iii colóquio internacional sobre seguros e fundos de pensões as polÍticas de investimentos das...

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III Colóquio Internacionalsobre

Seguros e Fundos de Pensões

AS POLÍTICAS DE INVESTIMENTOS DAS EMPRESAS

DE SEGUROS E DOS FUNDOS DE PENSÕES

Gabriel Bernardino

Instituto de Seguros de Portugal

7 de Julho de 2004

SumárioSumário

1. As diferentes abordagens regulamentares às políticas de investimento

2. Princípios aplicáveis à definição das políticas de investimento

3. Regras quantitativas prudenciais

4. Requisitos de governação

5. Processo de supervisão

1. As diferentes abordagens

regulamentares às políticas

de investimento

Abordagem Tradicional

Baseada num conjunto alargado de limites e regras

quantitativas

Abordagem “Prudent Person”

Baseada apenas em princípios qualitativos

Nova Abordagem introduzida em Portugal

Princípios base qualitativos

Prudent Person Plus

+Regras

quantitativas prudenciais

Prudent Person Plus

• Traduz uma abordagem mais moderna e que vai de encontro às melhores práticas internacionais

• Fundos de pensões (Directiva 2003/41/CE)

• Seguros (em estudo no projecto Solvência 2)

Fundos de pensões (2002)

Empresas de seguros

(2003)

Introduzir uma maior flexibilidade – os operadores devem poder tirar partido da evolução nos mercados financeiros (novas técnicas de gestão activo/passivo e crescente sofisticação dos produtos financeiros)

Reforçar os requisitos de governação – desenvolvendo uma abordagem orientada para o risco que encoraje os gestores a melhor identificar, mensurar, mitigar e controlar os riscos de investimento O objectivo final é incrementar o nível global de

protecção dos interesses dos consumidores

Principais objectivos da abordagem “Prudent Person Plus”

2. Princípios aplicáveis à

definição das políticas de

investimento

Princípios aplicáveis à definição das políticas de investimento

“... deve ser definida uma política de investimento

baseada em regras e procedimentos que um

gestor sensato, prudente e conhecedor aplicaria

no sentido de prosseguir uma gestão no exclusivo

interesse dos representados, de evitar um

inadequado risco de perda e de obter um

rendimento adequado ao risco incorrido.”

Princípios aplicáveis à definição das políticas de investimento

Adequada diversificação e dispersão, evitando uma excessiva dependência de um único activo ou emitente

Selecção criteriosa das aplicações (risco intrínseco e risco de mercado)

Prudência na percentagem das aplicações em activos com um elevado grau de risco

Limitação a níveis prudentes das aplicações que apresentem reduzida liquidez

As políticas de investimento As políticas de investimento devem ser formuladas

por escrito e devem identificar:

Os limites de exposição a diferentes tipos de aplicações (por contraparte, por sector, por área geográfica, por tipo de instrumento, por moeda)

A possibilidade de uso de instrumentos derivados e de operações de reporte e de empréstimo de valores

As aplicações eventualmente proibidas e demais restrições à política de investimento

As políticas de investimento

Os benchmark’s eventualmente estabelecidos como padrão de comparação para a análise do desempenho da gestão dos investimentos, se existirem

As estratégias a prosseguir em matéria de intervenção e exercício do direito de voto nas sociedades emitentes

O operador deve avaliar a adequação da política de investimento pelo menos de três em três anos

3. Regras quantitativas

prudenciais

Regras quantitativas prudenciais

Exposição accionista – pode ser excedida mediante estudos de ALM

Instrumentos não cotados – pode ser excedida se existir uma política adequada de mitigação do risco de crédito e do risco de liquidez

Fundos de investimento não harmonizados – pode ser excedida se tiverem características similares aos harmonizados

Regras quantitativas prudenciais

Exposição ao imobiliário

Activos expressos em moeda distinta das responsabilidades – pode ser excedida se existir uma política adequada de mitigação do risco cambial

Investimento num único emitente

Investimento em emitentes do mesmo grupo

Auto-investimento (nos fundos de pensões)

4. Requisitos de governação

Empresas de Seguros e Sociedades Gestoras de

Fundos de Pensões

Devem possuir procedimentos internos, formulados por escrito, que estabeleçam o processo pelo qual a política de investimento será implementada e monitorizada

Identificar a cadeia de

responsabilidades

Requisitos de governação

Definir o processo de recomendação,

aprovação, implementação e

monitorização das decisões de investimento

Definir a frequência e o formato do reporte

interno

Requisitos de governação

Os operadores devem assegurar que a política de investimento:

seja implementada por pessoas com um nível de conhecimentos apropriado e que pela sua situação pessoal não sejam susceptíveis de incorrer em conflitos de interesses com os dos representados

monitorizada por pessoas distintas daquelas a quem cabe a sua implementação

Requisitos de governação Os operadores devem dispor de procedimentos de

controlo interno adequados para a monitorização da exposição aos diferentes tipos de risco de investimento

Os desvios em relação à política de investimento devem ser objecto de reporte interno por escrito e, se materialmente relevantes, devem ser comunicados ao ISP

Os procedimentos adoptados para a implementação e controlo da política de investimento devem ser objecto de apreciação por um revisor/auditor

5. Processo de supervisão

A abordagem “Prudent Person Plus” envolve responsabilidades acrescidas para os operadores mas também para a supervisão

O novo processo de supervisão é baseado:

Na análise do perfil de risco dos operadores, nomeadamente do risco inerente à política de investimento

Numa análise mais profunda da gestão dos riscos efectuada pelos operadores

Numa nova e reforçada prática de inspecções in-loco

Processo de supervisão

Processo de

supervisão

Revisão das práticas de

gestão de risco Revisão dos

mecanismos de controlo interno

Revisão das políticas de gestão

activo/passivoAnálise mais profunda dos

produtos estruturados Reforço do papel

dos auditores e dos actuários

O desenvolvimento e implementação do projecto Solvência II irá potenciar a importância dos requisitos de governação

A mensuração e gestão dos riscos tenderá a ser mais refinada e ocupará um papel essencial na definição dos novos requisitos de solvência

O novo sistema de solvência deverá reconhecer e premiar as boas práticas de gestão

A supervisão tenderá a ser uma actividade cada vez mais interessante, mas também mais arriscada

Perspectivas…

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