historia da bd
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BANDA DESENHADA (BD)UMA BREVE HISTÓRIA
EDUCAÇÃO VISUAL – 7º ANO 2009/2010
A BD é uma narrativa dupla de texto e imagem, situando-se entre a cultura literária e as artes visuais. Um dos “pais” da
BD foi o suiço Rodolphe Töpffer (1799-1846), gravador, para quem esta era uma associação de literatura e história
ilustrada – a literatura gráfica.
Outro pioneiro da BD foi o americano Richard Felton Outcault (1846-1905), o primeiro a usar formalmente o balão como espaço de inserção do texto dos diálogos nas vinhetas.
A BD enquanto arte nasce nos finais do século XIX com base na imprensa, contemporânea do cinema,
no contexto da revolução industrial. Logo, a BD implica reprodução – é uma indústria cultural,
referenciada à imprensa, às revistas, ao livro.
Em Portugal, pode considerar-se que o primeiro autor a realizar narrativas gráficas com algumas características da BD actual foi Rafael Bordallo Pinheiro, ainda no século XIX. Até aos anos de 1920, usava-se o termo ilustrado para designar esse tipo de imagem, caricatura ou desenho, que aparecia em jornais.
A partir dos anos 1930, surgiram revistas especializadas como ABCzinho, Camarada, Gafanhoto, Pim-pam-pum, destinados a crianças e adolescentes. Entre os anos 1930 e meados dos anos 1960, a designação passou a ser histórias aos quadradinhos.
Nas revistas da década de 1930, entre os pioneiros da BD contemporânea, colaboraram artistas como Almada Negreiros, Stuart Carvalhais, Carlos Botelho e Cottinelli Telmo.
Muito famoso foi o bissemanal Mosquito (1936-1953), dirigido por António Cardoso Lopes (“Tiotónio”), em que as histórias mais
longas continuavam em números seguintes, atingindo cem mil exemplares cada número. O Mosquito tinha um suplemento
feminino, A Formiga, em tamanho mais pequeno que a revista, dirigido pela “tia Nita”.
A partir da década de 1960, surge a revista Tintin, coordenada por Vasco Granja, começando a privilegiar-se a BD franco-belga. As
histórias eram em continuação, permitindo aos leitores acompanhar simultaneamente uma série de BDs de vários autores. Esta Tintin portuguesa seria a primeira feita fora de França e a primeira, com
estas características, editada a cores em todo o mundo.
BD, designação adoptada desde finais dos anos de 1960, vindo do francês bande dessinée, significa tira desenhada (bande, em inglês: strip), adquire designações específicas em cada país. Assim, no Brasil é quadrinho, na América Latina historieta, em Espanha tebeo, na Itália fummeto e no Japão mangá. Nos Estados Unidos mantém a designação comics.
A BD perdeu a conotação de ser uma actividade voltada para públicos muito jovens, agarrando hoje leitores de todas as
idades, sendo comum a designação de graphic novel (novela gráfica) para classificar a BD destinada ao público mais maduro.
Texto e selecção de imagens: Clara BotelhoCaldas da Rainha
Janeiro 2010
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