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SIMPÓSIOS SOBRE SAÚDE BRASIL – PORTUGAL Rio de Janeiro, 8 de Julho de 2008 O sistema de saúde de Portugal. Jorge Simões Universidade de Aveiro jsimoes@ua.pt. Visão global do sistema de saúde português. - PowerPoint PPT Presentation

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SIMPÓSIOS SOBRE SAÚDE BRASIL – PORTUGAL

Rio de Janeiro, 8 de Julho de 2008

O sistema de saúde de Portugal

Jorge SimõesUniversidade de Aveiro

jsimoes@ua.pt

Visão global do sistema de saúde português

O sistema de saúde português caracteriza-se pela coexistência de três sistemas sobreponíveis:

o Serviço Nacional de Saúde (100% da população);

esquemas especiais de seguro para determinadas profissões (subsistemas de saúde)

seguros voluntários de saúde privados

Subsistemas e seguros voluntáriosSubsistemas públicos

Subsistemas privados

Seguros voluntários

Acesso Base ocupacional

Base ocupacional

Base individual (ou de grupo)

Financia-mento

Contribuição individual compulsória baseada no rendimento efinanciamento do Estado

Contribuição individual compulsória baseada no rendimento efinanciamento da empresa

Contribuição individual voluntária baseada no risco efinanciamento indirecto do Estado (benefícios fiscais)

Exemplo de entidades

ADSE PT, CTT, SAMS

Multicare, Medis

População com cobertura

Subsistemas cobrem cerca de 20% da população portuguesa.

Seguros de saúde cobrem cerca de 10% da população

Fonte: Comissão para a Sustentabilidade do Financiamento do SNS

Caracterização geral do sistema de saúde português

O sistema de saúde português é, desde os anos de 1970, um sistema de inspiração beveridgeano, após a criação do serviço nacional de saúde;

O sistema de saúde português é um sistema misto, com uma combinação de prestadores públicos e privados;

Desde o começo deste século, as reformas vão no sentido da utilização de mecanismos de tipo mercado.

A Combinação Público-Privado em Portugal

FINANCIAMENTO

PRESTAÇÃO

PÚBLICO PRIVADO

PÚBLICA

PRIVADA

-Hospitais

-Centros de Saúde

-Outros serv. públicos

- Cuidados hospitalares pagos por terceiros responsáveis- Taxas moderadoras

- Convenções - Medicamentos(comparticipação)

-Clínicas-Consultórios- Medicamentos (não comparticipados)-Convenções (taxas moderadoras)

2000 2001 2002 2003 2004

Financiamento público 72.91% 71.53% 72.53 72.58% 71.17%

Serviço Nacional de Saúde 61.12% 58.80% 59.38% 59.72% 57.57%

Subsistemas Públicos 6.40% 6.64% 7.69% 6.48% 7.00%

Outros ( benefícios fiscais) 4.43% 5.19% 4.46% 5.37% 5.73%

Financiamento Privado 27.09% 28.47% 27.47% 27.44% 28.83%

Subsistemas Privados 1.72% 1.79% 1.88% 2.35% 2.24%

Seg. Voluntário de Saúde 1.44% 1.42% 1.82% 2.24% 2.47%

Pagamento Directo 23.19% 23.15% 23.15% 21.16% 23.56%

Financiamento misto do sistema de saúde português

Fonte: Comissão para a Sustentabilidade do Financiamento do SNS

A despesa directa em saúde por adulto, em Portugal, em 1980, 1990 e 2000

1980 1990 2000

Medicamentos 63,8% 49,1% 48,0%

Serv. méd., enf.,param. 25,1% 33,7% 35,7%

Ap. e mat. terapêutico 4,8% 9,8% 10,3%

Cuidados hospitalares 5,5% 6,4% 4,8%

Fonte: Comissão para a Sustentabilidade do Financiamento do SNS

Proporção de consultas privadas, em Portugal (2005)

Especialidade % consultas privadas • Cardiologia 54,2%• Dentistas 92,1%• Ginecologia 67,6%• Oftalmologia 66,9%• Ortopedia 45,5%• Pediatria 31,1%• Clínica Geral 17,1%

Fonte: Comissão para a Sustentabilidade do Financiamento do SNS

Despesas Totais na Saúde - % do PIB, em Portugal1970 1980 1990 2000 2005

• Irlanda 5,1 8,3 6,1 6,3 7,5• Finlandia 5,6 6,3 7,8 6,7 7,5• Luxemburgo 3,1 5,2 5,4 5,8 8,0*• Espanha 3,5 5,3 6,5 7,2 8,2• Reino Unido 4,5 5,6 6,0 7,3 8,3• Itália 7,7 7,9 8,9• Dinamarca 8,9 8,3 8,3 9,1• Países Baixos 7,2 7,7 7,9 9,2*• Suécia 6,8 9,0 8,3 8,4 9,1• Austria 5,2 7,5 7,0 9,4 10,2• Portugal 2,6 5,6 6,2 9,4 10,2• Bélgica 3,9 6,3 7,2 8,6 10,3• França 5,3 7,0 8,4 9,2 11,1• Grécia 6,1 6,6 7,4 9,9 10,1• Alemanha 6,2 8,7 8,5 10,4 10,7

Média: 4,8 7,0 7,2 8,2 8,9* 2004Fonte: OCDE, Health Data, 2007

Despesas Públicas na Saúde - % do PIB, em Portugal1970 1980 1990 2000 2005

• Irlanda 4,1 6,8 4,4 4,6 5,8• Finlandia 4,1 5,0 6,3 5,0 5,9• Países Baixos 5,0 5,2 5,0 5,7*• Grécia 2,6 3,7 4,0 5,2 4,3• Luxemburgo 2,8 4,8 5,0 5,2 7,3*• Espanha 2,3 4,2 5,1 5,2 5,9• Itália 6,1 5,8 6,8• Reino Unido 3,9 5,0 5,0 5,9 7,2• Bélgica 6,5 7,4• Austria 3,3 5,1 5,1 6,6 7,7• Dinamarca 7,9 6,9 6,8 7,7• Portugal 1,6 3,6 4,1 6,8 7,4• França 4,0 5,6 6,4 7,0 8,9• Suécia 5,9 8,3 7,5 7,1 7,7• Alemanha 4,5 6,8 6,5 8,2 8,2

Média 3,6 5,5 5,5 6,1 6,7

* 2004Fonte: OCDE, Health Data, 2007

Despesas Privadas na Saúde - % do PIB, em Portugal

1970 1980 1990 2000 2005• Luxemburgo 0,4 0,4 0,6 0,8*• Suécia 1,0 0,7 0,8 1,3 1,4• Reino Unido 0,6 0,6 1,0 1,4 1,1• Dinamarca 1,3 1,1 1,4 1,5 1,4• Finlandia 1,5 1,3 1,5 1,7 1,7• Irlanda 0,9 1,5 1,7 1,7 1,7• Espanha 1,2 1,1 1,4 2,0 2,4• Bélgica 2,1 2,8• Itália 1,6 2,1 2,0 2,1• França 1,3 1,4 2,0 2,2 2,2• Alemanha 1,7 1,8 2,0 2,2 2,5• Portugal 1,1 2,0 2,1 2,6 2,8• Austria 1,9 2,3 1,8 2,8 2,5• Países Baixos 2,2 2,5 2,9 3,5*• Grécia 3,5 2,9 3,4 4,7 5,8

Média 1,5 1,5 1,7 2,1 2,2

* 2004Fonte: OCDE, Health Data, 2007

As Políticas de Saúde em Portugal, 1974 - 2008

POLÍTICA 1

POLÍTICA 2

POLÍTICA3

POLÍTICA4

POLÍTICA5

POLÍTICA6

1974-1979 1980-1983 1985-1995  1995-2002 2002-2005 2005-

FASE OPTIMISTA E DE CRIAÇÃO DO SNS

RECUO DOSPRINCÍPIOSSOCIALIS-TAS

APROXIM. À IDEOLOGIA DEMERCADO

O RETOMAR DO SNS

 A PROCURA DA EFICIÊNCIA

 A EFICIÊNCIA E O SNS

-CONSTI--TUIÇÃO(Art.º 64)

- LEI DO SNS

-TENTATI-VA DE REVOGA-ÇÃO DA LEI DO SNS

- REVISÃOCONSTITU-CIONAL

- LEI DEBASES DASAÚDE

-ESTATUTODO SNS

-HOSPITAIS EMPRESA

-REMUNE-RAÇÃO DOS CLÍNICOS GERAIS

-AGÊNCIAS CONTRAT.

- HOSPI-TAIS SA -PARCE-RIAS PRIVADAS

-MEDICAM.

-REGULA-ÇÃO

HOSPITAIS EPE

CUIDADOS PRIMÁRIOS

CUIDADOS CONTINUA-DOS

Elevada afluência aos serviços de urgência hospitalar;

Longas listas de espera para intervenções cirúrgicas;

Dados contraditórios sobre satisfação dos consumidores e profissionais da saúde;

Crescimento significativo dos gastos com a saúde;

Dificuldade na redução da mortalidade devido aos acidentes rodoviários e doenças relacionadas com

estilos de vida.

No início do século XXI, o sistema de saúde em Portugal continuava a enfrentar

problemas, como:

Plano Nacional de Saúde (2004-2010)

Parcerias público-privadas (2002-)

Actualização do preço de taxas moderadoras (vários anos)

Encerramento de blocos de partos em hospitais (2006)

Criação de centros hospitalares (2003-)

Empresarialização de hospitais (2003 -)

Contratualização da actividade (2002-)

Reorganização de serviços de urgência (2006)

Genéricos e preços de referência nos medicamentos (2002)

Liberalização da venda medicamentos s/ receita médica (2005)

Reforma dos cuidados de saúde primários (2006-)

Revisão dos preços das convenções (2006-)

Rede de cuidados continuados integrados (2006-)

Principais medidas políticas na Saúde (2002-2008)

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