fotografias com alma 1ª parte
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SÉRIE ARTE/REFLEXÃOObras de gênios da arte e meditação
sobre mensagens reflexivas
FOTOGRAFIAS COM ALMA
TEXTOS: CORA CORALINA
MÚSICA: Richard Clayterman
1ª PARTE
A POESIA VISUAL DE
RARINDRA PRAKARSA
Clique! Admire a arte fotográfica! Torne a clicar! Medite sobre o texto
A Arte é algo divino. A verdadeira Arte transmite vida à obra.
Fotografias podem ser belas mas somente se tornam Arte quando
sentimos nela o pulsar da vida. A máquina produz o corpo, o
gênio, inspirado na sua técnica por forças divinas, dá-lhe vida.
Assim acontece com RARINDRA PRAKARSA, um jovem fotógrafo
Indonésio, nascido em Jakarta.
Humildemente, diz ele que não se considera um fotógrafo
profissional.
Vejam a beleza extraordinária de sua obra fotográfica e meditem
sobre o texto da iluminada semi-alfabetizada Cora Coralina, no
embalo da obra de um gênio da música.
J. Meirelles
Não podemos acrescentar dias à nossa vida, mas
podemos acrescentar vida aos nossos dias.
Todos estamos matriculados na escola da vida, onde
o mestre é o tempo
Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da
vida removendo pedras e plantando flores.
Não sei... se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos
o coração das pessoas.
Eu sou aquela mulher a quem o tempo muito ensinou. Ensi-nou a amar a vida, não desistir da luta. Recomeçar na derrota.
Nasci em tempos rudes. Aceitei contradições, lutas e pedras
como lições de vida e delas me sirvo. Aprendi a viver.
Poeta é a sensibilidade acima do vulgar. Poeta é o operário, o artífice da palavra. E com ela compõe a ourivesaria de um verso.
Poeta é ser ambicioso, insatisfeito, procurando no jogo das palavras, no imprevisto texto, atingir a perfeição inalcançável.
Venho do século passado e trago comigo todas as
idades do mundo. (Quando completou 95 anos )
Que pretendes mulher?/ Independência, igualdade de condições.../ Empregos fora do lar?/ És superior àqueles/ que procuras imitar./ Tens o dom divino de ser mãe./ Em ti está presente a humanidade.
Que eu possa dignificar minha condição de mulher, aceitar suas limitações e me fazer pedra de segurança dos valores
que vão desmoronando.
Não te deixes destruir... Ajuntando novas pedras e construin-do novos poemas, recria tua vida, sempre, sempre.
O saber a gente aprende com os mestres e com os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes.
Vive dentro de mim a
mulher roceira.
Enxerto de terra.
Trabalhadeira.
Analfabeta. De pé no
chão. Bem parideira.
Bem criadeira. Seus
doze filhos, seus
vinte netos.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe; braço que envolve, palavra que conforta; silêncio que respeita; alegria que contagia; lágrima que corre; olhar que acaricia; desejo que sacia; amor que
promove.
Acredito nos jovens à procura de caminhos novos abrindo espaços largos na vida. Creio na superação
das incertezas deste fim de século.
O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminha-da. Caminhando e semeando no fim terás o que colher.
Eu sou aquela mulher a quem o tempo muito ensinou. Ensinou a amar a vida, não desistir da luta.
Recomeçar na derrota. Aprendi que mais vale lutar do que recolher dinheiro fácil. Antes acreditar do que duvidar.
IMAGENS: desconheço o autor da formatação inicial, nesse desprendido anonimato que às vezes rola na
Internet.
REFORMATAÇÃO COM NOVOS TEXTOS: J. MEIRELLES
(celjm@uol.com.br)
MÚSICA: Richard Clayterman
Textos: Cora Coralina
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