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Post on 16-Dec-2018
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Francisco Bergson Pinheiro Moura Médico Veterinário
e-mails: bergson.moura@saude.ce.gov.br
bergson.moura.live.com
Definição
Doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são
protozoários transmitidos por vetores.
Possui elevada incidência na região amazônica e potencial
gravidade clínica.
Causa consideráveis perdas sociais e econômicas na população sob
risco, principalmente aquela que vive em condições precárias de
habitação e saneamento.
Cerca de 3 milhões de pessoas
morrem de malária por ano no
mundo.
Agente etiológico
Protozoários do gênero Plasmodium. No Brasil, três espécies estão
associadas à malária em seres humanos: P. vivax, P. falciparum e P. malariae.
Em relação ao P. ovale, nunca foi registrada transmissão autóctone no Brasil
estando restrita a determinadas regiões do continente africano e a casos
importados de malária no Brasil.
Reservatório
O homem é o único reservatório com importância
epidemiológica para a malária humana.
Vetor
Os mosquitos vetores da malária pertencem à família
Culicidae, gênero Anopheles Meigen, 1818.
Este gênero compreende aproximadamente
400 espécies, das quais cerca de 60
ocorrem no Brasil.
Tais mosquitos são popularmente conhecidos
por “carapanã”, “muriçoca”, “sovela”, “mosquito-prego” e
“bicuda”.
O principal vetor de malária no Brasil é o An. darlingi, cujo
comportamento é extremamente antropofílico e, dentre as
espécies brasileiras, é a mais encontrada picando no interior e
nas proximidades das residências.
Transmissão
Através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada
por Plasmodium.
Os vetores são mais abundantes nos
horários crepusculares, ao entardecer e
ao amanhecer.
São encontrados picando durante todo o período noturno,
porém em menor quantidade em algumas horas da noite.
Não há transmissão direta da doença de pessoa a
pessoa. Raramente pode ocorrer a transmissão
por meio de transfusão de sangue contaminado
ou do uso compartilhado de seringas
contaminadas. Mais rara ainda é a transmissão
congênita.
Anopheles
Anopheles
Um mosquito causa infecção através da alimentação sanguínea:
1º) Esporozoitas entram na corrente sanguínea e migram para o fígado;
2º) Esporozoitas infectam as células sanguíneas, onde se multiplicarão em merozoitas;
3º) Merozoitas rompem as células do fígado e retornam à corrente sanguínea;
4º) Merozoitas infectam as células do sangue e desenvolvem-se em formas circulares
chamadas trofozoitas e esquizontes;
5º) Trofozoitas e esquizontes produzirão mais merozoitas.
As formas sexuais são também produzidas que ao serem captadas pela picada do
mosquito irão infectá-lo e darão continuidade o ciclo da vida.
Esporozoitas (sangue e fígado)
Merozoitas (fígado e sangue)
Trofozoitas e Esquizontes (sangue)
Merozoitas
multiplicam-se
desenvolvem-se
produzem
* Formas sexuais
no sangue
Período de Incubação
Varia de acordo com a espécie de plasmódio. Para P. vivax, 13
a 17; e P. malariae, 18 a 30 dias.
Sintomas
O quadro clínico típico é caracterizado por:
• febre alta, acompanhada de calafrios,
• sudorese profusa e cefaléia, que ocorrem
em padrões cíclicos, dependendo da
espécie de plasmódio infectante.
Diagnóstico
DIFERENCIAL É feito com a febre tifoide, febre amarela, leptospirose, hepatite infecciosa,
Calazar, doença de Chagas aguda e outros processos febris.
LABORATORIAL O diagnóstico de certeza da infecção malárica só é possível pela demonstração do
parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente, pelos
seguintes métodos diagnósticos especificados:
Gota espessa – é o método oficialmente adotado no Brasil para o diagnóstico
da malária. Método simples, eficaz, de baixo custo e fácil realização. Sua técnica
baseia-se na visualização do parasito através de microscopia óptica, após
coloração com corante vital (azul de metileno e Giemsa), permitindo a
diferenciação específica dos parasitos.
Esfregaço delgado – baixa sensibilidade, porém, este
método permite, com mais facilidade, a diferenciação
específica dos parasitos.
Testes sorológicos
Gota espessa
Profilaxia
Uso de repelentes; Uso de roupas e equipamentos de proteção;
Evitar ficar ao relento, penetrar na mata;
Pescar ou tomar banho de rio do anoitecer ao amanhecer;
Uso de mosquiteiro ou cortinado;
Construir casas com paredes completas;
Evitar construir casas muito próximas à mata e coleções de água.
COMPETÊNCIAS DOS AGENTES DE CONTROLE DE ENDEMIAS
Na prevenção da Malária e na promoção da melhoria
de condições ambientais
• Realizar ações de educação em saúde e de mobilização social;
• Mobilizar a comunidade para desenvolver medidas simples de
manejo ambiental, com o objetivo de fazer o controle de vetores;
• Orientar o uso de medidas de proteção individual e familiar na prevenção
da malária, tais como:
• Utilizar telas nas janelas das casas e uso
de mosquiteiros;
• Evitar a sair nos horários em que o mosquito costumam picar as
pessoas;
• Permitir a borrifação dentro das casas,
quando indicada.
• trazer limpas e drenadas as áreas em que a população vive;
COMPETÊNCIAS DOS AGENTES DE CONTROLE DE ENDEMIAS
Na prevenção da Malária e na promoção da melhoria
de condições ambientais - Continuação
• Realizar a aplicação de larvicidas químicos, quando indicado;
• Realizar borrifação intradomiciliar de efeito residual, quando indicado.
COMPETÊNCIAS DOS AGENTES DE CONTROLE DE ENDEMIAS
Na identificação, no diagnóstico e tratamento
• Identificar sinais e sintomas da malária;
• Colher lâminas de pessoas suspeitas de malária,
residentes em áreas endêmicas de difícil acesso e
encaminhar para leitura. Quando não for possível a coleta
da lâmina, encaminhar a pessoa suspeita de malária para
a unidade de saúde;
• Orientar o paciente sobre a necessidade de terminar
o tratamento.
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