geomorfologia fluvial

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GEOMORFOLOGIA

FLUVIAL

Disciplina de Geomorfologia do Quaternário

Orientador: José Fernando Bezerra

Monitora: Caroline Jardim da Silva Lisboa

GEOMORFOLOGIA FLUVIAL

É o estudo que engloba os cursos de água e as bacias

hidrográfica;

Cursos d’água

Engloba os processos fluviais e as formas resultantes

dos escoamento das águas;

Bacias Hidrográficas

Características das bacias que condicionam o regime

hidrológico.

PARTES DE UM RIO

Cabeceira ou nascente: onde o rio nasce;

Foz ou exultório: onde o rio termina, deságua. Pode ser do tipo estuário e tipo delta;

Curso ou leito: caminho percorrido pelo rio;

Margens: porções de terra que ficam de um lado e do outro do rio;

Afluentes: rios menores que deságuam em rios maiores;

Bacia Hidrográfica Conjunto de todos os elementos de um rio e as terras

drenadas pelos cursos d’água.

RELAÇÃO DOS CURSOS D’ÁGUA E

BACIA HIDROGRÁFICA

Representação de uma bacia hidrográfica.

Fonte: Infoescola, 2012.

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE

GEOMORFOLOGIA FLUVIAL

É um setor de destaque na ciência geomorfológica,

devido a sua importância para a vida humana;

Várias produções científicas ao longo da história;

Ênfase de alguns estudos brasileiros

Década de 70 – Atuação do homem sobre o meio fluvial;

Década de 70 e 80 – Sistematização dos estudos

sedimentológicos, com Christofoletti e Bigarella.

CONCEITO DE RIOS

Dicionário Aurélio: “Rio é uma corrente contínua de

água, mais ou menos caudalosa, que deságua no mar ou

lago.”

Para Entender a Terra: “ Rio é um agente de grande

importância no transporte dos materiais intemperizados

das áreas mais elevadas para as mais baixas, do

continente para o mar.

Dicionário Geológico-Geomorfológico: “Rio é qualquer

fluxo canalizado, e as vezes é empregado para referir-se

a canais destituídos de água.”

EM RELAÇÃO AO FLUXO DE ÁGUA, OS RIOS

PODEM SER DIVIDIDOS EM:

Fonte: Press et at (1999).

RIOS INTERMITENTES

Fonte: Anafluxus, 2012.

RIOS PERENES

Rios da Região Amazônica. Fonte: Anafluxus, 2012.

EM RELAÇÃO A FOZ, PODEM SER:

Tipo Estuário;

Fonte: SOUSA, 2008.

Tipo Delta.

Fonte: CABO, 2010.

BACIA DE DRENAGEM

Rio separado de outra bacia de drenagem por meio de um divisor de águas;

Os fatores(clima, cobertura vegetal, litologia...) podem repercutir direta ou indiretamente nos rios.

Escoamento Fluvial É uma parte do ciclo hidrológico e a sua alimentação se

processa das águas superficiais e subterrâneas.

Divisores de águas São áreas mais altas, na quais separam águas para

diferentes bacias.

OS DIVISORES DE ÁGUAS, PODEM SER:

Topográfico ou Superficial: Ponto mais alto do relevo;

Geológico: Relacionado a Estrutura Geológica, ligado a

rocha matriz – pode ser permeável ou impermeável;

Freático ou Subterrâneo: é mais difícil de ser localizado e

varia com o tempo – relacionado os estudos de

hidrologia;

REPRESENTAÇÃO DE DIVISORES DE ÁGUAS

Fonte: GUERRA; CUNHA, 1996.

RELAÇÃO DO RIO E O LENÇOL SUBTERRÂNEO

Águas subterrâneas alimentam os cursos d’água.

Rios Efluentes: recebem contribuição contínua de água

do subsolo(regiões úmidas).

Rios Influentes: perdem água para o subsolo(regiões

secas).

QUANTO AO FLUXO

Fluxo Laminar: Escoa em canal reto, suave e baixa

velocidade, flui em camadas paralelas.

Fonte: Infoescola, 2008.

Fluxo Turbulento: Variedade de movimentos caóticos,

heterogêneos, correntes secundárias contrárias ao rio principal.

Pode ser do tipo Corrente e Encachoeirado.

Fonte: Infoescola,2008.

PERFIL LONGITUDINAL E TRANSVERSAL

Perfil Longitudinal: Corte feito desde a nascente a foz,

está relacionado a capacidade de erodir e transportar.

Perfil Transversal: Forma do leito do canal.

REPRESENTAÇÃO DO PERFIL LONGITUDINAL E

TRANSVERSAL DE UM RIO.

Fonte:JÚLIO,2012.

TRANSPORTE DE SEDIMENTOS

Rios variam com a capacidade de erodir e carregar grãos

de areia e sedimentos(variedade granulométrica);

Fluxos laminares carregam partículas menores e leves;

Fluxos turbulentos dependendo da velocidade podem

mover partículas que variam de argila até seixos e

calhau;

TRANSPORTE DE PARTÍCULAS DE UM RIO

Movimentos das partículas estão relacionadas aos processos de Suspensão,

Rolamento/Deslizamento e Saltação .

Fonte:UELM,1991.

FISIOLOGIA FLUVIAL

Tipos de Leito

Varia devido a descarga e topografia dos canais;

Lembrando: Leito é a extensão de um terreno sobre qual

o rio flui/percorre/escoam as águas. Podem ser menor,

vazante, maior e maior excepcional.

Leito menor

Área ocupada pelas águas, impede o crescimento da

cobertura vegetal e tem margens bem definidas.

Leito Vazante

Parte ocupada durante as águas de vazante, percorrem

dentro do leito menor- segue o talvegue;

Leito Maior

Águas regulares, pelo menos uma vez no ano durante as

cheias;

Leito Maior Excepcional

Área ocupada durante as grandes cheias, enchentes,

intervalos irregulares.

REPRESENTAÇÃO DOS TIPOS DE LEITOS

Fonte: Christofoletti, 1980.

TIPOS DE CANAIS

Padrões de canais são os ajustes do canal à sua seção

transversal (forma do leito do canal). Estão relacionados

a uma série de fatores: descarga, carga de sedimentos,

declive, largura e profundidade, velocidade e rugosidade.

As bacias hidrográficas podem apresentar 3 tipos de

padrões de canais ao longo de um sistema fluvial. Podem

ser: retilíneos, anastomosados e meandrantes.

CANAIS RETILÍNEOS

Canais naturais retos(pouco frequentes);

Trechos curtos, exceto os controlados por linhas de

falhas e fraturas;

Condições básicas para existência de um canal reto: leito

homogêneo e igualdade de resistência à atuação das

águas.

CANAIS RETILÍNEOS

Representação de um canal retilíneo.

Fonte: Bigarella,1979.

CANAIS ANASTOMOSADOS

Grande carga de fundo;

Ramificações ou múltiplos canais que se subdividem e se

reencontram;

Formações de ilhas assimétricas e barras

arenosas(bancos de areia). Podem se encontrar

parcialmente ou totalmente emersos;

Outras características básicas: Largo, raso,

simétrico(pontos altos e baixos), flutuação de descarga e

rápido transporte de sedimentos;

Cargas são dentríticas, grosseiras e heterogêneas.

CANAIS ANASTOMOSADOS

Fonte: Bigarella, 1979.

CANAIS MEANDRANTES

Localizam-se em áreas úmidas;

Coberto por vegetação ciliar;

Curvas harmoniosas e semelhantes em si;

Estabilidade do canal;

Transporte de sedimentos finos e mais selecionadas.

Início do meandramento: Definição de margens e

deposição;

CANAIS MEANDRANTES

Fonte: Bigarella, 1979.

TERMINOLOGIAS ESPECÍFICAS

Meandro abandonado

Margens côncavas que sofrem ação erosiva, a zona é

estrangulada pela formação e desenvolvimento de bancos

sedimentares, desligando parte do curso;

Barras de Pontal

Corrente que erode a parte externa(corrente mais forte) e

deposita na interna(corrente mais lenta).

REPRESENTAÇÃO DE UM MEANDRO

ABANDONADO

Fonte: SuaPesquisa.com, 2012.

TIPOS DE DRENAGEM

Drenagem fluvial é o conjunto de canais interligados, a

drenagem depende da precipitação, evapotranspiração e

infiltração;

Depende também da disposição espacial pela estrutura

geológica, que constituem os padrões de drenagem;

Classificação dos padrões de drenagem dependem da

Gênese e,ou Geometria.

BACIAS HIDROGRÁFICAS SÃO CLASSIFICADAS

EM RELAÇÃO AO ESCOAMENTO COMO:

Exorréica: Drenagem se dirige para o mar;

Endorréica: Drenagem se dirige para uma depressão,

areias do deserto, lagos...(para o próprio relevo);

Arréico: Drenagem sem estruturação em bacia

Hidrográfica;

Criptorréico: definem as bacias subterrâneas, áreas

cársticas.

QUANTO A GEOMETRIA DOS CANAIS

Dentrítico: Semelha-se a galhos de árvores;

Retangular: Ângulos quase retos, adapta-se as condições estruturais e tectônicas;

Paralelas: Pouco ramificadas, espaçamento retangular, locais de linhas paralelas e declividade acentuada;

Radial: Rios que nascem próximas de um ponto e se irradiam para todas as direções(centrífuga);

Irregular: Áreas de processo de sedimentação recente, erosão ou levantamento, e não teve tempo de se organizar.

Fonte: Para Entender a Terra.

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