gomes hipertexto multimodal
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LINKS E ÂNCORAS: ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO HIPERTEXTO
Luiz Fernando Gomes
- Hipertexto Multimodal -
Material elaborado por Thiago Hermont
Hipertexto
É um documento exclusivamente eletrônicocomposto de unidades textuais multimodaisinterconectadas por meio de links, formandouma rede de estrutura não hierárquica e nãolinear.
Os links e as âncoras são os elementos constitutivos do hipertexto.
Conceitos
Âncora:
Uma área dentro do conteúdo de um nó que é afonte ou o destino de um link. A âncora pode sertodo o conteúdo do nó, (por exemplo, osanúncios pop-up).
Clicar com o mouse sobre área de uma âncoraresulta em chegar-se ao link, deixando a âncorana ponta oposta do link mostrado. As âncorastendem a ser destacadas de modo especial.
Nó:
Os nós são unidades de conteúdo conectadaspelos links. Eles estão presentes emhipertextos fechados, como um CD-ROM, ouem hipertextos abertos, como a web. NaWeb, por exemplo, um nó é a página da Webou qualquer recurso que possua uma URL.
Documento:
Pode ser entendido como uma série deelementos que são definidos por umalinguagem de marcação (HTML ou XML, porexemplo), ou mesmo, qualquer dado quepossa ser representado no formato digital.
Lexia:
A lexia é a unidade básica de informação numhipertexto e é formada por textos hipermodaisou por textosverbais, imagens, vídeos, sons, narrações e aindaícones e botões.
Para Gomes trata-se de um trecho comsentido, um “pedaço” de texto, nó etc. e porunificar todos os termos, sem trazer prejuízo anenhum dos sentidos que se queira atribuir.
Actema:
Refere-se ao nível mais baixo da atividadehipertextual, correspondendo a seguir um link.
Episódio:
Corresponde à combinação de múltiplos actemas coerentes na mente do leitor
Link:
É a unidade de conexão no hipertexto, ou ainda umareferência de documento a outro (link externo) ou deum local a outro no mesmo documento (linkinterno), que pode ser seguido eficientemente usandoum computador.
Para os profissionais da informática, é um elemento denavegação, enquanto que para Landow (1997, p.11) “olink é o elemento que o hipertexto acrescenta à leiturae à escrita”.
Taxonomia dos links por autores
Trigg (1993):
Os links normais têm função retórica e são utilizadospara conectar as lexias, de modo a especificarcontexto, inserir argumentos, declararteorias, sustentar argumentos e apresentar dados.
Os links de comentário trazem críticas e comentários epodem nem ser clicados na primeira leitura ou podemservir de caminho para a segunda leitura.
Rosemberg (1996):
Links disjuntivos (tipo “ou”): quando clicadoslevam o leitor a outro ponto do sistema.
Links conjuntivos (tipo “e”): abrem janelastipo pop-up sobrepostas ao texto que estavasendo lido.
Storrer (2002):
Links podem ser classificados como interno ou externo:
Links internos: quando conectados a nós dentro domesmo hiperdocumento ou dentro do mesmo site.
Links externos: encaminham para outros sites dahyperweb, cujo conteúdo está além do controleimediato do autor.
Keep, McLaughlin e Parmar (2003):
Distinção entre tipos de links e classes de links.
Os tipos de links diferenciam-nos visualmente, facilitando a navegação.
Quanto à classe de link, tem-se quatro categorias:
• Link de referência: é o link típico do hipertexto.
• Link de nota: é uma janela do tipo pop-up que não possui links a seremseguidos a partir dela e o leitor precisa fechá-la para continuar suanavegação.
• Link de expansão: quando acionado, o conteúdo da lexia de destino éexpandido em linha com a âncora fonte.
• Link de comando: ao ser selecionado, uma ação é realizada, como, por exemplo, abrir um novo programa.
La Passardiere e Dufresne (2006):
• Links pontuais: indicam e promovem a passagem doleitor para outra lexia.
• Links estruturais: fornecem uma visão da posiçãorelativa do leitor no hipertexto, como um mapa.
• Ferramentas históricas: possibilitam identificar os nós já acessados.
Baron (1994):
• Links organizacionais: tais como índices, e informações“próxima página”, “página anterior”.
• Links de conteúdo: tratam mais diretamente comrelações específicas entre as lexias dentro de umhipertexto. Subdividem-se em:
*Links semânticos: descrevem a relação ou associaçãoentre as palavras ou conceitos, de três diferentesmodos: similaridade, contraste e relação parte/todo.
*Links retóricos: introduzem definições, ilustrações eresumos.
*Links pragmáticos: definem relações ligadas aresultados práticos, como, por exemplo, um aviso.
Parunak (1991):
• Há três tipos: associativos, agregadores e derevisão. Os associativos são os mais comuns epodem relacionar uma palavra ou frase a umaproposição maior, geralmente para especificar-lhe o significado.
• Os links que ligam proposições entre sidescrevem relações entre nós com conteúdomais complexo e são divididos pelo autor emquatro categorias: links de orientação, deimplicação, paráfrases e links ilustrativos.
• Gomes, em consonância com Kopak, entende ohipertexto como algo mais que uma coleção desimples associações, às vezes ambíguas, depedaços de informações, sendo precisocompreender os diversos tipos de links e suasrelações.
• Assim, nesse entendimento, os links são um meiode expressão do autor e também uma forma deorientar o leitor sobre o destino dos links.
Conclusão
Gomes acredita que para o autor de umhipertexto o mais aconselhável torna-seidentificar as necessidades expressivas e asrelações de sentido entre cada parte dohipertexto e de suas lexias, e criar seus links eâncoras em função delas.
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