mário de andrade / macunaima / modernismo

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Slide sobre Mário de Andrade e sua principal obra "Macunaíma" Trechos; Análises; Imagens

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Grandes Mordernistas

Edmar Ruvsel – Literatura

Mário Raul de Andrade

• Idealizador da semana de 22;

• Experimentalista;

• Músico, professor, literato,

estudioso de culturas;

• Departamento de cultura;

• Poeta e Prosador;

Macunaíma, o herói sem nenhum caráter

Macunaíma

Escrito por Mário de Andrade, essa rapsódia foi publicada em 1928 e é considerado um dos grandes romances Modernistas do Brasil.

Primeiro cartaz do filme Segundo Cartaz

Análise da obra

“No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma.”

― Mário de Andrade

Dezessete capítulos estão unidos de forma harmônica, sendo

quebrada somente pelo 9º capítulo Deparando-nos com a Esfinge,

somos convidados a descobrir seu enigma: o próprio título apresenta

uma constituição circular.

MA / CUNAÍ / MA — CUNAÍ — ÚNICA MA — ÚNICA — MA

É interessante notarmos que o — MA — inicial e o final podem estar

relacionados ao nome do autor, Mário de Andrade, ou ao movimento

Antropofágico. Teríamos então:

Mário de Andrade, único, do Movimento Antropofágico.

Características

Vocábulos indígenas e africanosGíriasProvérbiosDitados popularesModismosAnedotas da história brasileiraErotismoSurrealismoO fantástico se confunde com o realSuperstiçõesAspectos da vida urbana e rural do Brasil

Narrador

Embora predomine o foco da 3ª pessoa, Mário de Andrade inova utilizando a técnica cinematográfica de cortes no discurso do narrador, interrompendo-o para dar vez à fala dos personagens, principalmente Macunaíma. Esta técnica imprime velocidade, simultaneidade e continuidade à narrativa.

Tempo e Espaço

Por tratar-se de uma narrativa mítica, o tempo e o espaço da obra não estão precisamente definidos, tendo como base a realidade. Pode-se dizer apenas que o espaço é prioritariamente o espaço geográfico brasileiro, com algumas referências ao exterior, enquanto o tempo cronológico da narrativa se mostra indefinido.

Macunaíma

É o personagem principal do livro, é individualista, preguiçoso e faz o que deseja sem se preocupar com nada. Além disso, é vaidoso, mente com a maior facilidade e gosta, acima de tudo, de se entregar aos prazeres carnais.

“Ai que preguiça”

Maanape irmão de Macunaíma. Tinha fama de feiticeiro e representa o povo negro.Jiguê outro irmão de Macunaíma. Representante do povo indígena. Sofarácompanheira de Jiguê com quem Macunaíma “brincou” diversas vezes. 

Iriquisegunda mulher de Jiguê. Macunaíma também “brincou” com ela diversas vezes, vindo à ganha-la de presente porque Jiguê achou que não valia a pena brigar por causa de uma mulher. Cia Mãe do Mato. Foi o grande e único amor de Macunaíma. Engravidou dele, mas perdeu o filho e transformou-se em estrela. Foi ela quem deu a Muiraquitã a Macunaíma.

Venceslau Pietro Pietra ou Piaimãgigante comedor de gente, que roubou a muiraquitã de Macunaíma. Veié “a sol”. Tem duas filhas e quer que Macunaíma case com uma delas. Ceiucimulher do gigante Piaimã é uma velha gulosa comedora de gente. 

Oibê é um "minhocão, variante da cobra-grande amazônica", que dá uma tremenda canseira no herói porque este Ihe comera a pacuera (fressura de animal)Capei era a cobra boiúna (cobra grande) que Macunaíma, dando uma de herói, matou para salvar Naipi, amada de Titçatê. A cabeça, cortada pelo herói, tornou-se lua.

“Lá chegado ajuntou os vizinhos, criados a patroa cunhãs datilógrafos estudantes empregados-públicos, muitos empregados-públicos! Todos esses vizinhos e contou pra eles que tinha ido caçar na feira do Arouche e matara dois”

(Cap. XI – A Velha Ceiuci)

“Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava: – Ai! Que preguiça!... e não dizia mais nada. Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros (...)” 

“Então pegou na gamela cheia de caldo envenenado de aipim e jogou a lavagem no piá. Macunaíma fastou sarapantado mas só conseguiu livrar a cabeça, todo o resto do corpo se molhou. (...) Porém a cabeça não molhada ficou pra sempre rombuda e com carinha enjoativa de piá.”  

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