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Impact Evaluation 4 Peace24-27 Março 2014, Lisboa, Portugal

Métodos Experimentais

Caio PizaEconomista

DIME/Banco MundailLatin America and the Caribbean’s Citizen SecurityTeam

Provocações!

1. Você acha que o seu projeto é um sucesso ou vai se tornar quando sair do papel? Sim!

2. Se o governo quiser universalizar um programa que não possou por uma avaliação rigorosa, qual será o seu conselho?

2

Avaliação de Impacto: como identifico o impacto do programa?

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Objetivos de uma AI

• Identificar o efeito causal da política

• O programa funciona? Para quem?

• Há alternativas?

• Implementar o que funciona melhor a um custo mais baixo

• O OBJETIVO NÃO É JULGAR O PROGRAMA E OS SEUS RESPONSÁVEIS, MAS TORNÁ-LO MAIS EFETIVO

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Erros comuns… mas evitáveis!

• Correlação implica causalidade;

• Análise do tipo ‘antes e depois’ informa o impacto do programa;

• Qualquer grupo de controle é um bom/válido grupo de controle;

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• ‘Refrigerante diet engorda porque apenas pessoas acima do peso bebem’

• Casamento é uma questão de saúde pública já que ‘homens que casam engordam’

• ‘Excesso de cafeina pode causar câncer’ • ‘O Bolsa Família reduziu a pobreza’• Um programa desenhado para controlar uma epidêmia deve

ser descontinuado já que o número de infectados aumentou

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Correlação vs. causalidade

Erros comuns… mas evitáveis!

• Correlação implica causalidade;

• Análise do tipo ‘antes e depois’ informa o impacto do programa;

• Qualquer grupo de controle é um bom/válido grupo de controle;

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2007 20090

2

4

6

8

10

12

14

Grupo de TratamentoTreatment Group

8

(+6) aumento nos lucros

2007 2009

Um programa de crédito foi oferecido em 2008.

Efeito positivo?

Grupo de tratamento

Antes e depois

0

2

4

6

8

10

12

14

Before After

Control Group

Treatment Group

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(+) Impacto do programa

(+) Impacto de outros fatores (externos)

Antes Depois

Grupo de controleGrupo de tratamento

Antes e depois

Erros comuns… mas evitáveis!

• Correlação implica causalidade;

• Análise do tipo ‘antes e depois’ informa o impacto do programa;

• Qualquer grupo de controle é um bom grupo de controle;

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VS.

Eike Batista Anônima – beneficiária do Bolsa Família

Qualquer grupo de controle é um bom grupo de controle?!

Qualquer grupo de controle é um bom grupo de controle? NÃO!!!

• O desafio é encontrar um bom grupo de controle– Os grupos devem ser parecidos em características

observáveis e não-observáveis– Como garantir isso?!

• Ideal: método experimental• Plano B: método não-experimental

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Desenho Experimental

• Todos os participantes do estudo têm a mesma chance de estar no grupo de tratamento ou de controle

• Intencionalmente, os grupos de tratamento e de controle têm as mesmas características (observadas e não observadas), na média– A única diferença é o tratamento

• Com grandes amostras, todas as características convergem para a média populacional

• Estimativas de impacto não enviesadas

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Formas Alternativas de Aleatorização

• Sorteio – (apenas alguns entram no programa)

• Entrada gradual – (todos entram eventualmente)

• Variação no tratamento – (cobertura integral, diferentes opções)

• Desenho de incentivo (no caso de adesão parcial)– Todos podem entrar, alguns são encorajados a fazê-lo

Sorteio (apenas alguns entram no programa)

Sorteio para ter acesso a materiais esportivos doados por uma empresa esportiva (Nike, Adidas etc.)

Entrada gradual (entrada ao longo do tempo – phase in)Alguns crianças recebem transporte gratuito primeiro pois

não há micro-ônibus para atender todas as escolas e crianças

Variação no tratamento Algumas crianças recebem um aulas mais intensivas (mais

horas ou dias) por semana e os demais as aulas que são dadas regularmente

IncentivoUm grupo de crianças recebe transporte gratuito para se

deslocarem da escola as Vilas Olímpicas

1515

Exemplos

Loteria entre os elegíveis

Deve receber o programa

Inelegível para o programa

Aleatorizar quem recebe o programa

Oportunidades para a aleatorização (1)

• As limitações orçamentárias impedem a cobertura integral– A distribuição aleatória (sorteio) é justa e

transparente• Capacidade limitada de implementação– A introdução gradual oferece a todos a mesma

chance de serem os primeiros• Inexistência de evidências sobre qual a melhor

alternativa– Distribuição aleatória para alternativas com a mesma

chance ex ante de sucesso

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Oportunidades para a aleatorização (2)

• Adesão ao programa existente não é completa– Fornecer informações ou incentivos para a adesão de

alguns

• Um novo programa piloto– Boa oportunidade de testar o desenho antes de

expandi-lo

• Mudanças operacionais em programas em andamento– Boa oportunidade de testar as mudanças antes de

expandi-las– Introduzir innovaçoes de manera aleatoria

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Aleatorizaçãoem diferentes níveis

– Individual (crianças)– Modalidades (futebol, luta,

dança etc.)– Turmas

– Vilas Olímpicas– Comunidades– Distritos/Bairros

Aleatorização individualou em grupo?

• A aleatorização é feita no mesmo nível de intervenção

• Mais fácil obter amostras grandes o bastante se os indivíduos forem aleatorizados

Aleaorização individual Aleaorização de grupos

Unidade de Aleatorização

• A aleatorização em nível mais alto (e.g. escola ou VO) às vezes é necessária:– Limitações políticas a tratamentos diferenciados na

comunidade– Limitações práticas – confusão para implementar

diferentes versões– Os efeitos sobre unidades vizinhas podem demandar uma

aleatorização em nível mais alto

• Aleatorizar ao nível de grupo requer muitos grupos por causa da correlação dentro da comunidade

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Elementos do desenho experimental

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Validade Externa e Interna (1)

• Validade externa– A amostra é representativa da população total– Os resultados na amostra representam os resultados na

população– Podemos aplicar as lições a toda a população

• Validade interna– O efeito estimado da intervenção ou do programa sobre a

população avaliada reflete o impacto real naquela população

– Ou seja, os grupos de intervenção e de controle são comparáveis

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Validade Externa e Interna(2)

• Uma avaliação pode ter validade interna sem validade externa

– Exemplo: extrapolar os resultados de uma avaliação randomizada de um incentivo às empresas informais na área urbana para se registarem para um programa semelhante nas áreas rurais

• Uma avaliação sem validade interna não pode ter validade externa

– Se você desconhece se um programa funciona em um local, então você não sabe nada sobre se ele funciona em qualquer outro lugar.

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Validade externa & interna

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Randomização

Randomização

População NacionalPopulação Nacional

Amostras da População Nacional

Amostras da População Nacional

Validade interna (APENAS?)

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Estratificação

Randomização

PopulaçãoPopulação

Estrato do PopulaçãoEstrato do PopulaçãoAmostras do Estrato

da PopulaçãoAmostras do Estrato

da População

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Representativo porém enviesado: inútil

População Nacional População Nacional

Distribuição EnviesadaINÚTIL!

Distribuição EnviesadaINÚTIL!

Randomização

Exemplo: programa para um público específico, validade interna

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Distribuição Randômica

Amostra de crianças vulneráveis

Vantagens dos “experimentos”

• Impacto causal claro e confiável

• Em relação a outros métodos– Muito mais fácil de analisar– Mais barato (tamanhos menores de amostra)– Mais fácil de explicar– Mais convincente para os formuladores de política– Metodologicamente incontroverso

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E se houver restrições sobre a aleatorização?

• Limitações orçamentárias: randomizar entre os mais necessitados

• Limitações de capacidade de implantação: randomizar quem recebe primeiro... (ou a seguir se você já houver começado)

• Promover (propaganda mesmo!) o programa aleatoriamente para alguns, não para outros... (participantes fazem suas próprias escolhas sobre adoção)

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Divulgação Aleatória (Desenho de Encorajamento)

• Quem recebe a divulgação tem maior chance de participar

• Como quem recebe foi escolhido aleatoriamente, não há relação com características observáveis não observáveis dos participantes– Compare os resultados médios dos dois grupos:

com / sem divulgação– Efeito da oferta do programa (Intenção de Tratar)– Efeito da intervenção (Tratamento Médio no Tratado)– ATT= efeito da oferta do programa / proporção dos

que aderiram

AleatorizaçãoAlocado para tratamento

Alocado para controle

Diferença Impacto: efeito médio do tratamento sobre os tratados

Não-tratados

Tratados

Proporção tratada

100% 0% 100%Impacto da alocação

100%

Resultado médio

103 80 23Estimativa da intenção de tratar

23/100%=23Tratamento médio sobre os tratados

Incentivo randômicoIncentivados

Não incentivados

Diferença Impacto: efeito médio do tratamento sobre os que aderiram

Não tratados (não aderiram)

Tratados (aderiram)

Proporção tratada

70% 30% 40%Impacto do incentivo

100%

Resultado 100 92 8Estimativa da intenção de tratar

8/40%=20Tratamento médio sobre os que aderiram

Cuidado com…

• Cálculo incorreto da amostra– Randomizar um distrito para tratamento e outro

para controle e calcular o tamanho da amostra sobre o número de pessoas que forem entrevistadas

• Coleta de dados diferentes no tratamento e no controle

• Contagem dos que foram distribuídos para tratamento mas não aderiram ao programa como controle – não desfaça sua randomização!!!

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2/1/10

Quando é que é realmente impossível?

O tratamento já foi alocado e anunciadoe não há possibilidade de expansão do

tratamento

O programa já acabou (retrospectiva)

Já há adesão universal*

O programa é nacional e não exclui ninguém*

A amostra é muito pequena para ser válida3535

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