lei da ficha limpa - questionário

Post on 05-Jul-2015

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Cláudio Colnago – www.colnago.adv.br

1. A “lei da ficha limpa” pode ser aplicada aquem já tenha sido condenado ou somente seaplica as condenações novas?

2. É juridicamente admissível aplicar a “leificha limpa” às eleições de 2.010?

3. A "lei ficha limpa“ viola o princípioconstitucional da presunção de inocência, aotornar inelegíveis pessoas condenadas emprocessos criminais sem que tenha ocorrido otrânsito em julgado?

Retroatividade?

Leis podem retroagir?

Qual o fato jurídico abrangido pela norma de inelegibilidade?

“Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoralentrará em vigor na data de sua publicação,não se aplicando à eleição que ocorra até umano da data de sua vigência”.

O que é “processo eleitoral”?

“(a) fase pré-eleitoral, que, iniciando-se com arealização das convenções partidárias e aescolha de candidaturas, estende-se até apropaganda eleitoral respectiva; (b) faseeleitoral propriamente dita, que compreende oinício, a realização e o encerramento davotação e (c) fase pós-eleitoral, que principiacom a apuração e contagem de votos e terminacom a diplomação dos candidatos eleitos, bemassim dos seus respectivos suplentes”.

RE 129.392: aplicação da LC 64/90.

ADIn 354: normas de apuração de votos.

ADIn 4.307: composição das câmaras devereadores.

ADIn 3.685: coligações eleitorais.

“...cuidando-se de diploma exigidopelo art. 14, § 9º, da Carta Magna,para complementar o regimeconstitucional de inelegibilidades, àsua vigência imediata não se podeopor o art. 16 da mesmaConstituição.” (RE 129.392, Rel. Min.Sepúlveda Pertence, j. em 17-6-1992)

Como interpretá-lo?

Como regra?

Como princípio?

"A norma consubstanciada no art. 16 daConstituição da República, que consagra opostulado da anterioridade eleitoral (...),vincula-se, em seu sentido teleológico, àfinalidade ético-jurídica de obstar adeformação do processo eleitoralmediante modificações que,casuisticamente introduzidas peloParlamento, culminem por romper anecessária igualdade de participação dosque nele atuam como protagonistasrelevantes

(ADI 3.345, Rel. Min. Celso de Mello, julgamentoem 25-8-2005, Plenário, DJE de 20-8-2010.)

Presunção de inocência.

Inelegibilidade é pena?

Presunção de inocência absoluta?

IMPOSSIBILIDADE, CONTUDO, DE A LEI COMPLEMENTAR,MESMO COM APOIO NO § 9º DO ART. 14 DACONSTITUIÇÃO, TRANSGREDIR A PRESUNÇÃOCONSTITUCIONAL DE INOCÊNCIA, QUE SE QUALIFICACOMO VALOR FUNDAMENTAL, VERDADEIRO"CORNERSTONE" EM QUE SE ESTRUTURA O SISTEMA QUEA NOSSA CARTA POLÍTICA CONSAGRA EM RESPEITO AOREGIME DAS LIBERDADES E EM DEFESA DA PRÓPRIAPRESERVAÇÃO DA ORDEM DEMOCRÁTICA - PRIVAÇÃO DACAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA E PROCESSOS, DENATUREZA CIVIL, POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA -NECESSIDADE, TAMBÉM EM TAL HIPÓTESE, DECONDENAÇÃO IRRECORRÍVEL - COMPATIBILIDADE DA LEINº 8.429/92 (ART. 20, "CAPUT") COM A CONSTITUIÇÃOFEDERAL (ART. 15, V, c/c O ART. 37, § 4º)

Critério de desempate: analogia com normasobre o mandado de segurança.

Análise: alínea “k” do artigo 1o.

E as demais causas de inelegibilidade?

Lei não comina sanções.

Fixa requisitos para se candidatar.

Momento de análise: registro da candidatura.

Presunção de inocência: não absoluta.

Artigo 16: aplicável.

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