jornal novo versÃo agosto...
Post on 12-Aug-2020
0 Views
Preview:
TRANSCRIPT
JoaoPessoa/PB-2016-AnoI-Nº01INFORMATIVO DO INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DO ESTADO DA PARAÍBA - IPHAEP
LUGARES DE MEMÓRIA
45 anos do IPHAEP o passado e o presente se encontram
PARAHYBA431 anos de João PessoaJ
Contatos, informações e sugestões jornalparahyba@outlook.com-(83)3218-5124
OInformativoParahybaéumainiciativadoGovernodoEstado,atravésdoInstitutodoPatrimônioHistóricoeArtístico doEstado daParaíba. A �inalidade é divulgarassuntoseaçõesrelacionadasapreservação,conservaçãoe restauração dos bens culturais e patrimoniais, aproteçãodosCentrosHistóricoseasalvaguardadebensmóveiseimóveisdosmunicípios.
Com o compromisso de estreitar os laços com asociedade paraibana, o Iphaep utiliza-se da EducaçãoPatrimonial, por meio da Legislação, da História e daArquitetura, promovendo o conhecimento e aconscientizaçãosocial.
Umaótimaleitura!
2016-AnoI-Nº01-P.02
EDIÇÃOESPECIAL-CassandraFigueiredoDiasPERSONALIDADE-ThamaraDuarteHISTÓRIA-MarciadeAlbuquerqueAlvesARQUITETURA-ArturMedeirosVeigaRodriguesBENSMÓVEISEINTEGRADOS-PiedadeFariasMEMÓRIA-JeffersonFernandesDantasARQUEOLOGIA-CarlosAlbertoAzevedoBAIRROS-EdvaldoLira
JORNALISTARFESPONSÁVEL-ThamaraDuarte(DRT/PB-550/85)DIREÇÃO-MarciadeAlbuquerqueAlvesPARCERIADEPRODUÇÃO-LoteriadoEstadodaParaıba
Como surgiu
Colaboradores
O que você vai encontrar?431anosdeHistória,03
EdiçaoEspecial
JoséRodriguesdeCarvalho,04Personalidade
IPHAEP,05Historia
OSobradosededoIPHAEP,07Arquitetura
OSobradodeRodriguesdeCarvalho,09Arqueologia
PaláciodaRedenção,10BensMoveiseIntegrados
AcervodoIPHAEP,12Memoria
ConheçaJaguaribe,14Nossosbairros
Leispatrimoniais,15Legislaçao
Nestaruatemumbosque,16Cronica
JanelasdoCasarãoPhilipea,17ArteeCultura
CentroHistóricodeJoãoPessoa,18Educaçao
AtividadesdoIPHAEP,19Fiqueligado!
EspaçoLOTEP,20
IPHAEP
GOVERNODOESTADODAPARAI�BARicardoVieiraCoutinho
SECRETARIAESTADUALDECULTURAL uSiqa ueira
DIRETORIAEXECUTIVADOIPHAEPCassandraFigueiredoDias
CORPOTÉCNICOEAPOIO
AssessoriaJurıdicaWertonS.daCostaJunior
Apoio
CoordenadoriaAdministrativa/FinanceiraMariaFatimaCavalcanteLopes
PriscilladosAnjosRegis
DanielleKellyBritodaSilva
SharlyneNunesPereira
FranciscaLieteFerreiraFranciscoAssisdosSantos
MariadoSocorrodeMeloVieiraLucinaldoLinsdeCastro
JonhLenonFrançaFeitosa
CoordenadoriadeAssuntosHistoricos,ArtısticoseCulturais
EdvaldodaCunhaLiraJeffersonFernandesDantas
MarciadeAlbuquerqueAlves
CoordenadoriadeArquiteturaeEcologia
AnıbalVictordeLimaeMouraNeto
CarlosAlbertoFariasdeAzevedo
GabrielaPontesMonteiro
DaniloJoseBezerradeOliveiraJavanaGarciadaSilvaLuizCarlosKerhleMariadaPiedadeFariasPerlladeAlmeidaGoisRosaneCoutinhoPereiraLacetSergioPradoMachado
ArturMedeirosVeigaRodrigues
ThyagoHenriquesdeOliveiraMadrugaFreireOvıdioLopesdeMendonça
AssessoriadaDireçao
AssessoriadeComunicaçaoThamaraMariaMaiaDuarte
Edição EspecialCassandra Figueiredo Dias
Arte-Educadora
Nos,paraibanos,somosumpovomarcadopeladiversidade,formadopelaconexao,contribuiçao,in�luencia,
luta e resistencia estabelecidas por tres povos: os portugueses (europeus), os indıgenas (nativos) e os negros
(africanos).TodoonossoPatrimonioHistorico,CulturaleArtısticoseconstituipelain�luenciaeherançadosvariados
povosqueformaramestaNaçao.
ACapitalparaibanacompleta431anosenasceudentrodoprocessodeconquistadoBrasil .Oseuropeus
buscavamdescobriroutroscontinentes,contornandoaA� frica,emantendorelaçoescomerciaiscomoOriente,que
ocupavalugardedestaque.ChegandoaoBrasil,osportuguesesprocuraramasriquezaselogotomaramposse.Os
ındios/nativos,povosoriginariosdoBrasil,tornaram-semao-de-obra,comoconhecedoresdaterra.Inicialmentefoi
exploradoopau-brasil.AsexpediçoesdeconquistadaParaıbaseiniciaramem1574.Em05deagostode1585foi
seladoumtratadodepaze,emnovembrodomesmoano,foifundadaasededaCapitanianaCapitalParaibana.
JoaoPessoa,comoechamadaatualmente,foifundadaem1585comonomedeFilipeiadeNossaSenhoradas
Neves,maistarde,ParahybadoNorte.Osportugueses,posteriormente,iniciaramaexploraçaodacana-de-açucarpelo
aspectoeconomicoeapossibilidadedepovoamento.Destamaneira,aocupaçaodoterritorioparaibanoestavaligado,
desde os primordios, ao desenvolvimentomercantil, resultando na formaçao de uma economia direcionada ao
mercadoexternoefundamentalemumaestruturaqueabrangiaolatifundio,amonoculturaeotrabalhoescravo.
OprogressoatraiuointeressedosholandesesnoseculoXVII,queinvadiramepermanecemnaareaporcerca
devinteanos.Ointeriorcontemploufazendasdegado,e,noseculoXVIII,amineraçaodeouro.AParaıbaparticipou
das lutas pela independencia,Revolta de 1817 e Confederaçao do Equador. Em 1930 tornou-se cenario de um
movimentopolıticoqueculminoucomamortedeJoaoPessoa,achamadaRevoluçaode1930,quedesencadeouo�im
daRepublicaVelha.Atualmente,aParaıba eumEstadoemcrescimento.E JoaoPessoasedestacacomoumadas
melhorescapitaisparaseviverdopaıs.
Parahyba,JoãoPessoa,431anosdeHistória
FOTO-IPHAEP
2016-AnoI-Nº01-P.03
JoséRodriguesdeCarvalho,oconstrutordasededoIphaep
PersonalidadeThamara Duarte
Jornalista
FOTO-IPHAEPuempassapelaAvenidaJoaoQM a c h a d o , n o C e n t r o
H i s t o r i c o d a c a p i t a l
paraibana, se deslumbra diante de
um conjunto de casaroes que
remontamasprimeirasdecadasdo
seculoXX.Umdessessobrados,em
particular,sedestacapelostraçosde
in�luenciaart-noveau,apinturarosa
eabelezadogradilquecircundaa
edi�icaçao.
Atraves de uma escada em
madeira, que lembra os antigos
palacentes paulistas do Ciclo do
Cafe, se chega ao primeiro andar,
ondeasjanelasdecaixilhoscurvose
vidros coloridos permitem uma
visaoestonteantedetodaaextensao
d a r u a e s u a s c e n t e n a r i a s
mangueiras.
O casarao e conhecido, ainda,
pela lenda que fala de uma antiga
moradora, uma mulher vestida de
branco , que aparece para os
visitantes.
Cercadadehistoriaeestorias,e
nesta antiga casa, a de nº 348,
constru ı da entre os anos de
1920/1922, onde esta instalado o
InstitutodoPatrimonioHistoricoe
Artıstico do Estado da Paraıba,
orgao que e responsavel pela
preservaçaodamemoriahistoricae
arquitetonicadaParaıba.Nos anos
de 1960, o imovel havia sido
utilizadopelaSecretariaestadualde
Planejamento, mas foi tombado e
restaurado em 1980, passando,
desdeentao,asediaroIphaep.
Aoadentrarnoimovelhistorico,
o visitante encontra, logo na
en t rada , uma obra de va lo r
inigualavelequeresisteaotempo:a
porta de entrada, em madeira
maciça,equetrazumentalhecoma
marcaJRC.
Astresletrasremetemaomais
importantepersonagemdessacasa:
oconstrutoreprimeiromoradordo
casarao, o advogado, escritor e
jornal is ta Jos e Rodrigues de
Carvalho. Aqui, neste casarao, ele
morouentreosanosde1922/1928.
Nascidoem18dedezembrode
1867, na cidade de Alagoinha, no
Brejo paraibano, morreu aos 68
anos,emRecife.Passouosprimeiros
anos da infancia e da adolescencia
emMamanguape, ajudandoum tio
queeracomercianteefrequentando
a escola de Manuel de Almeida,
conhecido professor de Latim. Sua
paixao,porem,eraaliteratura.E,em
1880, junto com o poeta Castro
Pinto, fundou o semanario "A
Comarca". Ja na antiga capital
Parahyba , es tudou no Lyceu
Paraibano.
Comoprofessor,em1892,criou
o Gremio Literario Cardoso Vieira.
Poetapeculiar,improvisavaversose
se utilizava de rimas que traziam
uma forte adjetivaçao, �icando
conhecido apos a publicaçao de
"Seios".
Comocolaborador,escreveuem
variosjornaisdaantigaParahybae
tambem de Recife: "A Uniao",
"Gazeta do Comercio", "Estado da
Parahyba", "Republica" e "Jornal
Pequeno".Mas,foiaindamaislonge,
publicando em "A Provıncia do
Para".
Advo gado f o rmado p e l a
Faculdade de Direito do Ceara,
Rodrigues de Carvalho voltou a
Parahyba nos primeiros anos do
seculoXX,paraexercerimportantes
cargos publicos. Foi Procurador
GeraldoEstado(1909)eSecretario
de Estado (1912/1915), sendo
eleito Deputado Estadual para o
perıodode1908/1912.
Naepoca,foicriadooMontepio,
oprimeiro InstitutoPrevidenciario
do Estado, regulamentado atraves
deumaLeidesuaautoria.
2016-AnoI-Nº01-P.04
SAIBAMAIS
AsgrandespaixoesdeJoseRodriguesdeCarvalhoeramaliteraturaeapesquisahistorica,particularmentedofolclore.Andandopordiversosestadosbrasileiros,opesquisadorcolheuossaberesdopovo.Atravesderelatosorais,juntouhistoriaseasreuniuem"CancioneirodoNorte", lançadoem1903,pelaTipogra�iaMinerva.Nosanosqueseseguiram,esteveligadoaoantropologoGilbertoFreyre.E,comoautorde"CasaGrande&Senzala",criou,em1934,oPrimeiroCongressoAfro-Brasileiro.Naoportunidade,oparaibanolançou"AspectosdaIn�luenciaAfricananaFormaçaoSocialdoBrasil",umaobravolumosaeresultantedemaisde10anosdepesquisa.Umaobradefolego,aindapoucoconhecida.
OInstitutodoPatrimônioHistóricoeArtísticodoEstadodaParaíbaesponsavelporpreservar,garantireresguardaramemoriaconstruıdanosdiversosespaços,oIphaepRe uma Instituiçao comprometida com a arte, a cultura e a historia, ou seja, a constituiçao e a
salvaguardadoPatrimonioHistoricoeArtıstico,pormeiodavivenciadaspessoasearessigni�icaçaodos
seusentornos.
Avidahumanasecompoedeaçoes,transformaçoesepermanenciasdoshomensemulheresatraves
dosponteirosinvisıveisdotempo.ApassagemdossereshumanosnaTerranarraoespetaculodavida,o
objetomaisfascinanteeintrigantedaHistoria.Nestatessituracotidianasaoedi�icadosmonumentos,obras
de arte, documentos e osmais diversos objetos de valor historico, artıstico, arqueologico, folclorico e
artesanal,bemcomoossıtioselocaisdeinteresseturıstico,ecologicoepaisagıstico.
Noentanto,somentefuncionou,efetivamente,apartirde1974,conformebemprovaoseuprimeiro
diretor,oprofessorecineastaLinduarteNoronha.OendereçoinicialfoinaRuaDuquedeCaxias,nº81,no
SobradodoConselheiroHenriques,mas,atualmente,funcionanaAvenidaJoaoMachado,nº348,Centroda
capitalparaibana,numsobradoconstruıdoentre1920-1922,peloparlamentar,jornalistaepoetaparaibano
JoseRodriguesdeCarvalho,autorde“CancioneirodoNorte”,equemorounopalacetede1922a1928.
Em1978,oDecretonº7.651tornouoInstitutoorgaocomautonomiaadministrativae�inanceira,para
executarecustearosplanos,programaseprojetosafetos,bemcomoadministrarecontabilizar.Em1987,
atravesdoDecretonº12.239,foicriadaaComissaoPermanentedeDesenvolvimentodoCentroHistoricodo
MunicıpiodeJoaoPessoa,vinculadaaSecretariadoPlanejamentoeCoordenaçaoGeral.Em1992,oDecreto
nº14.569 aprovouoRegimento Internodo InstitutodoPatrimonioHistorico eArtısticodoEstadoda
Paraıba,subordinadoaSecretariadaEducaçaoeCultura,comoorgaoresponsavelpelocadastramentoe
t ombamen to d o s b e n s c u l t u r a i s , a r t ı s t i c o s e h i s t o r i c o s n o E s t a d o d a Pa ra ı b a .
Ao Iphaep compete planejar, coordenar e supervisionar a execuçao e o controle das atividades
relacionadasapreservaçaoerestauraçaodosbenshistoricos,artısticoseculturais;classi�icar,inventariar,
cadastrar,tombar,preservaraconservaçaodemonumento,obras,documentoseobjetosdevalorhistorico,
artıstico,arqueologico,folcloricoeartesanal,bemcomosıtioselocaisdeinteresseturıstico,ecologicoe
paisagısticodoEstadodaParaıba; catalogarsistematicamenteeprotegermuseusearquivosestaduais,
municipaiseparticulares,cujosacervossejamdeinteressedoEstado,querpossuavinculaçaoaepisodiosda
HistóriaMárcia de Albuquerque Alves
Historiadora
Na competencia de
guardiao da memoria, o
Instituto do Patrimonio
Historico e Artıstico do
E s t ado da Pa ra ı b a fo i
fundadoem31demarçode
1971 , como um o rg a o
estadual comprometido
com a preservaç ao do
patrimonio, vinculado
a SecretariadeEducaçaoe
Cultura. A �inalidade era
preservarosbens culturais
do Estado , que n ao se
encontram sob proteçao e
guarda do Pa t r imon io
H i s t o r i c o e A r t ı s t i c o
N a c i o n a l ( I p h a n ) .
Inic ia lmente , o Iphaep
deveriatersuainstalaçaona
N o i t e d a Cu l t u r a , em
dezembrode1971.
FOTO-IPHAEP
2016-AnoI-Nº01-P.05
his t o r i a para ibana quer pe lo seu va lor
a rqueo l o g i co , an t ropo l o g i co , a r t ı s t i co ,
museologico, botanico, etnogra�ico, folclorico e
artesanal; por �im, promover entrosamento com
entidades municipais, estaduais, regionais,
federais,parestataiseinternacionais,comvistasa
conservaç ao , res tauraç ao , preservaç ao ,
cadastramento e tombamento de bens moveis e
imoveis que sao considerados de valor historico,
artısticoecultural.
Diálogocomasociedade
Ao longo destas quatro decadas, no seu
aniversariode45anos,oInstitutodePatrimonio
Historico e Artıstico do Estado da Paraıba vem
promovendo o di a logo com a sociedade,
objet ivando a conservaç ao , restauraç ao ,
preservaçao, cadastramento e tombamento de
bens moveis e imoveis considerados de valor
historico, artıstico e cultural. Para alem desta
�inalidade, o Iphaep se debruça na tessitura de
Pro je tos de Educaç ao Pa t r imon ia l , que
possibilitemacompreensaoparaapreservaçaodo
PatrimonioHistoricodoEstadodaParaıba.
Partindo deste contexto, idealizado pela
restauradora Piedade Farias, foi elaborada a
cartilha “Patrimônio Cultural: os Bens Móveis e
Integrados”, que intenciona apresentar conceitos
fundamentais como: Cultura, Patrimonio, Bem
Cultural Material e Imaterial. Objetiva, ainda,
esmiuçar um conteudo educacional quanto ao
Patrimonio Historico, Artıstico e Cultural da
Paraıba.
O compromisso do Iphaep se insere na
construçao de conhecimento, que provoque a
conscienciahistoricanaperspectivadepreservare
mantervivaamemoriacoletivaeafetivadecada
espaço,objetooubemimaterial.Apreservaçaodo
patrimonio nosmantem em contato com nossas
origens;nosmantemrelacionadoseidenti�icados
comanossaHistoria.
Para�inalizar,deixamososversosdeautoria
domoradormaisilustredestacasa,JoseRodrigues
deCarvalho:
HistóriaMárcia de Albuquerque Alves
Historiadora
2016-AnoI-Nº01-P.06
Seios
Quando a seiva da carne perfumosa
Protubera-se em conchas offegantes,
Os seios da mulher são como errantes
Aves do céo com bicos cor de rosa.
Pomos com fibra de setim, inconhos,
São, quando a virgem, na cerúlea estancia,
Rompe o casulo lyrial da infancia
P'ra ser a Chloris de um pomar de sonhos.
Mas, quando, oh, nume das paixões, os mundos,
Aos olhos frágeis do mortal, desvendas,
Cheios de amor, de seducção fecundos...
lílles, qual fructo tentador das lendas,
São dous abysmos santamente fundos,
Dous assassinos no grilhão das rendas!
José Rodrigues de Carvalho
ArquiteturaArtur Medeiros Veiga Rodrigues
Arquiteto
palacete348,daAvenidaJoaoMachado,antigaresidenciadoDr.JoseRodriguesdeCarvalho,atual
OsededoInstitutodoPatrimonioHistoricoeCulturaldoEstadodaParaıba-Iphaep,caracteriza-se
comoumdosexemplaresresidenciaisdadecadade1920quemodi�icaramomododemorarda
capitalparaibana,numcontextodedesenvolvimentoeconomico,urbanısticoehigienizador.
AteametadedoseculoXIX,acapitaldaParaıbaaindapossuıamuitosresquıciosdaorganizaçaoda
cidadecolonialderelevoacidentado,quede�iniaumaareadaCidadeAlta,centropolıtico-administrativoe
moradiadosmaisabastados,emoposiçaoaCidadeBaixa,areadecomercio,transaçoesportuariasemoradia
dostrabalhadores.
Essa realidade começou a ser questionada quando da concepçao dos primeiros projetos de
modernizaçaodacidade,duranteogovernodeBeaurepaireRohan,entre1857e1859,de�inindodoiseixos
deexpansaonaCapital:TambiaeTrincheiras.Eramosunicoscaminhosqueacidadepodiaseguir,porcausa
dasbarreirasgeogra�icasparaseucrescimento:oRioSanhauaanorteeoeste;aosuloRioJaguaribe;ealeste
aantigaLagoadosIreres.In�luenciadoscomaintroduçaodosistemadebondeatraçaoanimal,esseseixos
foramsendoconsolidadosapartirde1896,e,neles,aeliteeconomicafoiidenti�icandoolugarpropıciopara
edi�icarseuspalacetes,expressandoanovamaneirademorarqueansiavamalcançar.
No inıcio do seculo XX, algumas açoesmodernizantesmodi�icavam a cidade: a transformaçao de
antigos largos e logradouros em praças publicas, calçamento de vias principais, novos equipamentos
publicoshigienizadores(comomercadoecemiteriopublico)enovosedifıc ioso�iciais,construıdossobo
estiloaindaemvogano�inaldoseculoXIX,oneoclassico.
A Imprensa tevegrande importancianasmodi�icaçoesocorridasnessa epocana cidade, exigindo
melhorias:tantonoespaçourbanoquantonaarquitetura.Nessesentido,eramdivulgadasnosjornaisas
ideiashigienistas, juntamentecomosCodigosdePosturas,quenorteavamomododeedi�icarasnovas
habitaçoes.Alemdisso,novosmateriaisdeconstruçaopossibilitavamconstruir,comsoluçoesateentao
desconhecidas,aotempoemqueosserviçosbasicoschegavamamoradiadaquelesquepodiampagarpelos
mesmos.Em1910,algumashabitaçoesjapossuıamabastecimentod'aguaeenergiaeletrica.
Durante a administraçao de Joao Machado (1908–1912) sao fornidos novos melhoramentos em
infraestrutura, abastecimento d'agua, saneamento e iluminaçao eletrica. Um dos resultados de seu
investimentoseraaaberturadaAvenidaJoaoMachado,construıdanopontomaiselevadodaSaturninode
Brito,eaaberturadaAvenidaMaximianodeFigueiredoem1920,interligandoosbairrosdeexpansao–
TambiaeJaguaribe-,quepassaramaseroslocaisprivilegiadosdemoradiadaburguesia.
IPHAEP
Palacete348eanovaformademorar
FOTO-IPHAEP
2016-AnoI-Nº01-P.07
Sutuosospalacetescercadosdejardins
Noentornodesteseixosdeexpansaodacidadeedosnovosespaçospublicosabertoscomoıconedemodernidade, surgiram suntuosos palacetescercadosdejardins,espacialmenteorganizadosparaatenderanovaformademorarditadapeloscodigosdeobraseembelezadoscomumrepertorioesteticode�iliaçaoecletica,seguindoogostopredominanteem todo o Brasil. Hoje, percorrendo as ruas doTambia, Trincheiras, Joao Machado, o entorno daPraça da Independencia e outros logradouros dac idade , observamos que e s te s pa l a ce tespermanecem, a narrar a historia da cidade dasprimeirasdecadasdoseculoXXeanova formademorar.
Anova formadeorganizaçaodamoradia,daclasseabastada,selibertadaedi�icaçaocoladanosimoveis vizinhos, a partir de recuos laterais, defrentesede fundos, in�luenciadospela Imprensaeideias sanitaristas, e criando oportunidades paranovidades nos programas das residencias, comojardins,terraços,varandaseedıculas.
Os palacetes caracterizavam-se comoresidencias de implantaçoes nao alinhadas aoslimites do lote, utilizando os recuos para jardins,varandas,terraços.Internamente,surgiuocomododerecepçaoearticulaçaodentrodoimovel,chamadosaguao ou hall. O saguao possui passagens oucorredoresdeacessoaszonasdeestar,comosalasdevisitasedemusica,aszonasderepouso,ateaszonasdeserviço,comocozinha.Asedi�icaçoesdemaisdeumpavimento tratavama distribuiçao espacial dohall da escada, como o saguao, diferenciados pelaverticalizaçao e tratamento monumental dessesespaços.
Tombamentopreservaàépoca
Opalacete348,daAvenidaJoaoMachado,depropriedade do Dr. Jose Rodrigues de Carvalho, edatadode1922.Possuiimplantaçaocentralizadanolote, paralela aos limites do mesmo, com jardinsvoltados para as duas frentes do imovel: AvenidaJoaoMachadoeRuaDiogoVelho.
Os programas incluıamnovos usos da classeabastadadaepoca;diferentessalasdeestar,espera,visitaedejantar;jardimdeinverno,salademusica,
mirante,gabinete,engomados,quartodehospedes,vestiario; setor ıntimo isolado no pavimentosuperior.Tambemsurgiramagaragemedormitoriodosempregados,masestes,emgeral,naoestavamnocorpoprincipaldacasa,masemconstruçaoanexa,entaodenominadasdeedıculas.Acomunicaçaocomo exterior acontecia pelas varandas cobertas,terraçosealpendres–algunspalacetesaindausamdestascirculaçoesexternas.
Apartirdasplantascomplexasdospalacetes,as composiçoes volumetricas tambem foramrearranjadas,demaneiraacriarmovimentoentreosvolumes das edi�icaçoes e seus planos de coberta.Alguns de volumetria partindo de prisma simples,ou, por vezes, acrescidos de outros volumes quede�inemumamarcaçaoverticalnafachadaprincipal:e o caso do Palacete 348. Tambem e frequente oterraço coberto e/ou a varanda descoberta, comovalorizadosespaçosdecomunicaçaocomoexteriorequegeramdecrescimosvolumetricos,tornandoacomposiçaodinamica.
Ascoberturassaofeitasportelhasceramicas,na maioria dos casos, com diversos arranjos deplanosde coberta, podendopossuir platibandaoutelhado com beiral. Quanto a ornamentaçao, ospalacetes,emgeral,saoclassi�icadospertencentesaoestilo ecletico, por causa das variadas linguagens:desdefrontaocomdetalheemaltorelevo, torreao,pergolado, colunatas, ate trabalhos artısticos nointerior das edi�icaçoes em pinturas, emmadeira,vitraiscoloridos,gradilemferrodecorado,varandasArtNouveau,querepresentavamopoderaquisitivoda famılia proprietaria e tinham as mais diversasin�luencias.
O palacete 348, da Av. Joao Machado, porexemplo, possui ornamentaçao Art Nouveau nasaberturas tripartidas e detalhes das esquadrias,marcaçaodasiniciaisdoproprietarioemaltorelevonaportaprincipal.De forteverticalidade,oacessoprincipaldoimovelpossuiumterraçocomcolunata“corıntia”, na entrada da edi�icaçao, coberto portelhasceramicascomapoiosemmadeira.
Hoje,sededoIphaep,oPalacete348etombadoindividualmente pelo Decreto Estadual N°8.652/1980 e e classi�icado como imovel deConservaçaoTotal.Mantempreservadagrandepartede suas caracterısticas espaciais, estruturais,volumetricas,tipologicasedecorativasoriginais.
ArquiteturaArtur Medeiros Veiga Rodrigues
Arquiteto
2016-AnoI-Nº01-P.08
EsteartigoefrutodeumaPesquisadeIniciaçaoCientı�icarealizadaem2013soborientaçaodaProfª.Dra.MariaBerthildedeBarrosLimaeMouraFilha sobreaevoluçaoeproduçaodaarquitetura residencialna capitalparaibana.Para sabermaisinformaçoesconsulteolivro:COTRIM,Marcio;MOURAFILHA,MariaBerthildedeBarros(Org.);CAVALCANTI,Ivan(Org.).Entreorioeomar:arquiteturaresidencialnacidadedeJoaoPessoa.1ª.ed.JoaoPessoa:EditoraUniversitaria/F&A,2016.369pcialnacidadedeJoaoPessoa.1ª.ed.JoaoPessoa:EditoraUniversitaria/F&A,2016.369p.
a Avenida Joao Machado, nº 348, no Centro de Joao Pessoa, localiza-se o antigo sobrado doNparlamentar, jornalistaepoetaparaibanoJoseRodriguesdeCarvalho,autorde"CancioneirodoNorte",quemorounessepalacetede1922a1928.
Oimovel,hoje,abrigaasededoInstitutodoPatrimonioHistoricoeArtısticodoEstadodaParaıba,orgaoresponsavelpeloproteçaodopatrimonioculturaldonossoEstado.Osobradofoiconstruıdoentre1920/1922eapresentaemsuacomposiçaoelementosdeArtNouveau.Seuvalorarquitetonicoeinegavel:semelhanteaoutrosconjuntosqueintegramopatrimoniohistoricoedi�icadodaCapital,principalmenteaqueles que estao situados na Rua das Trincheiras e em Tambia. Sao exemplares com caracterısticasarquitetonicasvaliosas,representativosdaascensaodaburguesiaurbana,nadecadadevinte.
Vestígiosdopassadorecente
Tudoaconteceuporacaso;porcontadeumprojetodepaisagismo,visandoreconstruirojardimdaresidenciadeRodriguesdeCarvalho.Duranteasescavaçoes(decapagem:1x1m),a�loraramvariositensarqueologicos: fragmentos de faianças portuguesas; restos de reboco de varias cores; fragmentos dematerialdeconstruçao;azulejosingleses;tinteiroPark;lacre;restosdeceramica;vasosdeagata;canecadealumınio; lança-perfumeRodouro,daRhodiabrasileiro(±1926); tijolose telhas fabricadasnasolariasJaburueLandi;moedasquecircularamnosanos30e40,duranteoEstadoNovo;frascosdeperfumefrances;variosrestososseosdeanimaisdealimentaçao;ossosdeavestruz-avequeornamentavaosjardinsdascasas senhoriais daTravessado SaoBom Jesus - area urbana elitizada,mas ainda com caracterısticasnitidamenterururbana(ruraleurbana),ondedestacavam-sesıtios,comooSıtioBoichoquecortavaaantigaTravessadeSaoBomJesus,atualJoaoMachado.
Osomatoriodessestraçosarqueologicosdaumaideiaexatadocotidianoburguesedospadroesdeconsumodoshabitantesdoimovel,ede�ineostatussocialdafamılia.
Aarqueologiaurbanainteressa-sepelopassadorecente.Seuprincipalobjetivoelevantardadossobreasunidadessociologicasdasfamıliasdediversasclassessociais,notempoenoespaço,para,entao,traçaroper�ildecadaepoca,procurandosempreasuacotidianidade.
Naverdade,«oarqueologoescavapessoas,naocoisas.Ascoisas(itens)re�letemapenasavidasocialeculturaldaspessoasedosgrupossociais».Assim,ocasaraopoderevelaraindamuitosobreumafamıliatradicionaldaburguesiaparaibanadoinıciodoseculoXX.
Paraleloassondagensarqueologicasforamfeitas,tambem,prospecçoesarquitetonicaspelostecnicosdoIphaeppararevelartodaahistoriadeumexemplarsigni�icativodonossopatrimonioambientalurbano.
PARALER
AZEVEDO,CarlosAlberto.Luxo&Lixo:prospecçaoarqueologicanoantigosobradodeRodriguesdeCarvalho.In:________.Arqueologia:estudos&pesquisas.JoaoPessoa:Ideia,2008,p.87-98.
ArqueologiaCarlos Alberto Azevedo
Antropólogo
ArqueologiadoSobradodeRodriguesdeCarvalho
FOTO-IPHAEP
2016-AnoI-Nº01-P.09
Navegarépreciso?Restaurartambémé...
aos habeis, respeito, conhecimento cientı�ico, testes previos em laboratorio, materiais
MadequadoseconscienciadovalorhistoricoeartısticodeumBemculturalsaoinstrumentosde
uma mesma orquestra que, regidos pela vontade administrativa, agem com precisao na
contençaoereparaçaodosdanossofridosporumaimportanteevaliosaobradearte.
OGovernodaParaıba,atravesdoInstitutodoPatrimonioHistoricoeArtısticodoEstadodaParaıba-
Iphaep,atualmente,comandouarestauraçaodeumimportantepaineldeazulejosportugueses,localizado
noPalaciodaRedençao,equeseencontravaemavançadoestadodedegradaçao.Osserviços,iniciadosem
março,porumaEmpresaEspecializada,contouemsuaequipecomaassessoriatecnicadoEspecialistaem
Azulejaria,obaianoEstacioFernandes,edoistecnicosdoIphaep:PiedadeFariaseLuısCarlosKehrle.
OpaineldeazulejosportuguesesdaFabricaConstanciadeLisboa,emestiloneobarroco,quepertenceao
PalaciodoGovernodaParaıba,datado inıciodoseculoXX,mede4.50mX5.50me e intitulado:NAUS
PORTUGUESAS
OPainel,compostopor1.176azulejos,jáapresentava
perda de 5 peças quando iniciou o processo de
desprendimentodaparede,causandoodesabamento
de grande parte das peças que, ao despencarem,
fragmentavam-se,quebrandoeatéperdendopartes
queforamreconstituídaspelosrestauradores.
Passoapassodotrabalho
Otrabalhopronto,entregueduranteas festividadesdeNossaSenhoradasNeves eumpresentedo
GovernodoEstadoanossacapital,queconstoudasseguintesetapas:mapeamento,remoçaodosazulejosda
parede,junçaodefragmentosparaidenti�icaçaodepeças,higienizaçao,isolamentodasbordasquebradas,
colagem,reconstituiçaoparcialdepartesperdidas(emassamentoenivelamento),reconstituiçaototaldos
11azulejosfaltantes,reintegraçaocromatica,aplicaçaodacamadadeproteçaoerecolocaçaonaparede.
Antesdetudo�izemosummapadedanosparaquetivessemosumregistrodoestadodeconservaçaoe,
portanto,odiagnosticogra�icodasituaçaoapresentada.
Bens móveis e integradosPiedade FariasRestauradora
FOTO-IPHAEP
2016-AnoI-Nº01-P.10
Comopainelrestaurado,amesmaequipeiniciaraarecuperaçaodobancorevestidodeazulejos
portuguesesdoseculoXIX,provenientesdaFabricaViuvaLamego,quesesituaabaixodopainel,a�ixadoa
mesmaparededoantigoclaustroJesuıta,atualPalaciodoGoverno,protegidopeloInstitutodoPatrimonio
HistoricoeArtısticoNacional/Iphan.
Acadatrabalhorealizado,umregozijo.Devolverumaobraresgatadaemsuaintegridadefısicae
originalidadeesteticaacomunidadeeumaalegriaimensa.Norestaurador,quetodososdiasrealizaum
trabalhoprecisoeminuciosocomoodasformiguinhas,�icaosentimentododevercumpridonasalvaçaode
umaobra.Igualsentimentoexperimentamtodosdasinstituiçoes,promotoraeexecutora,destadelicada
intervençaotecnica.Ganhamostodos.
Bens móveis e integradosPiedade FariasRestauradora
FOTO-IPHAEP
2016-AnoI-Nº01-P.11
LUGARESDEMEMÓRIAAcervoBibliográ�icoeDocumentaldoIphaep
memorianospermitelembrar,escolhereesquecer.Nos
Aproporciona viagens a lugares nunca antes visitados.
Nos possibilita recordar momentos felizes, resgatar
informaçoes necessarias ao presente e olhar, sempre quando
necessario,opassadocomumaperspectivadiferente.
A leitura, os escritos e as historias que compoem os
acervosnospermitemviajarnotempoquenaovivemosouqueja
vivenciamos no passado. Esses lugares sao guardioes por
excelencia da memoria. Neles, por meio de documentos
manuscritos,impressos,digitais,desenhos,imagens,fotogra�ias,
musicas,�ilmes,documentarios,entreoutros,aslembrançasdo
passado sao registradas.Noentanto, tal comoumdocumento
impresso,asedi�icaçoeseosespaçosfısicostambemguardama
passagem e a historia das comunidades, suas lutas e
transformaçoesquesere�letemnotraçardassuasconstruçoes.
Preservar um conjunto de edi�icaçoes e uma formade
mantervivaa identidadedeumpovo.E� conservaramemoria
coletivadeumespaçojavivenciadoouhabitado,quefoicenario
de conhecimentos signi�icativos para a Historia daquela
populaçao.
MemóriaJefferson Fernandes Dantas
Técnico em Arquivo
FOTO-IPHAEP
FOTO-IPHAEP
2016-AnoI-Nº01-P.12
NoMonteParnaso,moradadasMusas,umadelassedestaca.Fisionomia
serena,olharfranco,belezaincomparável.Nasmãos,oestiletedaescrita,a
trombetadafama.SeunomeéClio,amusadaHistória.Nestetemposem
tempoqueéotempodomito,asmusas,essesseresdivinos,�ilhosdeZeusede
Mnemósine,aMemória,têmodomdedarexistênciaàquiloquecantam.E,
noMonteParnaso,cremosqueClioerauma�ilhadiletaentreasMusas,pois
partilhavacomsuamãeomesmocampodopassadoeamesmatarefade
fazerlembrar(SandraJatahyPesavento)
Ao visitar uma cidade, o Centro Historico, atualmente identi�icado como Patrimonio Historico,
rememora o passado por ser um lugar dememoria que guarda em sua tessitura as lutas do povo na
construçaodeseulugardevivencia.
De acordo comoDecreto-lei nº25, de30denovembrode1937, oPatrimonioHistorico e “um
conjuntodosbensmoveiseimoveisexistentesnopaısecujaconservaçaosejadeinteresse(sic)publico,quer
porsuavinculaçaoafatosmemoraveisdaHistoriadoBrasil,querporseuexcepcionalvalorarqueologicoou
etnogra�ico,bibliogra�icoouartıstico."
Apartirdestadeterminaçao,oEstadodaParaıba,noanode1971,criouoInstitutodoPatrimonio
HistoricoeArtısticodoEstadodaParaıba(Iphaep),coma�inalidadedepreservarosbensculturaisdo
EstadoqueaindanaoseencontravamsobapreservaçaodoInstitutodoPatrimonioHistoricoeArtıstico
Nacional(Iphan).Durante45anosdeatuaçao,oInstitutovemutilizando-sedeinstrumentoslegaispara
promoverapreservaçaodoPatrimonioHistoriconoEstado.
EducaçãoPatrimonialeacessoalivrosdaCAHAC
Noentanto, alemde cadastramento, tombamento e registro, o Iphaep atuana areadeEducaçao
Patrimonial,realizandopalestras,foruns,formaçaoparaeducadores,elaboraçaodecartilhas.Tambematua
no incentivo a pesquisa ao abrigar e disponibilizar o acesso a Coordenadoria de Assuntos Historicos,
Artısticos e Culturais (CAHAC), na qual se encontra o acervo bibliogra�ico e arquivıstico, com livros e
arquivostematicos,ondeestudantes,pesquisadores,professoresetodaapopulaçaoemgeraltemacessoa
HistoriadaParaıba.
Alemdemanteravisitaçaoconstanteaosacervos,oIphaepatuadeformasigni�icativanapreservaçao
de15CentrosHistoricos,quetransparecemenarramaorigemdascidades,proporcionandoasatuaise
futurasgeraçoes,oacessoamemoriahistoricadoseupassado.
MemóriaJefferson Fernandes Dantas
Técnico em Arquivo
2016-AnoI-Nº01-P.13
FOTO-IPHAEP
SAIBAMAIS
A documentaçao preservada proporciona aos visitantes, de amantes do patrimonio a
pesquisadores, um conhecimento sobre as cidades, personalidades e osmais variados temas de
relevanciaparaoEstado.Oacervobibliogra�icoeformadopor691livros:desdeclassicosdaHistoria
da Paraıba a livros tecnicos de areas a�ins do Iphaep. Ja o acervo arquivıstico e composto por
documentosimpressos,emsuportesdigitaiserecortesdejornais,queretratamfatosetemasque
compoeahistoriadaParaıbaetambemdascidades.
QuemconheceroInstituto,semduvida,con�irmara:aquiopresentevisitaopassado!
urante o Perıodo Colonial, a ocupaçao da
DprincipalcidadedaCapitaniaRealdaParaıbase
concentrounoentornodoRioSanhaua,omais
importantedeseusancoradouros,rotadeentradaesaıda
de passageiros e de produtos comercializados nesse
territorio.NosprimeirosanosdecolonizaçaodaParaıba,a
proximidadedasconstruçoes,engenhosepovoamentos
existentes na Capitania aos rios era de fundamental
importancia para a sobrevivencia de seus moradores.
Dessa forma,asprincipaismoradias,prediospublicose
comerciaisdacapitalforamconstruıdosnoentornodessa
area. Esse traçado original de ocupaçao da capital
paraibana,desdeoPerıodoColonial,acabouporde�inir,
atemeadosdoseculoXX,oeixodecrescimentodacidade.
Ocaraterdaocupaçaoteveporbaseaexploraçao
dacana-de-açucarnosengenhos.Durantemuitosanos,o
desenvolvimentodacidadeestevebasicamenteorientado
para o Centro Antigo, instalando-se residencias e
estabelecimentos comerciais e , aos poucos, se
estruturandoamalhaurbana.Dosbairros,aspessoasse
deslocavamparaoCentro,pararealizarnegocios.
Osbairrospodemserconsideradoscomo“micro-
espaços”, ou seja, locais que contemplam diversas
experienciasdevidasocial:moradia,comercio,trabalho,
lazer e entre outras relaçoes. Essas experiencias
constroemanoçaodepertencimentodosseusmoradores.
Nesse sentido, desempenham um papel de carater
historicobaseadonassuasorigens,ocupaçaoeformasde
uso de seu espaço, ou seja, lugar onde a vida humana
acontece.
Nossos bairrosEdvaldo da Cunha Lira
Historiador
PensaroBairrodeJaguaribenosprovocaare�lexao
sobre os espaçosda cidade, compostos por fragmentos
que compoem e descompoem o todo, formando “mini-
cidades”, que se diferenciam por suas especi�icidades.
Seusmoradores,consequentemente,inseridosdentrode
umcontextosocio-cultural,estabelecemcomobairroa
noçao de pertencimento mais efetiva com relaçao ao
espaço maior ao que estao inseridos. Ou seja,
desenvolvemumsentimentoidentitario.
O carater historico deste bairro esta alem das
origens geogra�icas, mas inerente ao processo de
ocupaçaoenasdiferentesformasdeusodeseusespaços
re�letidos nas mudanças registradas nas paisagens.
Mudanças referentes aos aspectos, que nos permitem
reconhecer recon�iguraçoes da estrutura e praticas
sociaisinerentesaobairro.
A origemda area denominada Jaguaribe data do
perıodocolonial,apartirde1587,quandofoiconcedida
pelaCoroaportuguesaumasesmariaaoSenhorFrancisco
GonçalvesSerralheiro.Essaarealimitava-secomaregiao
do Varadouro e com uma area indıgena denominada
“AldeiaBraçodePeixe”(localoutrorapertencenteaopovo
potiguara).Aocupaçaodobairro sedeupela sesmaria,
mas tambem por outros proprietarios que tivessem
interesse e condiçoes de nessas terras habitar e fazer
benfeitorias,contribuindoparacoloniza-la.Destaforma,a
ocupaçaoeurbanizaçaosederamdeformagradual,maior
ao que estao inseridos. Ou seja, desenvolvem um
sentimentoidentitario.
Jaguaribe:caráteridentitáriodamemória
FOTO-IPHAEP
2016-AnoI-Nº01-P.14
SAIBAMAIS:
«AssingularidadesdaModernizaçãonaCidadedaParahybanasdécadasde1910a1930"deWaldeciFerreiraChagas.
«ObairrodeJaguaribenamemóriadosseusmoradoresidosos»deJulianaBarros
deOliveira.
«RetratosdeJaguaribe»deEmilsonPoncedeLeon.
LegislaçãoEquipe Iphaep
DECRETOnº5.255de31demarçode1971
Cria na Secretaria de Educaçao e Cultura o Instituto do PatrimonioHistoricoeArtısticodoEstadodaParaıba.
OGovernodoEstadodaParaıba,usandodasatribuiçoesquelheconfereoart.61daConstituiçaodoEstado,
DECRETA:
Art.1º-Ficacriado,naSecretariadaEducaçaoeCultura,oInstitutodoPatrimonioHistoricoeArtısticodoEstadodaParaıba,coma�inalidadedepreservarosbensculturaisdoEstado,quenaoseencontramsobproteçao e guarda do Patrimonio Historico e Artıstico Nacional, compreendidos os setores historico,artıstico,folclorico,�lorıs ticoearqueologico.
Art.2º-OConselhoEstadualdeCulturadeveraapresentar,noprazodetrinta(30)dias,oregulamentodoorgaodequetrataoartigo1ºdesteDecreto.
Art.3º-ParacusteiodasatividadesdoInstitutodoPatrimonioHistoricoeArtısticodoEstadodaParaıbaseraoutilizadosrecursodoFundoEstadualdeCultura,instituıdopeloDecretonº3930,de10.08.1965.
Art.4º-RevogadasasdisposiçoesemcontrarioesteDecretoentraraemvigornadatadesuapublicaçao.
Em1978apartirdoDecreton.7.651oIPHAEPsetransformaemO� rgaodeRegimeEspecialcomautonomia administrativa e �inanceira que se expressa na faculdade de executar e custear os planos,programaseprojetosafetosao orgao,bemcomo,administrarecontabilizarasdotaçoesque lhe foremconsignadasnoorçamentodoEstadoouosrecursosoriundosdeacordos,contratoseconvenioscelebradoscomorganismospublicoseprivados,nacionaiseinternacionais.
NesteDecreto,ascompetenciasdoIPHAEPsaoenumeradas:
I-Promoverotombamento,classi�icaçaoeinventariodemonumentos,obras,documentoseobjetosdevalorhistoricoeartıstico,emcoparticipaçaocomaDiretoriaAdjuntadePatrimonioeMaterialdaSecretariadaAdministraçao;
II-Aconservaçao,arestauraçaoeapreservaçaodebensculturais,moveiseimoveis,deinteressehistoricoeartıstico;
III-Acatalogaçaosistematicaeapreservaçaodearquivospublicoseparticulares,cujoacervosejadeinteressedoEstadoourepresentamvalorhistoricoeartıstico;
IV - Manter entrosamento com entidades municipais, estaduais, federais, paraestatais ouinternacionais, com vistas a conservaçao, restauraçao e tombamento de bensmoveis e imoveisconsideradosdevalorhistoricoeartıstico.
V-Outrasatividadescorrelatas.
2016-AnoI-Nº01-P.15
Nestaruatinhaumbosque...
mensoeverde.Maisquedeimenso,maisquedeIverde,tinhademisterioobosqueondemoravaoanjo.Chamava-seSolidao?Naosei.Hojeseique
obosqueeraaultimachacara,aquesobraraentretantasquehabitaramocentrodestacidade.Dentrodobosque,oanjo:Oantigocasaraodachacara.
Naminhalembrançadoinıciodadecadade1970,o casarao estava ali, �irme, embora ja mostrassesinaisdequeotempoestavapassando.Sabia-sedeoutra epoca e mesmo assim, ia vivendo, qualdiscretasenhoraemseusilencio.Muitomeatraıaessesilencioeosseusaresdetempopassado;dejoia rara, pedra preciosa do Bairro de Tambia.IncrustadonaesquinadaRuaMonsenhorWalfredoLeal com a Rua Princesa Isabel, emmeio a tantaarvore... Tanta arvorehavia e, de tanto se afastar,tomavacompletamenteomaiorquarteiraodaRuaPrincesaIsabel.
Pormuitasvezesocasaraomepareceupequeno,metido naquela vastidao de arvores com copasestendidas sobre o muro alto. Inumeras eram asmangueiras,jaqueiras,pitombeiras,goiabeiras,pesdecajuedejenipapo.Atefruta-paohavia,alemdeuma imensa castanhola, de tronco tao largo queassustava; cuja raiz, com uma força incomum,transpassavaomuro,levantando-o,parairdeitar-senacalçada.
OvelhomurodaChacarachegavaatepertodaesquina, aliando-se, daı pordiante, ao gradil comrecortesarqueados,trabalhadosemferro,quelhedava continuidade, seguindo seu trajeto pela RuaMonsenhorWalfredoLeal,guarnecendoocasaraoque, com os casaroes vizinhos, compunha oimponente cenario que, desde tenra idade, �icoude�initivamentefazendopartedeminhavida.
Euoolhavademoradamente.Sentiaocheirodocede frutas. Nenhuma cantiga seria mais bela queaquela vinda dos bem-te-vis da Chacara quandoamanhecia! Comoeraboa aquelapazde sıtio emcontradiçaocomomovimentointensodotransitonarua!Quantadignidadehavianoapeloimpassıveldocasarao!Dignidadesofrida.Quantadoremseugritosilenciosoderesistencia.
Dava para se ver que havia sido pintado deamareloumdia,emborapoucorebocolherestasse,deixando a mostra os grossos tijolos maciços evermelhos.Aaparenciadeabandonoemprestava-lhe aquele ar sombrio, de ummisterio profundo,ensimesmado.Aunicajaneladosotaoconsolidavaessaimpressao.Eraumajanelaemmadeiradensaefechada,ondemuitasvezesdebruceiaimaginaçao.
Deixava o olhar adentrar o gradil, subir pelosbatentes ate a varanda e caminhar ao seu redor,acompanhandoocorodesoladordascigarrasquesealinhavaaalgazarradosmeninosnasaıdadaescola.
Ocasaraoviveriaalheioamovimentaçaodarua,nao fosse a presença de Seu Severino, o caseiromagro e vermelho que vivia ali com sua famılia,tirando o seu sustento desse trabalho e de umpequeno�iteiropostadojuntoaogradil,emposiçaoestrategicaparaavendadebombonsaosalunosdoColegio Estadual de Tambia. Da vida de SeuSeverino,solembroodiaemque,demitidodeseuposto,saiucabisbaixopuxandoo�iteiro,amulher,ocachorro e os �ilhos que iam agarrados uns aosoutros,semsaberondeiamterparadeiro.
QuandonaohaviamaisSeuSeverino,ocasaraopermaneceu por mais de dez anos abandonado,afundando-se no mato que crescia em volta,invadidoasvezespormeninosquedisputavamseusfrutos. Assistiu ao crime do menino sob suasarvores,viuquandoooutropuxouafaca.Contamque foi por causadeumamanga aquela briganomeiodatarde.Veioapolıciaeocasaraoapinhou-sedegente,emseguidavieramostecnicosdoInstitutoMedico Legal. Demoraram la dentro e quandosaıram levaram o pequeno corpo com o caldo demanga escorrendo da boca, misturando-se aosangue.
Indiferenteaoabandono,ocasaraonaoperdiaaaltivez. O sotao continuava guardando seusmisterios,lagartixasfazendofestas,saguispulandonosgalhos,eacantoriadosbem-te-visecigarras,queerammuitas.
Umdiabosqueeanjoforamabatidos.Nuncamaismisterios;nuncamaisbem-te-vis.Sotaoechacara,nunca mais. Em meio aos destroços daquelademoliçao indevida, um armador enferrujado epresoaumfragmentoderebocolembravaquealiforaumlar,comumaredearmadanoconfortodeumcantinhoquepermitisseodescansoaofrescordabrisaedocantoharmoniosodospassaros.
Comaderrubadadacasaedas arvores �icouoterreno quase vazio, restando, aqui e acola, umamangueira.
Hoje,quempassaporessa rua - antigaRuadoTambia–veerguidoemseulugar,asededaTVCaboBrancoedoJornaldaParaıba,ondeumaououtramangueira reproduz a sua imagem na vidraçaespelhadadafachadamoderna.
Eraumavez...
CrônicaPiedade FariasRestauradora
2016-AnoI-Nº01-P.16
JanelasverdesbanhadasPelapratadoluar...Teussonhossaosonhosd'aguaSuspensosporsobrearua,BanhadoscomamesmaluaQueprateiaoSanhaua...Escondeshaquantotempo,TeuplatonicosentimentoPelorio,naopelomar?...JanelasdeseescutarAsmaislongınquascantigas...Violas,vozesperdidas,Dosquecantamaoremar,SonsdetropelnasladeirasSonsdesinoarepicar...QuefoifeitodosdestinosDosantigosperegrinosQueseforamsemvoltar?...JanelasdedebruçarQuandohaviaserenatas...Chapeus-coco,festas,galas,Vestidosdeseda�inaConfeteseserpentinas
Cadeirasdearruar...HaquantoessentinelaDoportoedascaravelasQuevaopelorioaomar?...JanelasvelhasamirarPinaculos,torressineiras...Platibandas,cumeeiras,Otremquandolongepassa,Maisdistante,vesamata,Soismorrendodevagar...Janelas...Haquantotempo,Pelomurmuriodovento
Vesorioarrepiar?...Janelasverdes,olhosd'aguas,Almasdenaufragosapenar...
Janelasaovento,incertas,Janelasdeseolvidar...Temposidos,vaosdesejos,Varadouro,CabedeloRevoltosilenciar...JanelasabertasasruasQueespreitamoSanhaua...
JanelasdoCasarãoPhilipea
Arte & CulturaPiedade FariasRestauradora
2016-AnoI-Nº01-P.17
Educação Patrimonial
2016-AnoI-Nº01-P.18
roteger e promover uma area tao
PcomplexacomooCentroHistoriconaoe
umadinamicasimplesenemunilateral.E�
umprocessoquenao acontece apenas em Joao
Pessoa e em um so formato. A requali�icaçao,
compostadesegurançaebem-estar,dependede
uma serie de fatores: da uniao permanente da
c omun idade e a s d ive r s a s i n s t a n c i a s
governamentais.Movidopelocompromissoetico,
oGovernodoEstado,pormeiodoIphaep,iniciou
umdialogocomacomunidadecriandooGrupode
TrabalhoCentroHistóricodeJoãoPessoa.
OGTnasceudestanecessidade:estabelecer
d i s c u s s o e s s o b r e a s d i v e r s a s
questoes/problematicas do Centro Historico
entre a sociedade civil e o poder publico,
juntamente com entidades patrimoniais, em
benefıcio do Centro Historico de Joao Pessoa.
Inicialmente foi construıdo o Seminario "Plano
EstrategicodeGovernoparaoCentroHistorico:
pensando coletivamente", com o objetivo de
construir uma diagnose para identi�icar
problemas e intermediar, junto as instancias
governamentais,soluçoesecaminhosparaaçoes
imediatas.
Considerando pertinente a uniao entre a
comunidade, instancias governamentais,
instituiçoespreservacionistaseculturaisparaa
preservaçao do Centro Historico, e objetivando
quali�icar a vida dos cidadaos que habitam,
transitam e visitam essa parte da cidade, o
Seminarioocorreunosdias01e02deabrildeste
ano,naCapital.Foramcriadosquatrofrentesde
trabalhoformadasporsociedadecivilegovernoe
relacionadas a Arte, Cultura e Educaçao;
DesenvolvimentoHumano(AssistenciaSocial)e
Saude;Habitaçao,TurismoeMobilidade;eMeio
Ambiente,SegurançaeComercio.
Na ocasiao, a Polıcia Militar, uma das
Instituiçoes importantes na construçao deste
Plano, esteve presente, para um dialogo mais
aproximadocomapopulaçaosobreasegurança
noCentroHistorico.
Posteriormente , cada FT se reuniu
individualmenteereestruturouasproblematicas
eapontamentosdesoluçoes.Atualmente,oGTse
reune nas sextas-feiras a tarde, na sede do
Instituto, para a construçao do Plano. Desta
forma, o Iphaep intenciona salvaguardar a
memoriahistorica,registradapormeiodosbens
culturais materiais e imateriais, constituıdo ao
longodestes431anosdacapitalparaibana.
Poracreditarmosquesosepreservaoque
se conhece, compartilhamos os versos que
compoemMinhaCidade.
JoãoPessoaéaminhacidadeMeujardim
ComjeitinhoelameplantouFinqueiraízesemsuasterras.
NoPortodoCapimAbrisadeságuaemmimEassimvoumareandoNomeupequenobarbocomsededeRioSanhauá
EsaiocaminhandoEmondasdepedrasdacidadevelha
Ondetodossão�loresDediferentesaromasEvariadascores.
DomardoBessaaoCaboBrancoVentosmelevam
EsopramnosmeusouvidosSegredosdemarDetantoazul
DesolEtantosal
Segredosdemim...Aqui,provodosfrutospermitidos
DosjambosnascalçadasEdosproibidos
Dascarambolasroubadas.
CassandraFigueiredo
Cassandra Figueiredo DiasArte-Educadora
Fique Ligado!Editorial
2016-AnoI-Nº01-P.19
GRUPODETRABALHOCENTROHISTÓRICODEJOÃOPESSOA
OGTCentroHistoricodeJoaoPessoaeumprojetopilotodoIphaepquenasceuem2015etemporobjetivodiscutirasproblematicaseintermediarcomasInstancias
governamentaispossıveiscaminhosesoluçoesparaoCH.FrutodesteGTnasceuoSeminario«PlanoestrategicodeEstadoparaoCentroHistorico:Pensandocoletivamente»que
aconteceunosdias01e02deAbrilde2016,masaindaestaemformatodeelaboraçaoatravesdasFrentesdeTrabalho.OGTtemumapaginanasredessociais,noqualabrigaumnumeroconsideraveldeparticipantes,talcomotambem,mantemreunioesregularesnas
ultimasquintas-feirasdecadamesnasededoIphaepas17hs.
FÓRUMPERMANENTEDE CIÊNCIA ECULTURA
E� umainiciativadoGovernodoEstadodaParaıbapormeiodoInstitutodoPatrimonioHistoricoeArtıs ticodoEstadodaParaıba-Iphaep,commaisdeumadecadadeatuaçao,quesedestinaaserespaçodedebate,abordandotemasnoambitodaEducaçaoPatrimonialcontemplandoestudantes,pesquisadores,
cientistaseasmaisvariadasentidadespublicas.OproximoForumaconteceradia29desetembrocomotema:Memoriasocial&cidadania.
PROJETO:AÇÃO PUBLICITÁRIANOS CENTROS HISTÓRICOS
EsseprojetotemcomoobjetivoaregularizaçaodaPublicidadedeacordocomanormativaestadual.AprimeiracidadefoiCampinaGrande,masestaaçaoseraaplicadaemtodasascidadescomCentrosHistoricosprotegidospeloIphaep.Ao
receberadeterminaçaodoMinisterioPublicocomrelaçaoaRuaMacielPinheiroemCampinaGrande,oIphaepencaminhouseustecnicosparaumavistoriaeemseguida,diantedasproblematicasidenti�icadas,ministrouparaasautoridades
governamentaisdomunicıpio,oscomercianteseapopulaçaoemgeral,umaPalestraeducativasobrelegislaçaoeorientaçaoparaousoadequadodasplacas.
PALESTRA: EDUCAÇÃOPATRIMONIAL
OIphaepatuanaareadeEducaçaoPatrimonialministrandoPalestrassobrePatrimonioHistorico,Artıs ticoeCulturalemescolas,universidades,instituiçoesemgeral.Alemde
umroteiroparaasCidadescomCentroHistoricoprotegido,atendeanualmenteapedidosdasdemaisSecretariasdeEducaçaoeCulturaquevenhamasolicitar.
AtualmenteoIphaepentregaoPaineldeAzulejosdoPalaciodoGovernoerealizaobservaçoestecnicasparainiciarorestaurodasImagensda
IgrejaSaoMigueldaAldeiaSaoFranciscoemBaiadaTraiçao.ParaessasatividadescontacomosservidoresPiedadeFariaseLuısCarlosKehrlequetambemvemexecutandoInventariosdeBensHistoricoseArtıs ticosdoTribunaldeJustiçadaParaıba,PalaciodoGoverno,IgrejadoRosario
dePombal,ObrasPublicasdoCentroHistoricodeJoaoPessoaeosArrolamentosdosConjuntosbarrocosFranciscanoeCarmelita.
rocesso dePRestauro
HISTÓRIA DA PARAÍBAC I D A D E S
EsteprojetonasceudanecessidadedeinformaçoeshistoricassobreascidadesdaParaıbaparaacomposiçaodePareceresdaCoordenadoriadeAssuntosHistoricos,Artıs ticoseCulturais-CahacdoIphaep.Desdeoinıciode2016,aCahacdesignouumaequipeexclusiva,quevemse
debruçandosobreessaminuciosapesquisa,paraconstruçaodomaterial.Atualmente,jaconstacommaisdecemcidadeseaprevisaoeque,ate
dezembro,jatenhasidoconcluıdo.
II SEMANA DOPATRIMÔNIO
EmcomemoraçaoaodianacionaldoPatrimonio,dia17deagosto,oIphaeppromoveumasemanadeatividadescomatendimentos,orientaçoeseformaçoessobrePatrimonioHistoricoentreosdias15e19deagostonascidadesdeJoao
Pessoa,MamanguapeeBananeiras.
Quersabermais?Enviesuasdúvidas,sugestõesecontribuições:jornalparahyba@outlook.com
LOTERIADOESTADODAPARAÍBA -LOTEP e umaautarquiadoGovernodoEstadodaAParaıbavinculadaaSecretariadeEstadodoTurismoeDesenvolvimentoEconomico-SETDE,responsavelpelaadministraçao,gerenciamentoe�iscalizaçaodejogosemtodososmunicıpios
doEstado.
CriadapeloentaogovernadorJoseAmericodeAlmeida,em02deabrilde1955,atravesdaLeinº1.192eem1956foirati�icadapelopresidenteJuscelinoKubitschek,porintermediodoDecretonº40.549de12dedezembrode1956.
Suaprincipalmissao e contribuirpara as açoes sociaisdoGovernodoEstado atraves dosrepassesdosvaloresprovenientesdaarrecadaçaocomavendadosprodutos lotericos,entreeles,destaca-seoBilheteTradicional “SorteSua”,ondepartedesses recursos edestinada a assistenciasocial,fomentoaoesporteelazer,incentivoaculturaeasegurançapublica.
Alemdobilhetelotericocitadoacima,outrasmodalidadesforamimplantadasnagestaoatual,aexemplodobilhetecomemorativodos“60anosdaLotep”,do“CampeonatoParaibanodePremios"edo“ParaıbadePremios".
ALotepdentrodosseussessentaanosdeexistenciasempredesempenhouumimportantepapelparaodesenvolvimentosocial,economicoeambiental,oferecendocredibilidadeemsuasaçoesjuntoasociedadeparaibanaatravesdascontribuiçoesasentidadesde�ilantropia,deapoioaoesporte,cultura e lazer, na capacitaçao e orientaçao para o trabalho de jovens e adultos e na geraçao deoportunidades de emprego e renda. A autarquia mantem convenios com varias entidades de�ilantropia,comooCendac,CasadaCriançacomCancer,Amem,entreoutras.
A Loteria do Estado da Paraıba vem procurando desenvolver novas formas para aimplementaçaodemelhorespraticasdeResponsabilidadesSociaiseAmbientalalemdeassumirocompromissode estabelecer o conceito de jogo responsavel que consiste no desenvolvimento depolıticasepraticasvoltadasparaprevenirojogocompulsivoeproteçaodepessoasvulneraveis,comomenoresdeidade,dospotenciaisdanosassociadosaosjogoslotericosamparadospelalegislaçao.
Atualmente a Loteria do Estado da Paraıba, alem de alimentar os sonhos dos inumerosapostadores, temsidoumimportante instrumentodoGovernodoEstadoquetemorientadosuaspolıticas de forma integrada para a consolidaçao das açoes sociais, visando o enfrentamento dapobreza e o provimento de condiçoes mınimas para atender as contingencias sociais e auniversalizaçaodosdireitosdocidadao.
ComprandooBilheteLotericooclienteconcorre adiversaspremiaçoes, taiscomo:Carros,motos, dinheiro em especie, TVs de led, celulares, dentre outras. As vendas dos Bilhetes estaodisponıveisemdiversospontosespalhadosaolongodoEstadodaParaıba.
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba
Secretaria de Estadoda Cultura
IPHAEP
top related