manejo integrado de pragas (mip) e a cafeicultura maurício josé fornazier (incaper)
Post on 24-May-2015
6.450 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
+ +
SUSTENTABILIDADE DA CAFEICULTURA
ecológica econômica social
cultural política
ética
Manejo Integrado de Pragas→ A filosofia e metodologia de restringir as populações das
pragas a níveis não prejudiciais (Huffaker, 1970)
→ Implantar um sistema de manejo de praga que se utiliza de todas as técnicas adequadas, de maneira compatível para reduzir a população da praga e mantê-la em nível abaixo daqueles causadores de prejuízo econômico (Wearing, 1988).
→ A utilização de técnicas para a manipulação dos ecossistemas agrícolas com o objetivo de manter a população dos insetos numa condição de não praga, de forma econômica e harmoniosa com o ambiente (Crocomo, 1990)
→ Integração de todas as técnicas de controle disponíveis e apropriadas para manter as populações de pragas abaixo do limiar de dano econômico, causando o menor impacto possível ao agroecossistema.
Manejo Integrado de Pragas→ A filosofia e metodologia de restringir as populações das
pragas a níveis não prejudiciais (Huffaker, 1970)
→ Implantar um sistema de manejo de praga que se utiliza de todas as técnicas adequadas, de maneira compatível para reduzir a população da praga e mantê-la em nível abaixo daqueles causadores de prejuízo econômico (Wearing, 1988).
→ A utilização de técnicas para a manipulação dos ecossistemas agrícolas com o objetivo de manter a população dos insetos numa condição de não praga, de forma econômica e harmoniosa com o ambiente (Crocomo, 1990)
→ Integração de todas as técnicas de controle disponíveis e apropriadas para manter as populações de pragas abaixo do limiar de dano econômico, causando o menor impacto possível ao agroecossistema.
Σ = Ações que
compõem o
manejo da
cultura
Manejo da resistência
7
Desenvolvimento Sustentável
Sistemas de Fazendas Integradas/Agricultura Sustentável
Manejo Integrado de Cultivos
Manejo Integradode Pragas
Controle Químicoe Manejo daResistência
FINALIDADES DO MIP
Redução da Incidência de Pragas
Redução do Uso de Agrotóxicos
Produto sem Resíduos de Agrotóxicos
Produto Certificado
Menor Contaminação do Meio Ambiente
Melhoria na Qualidade de Vida
Maior Lucro para o Produtor
Fases do MIP
Definição das pragas chaves e das pragas secundárias e seus inimigos naturais;
Definição do limiar de dano econômico;
Monitoramento destas populações dentro do agroecossistema;
Uso de técnicas de manejo apropriadas e agentes de controle biológico;
Avaliação da efetividade das medidas tomadas.
TOMADA DE DECISÃO – QUANDO APLICAR O CONTROLE QUÍMICO ?
Efetuada pela análise econômica da cultura e da
relação custo / benefício de controle da praga.
Nível de dano econômico:
% Dano = custo controle x 100
Valor da produção
Função do nível populacional da praga que causa prejuízo à produção;
% dano causado; prejuízo causado à produção.
NÍVEL DE AÇÃO:quando se deve proceder ao controle
NÍVEL DE NÃO-AÇÃO:quando se deve esperar para agir.
Observação quanto ao nível de insetos vivos e presença de inimigos naturais.
Qualquer forma de vida vegetal ou animal, ou qualquer agente patogênico
daninho ou potencialmente daninho para os vegetais e produtos vegetais;
referência: Art. II do novo texto da Convenção Internacional para Proteção de
Vegetais, adotado na XX Sessão da Conferência da Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO, bem como pela Resolução 14/79, promulgada pelo Decreto 318, de 31 de outubro de 1991.
Pragas
MANEJO DE PRAGAS
DO CAFEEIROALVOS BIOLÓGICOS
PRAGAS INSETOS E ÁCAROS
SERES VIVOS
CLIMA ALIMENTOS
(NÍVEL POPULACIONAL)
Fase/Temperatura 19,2°C 22,0°C 27,0°C
Incubação 13,5 6 4
Larval 29,5 14 11
Prepupal 6,0 4 2
Pupal 14 8 4
Evolução total 63 32 21
Ciclo sob diferentes
temperaturas (em dias)
Fonte: Oliveira (1982).
BROCA-DO-CAFÉ
SET DEZ MAR
A B
Estiagem em A e
Chuva em B
Broca não sobrevive Broca reduz atividade
Chuvas normais A eEstiagem em B
Broca sobrevive Broca pode explodir
SITUAÇÃO CONSEQUÊNCIA
SET a DEZ JAN a MAR
Chuvas normais A e B Broca sobrevive Broca reduz atividade
CLIMA E INFESTAÇÃO DA BROCA
REPRESENTAÇÃO DOS FRUTOS
BROCADOS E PERFURADOS PELA BROCA-
DO-CAFÉ
Perfurados
Brocados
Perdas ocasionadas pela broca-do-café no
Estado do Espírito Santo. 1999.
DANOS DA BROCA
Fonte: De Muner et al., 2000.
Valor (R$ milhões)Café Produção
(Milhões de
sc.ben.)
N° de sacas
perdidas pela
broca (mil)
Perda de
peso
Perda de
qualidade
Total
perdido
Arábica 2,2 69,30 9,702 22,00 31,702
Conilon 4,0 84,80 8,480 * 8,480
Total 6,2 154,10 18,182 22,0 40,182
R
E
S
U
L
T
A
D
O
S
A
R
Á
B
I
C
A
R
E
S
U
L
T
A
D
O
S
C
O
N
I
L
O
N
MANEJO DA
BROCA DO CAFÉAMOSTRAGEM
COLHEITA BEM FEITA / REPASSE
UMIDADE NO ARMAZENAMENTO
CONTROLE QUÍMICO ????
PREJUÍZOS
LESÕES NECRÓTICAS NAS FOLHAS
QUEDA DE FOLHAS
DIMINUIÇÃO NO PEGAMENTO DOS FRUTOS
QUEDA DE FRUTOS
REDUÇÃO DO PESO DOS FRUTOS
LAVOURAS NOVAS – RETARDAMENTO DO CRESCIMENTO
– REDUÇÃO DA 1ª PRODUÇÃO
BICHO-MINEIRO
ÉPOCAS DE OCORRÊNCIA:
– VIVEIROS
– TEMPERATURAS ELEVADAS X PERÍODO SECO
– PRINCIPALMENTE EM JANEIRO/FEVEREIRO
– LAVOURAS MAIS ABERTAS
BICHO-MINEIRO
CICLO:
OVO – 5 a 21dias
LAGARTA – 9 a 40 dias
PUPA – 5 a 26 dias
ADULTOS – 15 dias
_________________
CICLO TOTAL – 19 a 81 dias
BICHO-MINEIRO
BICHO-MINEIROAMOSTRAGEM:
TALHÕES DE 3000 A 5000 PLANTAS
COLETAR CERCA DE 200 FOLHAS/ TALHÃO
REGIÃO MÉDIA SUPERIOR – 3º/4º PAR DE FOLHAS
CONTAR O Nº DE FOLHAS COM LAGARTAS VIVAS
CONTROLE: 30% FOLHAS COM LAGARTAS
VIVAS
Lavouras novas e viveiro:Controle primeiros sintomas/reboleira – lagartas vivas
CIGARRAS DO CAFÉ
• CERCA DE 80 ESPÉCIES NATIVAS
• RETIRADA DAS FLORESTAS NATURAIS
• ADAPTAÇÃO DE ESPÉCIES ÀS NOVAS CULTURAS
Q. gigas Q. sodalis
Dorisiana viridis Dorisiana drewseni
Carineta spp
CICLO DE VIDA:
Longo no solo
Curto adulto
CIGARRAS DO CAFÉ
CIGARRAS DO CAFÉ
MANEJO
AMOSTRAGEM DAS ÁREAS PARA CONSTATAÇÃO DE INCIDÊNCIA
POR TALHÃO
LAVOURAS VELHAS: RECEPAR OU ARRANCAR; PROBLEMA DE
REBROTA
LAVOURAS ENFOLHADAS: RECEPA COM PULMÃO E APLICAÇÃO
DE CONTROLE;
LAVOURAS COM MENOR INFESTAÇÃO: CONTROLE QUÍMICO COM
DECOTE;
INTERVENÇÃO DE RECEPA (DECOTE POR APRECIAÇÃO),
OBSERVANDO-SE O ESTADO DA PLANTA
CIGARRAS DO CAFÉ
MANEJO
USO DE CONTROLE QUÍMICO:
PREFERÊNCIA PARA NICOTINÓIDES
+ CONTROLE EFICIENTE
+ MENOS AGRESSIVO
+ CLASSE TOXICOLÓGICA IV
+ GRANULADO OU WG (VIA LÍQUIDA)
APLICAÇÃO NO INTERIOR DA SAIA OU NO COLO DA
PLANTA (DRENCH);
OUTUBRO/NOVEMBRO = ÉPOCA DE CHUVA;
CONTINUAR AMOSTRAGEM NOS ANOS SEGUINTES
CIGARRAS DO CAFÉ
INSETICIDA DE SOLO NÃO É ADUBO
MANEJO DA LAVOURA:
PODA
DECOTE
ADUBAÇÃO
CONTROLE
MOSCA DAS RAÍZES
MANEJO
SEMELHANTE À
CIGARRA;
DEIXAR ÁREA
MUITO INFESTADA EM REPOUSO
MANEJAR O MATO
ÁCARO BRANCO
ÁCARO VERMELHO
ÁCARO VERMELHO
COCHONILHA
DAS RAÍZES
ortézia
cochonilha da roseta
COCHONILHA DA ROSETA
Clones precoces mais atacados
Aumento da população:
Floração até a colheita
A partir de set/estabelecimento nov/dez
Início das irrigações: Indução do florescimento
Infestação até março/abril
Hábito
Disseminação: Ninfas e adultos móveis
Plantas daninhas
Formigas pretas e lava-pé
Refúgio: Raízes principal e secundárias do café
Plantas cultivadas
Cochonilha Branca da Roseta(Planococcus citri e P. minor)
Cochonilha Roseta
Cochonilha Roseta
Época de controle via foliar
ImportanteAcompanhamento da infestação nas rosetas
Volume de calda: alto volume de
calda
Molhar bem o interior da planta
Equipamento: tratorizado ou
trapp (capeta)
Utilização de produtos via solo:
Eficiência relativa; dependente da
infestação inicial.
época de aplicação;
dose;
histórico da área;
acompanhamento posterior da
infestação;
Reaplicação foliar, se necessária.
Lagarta da roseta
BROCADOS
RAMOS
Barreiras à
implantação do MIP Pode ser mais oneroso para ser
implementado;
Requer que todos envolvidos tenham participação ativa;
Requer mais habilidades e conhecimentos que as exigidas pelo controle químico tradicional;
Requer atenção/acompanhamento contínuo / dedicação.
Desafios do MIP→ Desenvolvimento de tecnologia para todas as
pragas-chaves;
→ Definição de técnicas de amostragem
confiáveis e viáveis economicamente;
→ Quantificação dos danos e definição do limiar
de dano econômico;
→ Transferência da tecnologia e adoção pelos
usuários/cafeicultores;
→ Formação de profissionais-pragueiros.
Obrigado pela paciência !
top related