iconografia quinhentista

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Iconografia quinhentista

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ICONOGRAFIA QUINHENTISTA

17 de setembro de 2011

Luís Alberto Casimiro (FLUP) luis.casimiro@sapo.pt

O século XVI conhece profundas mudanças

• Atinge-se o Renascimento pleno (ao qual está associado o conceito

de Humanismo e Antropocentrismo)

• Surgem diversos tratados graças ao desenvolvimento do espírito

científico

• Dá-se a Reforma Protestante (1517)

• A Igreja responde através do Concílio de Trento (1545-1563).

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA

No campo artístico registam-se acontecimentos importantes:

• Os pintores conseguem a representação perfeita do espaço em

perspetiva, criando a ilusão da 3ª dimensão

• O realismo das obras é levado a um extremo (parece haver uma

disputa com a própria natureza)

• A escultura autonomiza-se face à arquitetura

• O conhecimento anatómico e o domínio técnico traduzem-se na

perfeição das formas humanas como nunca antes se observara

• A Europa protestante e a Europa católica seguem caminhos

diferentes no campo artístico

• O Renascimento dá lugar a outras expressões plásticas.

Anunciação

Carlo Crivelli (c.1486)

Pintura representando um

espaço correctamente

perspetivado:

NOÇÃO DE

TRIDIMENSIONALIDADE

Pranto sobre Cristo morto - Andrea Mantegna (c. 1490)

Teto da Capela Sistina - Miguel Ângelo (1508-1512)

Glorificação de Urbano VIII - Pietro da Cortona (1633-1639) Roma, Palácio Barberini

Pietà – Miguel Ângelo (1499)

Pietà – Miguel Ângelo (pormenores)

Pietà – Miguel Ângelo (pormenores)

Moisés Miguel Ângelo (c. 1514-1516)

ANALISE DE OBRAS DE ARTE

1- ANÁLISE ARTÍSTICA

(Composição, perspetiva, formas, luz, cor, movimento, volume…)

2- ANÁLISE ICONOGRÁFICA

(Aplicação do Método Iconográfico de Erwin Panofsky)

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA

COMPOSIÇÃO

• Composição simétrica

• Composição assimétrica

• Composição fechada (centrípeta)

• Composição aberta (centrífuga)

• Composição segundo critérios geométricos: (Linear, Curvilínea,

Piramidal, Triangular, Circular, Oval, Rectangular … em forma de

carateres tipográficos: C - J - L - S - Z - Y ...)

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA

1- ANÁLISE ARTÍSTICA

• COMPOSIÇÕES ORGANIZADAS PELA LINHA RECTA:

- HORIZONTAL (estabilidade, descanso, paz)

- VERTICAL (segurança, força, ascensão, espiritualidade)

- DIAGONAL (dinamismo, maior expressão dramática)

• COMPOSIÇÕES ORGANIZADAS PELA LINHA CURVA:

- Implicam graciosidade e movimento

- Podem estruturar-se em espiral ou

- Através de curvas e contracurvas em forma de «S»

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA

1- ANÁLISE ARTÍSTICA

Senhora com o Menino e

dois Santos

Andrea del Sarto (1517)

Composição

simétrica

Última Ceia – Andrea del Castagno (c. 1447)

Florença, refeitório de Santa Apolónia

Composição linear

Última Ceia – Andrea del Castagno (c. 1447)

Florença, refeitório do convento de Santa Apolónia

Composição linear

Virgem com o Menino e S.

João Baptista

Rafael Sanzio

Composição

Triangular

Senhora e o Menino, Giovanni Belinni

Sagrada Família, Miguel Ângelo

Composição

Circular

Noli me tangere

Correggio (c. 1525)

Madrid, Museo del Prado

Dinamismo da

linha oblíqua

O Rapto das filhas de Leucipo – Peter Paul Rubens

Dinamismo das

linhas curvas e

em forma de «S»

Descimento da Cruz

Peter Paul Rubens

Composição em

«Y»

DESTACAMOS COMPOSIÇÕES QUE ATENDEM A CRITÉRIOS DE

PROPORÇÕES:

- A SECÇÃO ÁUREA (TAMBÉM CONHECIDA POR DIVINA

PROPORÇÃO OU REGRA DE OURO)

- O RECTÂNGULO DE OURO E O PONTO DE OURO

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA

1- ANÁLISE ARTÍSTICA

F F

F

F

PONTO DE OURO :Ponto que resulta do cruzamento das linhas que unem a

Secção Áurea dos lados maiores e menores

Ponto de Ouro

USANDO O PONTO DE OURO

F

F

F F

Ponto de Ouro

DIFERENTES LOCALIZAÇÕES DO PONTO DE OURO

DIFERENTES LOCALIZAÇÕES DO PONTO DE OURO

Velázquez

Rembrandt

A ponte de Courbevoie - Georges Seurat (1885) – Londres, Courtland Institutes Galleries

Narciso e Eco – John William Waterhouse

PERSPETIVA

Do latim item perspectiva que significa “olhar através”

Ou do latim perspicere que significa “ver claramente”

Conjunto de procedimentos que permitem representar numa

superfície plana (2D) o que na verdade existe na realidade (3D)

dando a ilusão de profundidade (perspectiva linear e perspectiva

espacial)

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA

1- ANÁLISE ARTÍSTICA

Paolo Uccello - Batalha de S. Romão (c. 1450)

Paolo Uccello – A caça (c. 1465-70)

Paolo Uccello – Milagre da Hóstia profanada (1465-69) predela

Desenho em perspetiva usando 1 ponto de fuga

PERSPETIVA LINEAR

Desenho em perspetiva usando 2 pontos de fuga

PERSPETIVA LINEAR

Desenho em perspetiva usando 3 pontos de fuga

PERSPETIVA LINEAR

Um ponto de fuga

Aplicação prática

Dois pontos de fuga

Aplicação prática

Três pontos de fuga

Aplicação prática

Variantes da construção utilizando 3 pontos de fuga

PERSPETIVA ESPACIAL / AÉREA

Anunciação

Leonardo da Vinci (1472-1475)

Mona Lisa

Leonardo da Vinci

(1503-1506)

A ponte de Courbevoie - Georges Seurat (1885) – Londres, Courtland Institutes Galleries

Banhistas em Asnières - Georges Seurat (1884) – Londres, National Gallery

Linha do horizonte

Plano do quadro

Ponto de fuga

Linhas de fuga

Como desenhar as linhas horizontais ?

1: O artista deve desenhar o plano do quadro, a linha do horizonte, o

ponto de fuga e as linhas de fuga

CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO EM PERSPETIVA

Segundo Leon Battista Alberti (1435)

Alberti propôs um método auxiliar para desenhar as linhas horizontais:

2: Construção da vista de perfil

Vista lateral

Linha do Horizonte

Plano da pintura Observador

Pontos importantes do diagrama

Elementos da perspetiva segundo L. B. Alberti

Linha do Horizonte Plano da pintura

Vista lateral Vista em perspetiva

(pintura)

3: Justaposição dos dois esquemas anteriores

Jean Pélerin (Viator): De Artificiali Perspectiva (1505)

Processo simplificado para o desenho em perspetiva: usando

os pontos de distância

Usando este processo é possível desenhar um espaço em

perspetiva e conhecer as dimensões dos objectos

Ponto de fuga

Parede

Pavimento

Objecto «3-D»

Objecto «3-D»

Leonardo da Vinci – Estudo para a Epifania (c. 1481)

Estrutura arquitectónica desenhada em perspetiva com base no esquema anterior

Jan Vredeman de Vries - Livro de Perspectiva (1604-1605)

Estruturas arquitectónicas desenhadas em perspetiva

Jan Vredeman de Vries - Livro de Perspectiva (1604-1605)

F3

F1

F2

Rectângulo de Ouro e

Ponto de Fuga (F1)

Anunciação – Mestre da Sé de Viseu (c. 1502 – 1505), Viseu – Museu de Grão Vasco

D2

D1

PF

Verificação da corrcta construção da perspectiva utilizando os ponto de distância

d d

Marte e Vénus (1570)

Louis Lagrenée

TRATAMENTO DA

LUZ

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA

1- ANÁLISE ARTÍSTICA

A Ceia de Emaús – Caravaggio (c. 1596-1602)

Moisés defendendo as filhas de Jetro

Rosso Fiorentino (1523-24)

Movimento (linhas

curvas e

serpenteantes)

O anjo aparece a S. Roque

Gaspar Dias (c. 1584)

Movimento (linhas

diagonais)

ANALISE DE OBRAS DE ARTE

2- ANÁLISE ICONOGRÁFICA

(Aplicação do Método Iconográfico de Erwin Panofsky)

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA

ICONOGRAFIA E ICONOLOGIA

Origem, definição e objetivos

• O termo ICONOGRAFIA tem origem nas palavras gregas «eikón»

(imagem) e no termo «graphia» (escrita ou descrição)

• Etimologicamente, significa «escrita ou descrição de imagens»

• O objetivo da iconografia não é somente descrever as imagens,

mas também classificar, analisar, identificar (interpretar), e tentar

entendê-las dentro da cultura e da civilização da época a que

pertencem.

• Em sintese, podemos dizer que a ICONOGRAFIA é a ciência que

permite:

Descrever

Classificar

Analisar

Interpretar

as imagens, procurando compreendê-las no contexto em que foram

criadas, independentemente da sua qualidade ou do seu autor.

ICONOGRAFIA E ICONOLOGIA

Origem, definição e objetivos

• O termo ICONOLOGIA tem origem no grego «eikón» (imagem) e

no sufixo «logia» (de «logos» = razão, pensamento, teoria), o que

traduz a ideia de estudo e supõe um processo interpretativo

• A ICONOLOGIA procura atingir um nível de significado mais

profundo, interpretando o sentido último das imagens (explicar o

porquê da sua existência num determinado contexto e lugar)

• Este passo só se torna possível se conhecermos o

encomendante, o local para onde foi realizada a obra e os motivos

da sua encomenda.

ICONOGRAFIA E ICONOLOGIA

Origem, definição e objetivos

Exemplificando:

Papel da ICONOGRAFIA: identificar o tema, as personagens, o

momento representado e o contexto em que ocorre o episódio

Papel da ICONOLOGIA: explicar o significado último da obra de arte

atendendo ao comitente (quem?), ao lugar para onde foi pensada

(para onde? e porquê?).

ANÁLISE ICONOGRÁFICA

MÉTODO ICONOGRÁFICO DE ERWIN PANOFSKY:

Pressupõe 3 níveis de significado

1- Nível Pré-Iconográfico (Significado primário ou natural)

2- Nível Iconográfico (Significado secundário ou convencional)

3- Nível Iconológico (Significado intrínseco ou conteúdo)

O MÉTODO ICONOGRÁFICO DE ERWIN PANOFSKY

1- Nível Pré-Iconográfico (significado primário ou natural)

• Nesta fase é feito um reconhecimento da obra no sentido mais

elementar, recorrendo à experiência prática

• Descreve-se, em termos formais, o significado primário e natural

presente na imagem que se observa.

1- Nível Pré-Iconográfico

1- Nível Pré-Iconográfico

1- Nível Iconográfico

O MÉTODO ICONOGRÁFICO DE ERWIN PANOFSKY

2- Nível Iconográfico (significado secundário ou convencional)

• Esta 2ª etapa consiste na análise iconográfica, propriamente dita, ou

«iconografia em sentido estrito»

• O objetivo é descobrir o conteúdo temático (o significado

convencional da obra de arte)

• Passa-se para o mundo do inteligível, sendo necessário recorrer às

tradições culturais, às fontes literárias da época, ou de épocas

anteriores, a símbolos, alegorias e personificações, para identificar

uma figura ou um acontecimento.

2- Nível Iconográfico

Última Ceia - Leonardo da Vinci (1495-1498)

Identifica-se o tema, o autor, as personagens, o momento representado

e o contexto em que ocorre o episódio

Je

su

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2- Nível Iconográfico

Última Ceia - Leonardo da Vinci (1495-1498)

Identificação das personagens com base nos estudos de Leonardo daVinci

Estudos de Leonardo para a Última Ceia

Estudos das personagens para a Última Ceia

Vénus e Marte - Andrea Mantegna (1497)

2- Nível Iconográfico

ASPETOS A TER EM CONTA:

• À primeira vista trata-se de

um grupo de deuses da

Antiguidade

• Marte e Vénus estão de pé,

diante de um leito, sobre um

arco formado por um rochedo

• O Amor dispara uma

zarabatana para Vulcano que

se encontra à esquerda, na

sua forja

• À direita, no primeiro plano, Mercúrio encontra-se acompanhado de

Pégaso, o cavalo alado

• Ao centro do quadro, diante de Marte e Vénus dançam as nove musas

ao som da lira tangida por Apolo, que se encontra sentado sobre um

tronco.

2- Nível Iconográfico

Vanitas (1650)

Simon Renard de Saint André

ASPETOS A TER EM CONTA

Os elementos simbólicos e a

sua mensagem:

Alusão às Vaidades da Vida

Humana: tudo é transitório e

efémero

• A glória

• O prazer

• A riqueza

O MÉTODO ICONOGRÁFICO DE ERWIN PANOFSKY

3- Nível Iconológico (significado intrínseco ou conteúdo)

• De início, Panofsky designa este nível como «iconografia em

sentido mais profundo», ou «Iconografia interpretativa»

• Mais tarde, vai classificá-lo como «Iconologia».

O MÉTODO ICONOGRÁFICO DE ERWIN PANOFSKY

3- Nível Iconológico (significado intrínseco ou conteúdo)

Na sua plena aplicação permite:

• Interpretar a história representada

• Compreender o significado dessa história no contexto em

que foi criada.

Isto pressupõe:

• Conhecer o comitente

• O local original para onde foi realizada

• O programa iconográfico onde se inseria ...

Papel da ICONOLOGIA: explicar o significado último da obra de arte

atendendo ao comitente (quem?), ao lugar para onde foi pensada

(para onde? e porquê?).

3- Nível Iconológico

Última Ceia - Leonardo da Vinci (1495-1498)

Última Ceia (1495-1498) - Leonardo da Vinci

Refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, Milão

Refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, Milão

Planta do complexo do Convento de Santa Maria delle Grazie – Milão

Esquema geométrico do refeitório

Refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, Milão

Crucifixão (1495) - Giovanni Donato da Montorfano

Refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie - Milão

Vénus e Marte - Andrea Mantegna (1497)

3- Nível Iconológico

• Associar Marte, Vénus, Vulcano, Mercúrio, Pégaso, Apolo e as 9

Musas obedece a intenções que se devem tentar compreender no

devido contexto histórico: finais do século XV, em Mântua, na corte

dos Gonzaga.

• A cena contém, apenas,

personagens mitológicas,

mas não tem equivalente na

Antiguidade

• Haverá, pois, um objetivo,

um significado próprio que

explique esta associação?

3- Nível Iconológico

• Isabel d’Este, esposa de Gian Francesco Gonzaga, encomendou

esta pintura a Andrea Mantegna para decorar um gabinete privado

destinado à meditação e ao estudo

• O objectivo destas obras era criar uma harmonia temática entre o

gabinete, a sua decoração, as coleções que encerrava (por vezes

muito valiosas) e a identidade do seu proprietário

• Para compreender a pintura é necessário remetê-la para o seu

espaço original e relacioná-la com a sua proprietária e a coleção que

possuía e o projeto figurativo de que o quadro faz parte.

Isabel d’Este, era uma mulher:

• Erudita

• Dedicada à leitura de textos latinos

• Amante da música e da dança

• Possuidora de uma valiosa coleção de relevos antigos (destacava-se

um sarcófago com figuras mitológicas)

• Possuía estátuas de bronze, réplicas de originais (entre eles uma de

Apolo de Belvedere)

Para acompanhar estas obras escolheu como mote da pintura um tema

inspirado na Antiguidade, ao qual deu um sentido novo.

• Francesco Gonzaga, como militar, surge representado com os traços

de Marte e a sua esposa como Vénus, mas uma Vénus virtuosa,

protectora das Artes como testemunha a presença das Musas que

dançam aos pés do divino par

• O infortúnio conjugal de

Vulcano está remetido

para segundo plano, em

benefício de uma

representação que faz de

Marte e de Vénus os pais

da Harmonia.

• O casal aparece rodeado de frutos e flores de carácter simbólico:

murta (flor de Vénus) marmelos e limões (associados ao matrimónio)

e o loureiro (associado às Musas)

• As cores dos tecidos do

leito, azul, vermelho e branco

são, respetivamente, as

cores dos planetas Vénus,

Marte e Mercúrio, assim

como as das duas famílias: a

de Este e a dos Gonzaga.

A presença de Pégaso e de

Mercúrio estão associados à

representação da constelação

e do planeta que presidiram

ao casamento dos noivos.

• Assim, a pintura, além de ser uma representação alegórica da corte

que confere aos príncipes uma aparência divina, apresenta-se,

também, como um sistema de referência múltiplas:

• Um código de cores

• Um código vegetal

• Um código astrológico

Que funcionam em paralelo e contribuem para especificar a

identidade do par e as circunstâncias que envolvem a pintura

SÍNTESE ICONOLÓGICA: A pintura, onde triunfa Marte e Vénus,

constitui uma alegoria da corte de Mântua, para celebrar a união de

Isabel d’Este com Gian Francesco Gonzaga.

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA

Episódios mais representados

RELIGIOSOS:

• Temática veterotestamentária

• Temática Cristológica

• Temática Mariana

• Temática Hagiográfica

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA

Episódios mais representados

PROFANOS:

• Mitologia

• Natureza-Morta

• Retrato

• Alegorias

TEMAS RELIGIOSOS: A IMPORTÂNCIA DAS FONTES

(Textos Bíblicos ou afins)

• Bíblia Sagrada

• Biblia Pauperum

• Bíblia Moralizada

• Apócrifos do Antigo Testamento

• Evangelhos Apócrifos

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA

• Vita Christi de Ludolfo de Saxónia

• Speculum humanae Salvationis (Ludolfo de Saxónia ?)

• Revelationes de Santa Brígida

• Biblia Pauperum

• Hortus Deliciarum de Herrade de Hohenburg

• Legenda Áurea de Jacopo da Varazze

• Horae (Livros de Horas)

• Flos Sanctorum

TEMAS RELIGIOSOS: A IMPORTÂNCIA DAS FONTES

Ciclo do Nascimento de Jesus Cristo:

- Natividade

- Adoração dos pastores

- Adoração dos Reis Magos (Epifania)

ICONOGRAFIA DOS MISTÉRIOS DE JESUS CRISTO

Episódios representados com mais frequência:

Ciclo da Infância de Jesus Cristo:

- Apresentação de Jesus no Templo

- Circuncisão

- Fuga para o Egipto

- Regresso do Egipto

- Jesus entre os Doutores da Lei

ICONOGRAFIA DOS MISTÉRIOS DE JESUS CRISTO

Episódios representados com mais frequência:

Ciclo da Vida pública de Jesus Cristo:

- Baptismo

- Bodas de Caná

- Tentações no deserto

- Vocação dos Apóstolos

- Transfiguração

- Pregação e Milagres

ICONOGRAFIA DOS MISTÉRIOS DE JESUS CRISTO

Episódios representados com mais frequência:

Ciclo da Paixão de Jesus Cristo:

- Entrada de Jesus em Jerusalém

- Expulsão dos vendedores (Purificação do Templo)

- Última Ceia

- Oração de Jesus no Horto das Oliveiras (Agonia de Jesus)

- Prisão de Jesus Cristo (Beijo de Judas)

- Flagelação

- Coroação de espinhos

- Ecce Homo (cont.).

ICONOGRAFIA DOS MISTÉRIOS DE JESUS CRISTO

Episódios representados com mais frequência:

Ciclo da Paixão de Jesus Cristo (cont.):

- Senhor da Cana Verde (Varão das Dores)

- Cristo a caminho do Calvário

- Verónica limpa o rosto de Cristo

- Jesus Cristo é pregado na Cruz

- Crucifixão

- Descimento da Cruz (Cristo é descido da Cruz)

- Lamentação sobre Cristo Morto (Pranto sobre Cristo Morto)

- «Pietá»

- Jesus é deposto no sepulcro (Deposição no túmulo).

ICONOGRAFIA DOS MISTÉRIOS DE JESUS CRISTO

Episódios representados com mais frequência:

Ciclo da Ressurreição e Glorificação de Jesus Cristo:

- Ressurreição

- Descida de Cristo ao Limbo

- Aparições de Cristo ressuscitado:

- À Virgem Maria

- A Maria Madalena

- Aos Apóstolos

- Cristo e os discípulos de Emaús (Ceia de Emaús)

- Incredulidade de Tomé.

ICONOGRAFIA DOS MISTÉRIOS DE JESUS CRISTO

Episódios representados com mais frequência:

Ciclo da Ressurreição e Glorificação de Jesus Cristo:

- Ascensão

- Juízo Final (Jesus Senhor do Universo)

Representações da Santíssima Trindade

- Trindade Terrena e Trindade Divina

- Trindade Dolorosa

- Trindade «Paternitas»

- Trindade «Trono da Graça»

- Trindade Triunfante.

ICONOGRAFIA DOS MISTÉRIOS DE JESUS CRISTO

Episódios representados com mais frequência:

- Encontro de Joaquim e Ana na porta dourada de Jerusalém

- Natividade da Virgem Maria

- Apresentação da Virgem no templo de Jerusalém

- Esponsais da Virgem Maria (Desposórios da Virgem Maria)

- Anunciação do Senhor

- Visita de Maria a Santa Isabel (Visitação)

- Dormição (passamento ou morte) da Virgem Maria

- Assunção de Maria ao Céu

- Coroação da Virgem Maria.

ICONOGRAFIA DOS MISTÉRIOS DA VIRGEM MARIA

Episódios representados com mais frequência:

ICONOGRAFIA DOS MISTÉRIOS DA VIRGEM MARIA

Outros temas representando a Virgem Maria:

- Pentecostes

- Imaculada Conceição

- Virgem com o Menino

- Virgem do Leite

- Virgem da Misericórdia

- …

Apresentação da Virgem no Templo de Jerusalém

• Proto-Evangelho de Tiago – Cap. VII

• Evangelho de Pseudo-Mateus – Cap. IV

• Evangelho da Natividade de Maria – Cap. VI.

Evangelhos Apócrifos

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA:

A IMPORTÂNCIA DAS FONTES: EXEMPLOS

Ticiano (1534-1538)

APRESENTAÇÃO DA VIRGEM NO TEMPLO (Fonte Apócrifa)

Vestes sacerdotais com

peitoral e tintinábulos, ver:

Ex 28, 17-20

Apresemtação da Virgem no Templo - Cima da Conegliano (c. 1500) – 15 degraus

ANUNCIAÇÃO

(Fonte Bíblica e Apócrifas)

• Fonte Bíblica: Lc 1, 26-38

• Fontes Apócrifas: Proto-Evangelho de Tiago – Cap. IX, 2 (na fonte)

• Evangelho de Pseudo-Mateus – Cap. IX, 1-2 (1º na fonte; 2º em casa)

• Evangelho Arménio da Infância – Cap. V, 2-3 (em 2 momentos)

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA:

A IMPORTÂNCIA DAS FONTES

Anunciação no Poço / Fonte (mosaico)

Anunciação no Poço / Fonte (Ícone)

Anunciação

Gregório Lopes

(c. 1531-1540)

Presença de

objetos

retirados dos

Evangelhos

Apócrifos

Mestre de Abrantes

(c. 1548-1550)

Presença de

objetos

retirados dos

Evangelhos

Apócrifos

Duccio

Presença dos

arcos e do

«baldaquino»

Spinello Aretino

Presença do

«baldaquino»

Jorge Afonso (atr.)

(c. 1515)

Fra Angelico

Fernão Gomes (c. 1594)

Adoração dos Reis Magos

- Evangelhos Canónicos: Mt 2, 1-12

- Evangelhos Apócrifos:

- Evangelho de Pseudo-Mateus – Cap. XVI, 1-2

- Evangelho Arménio da Infância – Cap. XI, 1-3

- Livro Sobre a Infância do Salvador – nº 91-92

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA:

A IMPORTÂNCIA DAS FONTES

Evangelho de Pseudo-Mateus – Cap. XVI, 1-2:

“Cada um ofereceu uma moeda de ouro ao Menino”

Evangelho Arménio da Infância – Cap. XI, 1-3:

“O primeiro era Melkon, rei dos persas; o segundo

Gaspar, rei dos índios; e o terceiro Baltazar, rei dos árabes. […]

As tropas que os acompanhavam somavam doze mil homens”

Livro sobre a infância do Salvador – nº 91-92:

“[…] saudaram o Menino, depois puseram-se a adorá-lo

[…] e cada um beijou o pé do Menino”

Adoração dos Reis Magos

Mestre da Sé de Viseu

(c. 1502-1505)

Adoração dos Reis Magos

Vicente Gil e Manuel Vicente

(início séc. XVI)

Adoração dos Reis Magos

Pintor desconhecido (c. 1530)

Torres Vedras - Museu

Municipal

Fuga para o Egipto

Fonte Bíblica:

Mt 2, 13-16

Fontes Apócrifas:

Ev. Arménio da Infância, XV

Ev. Árabe da Infância, IX

Ev. Pseudo Mateus, XVII

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA:

A IMPORTÂNCIA DAS FONTES

Gregório Lopes (c. 1527)

Gregório Lopes

(c. 1530)

Ev. Pseudo Mateus XX

Esc. Luso-Flamenga,

(c. 1500)

Ev Pseudo Mateus XXII

Ev. Árabe da Infância X, 2

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA:

IMPORTÂNCIA DAS FONTES GRÁFICAS

Ascenção de Jesus - Biblia Pauperum

Ascenção de Jesus

Mestre Sé Viseu (c. 1502-1505)

Ascenção de Jesus

Vicente Gil e Manuel Vicente

(Início séc. XVI)

Pinturas do Museu da Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda –

Arouca (finais do século XV)

Oração de Jesus no Horto

(finais séc. XV)

Flagelação

(finais séc. XV)

Coroação de espinhos

(finais séc. XV)

Pinturas do Museu da Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda –

Arouca (finais do século XV)

Cristo a caminho do Calvário

(finais séc. XV)

Crucifixão

(finais séc. XV)

Cristo aparece a Maria

Madalena

(finais séc. XV)

Apresentação de Jesus no Templo

(finais séc. XV) Missa de S. Gregório

(finais séc. XV)

Pinturas do Museu da Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda –

Arouca (finais do século XV)

Flos Sanctorum de 1513

fol. 44v

Flos Sanctorum de 1513

fol. 3v

Flos Sanctorum de 1513

fol. 6v

Flos Sanctorum de 1513

fol. 7

Flos Sanctorum de 1513

fol. 7v

Flos Sanctorum de 1513

fol. 8

CONCÍLIO DE TRENTO

(13 de Dezembro de 1545 - 4 de Dezembro de 1563

Sessão XXV (Dezembro de 1563)

O Purgatório/ A Invocação e Veneração das Sagradas Relíquias dos

Santos e das Sagradas Imagens / Os Religiosos e as Monjas / As

Indulgências, a Mortificação, o Índice e o Lugar dos Embaixadores

DECRETOS DO CONCÍLIO DE TRENTO E OS

TRATADOS PÓS TRIDENTINOS

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA: TRATADOS

• ANDREA GILIO - Dialogo degli errori e degli abusi de’Pittori circa l’Istoria (1564)

• CASTELLANI – De imaginibus et miraculis sanctorum (1569)

• CARLOS BORROMEO – Insctrutiones fabricae et supellectilis

ecclesiasticae (1577)

• GABRIELLE PALEOTTI – Discorso intorno alle imagini sacre e profane (1582)

• JEAN MOLANUS – De picturis et imaginibus sacris (De historia SS.

Imaginum et picturarum pro vero earum usu contra abusus, 1570)

• JERÓNIMO NADAL – Evangelicae Historiae Imagines (1593)

• FEDERICO BORROMEO – De Pictura Sacra (1625)

• FRANCISCO PACHECO – Arte de la pintura, su antigüedad y grandezas (1649)

• Fr. JUAN INTERIÁN DE AYALA - El Pintor cristiano y erudito (1730).

TRATADOS ARTÍSTICOS PÓS-TRIDENTINOS

Crucifixão - Agnolo Gaddi (c. 1396)

Antes de Trento: a Virgem desmaiada é sustentada por João e as santas mulheres

Descimento da Cruz - Roger van der Weyden (c. 1435)

Crucifixão

Escola de Viseu

(c. 1520-1530)

Crucifixão

Vasco Fernandes

(c. 1530-1535)

Crucifixão

Paolo Veronese

(c.1580)

Mesmo depois do

Concílio de Trento, os

pintores não seguem as

normas definidas em

que, segundo os textos

Bíblicos a Virgem

deveria ser

representada de pé.

Nesta pintura continua

desmaiada e sustentada

por João e as santas

mulheres

6- Representações da Santíssima Trindade

- Trindade Terrena e Trindade Divina

- Trindade Dolorosa

- Trindade «Paternitas»

- Trindade «Trono da Graça»

- Trindade Triunfante.

ICONOGRAFIA DOS MISTÉRIOS DE JESUS CRISTO

A Trindade Celeste e a Trindade Terrena

Hieromimus Wierix (séc. XVI)

Bartolomé Esteban Murillo

(1675-82)

Colijn de Coter (séc. XVI)

TRINDADE DOLOROSA

El Greco (1577)

TRINDADE «PATERNITAS»

Mestre desc.

(Icone)

Bíblia Iluminada (séc. XII)

TRINDADE «TRONO DA GRAÇA»

Cristóvão de Figueiredo

Fundamentação Bíblica:

(Carta aos Hebreus 4, 16)

Albrecht Dürer (1511) (porm.)

TRINDADE TRIUNFANTE

Garcia Fernandes

Francisco Venegas

(c. 1570)

ICONOGRAFIA QUINHENTISTA

FINAIS DO SÉCULO XVI:

BARROCO ITALIANO (Contra-Reforma)

PINTURA NÓRDICA (Reforma)

Glorificação de Urbano VIII - Pietro da Cortona (1633-1639) Roma, Palácio Barberini

O BARROCO ITALIANO

O papel de Santo Inácio na expansão do nome de Deus no mundo (Apoteose de Santo Inácio)

Andrea Pozzo (1691-1694) – Roma, Igreja de Santo Inácio de Loiola

Retrato de Dama nobre - Barthel Bruyn, o Velho (1530-35)

A PINTURA NÓRDICA:

O contraste nas técnicas

e nos temas

Retrato de Nobre - Barthel Bruyn, o Velho (1531)

Natureza-morta (Vanitas)

Barthel Bruyn, o Velho (1542)

Caveira num nicho

Barthel Bruyn (c. 1515)

Vanitas - Pieter Claesz (1630)

Vanitas - Pieter Claesz (1630)

Vanitas com esfera de vidro – Pieter Claesz (c. 1630)

Vanitas – Harmen Steenwyck (c. 1645)

Natureza-morta com queijo e fruta - Floris Claesz Van Dyck (1615-20)

Natureza-morta com Instrumentos musicais - Claesz Pieter (1623)

Natureza-Morta: mesa posta - Willem Claesz Heda (1635)

A Leiteira

Jan Vermeer (1660)

Guilda dos Ourives de Amsterdam – Thomas de Keyser (1627)

A Companhia do Capitão Reyner Reael - Frans Hals e Pieter Codde (1637)

Banquete dos Oficiais - Bartholomeus van der Helst (1648)

O MÉTODO GEOMÉTRICO

• O Método Geométrico é um complemento do Método Iconográfico.

Enquanto este nos descreve e explica o significado dos vários

elementos, o Método Geométrico permite justificar

• A sua localização

• As suas proporções

• A relação entre os vários elementos e mesmo conhecer as

opções dos pintores quanto às dimensões da obra e as

respectivas leis internas.

O MÉTODO GEOMÉTRICO

Recorre a «ferramentas» próprias das ciências exatas:

1- Leis da perspetiva linear

2- Construção do «marco» da pintura, determinação do «módulo»

e suas divisões harmónicas

3- Existência de formas geométricas

O objetivo é conhecer o «esquema geométrico de composição»

que esteve na génese estrutural da pintura e, assim, perceber

melhor o pensamento original do pintor.

Anunciação

Jorge Afonso (atr.)

(c. 1520-1525)

O Método Iconográfico

não dá resposta a muitas

questões.

Exemplo:

Porque a pomba do

Espírito Santo se

encontra naquele lugar?

Marco do Rectângulo e estrutura

interna

O Método Geométrico

justifica a localização da

pomba do Espírito Santo:

A estrutura geométrica

consiste num quadrado

sobrepujado por dois

«Rectângulos de Ouro».

O centro do círculo está

relacionado com estas

formas geométricas.

Anunciação

Vasco Fernandes

(c. 1506-1511)

O Método Iconográfico não explica o

corte do medalhão do lado esquerdo

com a figura de Adão

Marco do Rectângulo e estrutura

interna

O Método Geométrico permitiu

descobrir um corte de 6 cm

efectuado do lado esquerdo o que

seria suficiente para a

representação totoal do medalhão.

Permite também perceber a relação

entre o círculo inscrito no quadrado:

o divino que se inscreve no

humano, ou seja, a Incarnação do

Verbo de Deus.

(para detalhes ver a Tese no site

indicado no último slide).

Annunciação

Francesco del Cossa

(1470)

AVANÇANDO UM

POUCO MAIS…

O Metodo

Geométrico permite

verificar a diferença

entre o espaço

pictórico e o espaço

real

Annunciação - Francesco del Cossa

Vista superior (por Loic Richalet)

Anjo Gabriel

Virgem Maria

Coluna central

Espaço pictórico Espaço real

Caracol

CONCLUSÃO: No espaço real o Anjo Gabriel não vê a Virgem Maria

Adaptação pessoal do método de Piero della Francesca: duas vistas da

mesma realidade : a Vista em Perspetiva e a Vista Superior

Ponto de fuga

Face superior

(= vista em perspetiva)

Face frontal

(= vista superior)

Do método de Piero della

Francesca selecionámos o

CUBO PERSPETIVO:

Estrutura arquitectónica em perspetiva...

(Vredeman de Vries)

… e a sua projeção horizontal

(Vista superior)

Exemplificando - usando o processo do cubo de Piero

Anunciação - Bartolomeo della Gatta (c. 1500)

• O Anjo Gabriel parece estar diante da porta e da Virgem Maria

• O espaço onde se encontram as personagens parece-nos ser rectangular

• A cadeira parece estar colocado por detrás da Virgem Maria

A VISÃO DO ESPAÇO PICTÓRICO

Anunciação

Bartolomeo della Gatta (c. 1500)

Vista superior (ou projeção horizontal)

CONSTRUÍNDO A VISTA SUPERIOR E COMPARANDO-A

COM A PINTURA:

Espaço pictórico

Espaço real

O ESPAÇO REAL

• O Anjo não está

colocado directamente

à frente da Virgem

Maria nem diante da

porta.

• As personagens

estão no interior de um

espaço quadrado

• A cadeira não está

por detrás da Virgem

Maria

Anunciação - Sandro Botticelli (c. 1490)

A VISÃO DO ESPAÇO PICTÓRICO

Anunciação - Sandro Botticelli (c. 1490)

A VISÃO DO ESPAÇO PICTÓRICO

• O Anjo Gabriel parece estar posicionado diante da Virgem Maria e diante da entrada (que parece ser bastante ampla)

• O espaço onde se encontram as personagens parece-nos ser bastante reduzido em profundidade

• As colunas centrais parecem ter secção quadada

Anunciação Sandro Botticelli (c. 1490)

Vista superior (ou projeção horizontal)

Espaço pictórico

Espaço real

CONSTRUÍNDO A VISTA SUPERIOR E COMPARANDO-A

COM A PINTURA:

• O Anjo Gabriel não está à

frente da Virgem Maria

nem diante da porta

• O compartimento é mais

profundo do que

aparentava ser

• As quatro colunas

centrais têm uma secção

rectangular

• A porta é muito pequena

• O Anjo só consegue ver a

Virgem Maria através de

um pequeno espaço entre

a 2ª e a 3ª colunas.

O ESPAÇO REAL:

• Motivos para estas opções dos pintores?

• Nada disto seria perceptível se não fosse analisado

em termos geométricos !!!

• Conclusão?

Uma interacção que permite compreender melhor as

pinturas e os segredos que elas encerram

ENDEREÇO ELETRÓNICO DA TESE:

http://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/18025

Fim

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