guia de arborizaÇÃo urbana do municÍpio de...

Post on 08-Oct-2020

2 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

GUIA DE ARBORIZAÇÃO URBANA

DO MUNICÍPIO DE DIVINOLÂNDIA

LEI MUNICIPAL n° 2245/2017

ABNT 16 246-1

ESPÉCIES NATIVAS ADEQUADAS PARA PLANTIO

Nome popular: oiti Nome científico: Licania tomentosa

Nome popular: Pata de vaca Nome científico: Bauhinia forficata

Nome popular: Resedá Nome científico: Lagerstroemia indica

Nome popular: Manacá-da-serra Nome científico: Tibouchina mutabilis

Nome popular: Quaresmeira Nome científico: Tibouchina granulosa

Nome popular: escova de garrafa Nome científico: Calistemo

Localização adequada para plantio

O plantio de árvores só poderá ser realizado em

passeios públicos com largura mínima de 1,90

metros. Observando que deverá ser preservada

a faixa livre mínima de 1,20 metros, destinada

exclusivamente à livre circulação de pedestres.

Largura do Passeio

Largura Mínima Canteiro (m)

Área Mínima do Canteiro

(m²)

DAP máximo (m)

Menor que 1,90m

Não é recomendado o

plantio de árvores

Não é recomendado o

plantio de árvores

Não é recomendado o

plantio de árvores

1,90 a 2,09m 0,60 0,60 Até 0,50

2,10 a 2,39m 0,80 0,80 Até 0,70

2,40 a 2,79m 1,00 1,20 Até 0,90

Maior que 2,80 1,40 2,00 Até 1,20

Como fazer o plantio:

No local escolhido para o berço deverá ser cavado um buraco de 60cm x 60cm, com 60cm de profundidade.

MATERIAL PARA O PREPARO DO BERÇO

10 Kg de húmus de minhoca; 10 kg de terra vegetal de boa qualidade.

A terra para plantio deverá estar livre de lixo e

entulho. Deve-se preparar a terra misturando-a com o húmus.

Plantio

(A) A muda da árvore deve ser retirada da embalagem com muito cuidado para não danificar o torrão, evitando danos às suas raízes.

(B) Deve-se colocar a terra preparada no berço, e plantar a muda no centro e posicione ao lado do turrão tutor.

(C) É importante evitar enterrar a muda, devendo o torrão ficar no mesmo nível que se encontrava na embalagem. Com as mãos, firme a terra ao redor da muda.

(D) Instale um tutor para ajudar a muda a se manter em pé. Coloque um pedaço de madeira (2m) ao lado da muda, firmando bem. Com um pedaço de sisal ou corda amarre a muda ao tutor sem apertar muito e nem deixar frouxo demais. Finalizando o plantio, regue bastante a plantinha.

Cuidados com a árvore

Nas primeiras semanas, pela manhã ou ao final do dia deve-se regar dia sim dia não, mas sem excesso, até que surjam as primeiras novas folhas. Estas novas folhas indicam que a muda está “pegando”. Nos primeiros dois anos é recomendável que se faça a rega, em especial nos meses sem chuvas. Os brotos laterais e na base da muda devem ser periodicamente removidos para que ela tenha mais força. Isto ajuda na formação da

árvore, evitando que se torne um arbusto e prejudique a passagem de pedestres quando plantada em calçada.

De tempos em tempos, acrescentar um pouco de composto orgânico a superfície do berço deixará sua muda mais feliz e saudável. O

composto é alimento para a sua árvore.

PORTE

Recomendações de plantio

Pequeno Ruas estreitas ou com presença de fiação elétrica.

Médio Ruas com canteiros largos, com recuo das edificações e sem fiação elétrica.

Grande Ruas com canteiros largos , com recuo das edificações

e sem presença de fiação elétrica, além de praças e parques.

Arbustos Conduzidos Devido à baixa altura de bifurcação e de ramificações

que geram competição no espaço público, deve ser realizado apenas em locais com canteiros largos para não prejudicar o trânsito de pedestres e veículos.

Controle de Pragas e Doenças

Para minimizar um possível prejuízo com a poda, é preciso se

atentar no corte correto para assim não ocasionar a ação de organismos degradadores ou

causadores de doenças no indivíduo árboreo.

Para minimizar a exposição do corte, que pode ser contaminado com fungos e bactérias resultando no adoecimento da planta, utilize uma camada de látex, verniz ou produto próprio para cicatrização do corte.

Broca São denominados popularmente de brocas, os estágios larvais de besouros, mariposas e borboletas. Escavam galerias nos órgãos de

reserva da planta, afetando caule, ramos e raízes, o que causa enfraquecimento, apodrecimento, tombamento e, assim, levando a morte. Além

do prejuízo direto à diversas culturas, as brocas propiciam a entrada de microrganismos como fungos, bactérias e vírus, e insetos secundários

capazes de provocar novos danos. Controle por inseticida é muito difícil, sendo indicado a aplicação de uma solução de fumo (calda de fumo)

nos orifícios abertos pela broca, tampando-os com cera derretida.

Cupim Das muitas espécies de cupins, estima-se que é relativamente pequena a proporção das espécies consideradas pragas. Denominam-se

cupins xilófagos os que se alimentam de matéria vegetal. Tais espécies podem atacar a madeira até mesmo quando se encontra em boa

condição de sanidade, porém a prevenção pode ser feita através de bons cuidados com a árvore, como evitar podas irregulares ou quaisquer

injúrias que possam comprometer a resistência da árvore. Há espécies que constroem edificações próximas as árvores ou no caule destas,

sendo uma maneira de controle a remoção da cachopa e o uso de cupinicidas. Ainda há espécies que constroem ninhos dentro da própria

árvore, sendo este último de difícil visualização, o que dificulta tratamento imediato. É necessário tomar atenção caso a árvore apresente sinais

de enfraquecimento.

Formigas Cortadeiras Trata-se de um termo genérico para as espécies de formiga que cortam as plantas e carregam os pedaços para dentro

dos ninhos, podendo acarretar o enfraquecimento, tombamento, apodrecimento de ramos, queda de flores e frutos. Outra forma de as

formigas prejudicarem as plantas é protegendo outras espécies de pragas, como pulgões e cochonilhas. Manter o ambiente limpo é a principal

forma de evitar o “ataque” de formigas domésticas, uma vez que seu controle é extremamente difícil, mas podendo-se usar o cravo-da-índia

como repelente, assim como o uso de iscas formicidas e inseticidas em pó para o controle.

Pulgão São insetos sugadores de seiva que perfuram vasos condutores, provocando na planta o amarelamento e o subdesenvolvimento. Sendo

necessário atenção com as mudas, onde são mais visualizados. O controle dos pulgões pode ser feito naturalmente com a introdução de

predadores e parasitas. Em todo caso, evitar erradicar joaninhas e vespas, pois predam os pulgões. Solução de fumo e óleo mineral pode ser

usado para o combate e, assim como inseticidas comerciais, devem ser usados apenas quando as plantas não estiverem com flores e frutos,

pois matam também insetos benéficos às plantas, como as abelhas.

Fungos Alguns fungos são indicadores do estado fitossanitário da árvore. Fungos orelha-de-pau são fungos “apodrecedores” que normalmente

precisam de uma abertura na casca para atingir a madeira. Algumas espécies causam manchas, levando ao secamento e queda de folhas, assim

como o aparecimento de cancro (sobreposição de células) em ramos e troncos. Como medida de prevenção é necessário realizar podas e

limpezas para arejamento, e também deve-se evitar acumulo de água. Evitar também injúrias que diminuam a resistência da árvore. Para

controle, existem soluções e fungicidas específicos para cada tipo de fungo.

Principais tipos de poda: Poda de formação e condução é essencial para que a muda cresça de forma ereta, visando conduzir a planta em seu eixo de crescimento, retirando as ramificações baixas, sempre levando em conta a arquitetura da espécie. Poda de limpeza é muito importante para retirada de brotos, galhos secos e mortos que representam risco de queda e por serem foco de problemas fitossanitários. Poda de levantamento de copa consiste na remoção de galhos baixos da copa, geralmente aqueles que impeçam a circulação de pedestres e veículos Baseado na norma ABNT 16 246-1.

Atenção: Poda drástica, anelamento e supressão sem autorização é crime ambiental passível de multa!

CALÇADA ECOLÓGICA

Calçada Ecológica Além de embelezar o ambiente, a calçada ecológica tem grande importância para a cidade, aumentando

a permeabilidade do solo, diminuindo o volume e velocidade das águas para as galerias pluviais e também contribui para

conservação do asfalto, sendo a área verde responsável pela diminuição da variação de temperatura, beneficiando não só

o asfalto, mas todo o entorno e mantêm a saúde das árvores permitindo que as raízes tenham espaço para crescer e

absorver a águas das chuvas.

Figura 1 http://www.lucelia.sp.gov.br/arquivo/noticia/thumb600x0/16307calcadaverdejpg1

ESPAÇO ÁRVORE

É um espaço destinado a plantio de árvores visando o crescimento do tronco e das raízes com condições de espaçamento

adequado, permitindo o desenvolvimento em diâmetro, sem comprometer a infraestrutura do calçamento.

Consequentemente amplia a área de absorção de águas pluviais, diminuindo os riscos de alagamentos e enxurradas.

Promove o crescimento saudável e garante a integridade da espécie. O espaço deverá ser identificado com coordenadas,

gravadas em placas. Para mais informações, consulte o Setor Municipal de Meio Ambiente.

Figura 2Fonte: https://www.olimpia.sp.gov.br/noticias/projeto-espaco-arvore-implanta-novas-medidaspara-plantio-e-manejo-de-arvores/53448

Referências

ABNT 16 246-1 Secretaria Municipal de Verde e Meio Ambiente de São Paulo - Cartilha de Arborização Urbana. São Paulo. Secretaria Municipal de Verde e Meio Ambiente de São Paulo - Manual Técnico de Arborização Urbana, 2ª edição, de 2005, São Paulo/SP. Cartilha de arborização urbana de Pederneiras Cartilha de arborização urbana de Araras Secretaria de estado do meio ambiente – Programa Município Verde Azul

GERÊNCIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA, RECURSOS HÍDRICOS E MEIO AMBIENTE

Rua XV de novembro, 261 – Centro – Divinolândia/SP (19)36638100 meioambiente@divinolândia.sp.gov.br www.divinolandia.sp.gov.br Aba: Meio Ambiente

top related