luciana maria allan - educação colaborativa: o papel da internet no futuro da educação

Educação Colaborativa: o papel da Internet no futuro

da Educação

Luciana Maria Allan

Tempo (em anos) que cada tecnologia levou para atingir 50 milhões de usuários no mundo

Fonte: Forbes Brasil 2005

Reflexões preliminares...

• Em 2009, 43% da população brasileira estava conectada à Internet.

• Em 2012, a previsão é de que o Brasil chegue à 7ª economia mundial, à frente da Itália.

• Novas descobertas: Pré-Sal, Olimpíadas 2014 e Copa 2016.

• Entre 1954 e 1984 foram produzidas mais informações que nos 5 mil anos anteriores. Em 1984 calculava-se que os textos científicos se duplicavam a cada 5 anos e meio; em 1990, ...

• a cada 20 meses; e em 2004, a metade dos cientistas que já viveram sobre a Terra estava viva e produzindo conhecimento.

Seligman & John (2009)

• Novas tecnologias, novas formas de operar a leitura e a escrita, novos modelos mentais.

(Brandão, 2005)

Perfil do jovem contemporâneo

Fonte: Revista Você S/A – agosto 2009

O relatório de Matthew Robson, estagiário de 15 anos do banco de investimento Morgan Stanley:

• Os jovens preferem rádio on-line que oferecem streaming de música gratuito e tem menos anúncios;

• Ainda assistem bastante à televisão, mas novos serviços, como BBC iPlayer, têm roubado audiência jovem da TV convencional;

• Os adolescentes não leem regularmente jornal, pois preferem ler as notícias na Internet de forma mais compacta e sem custo;

• Adoram jogar games com outros amigos via Internet;

• É cada vez maior o número de adolescentes que têm acesso à Internet e que estão ativos em uma combinação de redes sociais como Facebook e Twitter, usam o Google para pesquisa, o YouTube para assistir a vídeos e o MSN para se comunicar instantaneamente com seus colegas.

Competências para o Século XXI

Fonte: Revista Carreira Você S/A – dezembro 2009

Muito mais que CONHECIMENTO, as escolas precisam criar oportunidades para que os jovens

desenvolvam ATITUDES. (Soares, 2010)

Pesquisa com 63 presidentes e consultores sobre tendências

das empresas e posturas profissionais:

• A era dos nativos digitais: jovens com velocidade digital necessária para busca de soluções para os negócios modernos;

• Foco no aprendizado: adquirir experiência demanda tempo – habilidade para ouvir, cometer erros e disposição para corrigi-los;

• Autoconhecimento: sociedade atual focada no TER ao invés do SER. O jovem não tem que pensar no que ele tem, mas em quais são seus pontos fortes e a serem melhorados;

• Pense verde: as empresas querem jovens que busquem cada vez mais soluções ecologicamente corretas.

Competências para o Século XXI (Fonte: Forbes Brasil 2005)

• As empresas querem se conectar com os jovens cada vez mais cedo.

• Valorizam aqueles:– que são muito bem relacionados

(participam bem de redes sociais);

–informados (fazem buscas rápidas na Internet); e

–que se comunicam bem em mais de um idioma.

Competências para o Século XXI (Fonte: Forbes Brasil 2005)

Evolução da Humanidade

6º

ONDA

1º

ONDAAgricultura

cerca 6.000 anos

5º

ONDA

2º

ONDAIndustrial300 anos

Produção de massa

3º

ONDAInformação

Serviços

4º

ONDAInformação e Conhecimento

Espírito

Ondas do Músculo Ondas do Cérebro

Curva

da

Informação

Ondas de Mudança. Adaptado de Toffler (1980), Lynch e Kordis (1988) e Savage (1996)

Ondas do Músculo

Ondas do Cérebro

Parâmetros Curriculares Nacionais - MEC

Dar continuidade

aos seus estudos

Ingressar no mercado de

trabalho

Exercer sua cidadania

Cursos técnicosUniversidade

Pós-graduaçãoCursos Livres e

de Extensão

Competências para o Século

XXI

Vida cotidiana no colégio

Vida futura no mercado de

trabalho e nas relações pessoais

Ou não tem acesso a uma educação de qualidade outem currículo com bagagem

teórica

Falta atitude, postura e

proatividade

Aspectos Negativos

• Grandes dimensões geográficas• Condições limitadas de acesso

à educação de qualidade• Índices de analfabetismo

funcional relevantes

• Descompasso na formação docente e na sua valorização

• Gestão ineficiente do sistema público

• Falta de empregabilidade para os jovens

• Políticas públicas frágeis

Aspectos Negativos

• Universalização da Educação Básica

• Garantia de 9 anos de EF e mais 3 anos de EM

• Mobilização das redes para construção do PAR

• Instituição de sistemas de monitoramento IDEB, Prova Brasil e SAEB

Aspectos Positivos

Insumos para promover uma Educação de Qualidade

• Foco nos atores educativos (aqueles que aprendem)

• Disponibilidade de infraestrutura adequada

• Distribuição de material didático de qualidade

• Investimento na formação docente e na equipe de gestão escolar

• Remuneração adequada dos professores

• Construção da memória de cada escola

• Acesso às tecnologias digitais para a comunidade escolar

Níveis de participação dos professores em cursos de capacitação, segundo

a tecnologia empregada

FONTE: MEC/INEP, Censo dos Profissionais do Magistério da Educação Básica 2003, apud REIS, 2007, p.119.

60% nunca participaram de formação continuada para uso das TDIC.

39% participaram, mas não sabem usar as TDIC.

87% nunca foram preparados para usar a Internet.

17%, mesmo tendo sido preparados, não sabem usar.

Universo: 400 escolas em 13 capitais

•98% dos entrevistados afirmam que têm computadores nas escolas;•83% com acesso à Internet;

Pesquisa sobre o uso das TDIC na Educação

Conduzida pela FVC, IBOPE e Laboratório de Sistemas Integráveis da USP - 2009

• 18% admitem que nunca usam o laboratório de informática;

• 74% dizem que foram pouco ou nada preparados para usar as TDIC no contexto educacional, durante a formação inicial;

• Mais da metade não participou de um curso de atualização no último ano.

Personalizado, Adaptável,Interativo(Aprendizagem no Séc. XXI)

Uma Rede de Aprendizagem(Contextos do Séc. XXI)

Aprendizado para a vida toda(Aprendiz do Séc. XXI)

Ganho de Capacidade

Aprendizagem naSala de Aula

Um únicotamanhopara todos

EducaçãoBásica

É preciso repensar!!!

ConteúdosEstratégias

Ferramentas

FOCO NO CONTEÚDO

FOCO NO DESENVCOMPETÊNCIAS E

HABILIDADES

Identidade Interpessoais Mínimas Básicas

Autoconhecimento Reconhecimento do outro

Leitura e escrita Criatividade

Autoestima Convívio com a diferença

Cálculo e resolução de problemas

Gestão e produção do conhecimento

Autoconceito Interação Análise e interpretação de dados, fatos e situações

Específicas

Autoconfiança Comunicação Acesso à informação acumulada

Polivalência e versatilidade

Visão confiante de futuro

Afetividade e sexualidade

Interação crítica com a mídia

Profissionalizaç ão

Projeto de vida Convívio em grupo

Metacognitivas Gestão

Querer-ser Sociais Autodidatismo Autogestão

Autoproposição Compromisso com o coletivo

Didatismo Cogestão

Sentido da vida Compromisso com o ambiente

Construtivismo Heterogestão

Autodeterminação Compromisso com a cultura

Resiliência

Autorrealização

Plenitude

Extrato do livro Educação para o Desenvolvimento Humano. Editora Saraiva. Autores: Simone André e Antonio Carlos Gomes da Costa. 2004.

• Ler e interpretar, de forma crítica, informações disponíveis na Internet.

• Efetuar com autonomia busca e troca de informações.

• Utilizar os recursos da linguagem digital mais adequados a cada canal de comunicação.

Competências e habilidades (Informática)

• Ser capaz de contribuir com informações para a rede mundial de computadores.

• Resolver questões do dia a dia, usufruindo das possibilidades apresentadas pelos diferentes programas.

Competências e habilidades (Informática)

• Identificar as linguagens como manifestações cognitivas e integradoras da identidade pessoal e coletiva, assim como de processos culturais.

• Observar as mudanças que essas linguagens imprimiram às formas de comunicação.

Competências e habilidades (Informática)

• Refletir sobre as consequências do acesso ou não à tecnologia, quer como consumidor, quer como produtor.

• Reconhecer a necessidade de utilizar-se de outras línguas para usufruir desse potencial.

Competências e habilidades (Informática)

Algumas considerações...• O número de computadores não

deve ser empecilho.• Deve-se privilegiar atividades a

partir de aprendizagem baseada em projetos.

• Professor deve atuar como estimulador do diálogo entre o mundo virtual e o real.

Algumas considerações...

Grandes desafios hoje em relação à informática

• Incluí-la no cotidiano de forma criativa e inovadora.

• Torná-la uma ferramenta que estimule os jovens a buscar novas formas de pensar, de procurar e de selecionar informações.

• Construindo e reconstruindo seu conhecimento continuamente.

• Atribuindo-lhe novos significados, ditados por seus interesses e necessidades.

Grandes desafios hoje em relação à informática

Proporcionando...

• O prazer e habilidade para a escrita.

• Curiosidade para buscar dados, trocar informações.

• Conhecer outras culturas e pessoas.

• Analisar gráficos, compará-los e criticá-los.

• Ter um olhar crítico sobre a vida, pela vida e para a vida.

Proporcionando...

E, para isso, os professores precisam:

• Aprender a aprender.• Adquirir conhecimento em

Informática.• Participar de comunidades

virtuais da web 2.0 para trocar ideias e experiências com profissionais da área e especialistas.

• Usufruir das informações presentes na Internet, em sites voltados à área educacional.

• Ter um repensar pedagógico.• Gerenciar esses novos recursos

de acordo com práticas pedagógicas inovadoras, com possibilidade de uma participação ativa dos alunos no processo.

Alguns recursos:

• Portal do Professor do MEC - http://portaldoprofessor.mec.go v.br/index.html

• Blog Aprender com Projetos - http://aprendercomprojetos.wor dpress.com

• Curso Crescer em Rede – Formando professores para trabalhar com a web 2.0. Pré- qualificado no Guia de Tecnologias Educacionais do MEC - cursos@institutocrescer.org.br

• Website Educar para Crescer - http://educarparacrescer.abril. com.br

“Um bom professor é como um grande artista: há poucos deles. Se temos sorte, encontramos na vida no máximo uns três deles. Os meus três tinham essas coisas em comum:

• eles amavam o que estavam fazendo;

• eles não nos diziam o que deveríamos aprender;

• eles estimulavam um desejo fervente de aprender.

Com sua ajuda,

• horizontes se abriam;

• o medo de se aventurar ia embora;

• o desconhecido se tornava atraente e conhecível;

• e a verdade, esta coisa perigosa, se tornava bela e muito preciosa.”

John Steinbeck

Diretora Técnica do Instituto Crescer para a Cidadania

http://www.institutocrescer.org.brRedatora dos PCN em Ação e PCN + Conceitos Estruturantes – Informática

luciana@institutocrescer.org.br

Luciana Maria Allan