mea culpa
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Mea Culpa, soneto de grande poeta português Antero de Quental.
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Mea Culpa
No duvido que o mundo no seu eixo Gire suspenso e volva em harmonia; Que o homem suba e v da noite ao dia, E o homem v subindo insecto o seixo.
No chamo a Deus tirano, nem me queixo, Nem chamo ao cu da vida noite fria; No chamo existencia hora sombria; Acaso, ordem; nem lei desleixo.
A Natureza minha me ainda... minha me... Ah, se eu face linda No sei sorrir: se estou desesperado;
Se nada h que me aquea esta frieza; Se estou cheio de fel e de tristeza... de crer que s eu seja o culpado!
Antero de Quental
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