idade média (século v ao xv) concessão (terra, dinheiro, direitos diversos) era feita por um...

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Idade Média

(século V ao XV)

� Alta Idade Média (séculos V ao X): formação e consolidação do feudalismo

� Baixa Idade Média (séculos XI ao XV): apogeu e crise do sistema feudal.

1

Povos

Romanos e germanos, estes separados em três grupos linguísticos:

� germânicos continentais (francos, alamanos, bávaros, lombardos);

� germânicos do mar do Norte (anglo-saxões e frísios);

� Godos-escandinavos (ostrogodos, visigodos, borgúndios e vândalos)

Feudalismo

� Triunfo da ruralização e descentralização política, sendo a Igreja de Roma a única força aglutinante e autoridade máxima.

� A base deste sistema eram os feudos: “A palavra deriva do germânico fehu, ‘gado’, com o sentido de ‘um bem dado em troca de algo’. Incialmente, no final do século IX, o feudo era dado pelo rei em troca de serviços prestados à monarquia (guerra, administração). A partir do final do século XI, o feudo tornou-se um bem privado concedido em troca de serviços privados.

3

Essa concessão (terra, dinheiro, direitos

diversos) era feita por um nobre, chamado

vassalo, em troca essencialmente de serviço

militar.” (FRANCO Jr., Hilário. Idade Média:

nascimento do Ocidente. São Paulo:

Brasiliense, 1986. p.191.)

Assim, o feudo é sinônimo de benefício e a

fidelidade era a base sobre a qual se

firmavam os laços feudais. A terra, o bem

mais valioso, passou a ser concedida como

feudo, quem recebia tornava-se um senhor

feudal.

Fatores que levaram ao feudalismo

�Nova maneira de trabalhar e

produzir devido a escassez da

mão-de-obra escrava - colonato.

�Fragmentação territorial a partir

da divisão do poder central do

imperador romano entre os vários

povos invasores denominados de

bárbaros.

5

� Ruralização da sociedade e economia.

“Enquanto as cidades continuavam a declinar, o campo foi deixado

basicamente intocado pela primeira onda de invasões, à parte a desordem de

guerras externas e de guerras civis e a introdução de propriedade e camponeses

germânicos lado a lado com seus protótipos romanos”

(Perry Anderson, Passagens da Antiguidade ao

feudalismo)

� Fragmentação política – a cidadania e o

direito foram substituídos pelos laços de

fidelidade.

� Construção de uma sociedade herdeira do

direito romano juntamente com o direito

costumeiro dos germânicos (direito

consuetudinário)

� Hierarquização social (estamentos ou ordens

sociais): clero, nobreza e servos.

� Afirmação do cristianismo como religião

dominante na Europa ocidental.

8

Idade da fé

� “Tripla é pois a casa de Deus, que se

crê una: embaixo uns rezam, outros

combatem, outros ainda trabalham; os

três grupos estão juntos e não suportam

ser separados; de forma que sobre a

função de um repousam os trabalhos

dos outros dois, todos por sua vez

entreajudando-se.” (frase do Bispo

Aldeberan de Lyon em 1025)

Iluminura do

século XIII,

Biblioteca

Britânica,

Londres.

A nobreza

“Os nobres são pessoas naturalmente isentas, às quais, de direito, não cabe qualquer tipo de servidão e de impostos. Os nobres foram escolhidos e a eles ordenado guardar e conservar o país em paz. Devem eles também sobressair-se em sua vida particular e em seus costumes dando a todos o exemplo da honestidade.” (Grand Coutumier de Normandie, século XIII).

11

O clero

"A classe eclesiástica vivia sujeita a

um direito próprio, e só por exceção

estava subordinada ao direito

nacional. (...) Os clérigos eram

isentos de todo o tributo imposto

pela autoridade civil. (...) Além dos

rendimentos que tiravam dos bens

próprios, tinha a igreja uma fonte de

riqueza nos dízimos.

12

O clero (continuação)

Pagavam-se de todos os frutos, do pão, vinho, linho, da lã, de todas as crias de ovelhas, do mel e cera, dos moinhos, e em geral de todos os produtos da terra. (...) A igreja desfrutava ainda do direito de asilo."

13

Os servos

O povo definia-se

pelo trabalho. Em

prática, definia-se

ainda mais pela

ausência do

privilégio. Ao

contrário do clero e

da nobreza, o povo

paga impostos.

14

O trabalho do camponês era a essência da economia colonial. Desde o período do Baixo Império Roman, agricultores livres que perdiam suas terras e os escravos passaram a ficar atrelados a uma propriedade fundiária, tornaram-se servos da

gleba, ou seja, não podia se separar da propriedade.

Suserania e vassalagem

� Relação de fidelidade entre pares, ou

seja, do mesmo grupo social

(aristocracia).

� Suserano: doa um benefício (feudo)

� Vassalo: recebe um benefício.

� “Um sistema de organização

econômica, social e política baseada

nos vínculos de homem a homem, no

qual uma classe de guerreiros

especializados – os senhores –,

subordinados uns aos outros por uma

hierarquia de dependência, domina uma

massa campesina que explora a terra e

lhes fornece com que viver” LE GOFF,

Jacques.

“(...) Na sexta-feira (7 de abril) foram de novo

prestadas homenagens ao conde, (...) em

expressão de fidelidade e garantia. (...) o conde

perguntou (ao vasssalo) se ele desejava tornar-

se o seu homem, sem reservas, ele respondeu:

‘Quero’ (...). Em segundo lugar, aquele que

havia prestado homenagem jurou fidelidade

(...), com estas palavras: ‘Comprometo-me por

minha fé a ser fiel daqui por diante (...) e a

cumprir integralmente a minha homenagem, de

boa-fé e sem dolo, contra todos.”

Maria guadalupe Pedrero-Sanchez . História da

Idade Média. p. 96.

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