martlia breder amarosio i
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ESTUDO ~XPERIMENTAl SOBR~ A PRECISA0 E VALIDADE Dos ESCORES tNTROVERSllo
EXTROVERSAo DE U"A,ADAPTAÇAo BRASILEIRA 00 MAUOSLEY PERSONALITV INVENTORV DE H. J. EVSéNCK.
MARtLIA BREDER AMaROSIO
, ;, .
-J I
ESTUDO EXPERIMENTAL SOBRE A PRECISA0
E VALIDADE DOS ESCORES INTROVERSAo
EXTROVERSAo DE UMA ADAPTAÇAo BRASI
LEIRA DO MAUDSLEY PERSONALITY INVEN
TORY DE H. J. EYSENCK
Marília 'Breder Ambrósio
Tese ~ubmetida como requisito
parcial para obtenção do grau
de Mestre em Educação.
Rio de Ja~eiro, dezembro de 1976
FUNDAÇAo GETOLIO VARGAS INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM EDUCAÇAO
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA DA EDUCAÇAo
11
PREFAcIO
O presente trabalho vem cemprov~r nGaBO interesse
em pa~aar na teoria e suas aplicações práticas. Por isso
escolhemos para nossa dissertação o estudo experimental de
Eysenck, o Maudsley Personality Inventory (M.P.I.). Esse
Inventário é o resultado de muitos anos de trabalho do au
tor e de seus colaboradores. Pretende medir duas importa~
tes dimensões da personalidade: Neuroticismo e Introversão
-Extroversão.
Sua utilização se estende a vários campos de ação.
tais como: o clínico, os problemas de seleção e, sobretudo.
o campo educacional. Este último é o que nos interessa
mais particularmente.
Usamos o Maudsley Personality Inventory, traduzido
e adaptado para utilização experimental pela professora
Riva Bauzer na orientação de normalistas do Instituto de
Educação, com expressa permissão do autor.
Acreditamos haver tido essa nossa experiência o
mérito de iniciar estudos associados ao processo enaino
aprendizagem no Colégio Batista Shepard, onde trabalhamos.
Acreditamos também que esse trabalho experimental
·realizado já representa uma contribuição para a literatura
especializada e uma prova de nossa -dedicação a uma tarefa
de grande importância na área de PSicologia Educacional.
A dissertação foi realizada graças ae
de várias pessoas:
incentive
- Meu professor-orientador, Octávio A. L. Martins,
que com dedicação e paciência, levou-me a executá-la e con
cluí-la.
- Meu irmão, Ulisses Breder Ambrósio. sem cujo
apoio e generosidade não poderia chegar ao final do traba
lho.
111
- ~ professora Riva Bauzer que regeu a cadeira de
psicologia da personalidade, na qual meinsp1rei graças ao
seu talento e sua arte em ministrar aulas.
- Meus alunos do Colégio Batista Shépard, pelo i~
teresse revelado em se conhecerem melhor, possibilitaram
me a aplicação repetida dos testes.
- ~ Direção e Coordenação do referido Estabeleci
mento de Ensino, pelo incentivo dado ao progresso da pes
quisa experimental.
- Meu irmão, Vicente Ambrósio Júnior, pela sua
i~iciativa de colaborar na seleção da literatura especial!
zada.
- Meu amigo, Vivaldo Barbosa, em cujo entusiasmo
e coragem vislumbrei grahdes possibilidades nesse trabalho.
- Meu amigo. o professor Rubem de SOUza Josgri!
berg que me auxiliou na parte expositiva do trabalho.
- Minha cunhada, Selma Jussara Denadai Ambrósio,
pela valiosa colaboração nos cálculos estatisticos.
A todos. os meus agradecimentos.
Marilié Breder Ambrósio
Rio de Janeiro
IV
SUMARIO
1 • PREFAcIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.1. Justificativa, objetivo e problema . . . . . . . . . . . . . 1.2. Pnde-se med~r a personalidade? • I· •• & ••••••• a .••••
1-.. 3-.- Pl'ecisão e validade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2. FUNOAMENTAÇAO TEORICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Pgs.
111
2
3
6
11
2.1l Teoria das dimens5es da pe~sonalldade de Eysenck. Z9
2.2. Comparação entre 09 -mode.los estruturais-de Catell
e E y s e n c k • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• 32'
2.3. Determinantes dos fatoreo bio16gicós da personal!
dade, segundo Eysenck •••••••••••••••••••••••••• 34
3. DESCRIÇAo DA METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.1. Amostra . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
" •. 31
3.2. Instrumentos .................................. ,~Z
3.3. Resultados dos cálculos •••••••••••••••••••••••• 38
3.4. Perspectivas para futuras pesquisas para o aper
feiçoamento da versão brasileira do Maudsley Per-
sona li ty Inventory • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• 43
CONCLUSOES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
B I B L I O 't-R-A-F--IA--. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• 4 8
ANEXOS . . . . . . .. ~./. ............................. .
v
RESUMO
O propós~t~ das ~ohalhG& ~imeftt.16 e~peet~s
na ~re&ente d1asertaç80 foi o de estudar a versão brasilei
ra do Maudaley Personality Inventory. de Eysench. no que
diz respaito à sua dimens80 bipolar introvers80-extrover
são. A adaptação brasileira (devida ã Professora Riva Bau
zer) foi aplicada por duas vezes a 70 estudantes, de qua
tr~ turmas do Colégio Batista Shepard, que são nossos alu
nos de pSicologia.
Paralelamente a esta aplicação. foi aplicadO por
duas vezes sucessivas. aos mesmos alunos, um questionário
por nós organizado. Nele era pedida a cada um uma avalia- -
Ç80 subjetiva do grau de introversão-extroversão dos res
pectivos colegas de classe.
Desse modo tivemos a possibilidade de avaliarJ
a) o coeficiente de precis80 do questionárioJ
b) o coeficiente de precisão do Maudeley peraona
lity InventorYJ
c) o coeficiente de validade do Maudaley Person~
lity Inventory, tomando o questionário como critério de va
lidação.
Entretanto. nao terminaram ai nossos trabalhos.
Por meio do coeficiente de correlação bisserial, foi esti
mado o poder discriminante de cada uma das questões do
Maudsley Personality Inventory, assim como seu grau de
"popularidade". Esta é uma denominação por nós atribuida
8 porcentagem de sujeitos que assinalaram a questão no sen
tido de extrouersão. Estes elementos abrem caminho para a
realização de pesquisas ulteriores com a finalidade de
aperfeiçoar a versão brasileira do Maudsley Personality In
ventory.
VI
SUMMARY
The aim of the experimental work descr1bed
1n this d1ssertat1on was the study of m Brazil1an adapta
tion of Eysenck's Mauds1ey Personal1ty Inventory regard-
1ng introvers1on-extraversion dimensiono
The Braz1lian vers10n by Professor R1va
Bauzer was twice adminIstered to 70 students of four of
our classes of psychology at the Colégio Batista Shepard.
BesIdes thIs. to the same students a ques
tIonnaIre was adm1nistered in wh1ch we asked to each pup1l
to g1ve his subject1ve evaluation of the degree of extra
vers10n present 1n each of h1s classmates.
We were thus enabled to evaluate experime~
tally:
a) the re11abIlIty coefficlent of the que~
tIonnaIreJ
b) the relIabI11ty coeff1c1ent of the Bra
z1l1an Version of the Maudsley Personality InventorYJ
c) the valIdity coeff1cIent of the Mauds
ley Personallty Inventory, takIng the questIonna1re as a
crIterIon.
Our work was not l1mited to thIs. The d1s
cr1minat1ng ab1lity of each item of the Maudsley Persona
lity Inventory was determIned by means of the b1ser1al
correlatlon coefficient. together with the percentage of
responses 1ndIcative of extravers1on.
VII
The various experimental data now available
open the way to further research aimed at the improvement
of the Brazilian version of the Maudsley Personality Inven
tory.
VIII
1.1. JUSTIFICATIVA. OBJETIVO E PROBLEMA
Todo educador se defronta freq6entemente com
uma série de problemas que exigem dele soluções a curto. m!
dio e longo prazo. Isso acontece porque os principais recu~
sos com que lida sãó sem dúvida alguma. o material humano
constituído pelo grupo de educandos com que trabalha.
Muitas vezes o relacionamento educador-educan
do torna-se difícil por circunstãncias variadas. como o am
biente. nível sócio-cultural e econômico. Enfim. nem sempre
e possível ao educador proporcionar tudo aquilo de que ele
é capaz. no sentido de criar condições para que o educando
realize suas potencialidades e supere seus problemas mais
importantes.
Por outro lado. o relacionamento educador
educando é facilitado quando o educador consegue conhecer
melhor seus alunos. verificando suas necessidades. suas ex
pectativas. seus conflitos. ~ nessa direção que o educador
pode tornar seu trabalho mais profícuo ao possibilitar ao
educando voltar- •• para si mesmo e ao orientá-lo para o au
to-conhecimento e para a reflexão.
Foi pensando nisso que iniciamos esse estudo.
depois de apreciar criticamente a importância teórica e prá
tica do tema escolhido: Pesquisa experimental sobre a prec!
são e validade dos escores Introversão-Extroversão de uma
adaptação brasileira do Maudsley Personality Inventory de
H. J. Eysenck.
Sabemos que os testes sao ótimos auxiliares
para nos dar informações seguras e dignas de confiança a
nosso respeito. Eles nos possibilitam verificar nossa posi
ção dentro de um grupo e diante de nós mesmos. Por isso us~
mos o Maudsley Personality Inventory por ser um instrumento
psicológico de inegável valor e dele nos servirmos para me
lhor atingir nossos objetivos.
Não nos limitamos somente a este Inventário
2
nesse estudo experimental. Utilizamos outras provas. cujos
resultados foram analisados em conjunto. Diante desses mes
mos resultados tomamos conhecimento daqueles alunos que ne
cessitam de mais atenção dos professores e do serviço espe
cializado. ou seja. o Serviço de Orientação Educacional.
Para esse nosso estudo experimental tomamos
alguns cuidados especiais. a fim de minimizar as fontes de
er:os:
1 9 ) Buscamos um grupo homogêneo quanto ã fai
xa de idade e nível sócio-econômico.
2 9 ) Repetimos duas vezes cada prova referente
ao planejamento. isto ~. 'o question6rio por nós organizado
e o Maudsley Personality Inventory.
3 9 ) Para cada aluno distribuimos a mesma tare
fa em prazo igual para sua execução. com instruçôes e mate
riais semelhantes.
05 resultados foram criteriosamente verifica
dos e com o auxílio da estatística pudemos chegar aos resul
tados com as informaçôes mais rigorosas possíveis.
Nosso objetivo nesse estudo foi o de abrir no
vos rumos para a experimentação em nossa escola. Como não p~
demos medir a personalidade em seu todo. trabalhamos apenas
com a vari6vel extroversão. Outras vari6veis poderão ser
abordadas com a continuação deste estudo experimental j6 ini
ciado por nos.
3
1.2. PODE-SE MEDIR A PERSONALIDADE?
A personalidade é um setor de estudo caracter!
zado por um ponto de vista particular. Não podemos medir a
personalidade toda. assim como não podemos medir o universo.
mas certos aspectos da personalidade e do ~iverso. O probl!
ma da medição é baatante complexo e muito técnico. A medida
tem sido definida como atribuição de valores numéricos a ob
jetos ou fatos. de acordo com regras estabelecidas. (Eyeenck.
'957).
Vejamos alguns métodos usados para medidas de
personalidade segundo 'Eysenck (1957):
1. MtTOOO DE AVALIAÇAo - Atribuem-se caracterís
ticas. aptidões. atitudes a outras pessoas com base na obser
vação de seu comportamento. Estamos a lidar ~om um processo
de interação entre duas pessoas e o que temos a fazer é anali
sar mais essa interação do que aceitar qualquer parte dela co
mo sendo objetivamente verdadeira.
Um indivíduo julgando outro. em relação a uma
dada característica. será definido no seu juízo. não só pela
realidade objetiva como também pela sua própria posse dessa
característica. Uma das dificuldades desse método é o chamado
efeito aureolar (halo effect). Esse termo é usado para expri
mir uma tendência comum entre os juízes humanos para simpati
zar ou não com um indivíduo e atribuir-lhe qualidades que só
existem subjetivamente.
2. MtTOOO DE ENTREVISTA - Curtas entrevistas com
vários sujeitos foram gravadas num filme sonoro e passadas p~
ra o grupo de classificadores. Estes deveriam responder per
guntas ~obre a personalidade dos entrevistados. As respostas
a estas perguntas. que se ligam ao comportamento verbal. e em
parte ao procedimento em várias situações da vida. foram co
nhecidas a partir de um estudo sério da vida de cada sujeito.
Desta forma os classificadores puderam ser com
parados com a realidade. Novamente verificou-se existirem di
ferenças consideráveis na aptidão dos classificadores para ju!
gar a personalidade das pessoas. A capacidade psicológica pare-
4
cia ser uma característica proeminente de um dado classifica
dor, independentemente dos muitos indivíduos que estavam a
classificar.
3 - M~TOOO 00 QUESTIONARIO - Neste o indivíduo
é interrogado por escrito e das suas respostas tentamos che
gar a algumas conclusões sobre sua personalidade. Este tem si
do o método mais usado, sobretudo, em vista do grande número
de pessoas que podem ser interrogadas simultâneamente.
Um aspecto que tem criado dificuldade na aceita
ção do valor das respostas de questionário consiste na facil!
dade que oferecem suas respostas de serem falseadas pelos su-
jeitos. A maioria das pessoas quer ser bem vista.
tende a se apresentar do melhor modo possível.
por isso
4 - T~CNICAS PROJETIVAS - Essas diferem dos mé
todos já mencionados por serem mais subjetivas do que objeti
vas. Procuram não tratar de certas características isoladas,
mas da personalidade total.
O resultado típico de um exame por meio de uma
das técnicas projetivas não é a classificação de uma dada ca
racterística, ou um conjunto de características, mas uma des
crição da personalidade com a qual se tenta colher uma impre~
são total da pessoa que foi examinada.
Recentemente o termo projeção caracteriza a ten
dência do indivíduo para expressar pensamentos-o sentimentos e
emoções, conscientes ou não. ao estruturar algum material re
lativamente não estruturado. ~ nisto que os testes projetiVOS
mais diferem dos testes objetivos. Nestes há respostas exatas,
maneiras certas de agir e no teste projetivo isso. desaparece.
Uma das formas de teste projetivo consiste em se mostrar um
quadro a uma pessoa e pedir-lhe que escreva uma história so
bre esse mesmo quàdro. A hipótese básica desse método e que
ao contar essa história o indivíduo exporá inevitavelmente as
suas próprias esperanças e receios. Também seus complexos
emocionais, conscientes ou não, serão revelados no seu relato.
Essa técnica é exemplificada pelo teste de Apercepção Temáti-
ca.
5
4.1. Outro teste que se tornou muito conhecido foi o
chamado teste de Rorschach. Mostra-se ao sujeito um conjunto
de borrões de tinta colorida ou nao. A interpretação dos re
sultados é feita notando-se várias particularidades indicadas
pelos especialistas no assunto.
A tendência para as respostas serem dominadas
pela cor parece indicar caráter impulsivo, excentricidade, c~
pacidade para experiência emocionais intensas, e em casos ex
tremos~ violência e inconst6ncia. Mais atenção pela forma do
que pela cor parece indicar firmeza intelectual ou introver
sao. A determinação das respostas pelas características do
sombreado da mancha revelam um considerável grau de repressao.
4.2. Outro método bastante semelhante ao Teste de
Apercepção Temática é o de contar histórias. Pede-se ao suje!
to que conte histórias sobre pessoas ou situações que lhe sao
descritas. Pode ser sobre obras musicais ou mesmo odores, usa
dos para estimular a fantasia.
4.3. A análise da escrita é outra das chamadas técni
cas projetivas, em que várias características da escrita de
um indivíduo são usadas para alcançar uma descrição da sua
personalidade. A grafologia merece estudo mais profundo,
pois é sujeita a controvérsias quanto a sua validade.
4.4. Desenhar, pintar e tocar tem sido usado como
técnica projetiva. Fazem-se interpretações a partir dos dese
nhos ou pinturas das crianças. Podem ser espont6neos ou limi
tados a determinados assuntos.
Sabemos que a medição da personalidade oferece
uma série de dificuldades. Antes porém, de falar sobre isso,
vamos deixar bem claro aqui que há diferenças entre medir e
avaliar.
Segundo a professora Ethel Bauzer Medeiros -
(1976), "medir consiste em atribuir números a seres ou fenôme
nos, de acordo com regras preestabelecidas, a fim de indicar
6
a extensão em que apresentam certo atributo. Avaliar implica
conferir valores a objetos (pessoas, coisas, fatos) conforme
pareçam mais ou menos importantes ou úteis para os fins visa
dos". A avaliação é mais ampla. pois depende de uma hierar
quia dos critérios de valoração. No entanto. entre medir e
avaliar há um ponto comum que consiste na dependência da med!
da e da avaliação aos propósitos que se tem como objetivo.
Uma das dificuldades de se medir a personalida
de consiste na AMOSTRA 00 COMPORTAMENTO (Tyler. 1967). Não p~
demos padronizar situações nas quais haverá mais probabilida
de dos indivíduos manifestarem suas características de perso
nalidade. Muitas dessas características são de natureza so
cial e só se revelam quando o indivíduo se encontra em um ti
po de grupo. Para realmente obtermos amostra de uma caracte
rística como o autodomínio. por exemplo. teriamos de padroni
zar situações desagradáveis e frustrantes.
Outra dificuldade apresentada ainda por Tyler
(1967) e a INCAPACIDADE DE DESCREVER SEUS PROPRIOS MOTIVOS E
CARACTERtSTICAS EMOCIONAIS. mesmo que o indivíduo tenha inte~
ções de fazê-lo honestamente. Isso acontece, porque grande
parte de nossas motivações e desejos. sendo inconscientes.po~
sibilitam ao indivíduo a chance de não saberem opinar sobre
seus motivos e suas emoçoes,
Uma terceira dificuldade mostrada ainda pela
mesma autora é a FALTA DE CRITtRIOS PARA AVALIAR A VALIDADE
DOS TESTES DE PERSONALIDADE. Se desejarmos medir a maior par
te das qualidades de um indivíduo, a dificuldade estará em se
obter da vida real as medidas de "critério". isto é. uma medi
da externa suficientemente válida. para termo de comparaçao.
Se solicitarmos a um sujeito. por exemplo, que qualifique as
pessoas baseando-se no sucesso e no otimismo. o resultado não
sera satisfatório por várias razões como:
1a.) as pessoas tendem a refletir suas próprias
atitudes ao classificar outras pessoas;
7
2a.) isso torna seu julgamento tendencioso pois
dará pontos altos à pessoa de quem gostar mais e pontos mais
baixos à pessoa de quem gostar menos.
A medida e avaliação da personalidade através
de instrumentos psicológicos é de suma importância na área da
educação. Eles informam sobre casos. por exemplo. de desajus
tamentos por motivos variados como incompatibilidade com os
pais. professores. colegas. problemas de saúde. econômicos.
etc. No entanto, o educador precisa estar atento à qualidade
ou a adequação do instrumento que deseja utilizar. ~ importa~
te então considerar os seguintes aspectos: precisão e valida
de.
. / .
8
1.3. PRECISA0 E VALIDADE
Pondo de parte aspectos de natureza prática (c~
mo tempo e facilidade de aplicação), as mais importantes qua
lidades de um instrumento de medida psicológica sao sua ~
cisão (ou fidedignidade) e sua validade.
A precisão e a "exatidão com que o teste mede
aquilo que realmente mede" (Novaes e Martins, 1968). Sua ava
liação é em geral dada pelo coeficiente de precisão (reliabi
lity coefficent) ou pelo erro padrão dos escores (standard
errar of seores).
o primeiro é constituido pelo coeficiente de
correlação entre duas aplicações, ao mesmo grupo. do mesmo
teste ou de formas equivalentes do teste. Há várias maneiras
de determiná-lo experimentalmente. como a aplicação sucessiva
de duas formas do teste, (método das formas paralelas), a
aplicação. com intervalo conveniente, da mesma forma do teste
(método do retestel e a correlação entre duas metades equiva
lentes do mesmo teste (método do seccionamento). No presente
estudo, foi utilizado o método de reteste, tanto para avaliar
o coeficiente de precisão do M.P.I •• como o do nosso questio
nário.
Entretanto, o coeficiente de precisão tem um i~
conveniente: como todo coeficiente de correlação, seu valor e
influenciado pela maior ou menor heterogeneidade do grupo, e
deste modo não pode caracterizar de forma estável a precisão
do teste.
Para evitar esse inconveniente, pode-se lançar
mão de outra estatística, o erro padrão dos escores. que e o
erro padrão que se pode temer para cada escore individual.
A relação existente entre o coeficiente de pre
cisão e o erro padrão dos escores é dado pela fórmula
9
na qual e e o erro padrão procurado~ s o desvio padrão dos
escores obtidos pelo grupo, e r é o coeficiente de precisão
do teste.
A validade de um instrumento de medida psicoló
gica é a "exatidão com que mede aquilo que pretendemos medir"
(Novaes e Martins, 1968).
Há vários aspectos pelos quais se pode avaliar
a validade dos testes, inclusive alguns de natureza subjetiva.
No presente estudo, consideraremos apenas a validade estatisti
camente avaliada pela comparação entre os resultados obti
dos no teste por doterminado grupo, com os obtidos pelo mesmo
grupo no critério. Este último é uma avaliação extorna ao tes
te, obtida por meio de um instr~mento considerado fundamental
mente válido para apreciação daquilo que se tem em vista.
o coeficiente de validade (validity coefficient)
e o coeficiente de correlação entre os escores obtidos no tes
te por determinado grupo de sujeitos, e os escores obtidos pe
lo mesmo grupo no critério. Apresenta o mesmo inconveniente
que o coeficiente de precisão porque seu valor é influenciado
pela heterogeneidade do grupo. Além disso é também influencia
do pela maior ou menor precisão do critério. elemento inteira
mente estranho às qualidades do teste propriamente dito.
Esse último inconveniente pode ser removido por
meio da técnica. denominada por Piéron e Fessard (1931) de
correção da validade semi-atenuada, pelo uso da fórmula:
Rxy = rxy
\/ ryy
na qual rxy e o coeficiente de validade obtido experimental
mente: ryy é o coeficiente de precisão do critério e Rxy e
uma estimativa da correlação entre o teste e o critório,
este último fosse isento de erros experimentais,
sua precisão fosse perfeita.
isto e.
caso
se
10
Por meio da fórmula indicada para o erro padrão
dos escores. chega-se ao que pode ser chamado erro padrão de
validade dos escores. Seu valor pode ser interpretado como o
erro padrão a temer no escore de um indivíduo em relação aqu!
10 que desejamos realmente medir •
. / ·
11
2. FUNDAMENTAÇAo TEORICA
Como preâmbulo à exposição do presente estudo
-experimental sobre o M.P.I. cabe situar as teorias do autor,
Eysenck, entre as principais teorias da personalidade que
tem prevalecido no presente século. Para isso, apoiar-nos
emos sobretudo no livro Theory of Personality, de Calvin S.
Hall e Gardner Lindzey, em sua tradução brasileira por Lauro
Bretones (1973).
No prefácio desse livro declaram os autores
que "não é fácil especificar, com precisão, o que é uma teo
ria da personalidade. Mais difícil ainda é determinar quais
sao as teorias mais importantes" (pag. 9). Em nossa expos!
ção, forçosamente abreviada, mencionaremos apenas
das teoriaê expostas no livro.
algumas
A primeira figura a considerar é a de Sigmund
Freud (1856-1939), que no século atual exerceu uma das mais
relevantes influências na psicologia e em todo pensamento m~
derno. Introduziu, na linguagem corrente, muitas expressões
como "recalque", "subconsciente", "sublimação", etc.
DiscípulO de Charcot, suas teorias devem muito
a sua formação médica e a seus trabalhos clínicos em psicot~
rapia, resumidos sob a designação de psicanálise. Freud foi
o primeiro a salientar a importância relevante do subconsci
ente no comportamento diário de todos nós. Para ele a perso
nalidade é composta de três grandes sistemas: o~, o ~ e
o superego. "O id é o sistema original da personalidadeJ ~é
a matriz dentro da qual o ego e o superego se diferenciam. O
id consiste em tudo o que é psicologicamente herdado e que
está presente no nascimento, inclusive os instintos. t o re
servatório da energia ~!sica que põe em funcionamento os ou
tros sistemas" (Hall e Lindzey, 1973, pág. 47).
"O ego existe porque as necessidades do orga
nismo requerem as transações apropriadas com o mundo objeti-
12
vo da realidade. ( ••• ) O ego é o executivo da personalidade
porque controla as direções na ação, seleciona
do meio aos quais reagirá e decide quais são os
os aspectos
instintos a
serem satisfeitos e de que modo" (Ibid, pág. 48).
"O superego é a arma moral da personalidade
( ••• ) Sua preocupação principal é decidir se alguma coisa é certa ou errada, de modo a poder a pessoa agir em harmonia
com os padrões autorizados pelos agentes da sociedade".(Ibid
pág. 49).
Dentro da mesma corrente. vamos encontrar a teo
ria analítica de Carl Jung (1875-1961). Considerado um dos
maiores pensadores da atualidade. sua teoria difere da de
Freud por combinar teleologia (alvos e aspirações) com a cau
salidade (história individual e racial). Jung estrutura a p~r
sonalidade através de vérios sistemas isolados. mas atuantes
entre si. Os principais são: o ~ é o centro da personali
dade. é a mente em seu estado consciente. O inconsciente in
dividual e seus complexos consiste em experiências que foram
reprimidas. suprimidas. esquecidas ou muito fracas a ponto de
não impressionar o consciente do sujeito. Os complexos são
constituídas dos sentimentos. percepções. pensamentos e memó
rias no inconsciente do indivíduo. O inconsciente coletivo e
transpessoal é formado por traços de memória que remontam ao
passado do indivíduo. Inclui a sua história racial com seus
antepassados pré-humanos e animais. O arquétipo é originado
de experiências repetidas durante gerações e gerações. Um ar
quétipo é uma fo~ma de pensamento universal (idéia) contendo
uma grande parte da emoção. Persona é a personalidade pÚbli
ca em oposição à personalidade privada do indivíduo.
Anima e o animus.referem-se a bissexualidade do
indivíduo. A sombra constitui os instintos animais herdados
pelo homem em sua escalada da evolução. O self é o núcleo da
personalidade. é o alvo da vida. pode ser encarado como a mais
importante descoberta de Jung. Ele distingue duas principais
atitudes. a de extroversão. que dirige o indivíduo para o ex-
13
terior. para o objetivo e a" de introvers~o. que o orienta para
o mundo subjetivo e interior.
Segundo Hall e Lindzey (1973) a influ~ncia da
teoria de Jung sobre a psicologia científica faz-se notar
através do teste de Associação de Palavras (criado por Gal
ton) e vários outros testes de 1nt~~rsão e e~troversão. 05
resultado& dos últimos testes mencionados indicam que os ind!
víduos n~o estaõ classificados rigidamente como introversos
ou extroversos. No entanto. estas mesmas atitudes estão pre
sentes em todos os indivíduos.
As id~ias de Jung estão muito em evidência e
sua teoria da personalidade é um dos grandes acontecimentos
no pensamento moderno.
As teorias culturalistas t~m como principais s~
guidores Alfred Adler (1~70-1937). Erich Fromm (1900). Harry
Stack Sullivan (1892~1949) e Karen Horney (1885-1952).
Adler atribuiu à sociedade a origem dos fatores
mais significativos para a formação da personalidade do homem.
Fromm atribuiu à dinâmica da sociedade, bem co
mo a sua estrutura, os moldes através dos quais os indivíduos
ajustam seus valores e suas necessidades.
Sullivan considerou a grande importância do re
lacionamento mãe-filho, tanto na infância como na adolesc~n
cia.
Horney atribuiu grand9 significação a vida fami
1iar do indivíduo.
E~ses te6ricos apresentam diverg~ncias em rela
ç~o à teoria do instinto de Freud e confirmaram as influ~n
cias hereditárias e ambientais na formaç~o da personalidade.
Segundo eles, o homem pode criar o tipo de sociedade que su
põe ser mais benéfico para si.
Assim. Adler lutou por escolas melhores. por
centros de orientação infantil. Fromm e Horney mostraram o ca
14
minho de uma sociedade nova. Sullivan sugeriu a cooperaç~o
internacional.Todos eles sustentaram a idéia de que a ansi~
dade é causada por problemas sociais como desempregos. into
lerãncias. injustiças e guerras.
Os críticos, segundo Hall e Lindzey (1973), afi~
mam que as teorias pSico-sociais n~o têm estimulado muito a
pesquisa, mas favorecem oportunidades para este trabalho.No
entanto. deram grande contribuiç~o ao considerar o homem co
mo ser social, uma imagem relevante para a psicologia con
temporânea.
Lançada por três psicólogos a19m~es, Wertheimer,
KOhler e Koffka, apareceu a psicologia da Gestalt e e den
tro desta corrente que deve ser situada a teoria do campo ,
de kurt Lewin.
As principais características da taoria de Kurt
Lewin (1890-1947) sao:
1a.) o comportamento e funç~o do campo que exis
ta no momento em que ale ocorre;
2a.) a análise começa com a situação como um to
do, da qual são diferenciadas as partes componentes;
3a.) a pessoa concreta, em sua situação concre
ta. pode ser representada matematicamente. (Hall e Lindzey,
1973, pago 234).
Os principais conceitos dinâmicos de Lewin sao
os seguintes: Energia - o indivíduo é um complexo sistema
de energiaJ esta realiza o trabalho psicológico 8, portanto,
é chamada energia psíquica Tensão - é o relacionamento de uma
ou mais regiões intrapessoais do indivíduo. Necessidade
refere-se as condições fisiológicas, desejos e intenções: e
portanto, um conceito mot1vacional. Valência - e a proprie
dade conceptual de uma região do meio psicológico, e o va
lor dessa região para a pessoa. Esse valor pode ser: posit!
vo (quando há redução da tens~o) ou negativo (quando há au
mento da tensão). "Força - cujas proptiedades conceptuais
15
sao: direção. energia. ponto de aplicação. representadas m~
tematicamente por um vetor. A direção dada pelo vetor repre
senta a energia da força e o ponto de aplicação é aquele lu
gar fora da delimitação da pessoa atingida pela seta.
A teoria de campo de Lewin tem sido bastante
criticada nos últimos vinte anos. Segundo os críticos ela
não apresenta nada de novo sobre o comportamento humano. além
de não levar em consideração ü história passada do indivíduo.
No entanto. a sua teoria põe em relevo a posição do homem c~
mo um complexo campo de energia. motivado por forças fisioló
gicas e tornando-o repleto da necessidades. (Hall e lindzey.
1973. pago 283).
A teoria do indivíduo de Gordon Allport (1897-)
é derivada. em parte. da psicologia gestaltista e de Stern.
William James e McOougalll. Allport deu grande importância
ao estudo quantitativo do indivíduo e a motivação consciente.
Interpretou a maioria dos fenômenos do comportamento em ter
mos de self e ~. funções próprias da personalidade que re~
nidas formam o proprium. Considerou a personalidade como a
"organização dinâmica dos sistemas pSicofíSicos que determi
nam os ajustamentos peculiares de cada indiv{dao ao meio".
Segundo Allport. "o caráter e a personalidade
avaliada: personalidada é o caráter naO avaliado e tempera
mento são as disposições biológicas e fisiológicas que se
apresentam no indivíduo com pouca possibilidade de se modifi
car e de se desenvolver". A teoria de Allport é mais conheci
da como uma psicologia de traços. que ele considerou como uma
predisposição do indivíduo para responder aos estímulos. Os
traços são mais gerais do que os hábitos e representam o re
sultado da combinaçâo de dois ou mais hábitos. Ele faz dife
rença entre traços e tipos, Estes últimos "são construtos re
alizados pelo observador podendo o indivíduo adaptar-se a
eles ou não". O traço pode ser revelador da originalidade do
indivíduo e o tipo pode atuar contrariamente.
Allport distinguiu os traços individuais dos tra
ços comuns. Diz ele que somente os traços individuais sao
1,6
verdadeiros. porque "estão sempre no indivíduo e nao na co
munidade e se transformam em disposições dinâmicas de mane!
ra muito individual". Enquanto isso. "o traço comum nao e
verdadeiro. por~m. um aspecto mensur~vel dos traçofo indivi
duais mais complexos".
Por outro lado. Allport dividiu o processo de
desenvolvimento da personalidade em' três etapas. P~im~ira -
o Infante. que nào tem personalidade. mas potencialidades
físicas e de temperamento. A criança vai se desenvolvendo
motivada pela necessidade de diminuir a dor e aumentar o
prazer. Então. a lei do efeito. o princípio do prazer. uma
teoria baseada em'recompensa ou_um modelo~biológico de com
portamento sao aceit~veis como guias para os primeiros anos
de vida da criança. Segunda - o da transformação do Infante.
quando v~rios mecanismos ocorrem em favor das mudanças en
tre a infância e a idade adulta. Allport menciona esses me
canismos como sendo a diferenciação. a integração. a matur~
ção. a aprendizagem. a autonomia funcional e a extensão do
self. Terceira - á a fase adulta. quando o indivíduo est~ ma
duro e seu comportamento "á um conjunto de traços organiza
dos e coerentes". Para alcançar essa maturidade.Allport acre
dita que o indivíduo deve ter "auto-objetivação". sendo o hu
mor e o discernimento 05 componentes básicos desse atributo.
Um dos aspectos mais importantes da teoria de
Allport ~ o valor que lhe dão os teóricos da psican~lise.Ele
d~ ênfase às funções ativas do ego e ao conceito de autonomia
17
funcional apresentando elevada correlação com os recentes pr~
gressos da psicologia pSicanalítica do ego.
Hall e Lindzey (1973. pág. 323) afirmam que. se
gundo os críticos. um dos pontos negativos da teoria de
Allport consiste no Tata de dispensar muita importância ao
que ocorre dentro do organismo humano em oposição ao que ocor
re fora dele.
A teoria organ!smica tomou emprestado vários
conceitos da psicologia g9B~8Itista. por isso e considerada
como uma extensão da Gestalt. tomando o organ!sm~ como um to
do.
A figurs de maior destaque da teoria organísmi
ca é Kurt Goldstein (~878 -) entretanto. Aristóteles. Goethe.
Spinoza. William James marecem ser lembrados e destacados. p~
lo menos como precursores.
Durante a primeira guerra mundial, Goldstein
trabalhou com soldados portadores de lesão cerebral e com dis
tQrbios de linguagem. Concluiu que "um sintoma não pode ser
compreendido a partir de certa lesão cerebral. mas do organi~
mo como um todo unificado e nao como um conjunto de partes".
As principais características da teoria orga
n!smica. no que diz respeito à pSicologia da pessoa, podem
ser assim resumidas:
1a.) necessidade de auto-realização;
2a.) unidade em relação à coerência da pessoa
normal, a integração;
16
3a.) o organismo como um todo (ponto de vista
holístico);
4a.) inclusão da parte biológica e psíquica do
organismo.
Os principais conceitos dinâmicos da teoria o~
ganísmica apresentados por Goldstein 5ao: o processo de equa
lização ou de centragem da organismo - há uma provisão de
energia no organismo que se distribui igualmente. Este é o as
tado de tensão parmal. a que o indiv!du~ procure retornar de
pois que um estímulo muda a tensão. Esse retorno é a equaliz~
çao. A auto-realização - através da qual o indivíduo tende a
se realizar à medida que vai satisfazendo as suas necessida
des. Pôr~6e em acordo com p meio ambiente - o indivíduo pro
cura no ambiente em que vive os recursos mais necessários pa
ra seu equilíbrio interior. Para Goldstein o indivíduo deve
estar harmonizado com o ambiente em que vive e isso significa
domínio sobre o mesmo. Caso isso não seja possível, o indiví
duo terá de aceitar as suas dificuldades e ajustar-se da me~
lhor maneira possível à realidade do seu mundo exterior.
A respeito dos distúrbios da linguagem. Golds -
tein apresenta quatro sintomas de acordo com a sua origem:
1 9 ) sintomas diretos, resultam de uma desinte
graçao ou "desdiferenciação" da uma função do organismo. oca
sionando a SU3 involução;
2 7 ) sintomas indiretos. surgem do fato de uma
area cerebral nao lesada isolar-se de uma lesada. com a qual
19
esteve estreitamente associada.
3 9 ) sintomas devidos a condições traumáticas e
a mecanismos contra o trauma. produzidos pelo efeito da subs
tituição da are a lesada por outras partes do sistema nervoso)
4 9 ) sintomas devidos à fadiga e a perseverança.
quando o indivíduo se serve da fadiga como uma espécie de m~
canismo protetor para escapar de uma situação que lhe pareça
desagradável.
Várias críticas têm sido feitas a Goldstein.
como. por exemplo. ele não distinguiu claramente entre o que
é inerente ao organismo e o que ne~foi posto pela cultura.
No entanto, ele orienta o investigador no sen
tido de considerar o indivíduo como um todo e não como um
acontepimento isolado (Hall e Lindzey, 1973. pago 368).
William Sheldon (1899 -) aluno de Jung, Freud.
'Kretschmer. em sua psicologia constitucional. deu grande im
portância à estrutura física do corpo como determinante pri
mário do comportamento. No entanto. os fatores biológicos ti
veram também seu destaque na psicologia constitucional de
Sheldon. Após estudos cuidadosos com fotografias. Sheldon e
seus colaboradores identificaram três componentes para deter
minar a estrutura física do indivíduo:
1 9 Endomorfia. nesse tipo o indivíduo apresen
ta vísceras digestivas muito desenvolvidas e é de aparência,
"balofa e esférica". Os elementos funcionais dessa estrutura
evoluem a partir da camada endodérmica.
, .
20
2 9 ) Mesomorfia. é o atleta de tipo forte. re-
sistente e dado ao trabalho físico. Sua estruta provém da
camada embrionária do endoderma.
3 9 ) Ectomorfia. é o tipo frágil. em geral ma
gro e de pouca musculatura. ~ muito propenso à estimulação
externa. Esse tipo é con5tituído predominantemente de teci
dos da camada embrionária do ectoderma.
De posse desses elementos para avaliar os as
pectos físicos da estruture humana. Sheldon criou ~m ~todo
para avaliar o comportamento do indivíduo em relaQão a seu
temperamento. Uma pesquisa de intercorrelação com cem indi
víduos. utilizando 68 traços. resultou na seleção de vinte
traços para cada um dos três grupos: t a escala de temper~
mentos. A primeira componente de temperamento foi denomina
da viscerot~nia - é o individuo com característica de amor
ao conforto. sociável. afetivo. moderado. tolerante. A se-
gunda componente é chamada somatotonia - é o indivíduo dado
à aventura física. agressivo. barulhento. corajoso. A ter
ceira componente é a chamada cerebrotonia - e o indivíduo
reservado. a~o-consciente. que dorme pouco e
solidão.
prefere e
Dentre os psicólogos que valorizaram os méto
dos quantitativos e procuram comparar os componentes de
Sheldon com vários estudos fatoriais. mencionaremos Thurs
tone (1946). Eysenck (1947) e Howells (1952).
Sem dúvida. ao estudar os livros de Sheldon.
se apreciarmos as elevadíssimas correlações por ele aprese~
21
tadas entre os componentes da constituição física I de um
ladol e os componentes do temperamento de outro l ficamos
surpresos pelos valores relativos dos grupos endomorfia -
viscerotonia. mesomorfia-somatotonia e ectomorfia-cerebro
tania. Deve-se salientar que outros pesquisadores indepe~
dentes encontraram correlações muito mais baixas entre es
tes três pares de variáveis.
Dutra teoria que ebordaremos é a do self de
Carl Rogers (1902-). A sua teoria representa uma síntese
das teorias fenomenológicas de Snygg e Combs; da holista
e organísmica vistas por Goldstein. Maslow e Angyal; da
interpessoal de Sullivan e da Self vista pelo próprio Rogers
com a contribuição de Raimy (1943) e Lecky (1945).
Os principais elementos da teoria de Rogers
sao:
1 9 )0 organismo. representado pelo indivíduo
todo;
2 9 ) o campo fenomenológico. todas as experiê~
cias do indivíduo;
3 9 ) o self l o resultado da interação com o
meio.
O self. segundo Rogers (1942) possui algumas
propriedades. tais como: a) estabelece interação entre o
organismo e o meio; b) introjeta valores dos outros e pe~
cebe-os de qualquer forma; c) procura sua coerência; d) o
organismo reage relativamente ao self; e) essas experiên
cias podem ser ameaçadoras ou nao; f) o self pode mudar
22
conforme a maturidade e aprendizagem do indivíduo.
Recentemente introduziu mais três elementos
novos que são (Hall e Lindzey, 1973, pago 533):
1 9 ) necessidade de apreço positivo
2 9 ) necessidade de auto-apreço
3 9 ) condições de valor.
o objetivo desses novos elementos é o auxí
lio na explicação das discrepâncias entre o self e as ex~~
riências, discrepâncias no comportamento, experiências ame~
çadoras e processos de defesa e o processo de reintegração.
Rogers tem sido figura de destaque no ' aconse
lhamento e na psicoterapia.O essencial da terapia de Rogers
e a relação de pessoa a pessoa, onde o cliente esquece que
e paciente e que o terapeuta é terapeuta. Isto faz o clien
te sentir a todo momento o que ele é para depois encontrar
-se a si mesmo.
A teoria do self de Rogers ainda nao está con
cluída. Seja qual for o seu futuro ela muito tem feito no
sentido de "tornar o self como objeto de predições e inves
tigações". Nisso ela tem sido extremamente ~til.
Nosso próximo enfoque é o das teoriasfatori
ais. Antes de abordarmos o assunto, cabe indicar que a ana
lise fatorial é um método matemático geral. Sua finalidade
consiste em, diante de elevado n~mero de variáveis correla
cionadas entre si, traduzí-las por meio de um n~mero muito
23
menor de "fatores". suficientes para explicar. pelo menos de
modo aproximado. as correlações verificadas entre as variã •
veis originais. Suaaplicaç~o ~ muito ampla e pode incidir
sobre variáveis psicológicas de natureza intelectual, variá
veis de caráter puramente físico. já tendo mesmo sido empre
gado para variáv~is de natureza diplomática entre os países
do globo.
Sem entrar nas t€cnicas matematicamente muito ela
boradas de que lançam mao os que se dedicam à análise fato
rial. bastará salientar que oS resultados obtidos podem ser
divididos em dois grandes grupos: os que chegam a um sistema
de fatores "ortogonais". isto ~. a fatores que n~o apr-esen
tam correlaç~o entre si. e os que chegam a fatores "obli
quos". isto e, a fatores que apresentam entre si maior ou me
nor grau de correlação.
N~o seria, pois. de surpreender que um processo de
análise tão fecundo n~o fosse também explorado pelos que se
dedicam ao estudo da personalidade. Cabe notar que. para nos
so trabalho, as "teorias fatoriais da personalidade" n~o con~
tituem uma escola uniforme: seu ponto de éontato é represent~
do pelos processos matemáticos utilizados e n~o pela essência
dos resultados obtidos. Nas palavras de Hall e Lindzey (pag.
415), a essência das teorias fatoriais consiste .em obter-se
"um conjunto de fatores determinados que constituem o funda
mento, bem como a tentativa de explicação do comportamento hu
mano e sua complexidade".
Esses fatores são o resultado de numerosas pesqui
sas sobre o comportamento e a utilizaç~o de várias medidas
que permitam avaliações quantitativas. graças a psicometria.
O interesse por medidas objetivas. que s~o traduzidas em nume
ros. levou vários teóricos a fazer análises estatísticas dos
dados quantitativos. As id~ias fundamentais da análise fato
rial foram expostas por Spearman (1927). conhecido pelos seus
trabalhos em habilidades mentais. Muitos outros autores deram
suas contribuições à pesquisa de personalidade atrav~s da aná
24
lise fatorial. Destacaremos Thurstone (1947), Thomson (1951),
Cate11 e Eysenck (19521 e Guilford (1954), sendo que Catell
e Eysenck ofereceram as contribuições mais importantes sob
o ponto de vista da personalidade.
Raymond Catell (1905-), como pesquisador. inte -
ressou-se nao só pelos métodos quantitativos. como também
pelos fatos e problemas psicológicos. Em relação aos traços
da personalidade sua posição é semelhante a de Allport e no
que se refere à análise fatorial seu trabalho deve muito a
Spearman. Thurstone e McDougall.
Os conceitos mais usados por CateI 1 em relação à
natureza da personalidade são os traços. Ele concorda com
Allport sobre os traços comuns e admite os traços únicos.
aplicáveis a determinados indivíduos. Podem ser divididos
em relativamente únicos. que decorrem de uma "disposição le
vemente diferente dos elementos que constituem o traço" e
intrinsecamente únicos. onde o indivíduo possui um traço
"genuinamente diferente", não encontrado em outras pessoas.
Ele apresenta também os traços de superfície.
produzidos pela interação dos traços de profundidade. são
menos estáveis e podem ser inferidos à base da observação.
Mostra também os traços de profundidade. identificáveis so
mente por meio da análise fatorial. O pesquisador pode est!
mar as variáveis ou fatores que são a base do comportamento
de superfície. são os mais úteis na avaliação da personal!
dade: ~, é um traço constitucional. dinâmico, de profund!
dade e é em grande parte adquirido no nascimento. Metaerg.
é traço de profundidade dinâmico moldado pelo ambiente. ap~
rece com o desenvolvimento do indivíduo. Self - a visão de
Catell sobre o seIf é baseada no id, ego e superego de
Freud. Além desse self estrutural. CateIl distingue o self
ideal. que representa o indivíduo como ele gostaria de ser
visto. Há também o self real, é o indivíduo tal como teria
de se admitir conscientemente. A equação de especificação.
~traduz o comportamento do indivíduo quando este pode ser
25
predito com exatidão atrávés de uma dada equaçao.
Catell explica o processo de aprendizagem através
de seis cruzamentos dinãmicos "que os eventos que se se
guem à ativação de algum conjunto érgico do comportamento".
O primeiro cruzamento dinâmico ocorre quando o indivíduo faz
sua tentativa inicial para a satisfação de um ergo O segundo.
quando o indivíduo se encontra diante das seguintes alterna
tivas:
1a.) aumento de atividades e satisfação;
2a.) ira para vencer a barreira e satisfação:
3a.) ira que leva a um resultado ineficaz
O terceiro cruz~mento dinâmico. quando o indivíduo
nao supera a barreira. embora tenha experimentado a ira. O
guarto. relacionado com o abandono do ergo quando ocorre o
aj~stamento interno. O quinto. quando o indivíduo apresenta um
comportamento desajustado. O sexto. é o estado de repressao
instável.
No sistema de Catell esses seis cruzamentos. junt~
mente com os conceitos ido ego e superego de Freud. sao usa
dos para mostrar a linha de desenvolvimento normal da person~
lidade. assim como suas formas neuróticas e pSicóticas.
Sejam quais forem as críticas feitas à análise fa
torial, a ênfase dada às medidas representa uma influência be
néfica ao estudo da personalidade.
Eysenck é considerado uma das figuras mais destaca
das nas teorias fütoriais juntamente com Catell. Sobre ele fa
laremos de maneira mais detalhada em capítulos especiais. co~
siderando ser ele o autor do tema principal de nossa disserta
çao.
Em seu capítulo final 'do livro. Hall e Lindzey
(1973) fazem comparações entre as teorias abordadas. Ao com
pará-las. os autores mencionados. afirmam que todas as teo
rias possuem características diferentes. embora a maioria dos
26
das teóricas concebam a homem "cama um ser datada de propo
sita".
Freud dá em sua teoria psicanalítica grande en
fase aos fatores inconscientes. enquanto Jung procede da
mesma mOda em sua teoria anal!tica. Noutra extrema Lewin.
Allport. Goldstein e Rogers conaidaram aqueles fatoras mui
ta impDrtantes. mas em relação aos indivíduos anormais.
Alguns psicólogos americanos redu~1ram ao míni
ma a papel das fatores hereditárias como determinantes da
comportamento. No entanto. muitos teórioos evidenciaram a
importância desses fatores como Sheldon. Eysenck. Catell.
Jung. Freud. Em menor escala Horney. Fromm~ Lewin. Rogers e
Sullivan.
o maior relevo dado à continuidade da desenvol
vimento aparece nas teorias de Freud. Adler e Sulli~an. Es~
ses teóricos explicam que as fatos presentes estão ligados
ao passado e que o desenvolvimento e um processo ordenada e
coerente em termos somente de uma série de princípios. Ao
contrário. Allport. Lewin e Rogers enfatizam a descontinui
dade na desenvolvimento e a relativa independência do adul
ta em r8laç~e aos fatos ligados a sua inf~ncia.
Um das aspectos que. sob o ponto de vista histó
rica. distingue as teorias da personalidade de outras é a
holismo. Para Hall e lindzey a maioria dos teóricos contem
porâneos pode ser considerada como organísmica. Assim. AII
port. Goldstein. Rogers e Sheldon afirmam que "um só eleme~
ta da comportamento não deve ser estudado isoladamente da
totalidade da pessoa. inclusive do seu aspecto biológica".
Lewin e Sullivan salientam a importãncia da cam
pa; Allport é o que mais insiste em considerar a importân
cia da individualidade.
As teorias da personalidade empregam a conceito
de self em várias sentidos. t visto como um "grupo de pro
cessas psicológicas que servem como determinantes da compo~
27
tamento". e visto tamb~m como um "agrupamento de atitudes
e sentimentos que o indivíduo possui de si mesmo". Tanto de
um como de outro modo o self é visto ocupando um papel mui
to importante nos conceitos de personalidade. Entre os teó
ricos que fazem uso do ego e do self estão Rogers. Adler.
Allport. Catell. Freud. Goldstein. Jung e Sullivan. No en
tanto. Eysenck e Sheldon não atribuiram a mesma importãncia
ao self.
Os determinantes do comportamento relativos a
participação no grupo são considerados muito importantes.
principalmente pelas teorias que foram influenciadas· pela
sociologia e pela antropologia. Fromm e Sullivan são exem
plos dessa posição.
"Apesar das limitaç5es das teorias da personal!
dade como geradoras de pesquisa". a grande maioria delas
deu lugar a muitas pesquisas.
Acerca da atual teoria da personalidade. Hall e
Lindzey (1973), apresentam algumas reflex5es. Afirmam que o
campo da personalidade seria favorecido com:
1 9 ) "o incremento da sofisticação.
dos psicólógos. no que diz respeito à natureza e
da formulação teórica". Dessa reflexão o aspecto
portante para os autores é o fato de ser a teoria
e estimuladora de pesquisas".
por parte
a função
mais im
geradora
2 0 ) "uma discriminação mais sensível entre o es
tilo literário e a poderosa teorização". Isto significa que
a utilidade da pesquisa é mais importante que seu "brilhan
tismo literário".
3 9 ) "um aumento tanto do radicalismo quanto do
conservadorismo". O teórico deve se dedicar mais à investi
gaçao empírica do que à polêmica ou a discussão.
4 9 ) "a isenção de serem os teóricos obrigados a
justificar as formulaç5es teóricas que se distanciam dos as
28
pectos normativas ou habituais da comportamento". Essa re
flexeo serve mais para revelar a posição da teórica da que
para avaliar a sua teoria.
Hall e Lindzey (1973) afirmam que comparando e~
sas teorias com as das três ou quatro últimas décadas a pr~
gresso é evidente. Durante as últimas vinte e cinco anos sur
giram pesquisas empíricas em grande volume com desenvolvi
mento da sofi~ticação. A amplitude de idéias sabre a com
portamento aumentou grandemente. Não obstante as deficiên
cias dessas teorias elas têm influenciada produtivamente a
psicologia ag~ra e influenciará na futura.
i
2.1. TEORIA DAS DIMENSOES DA PERSONALIDADE DE
EYSENCK
29
As pesquisas in1c1ais de Eysenck a respeito das
dimensões da personal1dade foram baseadas na popUlação do
Hospital de Emergência Mill H1ll, em Londres. Começou com
um grupo de aproximadamente dez mil soldados normais e neu
róticos. selecionados por psiquiatras que reuniram grande
número de informações sobFe suas doenças.
Valendo-se da análise ~atorial. Eysenck (1952)
identificou a variável nevroticismo e a variável bjpolar
introversão-extroversão.
Como nosso trabalho levou em conta somente a
variável bipolar introverseG-extroversão. deixar~8 de la
do os elementos que caracterizam o neuroticismo, para des
crever apenas os dois tipos opostos: os totalmente intro
vertidos e os totalmente extrovertidos. t clero que a maio
ria das pessoas se situam em algum ponto da dimensão intro
versão-extroversão, sem apresentar todas as característi
cas dos d~is tipos extremos. Cada um deles pode ser repre
sentado por um modelo hierárquico (Figuras 1 e 2), no qual
o nível mais alto é representado pelo nível do tipo (intro
verso ou extroverso).
No nível mais baixo, temos atos específiCOS de
comportamento ou RESPOSTAS ESPECIFICAS. denominadas SR1'
SR2, SR3 ••••• SRn. Estas são as respostas às experiên -
cias da vida diária, observadas uma vez e que podem ser ou
não características do indivíduo.
No segundo nível temos as RESPOSTAS HABITUAIS.
HR 1 • HR2. HR3 •••• HRn' são respostas que tendem a repe
tir-se sob condições semelhantes, quer dizer. se a situa
ção ocorre outras vezes, o indivíduo reage. em geral, da
mesma maneira.
30
No terceiro nível temos a organização dos atos
habituais em TRAÇOS TR1' TR2' TR3 .•• ' TRn' como sociabili
dade. impulsividade. atividade, excitabilidade (que se re
ferem à extroversãol e os traços persistência, rigidez. d~
sequilíbrio autônomo. precisão. irritabilidade {que se re
ferem à intro~rsão). Esses conceitos teóricns são basea
dos em interoo~relações observadas em um carta número de
diferentes respostas habituais.
No quarto nível temos a organização de traços
num TIPO geral: extroversão e introversão.
(NOTA: As figuras 1 e 2. reprodUZidas de li
vros diferentes, variam quanto às notações: enquanto na
primeira as designaçõss sao S.R. e H.R.. na segunda elas
aparecsm como R.E. e R.A.l.
Os conceitos de tipo e traço -sao importantes
para Eyaenck. no que se rSTsre à obgerveção do eomportame~
to dos indivíduos. Traço, ele define como "uma constela
ção de tendências para a ação". ou seja. uma confirmação
obser~ada nos hábitos ou atos que um sujeito tende a repe
tir. O tipo é "uma constelação de slndromes de traços, é
um conceito mais amplo, mais generalizado porque inclui o
traço". Por isso. o autor define personalidade como um
Ncomposto de atos e disposições. organizados de modo hie
rárquiCO segundo sua generalidade e importância N• Então,
podemos observar que 05 tipos. introvertido e extrovertido,
representam o nível mais elevado de generalidade. As respo~
tas específicas estão em nível mais específico e menos g~
ralo Entre estas e o tipo estão as respostas habituais e
os traços. Estes últimos organizam-se em uma estrutura
mais geral, resultando num tipo de personalidade.
A maneira mais usual que temos para descrever
um tipo de personalidade de um indivíduo é identificar
seus padrões de comportamento e chamá-los de traços. As-
31
sim, identificamos uma pessoa como sociável, impulsiva.
ativa, viva. ou persistente, rígida, irritada. etc. Quanto
mais coerente for o comportamento e sua ocorrência mais
freqOente. tanto melhor se pode concluir que esses traços
são característicos do indivíduo. Isto é o que se chama
CRITtRIO DE TRAÇOS para definir personalidade. Clazarus.
1969).
o modelo de critério de traços da personalida
de e o PSICOGRAMA. Este consiste num esquema organizado
de vários traços de uma pessoa em comparação com outras
pessoas.
Um instrumento psicológico elaborado por Gough
(19571. o California Psychological Inventory. é utilizado
para avaliação da personalidade. Baseia-se na contagem de
pontos obtidos com as respostas que uma pessoa dá a pergu~
tas numa série de subtestes.cada um medindo diTerentes tra
ços da personalidade.
A figura 3 é exemplo de um psicograma ou per
fil de personalidade. baseado no California Psychological
Inventory. Trata-se de uma pessoa do sexo masculino. com
18 anos de idade. Podemos observar índices altos em auto
confiança. seguidos de índices baixos em socialização, ma
turidade e responsabilidade. t de se esperar, portanto,
que esse indivíduo seja opinioso. sociável, egoista, rebe!
de, impulsivo e preocupado com as coisas materiais. Em fa
ce de seus dotes sociais poderá ter um bom desempenho em
direção aos seus objetivos. Em contraposição, seus índi
ces baixos em responsabilidade e maturidade interpessoal
podem levá-lo à dificuldades e atritos sociais. Foi identi
ficado pelo diretor de sua escola como tendo problemas.sé
rios de disciplina.
2.2. COMPARAÇAo ENTRE OS MODELOS ESTRUTURAIS DE
CATELL E EYSENCK
32
Em nível relativamente superficial. a diferençe
mais aparente entre esses dois modelos é que. partindo
de tipos essencialmente similares de medida. Catell (1950)
isolou cerca de 16 ou 21 fatores e Eysenck isolou somente
duas variáveis: a introversão-extroversão e o neuroticismo.
As diferenças dos fatores estruturais de Catell
e Eysenck decorrem principalmente disto:
1 9 ) Diferenças entre os tipos de população in
vestigados. Em relação a isso. Eysenck e seus colaborado
res fizeram grande uso de grupos neuróticos e psicóticos.
Catell fez opção por pesaoas de grupos normais.
2 9 ) Ao determinar a natureza da estrutura da
personalidade. Catell usou a técnica analítica de fatores
com resultados em fatores oblíquos ou correlacionados en
tre si. Eysenck usou mais as técnicas que produzem fato
res independentes.
A diferença nos tipos de população explica par
cialmente as diferenças de tipos ou identidade dos fatores
isolados. As diferenças na técnica analítica de fatores.
explicam a disparidade no número de fatores isolados.
As duas dimensões mais importantes de Eysenck.
extroversão e neuroticismo. correspondem tanto em nível
quanto em tipo. aos fatores de segunda ordem (extroversão
e ansiedade) da análise dos dados de questionário de Ca
tell. As diferenças estruturais dos modelos de Catell e
Eysenck são basicamente mais diferenças técnicas
substanciais.
do que
Catell baseia seu modelo estrutural no nível
de traços de grupo ou fatores de' primeira ordem. Ele acre
dita que esses fatores melhorem o prognóstico da maioria
33
dos critérios da vida real.
Eysenck prefere lidar com fatores de segunda
ordem em nível de tipos. Ele acredita que. enquanto os f~
tores de primeira ordem podem provar um diagnóstico melhor
para critérios. os fatores de ordem mais alta. contribuem
mais para a teoria da estrutura da personalidade. Essa di
vergência de abordagem se re~lete também nos tipos de ins
trumentos de medidas que foram desenvolvidos por esses
dois investigadores.
Catell (1950) desenvolveu. entre outros. ates
te 16 Personality Factor QU96tionnaire. Esse mede a pers~
nalidade ao longo dos traços de 16 fontes diferentes. Ey
senck e seus colaboradores desenvolveram o Maudsley Perso
nality Inventory (1959) e o Eysenck Personality Inventory
(1964). Esses medem as diferenças de personalidade ao lon
go das duas principais dimensões de neuroticismo a extro-
versao.
Eysenck e Catell concordam que a única t8or1a
de personalidade válida é aquela que é baseada no uso de
sofisticados métodos múltiplo-fatoriais para mapear as ca
racterísticas da estrutura da personalidade. Ambos rejei
tam enfaticamente qualquer abordagem que comece com exces
siva teorização. Eles acreditam também que um corpo de te
orias clínicas está agora surgindo diretamente de seus ex
perimentos.
Os conceitos de introversão e extroversão de
Eysenck e Catell estão em grande concordância. Isso é ind!
cado pela escala de extroversão do Maudsley Personality In
ventory e o escore de extroversão obtido dos fatores de
primeira ordem no teste 16 Personality Factor Questionnaire.
34
2.3. DETERMINANTES BIOL~GICOS DA PERSONALIDADE,
SEGUNDO EYSENCK
Grande parte do trabalho oe Eysenck na última
década concentrou-se em dQéenvolver e
sais. Elas serviram para explicar as
elementos descritivos de personalidade.
testar t9Q~ias cau
relações entre os
Segundo o autor, as diferenças individuais sao
derivpdas de determinantes heredit~rios operando dentro das
estruturas b~sicas neurais do corpo humano. A posição de um
indivíduo ao longo da dim9nsão neuroticismo depende da ins
tabilidade relativa ou da excitabilidade do sistema nervoso
autônomo. O posicionamento ao longo da dimensão extrover-
são é baseada em propriedades características do sistema
nervoso central, isto é, o equilíbrio Qntre p~ocessos exci
tatórios e inibitórios no c6rtex cerebral.
Excitação é a atividade de, formação da conexao
envolvida na transmissão de impulsos neurais entre regiões
diferentes do córtex. Inibição é um processo similar à fa
diga, Que se desenvolve como uma conseqaência da excitação
e age para impedir a passagem futura de impulsos neurais ex
citatórios (Eysenck, 1959).
As noções de excitação e inibição provêm de Jung
bem como as di~ensões da personalidade introversão-extrover
são. Segundo esse autor os neuróticos extro~e~tidos aprese~
tam sintomas de histeria e os neuróticos int~o~ertidos apr~
sentam sintomas de natureza distímica (psicastenia).
Isso concorda com a observação de Pavlov (1927)
de que paciente~ histéricos apresentam sintomas semelhantes
aos modelos de comportamento de seu tipo inibitório de cães.
De acordo com as observações empíricas feitas por
Eysenck (1953) e seus colaboradores. formaram-s8 as bases
do seu postulado tipclóg1co:
35
1 9 ) Sempre que é feita uma conexçao estimulo
resposta em um organismo (excitação), ocorre também simul
tãneamente uma reação nas estr~turas nervosas mediando es
ta conexão, a qual opõe seu reaparecimento (inibição reati
va) durante certo tempo.
2 9 ) Seres humanos diferem a respeito da veloci
dade com a qual a inibição reativa é produzida. da força
da inibição reativa e da velocidade com que ela é dissipada.
As diferenças são propriedades das estruturas físicas envol
vidas na evocaçao das respostas.
3 9 ) Indivíduos nos quais a inibição reativa é
gerada rapidamente e dissipada lentamente . sao· predispostos
ao desenvolvimento de comportamentos padronizados.
A teoria da inibição cortical total de Eysenck,
ligando os construtos da excitação e da inibição com os pa
drões de comportamento relativos à extroversão e introversão,
está indicada sob forma diagramática na Figura 4.
Pode-se ver no diagrama que a teoria de Eysenck
e vista em quatro níveis diferentes. O primeiro (em baixo).
é o nível neural e é determinado constitucionalmente. Como
vimos no postulado tipológico uma pessoa pode estar predis
posta a desenvolver potenciais excitatórios fortes e inibitó
rios frpcos (introvertido). Pode também desenvolver poten-
ciais excitatórios fracos e inibitórios fortes Cextrover -
tido) • Isto é o nível do construto ·teórico N,. Baseando-se
no postulado tipológico, os extrovertidos deveriam ser condi
cionados menos rapidamente e descondicionados mais rapidame~
te, apresentando maior reminiscência (Eysenck, 1957).
o relacionamento N2 e N3 , isto é. entre fenôme
nos experimentais observáveis e fenômenos comportamentais
observáveis é complexo e crucial para a estrutura teórica
total. Originariamente esse ligamento é baseado na suposi-
36
ção de que o processo de socialização inicial é mediado p!
lo condicionamento do tipo 1 ou pavloviano. Se os indivíduos
introvertidos são facilmente condicionados em virtude de seus
potenciais corticais de alta excitatoriedade e baixa inibito
riedade, eles responderão mais prontamente às práticas socia
lizantes na infância até ao ponto de se tornarem socializados
em excesso. Os introvertidos são indivíduos que aprendem as
lições de socialização muito bem. Por isso. tendem a prefe
rir o pensamento à ação e voltarem-se para dentro de 51 com
satisfação.
O contrário acontece com os indivíduos extro
ver~1dos. Em virtude de seu potencial de baixa exc1tato~ieda
de e alta inibitoriedade absorvam inadsquadamQnte as lições
de socialização. Como resultado preferem a satisTação ime
diata de seus impulsos através da ação em vez do pensame~
to. Neste nível. portanto. diferenças na formação cortical ex
pressam-se em padrões diferentes de comportamento. t importa~
te notar a ligação lógica entre N1 • N2 , N3
, que é prouenien
te do processo de socialização do meio ambiente. Assim. o ter
ceiro N3 , representa traços ou hábitos comportamentais do ti
po usualmente chamado personalidade. Variações na sociabili-
dade. 1mpulsividade, atividade, etc podem ser
pelos escores obtidos da escala de extroversão
Personality Inventory.
exemplificados
do Maudsley
No quarto nível - N4
- estão as atitudes ou há
bitos de pensamento: dura obstinação versus suave obstinação.
punição, etnocentrismo, etc. Esses são mais determinados pe
lo meio-ambiente do que qualquer um dos três primeiros níveis.
Será notado que ao mover-se de N1
para N4 • encontram-se modi
ficações ambientais ampliando-se (Eysenck. 1963).·
As idéias de Eysenck sobre os determinantes b10
lógiOos da personalidade estão aqui resumidos pelo seu inte
resse teórico e mesmo prático. são todavia inteiramente estra nhas ao escopo do trabalho experimental que constitue a essen
cia da presente dissertação.
3. DESCRIÇAD DA METODOLOGIA
3.1. AMOSTRA
37
Trabalhamos com 70 alunos do Colégio Batista
Shepard, situado a rua José Higino 416, na Tijuca. Usamos
quatro turmas de alunos de 1a .• 2a., 3a •• séries do 2 9
grau, com respectivamente. 29. 20.9 e 12 elementos.
3.2. INSTRUMENTOS
Inicialmente aplicamos um questionário onde
solicitávamos aos alunos que fizessem um julgamento ~obre
seus colegas Quanto a sua introversão, ambiversão ou ex
troversão. Esse mesmo questionário foi aplicado duas ve
zes. o que constituiu a fase preliminar do nosso expe~i
mento.
Após havermos consultado a literatura e pes
soas especializadas no assunto. aplicamos o Maudsley Per
sonality Inventory, de Eysenck. em sua forma brasileira.
traduzida e adaptada pela professora Riva Bauzer.
versao se encontra em anexo.
Este
o escore de extroversão consiste na soma das
respostas SIM às questões:
1 2 3 6 9 13 14 20 23 31 37 41 44 46 47 51
56 57 61 66 69 73 75 79
e das respostas NAo ~
questões: as
4 10 11 16 17 18 25 26 27 32 35 38 39 42 48
50 54 59 63 64 65 68 71 76
Na pesquisa foram adotados os seguintes proce-
dimentos:
1 9 ) Os alunos deveriam responder ao Maudsley
38
Personality Inventory em classe. individualmente. sem trocar
ideias com os colegas. para evitar-se a mútua influenciação
nas respostas.
2 9 ) Procuramos obter que todos os alunos. que
eram originalmente 74. fossem submetidos as quatro provas
conforme nosso planejamento. Apenas quatro alunos. por moti
vos justificados. não puderam ir até ao final da pesquisa.
reduzida portanto. a 70 casos.
3.3. RESULTADOS DOS CALCULaS
A TABELA 1 mostra as estat!sticas referentes a
primeira aplicação do questionário e do Maudsley Personality
Inventory. enquanto que a TABELA 2 mostra as estatísticas re
ferentes à segunda aplicação dos mesmos instrumentos.
Os vários coeficientes de correlação obtidos en
tre a primeira e a segunda aplicações do questionário. entre
a primeira e segunda aplicações do Maudsley Personality In
ventory. entre a soma dos valores obtidos em cada instrumento
e a soma dos valores obtidos no segundo. constam das TABELAS
3. 4 e 5. Para cada turma. a letra N indica o número de seus
alunos e a letra r os coeficientes de correlação.
Para obtermos resultados globais para todos os 70
alunos nao seria correto avaliar diretamente as médias ponde
radas dos valores obtidos nas diversas turmas. mas sim as me
dias ponderadas dos coeficientes depois de submetidos à trans
formação z de Fisher (1938). tomando-se para peso os valo
res de N-3.
A tabela 6 mostra os resultados da primeira e se
gunda aplicações do questionário. A média ponderada dos valo
res de z encontrada foi 0.793 e o valor correspondente de r
foi 0.660.
39
A tabela 7 mostra os resultados da primeira e
da segunda aplicação do Maudsley Personality Inventory. A
m~dia ponderada dos valo~as de ~ encontrada fol 1.0347 e o
valor ~r~6spondente de r Toi O~776.
A tabela 8 mostra as ccr~elaçõQs entra a sarna
dos escores no questionário e a dos escores do Maudsley
Personality Inventory. A média ponderada dos valores de z
encontrada foi O~492e e o valor correspo~ente de r foi
0.456.
Como foi dito~ uma das ~neiras de obter o coe
ficiente de precisão (ou fidedignidade) de um instrumento
de medida ~ representada pelo Coeficisnte de correlação e~
tre duas aplicações sucessivas desta instrumQ~to aos mes
mos sujeitos.
o coeficiente dQ validade ~ definido como o co
eficiente de correlação entre o instrumento e uma medida
independente daquilo que se deseja avaliar. medida esta de
nomihada crit~rio. Deve-se notar. entretanto. que o valor
deste coeficiente é atenuado pela influênc~ de dois ele
mentos:
1 9 ) a fa~ta de precisão do próprio instrumento
e
2 9 ) a falta de precisão do critério decorrente
ambos dos erros experimentais inerentes a todas as medidas.
Ora, se a imprecisão do instrumento e um fator
que lhe é inerente, a imprecisão do critério e um fator in
teiramente estranho ao instrumento. devendo. pois, ser el!
minada. Existe uma fórmula simples que permite esta elimi
nação e que conduz a uma estimativa do coeficiente de cor
relação que existiria entre o instrumento e o crit~rio, se
este último fosse isento de erros de medida. o que dá. na
nomencl~tura de Pi~ron e Fessard (1931)
validade corrigido da semi-atenuação.
o coeficiente de
40
. Chamando r o coeficiente de precisão do ins-xx trumento, ryy o coefic1e~te de precisão do critério, rxy o
coeficiente de correlação entre o instrumento e o critério
e Rxy o coeficiente de validade real (isto é, o coeficien
te de correlação que existiria entre o instrumento e b cri
tério se esse último fosse isento dos erros de medida), a
fórmula a empregar a
Rxy = rxy
\/ ryy
Ora. 05 trabalhos experimentais realizados per
mitem a obtenção dos valores desejados. poiS no caso
Rxy = rxy 0.456 = 0,5613
v ryy v 0,660
Temos portanto, os elementos numéricos para
avaliar as qualidades fundamentais do Maudsley Personality
Inventory:
Coeficiente de precisão - - - - - - 0,776
Coeficiente de precisão do critério - - 0.660
Coeficiente bruto de validade - - - - - 0.456
• Coeficiente de validade corrigido da
semi-atenuação ~ - - - - - - - - - 0.561
Com estes resultados estava terminada a primei
ra fase de nosso trabalho: a versão brasileira do Maudsley
Personality Inventory (M.P.I.) apresentou um coeficiente
de precisão igual a 0,776 e um coeficiente de validade
igual a 0.561.
A primeira vista tais resultados podem parecer
medíocres. Um estudo mais acurado do assunto indica que.
pele contrório~ elge ~e mOQtram sUPQriores ao qUQ seria
de esperar.
Realmente, o M.P.I. foi comunicado pelo seu a~
tor, Eysenck, à professora Riva Bauzer quando o original
se encontrava ainda em fase experimental. Por outro lado.
a tradução de um inventário de personalidade apresenta di
ficuldades intrínsecas de difícil solução. A primeira de
las e a da própria tradução: uma língua nao pode reprodu
zir com exatidão conceitos expressos em outra língua. Mais
importante ainda e o fato de que, em determinado ambiente
social (no caso, o ambiente britânico), as características
da personalidade não se manifestam do mesmo modo que em o~
tro ambiente (no caso, o ambiente brasileiro, onde os cos
tumes são bem diversos).
Mas isto não e senao um primeiro resultado e a
finalidade mais importante da presente pesquisa é justame~
te a de propiciar elementos para o aperfeiçoamento da ver
são brasileira do M.P.I., pelo menos no que diz respeito à
medida da introversão-extroversão.
Quando se trata de um teste de conhecimentos
escolares, ou análogo, a técnica para isso empregada e a
da análise dos itens (ou análise das questões). Consiste
em determinar, para cada questão, seu grau de dificuldade
e de seu poder discriminante (ou validade). De posse des
sas informaç~es, procede-se a uma dupla eliminação de que~
tões defeituosas:
• quanto à dificuldade - sao suprimidas aque
las que se mostram demasiadamente fácel~ ou demasiadamente
dificeis para o grupo ao qual o teste é destinado •
• quanto ao poder discriminante das questões
(qualidade que lhes permite discriminar entre os bons e
maus alunos) - as que demonstram baixo poder discriminante
42
&ôo ~ubstjtuídee ~~p out~aa OU elte~Bdas em sua redação.
quando esta se mostra defeituosa.
QuandO se trata de um inventário de personalid~
de. não existem respostas certas ou erradas nem bons ou
maus alunos. Mas quanto aos aspecto! matemáticos do pro
blema. podem ser consideradas arbitr~riamente "certas" as
que indicam. por exemplo. extroversão. ConseqOentemente. se
rao considerado~ "bons" 0$ sujeitos que demonstram elevado
grau de extroversão.
Num teste escolar. a porcentagem de respostas
certas a uma questão constitue um índice da dificuldade (ou
melhor da facilidade) da questão. No nosso caso. a mesma
porcentagem. representada por E' sera designada a "popula
ridade" da questão.
Um dos melhores métodos para avaliar o poder
discriminante de uma questão de um teste é o coeficiente de
correlação bisserial entre a questão e o escore total no
teste. No presente caso. calculamos o coeficiente de corre
lação bisserial entre cada questão e o e!iCOre total em ex
troversão. Os resultados obtidos estão registrados na TABE
LA 9. onde as questões estão ordenadas segundo a ordem de
crescente de seu poder discriminante.
Os dados mostram que os valores oscilam. no que
se refere à popularidade. entre 14.3% e 88.1%. havendo oito
questões com valores de E iguais ou superiores a 57.9% e
mais oito questões com valores iguais ou superiores a 40.7%.
Se observarmos 05 valores dos coeficientes de correlação
bisserial, estes variam entre 0,092 e 1.028.
Vamos explicar a existência desse valor supe
rior a unidade. fato que Jamais pode ocorrer com o coefici
ente de Pearson. em vista da própria natureza da fórmula
que usamos para seu cálculo. Acontece que o coeficiente de
correlação bisserial não está sujeito às mesmas restrições
43
matemáticas. Quando seu valor na pOPulação for próximo
da unidade, as flutuações da amostragem podem fazer com que
o valor encontrado ultrapasse a unidade, sobretudo quando a
amostra não foi grande, como no caso, que á de 70 alunos. -
(MARTINS, Octávio, sobre o coeficiente de correlação bisse
rial. p. 20-21).
Podemos portanto, afirmar que isto neo consti
tui nenhum erro de nossa parte, pois todos os cálculos fo
ram rigorosamente verificados.
Continuando nossa observação relativa aos exa
mes de valores desse coeficiente, veremos que doze deles
são iguais ou superiores a 0,488 e seis, iguais ou superio
res a 0,587. Podemos então, considerar esses resultados
muito bons em seu conjunto.
3.4. PERSPECTIVAS PARA FUTURAS PESQUISAS PARA O
APERFEIÇOAMENTO DA VERSAo BRASILEIRA DO
MAUDSLEY PERSONALITY INVENTORY
Os dados experimentais obtidos e anteriormente
expostos na presente dissertação abrem perspectivas diver
sas para o aperfeiçoamento de versão brasileira do Maudsley
Personality Inventory. Estas podem ser classificadas em duas
grandes categorias: as que se ocupam unicamente da dimensão
bipolar introversão-extroversão e as que incluem também a
dimensão neuroticismo. Falaremos inicialmente das primeiras.
Eysenck (1964) elaborou outro inventário o Ey
senck Personality Inventory, no intuito de obter uma forma
mais abreviada. Trata-se de um inventário contando apenas
24 questões destinado a medir as duas dimensões da personal!
dade por ele considerado fundamentais. Seu escore consiste
na soma das respostas SIM às questões:
1 3 8 10 13 17 22 25 27 39 44 46 49 53 56
44
e NAo às questões:
5 15 20 29 32 37 41 51
Um procedimento paralelo para o caso da forma
brasileira do inventário consistiria em reduzir o escore
em extroversão à soma (positiva ou negativa) das questões
da TABELA 9 que apresentam maior poder discriminante, isto
é, as 12 primeiras da lista. por exemplo.
Muito mais aconselhável que este trabalho ele
mentar, seria organizar um inventário que contivesse, além
destas 12 questões. um numero bastante grande de outras.
digamo~ 40. elaboradas por um psicólogo. .u um grupo de
psicólogos e redigidos da maneira que parecesse mais ade
quada para a medida da introversão.extroversão em nosso
meio. Um inventário assim organiz~do seria então aplicado
a certo número de amostras suficientemente representativas
de nossa sociedade e submetida depois a uma análise deta
lhada. A principal finalidade de uma tal análise seria a
determinação dos coeficientes de crrrrelação bis serial en
tre cada questão e a soma dos escores nas 14 questões pri
mitivas. as quais se pode desde já atribuir um grau, sufi
cientemente aceitável, de validade.
Desse modo obter-se-ia um elenco de 52 ques
tões de poder discriminante que deveria variar entre muito
bom e bastante medíocre. Com o aproveitamento das melho-
res (cujo número variaria conforme a extensão que se qui
ser dar ao inventário), ter-se-ia assegurado um bom instru
mento para medir a introversão-extroversão. Esse processo
seria muito mais recomendável (embora mais trabalhoso) que
simples conservação das 12 melhores questões originais.
Se entretanto, quisermos obter um inventário
destinado a medir as duas principais dimensões da persona-
45
lidada estarema~ diante as vm t~ebalho bem mais árduo. Ele
exige a cooperação de um ou mais psiquiatras para diagnost!
car o grau de neuroticismo dos sujeitos.
Todavia um trabalho inicial elementar poderia
ser tentado. considerando·se simplesmente as questões da
versão brasileira do inventário tidas como indicativas de
neuroticismo. Com isto. estariamos com uma aproximação de
um inventário destinado a medir também a neuroticidade. mas
sem uma comprovante adequada da validade dos resultados
(que Toi possível obter no caso da extroversãol.
~ possível que a imaginação criadora de
para
outros
soluções pesquisadores encontre outros meios simples
adequadas. Entretanto. o ideal seria seguir no Brasil os
passos essenciais adotados na Inglaterra por Eysenck.
Uma grande equipe da qual constariam psicólogos
da personalidade. psiquiatras. estatísticos e especialistas
em medidas psicológicas e em computação eletrônica. teriam
a incumbência de repensar todo o problema desde os seus Tun
damentos, bem como de planejar e realizar uma pesquisa de
grande magnitude. Será utopia pensar num trabalho desta en
vergadura entre nós?
. / .
46
4. CONCLUSOES
1a.) Os primeiros resultados do trabalho expe
rimental realizado indicaram que a versão brasileira do
Maudsley Personality Inventory apresentou um coeficiente
de precisão (reliability coefficient) igual a 0.776 e um
coeficiente de validade (validi ty coefficient) igual a 0.561.
tomando-se como critério um questionário por nós organiza
do. Cabe notar que estes dados se referem apenas a dimen
sao introversão-extroversão do M.P.I.
Comentários - Estes resultados podem ser consi
derados muito satisfatórios pelos seguintes motivos:
a) A forma do M.P.I. comunicada por Eysenck a
Professora Riva Bauzer ainda estava em estágio experimen
tal.
b) A adaptação brasileira teve que lutar com
as dificuldades da tradução de um para outro idioma. A di
ferença das tradições e dos comportamentos entre os dois
países obrigou a alterações na natureza das questões em
pregadas.
c) O grupo com o qual foi feito o trabalho
(alunos de uma mesma escola) é bastante homogêneo em rela
ção à população total. t sabido que a homogeneidade de uma
amostra conduz a coeficientes mais baixos que os que se
riam encontrados com uma amostra formada por elementos he
terogêneos.
2a.) O cálculo feito do poder discriminante das
questões por meio do coeficiente de correlação bisserial
apresentou. como seria de esperar. valores que vão de mui
tos altos até muito baixos. Entretanto. 58% desses valo-
res se mostraram superiores a 0,400. Isto indica que, en-
47
tre as questões. há muitas que devem ser consideradas de bom
valor preditivo para a organização de um inventário para me
dida conveniente da dimensão introversão-extroversão.
Comentários - A presente pesquisa. de nature
za pioneira. abre caminho para aperfeiçoamento da versao
brasileira do Maudsley Personality Inventory. Conforme in
dicado no capItulo 3. item 3.4 desta dissertação. as pes
quisas desej5veis neste sentido podem ser de ámbito elemen
tar ou de grande envergadura. ~ de se desejar que outros
pesquisadores se interessem pelo assunto. Isto concorreria
para a obtenção de um instrumento de grande utilidade em va
rios campos. Cabe-nos assinalar especialmente o campo do
relacionamento professor-aluno. o da orientação educacional.
bem como o da orientação e o da seleção profissionais.
. / .
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WALKER, Helen & LEV, Joseph. Statistical inference. New
York, Henry Holt e Company, 1953, 487 p.
WRIGHT, Ann Taylor et alii. Introducing psychology: An ex
perimental approach. England, Penguin. 1970. 587 p.
NlvEL TIPOLÓGICO
NIVEL DE TRAÇO CARACTERIsTICO L-_~_~
NrVEL DE REAÇAO HABITUAL
·NIVEL DE ~NC'J..;t REAÇAO E5- w w w w
PECrFICA a: a: a: a:
I.
EXTROVERSAo
Füwra I A concepçúo hierárquica da persollalidade
(EYSENCK. H. J. A DESIGUALDADE DO HOMEM p. 179)
.. ~
52
nível do tipo
Nível do traço
Nível da re~po:;la
h;,bi,ual
Nível da resposta ,específica. - . ~..., .....
ri 'ri a: ri ui .. v) U; ui
INTROVERSfi..
Fig. 2 - Diagrama ilustrativo da organização hierárquica da personalidade segundo H. Eysenck (H. Eysenck. Les dimensions de la personnàlité. tr. fr .• 1950. p. 36).
\
53
/
f···· ~.:.
~", 1_--~~~------~~~~--~~------~============::::::::~~--------------------~~--------~--1 116+ ~ ._
'HORIH,S IHSCULlHAS
,",--i·. j .. eo ---:=~-- -~ --=~
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FIGURA 3 - EXEMPLO DE UM PSICoGRAMA. OS DADOS FORAM OBTIDOS ATRAV~S 00
CALIFoRNIA PSYCHoLoGICAL INVENToRY DE GoUGH.
(LAZARUS. R. - PERSONALIDADE E ADAPTAÇÃO. p. 99)
\
/
Do .. O .. :-:-... ~
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~Dt.1I1
EI .. [t'~fr: ... ir.1
P~
F.
hedonismo
nltlvldade I . mllltarlsm~
I etnocentrlsmo
L4: fenômenos observavel~: hábl· t05 de pensamcnlo (atitudes)
L31 fenõmeno. observáveis: há· bllos do conduta (Ir aços)
L2, 11ln6menol obser.ávolS : uporlmlntal,
dura obsl;nação versus suave obstinação
1 Pb = Pc x E
Influêncl.. . ..... extroversão • da lImblonla (E) (PS) introviJrsão
I vigilância ill!1õII!!f--.1 romlnlscênela
,...........-~:--~ duràç:lo do Imnoum poo. lorlor
LI: construção teórica
excitação • inibição (Pc) equilíbrio
I nacionalismo
traços prlm;irlos
soclôlbllldade
Impulsividade
ratlml.
ascEndência
atlvldnde
etc.
FIGURA 4 ~ REPRESENTAÇÃO DIAGRAMATICA DA TEORIA DA
PERSONALIDADE DE EYSENCK
( EYSENCK •. H. J. FACTOS E MITOS DA PSICOLOGIA p. 80)
55
\
/
TABELA 1
ESTATíSTICAS REFERENTES A PRIMEIRA APLICAÇAo DO QUESTIONAR lO
E 00 MAUDSLEY PERSONALITY INVENTORY (M.P.I.)
QUESTIONARIO M. P. I.
ESTATfSTICAS TURMAS TURMAS
1 2 3 4 1 2 3
Número de casos ---29 20 9 12 29 20 9
Médias ------------46,3 35.5 15.6 21.2 27.8 26.2 28.8
Desvios. padrão ---18.3 10.5 4.8 6.7 6.6 6.9 3.5
TABELA 2
ESTATíSTICAS REFERENTES A SEGUNDA APLICAÇAo DO QUESTIONARIO
E DO MAUDSLEY PERSONALITY INVENTORY (M. P. I.)
QUESTIONARIO M. P. I.
ESTATfSTICAS TURMAS TURMAS
1 2 3 4 1 2 3
Número de casos --- 29 20 9 12 29 20 9
Médias ------------ 50.2 36.5 16.0 27.6 29.1 26.2 29.3
Desvios padrão ---- 15.3 10.4 6.1 8.7 5.7 6.2 3.6
56
4
12
29.0
8.5
4
12
28.4
8.6
TABELA 3
COEFICIENTES DE CORRE LAÇA0 ENTRE A
PRIMEIRA E A SEGUNDA APLICAÇAo
00 M. P. I.
TURMAS N r -
1 29 0,834
2 20 0,615
3 9 0,707
4 12 0,850
TABELA 4
COEFICIENTES DE CORRE LAÇA0 ENTRE A
SOMA DOS ESCORES NO QUESTIONARIO
E A SOMA DOS ESCORES NO M. P. I.
TURMAS
1
2
3
4
N
29
20
9
12
r
0,478
0,468
0,219
0,512
57
TABELA 5
COEFICIENTES O~ CORRE LAÇA0 ENTRE A
PRIMEIRA E A SEGUNDA APLICAÇAo
00 QUESTIONARIO
TURMAS N r
1 29 0.633
2 20 0.555
3 9 0.804
4 12 0.799
58
TABELA 6
TRANSFORMAÇÃO ~ DE FISHER APLICADA As CORRELAÇOES ENTRE A PRIMEIRA E A SEGUNÓA'APLICAÇÃO DO QUESTIONARIO
TURMAS N-3 r z
1
2 3
4
- -
26 0.632 0.7447
17 0.556 0,6256 6 0.804 1,1098
9 0.799 1.0058
TABELA 7
TRANSFORMAÇÃO ~ DE FISHER APLICADA As CORRELAÇOES ENTRE A PRIMEIRA E A
SEGUNDA APLICAÇÃO DO M. P . I.
TURMAS N-3 r z - -
1 26 0,834 1,2011
2 17 0.615 0,7169
3 6 0,707 0.8812
4 9 0.850 1,2569
TABELA 8
TRANSFORMAÇÃO ~ DE FISHER APLICADA As CDRRELAÇOES ENTRE AS SOMAS DOS ESCORES DO
QUESTIONARIO E AS SOMAS DOS ESCORES NO M. P. I.
TURMAS N-3 r z - -1 26 0.478 0.5204
2 17 0.468 0.5075
3 6 0.219 0.2226
4 9 0.512 0.5654
59
60
TABELA 9
PODER DISCRIMINANTE DAS QUESTaES DO MAUDS~EY PERSDNALIry INVEN
TORY REFERENTES A EXTROVERSAo, CLASSIFICADAS SEGUNDO SEU PODER
DISCRIMINANTE.
--------------------------------------------------------------NÚMERO DA
QUESTAo
51
61
6
13
54
37
75
14
69
79
44
66
47
41
23
56
46
9
3
1
2
20
73
31
POPULARIDADE
46,2
51 ,4
53,6
88,1
67,9
37,1
66,4
70,0
70,7
48,6
27 , 1
42,9
40,7
52,1
25,0
29,6
44,3
14,3
40,7
62.1
57,9
33,4
36,4
77.1
(E.) r bis
1,028
0,724
0,665
0,659
0,645
0,587
0,581
0,573
0,547
0,514
0,507
0,488
0,458
0,425
0,379
0,357
0,349
0,346
0,326
0,298
0,152
0,122
0,118
0,092
ANEXO I
(QUESTIONARIO)
Prezado Aluno
Durante esse semestre estudamos persona
lidade e tivemos oportunidade de descobrir coisas diferen
tes que acontecem conosco e suas causas.
62
Vimos também. num enfoque especial de
Eysenck. que os individuos se diferenciem através do eixo:
Introversão - são aqueles voltados para
dentro de si mesmos e
Extroversão - os individuos voltados p~
ra o mundo exterior.
Agora. gostaríamos de solicitá-lo a no
mear seus colegas que. segundo seu julgamento. voce clas
sificaria como introvertido e extrovertido.
Agradecemos sua colaboração
MARílIA
64
ANEXO II
Inventário Maudsley
Tradução e adaptação de Riva Bauzer
Nome: Turma ........ .
Data:
Instruções: Responda às perguntas que se seguem. passando um
traço em volta da palavra "Sim" ou da palavra "Não" que apa
recem à direita. adiante de cada questão. Se você não conse
guir decidir-se entre o "Sim" e o "Não u• passe um traço em
volta do ponto de interrogação ("?").
Trabalhe rapidamente sem se preocupar com a ana
lis8 detida do sentido exato de cada questão. Neste questio
ná~io não há respostas certas nem erradas.
NÃO DEIXE QUESTOES EM BRANCO~
1 - Você costuma limitar seus conhecidos a um
pequeno grupo selecionado? Sim ? Não
2 - Você prefere a açao ao planejamento da
açã,,? Sim ? Não
3 - Quando lhe fazem alguma observação voce
tem. quase sempre. uma resposta "na ponta
da língua"? Sim ? Não
4 - Freql1entemente voce sonha acordada com
coisas irrealizáveis? Sim ? Não
5 Quando criança. sempre obedecia imediata-
mente sem resmungar? Sim ? Não
6 - Em geral. voce se mostra rápida e segura
em suas ações? Sim ? Não
7 Você tem dificuldade em fazer novas amiza
des?
8 As vezes voce "deixa para amanh~" o que de
veria fazer hoje?
9 - Você costuma encarar seu trabalho sem
maior cuidado, isto e, voce e das que "v~o
levando"?
10 FreqOentemente voce se sente irritada,
aborrecida?
11 - Você costuma meditar sobre seu passado?
12 - Depois de se comprometer a fazer alguma coi
sa, voce mantem sempre sua promessa, quais
quer que sejam as inconveniências que essa promessa acarrete?
13 - Você aprecia atividades que oferecem oport~
nidades para contatns sociais?
14 - Você costuma sentir-se acanhada na presença
de pessnas do outro sexo?
15 - As vezes voce se encoleriza?
16 - FreqOentemente você tem que enfrentar perí~
dos de solid~o?
17 - Você e muito sensível com relaç~o a vários
assuntos?
18 - FreqOentemente voce descobre que se decidiu
tarde demais?
19 - Você tem preconceitos de qualquer espéCie?
20 - Você costuma ser muito desconfiada?
21 - FreqOentemente voce se diverte "a valer~
em festas?
22 - Acontece voce passar da alegria para a tris
teza, ou vice-versa, sem motivo?
65
Sim ? Não
Sim ? N~o
Sim ? Não
Sim ? Não
Sim ? Não
Sim ? N~o
Sim ? Não
Sim ? Não
Sim ? N~o
Sim ? N~o
Sim ? N~o
Sim ? N~o
Sim ? N~o
Sim ? Não
Sim ? Não
Sim ? Não
66
23 - Você gosta de "pregar peças" aos outros? Sim ? Não
24 - Você sempre ri de uma piada pesada? Sim ? Não
25 - Freqtlentemente seus pensamentos vagueiam
quando voce procura concentrar-se? ("'.
~ ... l.m ? Não
26 - Você se classificaria corno uma pessoa ten-
sa. parecida com urna "corda esticada" Sim ? Não
27 - Depois de ultrapassado um momento crítico,
freqCentemente voce se lembra de algo que
pOderia ter feito e nao fez? Sim ? Não
28 Num jogo, prefere ganhar . perder? Sim ? Não - vece a
29 - Em geral. voce acha fácil travar novos co-
nhecimentos? Sim ? Não
30 - Você . ~ sentiu impressão esquisita de Ja a
nao ser mais a mesma pessoa que era? Sim ? Não
31 - Algum dia voce . ~ Ja encarou seu trabalho co
mo se fosse questão de vida ou morte? Sim ? Não
32 - Freqaentemente voce se perde em reflexões.
mesmo quando deveria estar participando
de uma conversa? Sim ? Não
33 - Você fica. sempre. realmente contente qua!!.
do um inimigo cruel alcança um sucesso me
recido? Sim ? Não
34 - As atividades sociais proporcionam-lhe
maior satisfação que outra coisa qualquer? Sim ? Não
35 - As idéias afluem a sua mente a ponto de
impedí-Ia de dormir? Sim ? Não
36 - Às vezes voce faz um pouco de "farol"?
37 - Em uma festa voce consegue nentregar-se"
de corpo e alma" a alegria, divertindo
se a grande?
38 - Você gosta de sonhar acordada?
39 - FreqOentemente voce se sente sem rumo e
cansada, sem motivo aparente?
40 - Todos os seus hábitos sao bons e desej~
veis?
41 - Você costuma conservar-se quieta quandO
em um grupo de pessoas?
42 - Às vezes você se sente cheia de energia
e outras vezes sem vontade Cheia de
preguiça?
43 - Você sempre responde as suas cartas pe~
soais logo que pode, depois de lê-las?
44 - Você se classificaria como uma pessoa
tagarela?
45 - Às vezes ocorrem-lhe pensamentos ou
idéias que voce nao gostaria que se tor
nassem conhecidos por outras pessoas?
46 - Você se sentiria muito infeliz se a im
pedissem de estabelecer numerosos conta
tos sociais?
47 - Você se sente mais feliz quando tem que
participar de um plano que exige rapi -
dez de ação?
48 - Você gasta muito tempo ~ecordando bons
momentos vividos no passado?
49 - Às vezes conversa
desconhece?
sobre assuntos que
67
Sim ? Não
Sim ? Não
Sim ? Não
Sim ? Não
Sim ? Não
Sim ? Não
Sim ? Não
Sim ? Não
Sim ? Não
S :'.,') ? Não
Sim ? Não
Sim ? Não
Sim ? Não
Não
50 - Alguma vez vecê já se sentiu amolada pelo
fato de um pensamentn inútil voltar vezes
repetidas a sua mente?
51 - Os outros a consideram como uma pessoa
cheia de vivacidade?
52 - Voc~ participa, as vezes, de »mex8ric~s~?
53 - Em geral seu humor e estável?
54 - Seus sentimentos são facilmente feridos?
55 - Você já pregou mentira, alguma vez?
56 - Em geral v~cê prpfere assumir a lideran
ça em atividades de grupo?
57 - Você se classificaria como uma pessoa
alegre e feliz?
58 - Às vezes v~cê se preocupa com dinheiro?
59 - Às vezes voce se" ~ente irrequieta que
nao pode ficar sentada muito tempo na
mesma cadeira?
60 - Em geral. voce se dá bem cf1m "tMd mundo"?
61 - Você se classificaria como uma pessoa
dotada de vivacidade?
62 - Alguma vez vocs já chegou atrasada ao
trabalho mu a um encontro?
63 - Às vezes voce se sente profundamente in
feliz sem motivo?
64 - FreqOentemente voce se sente perseguida
p,r sentimentós de culpa?
65 Você costuma ser melanc6lica?
66 - Vccê g~~ta de ter muitos cnmpromissos sociais?
67 - Urna vez ou outra v~ce perde o controle e encoleriza-se?
68 "
Sim ? Não
Sim ? Nãà
Sim ? Nã~
Sim ? Não
Sim ? Nãe
Sim ? Não
Sim ? Não
Sim ? Nãd
Sim ?
Sim ? Não
Sim ? Não
Sim ? Nãe
Sim ? Não
Sim ? Nâ".
Sim ? Não
Sim ?
Sim ? Não
Não
68 - As vezes voc~ se_~ente feliz. outras vezes
deprimida. sem motivo aparente?
69 - Você acha difícil divertir-se Ma valer".
mesmo numa festa animada?
70 - Em geral você é uma pessoa despreocupada?
71 - Seu humor sofre freqOentes altos e baixos.
com ou sem motivo aparente?
72 - Você declararia sempre- e Alf~ndega tudo
que traz. mesmo sabendo que nunca- desco
bririam?
73 - voeê gosts de trabalhos que exigem consi
derável atenção para detalhes?
74 - Há BCBs16esem q~e voca busca e solidão.
nio podendo tolerar a compa~hia d~ quem
quer que Qeja?
75 - Voes costuma manter-se apagada em
n16es sociais?
reu-
76 - FreqUentemente voce perde o sono por cau
sa de preocupaç6es?
77 - Entre todas as pessoas que voce conhece
há alguma de quem voce positivamente nao
gosta?
78 - Em gerai voce sente desapontamentos tão
profundamente q~e nao consegue osquecê-los?
79 - Em geral parte de voce a iniciativa para
fazer novos amigos?
80 - Voci gosta de participar de uma "torcida"
organizada. cheia de entusiasmo?
. / .
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Si~
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
69
? Não
? Não
? Nã~
? Não
? Não
? Não
? ~ão
? Não
? Não
? Não
? Não
? Não
? Não
71
ANEXO 111
GLOssARIO
1. AMOSTRA - "Conjunto de elementos selecionados dentre os
de uma população. para ser estudado com o fim
de fornecer informações sobre a população de
onde foi selecionado".
NOVAES. M. HELENA- Glossário de termos refe
MARTINS. OCTAvIO rentes aos testes de medi-
das psicológicas.
Rio. FGV-ISOP. 1968. p.OS.
2. ANALISE DAS QUESTOES - "Processo estatístico de avaliar
as qualidades das questões de um teste. incl~
indo pelo menos a determinação da dificulda
de de cada questão e seu poder discriminante".
NDVAES. ~. HELENA- Glossário de termos refe
MARTINS. OCTAvIO rentes aos testes de medi-
das psicológicas.
Rio. FGV-ISOP. 1968.
p. 06 - 07.
3. ANALISE FATORIAL - "Processo matemático de analisar um
grupo de variáveis correlacionadas entre si.
de modo a explicar suas correlações pela in
fluência de um numero menor de outras variá
veis. chamadas fatores. aos quais se pode em
geral atribuir uma significação psicológica".
NOVAES. M. HELENA -Glossário de termos refe
MARTINS. OCTAvIO rentes aos testes de medi-
das psicológicas.
Rio. FGV-ISOP. 1968. p.7.
4. ANSIEDADE - "Mal estar físico e psíquico. caracteriza
do por temor difuso. sentimento de insegu-
rançaM.
LIMA. LEONARDO. PEREIRA - Dicionário de Psi
cologia Prática.
são Paulo. Honor.
1971. V. I p. 32.
5. ANGOSTIA - "Sentimento de forte apreensao a uma amea
ça vaga e tida como inevitável de uma for
ça interior (opondo-se portanto ao medo e
a ans~edade. que aparecem diante de um ob
jeto concreto e exterior)".
LIMA. LEONARDO PEREIRA - Dicionário de Pai -cologia Prática.
são Paulo. Honor,
1971. V.I p. 30.
6. APRENDIZAGEM - "Processo que conduz à aquisição de cer
ta capacidade para responder de forma ade
quada ~ uma situação nova ou já conhecida".
LIMA. LEONARDO PEREIRA - Dicionário de Psi-
cologia Prática.
são Paulo. Hcnor.
1971. V.I p. 35.
7. AVALIAÇAO - "~rocesso qualquer de exprimir por meio de
números ou categorias lógicas as modalida
des de um fen6meno".
N~VAES, M. HELENA - Glossário de termos re
MARTINS, OCTAVIO ferentes aos testes de
medidas psicológicas.
Rio, FGV-ISOP. 1968.
p. 7.
72
73
8. COEFICIENTE DE CORRELAÇAo - "De um modo geral. um coefi-~ ,',
ciente que indica o grau de relação ou inter-
dependência entre duas variáveis. Destes. o
mais empregado e de maior interesse é o coefi
ciente pearsoniano de c.orrelaçãn linear (---)
Além d. coeficiente de Pearson. cabe assina
lar (---) o coeficiente de correlação bisse
ria1. em que uma das variáveis se apresenta
sob forma dicot5mica".
NOVAES, M. HELENA - Glossário de termos refe
MARTINS. OCTAvIO rentes aos testes de medi
das psicológicas.
Rio. FGV-ISOP. 1968.
p. 8-9.
9. COEFICIENTE DE PRECISA0 - "Coeficiente que mede a p1"8ci
sao de um teste. PHde ser obtido por vários
métodos:
a) pela correlação entre duas fOrmas parale
las do mesmo teste aplicadas ao mesmo gru
po (mét"do das formas paralelas);
b) pela cl'.rrelaçãe entre duas ap11caçõea su
cessivas. c~m intervalo cftnveniente.do mes
ma teste ao mesmo grupo (métoao do re-tes
te) ;
cl pelo seccianamen~6 do teste em duas meta
des equivalentes. c~rr1gind~-se o coefici
ente de correlaçãA entre os escores nas
duas metades pela fórmula Spearman-Brown
(método do seccionamento)".
NOVAES. M. HELENA - Glossário de termos re
MARTINS. OCTAvIO ferentes aastestes de
medidas'psi601ógicas.
Rio. FGV~ISOP, 1968.
p.9. '
74
--,.. 10. COEFICIENTE DE VALIDADE - "Coeficiente de correlação en
tre ~~ resultados da aplicação de um teste a
um grupo e os da aplicação ao mesmo grupo do
critério de validação. isto é. de uma avalia
ção tão perfeita quant~ possível daquilo que
se quer avaliar",
NOVAES. M. HELENA - Glossário de termos refe-
MARTINS. oCTAVIo rentes aos testes de medi
das psicológicas.
Rio. FGV-ISoP, 1968. p.10.
11. CORRE LAÇA0 - "Grau de ligação ou interdepend~ncia entre
dois fenômenos ou variáveis.
elevada indica a tend~ncia
Uma correlação
apresentada pelos
dois fenômenos a variarem concomitantemente
no mesmo sentido, mas não indicam necessaria
mente uma relação de causa e efeito entre
eles".
NoVAES, M. HELENA - Glossário de termos refe
rentes aos testes de medi
das psicológicas.
Rio, FGV-ISoP, 1968.
p.10-11.
12. CoRREÇAo DA ATENUAÇAo - "Correção a introduzir no coefi
ciente de correlação entre duas variáveis,
quando se tem o propósito de obter uma estima
tiva de sua correlação intrínseca, isto é, da
correlação que existiria entre elas, se ambas
fossem isentas de erros de medidas".
NOVAES, M. HELENA - Glossário de termos refe
MARTINS, oCTAvIo rentes aos testes de me-
didas psicológicas.
Rio, FGV-ISoP. 1965,
p. 10.
/
75
13. DESVIO PADRAo - PMedida de variabilidade ou dispers~o
de uma distribuição de frequências.cujo va
lor é igual à raiz quadrada da média dos
quadrados dos desvios. contados à partir da
média da distribuiçã~».
NOVAES. M. HELENA - Glossário de termos re
MARTINS. OCTAvIO ferentes aos testes de
medidas psicológicas.
Rio. FGV-ISOP, 1968.
p. 12.
14. DEPRESsAo - "Estado mental mérbida que se caracteriza
por lassidãn, desânimo. fadiga e freqOente
mente é 600mpanhada de ansiedade ma1~ ou m~
nos acp~tuada".
LIMA, LEONARDO PEREIRA - Dicionário de Psicn a= 10gia Prática.
são Paulb. H~nor.
1971. V.I. p. 129.
15. D!STfMICO - MPaciante neurótico que sofre de ansiedade,
depressão e sintomas ~bcessiv~-tompulfivo".
LIMA, LEONARDO PEREIRA - Dicibná~iM de Psi
cologia Prática.
sã~ Paulo, Honor.
1971. V.I. p.162.
16. EXTROVERSAo-INTROVERSAo - "t uma dimensão que se este~
de entre deis extremns e poesui uma região
média. cujaa características não pertencem nem a um. nem a nutro. Os dados empíric~6
fazem-nos crer que a maior parte das pessoas se l~caliza na região média".
EYSENCK. HANS JURGEN - Fact~s e mitos da ps! cnlogia.
sâ6 Paulo, IBRASA. 1968', p. 6·1.
76
17. EXCITAÇAo - »~ a etividade de formaç~o da conexao envol
vida na tranemiss~o de impulsos neurais en
tre regi5es diferentes do c6rtex».
WRIGHT, ANN TAYLOR - Introducing psychology.
ET ALII An oxperimental appro
acho
England, Penguin, 1970
p. 538.
18. FLUTUAÇAo DE AMOSTRAGEM - "Variaç8es, devidas ao acaso,
dos valores das Estatfsticas:de uma p~ra ou'
tra amostra tiradas da mesma populaç~on.
NOVAES. M. HELENA - Glossário de termos re
MARTINS, OCT~VIO ferentes aos testes de
medidas psico16gicas.
Rio. FGV-ISOP, 1968,
p. 19.
19. HISTERIA - "Neurose causada por conflitos pSicol6gi
cos e que se caracteriza pela hiperexpres
sividade somática das idéias, das imagens
e dos atos inconscientes".
LIMA, LEONARDO PEREIRA - Dicionário de Psi
cologia Prática.
S~o Paulo, Honor,
1971. V.II. p.274.
77
20. INIBIÇAo -"~ um.processo similar ~ fadiga. que se de
senvolv~ cemo uma consequincia da excitaç~ci e
age para impedir a passagem futura de impul
sos neurais excitat6rios".
W~IGHT. ANN TAYLOR - Introducing psychology.
An experimental approach.
England. Penguin. 1970.
p. 5:38.
21. INTERCORRELAÇAo - "Expres~~o geralmente aplicada ao con
junto das correlações observadas entre um gr~
p~ de testes ou outras variáveis, considera
das duas a duas".
NOVAES. M. HELENA - Glossário de termos refe
MARTINS, OCTAvIO tentes aos testes de medi
das psicol~gicas.
Rio. FGV-ISOP. 1968. p.21.
22. NEUROSE - "Afecç;o mentel caracterizada po~ transtornos
funcionais que ";0 alcançam a per9óhalidade~
As principais neur~ses sao a histéria 8 a ps!
castenia".
LIMA, LEONARDO PEREIRA - Dicionário de Psico
logia Prática.
são Paulo, Honor, 1971,
V.IL p. 383.
23. PSICOSE - "Alteraç~o grave na fuMç~n psico16gica do indi
v!duo que acarreta defici~ncias na capacidade
pa.ra distinguir. avaliar e apreciar a r8alid~
de".
LIMA. LEONARDO PEREIRA - Dicionário de Psico
logia Prática.
são Pauln, Horr~r. 1971.
V.IL p. 518.
78
24. PSICASTENIA - »Ansiedade. sensaçao de incapacidade e pe~
da de personalidade. fraqueza intelectual
e tendência mórbida para dúvidas e hesita
ções».
LIMA. LEONARDO PEREIRA - Dicionário de Psi
cologia Prática.
são Paulo. Honor. 1971.
V.II. p. 462.
25. PRECIS~D - "Chama-se precisãa de um teste. ou qualquer
26. QUEST~O
27. TIPO
outro instrumento de medida. a exatidãn
com que ele mede aquilo que realmente mede.
Distingue-se da validade. que é exatidão com
que o teste mede aquilo que queremos medir . ou avaliar. SlnõniffiQ: fidedgnidade".
~. . NDV~ES. M. HELENA - Glossario de termbs re-
MARTINS. OCT~VIO ferentes aos testes de
medidas psicológ~oas.
Rio. FGV-ISOP.1968. p.26.
"Qualquer uma das perguntas bu pr~blemas. cujo
cnnjunto constitui um teste N•
NOVAES. M. HELENA - Glossário de termos re
MARTINS. OCTAvID ferentes ans testes de
medidas psicológicas.
Rio. FGV-ISOP. 1968. p.27.
-·"Cla5siflca~;~ racional dos individuos hu
m~riQs, ~egundo a sua personalidade~.
LIMA. LEONARDO PEREIRA - Dici~nári~ de Psi
cologia Prática.
são Paulo. Honor. 1971.
V.III p .. 690.
28. TRAÇO - uConslderando a personalidade do indivíduo. e
certa qualidade particular do seu comportame~
to. caracterizando o indivíduo em relação ao
seu campo de atividades e mantendo-se cons
tante durante certo período de tempo".
LIMA. LEONARDO PEREIRA - Dicionário de Psico
logia Prática.
são Paulo. Honor.
1971. V.III. p.701.
29. TESTE INVENTARIO - "Deslgnaç~o frequent~mente aplica
da a certos queetionirios de 'interesse ou de
personalidade. bem dorn~ ate~tes destinados
a verificar a pr~ficiencia dn examinandr numa
área ampla de conheclme"t~a".
NOVAES. M. HELENA - Gles~ãrici de termos refe
MARTINS. OCTAvIO rentes aos te~te~ de medi
das psico16g1cas.
79
Rio. FGV-ISOP. 1968.p.33.
30. TRANSFORMAÇAO DE Z DE FISHER - "Transfnrmaç~h d~ cdefi-
ciente pearsoniano de cnp~81ação por
equaçÇlo:
Z c arg t~h r = 1 2
log e 1 + r
1 r
meio da
A variável z apresenta dist~ibuiçãA de amos
tra que. com apr~xlmação qua~B sempre ~ufician
te. pode ~er considerada~ ~esmopara pequena~
amostras. c~mo distribuição nrrroal com desvio
padrão igual a
1/\/n-"3.' independente do valor da correlação
no universo".
MARTINS. OCTAvIO - Sobre o cl1'sficiente de cor
relaçã".
Rio. SENAI. 1948. p. 62.
31. VALIDADE • "E~atidio cem que o teste avalia aquilo que
se ~retende avaliar. A validade é expressa
numericamente pelo coeficiente de validade.
quando é possível obter um critério satisf~
tório. isto é. outra medida tio exata. qua~
to possível. do que se pretende avaliar".
NDVAES. M. HELENA - Glossário de termos re
MARTINS. DCT~VIO ferentes aos testes de
medidas psicológicas.
Rio. FGV-ISOP. 196B.
p. 34.
32. VARIANCIA - "Quadradn do desvio padr~o de uma distri
buiçio. ou. em outras palavras. a média dos
quadrados dos desvios, contados a partir da
média de distr1buiç~o~.
NOVAES. M. HELENA - Glossário de termos re
MARTINS. OCT~VIO ferentes aos testes de
medidas psicológicas.
Rio. FGV-ISOP. 1968.
p. 35.
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