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LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL
ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS DA PARTE FECHADA DO LOTEAMENTO JARDIM COLINA DOS COQUEIROS
CNPJ: 08.608.362/0001-71
Marcos Mori
Engenheiro Agrônomo CREA/SP 5061317180
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LAUDO TÉCNICO
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Em atenção à Notificação nº 54/2009, expedida pela Prefeitura do Município
de Valinhos, por intermédio do Departamento de Meio Ambiente/SPMA, em 25
de novembro de 2009 para a ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS DA
PARTE FECHADA DO LOTEAMENTO JARDIM COLINA DOS COQUEIROS,
situado à Rua Carlos Gabetta, s/n – Jardim Jurema, elaborou-se o presente
documento que visa atender as exigências da Lei nº 4.123, de 04 de maio de
2007, que dispõe sobre a necessidade de caracterização e monitoramento
ambiental dos recursos naturais incidentes em loteamentos fechados e
condomínios horizontais residenciais do Município de Valinhos.
Todas as informações constantes desse relatório foram obtidas em visita ao
referido Condomínio e descrevem a atual situação do empreendimento.
2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
Em 18 de janeiro de 2010, foi realizada uma visita técnica ao local,
objeto do presente documento, para registro das informações necessárias à
identificação, caracterização e avaliação dos recursos naturais e da ocupação
do solo, elementos essenciais para a elaboração do diagnóstico ambiental.
Identificação:
A parte fechada do Loteamento Jardim Colina dos Coqueiros está situada à
Rua Carlos Gabeta, s/n e foi instalada em um terreno de 22.295,72 m²,
geograficamente posicionado sob as coordenadas S22°57'17.70" e
O47°00'27.32" tendo como marco a portaria principal e seguindo o disposto na
legislação municipal vigente que regulamenta esse tipo de empreendimento.
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Ocupação do solo:
O referido Condomínio está dividido em Área Particular e Área Comum,
distribuídas da seguinte forma:
• Área Particular:
i. Terrenos Residenciais: .............................16.800,53 m²;
• Área Comum
i. Ruas e passeios: ........................................5.495,19 m²;
ii. Sistema de Lazer / Área Verde: .............................0 m².
Caracterização:
• Área Particular
i. Terrenos Residenciais
O Condomínio é formado por 46 lotes, sendo 35 lotes vazios, 5 em fase de
construção e 6 com construção de alvenaria finalizada e habitados.
Os terrenos vazios estão recobertos com vegetação rasteira composta por
diversas variedades de capim controladas periodicamente por meio de roçadas
e o material resultante espalhado na superfície do terreno. Para evitar
acidentes e prejuízos ao meio ambiente, é expressamente proibido o uso do
fogo para controle da vegetação dessas áreas. Em 4 terrenos estão presentes
20 exemplares de palmeiras jerivás (Syagrus romanzoffiana), uma quaresmeira
(Tibouchina granulosa) e um eucalipto (Eucaliptus spp) fora de área de Área de
Preservação Permanente. Não existem árvores nativas no interior dos demais
lotes.
Figura 1. Maciço de Palmeiras Jerivá e Quaresmeira Figura 2. Maciço de Palmeiras Jerivá
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Cada condômino é responsável pela manutenção e conservação da
estrutura imobiliária existente ou em construção no lote de sua propriedade,
ficando sob responsabilidade do condomínio apenas as estruturas da Área
Comum.
• Área Comum
i. Ruas e passeios
A rede viária do Condomínio é formada por três ruas pavimentadas com
asfalto e delimitadas com guias de concreto. Os reparos, quando necessários
são realizados por empresas especializadas que se responsabilizam pelo
descarte correto das sobras de asfalto e concreto.
Assim como os terrenos particulares vazios, grande parte dos passeios
apresenta-se recoberto por capim e são roçados sempre que necessário.
É importante ressaltar que em função do prolongado período de chuvas, na
data da visita os passeios ainda não haviam sido roçados. A previsão é que
esse procedimento seja realizado logo que haja condições climáticas
favoráveis.
Figura 3. Passeio recoberto por capim Figura 4. Passeio em terra nua e capim
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Arborização viária
Ao longo das vias de circulação do Condomínio estão distribuídos 13 (treze)
exemplares de aroeira salsa (Schinus molle) com finalidade ornamental, com
altura média de 3m. São realizadas inspeções mensais para avaliar a
necessidade de podas de manutenção e condução. Todas as plantas
apresentam bom estado fitossanitário.
Figura 5. Aroeira salsa que compõem a arborização viária e Jerivás no perímetro de um terreno particular
ii. Sistema de Lazer / Área Verde
No Condomínio não existem áreas destinadas a sistema de lazer / área
verde.
Abastecimento de Água
As necessidades hídricas do Condomínio são supridas por ligação direta
das residências à rede municipal de abastecimento.
Rede de Esgoto
Todo o esgoto gerado pelas residências do Condomínio é coletado através
de sistema canalizado exclusivo para este fim e direcionado para a rede
publica de coleta de esgotos.
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Rede de Captação de Águas Pluviais
A captação de águas pluviais é feita através de bueiros localizados ao
longo das vias de acesso do condomínio e que se interligam a galerias
subterrâneas construídas com tubos de concreto, exclusivas para este fim e
que por sua vez se conectam a rede do Jardim Paraná. A estrutura foi
devidamente calculada em função da área de drenagem e da declividade do
terreno.
Flora
A flora existente na parte fechada do Loteamento Jardim Colina dos
Coqueiros está distribuída nos terrenos residenciais e nos passeios e encontra-
se descrita nos itens “Áreas Particulares” e “Áreas Comuns”.
Nas dependências do Condomínio existem árvores que necessitam de
autorização do Departamento de Parques e Jardins para a realização de podas
ou supressão.
Fauna
No perímetro do Condomínio não existe fauna permanente, apenas
pássaros que visitam esporadicamente o local. Observa-se com maior
freqüência a presença de sabiás, bem-te-vis, sanhaços, beija-flores, maritacas,
corruíras, corujas, anus-brancos e pardais. Nenhuma das espécies citadas
consta no Decreto Estadual 42.838 de 04 de fevereiro de 1998 que “declara as
espécies da fauna silvestre ameaçadas de extinção e as provavelmente
ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo e dá providências correlatas”
e na Instrução Normativa nº 3, de 27 de maio de 2.003, do Ministério do Meio
Ambiente, que em seu anexo fornece as listas das espécies da fauna brasileira
ameaçadas de extinção. Não foi registrada a presença de mamíferos e répteis.
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Quadro 1: Relação de espécies que compõem a fauna esporádica da parte
fechada do Loteamento Jardim Colina dos Coqueiros
Recursos Naturais
Não existem recursos naturais (nascentes, cursos d’água, matas ou
bosques) no perímetro do condomínio em questão.
Obras e terraplenagens
Devido à moderada declividade do terreno, as obras que envolvam
terraplenagem devem ser bem avaliadas e executadas com precisão, afim de
que a terra resultante das obras de corte e aterro não sejam carreadas pela
água das chuvas para a rede de captação pluvial, causando assoreamento em
córregos e represas a jusante do loteamento.
Nome popular Nome científico
Sabiá Turdus rufiventris
Beija flor Colibri serrirostris
Sanhaço Thraupis sayaca
Bem te vi Pitangus sulphuratus
Maritaca Aratinga leucophthalma
Corruira Troglodytes aedon
Coruja Speotyto cunicularia
Anu branco Guira guira
Pardal Passer domesticus
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por estar em fase de construção e apresentar 76% dos terrenos sem
edificações, a parte fechada do Loteamento Jardim Colina dos Coqueiros é
passível de geração de resíduos impactantes, tais como restos de concreto e
de materiais de construção. Para que não haja prejuízos ao meio ambiente, os
responsáveis pelo empreendimento estabeleceram que os resíduos são de
responsabilidade dos proprietários dos lotes e devem ser coletados e retirados
da obra por empresas especializadas que garantam o destino correto desses
materiais. Mantém-se a fiscalização das obras para que essa determinação
seja cumprida.
As aroeiras salsas estão em desenvolvimento e são necessárias podas
periódicas para que haja uma boa conformação das copas. O intervalo e o tipo
de poda são determinados por engenheiro agrônomo habilitado e o
procedimento é executado por profissionais treinados para tal fim.
A necessidade ou não de retirada das palmeiras jerivás será definida após a
elaboração dos projetos residenciais de cada lote. Porém, por serem espécies
nativas qualquer procedimento referente às mesmas (transplante ou
supressão) não poderá ser realizado sem a devida autorização do
Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura do Município de Valinhos, sendo
responsabilidade dos proprietários dos terrenos que contém estas plantas a
solicitação da referida autorização.
4. ASPECTOS LEGAIS INCIDENTES
Os aspectos legais pertinentes ao cumprimento da Lei do Município de
Valinhos nº 4.123, de 04 de maio de 2007 e que nortearam a elaboração deste
estudo, estão inseridos nas seguintes normas ambientais:
• Lei Federal nº 4771/65 e suas alterações;
• Decreto Estadual nº 42838 de 04 de fevereiro de 1998 – Declara as
espécies da fauna silvestre ameaçadas de extinção e as
provavelmente ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo e
dá providências correlatas;
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• Instrução Normativa nº 3 de 27 de maio de 2003 / Ministério do
Meio Ambiente – Listas das espécies da fauna brasileira
ameaçadas de extinção;
• Resolução CONAMA nº 001, de 31 de janeiro de 1994.
5. ENCERRAMENTO
Nada mais havendo a esclarecer, encerro o presente laudo que consta de 9
(nove) folhas impressas eletronicamente de um só lado, datada e assinada.
Acompanha 01 (um) anexo com imagem de satélite detalhando o perímetro
do condomínio.
Valinhos, 26 de janeiro de 2010.
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Marcos Mori Engenheiro Agrônomo
CREA 5061317180 ART nº 92221220100248034
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