalmente à FEAM, por meio de ofício, até 31 de março de cada
ano, conforme modelo disponível na FEAM:
www.feam.br
3.4 - MÓDULO IV - NOVA LEI FLORESTAL / LC140/ PROGRAMAS GOVERNO
3.4.1 - COLETA SELETIVA - APOIO AOS MUNICIPÍOS
O Código Florestal aprovado pelo Congresso estabelece normas
gerais com o fundamento central da proteção e uso sustentável das
florestas e demais formas de vegetação nativa em harmonia com a
promoção do desenvolvimento econômico, atendidos os seguintes
princípios: (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012).
a – reconhecimento das florestas existentes no território nacional e
demais formas de vegetação nativa como bens de interesse comum
a todos os habitantes do País;
b – afirmação do compromisso soberano do Brasil com a preservação
das suas florestas e demais formas de vegetação nativa, da
biodiversidade, do solo e dos recursos hídricos, e com a integridade
do sistema climático, para o bem-estar das gerações presentes e
futuras;
c – reconhecimento da função estratégica da produção rural na
recuperação e manutenção das florestas e demais formas de
vegetação nativa, e do papel destas na sustentabilidade da
produção agropecuária;
d – consagração do compromisso do País com o modelo de
desenvolvimento ecologicamente sustentável, que concilie o uso
produtivo da terra e a contribuição de serviços coletivos das florestas e
demais formas de vegetação nativa privadas;
e – ação governamental de proteção e uso sustentável de florestas,
coordenada com a Política Nacional do Meio Ambiente, a Política
Nacional de Recursos Hídricos, a Política Agrícola, o Sistema Nacional
de Unidades de Conservação da Natureza, a Política de Gestão de
Florestas Públicas, a Política Nacional sobre Mudança do Clima e a
Política Nacional da Biodiversidade;
57
3.4.2 - BASE DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO
f – responsabilidade comum de União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, em colaboração com a sociedade civil, na criação de
políticas para a preservação e restauração da vegetação nativa e
de suas funções ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais;
g – fomento à inovação para o uso sustentável, a recuperação e a
preservação das florestas e demais formas de vegetação nativa;
h – criação e mobilização de incentivos jurídicos e econômicos para
fomentar a preservação e a recuperação da vegetação nativa, e
para promover o desenvolvimento de atividades produtivas
sustentáveis.
Dispõe sobre as políticas florestais e de proteção à biodiversidade no
Estado compreendem as ações empreendidas pelo poder público e
pela coletividade para o uso sustentável dos recursos naturais e para
a conservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado,
essencial à sadia qualidade de vida, nos termos dos arts. 214, 216 e 217
da Constituição do Estado. Dentro desta Lei destacamos o CADASTRO
AMBIENTAL RURAL – CAR:
RESUMO DO CÓDIGO FLORESTAL MINEIRO
Lei 20.922 de 16/10/2013 (MF = MÓDULO FISCAL - pode variar de
acordo com a região do Estado)
3.4.3 - NOVO CÓDIGO FLORESTAL MINEIRO - LEI Nº 20.922, DE 16/10/2013
58
Obrigatoriedade de recomposição APP – área consolidada - cursos d´água
59
1) APP - CURSOS D’ÁGUA
Largura máxima do rio ou córrego
APP (cada margem)
Lei 20.922/13
Até 10 metros 30 metros Art. 9 – I – a
De 10 a 50 metros 50 metros Art. 9 – I – b
De 50 a 200 metros 100 metros Art. 9 – I – c
De 200 a 600 metros 200 metros Art. 9 – I – d
Acima de 600 metros 500 metros Art. 9 – I – e
Área da Propriedade
Faixa a recompor
Largura do curso d'água
Área máxima
a recompor
Lei 20.922/13Artigos
Até 1 MF 5 metros independente10% da área
total16 § 1º inciso I +
Art 18
De 1 a 2 MF 8 metros independente10% da área
total16 § 1º inciso II +
Art 18
De 2 a 4 MF 15 metros independente20% da área
total16 § 1º inciso III
+ Art18
De 4 a10 MF 20 metros até 10 metros a necessária16 § 2º inciso I +
Art 18
Acima de 4 MF
Acima de 10 MF
de 30 a 100 m
(metade largura rio)
superior a 10 metros
independentea necessária
16 § 2º inciso II + Art 18
Um raio mínimo de 50 metros (Lei 20.922/13 Artigo 9º inciso IV)
Obrigatoriedade de recomposição APP (área consolidada)
nascentes e olhos dágua
Com superfície de água até 20 ha – APP 50 metros de margem (Lei
20.922/13 artigo 9º - II - b)
Com superfície de água maior que 20 ha – APP 100 metros de margem
(Lei 20.922/13 artigo 9º - II - c)
Obrigatoriedade de recomposição APP (área consolidada) lagos e
lagoas naturais
60
2) APP - NASCENTES E OLHOS D’ÁGUA PERENES
Área da Propriedade Faixa a Recompor Lei 20.922/13
Qualquer 15 metros de raio Art. 16 § 3º
3) APP - LAGOS E LAGOAS NATURAIS
Área da Propriedade
Faixa a recomporLei 20.922/13
Artigos
Até 1 MF 5 metros Artigo 16 - § 4º inciso I
De 1 a 2 MF 8 metros Artigo 16 - § 4º inciso II
De 2 a 4 MF 15 metros Artigo 16 - § 4º inciso III
Acima de 4 MF 30 metros Artigo 16 - § 4º inciso IV
Reservatório artificial com superfície de água até 20 ha - 15 metros de
margem (Lei 20.922/13 Art. 9º § 3º)
Os lagos concedidos para geração de energia ou abastecimento
público até 24/08/2001, a APP é a distância entre o nível máximo
operativo normal e a cota máxima maximorum (Lei 20.922/13 Art.22
Parágrafo único). A APP para o Lago de Furnas, por exemplo, é a
distância da cota 768 à cota 769.3 metros.
Os lagos concedidos após 24/8/2001, a APP é a definida pela Licença
Ambiental. (Lei 20.922/13 - Art.22).
OBS.: Em açudes ou acumulações naturais ou artificiais, com
superfície de água até 1 ha, é dispensada faixa de APP (Lei 20.922/13
Artigo 9° § 5º)
Encostas com declividade superior a 45° equivalentes a 100% na linha
de maior declive são consideradas APP´s (Lei 20.922/13 artigo 9° inciso
V).
Todo morro com altura mínima de 100 metros e inclinação média
maior do que 25°, o terço superior é considerado APP (Lei 20.922/13
artigo 9° inciso VII). A base é definida pelo plano horizontal
determinado por planície ou espelho d´água adjacente ou, nos
relevos ondulados, pela cota do plano de sela mais próximo.
Todas as áreas em altitude superior a 1.800 metros, qualquer que seja a
vegetação (Lei 20.922/13 artigo 9º inciso VIII).
As bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do
relevo, em faixa nunca inferior a 100 metros em projeções horizontais
(Lei 20.922/13 artigo 9º inciso VI).
61
4) APP DE LAGOS ARTIFICIAIS (RESERVATÓRIO ARTIFICIAL ATÉ 20ha)
5) APP EM ENCOSTAS
6) APP EM TOPO DE MORRO
7) APP EM ALTITUDE SUPERIOR A 1.800 METROS
8) APP EM CHAPADAS
A faixa marginal mínima de 50 metros a partir do término da área de
solo hidromórfico (Lei 20.922/13 artigo 9º inciso IX)
Obrigatoriedade de recomposição APP (área consolidada) em
veredas
a) Propriedade até 4 MF em 22/7/2008 – não há obrigatoriedade dos
20% de RL. A RL será a área de vegetação nativa existente naquela
data (mesmo inferior a 20% da área da propriedade) – (Artigo 40)
b) Propriedade acima de 4 MF – 20% da área do imóvel (Lei 20.922/13
artigo 25). Será admitido o cômputo das APPs no cálculo do
percentual da Reserva Legal, desde que a área esteja conservada ou
em processo de recuperação comprovada pelo órgão ambiental, o
proprietário tenha feito o registro no CAR (Lei 20.922/13 artigo 35 incisos
I, II e III)
A área da RL deverá ser registrada no órgão ambiental por meio de
inscrição no CAR. O registro da RL no CAR desobriga a averbação no
Cartório de Registro de Imóveis (Lei 20.922/13 artigo 31 Parágrafo
único)
Obrigatoriedade de Recomposição Reserva Legal
62
9) APP EM VEREDAS
10) RESERVA LOCAL
Área da Propriedade
Faixa a recompor a partir do término da área de solo hidromórfico Lei 20.922/13
Até 4 MF 30 metrosArtigo 16 § 5º
inciso I
Acima de 4 MF
50 metros Artigo 16 § 5º
inciso II
Área da Propriedade Área a recompor Lei 20.922/13
Até 4 MFNão há necessidade de
recomposiçãoArtigo 40
Acima de 4 MF20% da área do imóvel
menos APP Artigo 38
Nos imóveis rurais com área até 15 módulos fiscais é admitida a prática
da piscicultura em tanque escavado ou tanque rede nas APPs,
inclusive com a infraestrutura, desde que o imóvel tenha a Licença
Ambiental, inscrição no CAR e não retira a vegetação nativa (Lei
20.922/13 - Artigo 15 incisos I, II, III, IV e V)
Toda propriedade ou posse rural estará obrigada a se inscrever no
CAR, no prazo de 1 ano, após a sua implantação (Lei 12. 651/12 -
Artigo 29 § 3º e Decreto 7.830/12 Artigo 6º & 2º).
O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um instrumento fundamental
para auxiliar no processo de regularização ambiental de
propriedades e posses rurais. Consiste no levantamento de
informações georreferenciadas do imóvel, com delimitação das
Áreas de Proteção Permanente (APP), Reserva Legal (RL),
remanescentes de vegetação nativa, área rural consolidada,
áreas de interesse social e de utilidade pública, com o objetivo de
traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores
das áreas para diagnóstico ambiental.
Ferramenta importante para auxiliar no planejamento do imóvel
rural e na recuperação de áreas degradadas, o CAR fomenta a
formação de corredores ecológicos e a conservação dos demais
recursos naturais, contribuindo para a melhoria da qualidade
ambiental, sendo atualmente utilizado pelos governos estaduais
e federal.
No governo federal, a política de apoio à regularização
ambiental é executada de acordo com a Lei nº 12.651, de 25 de
maio de 2012, que criou o CAR em âmbito nacional, e de sua
regulamentação por meio do Decreto nº 7.830, de 17 de outubro
de 2012, que criou o Sistema de Cadastro Ambiental Rural - SICAR,
que integra o CAR de todas as Unidades da Federação.
63
11) PISCICULTURA EM APP
12) INSCRIÇÃO NO CAR (CADASTRO AMBIENTAL RURAL)
3.4.3.1- CADASTRO AMBIENTAL RURAL
RESUMO DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL – C A R
O que é o CAR?
O Cadastro Ambiental Rural – CAR é um registro eletrônico,
obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem por finalidade
integrar as informações ambientais referentes à situação das
Áreas de Preservação Permanente - APP, das áreas de Reserva
Legal, das florestas e dos remanescentes de vegetação nativa,
das Áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das
propriedades e posses rurais do país. Criado pela Lei 12.651/2012
no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio
Ambiente - SINIMA, o CAR se constitui em base de dados
estratégica para o controle, monitoramento e combate ao
desmatamento das florestas e demais formas de vegetação
nativa do Brasil, bem como para planejamento ambiental e
econômico dos imóveis rurais.
Onde fazer a inscrição?
A inscrição deve ser feita junto ao órgão ambiental estadual ou
municipal competente, que disponibilizará na internet programa
destinado à inscrição no CAR, bem como à consulta e
acompanhamento da situação de regularização ambiental dos
imóveis rurais. Estados que não possuem sistemas eletrônicos
poderão utilizar o Módulo de Cadastro para fins de atendimento
ao que dispõe a Lei Federal 12.651/12 acesso a seus benefícios.
Desta forma, antes de acessar o Módulo CAR para realizar
inscrição, verifique se o imóvel rural que pretende cadastrar se
localiza em unidade da federação no qual o órgão ambiental
responsável por recepcionar as inscrições no CAR possui sistema
eletrônico próprio e página específica para tal finalidade. Nesses
casos, não será possível inscrever seu imóvel rural no CAR por meio
do Módulo de Cadastro disponibilizado nesta página. Para
realizar a inscrição, acesse o sítio eletrônico e/ou entre em
contato com o órgão ambiental competente do Estado da
federação em que se localiza o imóvel rural para obter
informações acerca dos procedimentos a serem adotados.
64
Benefícios:
Além de possibilitar o planejamento ambiental e econômico do
uso e ocupação do imóvel rural, a inscrição no CAR,
acompanhada de compromisso de regularização ambiental
quando for o caso, é pré-requisito para acesso à emissão das
Cotas de Reserva Ambiental e aos benefícios previstos nos
Programas de Regularização Ambiental – PRA e de Apoio e
Incentivo à Preservação e Recuperação do Meio Ambiente,
ambos definidos pela Lei 12.651/12. Dentre os benefícios desses
programas pode-se citar:
Possibilidade de regularização das APP e/ou Reserva Legal
vegetação natural suprimida ou alterada até 22/07/2008 no
imóvel rural, sem autuação por infração administrativa ou
crime ambiental;
Suspensão de sanções em função de infrações administrativas
por supressão irregular de vegetação em áreas de APP,
Reserva Legal e de uso restrito, cometidas até 22/07/2008.
Obtenção de crédito agrícola, em todas as suas modalidades,
com taxas de juros menores, bem como limites e prazos
maiores que o praticado no mercado;
Contratação do seguro agrícola em condições melhores que
as praticadas no mercado;
Dedução das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva
Legal e de uso restrito base de cálculo do Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural-ITR, gerando créditos tributários;
65
Linhas de financiamento atender iniciativas de preservação
voluntária de vegetação nativa, proteção de espécies da flora
nativa ameaçadas de extinção, manejo florestal e
agroflorestal sustentável realizados na propriedade ou posse
rural, ou recuperação de áreas degradadas; e
Isenção de impostos para os principais insumos e
equipamentos, tais como: fio de arame, postes de madeira
tratada, bombas d'água, trado de perfuração do solo, dentre
outros utilizados para os processos de recuperação e
manutenção das Áreas de Preservação Permanente, de
Reserva Legal e de uso restrito.
Em Minas Gerais:
No Estado de Minas Gerais, o Cadastro Ambiental Rural – CAR é
de responsabilidade da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável – SEMAD e do Instituto Estadual de
Florestas - IEF, e será feito exclusivamente via internet, no Portal de
Soluções - SISEMANET por meio do sistema SICAR-MG.
Onde?
O acesso ao SICAR-MG para realização do cadastro, bem como
o seu Manual, estão disponíveis no endereço eletrônico da
SEMAD, pois após o Ato da Ministra do Meio Ambiente que instituiu
a implementação do CAR, todos proprietários rurais já podem e
devem fazer o seu CAR. O cadastro é gratuito, não há a
necessidade do pagamento de taxa ou emolumento ao Estado.
Em Minas Gerais o Sistema Estadual de Meio Ambiente - SISEMA
desenvolveu o SICAR-MG, integrante do Portal de Soluções –
SISEMANET, que é o sistema oficial para o cadastramento dos
imóveis rurais do Estado. Com interface amigável, ágil e de fácil
utilização, possui ferramentas simples de cadastro e desenho dos
imóveis rurais, tutorial, suporte e tópicos de ajuda em todas as
funcionalidades. Para a maioria dos estados federativos, os
proprietários/posseiros poderão utilizar o sistema desenvolvido em
parceria do Ministério do Meio Ambiente - MMA e IBAMA ou
sistemas próprios desenvolvidos por cada um deles, se for o caso.
66
Abaixo os links a serem usados:
http://www.meioambiente.mg.gov.br/cadastro-ambiental-rural
http://sisemanet.meioambiente.mg.gov.br/mbpo/portal.do
É Obrigatório?
O CAR é obrigatório a todos os imóveis rurais, mesmo para
aqueles que possuam a área da Reserva Legal averbada, pois o
cadastro solicita informações que vão além da Reserva Legal.
Dessa forma, todos deverão se inscrever normalmente no SICAR-
MG preenchendo os campos necessários.
A não realização do CAR poderá restringir o acesso do
proprietário/posseiro a linhas de crédito federal ou programas de
fomento oferecidos pelos governos federal e estadual. Caso o
proprietário/posseiro não faça o cadastro e tenha em sua área
Reserva Legal e/ou APP's a recuperar, ele estará sujeito às
penalidades impostas pela legislação vigente.
Qual o Prazo?
O prazo de inscrição no CAR é de a partir do Ato da 1 (um) ano
Ministra do Meio Ambiente. Como foi assinado este ato em maio
de 2014, o prazo vence em abril/2015. Podendo ser renovado
para mais um ano. (Art.21, do Decreto 7.830/2012).
Pequena Propriedade – até 4 MF:
Para pequena propriedade ou posse rural familiar, que detêm
área de até 04 (quatro) módulos fiscais (unidade de medida
agrária usada no Brasil instituída pela Lei nº 6.746, de 10 de
dezembro de 1979, expressa em hectares, variável conforme o
município), o responsável poderá se dirigir a uma das unidades de
regularização ambiental do SISEMA ou entidades parceiras
(Endereço e telefones estarão disponíveis no endereço
eletrônico: www.semad.mg.gov.br) para que técnicos treinados
o auxiliem na realização do cadastro.
67
Para os imóveis acima de 04 (quatro) módulos, o cadastro deverá
ser feito exclusivamente por meio de contratação de responsável
técnico e emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica -
ART.
Validade:
O Recibo, documento emitido ao final do cadastro, do imóvel rural
no SICAR-MG terá prazo de validade de 30 (trinta) dias.
Entretanto, o cadastro das informações do imóvel rural no SICAR-
MG não tem prazo de validade e um novo Recibo poderá ser
emitido pelo proprietário/posseiro sempre que desejado. Caso
sejam identificadas pelo órgão ambiental pendências ou
inconsistências nas informações e documentos apresentados ou
inconformidades encontradas em vistorias de campo e o
proprietário/posseiro não apresentar as devidas informações
complementares ou retificações solicitadas o imóvel rural poderá
ficar irregular, impossibilitando a emissão de um novo recibo até o
cumprimento das exigências pertinentes. O proprietário/posseiro
também deverá alterar todas as informações e documentos
cadastrados sempre que houver a venda ou transferência de
titularidade do imóvel.
P R A – P r o g r a m a d e R e g u l a r i z a ç ã o A m b i e n t a l :
Ao se cadastrar no CAR, automaticamente o proprietário é
direcionado a fazer o PRA, que é o Programa de Regularização
Ambiental disponibilizado dentro do SICARMG que permitirá ao
proprietário/posseiro do imóvel que possui déficit ambiental (Área
de Preservação Permanente - APP a recuperar e/ou Reserva
Legal a compensar ou recuperar) regularizar a situação do seu
imóvel rural de acordo as exigências legais. O PRA contemplará
todas as opções disponíveis na legislação vigente de
recuperação ou recomposição de APP's e compensação ou
recuperação de Reserva Legal, e permitirá também, caso seja de
interesse do cadastrante aderir aos programas de fomento
oferecidos pelo Governo de Minas Gerais. Para aderir ao PRA o
proprietário terá que estar cadastrado no SICAR-MG.
68
O sistema será disponibilizado após o lançamento do SICAR-MG,
mas mesmo antes da adesão ao PRA o proprietário/posseiro
pode iniciar a recuperação e/ou compensação das áreas com
déficit ambiental.
Averbação da Reserva Legal em Cartório:
Com a inscrição do imóvel no CAR, a exigência do ato de
averbação deixa de ser obrigatória e passa a ser . facultativa
Ressaltando ainda que o proprietário ou posseiro que desejar
realizar esse ato não terá impedimento .e tem direito à gratuidade
Alteração no CAR:
Caso o proprietário/posseiro tiver interesse em modificar, corrigir
ou atualizar algumas das informações já cadastradas, este
poderá editá-las sempre e o número de vezes que necessitar até
que o processo do seu imóvel rural seja encaminhado para
análise do órgão competente. A partir deste momento, o
proprietário/posseiro não terá mais a opção de alterar os dados
do cadastro via sistema (SICAR-MG). Caso o cadastro tenha sido
encaminhado para a análise e o proprietário/posseiro tenha
necess idade de ret ificá-lo ele deverá protocolar um
requerimento formal em uma das unidades administrativas do
SISEMA.
O que se entende por pequena propriedade ou posse rural
familiar?
É aquela explorada mediante o trabalho pessoal do agricultor
fami l iar e empreendedor fami l iar rura l , inclu indo os
assentamentos e projetos de reforma agrária, e que atenda ao
disposto no art. 3° da Lei n° 11.326/2006.
(Art. 3°, V, da Lei n° 12.651/2012)
O arrendatário, o comodatário e o parceiro devem se inscrever ?
Não. As obrigações previstas no Código Florestal são de natureza
real. A relação jurídica estabelecida pelos contratos de
arrendamento, de comodato ou de parceria é de natureza
obrigacional.
(Art.2°, § 2°, Lei n° 12.651/2012)
69
Quais são os dados necessários fornecidos pelo declarante para
a inscrição da propriedade ou posse rural no CAR?
A. Dados pessoais do declarante: se pessoa física ou jurídica,
espólio; endereço para correspondência; número do CPF ou
CNPJ, identidade, nacionalidade, pais de origem; se proprietário,
posseiro, condômino ou enfiteuta. E, ainda, informações
complementares, como moradia no imóvel ou não, se fora do
município ou do Pais; quem dirige as atividades de exploração do
imóvel.
B. Informações sobre o imóvel rural: denominação do mesmo,
acesso, referência para sua localização, município, distrito,
unidade da federação, se na zona rural ou parte dela; incidência
em unidade de conservação, terra indígena, ou na faixa de
fronteira; nomes dos confrontantes; se o imóvel já foi cadastrado
no INCRA ou na Receita Federal.
C. Situação jurídica do imóvel rural: relacionar o titulo de
propriedade; caracterização do título, como comarca, cartório,
ofício, origem do título, matrícula, folha, área em hectare, se existe
área sob posse e se de justo título, ou ocupação, início da posse,
se há litígio e a área da posse ou ocupação. Informações, ainda,
sobre a existência de outros imóveis do declarante. (Parágrafo 1°,
I, II, art. 29 da Lei n°12.651/2012).
70
Como será feita a inscrição da pequena propriedade ou posse
rurais com área até 04 (quatro) módulos fiscais e da agricultura
familiar no CAR?
A inscrição da pequena propriedade ou posse rural no CAR
obedecerá a procedimento simplificado com apresentação
apenas de documentos para identificação do proprietário ou
possuidor rural e comprovação da propriedade ou posse e de
croqui indicando o perímetro do imóvel, as Áreas de Preservação
Permanente e os remanescentes que formam a Reserva Legal.
(Art. 55, da Lei n° 12.651/2012, parágrafo único do art. 3° e 53 da
Lei n°12.651/2012, art. 4° da Lei n° 8.629/93).
É necessário pagar alguma taxa para o cadastro no CAR?
O cadastro é gratuito, não há a necessidade do pagamento de
taxa ou emolumento e é feito por meio do sistema SICAR-MG.
Para propriedades com tamanho de até 04 (quatro) módulos
fiscais (*) o proprietário poderá se dirigir a uma das unidades de
regularização ambiental do SISEMA ou entidades parceiras
(Endereço e telefones no site: www.semad.mg.gov.br) para que
técnicos treinados o auxiliem na realização do cadastro. Para
propriedades acima de quatro módulos, o cadastro deverá ser
feito exclusivamente por meio de contratação de responsável
técnico e emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica -
ART.
(*) Unidade de medida agrária usada no Brasil instituída pela Lei nº
6.746, de 10 de dezembro de 1979, expressa em hectares, variável
conforme o município.
Porque é importante o registro no CAR?
Além de possibilitar o planejamento ambiental e econômico do
uso e ocupação do imóvel rural, a inscrição no CAR, traz muitos
benefícios aos Produtores Rurais, como:
1. Compute das áreas de APP no percentual da reserva legal;
2. Compensar a Reserva Legal em Unidade de Conservação
pendente de Regularização fundiária;
71
3. Compensar a Reserva Legal em área localizada no mesmo
bioma;
4. Para manutenção da atividade de aquicultura e infraestrutura
nos cursos d'água, lagos e lagoas naturais de imóveis rurais com
área de até 15 (quinze) módulos fiscais;
5. Para adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA);
6. Suspensão de sanções aplicadas em função de infrações
administrativas por supressão irregular de vegetação em áreas de
APP, Reserva Legal e de uso restrito, cometidas até 22/07/2008.
A) Lei Federal Complementar n° 140/2011 – Delega aos municípios a
competência de Licenciar, fiscalizar e gerir as questões ambientais a
nível municipal. Para licenciar o município deverá possuir um Sistema
Municipal de Meio ambiente, SISMAM, que possua no mínimo:
1- CODEMA
Deverá ser criado por lei
Deverá ser paritário
Deverá ser deliberativo
Órgão colegiado autônomo, normativo, deliberativo e consultivo.
Não é um órgão da estrutura da Prefeitura, não se submete a
intervenção do prefeito.
Recomenda-se que o presidente seja eleito entre os membros.
Na renovação da presidência é necessário que o cargo seja
repassado em reunião, com a presença de quem está deixando o
cargo e de quem está recebendo o cargo, registrado em Ata.
Paridade: 50% poder público, 50% sociedade civil, mas para
cidades maiores, o ideal seria: 50% poder público + empresários e
50% sociedade civil.
72
3.4.4 - SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE - SISMAM
O representante da sociedade civil nunca deve ser indicado por
entidade do poder público, mas por alguma entidade civil.
Recomenda-se que na bancada do poder público tenha menos
representações da prefeitura. As outras representações podem ser
do poder público federal, estadual e até municipal, mas não da
prefeitura. Ex. EMATER, IBAMA, FEAM, IEF, IGAM, COPASA, CEMIG,
escolas públicas municipais, Ministério Público, etc. Isso torna o
Conselho mais imparcial.
2 - Política ambiental
Conjunto de Leis
Lei de Política Ambiental
Leis Secundárias, ajustadas à realidade municipal;
3 - Órgão técnico executivo de Meio Ambiente
A política ambiental municipal, desde que definida em lei, poderá
ser exercida por uma secretaria, uma fundação, ou outro órgão da
estrutura de gestão municipal.
Deverá possuir um corpo técnico proporcional às necessidades do
município, que seja capaz de efetuar o licenciamento, a
fiscalização e o controle das atividades sob a responsabilidade do
município.
4 - Vantagens de ter o Sistema Municipal de Meio Ambiente
estruturado:
A possibilidade de gerir o maior patrimônio do município que é o
meio ambiente;
A participação nos processos eletivos dos órgãos colegiados do
Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SISEMA,
incluindo: o Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM, o
Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERH, os Comitês de
Bacias Hidrográficas e os Conselhos de Unidades de Conservação.
73
a. Polícia Militar do Meio Ambiente
b. SUPRAM
c. Promotoria Pública
d. Comunidade (denúncia)
e. Estrutura do Estado:
Superintendência de Fiscalização Ambiental Integrada
A Superintendência de Fiscalização Ambiental Integrada tem por
finalidade planejar, organizar e executar as atividades de controle e
fiscalização referentes ao uso dos recursos ambientais no Estado,
inclusive dos hídricos, e ao combate da poluição, definidas na
legislação federal e estadual. Diretorias relacionadas:
a - Diretoria de Estratégia em Fiscalização
b - Diretoria de Fiscalização de Recursos Hídricos e Atmosféricos e
do Solo
c - Diretoria de Fiscalização dos Recursos Florestais
d - Diretoria de Fiscalização da Pesca
Autos de Infração:
Os Autos de Infração são lavrados pelos Analistas Ambientais e pelos
Agentes Autuantes Conveniados (Polícia Militar do Estado de Minas
Gerais – Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito) quando for
constatado o cometimento de alguma infração ambiental, relativa
a intervenções ambientais, sejam na mineração, na indústria, nos
recursos hídricos, na pesca, na flora (florestas e demais formas de
vegetação) etc.
3.4.5 - FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL
74
Penalidade que podem ser aplicadas por meio dos Autos de
Infração, com base no Decreto 44.844 de 25 de junho de 2008:
a) advertência;
b) multa simples;
c) multa diária;
d) suspensão parcial ou total de atividades;
e) embargo de atividade ou obra;
f) apreensão;
g) demolição de obra;
h) destruição ou inutilização do produto;
i) suspensão de venda e fabricação do produto;
j) restritiva de direitos;
Decreto Estadual 44.844 de 25 de junho de 2008:
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
Ecológico é um instrumento para beneficiar os municípios que
priorizam Saneamento Básico e Unidades de Conservação.
A Lei nº 12.040, de 28 de dezembro de 1995, também conhecida
como Lei Robin Hood, estabeleceu os critérios da distribuição do
ICMS aos municípios. A Lei tinha como objetivo reduzir as diferenças
econômicas e sociais entre os municípios; incentivar a aplicação
de recursos em áreas de prioridade social e utilizar as receitas
próprias e descentralizar a distribuição do ICMS. Em 2000, foi
alterada pela Lei nº 13.803 (27/12).
75
“Estabelece normas para licenciamento ambiental e autorização ambiental de funcionamento, tipifica
e classifica infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos hídricos e estabelece
procedimentos administrativos de fiscalização e aplicação das penalidades”.
3.4.6 - ICMS ECOLÓGICO
A divisão de todo ICMS arrecadado pelo Estado é feita da seguinte
forma: 75% do montante é destinado para a União e os outros 25%
são distribuídos entre os municípios em vários critérios como
determina a Lei 13.803.
Dentre os critérios estabelecidos pela Lei, está o critério Meio
Ambiente que fica com a quantia de 1% dos 25%. O critério está
dividido em 2 (dois) sub-critérios, o Índice de Conservação (IC),
referente às Unidades de Conservação e outras áreas protegidas e
o sub-critério Índice de Saneamento Ambiental (ISA), referente a
Aterros Sanitários, Estações de Tratamento de Esgotos (ETE) e Usinas
de Compostagem. Cada sub-critério, IC e ISA ficam com a quantia
de 0,5% cada um.
O cálculo do Índice de Conservação é de responsabilidade do
Instituto Estadual de Florestas (IEF) e leva-se em conta a área da
unidade de conservação e/ou área protegida; a área do
município; o fator de conservação, que é um valor fixo,
estabelecido pela própria Lei 13.803, que varia de 0,025 a 1; e o
fator de qualidade, estabelecido pela Deliberação Normativa
COPAM n° 86 (17/07/2005), que define seus parâmetros e
procedimentos, referente as avaliações das unidades de
conservação da natureza e outras áreas especialmente
protegidas. O Fator de Qualidade varia de 0,1 a 1.
O Índice de Saneamento Ambiental é de responsabilidade da
Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM) e leva-se em conta
para o seu cálculo o número total de sistemas habilitados, tipo de
empreendimento e porcentagem da população atendida.
O repasse feito aos municípios acontece sempre no segundo dia
útil da semana, sendo que o primeiro repasse do mês é feito com
base no índice calculado do mês anterior.
76
77
Para que o município receba sua co-parte do ICMS Ecológico nos
sub-critérios 'Conservação' e 'Saneamento Ambiental' é necessário
inscrição no Cadastro Estadual de Unidades de Conservação e
Saneamento Ambiental que é atualizado trimestralmente. As
normas, documentos e procedimentos para o cadastro estão
estabelecidos na Resolução SEMAD 318, de 15 de fevereiro de
2005.
Para dúvidas sobre cadastramento de Unidades de Conservação,
procure a Diretoria de Áreas Protegidas do IEF, pelo telefone (31)
39151345 ou pelo e-mail: diap@meioambiente.mg.gov.br.
Para cadastramento de municípios quanto a Saneamento
Ambiental, entre em contato com FEAM, (31) 3915-1145.
Para mais informações entre em contato com a Superintendência
d e C o o r d e n a ç ã o T é c n i c a d a S E M A D p e l o e - m a i l
regina.medeiros@meioambiente.mg.gov.br. Os valores
repassados aos municípios estão disponíveis para consulta no site
da Fundação João Pinheiro. http://www.fjp.gov.br/
http://www.ief.mg.gov.br/bolsa-verde
O Bolsa Verde tem por objetivo apoiar a conservação da
cobertura vegetal nativa em Minas Gerais, mediante
pagamento por serviços ambientais aos proprietários e
posseiros que já preservam ou que se comprometem a
recuperar a vegetação de origem nativa em suas
propriedades ou posses.
A prioridade é para agricultores familiares e pequenos
produtores rurais. Também serão contemplados produtores
cujas propriedades estejam localizadas no interior de unidades
de conservação e sujeitos à desapropriação.
3.4.7 - PROGRAMAS DE GOVERNO
3.4.7.1 - BOLSA VERDE
78
A concessão de incentivo financeiro aos proprietários e
posseiros, denominada Bolsa Verde, foi instituída pela Lei
17.727, de 13 de agosto de 2008, e regulamentada pelo
Decreto 45.113, de 05 de junho de 2009.
O incentivo financeiro é proporcional à dimensão da área
preservada. Recebe mais quem preservar mais até o limite de
hectares correspondente a quatro módulos fiscais em seu
respectivo município (consultar informação no Anexo V do
Manual do Bolsa Verde).
As duas modalidades previstas no Programa Bolsa Verde são a
manutenção e a recuperação da cobertura vegetal nativa. A
primeira é uma forma de remuneração (premiação) pelos
serviços ambientais prestados pelos proprietários e posseiros
rurais e estará disponível para solicitações a partir de 2010. A
segunda visa ao repasse de um montante menor de recursos
financeiros e o repasse de insumos para os beneficiados
restaurarem, recomporem ou recuperarem a área com
espécies nativas, com previsão de abertura para adesão em
2011 e assim sucessivamente.
Os formulários para solicitações estarão disponíveis no citado
manual para encaminhamento às unidades desconcentradas
do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Escritórios Regionais,
Núcleos Operacionais de Pesca e Biodiversidade, Agências
Especiais e nas unidades das instituições com parceria
celebrado por meio de Termo de Cooperação Técnica
visando à operacionalização do programa.
79
http://www.feam.br/minas-sem-lixoes
Investir em saneamento é investir na saúde e na melhoria da
qualidade de vida da população. A disposição inadequada
do lixo causa poluição do solo, das águas e do ar, além de
propiciar a proliferação de vetores de doenças. A busca por
soluções deve passar pelo esforço integrado das prefeituras
órgãos estaduais e sociedade.
Com objetivo de apoiar os municípios no atendimento às normas
de gestão adequada de resíduos sólidos urbanos definidas pelo
Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), a Fundação
Estadual do Meio Ambiente (Feam) está à frente do programa
Minas sem Lixões.
3.4.7.2 - MINAS SEM LIXÕES
http://www.feam.br/minas-trata-esgoto
O Governo de Minas com o objetivo de reduzir a poluição das
águas do Estado de Minas Gerais e melhorar a qualidade de
vida da população deliberou, por intermédio do Conselho
Estadual de Política Ambiental (Copam), pela implantação de
sistema de tratamento de esgotos sanitários em todos os
municípios, de acordo com a convocação realizada por meio
da Deliberação Normativa – DN/Copam Nº 96/2006. Em 2008, a
DN/Copam Nº 128/2008 prorrogou alguns prazos da DN
96/2006, que permanecem válidos.
Com o intuito de facilitar a gestão dessa política publica, a DN
96/2006, dividiu os 853 municípios mineiros em sete grupos com
diferentes faixas populacionais e prazos para adequação,
conforme a Figura 1.
3.4.7.3 - MINAS TRATA ESGOTO
80
A grande maioria das obras públicas utiliza brita, areia, cascalho
(agregados da construção civil) como matéria prima. Para utilização
desta matéria prima é necessário licenciar a atividade de extração
junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM e
Superintendência Regional de Regularização Ambiental - SUPRAM.
Compete à União administrar os recursos minerais, a indústria de
produção mineral e a distribuição, o comércio e o consumo de
produtos minerais.
Aos órgãos da administração direta e autárquica da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, lhes é permitido a
extração de substâncias minerais de emprego imediato na
construção civil, definidas em Portaria do Ministério de Minas e
Energia, para uso exclusivo em obras públicas por eles executadas
diretamente, respeitados os direitos minerários em vigor nas áreas
onde devam ser executadas as obras e vedada a comercialização
(Decreto 3.358 de 02 de fevereiro de 2.000).
3.5- MÓDULO V - RECURSOS MINERAIS
3.5.1 - INTRODUÇÃO
81
Verificar se já existem processos junto ao DNPM;
Acessar o site: www.dnpm.gov.br e clicar em Cadastro Mineiro;
Entrar na opção Consulta – Pesquisar processos;
82
3.5.2 - RECONHECIMENTO DA ATUAL SITUAÇÃO
Preencher os campos município, unidade protocolizadora (Clicar
em 48403-Minas Gerais), CNPJ da prefeitura, código e clicar em
pesquisar.
O sistema fará uma busca se já existem processos e listará o resultado.
V e r i fi c a d o a e x i s t ê n c i a d e p r o c e s s o s é i m p o r t a n t e o
acompanhamento da análise do processo junto ao DNPM para o
cumprimento da legislação vigente.
Caso haja necessidade de execução de uma obra que utilizará
mineral (agregados para a construção civil), na qual o município
não possua o requerimento desta, é necessário levantar com GPS
as coordenadas geográficas do local e verificar junto ao técnico a
condição da área (se está livre ou já foi requerida), estando livre é
necessário o Requerimento do Registro Extração.
Caso a área tenha sido requerida com a anuência e somente com
a anuência do titular do processo da área pretendida, poderá
fazer o requerimento para registro de extração.
Formulário padronizado de pré-requerimento eletrônico
(disponível no sítio do DNPM);
Comprovação de que o requerente é órgão da administração
direta ou autárquica da União, dos Estados, do Distrito Federal ou
dos Municípios;
Memorial descritivo contendo a descrição da área pretendida,
formada por uma única poligonal delimitada, obrigatoriamente,
por vértices definidos por coordenadas geodésicas e datum South
American Datum (SAD-69).
83
3.5.3 - FORMALIZAÇÃO DE REQUERIMENTO JUNTO AO DNPM
Cada vértice deverá formar com o vértice seguinte um segmento
de reta Norte-Sul ou Leste-Oeste verdadeiros, vedado o
cruzamento entre os segmentos de reta que formam os lados da
poligonal. Os vértices deverão ser numerados sequencialmente e o
ponto de amarração (PA) será o primeiro vértice da poligonal da
área objeto do requerimento (Portaria DNPM nº 263 de 10 de julho
de 2008);
Anotação de Responsabilidade Técnica, na forma original do
profissional responsável pela elaboração do memorial descritivo e
da planta de situação;
Planta de situação da área georreferenciada, assinada por
profissional legalmente habilitado e apresentada em escala
adequada, contendo, além da configuração gráfica da área, os
principais elementos cartográficos, tais como ferrovias, rodovias,
dutovias e outras obras civis, rios, córregos, lagos, áreas urbanas,
denominação das propriedades, ressaltando limites municipais e
divisas estaduais, quando houver (Portaria DNPM nº 263 de 10 de
julho de 2008);
Se a área objetivada estiver onerada, autorização do titular do
direito minerário preexistente;
Procuração pública ou particular com firma reconhecida, se o
requerimento não for assinado pelo requerente.
Acompanhar o desenvolvimento da obra se é compatível com a
licença concedida pelo DNPM, caso seja necessário solicitar
prorrogação da licença junto ao DNPM.
84
regime de concessão, quando depender de portaria de
concessão do Ministro de Estado de Minas e Energia;
regime de autorização, quando depender de expedição de
alvará de autorização do Diretor-Geral do Departamento
Nacional de Produção Mineral – D.N.P.M.;
regime de licenciamento, quando depender de licença expedida
em obediência a regulamentos administrativos locais e de registro
da licença no Departamento Nacional de Produção Mineral –
D.N.P.M.;
regime de permissão de lavra garimpeira, quando depender de
portaria de permissão do Diretor-Geral do Departamento Nacional
de Produção Mineral – D.N.P.M.;
regime de monopolização, quando, em virtude de lei especial,
depender de execução direta ou indireta do Governo Federal.
Após o requerimento formalizado junto ao DNPM é necessário a
regularização ambiental da atividade de extração, uma vez que, o
DNPM só concederá a autorização mediante apresentação da
regularização ambiental.
3.5.4 - OS DEMAIS REGIMES DE APROVEITAMENTAMENTO DAS SUBSTÂNCIAS MINERAIS
3.5.5 - REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL
85
As Leis nº. 7.990/1989 e nº 8.001/1990, que disciplinam o pagamento
da CFEM prevista no art. 20, da Constituição Federal, determinam que
os valores apurados sejam distribuídos da seguinte forma:
65% para os municípios produtores;
23% para os estados e o Distrito Federal onde for extraída a
substância mineral;
12% para a União (DNPM, IBAMA e Ministério da Ciência e
Tecnologia).
Os recursos arrecadados da CFEM devem ser aplicados em projetos
que, direta ou indiretamente, revertam em prol da comunidade local
e não podem ser usados para pagamento de dívida, ou do quadro
permanente de pessoal da União, dos Estados, Distrito Federal e dos
Municípios.
Verificar no site do DNPM se houve arrecadação no município;
Entrar no site www.dnpm.gov.br, entrar em arrecadação, relatórios;
3.5.6 - REPASSE DA COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA EXPLORAÇÃO DE RECUSROS MINERAIS - CFEM PARA OS MUNICÍPIOS
3.5.7 - RECONHECIMENTO
86
Clicar em cima do valor total e em cima do estado, assim abrirá a
relação dos municípios e a arrecadação do CFEM por mês.
Se houver identificação da atividade de extração no município e não
ocorrer a arrecadação do CFEM é necessário comunicar ao DNPM.
Os passos descritos caracterizam etapas importantes a serem
avaliadas em relação a utilização de recursos minerais pelo município
e o repasse do CFEM.
Trata-se do Projeto de Lei N° 5.807, de 2013 que dispõe sobre a
atividade de mineração , a participação no resultado da exploração
de recursos minerais assegurada à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, nos termos do art. 20, §1°, da Constituição
Federal, cria o Conselho Nacional de Política Mineral e a Agência
Nacional de Mineração – ANM e dá outras providências.
Situação: em tramitação.
87
3.5.8 - MARCO REGULATÓRIO
I n s t i t u t o M i n e i r o d e G e s t ã o d a s Á g u a s “ I G A M ” -
http://www.igam.mg.gov.br/outorga - é uma Autarquia estadual
responsável por planejar e promover ações direcionadas à
preservação da quantidade e da qualidade das águas de Minas
Gerais. O gerenciamento é feito por meio da concessão de outorga
de direito de uso da água, do monitoramento da qualidade das
águas superficiais e subterrâneas do Estado, dos planos de recursos
hídricos, bem como da consolidação de Comitês de Bacias
Hidrográficas (CBHs) e Agências de Bacia. O Instituto tem como diretriz
uma administração compartilhada e descentralizada, envolvendo
todos os segmentos sociais.
A Outorga é um dos instrumentos utilizados para a gestão dos recursos
hídricos apresentados na Lei 9433/1997. É o instrumento pelo qual o
Poder Executivo faculta ao outorgado, o direito ao uso de certa
quantidade de água bruta de manancial, com objetivo de assegurar
o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo
exercício dos direitos de acesso à água.
A Outorga é o instrumento legal que assegura ao usuário o direito de
utilizar os recursos hídricos, no entanto, essa autorização não dá ao
usuário a propriedade de água, mas, sim, o direito de seu uso.
Portanto, a outorga poderá ser suspensa, parcial ou totalmente, em
casos extremos de escassez, de não cumprimento pelo outorgado
dos termos de outorga, por necessidade premente de se atenderem
aos usos prioritários e de interesse coletivo, dentre em outras hipóteses
previstas na legislação vigente.
88
3.6 - MÓDULO VI - RECURSOS HÍDRICOS
3.6.1 - A QUEM RECORRER
3.6.2 - OUTORGA DO DIREITO DE USO DE ÁGUA
- Outorga do Direito de Uso de Água Captação de águas
superficiais diretamente em corpos de água ou em barramentos.
- Captação de águas subterrâneas por meio de poço manual
(cisterna) ou tubular e em nascentes;
CONCESSÃO - usos desenvolvidos por pessoa física ou jurídica
de direito público, quando se destinarem a finalidade de
utilidade pública (prazo máximo de 20 anos).
AUTORIZAÇÃO - usos desenvolvidos por pessoa física ou jurídica
de direito privado e quando não se destinarem a finalidade de
utilidade pública (prazo máximo de 5 anos).
CADASTRO - Usos insignificantes: definidos pela DN CERH 09/04
(prazo total de 3 anos).
Algumas captações de águas superficiais e/ou subterrâneas,
bem como acumulações e estão sujeitas à outorga, sendo
passível de Cadastro de Uso Insignificante. Para as UPGRHs - SF6,
SF7, SF8, SF9, SF10, JQ1, JQ2, JQ3, PA1, MU1, Rio Jucurucu e Rio
Itanhem, são consideradas como usos insignificantes, as
captações e derivações de águas superficiais com vazão
máxima de 0,5 litro/segundo e acumulações em volume máximo
de 3.000 m³. Para o restante do estado, são consideradas como
usos insignificantes, as captações e derivações de águas
superficiais menores ou iguais a 1 litro/segundo e acumulações de
volume máximo igual a 5.000 m³. No caso de captações
subterrâneas, tais como, poços manuais, surgências e cisternas,
são consideradas como insignificantes aquelas com volume
menor ou igual a 10 m3/dia, de acordo com DN CERH MG
09/2004.
89
3.6.2.1 - O QUE ESTÁ SUJEITO A OUTORGA?
3.6.2.2 - MODALIDADES DE OUTORGA
Antes da implantação de qualquer intervenção que venha
alterar o regime, a quantidade ou a qualidade das águas.
As outorgas em águas de domínio do Estado são obtidas junto
à SURAM/IGAM (Lei 13.199/99)
As outorgas em águas de domínio da União são concedidas
pela ANA (lei 9.984/2000)
A cobrança pelo uso da água visa o reconhecimento da água
como um bem natural de valor ecológico, social e econômico,
cuja uti l ização deve ser orientada pelos princípios do
desenvolvimento sustentável, dando ao usuário uma indicação de
seu real valor através do estabelecimento de um preço público
para seu uso.
O objetivo deste instrumento, que está inserido na gestão das
Políticas Nacional e Estadual de Recursos Hídricos, é induzir os
usuários de água, públicos e privados, a utilizar esse recurso natural
de forma mais racional, evitando-se o seu desperdício e
garantindo, dessa forma, o seu uso múltiplo para as atuais e futuras
gerações.
A cobrança não é um imposto, uma vez que sua implementação
ocorrerá por bacia hidrográfica, a partir de iniciativa do respectivo
Comitê de Bacia Hidrográfica. Os recursos financeiros arrecadados
com sua implementação serão revertidos obrigatoriamente para a
bacia onde foram gerados, sendo utilizados no financiamento de
estudos, projetos e obras que visem a melhoria quantitativa e
qualitativa da água da bacia, previstos no seu Plano Diretor de
Recursos Hídricos.
90
3.6.2.3 - QUANDO SOLICITAR OUTORGA
3.6.2.4 - A QUEM SOLICITAR
3.6.3 - COBRANÇA DA ÁGUA
Nos mesmos moldes da Lei Federal, a Política Estadual de Recursos
Hídricos, instituída pela Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999,
estabeleceu que a cobrança possui como objetivo, dentre outras
finalidades, incentivar a racionalização.
Outros usos que alterem a qualidade, a quantidade ou o regime de
um corpo de água.
Captação de águas subterrâneas por meio de poço manual
(cisterna) ou tubular em nascentes;
91
3.6.4 - REGULAÇÃO/ LEGISLAÇÃO
Desvio, canalização, retificação ou dragagem de curso de água;
92
Aproveitamento Hidrelétrico Tratamento de efluente
Política Nacional de Gestão de Recursos Hídricos - Lei 9433/ 97
Política Estadual de Gestão de Recursos Hídricos - Lei 13199/ 99
A Água é recurso natural limitado, dotado de valor
econômico;
Uso múltiplo das águas, sendo que consumo humano e
dessedentação de animais são usos prioritários;
A bacia hidrográfica é a unidade territorial de planejamento e
gerenciamento;
Gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos.
Comitês de Bacia Hidrográfica
3.6.5 - BASE LEGAL
Gestão da Água: ÁGUA É UM BEM LIMITADO! Água é BEM PÚBLICO de Gestão Descentralizada e
Participativa. Responsabilidade Compartilhada. Não deve haver sobreposição de Interesses Individuais na
Utilização de um BEM PÚBLICO.
3.6.6 - GESTÃO DA ÁGUA
3.6.6.1 - PRINCIPAIS FUNDAMENTOS
93
1 - Legislação Ambiental Mineira
Legislação Ambiental Mineira - http://www.siam.mg.gov.br/sla/
Algumas Leis e Deliberações importantes:
Resolução Conjunta IEF/SEMAD Nº 1905 DE 12/08/2013:
Padroniza, racionaliza, simplifica e atualiza os procedimentos autorizativos
vigentes, com vistas à melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo
Sistema Estadual de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos - SISEMA do
Estado de Minas Gerais.
Deliberação Normativa CERH nº 43, de 06 de janeiro de 2014.
Estabelece critérios e procedimentos para a utilização da outorga
preventiva como instrumento de gestão de recursos hídricos no Estado de
Minas Gerais.
A Instrução de Serviço Nº 01, de maio de 2012
Dispõe sobre os procedimentos em caráter EMERGENCIAL, de
intervenção em recursos hídricos.
RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMAD Nº 1964 DE 04 DEZEMBRO DE 2013
A Resolução Conjunta SEMAD/IGAM nº 1964,de 04 de dezembro de 2013,
estabelece os procedimentos para cadastro de obras e serviços
relacionados às travessias aéreas ou subterrâneas em recursos hídricos do
domínio do Estado de Minas Gerais.
De acordo com a norma, ficam dispensadas da obtenção de outorga,
mas sujeitas a cadastramento junto à Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD, das seguintes obras
hidráulicas e serviços executados em Minas Gerais:
DOCUMENTOS/INFORMAÇÕES DE APOIO
94
Travessias sobre corpos de água, como passarelas, dutos e pontes, que
não possuam pilares dentro do leito do rio e que não alteram o regime
fluvial em período de cheia ordinária;
Travessias de cabos e dutos de qualquer tipo, existentes ou a serem
instaladas em estruturas de pontes e em aterros de bueiros, desde que
essas instalações não resulte em redução da capacidade máxima da
seção de escoamento da travessia existente;
Travessias subterrâneas de cabos, dutos, túneis e outras semelhantes,
existentes ou a serem construídas sob cursos de água;
Bueiros que servem de travessias ou se constituírem em parte do sistema
de drenagem de uma rodovia ou ferrovia, tendo como finalidade a
passagem livre das águas.
As travessias aéreas sobre corpos de água de linhas de energia elétrica,
cabos para telefonia e outras semelhantes, existentes ou a serem
construídas, em altura ou desnível tal que não interfiram em quaisquer
níveis máximos de cheia previstos para a seção e sem que as estruturas de
suporte dos cabos ou linhas interfiram com o caudal de cheia, além de
estarem dispensadas de outorga, como nos demais casos acima, ficam
também desobrigadas de apresentarem o cadastro junto a SEMAD.
Contudo, a SEMAD, mediante fundamentação técnica, poderá submeter
qualquer dos casos supra mencionado ao procedimento convencional
de outorga.
O cadastramento não dispensa nem substitui a obtenção de outras
licenças ou autorizações ambientais previstas na legislação em vigor,
devendo ser pleiteado por meio de requerimento específico, na forma do
modelo contido no Anexo da Resolução Conjunta em referência,
disponibilizado no sítio eletrônico.
http://www.semad.mg.gov.br/outorga/formularios
95
ACONDICIONAMENTO - Termo utilizado na Gestão de Resíduos Sólidos
para designar o ato ou efeito de embalar os resíduos sólidos para o
transporte.
ACONDICIONAMENTO DE LODO - Diz-se do processo de natureza física,
química ou físico-química que tem por finalidade tornar possível a
desidratação, floculação, filtração ou centrifugação do lodo. O mesmo
que condicionamento do lodo.
ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS - Diz-se do ato de embalar os resíduos
visando ao armazenamento, ao transporte, à estocagem, à reutilização, à
reciclagem, ao tratamento ou à disposição final.
ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS PERIGOSOS - Forma temporária de
acondicionamento de resíduos perigosos em contêineres, tambores,
tanques ou embalagens plásticas à espera de reciclagem, recuperação,
tratamento e/ou disposição final.
AFLORAMENTO ROCHOSO - Parte de um maciço ou camada de rocha, de
qualquer natureza, que chega à superfície do solo em virtude de irrupção
ou desnudamento da capa preexistente. Ex. Afloramento de calcário.
AGÊNCIA DE BACIA - Organismo novo na administração dos bens públicos
do Brasil. As Agências de Bacia têm como objetivo promover a gestão
integrada dos recursos hídricos e demais recursos ambientais de uma
determinada bacia hidrográfica.
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (ANA) - Agência criada pela Lei Federal nº
9.984, der 17/07/2000 e que tem como função implementar a Política
Nacional de Recursos Hídricos, disciplinar o uso e articular o planejamento
dos setores usuários desses recursos nos níveis nacional, regional e
estadual.
AGENDA AZUL - Diz-se do conjunto de atividades voltadas para a Gestão
de Recursos Hídricos. No Estado de Minas Gerais, o Instituto Mineiro de
Gestão das Águas – IGAM é o órgão do Sistema Estadual de Meio
Ambiente – SISEMA – responsável pela implantação da Agenda Azul. É de
responsabilidade do IGAM o planejamento e a administração de todas as
ações direcionadas à preservação da quantidade e da qualidade dos
recursos hídricos em Minas Gerais.
GLOSSÁRIO
96
AGENDA MARROM - Diz-se do conjunto de atividades voltadas para a
fiscalização e controle das atividades industriais, minerarias, de infra-
estrutura e de saneamento. A Agenda marrom é aquela que tem como
responsabilidade a fiscalização e controle de atividades degradadoras e
poluidoras do meio ambiente e, no Estado de Minas Gerais está a cargo
da FEAM.
AGENDA VERDE - Diz-se o conjunto de atividades voltadas para a proteção
e manejo dos recursos florestais e da biodiversidade. No Estado de Minas
Gerais, o Instituto Estadual de Florestas – IEF é o órgão do Sistema Estadual
de Meio Ambiente, responsável pela implantação da Agenda Verde e
tem como missão propor, coordenar e executar as políticas florestais e de
gestão da pesca no Estado de Minas Gerais.
AGENDA 21 - Documento aprovado pela Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em
1992, que fortalece a idéia de que o desenvolvimento econômico deve
ocorre com equidade social e equilíbrio ecológico.
AGRICULTURA SUSTENTÁVEL - É o resultado dos métodos alternativos que
utilizam a agricultura ecológica, a biodinâmica e o controle biológico,
visando ao desenvolvimento de uma agricultura com o menor impacto
possível ao meio ambiente e à saúde humana.
AGRIMENSURA - Técnica de medição de superfície de terrenos, de
levantamento de plantas e transcrição para o papel.
AGROTÓXICOS - Produtos químicos destinados ao uso em setores de
produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas,
nas pastagens, na proteção de florestas nativas ou implantadas e de
outros ecossistemas, e também de ambientes urbanos, hídricos e
industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna,
a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos.
AMBIENTALISMO - Termo utilizado em Ecologia para designar o conjunto
de idéias, ideologia ou movimento em favor do meio ambiente. É o
conjunto de ações e práticas que visam a reverter o quadro de crise
ambiental, de dimensão planetária, que ocorre atualmente.
ARBORIZAÇÃO URBANA - Diz-se da plantação e cultura de árvores em
áreas urbanas com o objetivo de gerar sombra, amenizar o clima e
embelezar as ruas. A arborização urbana, além de ser importante pelo
aspecto estético, deve ser planejada para gerar conforto ambiental e
bem-estar da comunidade.
97
ÁREA CONTAMINADA - Área onde foi comprovada poluição causada por
depósito, acumulação, armazenamento, enterramento ou infiltração de
substâncias ou resíduos, gerando impactos ambientais negativos.
ÁREA DE ENTORNO - Área que circunda as Unidades de Conservação
delimitada num raio de dez quilômetros, a partir de seus limites.
ÁREA DEGRADADA POR LIXÕES - Área que apresenta alteração adversa
das suas características ambientais em função da disposição
inadequada de lixo, o que causa polução da água, do solo e do ar.
ÁREA DE RESTRIÇÃO AMBIENTAL - Diz-se da área que, em função de suas
particularidades ou da sua fragilidade do ponto de vista ambiental,
apresenta restrições em relação ao desenvolvimento de atividades
potencialmente poluidoras ou degradadoras do meio ambiente.
ÁREA DE RISCO - Diz-se da área que apresenta risco do ponto de vista de
sua ocupação ou desenvolvimento de atividades econômicas, em
função das características geológicas.
ÁREA URBANA - Área compreendida no perímetro urbano definido por lei
municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas. (Lei
Federal nº 4.771, de 15/09/1965).
ASSOREAMENTO - É o processo de obstrução de um corpo d'água (rio,
canal, estuário, lago, etc.) pelo acúmulo de substâncias minerais (areia,
argila...) ou orgânicas, ocasionando a diminuição de sua profundidade e
da velocidade das águas.
ATERRO CONTROLADO - Método de disposição do lixo sobre o solo, em
camadas de 1,0 a 1,5m, cobertas com uma camada de terra ou material
inerte de 10 a 15 cm de espessura, na conclusão de cada jornada de
trabalho. Deve ser feito o isolamento da área, sistema de drenagem
superficial e de valas especiais para disposição de resíduos sépticos.
ATERRO SANITÁRIO - Forma de disposição de resíduos sólidos urbanos no
solo, realizada dentro de critérios técnicos e operacionais que previnem a
poluição e danos à saúde pública.
AUDIÊNCIA PÚBLICA - Forma de consulta aos diversos atores sociais
afetados, direta ou indiretamente, pelos impactos ambientais decorrentes
de planos, programas, atividades e empreendimentos.
“É a reunião destinada a expor à comunidade as informações sobre a
obra ou atividade potencialmente causadora de significativo impacto
ambiental e o respectivo Estudo de Impacto Ambiental – EIA, dirimindo
dúvidas e recolhendo as críticas e sugestões a respeito para subsidiar a
decisão quanto ao seu licenciamento” (Deliberação Normativa COPAM
nº 12, de 13/12/1994, que dispõe sobre a convocação e a realização de
Audiências Públicas).
98
AUTOCLAVE - Equipamento que utiliza vapor de água sob pressão para
esterilizar instrumentos. Atualmente, é também utilizado para esterilizar
Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde.
AUTO DE INFRAÇÃO - Documento emitido por autoridade ambiental
competente, que atesta a existência de uma infração à legislação
ambiental. A infração é devidamente caracterizada no auto, e o autuado
tem prazo legalmente estabelecido para apresentar defesa.
AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO (AAF) - Documento
instituído no Estado de Minas Gerais por meio da Deliberação Normativa
COPAM nº 74, de 09/09/2004, para os empreendimentos considerados de
Impacto Ambiental não significativo e que ficam dispensados processo de
Licenciamento Ambiental.
AUTORIZAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO FLORESTAL (APEF) - Diz-se da
autorização dada pelo órgão responsável, para supressão de vegetação
em áreas onde serão implantados empreendimentos industriais,
minerários, florestais, agropecuários, de infra-estrutura urbana, para fins
hidrelétricos, etc.
BIODEGRADÁVEL - Diz-se produto, efluente ou resíduo que se decompõe
pela ação de microorganismos, tornando mais fácil a sua assimilação pelo
meio ambiente.
BIODIVERSIDADE - “Significa a variabilidade de organismos vivos de todas
as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres,
marinhos, e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de
que fazem parte, compreendendo ainda a diversidade dentro de
espécies, entre espécies e de ecossistemas”.
CAPINA QUÍMICA - Diz-se da eliminação de vegetais realizada por meio
da aplicação de produtos químicos que, muitas vezes, além de matá-los,
impedem o seu crescimento. Deve ser feita de forma cuidadosa para
evitar a poluição das águas e do solo.
CHORUME - Líquido escuro, malcheiroso, que apresenta elevada
demanda bioquímica de oxigênio – DBO e é altamente poluente. Tem
composição e quantidade variáveis e afetam sua composição, entre
outros fatores, o índice pluviométrico e o grau de compactação das
células do lixo. Deve ser tratado dentro de critérios técnicos para não
poluir o solo e as águas superficiais e subterrâneas.
99
CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL (COPAM) – Conselho
normativo e deliberativo que integra o sistema de meio ambiente do
Estado de Minas Gerais, e foi criado em 29/04/1977. Visando a ampliação
da representat iv idade do COPAM e a p romoção de sua
descentralização, foram implantadas as Unidades Regionais Colegiadas
do COPAM.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA) – Órgão colegiado,
representativo dos mais diversos setores do Governo e da sociedade que
tem direta ou indiretamente interveniência com relação aos aspectos
ambientais.
CONTROLE AMBIENTAL - É o conjunto de ações tomadas pelo poder
público e por particulares, visando manter, em níveis satisfatórios, as
condições ambientais e a qualidade de vida da população. O poder
público exerce o controle ambiental de acordo com a Política e a
Legislação Ambiental, utilizando instrumentos, tais como: padrões de
lançamento de efluentes, padrões de qualidade ambiental, zoneamento
ambiental, fiscalização e licenciamento ambiental, monitoramento
ambiental...
DANO AMBIENTAL - Considera-se dano ambiental qualquer efeito
deletério causado ao meio ambiente por pessoa física ou jurídica, de
direito público ou privado. O dano pode resultar na degradação da
qualidade ambiental – alteração adversa das características do meio
ambiente – ou em poluição.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL - É processo de formação social orientado para o
desenvolvimento de uma consciência crítica sobre a problemática
ambiental. Prevê o desenvolvimento de atitudes que levem à
preservação e ao controle ambiental, e de habilidades e instrumentos
tecnológicos necessários à solução dos problemas ambientais.
INVENTÁRIO AMBIENTAL - É o levantamento minucioso e sistemático
resultante da análise, identificação e coleta de informações sobre os
recursos ambientais de uma região ou área de estudo.
LICENÇA AMBIENTAL - “Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle
ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa
f í s ica ou jur ídica, para local izar, instalar, ampl iar e operar
empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental” (Resolução
CONAMA n° 237, de 19/12/1997).
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LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI) – Licença que “autoriza a instalação do
empreendimento ou atividade de acordo com as especificações
constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as
medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual
constituem motivo determinante”.
LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO) – Licença que autoriza a operação da
atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo
cumprimento do que consta das licenças anteriores. As licenças
ambientais poderão ser expedidas, isolada ou sucessivamente, de acordo
com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade.
Na fase de LO, é feita vistoria ao empreendimento para verificar se os
projetos de controle ambiental foram implantados, conforme aprovados
na fase anterior, se estão de acordo com a legislação ambiental vigente e
com os estudos ambientais.
LICENÇA PRÉVIA (LP) – Licença “concedida na fase preliminar do
planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua
localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e
estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos
nas próximas fases de sua implementação”.
LICENCIAMENTO AMBIENTAL – Procedimento administrativo pelo qual o
órgão ambiental competente licencia a localização, instalação,
ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras
de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras, ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental.
LICENCIAMENTO CORRETIVO - Procedimento corretivo utilizado para os
empreendimentos instalados anteriormente à legislação ambiental, ou
que estejam em desacordo com a legislação ambiental.
MEIO AMBIENTE - Conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida em
todas as suas formas.
(Lei Federal nº 6.938, de 31/08/1981, que dispõe sobre a Política Nacional
do Meio Ambiente).
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OUVIDORIA AMBIENTAL - Sistema utilizado pelos órgãos ambientais com o
objetivo de receber, tramitar e encaminhar sugestões, reclamações,
denúncias e propostas enviadas à instituição, fornecendo ao interessado
informações sobre os encaminhamentos e soluções dados às questões
demandadas.
PASSIVO AMBIENTAL - Diz-se dos custos e responsabilidades, referentes às
atividades de adequação de um empreendimento potencialmente
poluidor aos requisitos da legislação ambiental e à compensação por
danos ambientais causados a terceiros.
PATRIMÕNIO ESPELEOLÓGICO - é o “conjunto de elementos bióticos e
abióticos, socioeconômicos e histórico-culturais, subterrâneos ou
superficiais, representados pelas cavidades naturais subterrâneas ou a
estas associados – Decreto Federal n° 99.556, de 01/10/1990, que dispõe
sobre a proteção das cavidades naturais subterrâneas existentes no
território nacional.
PERÍCIA AMBIENTAL - é a perícia realizada para elucidar aspectos
ambientais, com o objetivo de avaliar circunstâncias e relações de
responsabilidade e de causa-efeito, além de analisar o nível de
comprometimento dos recursos ambientais e da qualidade ambiental.
PESQUISA MINERAL - “Execução dos trabalhos necessários à definição da
jazida e à avaliação e determinação da exeqüibilidade do seu
aproveitamento econômico” (Decreto-Lei nº 227, de 22/02/1967).
PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL (PCA) - É um dos documentos técnicos
necessários ao Licenciamento Ambiental: é exigido pela Resolução
CONAMA N° 09, DE 06/12/1990, para concessão de Licença Ambiental. O
Plano de Controle Ambiental deve propor as medidas mitigadoras para os
impactos ambientais, visando solucionar os problemas detectados.
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SAÚDE (PGRSS) -
Documento integrante do processo de Licenciamento Ambiental,
baseado nos princípios da não-geração de resíduos e na minimização da
geração de resíduos que, de acordo com a Resolução CONAMA nº 358,
de 29/04/2005, disciplina as ações relativas ao seu manejo, no âmbito dos
serviços de saúde, contemplando os aspectos referentes à geração,
segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte,
reciclagem, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde
pública e ao meio ambiente.
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PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD) - Documento
técnico necessário ao Licenciamento Ambiental das atividades
minera0rias; prevê a recuperação de áreas degradadas e o seu uso
futuro. O dever de recuperar o meio ambiente degradado pela
exploração de recursos minerais foi instituído pela Constituição Federal, de
1998, em seu Art. 225, &2º.
RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL (RCA) - é um documento técnico,
necessário ao licenciamento ambiental e, deve ser elaborado de acordo
com as diretrizes dos órgãos ambientais.
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL (RADA) -
Documento apresentado ao órgão ambiental do Estado de Minas Gerais
para a renovação da licença de operação (LO), que tem prazo de
validade de acordo com a classificação do empreendimento quanto ao
porte e potencial poluidor.
RESERVA BIOLÓGICA – Categoria de Unidade de Conservação que
pertence ao grupo das Unidades de Proteção Integral e “tem como
objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais
existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou
modificações ambientais.” É de posse e domínio públicos, sendo que as
áreas particulares incluídas aos seus limites são desapropriadas de acordo
com o que dispõe a lei.
RESERVA LEGAL – Diz-se do percentual da propriedade, que apresenta
restrições de uso, com o objetivo de manter as características da área, a
diversidade biológica e o patrimônio genético.
RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL (RPPN) – Categoria de
Unidade de Conservação que faz parte das unidades de uso sustentável e
“é uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de
conservar a diversidade biológica” (Lei Federal nº 9.985, de 18/07/2000).
RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSSS) – “São todos aqueles
resultantes de atividades exercidas nos serviços de saúde que, por suas
características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo,
exigindo, ou não, tratamento prévio à sua disposição final”. (Resolução
CONAMA nº 358, de 20/04/2005).
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS – São os resíduos gerados nas atividades
urbanas de origem domiciliar, comercial, hospitalar, industrial e de limpeza
das ruas e praças (lixo público).
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SUSTENTABILIDADE – Termo utilizado para designar o resultado do equilíbrio
entre as dimensões ambiental, econômica e social nos empreendimentos
humanos. De acordo com a ONU - Organização das Nações Unidas, a
vida é sustentável quando é possível dispor de no mínimo 1 mil m³ por
habitante/ano.
USINA DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM – Usina que promove a separação do
lixo e realiza a compostagem das frações orgânicas dos resíduos sólidos. É
uma instalação dotada de pátio de compostagem e do conjunto de
equipamentos destinados a promover e auxiliar o tratamento.
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – Expressão utilizada em planejamento
territorial para designar a forma e o processo de utilização do solo e o
modo de assentamento.
USO SUSTENTÁVEL – Exploração do ambiente, de forma socialmente justa e
economicamente viável, de maneira a garantir a perenidade dos
recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos e, a
manutenção da biodiversidade.
VALORAÇÃO AMBIENTAL – Atribuição de valores monetários aos Ativos e
Passivos Ambientais.
ZONA DE AMORTECIMENTO – Diz-se do entorno de uma Unidade de
Conservação, onde as atividades antrópicas estão sujeitas a normas e
restrições específicas, com o objetivo de minimizar os impactos ambientais
negativos incidentes na Unidade de Conservação.
ZONA DE USO ESTRITAMENTE INDUSTRIAL (ZEI) – Área que se destina,
preferencialmente, à localização de empreendimentos industriais cujos
resíduos sólidos, líquidos e gasosos, ruídos, vibrações, emanações e
radiações possam causar perigo a saúde, ao bem-estar e à segurança
das populações. (Lei Federal nº 6.803, de 02/07/1980).
ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO (ZEE) – É o zoneamento que, na
área de proteção ambiental, estabelece as normas de uso, de acordo
com as condições locais bióticas, geológicas, urbanísticas, agro-pastoris,
extrativistas, culturais e outras... (Resolução CONAMA nº 010, de
14/12/1988).
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