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1

INTRODUÇÃO A FILOSOFIA Aula 01

Professora Edna Ferraresi

O QUE É FILOSOFIA

PHILO:

AMIZADE / AMOR / DESEJO

SOPHIA:

SABEDORIA

A CORUJA E A FILOSOFIA

A coruja da Filosofia é a Coruja de Minerva. Minerva é uma deusa romana. A Coruja de Minerva tinha o poder de iluminar o lado obscuro da deusa,

capacitando-a a perceber toda a verdade e não apenas aquela parcela da verdade que podia discernir sem seu

auxílio. Em função disso a coruja ficou associada à deusa da Sabedoria cujo pescoço gira 360º, possuidora de

olhos luminosos que, como Zeus, enxergam “O todo”. Devido a todos esses atributos, a Coruja simboliza

também a Filosofia.

Pré-socráticos

Tales de MiletoAnaximandro Anaxímenes Pitagóras de Samos Heráclito de ÉfesoParmênides de Eléia Empédocles Demócrito de Abdera

625-558 A.C.610-547 A.C.585-528 A.C.580-497 A.C.540-470 A.C.530-460 A.C.490-435 A.C.460-370 A.C.

  Antropológico

Sócrates Platão

469-399 A.C.428-348 A.C.

  Sistemático Aristóteles 384-322 A.C.

Filosofia Grega - Pré Socrático

Epicurismo Epicuro 341-270 A.C..

Estoicismo Zenon de Cítio 333-262 A.C.

Neo-estoicismo L. A. Sêneca ?-65 D.C.

Neo-platonismo Plotino 205-270 D.C.

Filosofia Helênica

  Filosofia Cristã

Aurélio AgostinhoAverróis Tomás de Aquino

354-430 A.C.1126-1198 D.C.1225-1274 D.C..

Filosofia Cristã

Renascença

MaquiavelTomás More Giordano Bruno Johannes Kepler

1469-15271478-15351548-16001571-1630

Modernidade

René DescartesJohn LockeSir Isaac NewtonJ. J. RousseauDavid HumeImmanuel Kant Auguste Comte George W. F. Hegel Karl Marx John Stuart MillFriedrich Nietzche

1596-16501632-17041642-17271712-17781711-17761724-18081798-18571770-18311818-18831806-18731844-1900

Contemporânea

Edmund HusserlSigmund Freud Ludwig Wittgenstein Martin Heidegger Jürgen Habermas Jean-Paul Sartre Richard Rorty

1859-19381859-19391889-19511889-19761903 1905-19801931

Filosofia Contemporânea

MILETO – Cidade Antiga Século VI a.C

Foi uma cidade bastante ativa comercialmente, mantendo negócios tanto com o Oriente como com o Egito, onde estabeleceu um centro comercial no delta do Nilo. Uma

atividade econômica importante desenvolvida na cidade era a criação de ovelhas e Mileto produzia a melhor lã do mundo

grego.

Primeiro Filósofo: TALES DE MILETO

625-547 a.C Ideias: Astronomia,

matemática e cosmologia. Elementos: água é identificado em sua

doutrina como o princípio de todas as coisas

Anaximandro - ? – 647 a.C

Foi discípulo de Tales de Mileto e é um dos sábios gregos da Escola Jônica. Astronomia. Foi ele o primeiro a medir distâncias entre estrelas e a

calcular a sua magnitude! julgasse que a Terra tinha a forma dum cilindro.

Mas considerava que os peixes se tivessem formado no lodo, imigrado depois para terra firme,

dando os animais terrestres (que, de todas as maneiras, é um princípio da Teoria da Evolução

das Espécies).

Anaxímenes 546 a.CO ar era a origem

de tudo, Substância

composta da alma e do Universo.

Demócrito – 460-370 a. C. admitia a existência de um espaço vazio, ou vácuo, no qual se moviam partículas eternas, imutáveis – os átomos. Até essa época, todos

os outros filósofos havia concebido um universo totalmente preenchido pela matéria.

Segundo Pitágoras, o cosmo é regido por relações matemáticas. Da observação

dos astros suge do Universo. Evidências disso estariam no dia e noite, nas

estações e no movimento circular e perfeito das estrelas. O mundo poderia

ser chamado de cosmos, termo que contém as ideias de ordem, de

correspondência e de beleza. Nessa cosmovisão também concluíram que a

Terra é esférica, estrela entre as estrelas que se movem ao redor de um fogo

central. A maior descoberta de Pitágoras deu-se no domínio da geometria e se refere às relações entre os lados do triângulo retângulo. A descoberta foi enunciada no teorema de Pitágoras.

Pitágoras 572-510 a. C.

Protágoras – 490-421 a.C. Sofista de renome é autor da frase que caracteriza o pensamento

da Escola e do período. “ O homem é o princípio de todas as coisas”. Os sofistas

situavam-se No seio da vida política e econômica das cidades. Bom orador movia

multidões e ensinava as estratégias Sofistas.

Os sofistas se compunham de grupos de mestres que viajavam de cidade em cidade realizavam aparições

públicas para atrair estudantes, de quem cobravam taxas para oferecer-lhes educação. O foco central de seus

ensinamentos concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação. Os mestres sofistas alegavam que a “virtude” seria passível de ser ensinada.

Sócrates valorizou a descoberta do homem feita pelos sofistas, orientava-se para os valores universais, segundo a

via real do pensamento grego. Aprendeu a arte paterna, mas dedicou-se

inteiramente à meditação e ao ensino filosófico, sem recompensa alguma, não

obstante sua pobreza. Desempenhou alguns cargos políticos e foi sempre

modelo irrepreensível de bom cidadão. Combateu a Potidéia, cidade guerreira.

Formou a sua instrução sobretudo através da reflexão pessoal, na moldura da alta cultura ateniense da época, em

contato com o que de mais ilustre houve na cidade de Péricles.

Sócrates em 469 - 399 a.C., nasceu em Athenas, filho

de Sofrônico, escultor, e de

Fenáreta, parteira.

Autor de inúmeros diálogos.

Filósofo e matemático no período

clássico da Grécia Antiga.

Fundador da academia de

educação superior em Athenas.

Sua filosofia, ontológica e dualista,

pressupõe uma realidade além da

realidade mundana. Sua doutrina

do Estado revela o primeiro dos

comunismos possíveis.

Platão – 427 – 347 a.C.

Discípulo de Platão nasceu na Macedônia . Autor de obras sobre

metafísica, física, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica, a biologia e a

zoologia em forma de tratados. Foi preceptor de Alexandre o Grande.

Aristóteles é visto como um dos fundadores das ciências e da filosofia

ocidental. Em 343 a.C. torna-se tutor de Alexandre da Macedônia, na época com

13 anos de idade, que será o mais célebre conquistador do mundo antigo. Em 335

a.C.  Alexandre assume o trono e Aristóteles volta para Athenas, onde funda

o Liceu em 335 a. C.

Aristóteles – 384-322 a.C.

Zenão de Cítio foi um filósofo grego fundador do estoicismo grego,

doutrina helenística que colocava o homem em relação e em sintonia

com o cosmos. Com base nas ideias dos cínicos, o estoicismo enfatizou a bondade e a paz de

espírito , conquistadas através de uma vida plena e virtuosa, de

acordo com as leis da natureza. O estoicismo provou-se altamente

bem-sucedido, e floresceu como a filosofia predominante na era

romana.Zenão de Cítio – 334-262 a. C.

Epicuro de Samos - Foi um filósofo que deu início

a corrente filosófica denominada epicurismo . Prega

que o conhecimento se origina das sensações e

que a felicidade decorre do prazer (não o prazer

sexual), que pode conduzir ao bem estar máximo e

harmônico da alma. Foi um filósofo grego do período

helenístico. Seu pensamento foi muito difundido e

numerosos centros epicuristas se desenvolveram na

Jônia, no Egito a partir do Século I, em Roma onde

Lucrécio foi seu maior divulgador.

Epicuro de Samos – 341-271 a. C.

Plotino - Foi um filósofo

que deu origem ao

neoplatonismo, autor de

Enéadas que provoca fortes

influências no panorama da

filosofia da época, discípulo

de Amônio Sacas por onze

anos e mestre de Porfírio.

Plotino – 205-270 a. C.

Agostinho de Hipona – 354-430

d.C.

Uma das figuras mais importantes no

desenvolvimento do cristianismo no Ocidente.

Ele aprofundou o conceito de pecado original dos padres

anteriores e, quando o Império Romano do Ocidente começou a se desintegrar, desenvolveu

o conceito de Igreja como a cidade espiritual de Deus, distinta da cidade material do

homem.

Seu pensamento influenciou profundamente a visão do homem medieval. A Igreja se identificou com o conceito de "Cidade de

Deus" de Agostinho, e também a comunidade que era devota de Deus. Na Igreja Católica, e na Igreja Anglicana, é considerado um santo, e um importante Doutor da Igreja, e o patrono da ordem

religiosa agostinha. Muitos Protestantes, especialmente Calvinistas, o consideram como um dos pais teólogos da Reforma

Protestante ensinando a salvação e a Graça Divina. Na Igreja Ortodoxa Oriental ele é louvado, e seu dia festivo é celebrado em

15 de junho, apesar de uma minoria ser da opinião que ele é um herege, principalmente por causa de suas mensagens sobre o

que se tornou conhecido como a Cláusula Filioque . Entre os ortodoxos é chamado de "Agostinho Abençoado", ou "Santo

Agostinho o Abençoado".

Influências

Nasceu no castelo do pai Conde

Landulf de Aquino, localizado em

Roccasecca, no mesmo

Condado de Aquino no Reino da

Sicilia, atual Lácio. Por parte de

sua mãe, a condessa Teodora de

Theate, Tomás era ligado à

dinastia Hohenstaufen do Sacro

Império Romano Germânico.

Tomás nasceu em Aquino 1225 - 1274

Reconhecido como Doutor Angelicus da Filosofia Cristã que era obrigatório no Ocidente Medieval. Atravessou períodos de turbulência

na filosofia de Aristóteles pendia entre a heresia total e o fascínio dogmático. Sua

doutrina concilia dogmas cristãos com ideias aristotélicas, destacando-se seu grande

compêndio, A Summa Theológica

Santo Agostinho

1561-1626, foi um político, filósofo e ensaísta inglês,

é considerado como o fundador da ciência

Moderna com base no indutivismo, bem como

dotou a lógica da pesquisa de instrumentos mais

sólidos, sobretudo organizando o saber da

desconstrução.

Francis Bacon

René Descartes: 1569-1650

O pensamento cartesiano dota o método

científico de características inconfundíveis,

como instaura a dúvida como meio de persuasão

da Verdade. Obra Discurso do Método

Certeza está no cogito, ergo sum

“Penso, logo existo”

John Locke: 1632-1704

Filósofo inglês. Considerado um dos líderes da doutrina filosófica conhecida como

empirismo e um dos ideólogos do liberalismo e

do iluminismo.

Dois Tratados sobre o governo civil e Ensaio sobre o entendimento humano

Voltaire – 1694-1778

Sua obra apresenta a Modernidade contra a

hipocrisia , a obscuridade dos espíritos e a

intolerância religiosa. Sarcástico tece

seus textos que lhe causaram sérios problemas

Políticos foi exilado várias vezes.

Jean-Jacques Rousseau 1712-1778

Pensador de Genebra – obra “O Contrato Social” discute a

origem da sociedade, descreve o estado de natureza e polemiza

o estado cívico.

A pena de morte jamais é ato legítimo do Estado

contra o cidadão, pois este não aliena o Estado, ao aderir ao pacto social, o direito sobre sua vida

Immanuel Kant 1724-1704

O maior filósofo do século XVIII, fundou o criticismo filosófico, trouxe notáveis contribuições aos temas da

Lógica, da Ética, e da Metafísica

Dissertação sobre a forma e os princípios do mundo sensível e inteligível 1770; Crítica da Razão Pura 1781; Prolegômenos para toda metafísica futura que se apresente como ciência 1783; Fundamentação da Metafísica dos Costumes 1785; Fundamentos da metafísica da moral 1785; Primeiros princípios metafísicos da ciência natural 1786;

Crítica da Razão Prática 1788; Crítica do Julgamento 1790; A Religião dentro dos limites da mera razão 1793; A Paz Perpétua 1795; Doutrina do Direito 1796; A Metafísica da Moral 1797; Antropologia do ponto de vista pragmático 1798. Prolegómenos a Toda a Metafísica Futura;

Filosofia

O que marca o surgimento da Filosofia é seu caráter racional. Os homens passam de uma explicação mitológica do mundo para uma explicação racional. Ao perceberem as contradições e limitações dos mitos, eles reformulam e racionalizam as narrativas míticas, transformando-as em uma explicação inteiramente nova e diferente.

Mito e Filosofia

O mito falava em deuses, como Zeus, Perséfone e Gaia. Narrava a origem dos seres celestes e terrestres como

derivados das relações com os deuses.

A Filosofia fala em céu, mar e terra.

Ela explica o surgimento desses seres por composição,

combinação e separação dos quatro elementos: 1. úmido; 2. seco; 3. quente e frio; 4. ou água, terra, fogo

e ar.

Mito e Filosofia

O mito narrava a origem através de genealogias derivadas de forças divinas sobrenaturais e personalizadas.

A Filosofia, ao contrário, explica a produção natural das coisas por e l e m e n t o s e c a u s a s n a t u r a i s e impessoais.

Mito e Filosofia

O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não só porque esses eram traços próprios da narrativa mítica, como também

porque a confiança e a crença no mito vinham da autoridade religiosa do

narrador.

Mito e Filosofia

A Filosofia, ao contrário, não admite contradições, fabulação e coisas

incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente, lógica e racional;

Além disso, a autoridade da explicação não vem da pessoa do filósofo, mas da razão, que

é a mesma em todos os seres humanos.

Não é movido por interesses comerciais – não coloca o saber como propriedade sua,

como uma coisa para ser comprada e vendida no mercado;

Não é movido pelo desejo de competir – não faz das ideias e dos conhecimentos

uma habilidade para vencer competidores ou “atletas intelectuais”;

O FILÓSOFO

É movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as coisas,

as ações, a vida: pelo desejo de saber.

A verdade não pertence a ninguém, ela é o que buscamos e que está diante de

nós para ser contemplada e vista, se tivermos olhos (do espírito) para vê-la.

O FILÓSOFO

• ESPANTO

• ADMIRAÇÃO

• DESEJO NATURAL DE SABER

MOTIVOS

O QUE É ?

POR QUE É ?

COMO É ?

• O QUE É O TEMPO ? • O QUE É A REALIDADE ? • O QUE É LIBERDADE ? • O QUE É NORMALIDADE ? • O QUE É SER BOM ?

ATITUDE FILOSÓFICA

Tomar distância da vida cotidiana e de si mesmo; interrogar a si mesmo, desejando conhecer por que cremos no que cremos, por que sentimos o que sentimos e o que

são nossas crenças e nossos sentimentos.

ATITUDE FILOSÓFICA

Decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos

de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado

e compreendido.

ATITUDE CRÍTICA

DUVIDAR

Dizer não ao senso comum, aos pré-conceitos, aos pré-juízos, aos

fatos e às ideias da experiência cotidiana, ao que “todo mundo

diz”, ao estabelecido.

Interrogar sobre o que são as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os

comportamentos, os valores, nós mesmos. Questionar sobre o porquê disso tudo e de

nós e sobre como tudo isso é assim e não de outra maneira.

O que é? Por que é? Como é? Essas são as indagações fundamentais da atitude filosófica.

INTERROGAR

1º Se abandonarmos a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; 2º Se não nos deixarmos guiar pela submissão às ideias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; 3º Se buscarmos compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil;

Para que serve a Filosofia?

4º Se conhecermos o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências, na ética e na política for útil;

5º Se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil;

Para que serve a Filosofia?

Então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de

todos os saberes de que os seres humanos são

capazes.

ATIVIDADE FILOSÓFICA

• REFLEXÃO CRÍTICA RACIONAL

• RADICAL

• SISTEMÁTICA

CONVITE AO MERGULHO NA FILOSOFIA

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