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GOVERNO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE – NÚCLEO REGIONAL DE ENSINO DE APUCARANA PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
SUELI DE FÁTIMA DIAS
Objeto de Aprendizagem Colaborativa – OAC apresentado como material didático ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE - SEED-PR, sob orientação da Profª. Drª Marlene Rosa Cainelli, do Departamento de História da Universidade Estadual de Londrina- UEL
Apucarana Março/2008
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A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA NO SÉCULO XX: propostas de abordagem a
partir da história temática como metodologia de ensino
Autor: Sueli de Fátima Dias Estabelecimento: Colégio Estadual Nilo Cairo Ensino: Médio Disciplina: História Conteúdo Estruturante: Relações de Trabalho Conteúdo Específico: A industrialização do sudeste brasileiro, nas décadas de 1920 a 1940.
1. RECURSOS DE EXPRESSÃO:
1.1 – chamada:
Título:
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA NO SÉCULO XX: propostas de abordagem a
partir da história temática como metodologia de ensino
Texto:
Neste OAC abordamos o ensino de História a partir de possibilidades de trabalho com
a metodologia de História Temática. Essa metodologia vem sendo discutida no Brasil,
especialmente, a partir da década de 1980, quando muitos pesquisadores do Ensino de
História relacionaram essa experiência com um processo de mudanças que pretendia atender
às necessidades do ensino e aprendizagem das novas gerações, sem, contudo, perder a
garantia de conceitos fundamentais para a disciplina (Bittencourt, 2004).
A História Temática quando tratada como metodologia de ensino integra-se ao
processo das discussões sobre a renovação do ensino da disciplina e por essa perspectiva está
indicada nas atuais Diretrizes Curriculares de História do Estado do Paraná como prática de
ensino para as séries do Ensino Médio. Também está contemplada em diversos materiais
“Quem sabe aonde quer chegar, escolhe o caminho certo e o jeito de caminhar”.
Thiago de Mello
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didáticos, assim como no Livro Didático Público de História (LDP), a partir de suas seleções
de conteúdos, organização e apresentação dos textos.
O LDP é um material disponível para alunos e professores da rede pública do Estado
do Paraná e de fácil acesso para os demais. Sua estrutura, por meio de temas, rompe com a
divisão quadripartite da História da Humanidade e com a obrigatoriedade de contemplar no
Ensino Médio “toda a História”, como se os conteúdos representassem um fim em si mesmo,
e não um meio pelo qual o professor age no sentido de construir instrumentos de análise para
o aluno se situar em seu tempo e melhor entender o passado em sua historicidade.
Para desenvolver nossas considerações acerca da metodologia da História Temática
apoiamo-nos no grande tema - “O Mundo do Trabalho na sociedade brasileira do século XX”.
Considerando-o gerador ou Eixo Temático para outras abordagens e a partir da necessidade de
delimitar o tema a um período e local definidos (MATTOZZI, 2004), optamos pelo conteúdo
- A industrialização do sudeste brasileiro nas décadas de 1920 a 1940 – como um recorte
mais específico.
Apesar dos diferentes caminhos na abordagem deste conteúdo ou na elaboração de um
plano de ensino temático percebemos que mesmo partindo de perspectivas distintas, as
propostas de trabalho se relacionam com os objetivos de ensino da disciplina e a compreensão
do processo de construção do saber histórico.
Entre as motivações para o estudo de metodologias do ensino temos a proposta das
atuais Diretrizes Curriculares de História do Estado do Paraná que relacionam a História
Temática para o Ensino Médio, mas não consideram as diversas possibilidades de abordagem
dessa prática. Essa questão deve ser observada em sua complexidade, pois entre outras
perspectivas, pode ser tratada como História Temática ou História por Eixos Temáticos
(BITTENCOURT, 2004) (grifo nosso). É a partir dessas considerações que fundamentamos
nossa compreensão acerca dessa metodologia e para tanto, precisamos diferenciá-las. Tal
diferenciação “é necessária para evitar equívocos como os que ocorreram em algumas
propostas recentes do Ensino de História. Sua importância reside na formulação de um projeto
educacional com maior flexibilidade”. (BITTENCOURT, 2004, p.127).
São as investigações acadêmicas que se aproximam mais da História Temática porque
se propõem a analisar em profundidade e de forma verticalizada um tema embasando-o em
referenciais teóricos e bibliográficos, seguindo critérios pré-estabelecidos pelos objetivos da
pesquisa. Já, na cultura escolar, são mais comuns os Eixos Temáticos ou Temas Geradores,
pois apresentam maior flexibilidade e possibilidades de incorporação de diversos conteúdos a
partir da seleção de um tema. Sua análise é horizontalizada e pode direcionar as abordagens
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interdisciplinares. Reconhecemos a importância de identificar e caracterizar tais diferenças e,
como afirma Fonseca (2006), consideramos que é a objetividade do planejamento, em vista da
realidade e necessidades do aluno, que determinará as relações interdisciplinares e o
encaminhamento metodológico do professor.
Este OAC integra os trabalhos produzidos no Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE/2007, no qual as professoras Siumara Sagati e Sueli de Fátima Dias, sob
orientação da Profª Drª Marlene Rosa Cainelli, do Departamento de História da Universidade
Estadual Londrina, desenvolvem seu plano de estudos e tem como objeto, a História Temática
como metodologia de ensino de História no Ensino Médio. Em sua estrutura procura
proporcionar um diálogo entre a metodologia e o conteúdo e, para tanto, integra uma
discussão sobre a fundamentação e histórico de implantação da História Temática no ensino
de História com um recorte específico que neste material é - A industrialização do sudeste
brasileiro nas décadas de 1920 a 1940. Essa integração pode ser observada nos recursos
desse ambiente que apresentam referências ou considerações, ora metodológicas, ora do
conteúdo de ensino abordado.
REFERÊNCIAS: BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História. Brasília: MEC, 1998. BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: Ministério da Educação, 1999. FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de Ensino de História- experiências, reflexões e aprendizagens. 5ª ed. Campinas: Papirus, 2006. MATTOZZI, Ivo. Enseñar a Escribir Sobre La Historia. In: Enseñanza de Las Ciencias Sociales. Barcelona, nº 3, 2004. p.39-48. _____________ La transposición del texto historiográfico: um problema crucial de la didáctica de la história. In: Teoria y Didáctica de las Ciências Sociales. Nº 4. Universidade de Bologna: 1999. ____________ II bricolage della conoscenza stórica. In: S. Presa. Che storia insegno quest’anno. I nuovi orizzonti della storia e il suo insegnamento. Aosta, 2004. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – História. 2006.
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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Livro didático público - História. Disponível em: <http://www.seed.pr.gov.br/portals/livrodidatico/frm_resultadoBuscaLivro.php> Acesso em 23 jan 08.
2. RECURSOS DE INVESTIGAÇÃO:
2.1 – Investigação Disciplinar
As orientações das Diretrizes Curriculares do Ensino de História, do Estado do Paraná,
sugerem a História Temática como metodologia de trabalho para o professor no Ensino
Médio. A partir desse princípio o LDP de História apresenta temas que se articulam aos
conteúdos estruturantes – Relações de Trabalho, Relações de Poder, Relações de Cultura. Os
temas são pontos de partida e geradores de outros subtemas, mas como afirma Bittencourt
(2004), a expansão e a diversificação dos assuntos é uma característica comum nessa prática
pedagógica.
Para fundamentar nossas considerações acerca da metodologia da História Temática
neste OAC, partimos do grande tema - “O Mundo do Trabalho na sociedade brasileira do
século XX”. Reconhecemos esse assunto, inclusive também contemplado pelo LDP de
História, como um eixo gerador e, a partir dele, selecionamos um novo recorte delimitando a
abordagem em vista da expansão da industrialização em um período e local mais específico,
ou seja, - A industrialização no sudeste brasileiro, entre as décadas de 1920 a 1940
Esse encaminhamento de delimitação é indicado para o desenvolvimento da
metodologia de História Temática (MATTOZZI, 2004), e pode ser adaptado à dinâmica do
cotidiano e cultura escolar. Uma outra característica importante são as relações dessa prática
com os objetivos do ensino de História, pois devemos ter como base que o estudo dessa
disciplina, mais que apresentar fatos e datas, deve levar a compreensão de como é produzido o
conhecimento histórico. Nessa perspectiva não são as quantidades de conteúdos que
conduzem a aprendizagem, mas as relações e significados que estes podem estabelecer
(HORN e GERMINARI, 2006).
A industrialização no sudeste brasileiro, entre as décadas de 1920 a 1940
Presente em outros períodos da História do Brasil a industrialização consolidou-se em
nosso país, na segunda metade do século XX, como conseqüência do desenvolvimento e
investimentos da lavoura cafeeira. Além das indústrias, tais investimentos, desde o fim do
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século XIX, favoreceram os transportes, a urbanização e o comércio, permitindo que esses
setores formassem uma interdependência e uma dinâmica de crescimento das cidades, do
consumo, da preparação para o trabalho, enfim, uma estrutura econômica capaz de concorrer
com a dominante estrutura agrária do país. As vantagens de uma economia protecionista para
o setor cafeeiro, até sem explicitar esta pretensão, favoreceram a produção industrial, pois o
câmbio baixo formava uma barreira alfandegária e favorecia a produção interna.
Até o início do século XX, o maior desenvolvimento industrial brasileiro se
concentrava no Rio de Janeiro. Foi a partir da Primeira Guerra Mundial e do início da crise da
lavoura açucareira que as indústrias se expandiram mais para as demais regiões do sudeste,
dando início à construção do maior pólo industrial do país – São Paulo.
Com a Primeira Guerra Mundial operou-se uma forte divisão do mercado. Houve uma
diminuição ou até uma interrupção de produtos importados dos países que estavam em guerra,
como exemplo, a Grã-Bretanha, e isso promoveu a produção interna para atender as
necessidades de consumo. Mas, pela falta de políticas de incentivo a este setor, percebemos
que não surgiram grandes investimentos, apenas o aproveitamento das condições e a
utilização plena da capacidade de produção já instalada, especialmente, em produtos como
roupas e alimentos.
Outro fator que deve ser considerado é a maior influência de uma nova potência
imperialista – Os Estados Unidos da América. Até o início do século XX, o Brasil foi
fortemente influenciado e dependente dos investimentos ingleses e estes se destinavam mais
ao setor terciário (construção de ferrovias, fundação de bancos, fundação de companhias de
seguros, etc.). Com o predomínio da influência dos EUA os investimentos externos se
concentravam mais no setor secundário, sobretudo nas indústrias que visavam à produção
para a elite e para o mercado externo. Podemos citar, como exemplo, empresas que se
instalaram no Brasil para produzir carne congelada e destiná-la à exportação.
Já reconhecemos que a metodologia de História Temática exige que permanentemente
façamos escolhas e selecionemos recortes de novos temas. Os critérios para a seleção destes
temas podem seguir padrões particulares e específicos de cada realidade, ou seja, podem ser
definidos conforme a motivação ou necessidade da turma, disposição do professor ou
facilidade de acesso a materiais didáticos e de apoio. No caminho que adotamos para abordar
a industrialização na região sudeste, podemos, por exemplo, a partir deste ponto, considerar as
condições de trabalho no contexto de expansão das indústrias e relacioná-las as teorias da
melhoria da produção que predominavam nos EUA.
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Segundo Monteiro (1996) as novas fábricas que se instalaram no sudeste brasileiro ou
aquelas que aumentavam sua produção dependiam basicamente da tecnologia, maquinários e
investimentos estrangeiros, especialmente, dos EUA. Entre as principais fábricas podemos
citar a Ford Motor Company (1920) e a Firestone Tire and Rubber Company (1923).
Nos EUA, desde o início do século XX, várias teorias se destinavam a planejar o
aumento da produção e o maior aproveitamento da força de trabalho. Taylor e Ford são os
principais criadores dessas idéias que tiveram muitos aspectos aplicados às fábricas
brasileiras.
Taylor (1856-1915) trabalhou como mecânico em fábricas de produção de aço e
graduou-se em Engenharia. Revolucionou o mundo do trabalho com seu livro Princípios da
Administração Científica, uma espécie de Bíblia para os administradores e patrões que
procuravam aumentar a produção sem contratar novos trabalhadores. Analisou
matematicamente a função dos empregados, calculou número de passos, movimentos,
repetição de gestos e, finalmente, apresentou a tese que, para maior produtividade, deve
existir planejamento das tarefas e aproveitamento do tempo.
Henry Ford (1863-1947) fundou a Ford Motors Company e tornou-se o maior
empresário do ramo de produção de automóveis. Racionalizou o processo de produção,
criando, em 1909, a linha de montagem, onde uma esteira conduzia os veículos e as
ferramentas até os trabalhadores. Consolidou a indústria automobilística e barateou os preços
dos carros. Criou um sistema de controle, que ia desde o controle da produção da matéria-
prima, ferramentas, energia, transportes, até a formação da mão-de-obra; tudo para obter
diminuição dos custos e elevação da margem de lucros.
Também data de fins dos século XIX e início do século XX a formação do Movimento
Operário no Brasil (SINGER, 1994). Suas ações eram diversificadas, iam desde a organização
política para compreender as relações do sistema capitalista que se consolidavam com a
expansão das fábricas, até as formas de assistência e mobilizações beneficentes.
Em 1908 ocorreu a fundação da Confederação Operária Brasileira que buscava a
integração de sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do
Sul para dar unidade à união e reivindicações das lutas operárias. Nesse período, circulavam
inúmeros jornais e panfletos produzidos por diversos sindicatos, muitos, inclusive, escritos em
espanhol ou italiano, procuravam, além da informação e fortalecimento do operariado,
divulgar análises e críticas da situação política e econômica do país e dos trabalhadores. Esses
materiais facilitaram a disseminação de novos pensamentos políticos no Brasil, tais como, o
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anarquismo, o anarco-sindicalismo, o socialismo, a formação de movimentos grevistas como
a Greve Geral de 1917 ou a fundação do PCB – Partido Comunista Brasileiro.
Essa greve tem importância significativa da demonstração de força do movimento
operário e pode ser analisada em maior profundidade como mais uma das situações possíveis
quando o professor adota a metodologia de trabalho a História Temática.
A influência da Revolução Russa de 1917 e a propagação das idéias marxistas
marcaram o desenvolvimento do movimento operário, no Brasil, a partir da década de 1920,
ao mesmo tempo em que a crise da lavoura cafeeira impulsionava o crescimento industrial. O
Estado, no contexto das mudanças políticas do governo de Vargas, voltou-se ao crescimento
desse setor e para acompanhá-lo, criou em 1930, o Ministério do Trabalho, Indústria e
Comércio, além de incorporar na Constituição de 1934 leis que se referiam ao mundo do
trabalho. Estas leis estabeleciam, entre outros pontos, o salário mínimo, a jornada diária de 8
horas, o descanso semanal, as férias anuais, a proibição do trabalho para menores de 14 anos.
A legislação representa uma conquista, mas eram reivindicadas desde a formação do
movimento operário e muitas leis até já haviam sido aprovadas em anos anteriores. Muitos
pesquisadores interpretam a inserção desses direitos na Constituição como uma ação
assistencialista e manipuladora do Estado. Uma preocupação em frear e controlar o
crescimento e influência política da organização dos trabalhadores. Um estudo sobre a relação
do governo de Vargas com os sindicatos pode nos auxiliar numa análise mais profunda desse
pensamento.
Observando os dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas,
percebemos que o crescimento industrial inicia um processo de montagem de novas indústrias
de produção de energia e maquinários, objetivando a substituição das importações, porém
mantém a dependência estrangeira. Outro fator importante é a elevação do número de
habitantes. A cidade de São Paulo, como conseqüência direta da migração em busca do
emprego nas fábricas, saltou de 180 mil habitantes no final do século XIX para 580 mil
habitantes em 1920.
A arte produzida nesse período e conhecida como Movimento Modernista nos ajuda a
reconhecer as transformações tanto do espaço, quanto dos costumes e das relações entre as
pessoas nesse contexto de mudanças. Artistas dedicados especialmente à pintura e à literatura
provocavam com suas obras a observação da nova realidade de industrialização e
urbanização. Os principais artistas da primeira fase desse movimento são: Mário de Andrade,
Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Antônio de Alcântara Machado, Menotti del Picchia,
Cassiano Ricardo, Guilherme de Almeida, Plínio Salgado. Eles foram os protagonistas do
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surgimento de outros movimentos, publicação de revistas e eventos como a Semana de Arte
Moderna.
Percebemos que muitas outras considerações sobre as mudanças econômicas,
políticas, culturais e sociais podem fundamentar a compreensão e produção de conhecimento
acerca da industrialização nesse período, mas reafirmamos que o procedimento da
metodologia temática exige opções de recortes e seleção de temas. È uma forma de trabalho
impactante porque rompe a tradição do conteudismo totalizante e este pode ter sido o formato
predominante em nossa formação escolar e talvez, até acadêmica e profissional.
REFERÊNCIAS:
BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. CARMO, Paulo Sergio. História e ética do trabalho no Brasil. São Paulo: Ed. Moderna, 1998 CHALHOUB, Sidney. Trabalho, Lar e Botequim. São Paulo: Brasiliense, 1986. HARDMAM, Foot; LEONARDI, Victor. História da indústria no Brasil. São Paulo: Ática, 1991. HORN, Geraldo B.; GERMINARI, Geyso. O ensino de História e seu currículo – teoria e método. Petrópolis: Vozes, 2006. MATTOZZI, Ivo. Enseñar a Escribir Sobre La Historia. In: Enseñanza De Las Ciencias Sociales. Barcelona, 2004, nº 3, p.39-48. MONTEIRO, Hamilton de Mattos. O aprofundamento do regionalismo e a crise do modelo liberal. In: LINHARES, Maria Yeda (org). História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1996. MUNAKATA, Kazumi. A legislação Trabalhista no Brasil. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1981. SINGER, Paul. A formação da classe operária. 15ª ed. São Paulo: Atual, 1994. 2.2 – Perspectiva Interdisciplinar
O universo escolar analisado em seu contexto sociocultural e educacional pode
considerar a escola como uma instituição social que expressa pluralidades, estabelece
vivências das relações sócio-políticas e é espaço da transmissão e produção dos saberes e
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valores culturais (FONSECA, 2006). Compreender esse contexto nos impele a um processo
de ensino que seja multidisciplinar e respeite as especificidades de cada disciplina, mas seja
interdisciplinar na prática e compreensão do conhecimento.
O ensino de História pressupõe, por si mesmo, a integração entre os conteúdos e as
metodologias de disciplinas diferentes que abordam conjuntamente determinados temas e o
trabalho por meio da metodologia de História Temática ou Eixos Temáticos, adapta-se à
interdisciplinaridade concebendo-a como uma prática cotidiana de produção e transmissão
dos saberes escolares.
O tema – “A industrialização do sudeste brasileiro nas décadas de 1920 a 1940”,
pode ser abordado em diversas perspectivas interdisciplinares, especialmente, com a
Geografia, a Sociologia e a Arte Os conteúdos dependem da opção metodológica do
professor: a História Temática se relacionará comumente com investigações mais específicas
e aprofundadas do tema, delimitando mais precisamente um período e local conforme o
recorte escolhido; o Eixo Temático pode estabelecer análises de temas mais gerais com
períodos e locais mais amplos gerando, inclusive, outros subtemas.
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A interdisciplinaridade será necessária para facilitar uma compreensão mais abrangente do
tema e para tanto pode ser fundamental o apoio da:
• Geografia – na compreensão da expansão da industrialização e urbanização na região
sudeste entre as décadas de 1920 a 1940 e as relações de migração suscitadas nesse
processo;
* A interpretação de mapas facilita a compreensão e discussão dessa temática. Para a
visualização de mapas e leitura de apoio na abordagem podem ser consultados:
- SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ed. Ática, 2000, p. 97.
- BERQUÓ. Elza. Evolução demográfica. In: SACHS, I. et al. Brasil: um século de
transformações. São Paulo: Cia das Letras, 2001.
• Sociologia – na investigação sobre a formação do movimento operário no Brasil, nas
primeiras décadas do século XX, suas reivindicações, estratégias de organização e
principais conquistas;
* O texto A formação da classe operária no Brasil, pode, como leitura de apoio e
aprofundamento, subsidiar essa abordagem.
SINGER, Paul. A formação da classe operária no Brasil. SINGER, PAUL. In: A formação da classe operária. 15ª ed. São Paulo: Atual, 1994.
• Arte – na releitura e interpretação de obras, concebendo-as como documentos
históricos no contexto de consolidação do modernismo e da industrialização no
sudeste brasileiro a partir da década de 1920.
* No site www.tarsiladoamaral.com.br podem ser visualizadas obras da artista, como:
Estação Central do Brasil (1924), São Paulo (1924) ou Operários (1933), além de outras
informações acerca de sua biografia e fases na pintura brasileira.
2.3 – Contextualização
A História Temática no contexto de renovação do Ensino de História
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De acordo com o objetivo deste OAC, abordar o Ensino de História por meio da
História Temática, optamos, neste tópico por contextualizar o processo de implementação e
discussões acerca desta metodologia.
A questão do ensino temático em História não deve ser tratada isoladamente, pois faz
parte de um processo amplo de debate e renovação do ensino da disciplina. Para Circe
Bittencourt (1998), os debates, embora aconteçam em diferentes contextos, tornam-se
bastante acirrados nos momentos de elaboração e implementação de novos currículos.
A partir de meados da década de 80, acontecia em diferentes espaços institucionais –
nas escolas, nas universidades, na imprensa – um debate sobre reformas curriculares que
vinculavam a escola e o ensino ao chamado processo de redemocratização política do país.
Nessas discussões a escola foi vista como um lugar privilegiado a partir do qual ocorreriam
mudanças na sociedade, já que o objetivo do ensino seria a formação de um novo cidadão,
entendido como aquele sujeito que participa ativamente das instâncias políticas e sociais do
seu tempo.
Nesse mesmo período o ensino de História começou a ser alvo de pesquisas
acadêmicas e a produção sobre o tema cresceu atingindo o mercado editorial: começaram a
circular entre os professores livros e coletâneas de textos trazendo narrativas de experiências
desenvolvidas por professores do 1º e 2 º graus e por textos que se ocupavam da discussão
teórica sobre o ensino da disciplina. Entre as publicações é preciso destacar a coletânea
Repensando a História, organizada por Marcos Silva (1984), publicada sob o patrocínio da
ANPUH – Associação Nacional de História e dedicada às discussões sobre o ensino desta
disciplina.
O livro O Ensino de História – Revisão Urgente de Conceição Cabrini (1987) foi outra
importante publicação, que defendeu uma posição polêmica na época, a questão da produção
do conhecimento histórico na escola de 1º grau. Nele é discutida uma experiência de ensino
de História para as 5ª séries, cujo objetivo principal era fazer com que os alunos, partindo de
sua realidade mais próxima, pudessem reconhecer que “a História estuda as ações dos
homens, procurando explicar as relações entre os seus diferentes grupos. Essas relações estão
em permanente movimento, são essencialmente dinâmicas e contraditórias.” (CABRINI,
1987, p.33).
Percebe-se, nas obras citadas, alguns temas recorrentes. Em primeiro lugar, certa
descrição do que seja o ensino de História que está sendo criticado como “o ensino
tradicional” que até então se praticava: trata-se de um ensino excessivamente preso ao livro
didático e à palavra do professor, um ensino desinteressante e desmotivador, afastado do
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cotidiano do aluno que recebe passivamente um conhecimento acabado, um ensino com uma
preocupação excessiva com a memorização e o apego a uma visão factual sem nenhuma
preocupação crítica, um ensino fundamentado na construção de um tempo histórico evolutivo
e progressista (SCHMIDT, 2005; FONSECA, 2005).
Após tecerem suas críticas ao chamado “ensino tradicional”, os autores relatam
experiências de ensino que buscaram alternativas aos problemas apresentados. Nesse caso, há
um grande enfoque na idéia de transformar o ensino em um lugar de produção do
conhecimento histórico e não meramente da sua reprodução e transformação. Há também um
grande destaque dado à experiência de vida dos alunos, ao seu cotidiano, à sua vivência, bem
como uma preocupação em se trabalhar com conceitos. Outro ponto importante nos relatos
das experiências é a preocupação com o método. A maioria dos autores dos textos das
referidas obras discute questões metodológicas, sugerindo diversas abordagens e novas
linguagens para o trabalho em sala de aula: uso de documentos, trabalhos de pesquisa, estudo
de textos com técnicas diversas, estudo do meio, utilização de outros recursos, tais como,
história em quadrinhos, música, teatro, filmes, etc.
Ao mesmo tempo, cresciam nas universidades as pesquisas sobre o ensino de História.
Fonseca (1989) apresenta um balanço das linhas dos trabalhos acadêmicos na década de 80,
mostrando que são basicamente quatro linhas abordadas pelos pesquisadores: a discussão
sobre a produção do conhecimento histórico, como forma de romper com o papel de
reprodução da escola de 1º e 2º graus; o exame dos livros didáticos, significados de sua
utilização e análise dos conteúdos; a questão das diferentes linguagens e recursos didáticos no
ensino de História e, por fim o ensino temático como alternativa inovadora ao ensino de
História tradicional.
Ressaltamos que, do ponto de vista das discussões historiográficas, a academia
passava por um momento de revisões teóricas, com a intensificação de outras influências da
historiografia estrangeira, particularmente aquelas ligadas à Nova História francesa e aos
historiadores da moderna História Social inglesa, como Christopher Hill, Eric J. Hobsbawn e
Edward P. Thompson. Em relação aos primeiros, destaca-se a influência da discussão em
torno da ampliação da noção de documento e da multiplicação dos temas que podem ser
estudados pelos historiadores. Com relação à História Social inglesa, tiveram muita
repercussão, no Brasil, os estudos relativos à classe operária e aos movimentos operários em
geral com a influência das idéias de Thompson sobre a formação da classe operária inglesa.
Assim, os anos 80 são marcados por discussões, propostas de mudanças e revisões na
legislação pertinente ao ensino de História. Sobre esse contexto Fonseca (1995) ressalta que
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a opção por eixos temáticos constitui-se uma das propostas mais renovadoras em termos de ensino da história no 1º e 2º graus, tendo sido experienciada e debatida em vários países, sobretudo na França, inserindo-se em debates da historiografia contemporânea. No Brasil, temos publicadas algumas experiências tópicas, realizadas em escolas de São Paulo e Minas Gerais como iniciativa de grupos de professores ávidos por mudanças ou por projetos especiais desenvolvidos em universidades e escolas isoladas. Em termos de programa curricular o estado de São Paulo é o primeiro a propô-lo.
Na década de 90, a utilização de historiografias mais adequadas aos temas
contemporâneos e uma formação escolar direcionada ao mundo do trabalho e ou à formação
para a cidadania permeavam intensamente os debates entre professores, academia e
associações como a ANPHU.
Nesse mesmo período, surgiu, também, a defesa de uma referência curricular global
para todos os estados brasileiros. A partir da Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996
– Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a qual determinou competência da União, do Distrito
Federal e dos municípios o estabelecimento de novas diretrizes para organização dos seus
currículos e seu conteúdo mínimo -, em 1997 a Secretaria de Educação Fundamental, do
MEC, propôs os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o primeiro e o segundo
ciclos da escola fundamental e, em 1998, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o terceiro
e quarto ciclos.
Na área de História, os Parâmetros Curriculares Nacionais tiveram como proposta
fundamental a modificação da estrutura dos conteúdos apresentados. “A idéia básica era a
transformação dos conteúdos organizados de forma linear em eixos temáticos (...). A
principal justificativa para a mudança era a tentativa de superar o ensino da História baseado
na cronologia.” (Schmidt e Cainelli, 2004).
No final da década de 1990, no Brasil, ao lado das contínuas discussões sobre os
PCNs, a História e o Ensino de História constituíam objeto de preocupações acadêmicas.
O Ensino de História consolidou-se no final do século XX e início do XXI como fértil
campo de investigação, sendo objeto de pesquisa sob diversas perspectivas, em particular a
análise de problemáticas atuais do ensino específico.
Nessa conjuntura a investigação sobre cognição e ensino de História – frequentemente
denominada investigação em educação histórica desenvolveu-se com força em vários países,
nomeadamente na Inglaterra, Estados Unidos e Canadá. Em países como Portugal e Brasil,
este enfoque de pesquisa emergiu recentemente e procura consolidar-se, em diálogo com a
comunidade internacional. Nesses estudos,
os investigadores têm centrado a sua atenção nos princípios, fontes, tipologias e estratégias de aprendizagem em História, sob o pressuposto de que a intervenção na
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qualidade das aprendizagens exige um conhecimento sistemático das idéias históricas dos alunos, por parte de quem ensina ( e exige também um conhecimento das idéias históricas destes últimos). (Barca, 2005, p.15)
No Brasil, estudiosos em educação histórica têm apresentado simpósios em encontros
nacionais de História e de ensino de História, além de consolidarem linhas de investigação
nessa especificidade, em programas de pós-graduação. Em 2006, o país sediou as VI Jornadas
Internacionais de Educação Histórica, o que pode ser considerado também uma demonstração
da existência de um grupo consolidado de investigadores nessa área.
As pesquisas na perspectiva da educação histórica têm subsidiado o desenvolvimento
de práticas de ensino, as quais têm procurado obter algumas respostas à prática cotidiana das
aulas de História, seja em direção à reorganização e resignificação dos conteúdos propostos
em diretrizes curriculares, seja no sentido de se pensar alternativas didáticas que possam
contribuir para a superação de formas de relação com o conhecimento tradicional,
predominantes nas aulas de História no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.
Nesse sentido, alguns elementos vêm sendo destacados pelas possíveis contribuições
com a ruptura do ensino tradicional de História, a saber: a abordagem da História como
processo; o rompimento do conteudismo linear e evolutivo; a problematização como partida e
eixo norteador do processo de ensino; a seleção de temas que privilegiem a análise das
experiências e relações humanas e compreensão das mudanças ou transformações que
ocorreram na sociedade. (Schmidt, 2004)
O historiador Ivo Mattozzi – docente de Metodologia e Didática da História na
Universidade de Bolonha, na Itália – destaca em seus estudos a importância do trabalho
temático em História. Muitos desses trabalhos serviram de suporte para o encaminhamento
metodológico para o Ensino Médio proposto nas Diretrizes Curriculares de História do
Paraná. Segundo Mattozzi
Como el pasado no puede representarse em toda su complejidad, el historiador se ve em la obligación de recortar algún aspecto, o fenómeno, o proceso, o acontecimiento, o personaje... y e instituirlo como un hecho histórico sobre el que focaliza el texto. La primeira operación que debe realizar es tematizar se hecho. (Mattozzi, 2004, p.41)
Como exposto, o ensino da História no Brasil passou por várias transformações, que
acompanharam, muitas vezes, as mudanças ocorridas na organização e nas propostas
educacionais brasileiras. Em determinados momentos, foi feita a opção pela História
Temática, justificada por vários motivos, mas, sobretudo, como resposta aos desafios de um
ensino histórico que pretendesse atender às necessidades das novas gerações.
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Bittencourt (2004) destaca que a prática e a incorporação dessa metodologia gerou
polêmicas e reavaliações. A partir da experiência proposta pela Secretaria de Educação de São
Paulo, em 1986, foram incorporadas diferentes possibilidades de encaminhamento da
metodologia, especialmente, pelas contribuições do formato dos Temas Geradores sugeridos
pela pedagogia de trabalho de Paulo Freire. A autora considera que apesar da convenção em
torno do conceito de História Temática, é possível distingui-la em outros aspectos como o
ensino de História Temática e o ensino por Eixos Temáticos.
O ensino de História Temática é mais comumente encontrado no Ensino Superior
porque se aproxima da pesquisa e prática acadêmica. Nele as condições de estudo que
delimitam assuntos e temas permitem investigações aprofundadas e alicerçadas por uma gama
de referenciais teóricos e bibliográficos mais abrangentes. O ensino de História por Eixos
Temáticos está mais presente no cotidiano escolar do Ensino Fundamental e Médio, pois
nessas modalidades um tema sugerido pode conduzir a abordagens de novos subtemas e
resgatar objetivos da disciplina que se fundamentam na necessidade de promover no aluno a
habilidade de pensar historicamente. Nessa condição não é a quantidade de conteúdos que
qualifica o trabalho do professor, mas os significados e sentidos que estes carregam.
No Ensino Fundamental e Médio são também possíveis as experiências de trabalho a
partir da História Temática e por Eixos Temáticos, mas a lógica de organização do tempo e
dinâmica escolar propiciam mais a prática dos Eixos Temáticos.
REFERÊNCIAS: BARCA, Isabel (org) Actas das IV Jornadas Internacionais de Educação Histórica. Para uma Educação de Qualidade. Universidade do Minho. 2004. _____________. Educação Histórica: uma nova área de investigação? In: ARIAS NETO, José Miguel. Dez anos de pesquisas no ensino de história. Londrina: Atritoart, 2005, p. 15-23. BITTENCOURT, Circe (org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1998. _____________.Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: História. Brasília: MEC, 1998. BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: Ministério da Educação, 1999. CABRINI, Conceição. O Ensino de História – Revisão Urgente. São Paulo: Brasiliense, 1987.
16
FONSECA, Selva Guimarães. Caminhos da História Ensinada. Campinas: Papirus, 1995. _____________.. Ensino de História: Diversificação de Abordagens. In: Revista Brasileira de História. v. 9, n.19, setembro 1989/fevereiro 1990. LUPORINI, Teresa Jussara. Permanências e mudanças nas propostas curriculares para o ensino de História. In: Anais do XX Simpósio da Associação Nacional de História. Florianópolis, 1999. MATTOZZI, Ivo. Enseñar a Escribir Sobre La Historia. In: Enseñanza De Las Ciencias Sociales, Barcelona, 2004. nº 3, p.39-48. _____________.La transposición del texto historiográfico: um problema crucial de la didáctica de la história. In: Teoria y Didáctica de las Ciências Sociales. Nº 4. Universidade de Bologna: 1999. _____________.II bricolage della conoscenza stórica. In: S. Presa. Che storia insegno quest’anno. I nuovi orizzonti della storia e il suo insegnamento. Aosta, 2004. _____________.A História ensinada: Educação cívica, educação social ou formação cognitiva?. O Estudo da História. Actas do Congresso: "O Ensino da História – problemas de didáctica e do saber histórico". Lisboa: Associação de Professores de História, 1998. NADAI, Elza. A Escola Pública Contemporânea: Os Currículos Oficiais de História e o Ensino Temático. In: Revista Brasileira de História. v. 6, n.11, setembro 1985/fevereiro 1986. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – História. 2006. RICCI, Claudi Sapag Ricci. Quando os discursos não se encontram: imaginário do professor de História e a reforma curricular dos anos 80 em São Paulo. In: Revista Brasileira de História. v. 18, n.36, 1998. SCHMIDT, Maria Auxiliadora & CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004. _____________.Os Parâmetros Curriculares e a Formação do Professor: Algumas Reflexões. In: SCHMIDT, Maria Auxiliadora & CAINELLI, Marlene (orgs.) III Encontro: Perspectivas do Ensino de História. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 1999. _____________.História – construindo a relação conteúdo método no ensino de História no Ensino Médio.In: KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2005. SILVA, Marcos A. Repensando a História. Associação Nacional dos Professores Universitários de História. 1984.
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VASCONCELLOS, Maura M. M. Ensino de História: concepção e prática no ensino médio. In. BERBEL, Neusi A N. Metodologia da Problematização: fundamentos e aplicações. Londrina: Eduel, 1998. p.75-115.
3. RECURSOS DIDÁTICOS
3.1 – sítios
http://www.ibge.gov.br/seculoxx/default.shtm Professor,
Nesse endereço eletrônico do IBGE clique em Estatísticas econômicas e faça o download das tabelas que apresentam, em formato excel, dados das indústrias e de outros setores de produção no Brasil, durante o século XX.
Abra a pasta economia e siga na seqüência: atividade_economica, setoriais e finalmente, industria.
Escolhendo, por exemplo, os anos de 1912, serão abertas planilhas com os Resultados gerais do inquérito industrial, segundo os gêneros de indústria — 1912. Tais informações lhe possibilitarão a montagem de gráficos e textos para comparações com outros períodos além, do aprofundamento nesse tema de estudos. Acesso: (nov/2007) http://www.expo500anos.com.br O sítio expo500anos oferece uma série de painéis que abordam vários aspectos da História do Brasil. Tais painéis são compostos de imagens, entre elas charges e documentos usados quase canonicamente em livros didáticos e ainda, pequenos textos. O painel 2 – Economia Brasileira, no item 10 – Modelo de Substituição de Importações, pode ser utilizado no estudo da industrialização no Brasil na primeira metade do século XX. Acesso: (jan/2008) http://www.cpdoc.fgv.br/comum/htm/
O CPDOC – Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, mantido pela Fundação Getúlio Vargas, contém informações imagens, documentos e textos que podem auxiliar professores e alunos em diversos assuntos relacionados ao tema da industrialização no Brasil.
Acesse o site e no título navegando na História, clique na Era Vargas, depois em A Era Vargas – dos anos 20 a 1945 e finalmente em temas. Encontramos na divisão dos governos varguistas, comentários e textos como – Café e indústria, e - Direitos Sociais e Trabalhistas, que apóiam a fundamentação do contexto de desenvolvimento das indústrias no Brasil e suas diversas relações. Acesso: (jan/2008)
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http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/historia/article/view/2664/2201 Neste endereço acessamos o artigo - Lugar de mulher é na fábrica – de Giselle Martins Venâncio. É um texto que subsidia o professor na abordagem do trabalho feminino nas fábricas brasileiras do início do século XX e no contexto da aprovação das leis trabalhistas. Acesso: (nov/2007) 3.2 – sons e vídeos
Vídeo – Meow Direção – Marcos Magalhães Duração – (00:08) Local da Publicação – Brasil Ano – 1981 Disponível em: http://www.portacurtas.com.br/ Vídeo Escola Sinopse – Um gato esfomeado fica sem leite, e é “convencido” a tomar um certo refrigerante. Comentário – Este vídeo em formato de desenho animado pode ser utilizado em vista da temática que abordamos neste OAC e conduzir a discussão sobre a relação entre urbanização, industrialização e necessidades de consumo.
Filme – Tempos Modernos
Direção – Charles Chaplin Duração – (87 min) Local da Publicação – Estados Unidos Ano – 1936 Sinopse: O filme mostra a vida de operários de uma fábrica. Começa com imagens de um rebanho de ovelhas que, na seqüência, são substituídas pela imagem de um grupo de operários saindo da fábrica. Mostra que a massificação do proletariado corresponde ao processo de desumanização imposto pela máquina. Um operário de uma linha de montagem, que testou uma "máquina revolucionária" para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela "monotonia frenética" do seu trabalho. Após um longo período, em um sanatório, ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Comentário: Este filme é um clássico e auxilia na discussão sobre a intensificação das relações de trabalho no sistema capitalista, podendo ser adaptado à realidade de diferentes sociedades.
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3.3 – Proposta de Atividades ATIVIDADE 1:TRABALHANDO COM FONTES ICONOGRÁFICAS
Operários (Tarsila do Amaral/ 1933) - Analise historicamente a pintura apresentada observando os seguintes elementos: 1. Identificação do documento: - autor: - data: 2. Qual o tema desta pintura? 3. Como o tema foi desenvolvido? (formas predominantes, caracterização dos personagens e dos elementos da paisagem) 4. Relacione o tema da obra com o contexto históricos em que foi produzida. ATIVIDADE 2: PESQUISA
SITES ONDE SE ENCONTRAM IMAGENS DA TELA “Operários”: www.geocities.com www.planetaeducacao.com.br www.revistapesquisa.fapesp.br
A imigração pode ser relacionada tanto ao surgimento do movimento operário quanto ao início do processo de industrialização no Brasil.
Faça uma pesquisa, estabeleça essas relações, elabore um dossiê para entregar ao seu professor e, depois, compartilhe as informações obtidas com os colegas
através de uma apresentação do tema em sala de aula. SUGESTÕES PARA A ELABORAÇÃO DO DOSSIÊ:
� elaborar um roteiro com temas e subtemas a serem pesquisados; � pesquisar e registrar as informações colhidas em diferentes fontes, inclusive com
diferentes pontos de vista; � selecionar o que realmente se necessita, seguindo um roteiro preestabelecido; � apresentar o resultado de forma clara, registrando por escrito com as respectivas fontes.
SUGESTÕES PARA A APRESENTAÇÃO DO TEMA EM SALA DE AULA: � Organizar equipes para que cada uma fique responsável por um tema; � Organizar o conteúdo por meio de esquemas para direcionar o trabalho em equipe; � Conferir informações e efetuar correções com a orientação do professor; � Organizar, com a turma, a apresentação, definindo datas e formas de apresentação; usar
imagens, se possível, com recursos como cartazes, painéis, transparências, vídeos, etc.
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ATIVIDADE 3:
O ato de trabalhar era valorizado nas letras de música, nos textos escolares, nas festividades públicas e nos discursos oficiais, que Vargas sempre iniciava com a saudação “Trabalhadores do Brasil!” Qual a relação desse fato com o projeto estatal de desenvolvimento econômico da Era Vargas? Produza uma narrativa histórica sobre a industrialização e o trabalhismo nesse período. SUGESTÃO: Você pode visitar o endereço eletrônico http://www.cpdoc.fgv.br/comum/htm/ para obter mais informações sobre o tema de sua narrativa histórica. ATIVIDADE 4: Interpretação e análise de gráficos e tabelas Visite o endereço eletrônico http://www.ibge.gov.br/home/ , clique em estatísticas do século XX e pesquise os resultados gerais do censo industrial, segundo as classes e gêneros de indústria, das décadas de 1920, 1930 e 1940. Em seguida produza gráficos e tabelas para serem expostos em sala de aula.
O compositor Ataulfo Alves, em parceria com Wilson Batista, produziu em fins de 1940 o samba, O Bonde de São Januário, para o carnaval de 1941. O BONDE DE SÃO JANUÁRIO Quem trabalha é que tem razão Eu digo e não tenho medo de errar O bonde São Januário Leva mais um operário ** Sou eu que vou trabalhar Antigamente eu não tinha juízo Mas resolvi garantir meu futuro Vejam vocês: Sou feliz, vivo muito bem A boemia não dá camisa a ninguém É, digo bem ** “um sócio otário”, numa versão, que, segundo algumas fontes foi censurada pelo DIP.
Trabalhadores homenageiam Vargas na Esplanada do Castelo, 1940. Rio de Janeiro (RJ). (CPDOC/)CDA Vargas) http://www.cpdoc.fgv.br/comum/htm/
“...hoje mais do que nunca, a ociosidade dever ser considerada crime contra o interesse coletivo. Não se pode tolerar a desocupação quando há tantas tarefas urgentes a se realizar.” (Getúlio Vargas)
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ATIVIDADE 5:
Segunda Classe (Tarsila do Amaral/1933) Os Retirantes (Candido Portinari/1944) www.revistamuseu.com.br www.historianet.com.br www.historianet.com.br www.educarede.org.br www.educarede.org.br
1. Identifique cada uma das obras (autoria, data, tipo de documento) 2. Destacar as temáticas representadas nos documentos 3. Estabelecer relações entre as temáticas 4. Identificar os contextos históricos em que foram produzidos 5. Produzir uma narrativa histórica relacionando êxodo rural e industrialização.
3.4 – Imagens
Para observar imagens do trabalho industrial em diversos períodos da História do Brasil
acesse:
http://www2.fiemg.com.br/exposicao_industria/index.htm
Este sítio contém uma exposição com o tema “Industria – a força do Brasil”, foi organizado pela FIEMG e permite a apreciação de dezenas de imagens que revelam a importância da indústria no contexto das relações econômicas, políticas, sociais e culturais do país.
4. RECURSOS DE INFORMAÇÃO
4.1 – sugestão de leitura
• LIVROS:
- Título: Ensino de História: fundamentos e métodos
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Referência: BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.
Nesse livro a autora contempla fundamentos e métodos da disciplina de História
numa abordagem histórica e integrada às atuais propostas. Estabelece as relações entre o
método e as principais características do fazer pedagógico. Analisa os procedimentos
metodológicos considerando as novas linguagens e os recursos de ensino. Encontramos nessa
obra uma caracterização da História Temática e suas possibilidades.
- Título: Ensinar História
Referência: SCHMIDT, Maria Auxiliadora & CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004.
Esse material oferece diversas propostas para o Ensino de História e reúne questões
relativas à metodologia e à prática fundamentadas pela produção historiográfica e atuais
propostas pedagógicas.
- Título: Didática e prática de Ensino de História
Referência: FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de Ensino de História- experiências, reflexões e aprendizagens. 5ª ed. Campinas: Papirus, 2006.
Nesse material a autora apresenta um panorama sobre as dimensões do Ensino de
História e a formação de seus professores e conclui com reflexões sobre a didática e questões
metodológicas do ensino da disciplina.
• PERIÓDICO
Título: O ensino de História no Brasil: trajetória e perspectiva.
Referência: NADAI, Elza. O ensino de História no Brasil: trajetória e perspectiva. In: Revista Brasileira de História. São Paulo. v. 13, n.25/26, set 1992/ago 1993, pp. 143-162. Nesse artigo a pesquisadora destaca a trajetória e a organização de currículos de
História e a implementação do Ensino de História por Eixos Temáticos, abordando as relações
que persistem e se modificam na consolidação curricular da disciplina.
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• INTERNET:
- Título: Quando os discursos não se encontram: imaginário do professor de História e a
reforma curricular dos anos 80 em São Paulo
Referência: RICCI, Claudi Sapag Ricci. Quando os discursos não se encontram: imaginário do professor de História e a reforma curricular dos anos 80 em São Paulo. In: Revista Brasileira de História. v. 18, n.36, 1998. Disponível em: <www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01881998000200004 - 77k> Acesso em: 13 nov 2007. Nesse artigo encontramos representações de professores acerca da estrutura curricular da
disciplina de História e uma análise do processo de implantação das propostas da Secretaria
de Educação de São Paulo que, por meio da CENP (Coordenadoria de Estudos e Normas
Pedagógicas) e convênios com a Universidades de São Paulo, apontavam para as mudanças e
novas metodologias do ensino de História, entre elas, especialmente a introdução da História
Temática.
4.2 – notícias
- Título: Trajetórias da investigação em didática da História no Brasil: a experiência da
Universidade Federal do Paraná
Referência: SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Trajetórias da investigação em didática da História no Brasil: a experiência da Universidade Federal do Paraná. Epistemologia e Metologia de las Ciencias Sociales. Espanha. s/d. Disponível em <www.ub.es/histodidactica/Epistemolog%EDa/Auxiliadora.pdf> Acessado em 21 jan 2008.
Essa pesquisadora, que é docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da
Universidade Federal do Paraná; na disciplina de Metodologia do Ensino e Prática de Ensino
de Historia e coordenadora do Laboratório de Pesquisa em Educação Histórica, também
sediado na UFPR, destaca nesse artigo as investigações acerca do ensino de História que vêm
sendo realizadas neste laboratório, por meio de pesquisas ou grupos de estudos e a partir da
interação entre a universidade e a Escola Básica.
4.4 – Paraná
Universidades no Estado do Paraná mantém laboratórios de ensino de História:
• UFPR - Laboratório de Pesquisa em Educação Histórica-Lapeduh Esse é um espaço vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPR. Desenvolve desde 2003, pesquisas sobre a Educação História em parceria com a Universidade
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do Minho, em Portugal, coordena um projeto de investigação sobre os jovens e o ensino de História nos países iberoamericanos, sob a coordenação internacional da Universidade de Barcelona e possui um Núcleo de Pesquisa e Produção de Materiais Didáticos, o qual tem desenvolvido projetos de pesquisa e assessoramento junto a órgãos de eduçação pública municipal e estadual.
• UEL - Laboratório de Ensino de História
O Laboratório de Ensino de História constitui-se em um conjunto de ações que envolvem pesquisa, extensão e ensino, tendo como objetivo proporcionar formação continuada para professores do ensino fundamental e professores da área de História dos ensinos fundamental e médio. O laboratório de ensino de História desenvolve pesquisas na área de ensino de História e educação. Projetos de extensão que privilegiam o espaço da sala de aula como campo de atuação. Edita a Revista História e Ensino e o Boletim Informativo.
Para conhecê-lo, acesse: http://www2.uel.br/laboratorios/labhis/
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ANEXOS
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Para inscrição deste OAC no Sistema, em 2008, tivemos que nos adequar às novas exigências
para produção de atividades:
De acordo com tais exigências, em 2008, seguimos as seguintes considerações:
• Informar o Tipo de Atividade (análise, prática, discussão, observação etc);
• Objetivos a alcançar;
• Recursos utilizados (computador, texto, vídeo etc);
• Método Utilizado (em grupo, individual, expositivo,dramatização, etc);
• Desenvolvimento (procedimentos do professor e do aluno passso a passo);
• Número de alunos;
• Avaliação (descrever estratégia de avaliação)
As atividades ficaram assim definidas:
3.3 – Proposta de Atividades
Atividade 1: Trabalhando com Fontes Iconográficas Tipo: análise de fontes iconográficas Objetivos: analisar fontes visuais como documentos históricos que acrescentam interpretações sobre a industrialização no sudeste brasileiro, no início do século XX. Recursos: computador Procedimento: em grupo Desenvolvimento: 1) Pesquise e observe a obra Operários produzida em 1933 por Tarsila do Amaral. Ela pode ser observada nos seguintes endereços: www.geocities.com www.planetaeducacao.com.br www.revistapesquisa.fapesp.br
Acessados em jan de 2008 2) Analise historicamente a pintura apresentada observando os seguintes elementos:
a). Identificação do documento: - autor/data: b) Qual o tema desta pintura? c) Como o tema foi desenvolvido? (formas predominantes, caracterização dos personagens e dos elementos da paisagem) d) Relacione o tema da obra com o contexto históricos em que foi produzida.
Número de alunos: turma toda Avaliação: Exposição e produção de narrativas dos alunos que desempenharam a atividade
Atividade 2: A imigração e as suas relações com a industrialização e formação do Movimento Operário no Brasil: Tipo: pesquisa e elaboração de Dossiê/relatório Objetivos: Incentivar a prática investigativa e a elaboração de relatórios como técnica do ensino de História Recursos: internet, livros Procedimento: formação de equipes de trabalho
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Desenvolvimento: A imigração pode ser relacionada tanto ao surgimento do movimento operário quanto ao início do processo de industrialização no Brasil. Faça uma pesquisa, estabeleça essas relações, elabore um dossiê para entregar ao seu professor e, depois, compartilhe as informações obtidas com os colegas através de uma apresentação do tema em sala de aula. SUGESTÕES PARA A ELABORAÇÃO DO DOSSIÊ:
� elaborar um roteiro com temas e subtemas a serem pesquisados; � pesquisar e registrar as informações colhidas em diferentes fontes, inclusive com diferentes pontos de
vista; � selecionar o que realmente se necessita, seguindo um roteiro preestabelecido; � apresentar o resultado de forma clara, registrando por escrito com as respectivas fontes.
SUGESTÕES PARA A APRESENTAÇÃO DO TEMA EM SALA DE AULA: � Organizar equipes para que cada uma fique responsável por um tema; � Organizar o conteúdo por meio de esquemas para direcionar o trabalho em equipe; � Conferir informações e efetuar correções com a orientação do professor; � Organizar, com a turma, a apresentação, definindo datas e formas de apresentação; usar imagens, se
possível, com recursos como cartazes, painéis, transparências, vídeos, etc. Número de alunos: mínimo 3 e máximo 5 alunos por equipe Avaliação: Apresentação do tema pesquisado
Atividade 3: Produção de Narrativas Tipo: discussão Objetivos: Desenvolver a capacidade de análise e abstração no processo de ensino-aprendizagem por meio da produção de narrativas. Recursos: textos, internet Procedimento: trabalho individual Desenvolvimento: Observe os seguintes fragmentos acerca do trabalho e dos trabalhadores no contexto do governo provisório de Vargas: a) O compositor Ataulfo Alves, em parceria com Wilson Batista, produziu em fins de 1940 o samba, O Bonde de São Januário, para o carnaval de 1941. O BONDE DE SÃO JANUÁRIO Quem trabalha é que tem razão Eu digo e não tenho medo de errar O bonde São Januário Leva mais um operário ** Sou eu que vou trabalhar Antigamente eu não tinha juízo Mas resolvi garantir meu futuro Vejam vocês: Sou feliz, vivo muito bem A boemia não dá camisa a ninguém É, digo bem ** “um sócio otário”, numa versão, que, segundo algumas fontes foi censurada pelo DIP. b) “...hoje mais do que nunca, a ociosidade dever ser considerada crime contra o interesse coletivo. Não se pode tolerar a desocupação quando há tantas tarefas urgentes a se realizar.” (Getúlio Vargas) c) visite o endereço eletrônico http://www.cpdoc.fgv.br/comum/htm/ para observar imagens de passeatas de trabalhadores exaltando o presidente Vargas. Neste endereço as imagens poderão ajudá-lo a obter mais informações sobre o tema de sua narrativa histórica.
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Número de alunos: turma toda Avaliação: Análise das narrativas produzidas pelos alunos.
Atividade 4: Interpretação e análise de gráficos e tabelas Tipo: Interpretação e análise de gráficos e tabelas Objetivos: Desenvolver o hábito de pesquisa e coleta de dados interpretando gráficos e tabelas Recursos: computador Procedimento: em duplas Desenvolvimento: a) Visite o endereço eletrônico http://www.ibge.gov.br/home/ , clique em estatísticas do século XX e pesquise os resultados gerais do censo industrial, segundo as classes e gêneros de indústria, das décadas de 1920, 1930 e 1940. b) Produza gráficos e tabelas para serem expostos em sala de aula. Número de alunos: turma toda Avaliação: Exposição dos gráficos e tabelas produzidas.
Atividade 5: Análise de documentos Tipo: análise de documentos (fontes iconográficas) Objetivos: analisar fontes visuais como documentos históricos que acrescentam interpretações sobre a industrialização no sudeste brasileiro, no início do século XX. Recursos: computador Procedimento: individual Desenvolvimento: a) Procure conhecer as seguintes obras - Segunda Classe produzida por Tarsila do Amaral, em 1933 e Os Retirantes, produzida por Candido Portinari, em 1944. Você pode observá-las pesquisando nos endereços citados abaixo:
• Segunda classe, Tarsila do Amaral, 1933: www.revistamuseu.com.br www.historianet.com.br www.educarede.org.br
• Os Retirantes, Candido Portinari, 1944: www.historianet.com.br www.educarede.org.br
b) Realize as seguintes tarefas: 1. Identifique cada uma das obras (autoria, data, tipo de documento) 2. Destacar as temáticas representadas nos documentos 3. Estabelecer relações entre as temáticas 4. Identificar os contextos históricos em que foram produzidos 5. Produzir uma narrativa histórica relacionando êxodo rural e industrialização. Número de alunos: turma toda Avaliação: Análise do desempenho do aluno e das narrativas produzidas.
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