incêndios e explosões

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Prevenção e Perdas: Incêncios e Explosões

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Acadêmicos : Angélica Benedetti Bruna Favassa

Guilherme Karkling William Romanzini

Disciplina: Prevenção de Perdas

INCÊNDIOS E EXPLOSÕES

TÓPICOS BORDADOS

Definições básica;

Legislação;

Causas e Consequências;

Cuidados;

Casos;

FOGO

Definição: o fogo é uma mistura de gases a altas temperaturas, formada em reação exotérmica de oxidação, que emite radiação eletromagnética nas faixas do infravermelho e visível;

Fogo desejável;

Fogo indesejável;

INCÊNDIO

Definição: Um Incêndio é uma ocorrência de fogo não controlado.

Pode ser extremamente perigosa para os seres vivos e as estruturas

A exposição a um incêndio pode produzir a morte.

INCÊNDIO

Tipos de incêndio: Acidental; Intencional Natural;

Fogo x Incêndio: A área atingida; As dimensões da destruição que o mesmo causou; A localização do mesmo.

PERIGO DE INCÊNDIO

Ponto de vista da engenharia: “Uma situação física com potencial dano humano, à

propriedade, ao meio ambiente ou uma combinação destes.”

É uma característica qualitativa;

Serve como alerta.

RISCO DE INCÊNDIO

Medida quantitativa.

Engenharia: “A probabilidade de um evento específico indesejável de

ocorrer dentro de um período determinado ou em circunstâncias estipulada.”

Frequência (eventos/tempo);

Probabilidade;

RISCO DE INCÊNDIO

Métodos utilizados para quantificar o risco de incêndio:

Índice de Angstron (Incêndio Florestal):

Método de Gretener (Incêndio em edificações):

EXTINÇÃO DE INCÊNDIO

Os métodos de extinção do fogo baseiam-se na eliminação de um ou mais dos elementos essenciais que provocam o fogo: Combustível: interromper alimentação ;

Oxigênio: impedir o contato do oxigênio com o material combustível;

Calor: consiste em diminuir a temperatura do material combustível que está queimando;

Reação em cadeia: alguns retardantes químicos, como o Halon, retardam a oxidação em cadeia.

EXTINÇÃO DE INCÊNDIO

CLASSIFICAÇÃO DO FOGO NR 23

Classe A: são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos. Ex: tecidos, madeira, papel, fibra, etc.;

Classe B: são os produtos que queimem somente em sua superfície, não deixando resíduos. Ex: óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.;

CLASSIFICAÇÃO DO FOGONR 23

Classe C: fogo em equipamentos elétricos energizados. Ex: transformadores, fios sob tensão, computadores.

Classe D: fogo em elementos pirofóricos. Ex: magnésio, zircônio, titânio, entre outros.

TEMPERATURAS

Ponto de Fulgor: é a menor temperatura na qual um combustível desprende vapores em quantidade suficiente para que a mistura vapor-ar, logo acima de sua superfície, propague uma chama a partir de uma fonte de ignição, mas esses vapores não estão presentes em quantidade suficiente para manter a combustão.

TEMPERATURAS

Ponto de Combustão: é a temperatura do combustível acima da qual ele desprende vapores em quantidade suficiente para serem inflamados por uma fonte externa de calor e continuarem queimando, mesmo quando retirada esta fonte de calor.

Ponto de Ignição: é a temperatura mínima na qual o produto irá queimar sem que uma chama ou faísca esteja presente, somente o contato com o comburente.

CLASSIFICAÇÃO DOS COMBUSTÍVEIS

Quanto ao estado físico: Sólidos: carvão, madeira, pólvora, etc. Líquidos: gasolina, álcool, éter, óleo, etc. Gasosos: metano, etano, etileno, etc.

Quanto a volatilidade: Voláteis: são aqueles que, à temperatura ambiente,

podem ser inflamados. Ex: álcool, éter, benzina, etc. Não voláteis: são aqueles que, para desprenderem

vapores capazes de inflamar, necessitam aquecimento acima da temperatura ambiente. Ex: óleo combustível, óleo lubrificante, etc.

CLASSIFICAÇÃO

Gás Combustível – é o gás que queima a qualquer temperatura.

Líquido Combustível – qualquer líquido que tenha ponto de fulgor igual ou superior a 60ºC e inferior a 93ºC.

Sólidos Pulverizados – Partículas em suspensão no ar que se comportam como gases inflamáveis podendo provocar explosões.

CLASSIFICAÇÃO

Líquido Inflamável – qualquer líquido que tenha ponto de fulgor inferior a 60ºC. Ex: gasolina, álcool etílico, etc.

Sólidos Combustíveis – necessitam ser aquecidos até emitir vapores por destilação e geralmente a sua temperatura de combustão situa-se acima dos 100ºC.

Limite de inflamabilidade no ar: são as concentrações de vapor ou de gases no ar, abaixo ou acima das quais a propagação da chama não ocorre.

CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

 Quanto a resistência ao fogo: Estável ao fogo (EF): elemento de construção

que tenha uma função de suporte; Para Chamas (PC): é o elemento que irá garantir

as funções de estabilidade e estanquidade; Corta Fogo (CF): dispositivo que garanta as

funções de estabilidade, estanquidade e isolamento térmico.

resistência mecânica

resistência mecânica + estanquidade aos gases e

chamas + ausência de emissão de gases e chamas pelo lado

não expostoresistência mecânica + estanquidade aos gases e chamas + ausência de emissão de gases e chamas pelo lado não exposto +

isolamento térmico

NFPA (NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION)

É o sistema recomendado para a identificação de perigos de fogo em materiais.

Prevê informações de advertência básica para o combate ao fogo em plantas industriais e estocagem.

Tem como parâmetros itens avaliados do grau 0 a 4:

Perigo à saúde InflamabilidadeInstabilidade

NFPA

Perigo à saúde:

Graus de perigo: os critérios de cada grau de perigo estão listados em uma ordem de prioridade baseada na probabilidade de exposição. Devem-se considerar todas as vias de exposição.

Grau 0: Materiais que, sob condições de emergência, não oferecem perigos maiores do que quaisquer materiais combustíveis.

Grau 4: Materiais que, em condições de emergência, podem ser letais.

NFPA

Inflamabilidade

Graus de perigo: Os graus de perigos devem ser classificados quanto à susceptibilidade do material ao fogo.

Grau 0: Materiais que não queimam. Isto inclui qualquer material que não entra em combustão com o ar quando exposto a uma temperatura de 815,5ºC por um período de 5 minutos.

Grau 4: Materiais que irão vaporizar rapidamente ou completamente à temperatura ambiente e pressão atmosférica, irão queimar facilmente.

NFPA

Instabilidade

Graus de Perigo: Os graus de perigos devem ser classificados de acordo com a facilidade, a taxa e a quantidade de energia liberada.

Grau 0: Materiais que são normalmente estáveis, mesmo em condições de fogo.

Grau 4: Materiais que são capazes de detonar ou sofrer decomposição explosiva ou reação explosiva, rapidamente, a temperaturas e pressões normais.

Os métodos de extinção tem como objetivo eliminar um dos fatores necessários para a ocorrência do fogo.

Abafamento ou asfixia Arrefecimento Dispersão ou carência Inibição

EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS

Para promover a extinção podem ser utilizados dispositivos como:

Extintores

Hidrantes

Chuveiros automáticos (Sprinklers)

Extintores de incêndio são equipamentos para pronto emprego em incêndios incipientes (principio).

Podem ser classificados das seguintes maneiras: Quanto a gênero. Quanto a nomenclatura. Quanto a propulsão.

EXTINTORES DE INCÊNDIO

Quanto a gênero: Portáteis.

Sobre rodas.

Quanto a nomenclatura: recebem nesse caso o nome do agente extintor. Extintores de água.

Extintores Água-Gás.

Extintores de gás carbônico CO2.

Extintores de espuma química Reação entre sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio

estabilizados por alcaçuz.

Extintores de espuma mecânica. Reação entre água, ar e extrato de AFFF/FFFP (fi lmo-forming

foam Aqueous/ fluoroprotein )composto de flúor e carbono,

Extintores de hidrocarbonetos halogenados. Conhecidos também como halon geralmente com um gás

liquefeito em seu interior. Flúor. Cloro. Bromo. Iodo. Argonite. Inergen. FM 200. FE13.

Extintores de pó químico seco. Pressurizados. A pressurizar.

Bicarbonato de sódio. Bicarbonato de potássio. Cloreto de potássio. Fosfato de amônio.

Extintores de pó químico para metais: Cloreto de sódio e aditivos.

Aditivos termoplásticos.

Misturas de areia seca e limalha de ferro.

Extintor de pó químico umedecido. Solução de água com:

Acetato de potássio. Carbonato de potássio. Citrato de potássio. Combinação desses compostos.

Quanto a propulsão: Extintores pressurizados.

Extintores a pressurizar.

Extintores químicos.

O incêndio pode ser classificado em classes. Classe A: combustíveis sólidos comuns. (madeira, papel,

tecido, borracha, plástico.) Classe B: líquidos combustíveis ou inflamáveis. (gasolina,

óleos, graxas, tintas, éter, álcool, acetona, lubrificantes, ceras, etc.)

Classe C: equipamentos elétricos energizados. Classe D: envolve metais pirofóricos combustíveis. Classe K: envolve óleos e gorduras em cozinha.

Hidrantes públicos: são colocados junto a rede de distribuição pública, possibilitando a capitação de grande quantidade de água de maneira rápida pelos bombeiros. Hidrantes de coluna. Hidrantes subterrâneos.

HIDRANTES

Hidrantes de recalque: são aqueles instalado no logradouro público sendo interligados ao sistema de combate de incêndios preventivos (sprinkler).

São dispositivos automáticos que agem no combate a incêndios. Pendente (pendent sprinkler). Em pé ( upright sprinkler). Lateral de parede ( sidewall sprinkler).

SPRINKLER

Podem funcionar nos sistemas: Abertos: conhecidos como dilúvio, não possuem obturador

estando abertos constantemente a passagem de água. Automáticos: possuem um obturador e um elemento

termossensível. Nesse caso há passagem de água automática e de forma individual.

SPRINKLER

Pode ser utilizados outros agentes extintores além da água em sprinklers.

SPRINKLER

Utilização de aviões e helicópteros. Água. Sulfato de amônio. Diamônia fosfato. Borato de cálcio e sódio.

OUTRAS MEDIDAS

Ataque direto.

Ataque indireto.

OUTRAS MEDIDAS

EXPLOSÕES

Explodere: expulsar ruidosamente;

Reação química rápida e em cadeia;

Fenômenos envolvidos: Deflagração Detonação

MECANISMO DA EXPLOSÃO

Aumento de energia cinética

Onda explosiva

Quebra das ligações moléculas

Liberação de energia

Aumento da pressão

Estímulo exterior

ORIGEM DAS EXPLOSÕES

Químicas Fase sólida Fase líquida Fase gasosa

Físicas Pneumáticas Gases sob pressão Hidraúlicas Liquídos sob pressão Mecânicas Ruptura/desintegração de uma estrutura

Nucleares

EFEITOS DA EXPLOSÃO

Fisiológicos : Indivíduos atingidos

Térmicos: Aumento da Temperatura

Mecânicos: Deslocamento da matéria

EFEITOS

Deflagração Velocidade na ordem de metros ou centenas de metros de

distância por segundo Onda toma toda a superfície do material

Detonação Velocidade na ordem de Km de distância por segundo Onda longitudinal

FATOS: TAIWAN, 2000

Em janeiro de 2000, um incêndio rompeu devido a uma explosão química em uma fábrica química em Changhua County, Taipé, Taiwan.

Vista geral da torre de destilação, após a explosão.

FATOS: TAIWAN, 2000

POSSÍVEL CAUSA Um trabalhador ligou a furadeira elétrica e causou a explosão

de uma nuvem do vapor confinada na torre, era vapor de tolueno;

Consequências: Formação do Bleve Explosão de vapor em expansão de líquido em ebulição;

Resina Epóxi espalhada próxima ao local da explosão.

FATOS: TAIWAN, 2000PREVENÇÃO

Classificação das áreas para proteção contra explosão;

Uso instrumento elétrico antiestático/antideflagrante;

Verificação da concentração de vapores inflamáveis antes de iniciar atividades com geração de calor;

FATO: SÃO PAULO, 1991

Em 26 de agosto de 1991, uma sequência de explosões destruiu o depósito e a plataforma de engarrafamento da Ultragaz localizado no bairro da Mooca, São Paulo.

O fogo ficou concentrado no setor onde estavam depositados 3.500 botijões de 13 Kg.

O problema foi gerado no Sistema de Engarrafamento, não estando relacionado aos botijões.

FATO: SÃO PAULO, 1991

PLANO DE EMERGÊNCIA DA EMPRESA

A primeira providência dos funcionários da empresa foi fechar as válvulas que ligam a plataforma atingida aos seis reservatórios de 60 toneladas de GLP cada.

Quando as 20 viaturas do Corpo de Bombeiros chegaram, 15 minutos depois, os 35 homens da brigada de incêndio da empresa já combatiam as intensas labaredas.

FATO: SÃO PAULO, 1991

• ESTIMATIVA DE PREJUÍZOS:

US $ 1.000.000,00

DANOS MATERIAIS:

05 caminhões da Ultragaz08 automóveis estacionados na rua Dezenas de casas tiveram seus telhados destruídos.

FATO: VOLKSWAGEN, 1970

Em 18 de dezembro de 1970, um incêndio de grandes proporções irrompeu na ala 13 das instalações industriais da Volkswagen do Brasil, no km 23 da Via Anchieta, em São Bernardo do Campo.

Área delimitada em amarelo foi totalmente destruída - 300 m x 100 m;

30 m de altura, 03 andares

FATO: VOLKSWAGEN, 1970

Em 18 de dezembro de 1970, um incêndio de grandes proporções irrompeu as instalações industriais da Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo.

No combate as chamas foram utilizadas aproximadamente 1.000 bombeiros que revezaram em turnos.

FATO: VOLKSWAGEN, 1970

Causa oficial: Curto circuito nos estoques de estofados, material de fácil combustão, por ser feito à base de borracha, espuma e plástico;

O prejuízo na época foi de Cr$ 200 milhões (US$ 41 milhões dólares);

LEGISLAÇÃO: NR 23

Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis;

O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre: Utilização dos equipamentos de combate ao incêndio; Procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com

segurança; Dispositivos de alarme existentes.

Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência.

LEGISLAÇÃO: NR 23

As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída.

Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de trabalho.

As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que permitam fácil abertura do interior do estabelecimento.

REFERÊNCIAS

STAIDEL, G. PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E EXPLOSÕES LEVANTAMENTO DE RISCOS PRODUTOS INFLAMÁVEIS

RISCO DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO - E.B. 2,3 António Bento Franco – Ericeira HSST - Prof.ª Isabel Lourenço

Manual de Produtos Químicos –CETESB; SP.http://www.areaseg.com/fogo/http://www.casaolivetti.com.br/classes.htmlNR 23(10/05/2011)-Proteção contra incêndios;Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal:

Manual básico de combate a incêndio, Módulo 5- Segurança Contra Incêndio. 2006

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