furia divna joana patrícia

António João Inácio António João Inácio Elias – Pai de Joana Elias – Pai de Joana

Patrícia da Palma InácioPatrícia da Palma Inácio

8ºB8ºB

Santos, José Rodrigues dos , Fúria Divina, 1ª

Edição, Lisboa, Gradiva, Outubro de 2009,

p.p.583

Desde o fatídico 11 de Setembro que a problemática do fundamentalismo islâmico e o perigo que o mesmo representa para os países ocidentais, se tornou uma das principais preocupações em todo o mundo.

A obra que o autor nos apresenta, revela-nos duas histórias distintas, mas que acabam por se fundir no final da mesma, retratando essa relação de ambiguidade entre os países ocidentais com os EUA à cabeça, e os fundamentalistas islâmicos dirigidos pelo seu mentor Osana-Bin-Laden.

Faz-nos uma revelação bastante real daquilo que são as preocupações de ambos: por uma lado é o medo e a constante preocupação em prevenir todo o tipo de tentativas de ataques terroristas, por outro é a utilização dos recursos humanos que dispõem para a preparação e efectivação desses mesmos ataques.

Uma das histórias que o livro nos proporciona, onde um dos protagonistas é o já famoso Tomás Noronha, revela-nos uma complexa rede de espionagem entre vários países, onde o objectivo é detectar possíveis pontos críticos onde os fundamentalistas possam actuar, sobretudo ao nível do tráfego de material nuclear potenciador de fabrico de engenhos explosivos.

Apesar de se tratar de uma obra de ficção, não deixa de revelar pormenores bastante interessantes no que diz respeito a esse problema que tem a ver com as relações entre o “mundo ocidental” e o “fundamentalismo islâmico”. A ideia de recuperar todo o “antigo” mundo islâmico por parte dos fundamentalistas é a base de toda a luta destes seguidores, procurando por todos os meios “combater” os “infiéis”, ou sejam todos aqueles que não professam essa religião.

O livro também poderia ter como título “como se faz um bombista suicida”, pois mostra-nos na outra história, de forma exaustiva e bastante objectiva, a forma como um jovem nascido num país islâmico, educado sob a forte influência da religião fundamentalista, gera no seu íntimo uma brutal carga de ódio e intransigência, que o levam a disponibilizar-se com orgulho, mas em prejuízo da sua própria vida, para terríveis actos de violência contra alvos que lhe são determinados.