informativo do colégio notarial do brasil - seção são paulo - ano … · coisas é saber de...
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Informativo do Colégio Notar ia l do Bras i l - seção São Paulo - Ano XI - N.º 126 junho - 2009
CNB-SP e Arpen-SP promovem evento conjunto deCertificação Digital na Capital 12 e 13Pags.
Vale do Ribeira recebe a 4ª edição docurso sobre Lei 11.441/07 38 a 41Pags.
Abertas as inscrições para o XIV CongressoNotarial Brasileiro 44P a g .
Evento reuniu cerca de 200 pessoas na cidade de Indaiatuba e debateuos principais assuntos relacionados ao futuro da atividade notarial
Colégio Notarial do Brasil - Seção São Paulo
XIV Simpósio de Direito Notarial
Desburocratização a serviço do cidadão
marca a história do Tabelionato paulista
COBERTURA ESPECIALPags. 16 a 31
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O Jornal do Notário é um informativo mensal do ColégioNotarial do Brasil - seção de São Paulo - dirigido aos profissio-nais dos serviços notariais e registrais do País, juízes, advoga-dos e demais operadores do Direito.
Rua Bela Cintra, 746 - 11º andar - CEP 01415-000 São Paulo - SP.Fones: 11 3122-6277. Site:www.cnbsp.org.br
* Permitida a reprodução das matérias, desde que seja citada a fonte
Presidente: Ubiratan Pereira Guimarães
Jornalista responsável: Alexandre Lacerda Nascimento
Reportagens: Alexandre Lacerda Nascimento ePatrícia Lopes Ewald
Projeto Gráfico: Mariana Goron Tasca
Editoração/Produção: Demetrius Brasil
Gráfica: JS Gráfica Editora e Encadernadora Ltda.
Expediente
A atividade notarial frenteaos desafios da sociedademodernaDiscurso proferido na abertura do XIV Simpósio de DireitoNotarial em 19/06/2009, na cidade de Indaiatuba-SP.
“É que a essegênero de
hostilidade àindependência
jurídica donotário, outroataque a ela seadiciona, por
meio da afrontaà independência
econômica”
Já não se dera que muito bem esteja a escolhadesta bela cidade de Indaiatuba, por seu porte edignidade, para receber, tão nobremente, o XIV Simpósiode Direito Notarial, calharia dizer que, para meu gosto,há um requinte adicional nessa eleição hospitaleira. Éque me lembra, com saudade, ter sido aqui, substituindopor algum tempo o Juiz da Comarca, ohoje Desembargador Benedito SilvérioRibeiro, que julguei —eram meados de1980— meus primeiros casos de direitonotarial e registrário. Tenho voltadoalgumas vezes, é verdade, a este soloprivilegiado, mas somente até asfronteiras de Helvetia, onde vivem meugrande amigo, o DesembargadorFrancisco Rossi, e sua amabilíssima Silvia.
Hoje, porém, honra-me a doutaclasse dos notários brasileiros comincumbir-me alistar uma dúzia depalavrinhas —de todo acanhadas, comoseria mesmo de esperar, provindo dequem provêem—, umas palavrinhas, diziaeu, sobre a figura e os desafios do notáriono entorno da pós-modernidade.
A tão honorável convite, sou forçado em convir,deveria eu prontamente responder-lhes: non possumus.Estaria bem melhor, de fato, restringir-me apenas a umofício muito formal, em que me reservaria uma referênciaa meu saudosismo, à memória de minhas primeiras letras
jurídicas e à minha contínua insatisfação intelectual.Ponto e basta. Seria mais simples, mais discreto, maisprudente. Pôr-se-ia, desse modo, claramente à mostra,o excessivo da honra do convite que me dirigiram, eremataria eu o ofício com uma frase de Castro Nery, aacusar que “o homem contemporâneo perdeu a
capacidade dos grandes entusiasmos…”.1
Mas, quando preparava o borrão desseofício, deu-me de pensar nessa frase deCastro Nery, e essa frase alimentou-meo ânimo e me fez decidir em contrário:eu falaria, sim, na reunião dos notáriosda minha Terra, sem desconhecer que,sendo eu tão canhestro, pouco ou nadapassasse da pretensão de ensinar o Padre-nosso aos vigários. E por que falar-lhes?Porque, já nos lindes avançados do meumeridiano, se uma coisa não perdi foiexatamente a capacidade dos grandesentusiasmos, capacidade essa que, embom rigor, é uma espécie de otimismonatural dos que confiam em Deus. Vim,pois, somente dizer-lhes, ao fim e em
breve, que sendo os notários guardiães do direito, seuexcelso dever de estado não lhes permite agonizaresperanças e evadir dos imensos desafios de sua vocação.Porque, em definitivo, é disto que se trata: não apenasde uma profissão, não apenas de um ofício, não apenasde um saber, mas de uma grande vocação notarial que,
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contratopúblico, se não
impede aassistênciasocial na
prestação, exigea agregação
pecuniária comque o Estado
responda pelasgratuidades que
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certa vez, começou no Paraíso e, bem por isso, há denutrir-se sempre de grandes entusiasmos.
Inicio por afirmar solenemente que o notário é umproprium2 da sociedade humana. Quer dizer, o notáriohabita na radical natureza política dos homens. Issofacilmente pode já induzir-se dos signos históricos ereligiosos que, antepassados de todos osnotários, os escribas egípcios gravaramem magníficas pirâmides, e insinuarmesmo que se retroceda a tempos pré-históricos, em que os vestígiosmonumentais das cavernas sugerempassar da só expressão artística à idéiade comunicação e, com ela, à dedocumento. Neste ponto, a dar-se créditoàquela conhecida sentença de RafaelNúñez Lagos, de que, ao princípio, era odocumento,3 forçoso é pensar que, danaturalidade do documento, haja deseguir a lógica e naturalíssima presençade seu redator.
Dir-me-ão que o escriba do Egito, omnemon grego, os tabeliones, tabularii,emanuenses, numerarii, consiliarii ecognitores do Império romano4 ainda nãoprovam a universal existência políticado notário —ao menos do notário com asfeições com que ele hoje se revela.Aceito isso, não sei embora se de bomgrado, aceito que se substituam ospapiros e os palimpsestos dos antecessores, ou o meio-fraque, as luvas e a bengala do notário do século XIX,pelo teclado convencional de um desses computadoreshipermodernos, desde que, em troca, me concedam odireito, parodiando a consagrada lição de Aristóteles,5
de afirmar que, fraques e luvas à parte, “o homem é,por natureza, um animal documentário”. Isto é dizer,que o homem documenta, o homem documenta-se, ohomem não vive sem o documento, não pode nem jamaispôde viver sem alguma forma de representação signa dosfatos e de publicidade de uma larga faixa de seus atos
de saber e de seus atos políticos: não seexplicaria a inteligência humana, enfim,sem a linguagem, nem a politicidade doshomens, sem a comunicação das idéiase sua tendência a conservar-se: atradição nos civilizou. E se sempre oshomens exigiram os documentos; e osdocumentos, redatores; os redatores, foia tradição que os fez notários.
De fato, antes mesmo de que a Adãose associasse uma companhia humana,Deus se revelou o primeiro de todos osnotários. Está escrito no Gênesis, comefeito, que o Criador convocou Adão epropiciou-lhe dar nome a cada um dosanimais, e o nome que Adão atribuiu foio nome que Deus recolheu por verdadeironome dos animais. Essa linguagemnatural, autenticada pelo Criador, foi amesma linguagem que, sulcada dasvicissitudes do primeiro pecado, se foiaos poucos pervertendo e que nunca sepôde recuperar, agravando-se até suamoléstia em paralelo com a história dasoberba dos homens, de modo que,
sobretudo após a frustrada construção da torre de Babel,foi preciso não apenas um redator ingênuo que gravassesinais para suprir as necessidades elementares dasociedade humana, mas, um redator que, além de dominar
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a forma das palavras —seu nomen—, conhecesse um poucodo mistério de seu real significado: seu numen. Assim éque o domínio do nomen é requisito indispensável para ainvenção do numen: saber verdadeiramente o nome dascoisas é saber de algum modo o encanto das coisas.6
Um só exemplo basta para fazer justiça histórica aonomen que esconde o encanto das coisas: entre osromanos, a designação da urbs era um grandioso segredo,velado sob a alusão exotérica ao nome “Roma”, porqueo verdadeiro nome da cidade, assim se pensava ali, punhaà mostra a vinculação tutorial da civitas à deusa Angerona,uma deusa mitológica figurada por uma mulher, com osdedos sobre a boca, indicando silêncio ritual. Dominar onomen urbs, o nome da cidade, permitia o culto dadeusa protetora e, pois, a liturgia da invocação tutelarde Angerona. E foi assim que a um certo Valerius Soranusse teria infligido pena de morte por ter ele proclamado,em alta voz, o nomen secreto de Roma, dando-se o casode que os inimigos da civitas romana pudessem, tambémeles, conhecendo o encanto mistérico da cidade, cultuare invocar uma deusa insciente que, bem se avista, nãoera capaz de distinguir entre amigos e inimigos.7
Mas, perdida que foi a linguagem natural dos homens,ao redator dos documentos humanos atribuiu-se a tarefade reunir sinais que consagrassem a ars dictandi, reduzindoa textos, na escolha e na preterição de umas e outrasletras, a fluência ininterrupta do dictum dos homens.Tarefa técnica já de si relevante, e que prenunciava aalçada medieval de um artista que, por então, conjugavao nomen e o numen das coisas, o dictum e o actum doshomens, combinação grandiosa —que não por menos haviade, em sua integridade, emergir na Baixa Idade Média,período apoteótico da história humana. O novo escribado direito medievo é o artista da arte agora notarial:influído da obra dos glosadores italianos, dos legistasfranceses e dos canonistas, esse scriba medieval é uminquisidor e custódio do numen das coisas, que mais nãose limita à técnica de escrever; senão que sua arte éprática: o redator do documento medieval, conciliandoa ars dictandi e a ars notariae, foi já o artista que,vocacionado à res iusta, recrutava, fiel, a vontade dosparticulares e determinava-lhes o direito negocial. E essaarte —em que se reconheceu a função primordial dajurisprudência cautelar e a que se agregou o poder deautenticação com fides publica—, essa arte sobreviveu,e era ontem e é hoje o mais seguro dos modos práticoscomo os homens tratam de documentar os direitos quedeterminam, buscando, pela forma e confiados no sabernotarial, exercitar sua liberdade jurídica, de maneirajusta e segura: o antigo scriptor converteu-se em notariuspublicus. Já não era um redator privado; graduara-sepublicae persona.8
Deve-se ao gênio de Francesco Carnelutti, íamosentão pela metade do século XX, a precisa observação
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de que o notário —documentador de declarações,intérprete do actum alheio, custódio do direito—, na suafunção preventiva, não é apenas um consultor jurídico,mas, designadamente, um consultor moral.9 Nãosurpreende, pois, que, onde, na história dos povos, falteo reto exercício do notariado, se ponha também emfalta a presença costumeira da moral pública: “quantomais conselho do notário, quanto mais consciência donotário, quanto mais cultura do notário —disseCarnelutti—, tanto menos possibilidade de litis”, ou, embreves palavras: “quanto mais notário, tanto menos juiz”.Ambos julgam, o notário e o juiz, mas, são aindareferências do grande jurista italiano, “o juiz julga napresença de um inconveniente verificado; o notário, paraque o inconveniente não surja”.10 Bem se avista, naconcepção carneluttiana, que a grandeza moral dascivilizações —o traço primeiro e mais digno de suahistória— deva marchar em paralelo com a grandezamoral do notariado. Se as sociedades se enfermam, se,inóspitas, se animam aos conflitos e se tornam aclimadasàs injustiças, é porque os homens, decerto, estão alheiosdo influxo da reta consciência notarial, seja que amenosprezem, seja que falhem os notários à nobreza desua vocação.
Não se está aqui a trasladar à conta do notário osvícios da insegurança jurídica, da freqüência dasdemandas —incessantes—, a falta fundamental deconcórdia; mas, isto é certo, houvesse mais ocasião parao cavere notarial, menos litígios haveria, porque,temperados e conciliados os espíritos, buscariam eles ojusto sem abdicar da fraternidade.
Tão claro por aí se vê que Deus não se fez o primeironotário sem, com isso, impor à legião notarial aresponsabilidade e os deveres próprios de guardiães daeqüidade e de custódios da paz jurídica entre os homens.Afonso Botelho, certa feita, em páginaadmirável,11queixava-se da excessiva humanização das
religiões cristãs: e vem ao caso, de fato, que, se algumnotário, desavisado de sua ascendência vocacional, seesquecer de que o Deus de Adão e Eva —o Deus que criouos notários e os ordenou— é alfa e o ômega da milícianotarial, o excesso de humanização da consciência dosnotários leva a desordená-la de seus fins, indignando-seda função pública que detêm: a consciência e a funçãonotariais são, antes de tudo, consciência e função morais.
Não depende o notário, contudo, apenas de si própriopara responder por sua nobre vocação, porque há vezesque lhe cortam o passo, agridem-lhe os meios, leisaparentes emergem a afligir a natureza das coisas, e onotário, resistente, firme, na consciência de seus deveres,tem então de sofrer a solidão da verdade, paciente, naespera de que amanhã a ordem se reinstaure. Ataquesespeculativos, alguns; outros, fáticos; todos, ao fim, emdetrimento do reto exercício da autonomia jurídica davontade.
Federico de Castro y Bravo, com os olhos postos nasociedade do século XX —centúria que o nosso GustavoCorção designou de o “século do nada”—, acusava osimplismo oriundo do espartilho positivista, positivismoocupado de redigir e imperar formulários, como fruto deuma concepção more geometrica do direito, em que, aolado da tipificação rígida dos negócios, pouco ou nadase concedia à preocupação de seus fins morais, moralque os positivistas atiravam, com a arrogância dosdéspotas, ao por eles exilado reino da metafísica. Nessemundo formulário, não conta a eqüidade: à real igualdadedas partes, sucede apenas o igualitarismo aritmético; àscircunstâncias do caso, o abstracionismo das idéias; àliberdade, o modelo prêt-à-porter de contratar; à coisajusta, o ditame do poder de turno, hoje um, outroamanhã.
Ainda agora, no quadro de uma sociedade recorrenteda modernidade, em que se reencontram, espessos,avultados, os mesmos traços que Werner Sombart tão
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público, e suaexecuçãoacarretadispêndio
financeiro, deoutro lado, suarentabilidadenão apenas é o
benefício tensivoque, à raiz deum concursopúblico, jáconvocou ointeresse dodelegatário,senão que,também e
essencialmente,é a garantia de
suaindependência
jurídica”
lucidamente recolhera na sociedade burguesa —a saber,os ilusórios valores que são recrutados da alma infantil:o da grandeza corporal sensível, o da rapidez domovimento, o da novidade e o do sentimento de poder—,12 valores esses que se congregam numa espécie de fésecular que escraviza ao palpável,13 ao novo, ao rápido eao poder alheio, o notário é ainda o custódio da liberdadejurídica dos particulares, cuja autonomia se incumbe deorientar à justiça e à segurança. Põe-se ele, consultorjurídico e moral, a ver além da robustaaparência dos fenômenos, reconhecendoa substância que se preserva no fluxovertiginoso das mudanças, distinguindodas más as boas novidades, supeditandoo poder ao direito e ao amor.
Tantos e tamanhos obstáculosteóricos erguidos à frente da atividadenotarial recebem ainda o concurso deoutros entraves, já não especulativos,mas factuais, como o da perda daclaridade e simplicidade das leis, suaincoerência, sua ambigüidade, ainflação normativa, e se tudo isso jánão conspirara bastante, o notário temainda, não rara vez, de enfrentar anegação implícita de sua independênciajurídica —independência sem a qual évã a idéia de uma atividade notarial.Não se trata apenas da pouco (ou acasonada) ingênua idéia de umaadministrativização do notariado, comque se converta o notário de juristaparticular, incumbido embora de funçãopública, em um desolado funcionáriopúblico. É que a esse gênero dehostilidade à independência jurídica donotário, outro ataque a ela se adiciona,por meio da afronta à independênciaeconômica.
A regência da função públicanotarial —posto aqui em relevo opredicado de sua publicidade— ancora-se, à raiz, em um contrato público, noqual se alça a primazia do interesse doPoder político. Mas a preeminência dointeresse público não exclui a base negocial que, cerce,gestou esse contrato de delegação do serviço notarial.Multíplices interesses visitam a delegação solenizadaentre o Poder público e os diversos delegatários,avistando-se, então, complicada tecedura de vários etensivos fatores que freqüentam a vida dos contratospúblicos, circunstâncias não raro voláteis e quejustificam o ius variandi de que, nesses contratos, étitular o Poder Público.
Todavia, se o princípio da modificabilidade doscontratos públicos pode, validamente, influir na reduçãodo campo da exceptio non adimpleti contractus e abalara proeminência do critério pacta sunt servanda, não porisso as modificações contratuais se alheiam dos limitesda razoabilidade —da exigência de fins objetivos paraautorizar a mudança do ajuste—, de sorte quemodificação unilateral alguma dos contratos públicosautoriza o ataque à essência desses pactos. É preciso
considerar, neste ponto, a circunstânciade que, fato não de todo incomum,muitas das modificações estatais doscontratos públicos turbam a relaçãoinaugural de equivalência das prestaçõesajustadas com o particular, vale dizer,enfrentam, sobremodo, o equilíbrioeconômico e a equação financeira doscontratos. Se, pois, a mutabilidade dospactos responde à predileção constantedo interesse público, designadamente ointeresse primário, a novação do ajusteapenas se permite quando se preserve aessência objetiva do contrato, semvulnerar a equação econômico-financeirada base contratual, ofensa essa que, umavez imposta, propicia aos particulares avia rescisória ou, quando menos,pretensão indenitária dos prejuízos. Éque, de não entender dessa maneira, sefranquearia ao Poder Público umenriquecimento sem causa, para nãodizer ilícito: “o contrato administrativo—diz Hely Lopes Meirelles—, como, deresto, qualquer contrato, deve serexecutado fielmente, exercendo cadaparte seus direitos e cumprindo suasobrigações. Na execução do contratoadministrativo a Administração nivela-seao particular, de modo que a cadaobrigação deste corresponde um direitodaquela e vice-versa, segundo ascláusulas contratuais e as normaspertinentes”.14 Daí que o fato do príncipe—ato geral do Poder Público querepercuta no equilíbrio do contrato—, ou
o fato da administração, influente directe no ajuste, namedida em que impliquem mudança na equaçãoeconômica e financeira do contrato público, violam odireito de preservação do equilíbrio contratual e trazemcom os mesmos fatos a obrigação, quando o caso, dereajuste de preços originários, ou de ressarcimento dosdanos suportados pelo particular contratante. Não é quese pense inibir, portanto, à luz da relativa tangibilidadedas prestações, altere o Estado o contrato público, mas
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Dr. Ricardo Henry Marques DipDESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (TJ-SP)DISCURSO PROFERIDO NA ABERTURA DO XIV SIMPÓSIO DE DIREITO NOTARIAL EM
19/06/2009, NA CIDADE DE INDAIATUBA-SP
NOTAS
1 - CITO CÓPIA DE TEXTO DATILOGRAFADO —”MEDITAÇÃO SOBRE O CRISTOEXISTENCIAL”, SERMÃO PROFERIDO POR MONSENHOR JOSÉ DE CASTRO NERY, NACATEDRAL PROVISÓRIA DE SANTA IFIGÊNIA, NA SEXTA-FEIRA SANTA DE 11 DE ABRILDE 1952. A CÓPIA ME FOI OFERECIDA POR MEU AMIGO, O GRANDE POETA PAULISTAPAULO BONFIM.2 - HAVERÁ QUE ME OBJETEM ALGUM EXCESSO EM DEFINIR O NOTÁRIO COMO UMPROPRIUM. MAS INSISTO NA AFIRMAÇÃO: ELA SE AJUSTA, A MEU VER, À IDÉIA DE UMPREDICÁVEL QUE CONVÉM OMNI, SOLI, SED NON SEMPER À SOCIEDADE POLÍTICA (ATODA ELA, SÓ A ELA, MAS NÃO SEMPRE, NO PLANO HISTÓRICO). E ESSAS NOTASCORRESPONDEM A UM DOS SENTIDOS LÓGICOS POSSÍVEIS DO PROPRIUM. DE TODA ASORTE, NA DEFINIÇÃO DO TEXTO, A REFERÊNCIA AO NOTÁRIO PODE ESTIMAR-SEFIGURADA, AO MODO DE UMA SINÉDOQUE, COMO RESULTARÁ CLARO, NA SEQÜÊNCIA DODISCURSO, AO FALAR-SE NOS “ANTEPASSADOS DE TODOS OS NOTÁRIOS” E NO ROL DEALGUNS DE SEUS ANTECESSORES. TOMANDO-SE A ESPÉCIE (NOTÁRIO) PELO GÊNERO(ESCRIBA), É AGORA PLENAMENTE POSSÍVEL DIZER QUE A PRESENÇA POLÍTICA DO REDATORÉ NOTA QUE CONVÉM OMNI, SOLI ET SEMPER A TODA SOCIEDADE HUMANA.3 - RAFAEL NÚÑEZ LAGOS, HECHOS Y DERECHOS EN EL DOCUMENTO PÚBLICO4 - EDUARDO BAUTISTA PONDÉ ORÍGEN E HISTORIA DEL NOTARIADO,ED. DEPALMA, BUENOS AIRES, 1967, P. 21 ET SQQ.5 - “…É EVIDENTE QUE A CIDADE É UMA DAS COISAS NATURAIS, E QUE O HOMEMÉ, POR NATUREZA, UM ANIMAL POLÍTICO, E QUE O ASSOCIAL POR NATUREZA ENÃO POR AZAR É UM SER INFERIR OU UM SER SUPERIOR AO HOMEM” (ARISTÓTELES,POLÍTICA, BKK. 1253 A; O DESTAQUE GRÁFICO NÃO É DO ORIGINAL).6 - NÃO ERA DIVERSA A LIÇÃO DE S.ISIDORO, NAS ETIMOLOGIAS: “DIZ-SENOMEN, QUE VER O MESMO QUE NOTAMEN, PORQUE COM SUA INDICAÇÃO NOMINALNOS PERMITE CONHECER AS COISAS” (I, 5-7).7 - ALFREDO DI PIETRO, VERBUM IURIS, ED. ABELEDO-PERROT, BUENOSAIRES, 1968, P. 29-30.8 - JUAN VALLET DE GOYTISOLO EL TROQUEL LATINO DEL NOTARIO,FÓRUM DO CONGRESSO DE BOLONHA, OUTUBRO DE 1984.9 - FRANCESCO CARNELUTTI, “LA FIGURA JURÍDICA DEL NOTARIO”, APUDJUAN VALLET DE GOYTISOLO, METODOLOGÍA DE LA DETERMINACIÓN DELDERECHO, ED. CENTRO DE ESTUDIOS RAMÓN ARECES S.A. E CONSEJOGENERAL DEL NOTARIADO, MADRI, 1996, TOMO II, P. 1099.10 - ID., P. 1099-20.12 - WERNER SOMBART, LE BOURGEOIS –CONTRIBUTION À L’HISTOIREMORALE ET INTELLECTUELLE DE L’HOMME ÉCONOMIQUE MODERNE, TRADUÇÃOFRANCESA DE S. JANKÉLÉVITCH, ED. PAYOT, PARIS, 1926, P. 10 ET SQQ.13 - NICOLAS BERDIAEFF, DE L’ESPRIT BOURGEOIS, TRADUÇÃO FRANCESADE ELISABETH BELLENÇON, ED. DELACHAUX ET NIESTLÉ, NEUCHATEL-PARIS,1949, P. 41.14 - HELY LOPES MEIRELLES, DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO,ED. REVISTA DOS TRIBUNAIS, SÃO PAULO, 2005, 30ª ED., P. 225.15 - AFONSO BOTELHO, DA SAUDADE AO SAUDOSISMO, ED. INSTITUTODE CULTURA E LÍNGUA PORTUGUESA, MAIA, 1990, P. 49.
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oral”que toda mudança salvaguarde a equação econômico-
financeira inaugural desse contrato. Na hora presente, vem de molde considerar que, no
Brasil, o Poder Público, sublinhando o escopo de maiseficiência e de maior eficácia na prestação do serviçoextrajudicial, tem estabelecido sucessivas normas de fomentode acessibilidade, ao par de, incluso por decisões pretorianas,estender e intensificar a gratuidade na execução delegada.Não se discute possa o Estado, por meio de suas leis, atrairmais largo número de utentes do serviço notarial e registrário,nem se negará que o benefício da prestação gratuita —engastado na órbita da assistência social— seja matériacôngrua com os fins estatais. Mas, até aqui, a clivagemdesses objetivos de eficiência e eficácia faz-se pela trilhaexclusiva do equilíbrio social dos contratos públicos. Essaequação social, contudo, não é a única que interessa aosajustes delegatários de gestão de serviço público, porquesua base negocial se integra, essencialmente, do atributo derentabilidade; se, de um lado, o serviço é público, e suaexecução acarreta dispêndio financeiro, de outro lado, suarentabilidade não apenas é o benefício tensivo que, à raizde um concurso público, já convocou o interesse dodelegatário, senão que, também e essencialmente, é agarantia de sua independência jurídica: “O temor e asegurança residem no coração e não podem coexistir —disseAfonso Botelho—, por isso o que teme não está seguro”.15
Assim, a intangibilidade do equilíbrio econômico do contratopúblico, se não impede a assistência social na prestação,exige a agregação pecuniária com que o Estado respondapelas gratuidades que conceda, até o limite em que seapure o fiel da balança ou equador dos interessescontrapostos, porque isso é respeito ao contrato, isso érespeito à liberdade, isso é respeito ao nomen e ao numen,isso é respeito a uma tradição que começou no Paraíso.
(Indaiatuba, 19 de junho de 2009).
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|opinião|
IRPF – Livro CaixaA dedução das despesas pagas para a participação do Notárionos eventos real izados pelas ent idades de Classe,especialmente o Colégio Notarial do Brasil - CNB
Está se aproximando o XVI Congresso NotarialBrasileiro, que desta vez será realizado no Estado dePernambuco (Porto de Galinhas), no próximo mês deagosto (de 19 a 21) e já são recorrentes as dúvidas sobrea dedutibilidade, em Livro Caixa, das despesas pagaspelos congressistas para participação no evento. Afinal,as despesas com inscrição e comparecimento, transporte,hospedagem, alimentação, entre outras, podem, ou não,servir ao efeito de reduzir a base de cálculo do IRPF?
Aos Notários do Estado de São Paulo, que têmparticipado, neste ano, de frequentes reuniões regionaisorganizadas pela seção paulista do CNB, e acabam delotar o auditório do XIV Simpósio de Direito Notarial,realizado de 19 a 21 de junho, o tema destedespretensioso comentário também interessa.
Sabemos que o artigo 75, inciso III, do Regulamentodo Imposto de Renda –RIR/99, aprovado pelo Decreto nº3.000/99, autoriza a dedução da base de cálculo doIRPF de notários e registradores das despesas de custeiopagas, desde que necessárias à percepção da receita.
Com efeito, as despesas devem passar pela prova danecessidade, de tal modo que, vale questionar se o quese busca nos encontros realizados pelas entidades declasse dos Notários é mesmo necessário à percepção deseus rendimentos ou trata-se apenas de viagem de turismoe mera confraternização.
Apreciando a pauta do evento, conclui-se, sem amenor dúvida, que o conteúdo programático éessencialmente cientifico, visando, portanto, aoaperfeiçoamento profissional.
São enfrentadas questões técnicas relacionadas comos atos do oficio dos participantes e com a administraçãoda Unidade de Notas a cargo do Tabelião e nesta ordemde valores, não cabe outra conclusão senão a que as
despesas pagas para participação nesses eventospreenchem os requisitos impostos pela legislação. Noutrodizer, são tais dispêndios dedutíveis em Livro Caixa, paraos fins de determinação da base de calculo do IRPF(Carnê-Leão).
Consideradas dedutíveis sob o critério da natureza,ou seja, já que possível o seu enquadramento na hipótesedescrita pela norma positiva, adotemos a etapa seguinteda análise: tratemos da comprovação.
Prescreve o § 2º do art. 76 do RIR/99, que odocumento comprobatório deve ser hábil e idôneo, detal sorte que, apenas os documentos oficiais emitidospelo prestador dos serviços, ou pelo fornecedor de bens(alimentos, livros) se prestam a comprovação fiscal dospagamentos efetuados.
Antigo parecer normativo do órgão fazendário, quecorrobora o entendimento aqui lançado, foi referido na questãonúmero 404 do trabalho intitulado Perguntas e Respostas -IRPF 2009, disponível em www.receita.fazenda.gov.br, cujaintegra vale aqui ser reproduzida
Perguntas e Respostas IRPF 2009CONGRESSOS E SEMINARIOS
404 - Gastos relativos a participação em congressos eseminários por profissional autônomo são dedutíveis?
Sim. As despesas efetuadas para comparecimento aencontros científicos, como congressos, seminários etc.,se necessárias ao desempenho da função desenvolvidapelo contribuinte, observada, ainda, a sua especializaçãoprofissional, podem ser deduzidas, tais como os valoresrelativos a taxas de inscrição e comparecimento,aquisição de impressos e livros, material de estudo etrabalho, hospedagem, transporte, desde que essesdispêndios sejam escriturados em livro Caixa,comprovados por documentação hábil e idônea e nãosejam reembolsados ou ressarcidos. O contribuinte deveguardar o certificado de comparecimento dado pelosorganizadores desses encontros (PN Cosit nº 60, de 1978)
Ressalta-se, por importante e derradeiro, que areferida autorização não se aplica às despesas relativas aacompanhantes.“C
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Antonio Herance FilhoADVOGADO, ESPECIALISTA EM DIREITO TRIBUTÁRIO PELA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DE SÃO PAULO, EM DIREITO CONSTITUCIONAL E DE CONTRATOS PELO CENTRO DE EXTENSÃO
UNIVERSITÁRIA DE SÃO PAULO E EM DIREITO REGISTRAL IMOBILIÁRIO PELA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE MINAS GERAIS. PROFESSOR DE DIREITO TRIBUTÁRIO EM CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO,INCLUSIVE DA PUC MINAS VIRTUAL, AUTOR DE VÁRIOS ARTIGOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS
DESTINADOS A NOTÁRIOS E REGISTRADORES. É DIRETOR DO GRUPO SERAC E CO-EDITOR DO INR -INFORMATIVO NOTARIAL E REGISTRAL - HERANCE@GRUPOSERAC.COM.BR
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|doce vernáculo|
S.O.S Português nº 73
1) Maria foi “recém empossada” no cargo da empresa.Maria, parabéns pela posse, mas sem congratulaçõespara a expressão acima!!!
Prezado amigo leitor, nesta fase de mudançaortográfica, muitos hesitam em usar o hífen.
É necessário que se diga que nem tudo mudaquando o assunto é sobre o hífen.
Os prefixos oxítonos (quando a sílaba tônica-forte- é a última da direita) terminados em “em”,graficamente acentuados, sempre são “presos” porhífen ao termo subseqüente.
Exemplos corretos: além-fronteira, aquém-mar, recém-nascido, recém-inaugurado...
Note, amigo leitor, que o hífen nesses casosindepende da letra inicial do segundo termo. Eleocorre em qualquer situação.
Essa regra não sofreu alteração com o NovoAcordo Ortográfico.
A expressão do exemplo corrigida:Maria foi recém-empossada no cargo da empresa.
(recém é o prefixo)
2) Segundo Pedro,”co-autor” do livro,disse que o fatodemonstra ...
Escrito dessa forma, Pedro não conseguirádemonstrar nenhum fato...
Prezado amigo leitor com o Novo AcordoOrtográfico o prefixo "co-" passou a aglutinar-se aquaisquer palavras.
Ocorre, entretanto, que a ABL (AcademiaBrasileira de Letras), ao confeccionar a última ediçãodo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, fezalguns ajustes ao texto oficial do Acordo, acomodandodivergências de interpretação de um e outro ponto.“Agrafia "co-herdeiro", por exemplo, foi substituída pelaforma "coerdeiro" (prefixo aglutinado e supressão daletra "h"). Seguiu-se o modelo da palavra "coabitar",provavelmente considerando o fato de que os prefixosmonossilábicos (uma sílaba) e átonos (“fracos”) em
Renata Carone SborgiaGRADUADA EM DIREITO E LETRAS – MESTRA
USP/RP – PÓS-GRADUADA PELA FGV/RJ –ESPECIALISTA EM LÍNGUA PORTUGUESA – ESPECIALISTA
EM DIREITO PÚBLICO – MEMBRO IMORTAL DA ACADEMIA
RIBEIRÃOPRETANA DE EDUCAÇÃO (ARE) – MBA EM
DIREITO E GESTÃO EDUCACIONAL – AUTORA DE LIVROS
geral se aglutinam ao termo subseqüente. É o queocorre com "re-", "pre-" e "pro-" e agora com "co-".“Ficamos com grafias corretas como "coautor","cogestor", "coprodução", "coprodutor", "copiloto","corresponsável", "cosseno", "coerdar", "coabitar" etc.“
3) A “lingüiça” não poderia faltar naquela feijoadade domingo!!!
Geralmente os domingos são tão afáveis desdeque a linguiça esteja escrita de forma correta!!!
Motivos???Família reunida, sogra com nora, genro com
sogro, cunhada com cunhada!!!E para completar o belo dia :a feijoada com
linguiça e agora sem trema, por favor!!!Lembrando a regra do Novo Acordo Ortográfico: otrema “morreu”, exceto em nomes próprios ederivados.
P.S.: Prezado amigo leitor não se esqueça quea pronúncia é a mesma, a mudança é na escrita, poristo: NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.
PARA VOCÊ PENSAR:"Partir! “Nunca voltarei,Nunca voltarei porque nunca se volta. “O lugar a quese volta é sempre outro, “A gare a que se volta éoutra. “Já não está a mesma gente, nem a mesmaluz, nem a mesma filosofia.Partir! Meu Deus, partir! Tenho medo de partir!..."
Álvaro de Campos, in "Marinetti Acadêmico
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B-SP CNB e Arpen lançam o projeto
Parceiro de Suporte TécnicoArgon, Escriba e E-Tab já estão aptas a promoverem ocredenciamento de cartórios interessados em se tornaremInstalações Técnicas para a emissão de certificados digitais
No dia 23 de junho o Colégio Notarial – seção São Paulo(CNB-SP) e a Associação dos Registradores de Pessoas Naturaisdo Estado de São Paulo (Arpen-SP) oficializaram, na sede doCNB paulista, o credenciamento das primeiras empresas deinformática aptas a orientarem os cartórios interessados emse tornarem Instalações Técnicas (ITs), dentro do projetoParceiro de Suporte Técnico (PST). A cerimônia contou comos responsáveis pela área de Certificação Digital do CNB-SP,Paulo Roberto Gaiger Ferreira, e da Arpen-SP, Manoel LuísChacon de Cardoso e Lázaro da Silva.
Pioneiras neste processo, a Argon Informática, EscribaInformatização Notarial e Registral e a E-Tab Tecnologia eGestão passaram por um amplo processo de treinamento ecapacitação para auxiliarem as serventias que desejareminiciar o processo de credenciamento e adaptação de suasinstalações para que possam emitir certificados digitais.
“Toda a nação já discute o documento eletrônico. Serum parceiro desse porte das ACs é uma estratégia de mercado,é um diferencial a ser oferecido”, afirmou Manuel Matos,presidente da Câmara e-Net e consultor do CNB-SP e daArpen-SP. “Qualquer empresa que trabalhe com softwarespode se tornar um PST, basta ter as qualificações necessáriase passar por um treinamento”, completou Patrícia Paiva,também consultora das entidades.
“Essas empresas já conhecem os cartórios e já sãoparceiras das associações. Os Oficiais também já estãoacostumados a lidar com elas. Por isso foi interessante essaparceria. Além disso, eles receberam treinamento para isso.Sem contar que essa oportunidade pode abrir novos caminhospara estes parceiros”, disse Lázaro da Silva, assessor especialde informática da Arpen-SP.
“Essas empresas de software têm papel fundamentalem apoiar nossas associações, tirar dúvidas e proverserviços na área de Certificação Digital e DocumentoEletrônico, são facilitadoras para nós. O tabelião precisa
entender que o papel será extinto, por isso precisa seespecializar, não é um desafio fácil, talvez seja o maiordesafio, uma revolução no modo de trabalho, e a entidadeestá preocupada em fazer tudo que está ao alcance paraauxiliar. Esperamos que haja dentro do próximo ano 150IT’s no Estado de São Paulo e mais 150 no Brasil, sendoque já temos 50 no Estado”, explicou Paulo Ferreira Gaiger,Diretor de Certificação Digital do CNB-SP.
“É muito importante este trabalho. É por meio deleque os cartórios poderão de fato se tornar uma IT. Hácartórios que acham que têm que trocar todos os móveisquando, na verdade, alguns poderão aproveitar o que jápossuem, que será necessária apenas uma adaptação. Valelembrar que, embora essas empresas já trabalhem com oscartórios fornecendo softwares, elas não podem interferirnessa questão”, ressaltou Manoel Luis Chacon Cardoso,representante da AC BR.
Programa Parceiro de Suporte Técnico objetivaformação de rede de atendimento
Mais uma etapa do Programa de Certificação Digital, oPST tem como objetivo orientar e auxiliar os cartórios, eeventuais empresas, nas adaptações necessárias para queestes estabelecimentos se tornem Instalações Técnicas. Cadaempresa parceira foi treinada e recebeu as devidas orientaçõespara se tornar um PST. As empresas parceiras receberamainda material de divulgação e já estão aptas a desenvolveremo trabalho junto aos cartórios.
“Como já somos fornecedores de programas para oscartórios há 15 anos, já conhecemos as serventias e o tipo detecnologia que elas usam, é claro que esse novo trabalho queestamos oferecendo a elas vai ser muito mais fácil de serdesenvolvido do que se estivéssemos entrando neste campoagora”, disse Marcos Petrônio de Souza, diretor da ArgonInformática. “A inserção no mundo da Certificação Digital
Os diretores de certificação digital do CNB-SP, Paulo Roberto Gaiger Ferreira, e da Arpen-SP, ManoelLuís Chacon de Cardoso, falam às empresas credenciadas como Parceiros de Suporte Técnico
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possibilitará o desenvolvimento, com mais propriedade, deferramentas, de soluções em termos de software para aassinatura de documentos eletrônicos”, completou.
“Espero que esse movimento, essa parceria leve àconscientização da função do notário diante do mundo digital.Que eles tenham informações e capacitação o suficientepara se sentirem seguros a se tornarem uma Instalação Técnicae assim ser mais um agente no desenvolvimento, mais umpilar”, comentou Marcelo Fernado Haeser, diretor da E-TabTecnologia e Gestão. “Qualquer desenvolvimento necessitaagilidade, seriedade e transparência e os notários conferemtudo isso à sociedade. Com essa parceria esperamos atingir
grandes metas de implantação e levar conhecimento à classee, dessa forma, teremos no futuro uma grande rede deinstalações”, completou.
“Acredito que o futuro da atividade notarial começahoje com essa parceria. Gostaria de repetir uma frase queouvi durante o XIV Simpósio de Direito Notarial, dizendo quequem não ‘pegar’ o Boeing da história ficará para trás. Avisibilidade da empresa com essa parceria será muito boa,queremos contribuir com a classe, ajudar o país a mudarcom o Certificado Digital e, dessa forma, agilizar edesburocratizar”, finalizou o sócio-gerente de negócios daEscriba Informatização Notarial e Registral, Joelson Sell.
Argon, Escriba e E-Tab já estão aptas a promoverem o credenciamento de cartóriosinteressados em se tornarem Instalações Técnicas para a emissão de certificados digitais
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Programa de Certificação Digital na Capital recebeu mais de230 pessoas, que emitiram gratuitamente seus certificados
CNB e Arpen promovemedição conjunta do PCD
No dia 27 de junho o Colégio Notarial do Brasil -Seção São Paulo (CNB-SP) e a Associação deRegistradores de Pessoas Naturais do Estado de SãoPaulo (Arpen-SP) promoveram a 1ª edição do Programade Certificação Digital Conjunto, para notários eregistradores civis. O evento foi realizado no GrandHotel Ca'd'Oro, no centro da Capital e teve aparticipação de 234 pessoas.
Ministraram palestras no evento o diretor deCertificação Digital do CNB-SP e 26º Tabelião de Notasda Capital, Paulo Roberto Gaiger e os consultores doColégio Notarial e da Arpen-SP, Patrícia Paiva e ManuelMatos - também presidente da Câmara E-net.Representando a Arpen-SP estiveram presentes no eventoo Oficial Lázaro da Silva, assessor especial de Informáticae Registrador Civil do 2º Subdistrito de São Bernardo doCampo e Monete Hipólito Serra, Registradora Civil doDistrito do Jaraguá e Membro da Comissão de Programasde Registro Civil da Arpen-SP.
"Estou achando maravilhoso este evento, muitaspessoas compartilhando uma mesma coisa e com umcusto menor para as duas associações. Nos unimos efacilitamos o serviço aos associados. Tanto o notárioquanto o registrador necessitam de informações um dooutro e hoje estamos compartilhando essas questões",disse Lázaro da Silva.““Foram criados dois postos deatendimento, em dois andares do hotel, para que notáriose registradores emitissem seus certificados separadamentee com horários agendados. Foram 61 certificados emitidospor tabeliães e 101 certificados para registradores, estesemitidos ao longo das duas semanas do evento.
"A Certificação Digital é necessária, precisamosgarantir mais uma atividade para o Registro Civil e acertificação é uma delas, por isso minha instalaçãotécnica já está quase pronta, meus funcionários estãoaqui para retirarem o seu certificado e estãohabilitados para que, assim que sair o provimento,começem a trabalhar", revela Jane Maria Romantini,Registradora Civil de Porto Feliz.
Evaristo Anézio de Melo, Registrador Civil e Tabeliãode Notas de Brás Cubas, entende que "no momentotudo corre para a certificação digital, temos que nosatualizar e acompanhar tudo isso, não ficar parado notempo. Entendo pouco sobre o assunto, mas hoje servirápara conhecer melhor as utilidades da certificação."
O evento teve início com o consultor Manuel Matosfalando sobre os reflexos das leis 11.280/06 e 11.419/
A Oficiala Monete Hypólito Serra, representandoa Arpen-SP, e o tabel ião Paulo Roberto GaigerFe r re i r a , pe l o CNB - SP, r ea l i z a ram a sapresentações sobre o documento eletrônico
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16 no Poder Judiciário e na atividade registral.Abordou também processos eletrônicos e anecessidade de todos se prontificarem paratornarem-se Instalações Técnicas. "O eventoconjunto seria inexorável, pois todos fazem parteda mesma disposição constitucional, que é o artigo236 da Constituição Federal. Registradores enotários são irmãos de uma mesma família. Esseesforço conjunto coroa o processo deamadurecimento da busca em se modernizar ediminuir custos", revela Matos.““A consultoraPatrícia Paiva ministrou a segunda palestra,abordando com maior ênfase as etapas eprocedimentos para se iniciar o processo deInstalações Técnicas, o que dá aos tabeliães eregistradores a possibilidade de tornarem-se postosda AC Notarial e AC BR, respectivamente.
Monete Serra procurou falar brevemente sobreos atos eletrônicos, voltando suas informações aosregistradores, e destacando a facilidade decomunicação dos documentos entre notários eregistradores com o advento da tecnologia. Emseguida, para iniciar sua palestra - a terceira eúltima do dia - Paulo Roberto Gaiger mostroudocumentos da antiguidade, para em seguidaconcluir que o ciclo do papel aproxima-se do fim.
De acordo com Paulo Gaiger, "o Colégio Notarialdo Brasil tem uma esperança muito grande nessetrabalho conjunto com a Arpen-SP, para atender aosnotários e registradores, e capacitá-los de forma aatuarem de forma competente na área da CertificaçãoDigital. Primeiro se capacitando, conhecendo o meio,a tecnologia e podendo então dizer à população queeste serviço é seguro e ensiná-los".
O consultor de certificação digital Manuel Matos fala a platéia formada por notários e registradores
O assessor especial de informática da Arpen-SP,Lázaro da Silva (dir.), ao lado do diretor de
certificação digital do CNB-SP, Paulo RobertoGaiger Ferre ira
Trabalho do posto móvel do CNB-SP para a emissãode certificados digitais aos tabeliães paulistas
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No próximo dia 25 de julho, Arpen-SP e CNB-SP farão a entrega decertificados digitais aos notários e registradores civis da região.Compareça e receba gratuitamente o seu documento eletrônico.
CNB-SP e Arpen-SP doarãoe-CPF’s em São José do Rio Preto
No próximo dia 25 de julho, oColégio Notarial do Brasil - seção SãoPaulo (CNB-SP) e a Associação dosRegistradores de Pessoas Naturais doEstado de São Paulo (Arpen-SP)realizarão mais um evento conjuntodo Programa de Certificação Digitalpara os Notários e Registradores Civispaulistas, com a distribuição decertificados digitais gratuitos a seusassociados. Para esta quarta ediçãodo projeto, a segunda realizadaconjuntamente, registradores civis enotários da Capital e da Grande SãoPaulo já podem fazer sua inscrição.
Neste evento, além da distribuiçãodos certificados digitais aos associadosdas entidades que comparecerem aoencontro, serão ministradas duaspalestras pelos consultores deCertificação Digital contratados peloCNB-SP e Arpen-SP: "Reflexo das Leis11.280/06 e 11.419/16 no PoderJudiciário e na atividade registral enotarial", que abordará a legislaçãodo documento eletrônico inerente àsatividades registrais e notariais, e"Instalações Técnicas: servindo maisclientes com menor custo", queorientará os cartórios na preparaçãode suas salas para emitiremcertificados digitais.
O CNB-SP e a Arpen-SP destacamainda que os certificados digitais serãodistribuídos gratuitamente apenas paraos registradores que comparecerem aoevento, sendo que aqueles que nãoestiverem presentes terão que comprá-lo, caso venham a se interessar pelodocumento eletrônico, que em breve seránecessário para acessar o PortalExtrajudicial, a Intranet da Arpen-SP, asCentrais de Informação do CNB-SP (Cesdi,CEP e RCT-O), a DOI, além de aplicaçõesjá disponíveis pela Receita Federal.
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CNB-SP, Anoreg-SP e Arispdebatem reflexos da MP 459Associações de registradores e notários se reuniram naCapital para definir posição diante da MP456 e enunciadosda Lei 13.290/08
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Notários e Registradores paulistas reuniram-se emcaráter emergencial no dia 23 de junho na sede daEscola Paulista de Direito para debater os reflexos daMedida Provisória (MP) 459 e definir os enunciadossobre a Lei 13.290/08, em evento que contou com apresença da Associação dos Registradores de Imóveisde São Paulo (Arisp), Colégio Notarial do Brasil - seçãoSão Paulo (CNB-SP) e Associação dos Notários eRegistradores do Estado de São Paulo (Anoreg-SP).
Compuseram a mesa que coordenou os trabalhosdos mais de 45 participantes do encontro, entretabeliães e registradores, a presidenta da Anoreg-SP,Patrícia André de Camargo Ferraz, o presidente daArisp, Flauzilino Araújo dos Santos e o presidente doCNB-SP, Ubiratan Pereira Guimarães.
A presidente da Anoreg-SP iniciou os debates comuma ampla apresentação da situação envolvendo aMP 459, explicando como a gratuidade no ato deregistros e escrituras iniciou-se voltada apenas aoPrograma Minha Casa, Minha Vida, e posteriormente,devido a uma emenda, estendeu-se para todos aquelesque ganham até três salários mínimos. Noentendimento dos presentes essa definição acabaabrangendo boa parte da população nacional, afetandoassim a manutenção de diversos cartórios,principalmente os pequenos.
A Lei valerá para municípios acima de 100 milhabitantes, o que, de acordo com Patrícia Ferraz, torna obenefício algo que não atingirá efetivamente os que maisnecessitam. “Nenhum registrador foi ouvido no Ministério
da Fazenda, por isso solicitamos uma audiência; eu, oFlauzilino e Takeda (George Takeda, 3º Registrador de Imóveisda Capital) para discutirmos tudo que estava em pauta. Otexto da MP não foi mostrado aos registradores e as emendasapresentadas por nós não foram acolhidas”, disse apresidenta. Ela ainda reiterou que a falta de conhecimentopor parte dos parlamentares sobre a atividade.
Após algumas deliberações, foi dada aos presentes apossibilidade de expor sua suas opiniões e sugestões sobrecomo agir diante da atual conjuntura, em espaço quecontou com ampla participação dos presentes. O presidentedo CNB-SP alertou sobre a necessidade de cautela nasações, “para que não se afronte a decisão do Senado”.
De acordo com Sérgio Jacomino, 5º Registradorde Imóveis da Capital e membro do Conselho Fiscalda Anoreg-SP “temos que sair da posição deobservadores pacientes para sermos fortes agentes seacreditamos que tudo isso é injurídico”. Osparticipantes também afirmaram a necessidade deunião e comunhão entre as classes, tanto entre si,quanto entre as diferentes associações.
Ao final foi decidido, com aprovação porunanimidade, que se encaminhasse um enunciadosomente após a sanção da Lei, contendo quatro itensque abordam a inconstitucionalidade da decisão, sendoassim a necessidade de manifestação do Judiciáriopara conferir legitimidade ao que for estipulado, avalidade apenas para beneficiários do programa e anecessidade de comprovação da parte sobrepreenchimento dos requisitos de beneficiário.
Notários e Registradores participaram de importante encontro nacapital e debateram os reflexos das novas leis na atividade
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Evento reuniu cerca de 200 pessoas na cidade deIndaiatuba e debateu os principais assuntosrelacionados ao futuro da atividade notarial
XIV Simpósio do CNB marca ahistória no Tabelionato Paulista
Indaiatuba (SP) – Tabeliães de Notas e Protesto doEstado de São Paulo reuniram-se entre os dias 19 e 21 dejunho, no hotel Vitória, na cidade de Indaiatuba (SP),para o XIV Simpósio de Direito Notarial, evento promovidopelo Colégio Notarial do Brasil – seção São Paulo (CNB-SP), e que reuniu cerca de 200 participantes e que debateuos principais assuntos da atividade e delineou os passosfuturos para o segmento, definido por todos ospalestrantes como essencial para segurança dos negóciosjurídicos e para a prevenção de litígios.
Durante os três dias de evento, o auditório estevetomado por notários de todo o Estado que debateram osassuntos mais relevantes da atividade notarial, em quatrodestacados painéis: “Prestação de Serviço Público e FunçãoNotarial”, “O Notário e o Direito Ambiental”, “Notaspara a Desburocratização/Desjudicialização” e“Certificado Digital e Documento Eletrônico: é o fim ou
a consolidação do tabelião”. Os participantes foram aindabrindados pela palestra de abertura, ministrada pelodesembargador do Tribunal de Justiça do Estado de SãoPaulo (TJ-SP), Dr. Ricardo Henry Marques Dip, que falousobre o tema “A relevância da atividade notarial frenteaos desafios da sociedade moderna”.
O evento reuniu ainda representantes de todas asespecialidades, com a participação da presidenta daAssociação dos Notários e Registradores do Estado de SãoPaulo (Anoreg-SP), Patrícia André de Camargo Ferraz, dopresidente da Associação dos Registradores Imobiliáriosdo Estado de São Paulo (Arisp), Flauzilino Araújo dosSantos, do presidente do Instituto de Estudos de Títulos eDocumentos e Pessoa Jurídica do Brasil (IETDPJ-BR), JoséMaria Siviero, do vice-presidente da Associação dosRegistradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo(Arpen-SP), José Cláudio Murgillo, e do presidente da
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Pedro Valdeci SalmazoTABELIÃO DE NOTAS DE PAULÍNIA
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principalmentenesta época que aatividade notarial
tem enfrentadodiversos problemas
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José Lucas Rodrigues OlgadoTABELIÃO DE NOTAS E PROTESTOS DE ITAPETININGA
Auditório lotado acompanha a abertura oficial do XIV Simpósio de Direito Notarial
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Associação de Titulares de Cartórios (ATC), Róbson deAlvarenga.
Para o presidente do CNB-SP, Ubiratan PereiraGuimarães, o Simpósio Notarial estabelecerá um marcopara o notariado brasileiro. “Tivemos nestes três diaspalestras que nos mostraram os caminhos que temos apercorrer e que concretizaram aquilo que sempredefendemos, que é a vitalidade da atividade notarialpara o desenvolvimento dos negócios jurídicos e para aprevenção de litígios”, disse. “Vamos agora tratar defazer a lição de casa, que exige a participação ativa dosnotários que valorizam sua profissão”.
Anfitrião do evento, o 2° vice-presidente do CNB-SP,Márcio Pires de Mesquita, destacou o empenho dos
membros da Diretoria que trabalharam na organizaçãodo evento e a participação ativa da platéia. “Tivemosem todos os painéis o auditório completamente tomadoo que demonstra o acerto na escolha dos temas epalestrantes, mas principalmente o envolvimento de cadanotário com a sua atividade”.
Para uma das organizadoras do evento, a tabeliã AnaPaula Frontini, o evento de Indaiatuba certificou o acertoda atual Diretoria no trabalho que vem desenvolvendodiante das constantes demandas nas quais a atividadenotarial vem sendo solicitada. “Agradeço muito à formademocrática pela qual a atual gestão vem permitindo acolaboração e participação dos diretores, o que ficoudemonstrado com o sucesso deste evento”.
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A mesa de autoridades que coordenou a abertura do evento contoucom a participação do ministro do STJ, Dr. Massami Uyeda
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B-SP
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“Os temas queestão sendo
discutidos sãoatuais e
demonstram que onotariado
começou a ocuparuma posição de
essencialidade deseu serviço
perante os órgãospúblicos”
Daniel Araújo CorrêaTABELIÃO DE NOTAS DE HOLAMBRA
“Estou achandomuito
interessante,principalmente
por que estafocando as
necessidades daclasse, se não
nosmobilizarmostemos muito a
perder”José Milton Tarallo
6º TABELIÃO DE NOTAS DE SÃO PAULO
O desembargador do TJ-SP, Dr. Ricardo Henry Marques Dip, queproferiu a palestra inaugural do XIV Simpósio de Direito Notarial
Participantes do evento do CNB-SP se divertem com o showhumorístico da trupe Clube do Improviso
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“Gostei da palestrado Dr. Nalini,
principalmente oaspecto da auto
regulação que eleabordou, a
importância dacriatividade na
nossa atividade,além de outros
pontos de relevânciapara nós”
Márcio de Campos1º TABELIÃO DE NOTAS E PROTESTOS DE SÃO CARLOS
“Vim para este evento,pois acredito que asclasses têm de estar
unidas, as atividadestem de ser trabalhadas
em conjunto, éimportante que haja
essa interligação, esseintercâmbio deregistradores enotários para
estabelecer uma união”Ana Paula Goyos Browne
REGISTRADORA CIVIL DO 2º SUBDISTRITO DE BOTUCATU
Palestra magna marca abertura degala do evento do CNB-SP
Coube ao presidente do CNB-SP, Ubiratan Pereira Guimarães abriroficialmente o XIV Simpósio de Direito Notarial, em mesa que contoucom a presença do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Dr.Massami Uyeda. Em rápidas palavras, o atual mandatário da entidadeconclamou os notários a debateram os assuntos que seriam abordadosnos quatro painéis nos dias seguintes e destacou o atual momento peloqual a atividade está passando.
“É um momento crucial para todos os segmentos de notários eregistradores. Estamos sendo questionados e sofremos com ataques emdiversas frentes, o que exige que todos nós tomemos parte neste processode fortalecimento da atividade e que demonstremos aos Poderesconstituídos a essencialidade da atividade notarial para a sociedadecomo um todo e para o cidadão atendido nos mais distantes e abandonadospontos do País”, apontou.
Em seguida, o desembargador do TJ-SP, Dr. Ricardo Henry MarquesDip, deu início à palestra inaugural do evento, abordando o tema “Arelevância da atividade notarial frente aos desafios da sociedademoderna”. Durante sua abordagem, o palestrante destacou a funçãohistórica da atividade e do homem em buscar documentar momentosimportantes de sua vida, destacando que o notário “não é apenas umconsultor jurídico, mas também um consultor moral, quanto mais age deacordo com os princípios da atividade”, e enfatizou “quanto mais notário,menos juiz”.
O desembargador do TJ-SP destacou ainda a importância daindependência material para o exercício da profissão notarial, uma vezque está diretamente relacionada à independência jurídica do profissionalprocurado pelas partes. “A gratuidade aplicada aos serviços notariaisrepresenta a quebra do equilíbrio social dos serviços públicos, e sua basede rentabilidade é a própria essência da existência de concurso público”.Ainda segundo Dip, “quem teme não está seguro, e que o Estado deveresponder pela gratuidade que conceder”.
Após efusivos aplausos os participantes da solenidade de aberturaassistiram ao espetáculo humorístico promovido pelo “Clube de Improviso”,grupo teatral da cidade de Indaiatuba que promove sátiras improvisadasao estilo stand-up comedy. Após o espetáculo foi servido um coquetel deboas vindas aos participantes. O presidente do CNB-SP, Ubiratan Pereira
Guimarães, conduziu o discurso oficial de aberturado evento promovido em Indaiatuba
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Obra será trimestral e abordará a doutrinanotarial, com artigos e jurisprudências, além dacontribuição de renomados articulistas
CNB-SP lança aRevista de Direito Notarial
Durante a abertura do XIV Simpósio de DireitoNotarial, promovido pelo Colégio Notarial do Brasil –seção São Paulo (CNB-SP) na cidade de Indaiatuba, opresidente da entidade, Ubiratan Pereira Guimarães,lançou oficialmente a edição N° 1 da Revista de DireitoNotarial, trabalho valioso coordenado pelo tabeliãode Mirandópolis e Delegado Regional de Araçatuba,
O presidente do CNB-SP, Ubiratan Pereira Guimarães durante olançamento da Revista de Direito Notarial em Indaiatuba
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“Acredito que foimuito bem planejado
este Simpósio serfeito aqui em
Indaiatuba é umapoio aos colegas dointerior, para que osdemais possam ter
acesso, mesmo os queestão em
tabelionatosmenores”
Silvia Maria Colavite Papassídero1º TABELIÃ DE NOTAS DE RIBEIRÃO PRETO
“Foi um dosmelhores
eventos que fuiaté hoje, tantoque converseicom os colegassobre não ter
sido um eventocansativo,
tudo chamoumuito a
atenção”Odisseu Bello
TABELIÃO DE NOTAS E PROTESTO DE PORTO FELIZ
Marco Antonio Greco Bortz, e pela 17ª Tabeliã deNotas da Capital, Jussara Citroni Modaneze.
“Este é um momento especial, pois realizamosum sonho, um dever para a nossa atividade, com olançamento da Revista de Direito Notarial”, enfatizouo presidente. “A partir de agora, aqueles queadentrarem a nossa atividade terão uma fonte oficial
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Integrantes da mesa de abertura do XIV Simpósio de Direito Notarialreceberam os exemplares da obra, remetida a todos os associados do CNB-SP
“Creio que foi muitoproveitoso,
percebemos que aplatéia reagiu diversasvezes com comentários
e manifestações,demonstrando
receptividade comaquilo que eles estavam
ouvindo”
Karin Regina Rick RosaASSESSORA JURÍDICA DO COLÉGIO NOTARIAL
DO BRASIL – CONSELHO FEDERAL
“Os temasserviram paraaplicação, sejadiretamente no
trabalho doprofissional, seja
para uma visãomais ampla do que
representa e doque pode vir arepresentar a
nossa categoria”Sérgio Ricardo Watanabe
28º TABELIÃO DE NOTAS DA CAPITAL
de aprendizado prático, não tendo que compilarestudos espaçados e nem sempre completos”,continuou o presidente. “Além dos mais, agora temosum veículo de disseminação de conhecimento jurídicopara formularmos uma aproximação técnica comfaculdades, entidades representativas e até mesmocom os poderes constituídos”, destacou Ubiratan.
Para o Delegado Regional do CNB-SP e coordenadorda Revista de Direito Notarial, Marco Antonio Greco Bortz,o lançamento da obra representa a evolução jurídica daatividade. “Trata-se de publicação especializada,destinada a fornecer instrumentos atualizados comsubsídios teóricos e práticos para os operadores do direito,ao mesmo tempo servindo de intercâmbio entre os paísesque possuem notariado do tipo latino”.
Para a também coordenadora da obra, a Tabeliã JussaraCitroni Modaneze a Revista será um valioso instrumento decontribuição intelectual. “A Revista será uma ferramenta
de estudos, buscas de informações, jurisprudências eatualidades, no meio jurídico, tanto nacional comointernacional; reunidos em edições periódicas. Trará temasatuais, jurisprudência recente, opiniões e artigos de juristasrenomados, contribuindo para a orientação e estudo dosprofissionais da área, a fim de que desenvolvam a atividadenotarial com mais dinamismo e segurança jurídica”.
Para a próxima edição, ambos já planejamassuntos que despertarão a atenção dos Tabeliães deNotas de todo o País. “A doutrina notarial volta-separa atender as demandas sociais, adesburocratização, a inclusão da certificação digitalnos atos notariais, o papel do notário na preservaçãodo meio ambiente, a questão candente do equilíbrioeconômico relativo aos emolumentos, a organizaçãodo notariado brasileiro e vários outros temas de ordempontual, certamente serão alvo de temas que serãotratados pelos articulistas”, finaliza Bortz.
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O tema “Prestação de Serviço Público e Função Notarial”abordou uma série de iniciativas para a valorização da atividade
Painel 1 aponta caminhospara a atividade notarial
“Este simpósiofoi muito útil, sãoassuntos atuais,
principalmente osque estão ligados
ao meioambiente, poistemos que nospreocupar com
isso, afinal é umafunção social do
tabelião”Regina Carteiro Freire
2º TABELIÃ DE NOTAS E PROTESTOS DE ATIBAIA
Participantes do Painel 1, que debateu a importância da funçãonotarial na prestação do serviço público delegado
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A manhã de palestras do primeiro dia do trabalhosiniciou-se com um importante debate para os participantesdo XIV Simpósio de Direito Notarial, que trouxe o tema“Prestação de Serviço Público e Função Notarial”,ministrado pelo desembargador do TJ-SP, Dr. José RenatoNalini, e pelo Dr. Marcelo Fausto Figueiredo, advogado eprofessor de Direito Constitucional da PontifíciaUniversidade Católica.
A coordenação da palestra ficou a cargo da tabeliãAna Paula Frontini, enquanto os também tabeliães MarcoAntonio Greco Bortz e Jussara Citroni Modaneze foram osdebatedores. A mesa foi ainda composta pelo presidentedo CNB-SP, Ubiratan Pereira Guimarães.
O desembargador José Renato Nalini iniciou suaexposição destacando a atuação vanguardista do
Estado de São Paulo na promoção de concursospúblicos, modelo inclusive adotado pela Resoluçãodo Conselho Nacional da Just iça (CNJ) quedisciplinou o certame nacionalmente. “Além disso,a própria definição dos parâmetros da Lei 11.441/07, norteou a resolução do mesmo CNJ para todo oBrasil”, apontou.
Em seguida, o desembargador relembrou os temposem que os cartórios judiciais eram coordenados pelotrabalho de notários e registradores e que sua estatizaçãotrouxe inchaço para a máquina do Judiciário eburocratizou o sistema. “A função extrajudicial precisaser melhor conhecida e cabe a vocês tornarem issopossível, pois é nítido o melhor desempenho das atividadesrelacionadas a notários e registradores”, disse.
“Vemos oSimpósio comoum sucesso e osucesso talvez
seja pelanecessidade
desta interaçãoque ocorre noEstado todo”
Mateus BrandãoMachado
VICE-PRESIDENTE DO CNB-SP E3º TABELIÃO DE NOTAS DA CAPITAL
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O desembargador do TJ-SP, Dr. José Renato Nalini,prendeu a atenção dos participantes ao falar sobre
novas iniciativas para a atividade
“Todos precisam dealguma orientação com
referência até os direitosque eles não estãosabendo. Estamos
levando o que realmenterepresentamos para a
sociedade, não é somenteo objetivo do
faturamento, estamos naverdade comoorientadores”
José Fernandes da Silva4º TABELIÃO DE NOTAS DE JUNDIAÍ
Baseado no trabalho do juiz Luís Paulo Aliende Ribeiro, o palestrantesestimulou os notários a estabelecerem sua auto-regulamentação, como formade valorização da atividade e dignificação da função notarial, “estabelecendoum novo paradigma para função notarial, e a conseqüente valorização daatividade”.
Ao abordar o modelo de independência financeira da atividade notarial,Nalini destacou que a profissionalização e a especialização da atividade requeruma base sólida de estabilidade do profissional que atua na atividade, o quereflete a conseqüente segurança jurídica transmitida aos negócios lavrados nostabelionatos. O desembargador do TJ-SP insistiu ainda para que os notáriosinvistam no marketing e na publicidade para que a atividade seja melhor conhecidae valorizada.
Por fim, o palestrante conclamou os notários para o que chamou de “era dacriatividade”, estimulando seus participantes para que atuem diversas áreasexclusivas do Judiciário, como as mediações e as execuções fiscais, destacandoa necessidade de “união efetiva das especialidades, esquecendo questiúnculas,para que se salve a estrutura, a tradição e o grau de excelência já consolidados”.
Coube ao professor Marcelo Fausto Figueiredo discorrer sobre aconstitucionalidade da atividade notarial, abordando inicialmente as variaçõesnos modelos extrajudiciais existentes no mundo, as características do segmentoe os julgamentos dos tribunais superiores que pacificaram as definições sobre aatividade. “A edição da MP 459 desestabilizou a atividade, violando o princípioda proporcionalidade, em flagrante inconstitucionalidade que pode ser submetidaaos tribunais”.
Ao final desta apresentação deu-se início a um amplo debate entre osparticipantes, destacando as ações em que os notários podem atuar ao lado doPoder Judiciário, ou mesmo em substituição a este. Questionaram-se ainda asaplicações da irredutibilidade de vencimentos dos notários, semelhante à dosmagistrados, em debates com ampla participação dos presentes.
“A edição da MP 459 desestabilizou aatividade, violando o princípio daproporcionalidade, em flagrante
inconstitucionalidade que pode sersubmetida aos tribunais”
PROF. MARCELO FAUSTO FIGUEIREDO
“São temasimportantes e
atuais, queestão sendo
bemdesenvolvendo,além da ótimaorganização,
fomos bemrecepcionadose o local muitobem escolhido”
Marco Antonio Camargo2º TABELIÃO DE NOTAS E PROTESTOS DE MATÃO
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“Foi muito feliza escolha dospalestrantes emais feliz aspalestras que
foramproferidas, as
opiniões demais alto
gabarito, todosformadores de
opinião”Paulo Tupinambá Vampré
14º TABELIÃO DE NOTAS DA CAPITAL
“Tudo foi ótimo,inclusive a escolha
do local. Muitaspessoas
participaram e aspalestra foram
feitas de uma formaclara, que todosentenderam. Os
assuntos escolhidoseram os que a classeestava precisando”
José Antonio Botan1º TABELIÃO DE NOTAS DE SANTO ANDRÉ
“O Notário e o Direito Ambiental” foi debatido em palestrado secretário estadual do Meio Ambiente e do ex-Corregedor Geral da Justiça de São Paulo
Foco no Direito Ambiental édestaque no segundo Painel
O vice-presidente do CNB-SP, Mateus BrandãoMachado, que coordenou debate sobre o tema, e osecretário da entidade, Sérgio Ricardo Watanabe,
que apresentou sugestões após a palestra
A segunda palestra proferida no XIV Simpósio de DireitoNotarial, promovido pelo Colégio Notarial do Brasil – seçãoSão Paulo (CNB-SP) na cidade de Indaiatuba estimulou osnotários presentes ao evento a promoverem “ações verdes”,com o debate em torno do tema “O Notário e o DireitoAmbiental”, ministrado pelo secretário estadual do MeioAmbiente, Francisco Graziano Neto, e pelo desembargadordo TJ-SP e ex-Corregedor Geral da Justiça do Estado deSão Paulo, Dr. Gilberto Passos de Freitas.
A coordenação da palestra ficou a cargo do vice-presidente do CNB-SP, Mateus Brandão Machado, enquantoo 2° vice-presidente do CNB-SP, Márcio Pires de Mesquita,e o secretário da entidade, Sérgio Ricardo Watanabe foramos debatedores. A mesa foi composta também pelo
O secretário estadual Francisco Graziano Neto,que falou sobre ações práticas que podem ser
promovidas pelo segmento notarial
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“As palestrastrouxeram várias
alternativas para ofuturo e visãoinovadora. A
palestra do Dr.Nalini abordou os
temas de uma formacompletamente
diferente daquiloque imaginamos do
Judiciário”Ana Paula Frontini
TABELIÃ DE NOTAS E PROTESTOS DE JARDINÓPOLIS
“Escolheram muitocuidadosamentetanto os temas
quanto ospalestrantes e a
iniciativa derealizar numa
cidade do interiorfoi muito
importante”
Fábio Nougalli1º TABELIÃO DE NOTAS E PROTESTOS DE
BRAGANÇA PAULISTA
presidente do CNB-SP, Ubiratan Pereira Guimarães. Em suaabertura, Mateus Brandão Machado enfatizou “o interessedo CNB-SP em ser parceiro do Governo na promoção deações efetivas relacionadas ao meio ambiente”.
Abrindo os debates em torno do tema, o secretárioFrancisco Graziano Neto relatou sua trajetória nadefesa do meio ambiente e detalhou as fases em queo tema do ambientalismo vem sendo desenvolvimento,iniciando pelos anos 80, quando o foco era chamaratenção para o tema, passando pelo marco regulatóriodo meio ambiente no Brasil e finalmente chegando aoimplemento de ações concretas voltadas à preservaçãoambiental, estágio atual no Brasil.
O secretário estadual ainda estimulou os cartórios ainiciar “boas práticas verdes”, como a promoção dacarona solidária, o selo verde aos cartóriosecologicamente adaptados e ao estabelecimento deprotocolo de intenções junto à Secretaria para que fossemdefinidos parâmetros do que seria um “cartório verde”.
“Achei gratificante participar do Simpósio, umaprova de que a questão ambiental está progredindona sociedade e o fato do Colégio Notarial se interessarpor este tema revela o quanto ele está sendoconsiderado relevante pela sociedade”, disse osecretário ao final de sua apresentação.
Dono de uma extensa bibliografia na área do MeioAmbiente, o desembargador do TJ-SP, Dr. GilbertoPassos de Freitas destacou a legislação atual brasileirarelacionada à área e focou a participação dos notáriosno sentido de orientar as partes sobre os cuidados namanutenção de reservas e áreas protegidas. “O notáriodeve agir preventivamente junto às partes napreservação do meio ambiente”, defendeu.
Segundo o ex-Corregedor o notário é “o profissionalde Direito, pacificador social, consultor preventivo,conselheiro jurídico por excelência”, e pode agir comoum juizado avançado promovendo atas notariais quepoderão ser usadas em ações civis públicasrelacionadas ao meio ambiente.
O desembargador Gilberto Passos de Freitasdestacou a atuação do notário em ações de
defesa do meio ambiente
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“O Simpósio foiexcelente, pois ostemas foram bempróprios para a
discussão, no nossomomento de muito
questionamentosobre a função
notarial e registral,sobre a
essencialidade dosnossos serviços”
Ana Claudia Sônego de Toledo1º TABELIÃ DE NOTAS E PROTESTO DE MATÃO
“Surpreendente aquantidade de
pessoas e colegasque
compareceram,isso mostra uma
mudança da visãode todos emrelação ao
aprimoramentodesses encontros”
Márcio Pires de Mesquita 1º TABELIÃO DE NOTAS DE INDAIATUBA
“Notas para a Desburocratização/Desjudicialização” trouxejuízes auxiliares do CNJ para falar sobre novos caminhospara a atividade notarial
Ampliação de atribuições édebatida no terceiro Painel
Chimenti citou ainda a questão envolvendo asexecuções fiscais e a consignação em pagamento edetalhou sucessos de processos que caminham no sentidode evitar que as pessoas recorram ao Judiciário parasolucionar os problemas.
Em seguida, o juiz assessor da presidência do CNJ,Dr. Marcelo Martins Berthe, falou sobre as inspeções queo CNJ vem realizando nos Estados da Federação e osverdadeiros absurdos que estão sendo apurados,socorrendo-se inclusive nas atividades extrajudiciais paraque seja promovido um projeto piloto no Estado do Piauí.“Em alguns Estados nega-se a própria essência daatividade, que é oferecer segurança jurídica”.
Berthe destacou ainda a posição adotado pelos tribunaissuperiores de que só o Judiciário pode propor leis de iniciativasrelativas a seus poderes auxiliares, destacou a necessidadede cuidado no acompanhamento parlamentar, que “carecede conhecimento da atividade” e foi enfático ao destacar aimportância de uma reformulação da atividade.
“As atividades notariais e registrais são vitais ondeestão organizadas e desta forma são um braço importante
A terceira e última palestra de sábado no XIV Simpósiode Direito Notarial teve como foco os recentes processosde desburocratização e desjudicialização propostos pelasociedade e pelo Governo e promoveu amplo debate entreos participantes, que falaram sobre o tema “Notas paraa Desburocratização/Desjudicialização”, ministrado pelojuiz assessor da presidência do CNJ, Dr. Marcelo MartinsBerthe, e pelo juiz auxiliar da Corregedoria Nacional daJustiça, Dr. Ricardo Cunha Chimenti.
A coordenação da palestra ficou a cargo do presidente doCNB-SP, Ubiratan Pereira Guimarães, e teve como debatedoreso tabelião Rodrigo Valverde Dinamarco e o ex-presidente eatual secretário do CNB-SP, Paulo Tupinambá Vampré.
Coube ao juiz auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça,Dr. Ricardo Cunha Chimenti iniciar a apresentação do Painel3 falando sobre as novas atribuições que os notários podemtrabalhar no sentido de desafogar o Judiciário e citou oprocesso da mediação “que até o momento não vingou enem vai vingar, por que as pessoas não sentem segurança,justamente por não ter por trás o Poder Judiciário comoórgão garantidor, o que já não ocorre com a função notarial”.
A mesa que coordenou os trabalhos do terceiro painel do evento promovido na cidade de Indaiatuba
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“Aqui viemos paracrescer, interagir com
os colegas, tirardúvidas num encontro
muito gostoso. Fui tudomuito construtivo, sótemos que agradecerpor esse evento e a
oportunidade de nós dointerior participarmos”
Sônia Marly de AlmeidaOFICIAL DE REGISTRO CIVIL E
TABELIÃ DE NOTAS DE RIO DAS PEDRAS
O juiz auxiliar daCorregedoria Geral da Justiça,
Dr. Ricardo Cunha Chimenti,fala ao público durante o XIVSimpósio de Direito Notarial
O juiz assessor da presidênciado CNJ, Dr. Marcelo Martins
Berthe, destacou aimportância da organização da
atividade extrajudicial
para sociedade”, disse. “Por outro lado, onde estãodesorganizadas e abandonas constituem-se em um pesopara o Estado e um ônus para o cidadão. Caberá aospróprios notários e registradores escolherem qual caminhoquerem seguir. São Paulo pode ser um modelo, mas e osdemais, como ficam?”, questionou.
Finalizando sua apresentação, Berthe destacou sua“preocupação com as constantes gratuidades a que aatividade está sendo submetida e com o desequilíbriofinanceiro imposto das unidades, que inviabilizará aorganização e o investimento na prestação de um serviçomoderno à população e útil para o Estado”, apontou.
Em seguida, o ex-presidente do CNB-SP, PauloTupinambá Vampré apontou a necessidade da mudançada cultura da litigiosidade ministrada nas faculdades comoponto necessário à diminuição dos processos. Já o tabeliãoRodrigo Valverde Dinamarco destacou os pontosnecessários para que um projeto de desjudicializaçãoayinja seu objetivo, tais como a celeridade, redução decustos, otimização de potencialidades, manutenção dasegurança jurídica e valorização do Poder Judiciário.
Ao final dos debates manifestaram-se ainda apresidenta da Anoreg-SP, Patrícia André de Camargo Ferraz,o presidente da ATC, Róbson Alvarenga e o presidente daArisp, Flauzilino Araújo dos Santos.
“Caberá aos própriosnotários e registradoresescolherem qual caminhoquerem seguir. São Paulo
pode ser um modelo, mas eos demais, como ficam?”,MARCELO MARTINS BERTHE, JUIZ
ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA DO CNJ
“Estamos nummomento crítico,
sendo atacados porvárias instituiçõesdemocráticas e este
evento trará um alentopara os notários, poistrouxe participações eopiniões que dão uma
sustentabilidade egarantia do sustento
da profissão”Marco Antonio Greco Bortz
TABELIÃO DE NOTAS E PROTESTO DE MIRANDÓPOLIS
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Palestra debateu o tema “Certificado Digital e DocumentoEletrônico: é o fim ou a consolidação do tabelião?”
Painel 4 aborda oDocumento Eletrônico
Encerrando o XIV Simpósio de Direito Notarial oPainel 4, “Certificado Digital e Documento Eletrônico:é o fim ou a consolidação do tabelião?” contou com apresença do juiz assessor da presidência do TJ-SP, Dr.Cláudio Augusto Pedrassi, e de Dr. Pedro PauloMachado, diretor de Auditoria e Fiscalização doInstituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI).
O painel teve coordenação do presidente do CNB-SP, Ubiratan Pereira Guimarães e teve comodebatedores Manuel Matos, presidente da Câmara E-Net e consultor do CNB-SP e Paulo Roberto GaigerFerreira, 26º Tabelião de Notas da Capital e Diretorde Certificação Digital do CNB-SP.
Ao apresentar o tema, o presidente do CNB-SPfalou da constante busca de quebra dos paradigmas ea importante passagem do papel para a tecnologia.“Há um processo de amadurecimento da certeza -com Dr. Cláudio Pedrassi à frente - de que estamos navanguarda nacional. Creio que será sim, a consolidaçãodo tabelião”.
Em seguida, Cláudio Augusto Pedrassi iniciou suaapresentação dizendo que, apesar da imagemconservadora do Judiciário, ele está à frente nesseprocesso de modernização e destacou a necessidadede que esse processo ocorra. “Há uma certaacomodação do Judiciário, por ele não possuirconcorrência, mas é necessária a manutenção dacredibilidade e é para isso que o processo eletrônicoserve, para recuperar a eficiência e conseqüentementea credibilidade”.
Pedro Paulo Machado, diretor de Auditoria eFiscalização do Instituto Nacional de Tecnologiada Informação (ITI), proferiu uma descontraída
palestra sobre o tema
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“Houve uma grandeparticipação dos
tabeliães durante aspalestras, os temas
foram bem debatidoscom comentários
principalmente naparte das
gratuidades,apresentandopropostas e
alternativas”Jussara Citroni Modaneze17º TABELIÃ DE NOTAS DA CAPITAL
“Achei um encontrode altíssima
qualidade, umasituação que trouxafrases marcantes,como por exemplo,
‘quem para deestudar não
estaciona, masaceleradamenteanda de marcha
ré’”Vander Alves da Silva
TABELIÃO DE NOTAS E PROTESTO DE TAMBAÚ
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“O Simpósio é bompara fazermos nossaclasse ser realmente
vista com outrosolhos por grande
parte da populaçãoque ainda desconhece
os benefícios eserviços - inclusive
gratuitos - que otabelião presta”
Márcia Bernardete Zanoni Franco3º TABELIÃ DE NOTAS DE PIRACICABA
“Os palestrantesforma essenciaispara os temas,apresentando
assuntos em augepara resolvermos. Oque mais me tocoufoi o Painel sobreDesjudicialização,
pelas noções daparte
extrajudicial”Paulo Rogério Teixeira
2º TABELIÃO DE NOTAS DE SANTA ROSA DE VITERBO
De acordo com o juiz assessor, o notário estáonde o Judiciário não pode chegar. “Se os notáriosquisessem se agarrar ao papel seriam engolidos pelatecnologia, mas sendo vanguardistas, serão referência,principalmente por sua capilaridade. É fundamentalque os tabeliães divulguem os serviços que prestam”,disse. “Tenho plena convicção de que o CertificadoDigital é o caminho para a consolidação do tabelião,desde que não se percam, pois se não fizerem, alguémo fará”, finalizou.
A segunda discussão foi iniciada pelo Dr. PedroPaulo Machado. A apresentação foi descontraída, naqual o palestrante afirmou que, “com o surgimentode uma nova tecnologia, surge também uma novaética”. Apresentou diversos fatos atuais, sobrearmazenamento e distribuição da informação, fatostais que irão afetar a todos, “pois o espaço cibernéticotranscende as noções de soberania e territorialidade”,disse.
O diretor finalizou sua apresentação enfatizandoque a classe notarial poderá exportar a tecnologia,pois “a tecnologia do Certificado Digital é promissora,mas precisa estar conjugada com o intelecto de cadaum. A tecnologia que o cidadão não utiliza é umatecnologia morta. Este é um momento que deve existira conscientização da mudança”.
Logo após esta apresentação, Manuel Matos fezalgumas considerações, dizendo que os notários sãoprivilegiados. “Em 2006, pressionados pelo avanço, os
Painel 4, debateu a certificação digital e o documento eletrônico na atividade notarial
O diretor de Certificação Digital do CNB-SP, PauloRoberto Gaiger Ferreira, destacou os avanços dos
notários no segmento digital
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Carlos Roberto Petrucelli1º TABELIÃO DE NOTAS DE DIADEMA
“Achei que o Simpósio foiuma grande oportunidadepara definirmos o rumo e
o futuro das nossasatividades e também umagrande oportunidade de
encontrar amigos,dividindo experiências,aprendendo com colegas
do interior”Rodrigo Valverde
DinamarcoREGISTRADOR CIVIL E TABELIÃO DO
30º SUBDISTRITO DA CAPITAL - IBIRAPUERA
O juiz assessor da presidência do TJ-SP, Dr. CláudioAugusto Pedrassi, destacou o importante papel que o
segmento notarial pode ter no mundo digital
notários tiveram coragem de investir no documentoeletrônico, ainda desconhecido e passaram de merosobservadores passivos para atuar como o maisimportante protagonista”, confirmou.
Em seguida, o diretor do CNB-SP, Paulo RobertoGaiger Ferreira convocou todos os notários para quese transformem em Instalações Técnicas e assimemitam Certificados Digitais a toda a população. “OCNB-SP é o indutor intelectual e econômico da classee tem a responsabilidade de que todos assumam essaposição, pois o retorno será maior que o investimento”,finalizou.
Em seguida, formou-se uma ampla mesa com apresença dos diretores do CNB-SP, que falaram sobreas ações que a entidade vem tomando na defesa dointeresse da categoria em Brasília-DF, bem como ospróximos cursos e eventos que serão levados a todasas regiões do Estado.
Membros da diretoria do CNB-SP falam sobre asações institucionais da entidade aos participantes
do evento em Indaiatuba
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Posto avançado instalado no hotel Vitória emitiugratuitamente mais de 45 certificados aos tabeliães paulistas
AC Notarial emite certificadosdigitais em Indaiatuba
No fim de semana dos dias 19 a 21 foi realizado,com grande sucesso e cerca de 190 presentes, o XIVSimpósio de Direito Notarial, em Indaiatuba. Foramdebatidos diversos temas de relevância para o notariadoem geral, dentre eles a Certificação Digital, nodomingo, dia 21 - assunto este considerado um dosmais atuais pela maioria dos notários de São Paulo.
Como forma de fomentar ainda mais adisseminação do certificado digital, o Simpósio contoucom um posto da AC Notarial, para que dessa formatodos os tabeliães presentes no evento pudessem emitirseu certificado gratuitamente e aqueles que nãofossem tabeliães emitiriam com 50% de desconto. Noperíodo entre os painéis apresentados os participantesse dirigiam ao posto que permaneceu cheio boa partedo tempo.
Durante os três dias de evento foram emitidos 49certificados, com a mobilização daqueles queacreditam na futura necessidade desta tecnologia.“O progresso hoje é assustador e precisamos nosadaptar. Acho que quanto mais tivermos que atingir amodernidade e a segurança será uma maravilha, tantopara nós quanto para o Direito em geral”, afirmouLia Aparecida Xavier de Souza, 4º Tabeliã de Notas deCampinas.
João Batista de Souza, 1º Tabelião de Notas eProtesto de Americana, disse ter sido “muitoimportante e rápido. O Certificado Digital é algonecessário, é uma evolução que deve existir. Foi fácile prático por emitir o meu aqui no Simpósio. Fuimovido pela modernização, hoje temos que partir paratecnologias como essa”.
Posto de emissão da AC Notarialinstalado no hotel que abrigou o XIV
Simpósio de Direito Notarial promovidopelo CNB-SP
Funcionários da AC Notarial realizamuma das mais de 45 emissões gratuitasde certificados digitais
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Jornal do Notário – Como foi a sua escolha pelaprofissão de Notário?Jaques Ortiz - Eu trabalho em cartório desde os 13anos de idade. Trabalhei quatro anos em umcartório de São Caetano do Sul, de 1977 até 1981,mas nesta ocasião era auxi l iar e em cartóriopequeno você acaba fazendo todos os t ipos deserviço. Naquela época os cartórios também eramOfícios de Justiça, então também fazíamosprocessos cr iminais, o que tornava tudo muitointeressante, aprendia de tudo. Depois de um tempoa parte de ofício foi para o fórum, em São Caetano,então fui para o fórum também. Depois trabalheiseis anos numa empresa do Grupo Votorantin, naárea contábil, mas retornei ao Cartório de SãoCaetano, já em 1985 e fiquei lá até meu pai prestaro 1º Concurso para Tabelião de Notas, em 1991, noqual foi o 1º colocado para o 22º Tabelionato deNotas da Capital. Meu pai, Dr. Eleutério Ortiz (Dr.Leo) foi o primeiro tabelião concursado do Estadode São Paulo. Faleceu em 2007 e assumi comodesignado. Em um próximo concurso de notas quefor iniciado este tabelionato irá para remoção.
Jornal do Notário – Como vê a função do Tabeliãoatualmente? E como o senhor aval ia as novasatribuições dos Notários?Jaques Ortiz - Acho muito importante a função dostabeliães, pois é o que dá segurança às pessoas.Todos que vem ao cartório, com exceção deadvogados, são pessoas leigas, precisam deassessoria jurídica, de bom atendimento e segurançanos atos. O tabelião está justamente no papel deorientar, dar fé-pública às documentações. Creioque protege muito a população, pois hoje em diaexistem muitas fraudes, mesmo com os tabeliães,não imagino sem eles. Estudos sobre as novasatribuições já vinham de antes, e em 2007 quandosaiu a Lei 11.441/07 creio que mudou muito,desafogou o judiciário, que era muito lento. Em
Data da Instalação: 22/10/1940Nome Oficial: 22º Tabelião de Notas da Capital
Endereço: Avenida Brasil, 564, São PauloNome do Titular: Dr. Jaques Martins Ortiz
Nome do Substituto: Carlos de CamposE.mail: 22tabnotas@uol.com.br
Telefax: (11) 3056-6766
Ficha Técnica
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relação aos valores, é muito mais vantajoso realizarem cartórios de notas, o valor cobrado será omesmo, em alguns casos gratuitamente.
Jornal do Notário – Quais foram as principaismudanças realizadas na serventia após sua entrada?Jaques Ortiz - Em aparência procurei deixar osfuncionários mais a vontade, de forma que muitostêm sua própr ia sa la, como preferem. Quemtrabalha em conjunto está junto, mas a estrutura éa mesma desde que meu pai faleceu, a equipe é amesma, com exceção dos que faleceram e de duaspessoas apenas que entraram. Na verdade já vinhatudo muito bem organizado, eu era o substituto ejá cuidava das questões administrativas, meu paificava com parte de notas. O que estamos fazendosão adaptações de estrutura para a acessibilidadede deficientes físicos. Iniciamos as obras no últimoferiado (11 de junho).
Jornal do Notário – Como tem sido sua relação como CNB-SP ao longo da carreira?Jaques Ortiz - Minha relação com o CNB-SP é muitoboa, sempre fui muito bem recebido. No início ficavadeslocado, embora conhecesse muitas pessoas, queaté entraram no primeiro concurso com meu pai -eu, por intermédio, acabei conhecendo muita gente.
Antes de assumir como designado já freqüentava asreuniões, inclusive os simpósios. Então já tenho umrelacionamento bom. Antes iam poucas pessoas àsreuniões, hoje em dia estão mais bem freqüentadas.Nestas últimas reuniões o relacionamento melhoroubastante, não sei se é um interesse devido às últimasações. Os assuntos que estão em pauta estão trazendointeresse.
Jornal do Notário – O que o senhor achou da criaçãodas 16 regionais para descentralizar a administraçãodo CNB-SP?Jaques Ortiz - Esta é uma ótima idéia, foifundamental. Nas reuniões vinham muito poucaspessoas do interior, uma ou outra, pois é difícilpara quem está fora da cidade freqüentar osencontros aqui na Capital. Essa cr iação dasRegionais, além de unir os profissionais, uniu ostabeliães do interior, ou seja, todos do Estado,valorizar o pessoal do interior. Temos muito o queaprender com esses colegas. Como tem muitocartório com anexos, você aprende muita coisa.Quando comecei a trabalhar, conforme mencioneiantes, era tudo junto, então aprendi tudo. Achoque os tabel iães dessas regiões eram bastantecarentes para participar e serem ouvidos, e assimter a oportunidade de ampliar o conhecimento.
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22° Tabelionato de Notas de São PauloQuadro a Quadro
Os setores de certidões, contabilidade e contrato social doTabelionato de Notas administrado por Jaques Ortiz
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Os setores de entrada e a recepção do 22° Tabelionato de Notas da Capital
O Tabelião Jaques Ortiz ao lado dosubstituto Carlos de Campos, no 22°
Tabelionato de Notas da Capital
Escreventes trabalham em salasindividuais no 22° Tabelionato deNotas da Capital
O setor de reconhecimento de firmas do 22° Tabelionato de Notas da Capital
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Na região da Avenida Brasil, 22° Tabelionato da Capital atendeusuários e grandes empresas da cidade de São Paulo
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A fachada do 22° Tabelionato de Notas da Capital, administrado pelo Tabelião Jaques Ortiz
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O 22º Tabelionato de Notas da Capital foi instaladoem 1940, na Praça Clóvis, região central de São Paulo.A serventia está localizada em uma região nobre deSão Paulo, a Avenida Brasil, em uma casa tambémdatada de 1940 – uma feliz coincidência, de acordocom seu tabelião, Dr. Jaques Ortiz. A casa pertence àLiga das Senhoras Católicas e é um imóvel tombado.Todos estes aspectos tornam o 22º Tabelionato umlocal tranqüilo, bonito e bem organizado.
O primeiro tabelião de notas do cartório foi Dr.José de Arruda Botelho, avô do atual TabeliãoSubstituto, Carlos de Campos. “Meu avô foi nomeadonaquela época (1940) pelo governador do Estado deSão Paulo, Ademar de Barros”, lembra Campos. “Eleestudou muito e, quando foi aposentadocompulsoriamente, ficou desolado e faleceu”, recorda.
A escolha do endereço se deu pela pouca presençade Tabeliães no local - na época havia somente o 4ºtabelião de Notas da Capital -, por isso foi visto comoum ponto promissor que a cada dia abrigava maisescritórios e grandes empresas. “Minha vinda para ocartório foi por acaso, minha vida foi focada naadministração. No 2º ou 3º ano do curso de Direitoque cursava este cartório era do meu avô, mas não
tinha idéia da função. Havia um assessor jurídico quetrabalhava neste cartório e me convidou. Aceitei paraconhecer e acabei ficando até hoje, atualmente comosubstituto do Dr. Jaques”, recorda Campos.
A partir de 1991, com a Lei que regulamentou aprestação de concurso público para o cargo detabelião, o cartório foi assumido por Dr. EleutérioOrtiz, conhecido como Dr. Léo. Ele foi o primeirotabelião concursado do Estado de São Paulo. “Viemosdo 2º Tabelionato de Notas de São Caetano. Lá eu játrabalhava com ele como escrevente. Vim para SãoPaulo com meu pai quando ele assumiu em 1991. Elese realizou, pois nasceu para ser tabelião, trabalhoua vida inteira com essa profissão”, afirma Dr. JaquesOrtiz, atual tabelião designado do 22º tabelionato.
Atualmente a serventia tem 60 funcionários, sendo26 escreventes. O mais antigo deles é Duílio Roquedos Reis, com 59 anos como escrevente emtabelionatos. Destes anos todos, 56 somente no 22ºTabelionato. Lá são feitos, em menos de um mês,cerca de 30.000 autenticações e reconhecimentos defirma e mais de 140 escrituras, além deaproximadamente 100 procurações e mais de 110certidões.
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Lei 11.441/07 estabelece apresença de defensores públicosLei Federal n° 11.965/09 estabelece a obrigatoriedade dapresença de advogado ou defensor público para os atos deinventários, partilhas, divórcios e separações em cartórios
O governo federal reitera a obrigação deassistência por um advogado nos processos de partilha,inventário e separação ou divórcio consensuaisfirmados em cartório. Nesta semana, foi publicada noDiário Oficial da União a Lei nº 11.965, segundo aqual o tabelião só deve lavrar a escritura públicadesses procedimentos se as partes forem orientadaspor advogado ou defensor público. A partir de agora,aqueles que não tiverem condições de pagar por umadvogado podem pedir um defensor público para aquestão, assim como ocorre no Judiciário.
Para requerer o auxílio de um defensor público, ocidadão deve fazer uma declaração de próprio punhodizendo que não tem capacidade para pagar umadvogado e sobreviver. Mas se ficar demonstrado que
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a declaração é falsa, a parte pode respondercriminalmente. Desde 2007, a partir da edição da Leinº 11.441, quando o caso for simples, sem envolvermenores e sem discórdia em relação aos bens, épossível fazer a separação, divórcio, inventário oupartilha por meio de registro em cartório. Na prática,segundo Marcelo Martins Berthe, juiz auxiliar dapresidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), oadvogado orienta as partes sobre a possibilidade doprocedimento ser realizado por cartório, diz quaissão os documentos necessários para a escritura pública,faz a revisão da minuta e assina o ato notarial. "Otabelião, que obrigatoriamente é bacharel em direito,examina os documentos e confere fé pública ao ato",afirma Berthe.
LEI Nº 11.965, DE 3 DE JULHO DE 2009.Dá nova redação aos arts. 982 e 1.124-A da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973, que
institui o Código de Processo Civil.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei: Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a participação do defensor público na lavratura da escritura
pública de inventário e de partilha, de separação consensual e de divórcio consensual. Art. 2º Os arts. 982 e 1.124-A da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, passam a vigorar com
a seguinte redação: “Art. 982. ........................................................ § 1º O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem
assistidas por advogado comum ou advogados de cada uma delas ou por defensor público, cujaqualificação e assinatura constarão do ato notarial.
§ 2º A escritura e demais atos notariais serão gratuitos àqueles que se declararem pobres sob aspenas da lei.” (NR)
“Art. 1.124-A. ...........................................................................................................................................§ 2º O tabelião somente lavrará a escritura se os contratantes estiverem assistidos por advogado
comum ou advogados de cada um deles ou por defensor público, cuja qualificação e assinaturaconstarão do ato notarial.
.............................................................................” (NR) Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 3 de julho de 2009; 188o da Independência e 121o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA“Tarso GenroEste texto não substitui o publicado no DOU de 6.7.2009
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CAT nº 10, de 22.06.2009ITCMD - Extinção de usufruto por morte do usufrutuário -Não ocorrência do fato gerador do imposto
O Coordenador da Administração Tributária, tendoem vista o disposto no artigo 522 do Regulamento doImposto sobre Operações Relativas à Circulação deMercadorias e sobre Prestações de Serviços deTransporte Interestadual e Intermunicipal e deComunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490,de 30 de novembro de 2000, decide:
Fica aprovado o entendimento contido na Respostaà Consulta nº 152/2008, de 13 de maio de 2009, cujotexto é reproduzido a seguir, com adaptações:
1 - Oficial de Registro de Imóveis, Títulos eDocumentos e Civil de Pessoa Jurídica, tendo em vistaos requerimentos de averbação de cancelamento deusufruto decorrente de óbito do usufrutuário, indagase as isenções do ITCMD referentes à transmissão deimóveis e valores, previstas no artigo 6º, I, alíneas ae b , e II, alínea a , da Lei nº 10.705/2000 aplicam-seà extinção de usufruto.
2 - Para melhor entendimento da matéria,transcrevemos o dispositivo constitucional que outorgaaos Estados e ao Distrito Federal a competência paraa instituição do Imposto sobre Transmissão "CausaMortis" e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos -ITCMD, nos seguintes termos:
"Artigo 155 Compete aos Estados e ao DistritoFederal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquerbens ou direitos; (...)"
3 - No exercício dessa competência, o Estado deSão Paulo instituiu o imposto por meio da Lei 10.705/2000, que em seu artigo 2º dispõe:
"Artigo 2º O imposto incide sobre a transmissãode qualquer bem ou direito havido:
I - por sucessão legítima ou testamentária, inclusivea sucessão provisória;
II - por doação."4 - Conforme se verifica, no que se refere à
transmissão em decorrência da morte, para a leipaulista, somente ocorre o fato gerador do ITCMDquando o "de cujus" transmitir bens ou direitos aosseus herdeiros, sejam eles legítimos ou testamentários,ou ao legatário. Tanto é assim que a Lei 10.705/2000,ao tratar dos contribuintes do imposto na transmissão"causa mortis", somente se refere ao herdeiro e aolegatário (artigo 7º, inciso I), não havendo qualquerprevisão de exigência do imposto em relação àqueleque recebe bem ou direto em decorrência da morte
de outrem sem, no entanto, ser seu sucessorhereditário, ou em razão de testamento.
5 - É importante destacar que o usufruto é sempretemporário, sendo que, por força do artigo 1.410,inciso I, do Código Civil, no máximo será vitalício.Assim, sem prejuízo do disposto nos artigos 1.411 e1.946 do Código Civil, o usufrutuário não transmite,por sucessão hereditária ou testamentária, o direitode usufruto.
6 - Nesse sentido, com a morte do usufrutuário doimóvel, a propriedade plena se consolida na pessoado nu-proprietário. E, na legislação paulista, não háprevisão de incidência do ITCMD quando daconsolidação da propriedade plena, ou quando daextinção do usufruto.
7 - Vale lembrar que o direito de propriedade,embora possa ser cindido quanto ao seu exercício, éuno. Em virtude da própria natureza temporária dousufruto, o verdadeiro proprietário do bem, em últimaanálise, é o titular da nua-propriedade, já que aextinção do usufruto é inevitável.
8 - Releva considerar também que, mesmo que seconsidere a consolidação da propriedade pela extinçãodo usufruto como uma transmissão de "direitos", nãose trata de transmissão hereditária ou testamentáriade modo a ensejar a cobrança do ITCMD, ainda que,coincidentemente, o nu-proprietário seja herdeirolegítimo do usufrutuário.
9 - Assim, em conclusão, na situação apresentadanão há incidência do ITCMD.
Nota: Este texto não substitui o publicado noD.O.E. de 23.06.2009.
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ira Vale do Ribeira recebe a 4ª edição
do curso sobre Lei 11.441/07Evento realizado na cidade de Registro contou com apresença de cerca de 50 participantes e debateu aspectosjurídicos e tributários da nova legislação
Registro (SP) - Contando com a presença de cerca de50 participantes, o Colégio Notarial do Brasil – seção SãoPaulo (CNB-SP) realizou neste sábado (27.06) mais umtreinamento voltado à capacitação e integração dos notáriosde todas as regiões do Estado de São Paulo, com o objetivode difundir o conhecimento da atividade notarial e oaperfeiçoamento da prestação de serviços à população.
Coordenado pela Delegada Regional Tatiana Lyra, oCNB-SP realizou no Estoril Palace Hotel, na cidade deRegistro, o quarto, dos nove cursos já agendados pelaentidade, intitulado “Lei 11.441/07 – Aspectos Jurídicos
e Tributários”, que visa debater os pontos polêmicos danova legislação, assim como difundir o conhecimentopela nova prática que vem beneficiando a população emtodo o Brasil. A próxima edição do curso já está agendadapara o dia 25 de julho e suas inscrições já estão abertasno site do CNB-SP (www.cnbsp.org.br).
“O curso é realmente muito bom, já que a palestranteaborda os diversos aspectos relacionados à Lei 11.441/07 que ainda são pontos controvertidos e que acabamacontecendo no dia a dia do cartório”, disse a DelegadaRegional. “Além disso, o debate em torno dos aspectos
Auditório do Estoril Palace Hotel, em Registro, contou com aparticipação de grande público para acompanhar o curso
A Delegada Regional do CNB-SP no Vale do Ribeira, Tatiana Lyra, forma a mesaque coordenou os trabalho no evento promovido na cidade de Registro
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|capacitação|
mais polêmicos desta nova lei beneficiará a prática dosnotários para que proporcionem um atendimento aindamelhor aos usuários”, completou.
Responsável pela condução dos trabalhos, o vice-presidente do CNB-SP, Mateus Brandão Machado enalteceua mobilização dos tabelionatos da região que presenciarama palestra. “Esta é uma região com muitas peculiaridades,diferente do restante do Estado de São Paulo e acheimuito interessante esta ampla participação dos notários,o que revela uma busca pelo aperfeiçoamento”, disse,citando ainda a participação de inscritos de RibeirãoPreto e Curitiba-PR no evento.
Segundo a Delegada Regional, que já havia promovidoeventos de capacitação na região, a chegada do CNB-SPao Vale do Ribeira representa um novo rumo para orelacionamento da entidade com seus associados. “Achoque através das Delegacias Regionais o CNB-SP está seaproximando dos notários mais distantes de São Paulo,conhecendo situações peculiares que não são vistas naCapital e que podem contribuir para uma melhoria daatividade”, afirmou.
Café com o Presidente é realizado pela segunda vez enomeia novos Delegados Regionais
Antes do início do curso sobre a Lei 11.441/07, ostabeliães da regional reuniram-se com o vice-presidente daentidade e expuseram as peculiaridades do sistema notarialna região do Vale do Ribeira, principalmente relacionadoscom a falta de documentos de propriedade dos imóveis, quemuitas vezes inviabilizam a regularização de áreas na região.
Ainda durante o encontro matinal, Mateus BrandãoMachado nomeou mais três Delegados Regionais adjuntos,que auxiliarão a atual Delegada, na condução das questõesnotariais no Vale do Ribeira: Nemésio do Espírito SantoFerreira, Tabelião de Notas de Registro; Maria do SocorroLima de Queiróz, Tabeliã de Notas do Distrito de AnaDias, município de Itariri; e Márcio da Costa Castro,Tabelião de Notas de Juquiá.
“Acho que por ser um filho da região posso contribuirem transmitir nossas peculiaridades, que tornam o Valedo Ribeira uma região diferente das demais localidades”,disse Nemésio do Espírito Santo Ferreira. “Foi uma surpresamuito grande esta indicação, fico satisfeita de ver que otrabalho que realizamos pela Arpen-SP hoje é reconhecidono CNB-SP”, disse Maria do Socorro Lima de Queiróz.“Fiquei muito honrado e estou pronto a ajudar a Tatianano que for preciso, apesar de que ela já vem realizandoum grande trabalho aqui na região, promovendo acapacitação dos notários”, disse Márcio da Costa Castro.
Para a Delegada Regional, a ajuda dos novosDelegados adjuntos será bem vinda. “Esta escolha dosnovos delegados regionais vai ajudar a unir os colegas daregião, trazendo-os para as discussões que ocorrem naclasse”, disse Tatiana. “Espero a ampla participação de
O vice-presidente do CNB-SP, Mateus Brandão Machado,realiza a abertura do evento que contou com
participantes do Estado do Paraná
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Encontro da Diretoria do CNB-SP com os Tabeliães da região do Valedo Ribeira antecedeu à realização do evento de capacitação
todos eles para que juntos conseguimos evoluir e melhorara visão que se tem dos serviços no Vale do Ribeira”,completou.
Notários da região destacam iniciativa dos cursos regionaisAo todo 16 cidades da região do Vale do Ribeira,
totalizando 50 pessoas, participaram deste quarto cursopromovido pelo CNB-SP após a criação das DelegaciasRegionais. Muitos tabeliães estiveram presentes ao eventoe destacaram a importância de contar com a participaçãoda entidade no debate sobre a atividade notarial tambémno interior do Estado de São Paulo.
“Gostei muito do curso, pois trata-se de um ato novoque nos cartórios menores foi pouco praticado, entãonos ajuda a tirar dúvidas para que estejamos preparadosquando formos solicitados”, disse o Tabelião de Pedro deToledo, Daniel Paulo da Silva. “Quando fiz um inventáriotive algumas dúvidas e recorri a ajuda de um colega”,disse Benedita Elizabeth dos Santos Rosa, Tabeliã de Notasde Barra do Turvo. “Hoje pude esclarecer muitas dúvidase conhecer um pouco mais sobre estes novos atos”, disse.
Para o Tabelião de Notas de Miracatu, Luiz GustavoMontemór, a iniciativa de promoção dos cursos pelasregionais está se mostrando extremamente valiosa. “Éuma excelente iniciativa esta que o CNB-SP vem tendode levar os cursos para todas as regiões do Estado”,disse. “Tanto o debate em torno dos aspectos jurídicos,que ainda causam muitas dúvidas, quanto as discussõestributárias são importantes formas de melhorar emdiversos aspectos o serviço na região”, completou.
Participaram desta quarta edição do curso sobre aLei 11.441/07, notários e prepostos dos municípios deEldorado, Registro, Distrito de Ana Dias, Barra do Turvo,Cajati, Carapicuíba, Curitiba-PR, Ilha Comprida, Distritode Itapeúna, Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, PariqueraAçú, Pedro de Toledo, Distrito de Pedro Barros, RibeirãoPreto, além dos Registros de Imóveis de Registro, Miracatu,Cananéia, Juquiá e Jacupiranga.
A palestrante Karin Rick Rosa, falou sobre osaspectos jurídicos relacionados à Lei 11.441/07
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Curso debate aspectos jurídicos e tributários da nova LeiEncarregado de iniciar o evento promovido pelo CNB-
SP, a Delegada Regional Tatiana Lyra, cumprimentou todosos presentes e formou a mesa de abertura do encontro,que contou com o vice-presidente do CNB-SP, MateusBrandão Machado e os palestrantes Karin Rick Rosa, Leandrode Paula Souza, Rubens Harumy Kamoi, além da DiretoraRegional da Arpen-SP para o Vale do Ribeira, e agoratambém do CNB-SP, Maria do Socorro Lima de Queiróz.
Abrindo as palestras do dia, coube a Dra. Karin RickRosa abordar os aspectos jurídicos da Lei 11.441/07, quehá dois anos traz facilidades aos usuários que pretendemrealizar atos consensuais de separações, divórcios,inventários e partilhas. Em sua apresentação destacou asquestões da competência notarial, os objetivos da Lei11.441/07 – agilizar o trâmite, desafogar o Judiciário ereduzir custos para o cidadão -, a regulamentação da novalei, as questões envolvendo a presença e participação doadvogado, finalizando com as questões práticas e polêmicasdos atos de inventário e partilha e de separações e divórcios.
Ao final de sua apresentação foram sorteados peloCNB-SP e pelo Grupo Serac, quatro exemplares do livro"Escrituras Públicas – Separação, Divórcio, Inventário ePartilha Consensuais – Análise Civil, processual civil,tributária e notarial". Os tabelionatos participantes docurso também receberam exemplares da cartilha“Separações, Divórcios e Inventários no cartório”,distribuídos pelo CNB-SP.
Após um breve intervalo, os participantes passarama presenciar três apresentações sobre os aspectostributários da Lei 11.441/07. Abrindo a série de palestrasda segunda parte do curso, Leandro de Paula Souza trouxeas discussões a respeito do ITCMD, passando pelasdiscussões a respeito do imposto no ordenamento jurídicoanterior à Lei 11.441/07, o ITCMD na ConstituiçãoFederal, a vigência da Legislação Tributária, o ITCMD nalegislação paulista, questões de isenções, base de cálculodo imposto, prazo para recolhimento e o debate sobresituações especiais, como renúncia e contrato de doação.
Em seguida, Rubens Harumy Kamoi debateu asquestões do ITBI, como a previsão constitucional doimposto, momento da transmissão do bem imóvel,dissolução da sociedade conjugal e incidência do ITBIsobre o excesso de meação, considerando apenas oconjunto de bens. Substituindo José Carlos Martins, Kamoidebateu ainda aspectos da DOI e o Imposto de Rendasobre ganhos de Capital, a incidência sobre as escriturasde inventários, partilhas, divórcios e separações, aobrigatoriedade por parte do tabelionato de prestar asinformações, responsabilidade e definição de ganho.
Ao final da palestra os participantes iniciaram a seçãode perguntas e debates, com explanações das DelegadasRegionais Tatiana Lyra e Maria do Socorro Lima deQueiróz, além de diversas perguntas da platéia.
A Delegada Regional do Vale do Ribeira,Tatiana Lyra, realiza exposição ao lado da
recém empossada Delegada Maria doSocorro Lima de Queiróz
O palestrante Leandro de Paula Souzasubstituiu o advogado Antonio Herance
Filho na palestra sobre ITCMD
O advogado tributário Rubens HarumyKamoi falou sobre o ITBI e também sobre
a DOI no evento do Vale do Ribeira
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Abertas as inscrições para o cursoLei 11.441/07 em São José dos CamposEvento ocorrerá dia 08 de agosto e será a 6º edição docurso que passará por mais três regiões do interiorpaulista. Inscreva-se já e garanta a sua participação!
O Colégio Notarial do Brasil – seção São Paulo(CNB-SP) realizará no dia 08 de agosto, na cidade deSão José dos Campos, a 6ª edição do curso “Lei11.441/07 – Aspectos Jurídicos e Tributários”.Coordenado pela Delegada Regional, Laura Vissotto,a iniciativa tem como objetivo capacitar e esclarecerdúvidas a respeito da nova Lei que completa seusegundo ano de vigência.
Segundo Laura Vissoto, 1º Tabeliã de Notas de SãoJosé dos Campos, “o CNB-SP tem realizado cursosregionais para que todos os colegas do Estado tenhamas mesmas oportunidades de acesso às informações eàs ferramentas necessárias para o aprimoramento daqualidade na prestação dos serviços notariais em suasserventias”. “Além de promover a integração doscolegas da região, visa à padronização deprocedimentos e a melhoria da prestação de serviçosà comunidade”, diz.
“Com o advento da Lei 11.441/07, o notário passoua exercer também um papel fundamental para adesjudicialização de procedimentos, contribuindo para
Envie um e-mail para inscricoes@cnbsp.org.br com os dadosnecessários para inscrição e receba as informações complementaressobre o curso e forma de pagamento.
- Nome do Cartório- Nome completo dos participantes –RG – CPF – cargos, telefones eemails para contato
- Dúvidas - (11) 3122-6277 comTânia Maria
Investimento:
Associados CNB-SP: R$60,00
Estudantes: R$30,00
Não-associados: R$90,00
Palestrantes:Plantão de DúvidasGrupo Serac
Aspectos Jurídicos (14h às 16h)
Dra. Karin Rick Rosa(Advogada, Assessora Jurídica do ColégioNotarial do Brasil – Conselho Federal, Mestre emDire i to Púb l i co , E spec ia l i s ta em D i re i toProcessual Civil, Professora de Direito Civil docurso de graduação e Coordenadora da pós-graduação Especialização em Direito Notarial eRegistral da Universidade do Vale do Rio dos SinosUn i s i no s – RS , P ro fe s so ra do cu r so deespecialização do Instituto Brasileiro de EstudosJurídicos – IBEST, co-autora do livro "Escrituras
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desafogar o Poder Judiciário. Diante disso, é muitoimportante a conscientização dos colegas sobre anecessidade de investimento na capacitação técnica dosescreventes e nas instalações físicas das serventias paraque possamos cumprir bem esse novo papel e buscarnovas atribuições para os notários”, afirma a tabeliã.
De acordo com a programação do evento, haveráa realização de aulas em duas partes, a primeira teráinício às 14h e focará os aspectos jurídicos e práticosda Lei 11.441/07, sendo ministrada pela assessorajurídica do Colégio Notarial do Brasil – ConselhoFederal, Dra. Karin Rick Rosa. A segunda parte docurso terá início às 16h30 e abordará a legislaçãotributária pertinente à Lei, esta parte ficará a cargodos advogados do Grupo Serac, coordenados pelo Dr.Antonio Herance Filho.
Haverá, para aqueles que tenham interesse, umPlantão de Dúvidas totalmente gratuito, no qualestarão à disposição os advogados do Grupo Serac.Este plantão não está vinculado com o conteúdoprogramático do curso.
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Curso: “Lei 11.441/07 – Aspectos Jurídicos eTributários”Data: 08.08.2009Horário: 14h às 18h30Local:Mercure Hotel – Av. Jorge Zarur, 81,Torre II – Jardim Apolo - Fone: (12) 3904-2310Site: http://www.accorhotels.com.br/guiahoteis/Mercure/hotel_loc.asp?cd_hotel=189
Ficha Técnica
Públicas – Separação, Divórcio, Inventário ePartilha Consensuais – Análise Civil, processualcivil, tributária e notarial", editado pela RT)
Aspectos Tributários(16h30 às 18h30)
Dr. Antonio Herance Filho(Advogado, especialista em Direito Tributáriopela Pontifícia Universidade Católica de SãoPaulo, em Direito Constitucional e de Contratospelo Centro de Extensão Universitária de SãoPaulo e em Direito Registral Imobiliário pelaPontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.Professor de Direito Tributário em cursos de pós-graduação, co-autor do livro "Escrituras Públicas– Separação, Divórcio, Inventário e PartilhaConsensuais – Análise Civil, processual civil,tributária e notarial", editado pela Revista dosTribunais, autor de vários artigos publicados emperiódicos destinados a Notários e Registradores.
É diretor do Grupo SERAC, colunista e co-editordo INR - Informativo Notarial e Registral.)
Dr. José Carlos Martins(Advogado, economista, pós-graduando emDireito do Trabalho pela PUC – PontifíciaUniversidade de São Paulo, diretor do GrupoSERAC e colunista do Boletim Eletrônico INR.)
Dr. Rubens Harumy Kamoi(Advogado, especialista em Direito Tributáriopela PUC-SP, especialista em Direito ProcessualCivil e em Direito do Trabalho pelo Centro deExtensão Universitária, consultor da EditoraFiscosoft, colunista do Jornal da ArpenSP e doBoletim Eletrônico INR. É, ainda, coordenador doescritório Kamoi Advogados Associados e diretordo Grupo SERAC.)
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