fichamento jurídico

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Fichamento sobre o artigo CARVALHO, José Murilo, Cidadania, estadania, apatia (Publicado no Jornal do Brasil, 24/06/2001, p. 8).

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIALICENCIATURA EM SOCIOLOGIA-EADSOCIOLOGIA JURDICAPolo UAB Quarai Quara, 23 de junho de 2015.Acadmica: Lisiane dos Santos Oliveira.Fichamento sobre o artigo CARVALHO, Jos Murilo, Cidadania, estadania, apatia (Publicado no Jornal do Brasil, 24/06/2001, p. 8).A primeira palavra do ttulo banalizou-se, mas a coisa persiste e insiste (Pg.1).A cidadania moderna, ou seja, a integrao das pessoas no governo via participao poltica, na sociedade, via garantia de direitos individuais, e no patrimnio coletivo, via justia social, continua sendo aspirao de quase todos os pases, sobretudo dos que se colocam dentro da tradio ocidental. (Pg.1).Tem a ver com uma relao clientelista com o Estado. (Pg.1).Simplificando muito, pode-se dizer que o processo histrico de formao da cidadania no Ocidente seguiu dois caminhos, um de baixo para cima, pela iniciativa dos cidados, outro de cima para baixo, por iniciativa do Estado e de grupos dominantes. (Pg.1).Exemplos do primeiro caso so as experincias histricas dos pases anglo-saxes, marcadas pela luta para arrancar ao Estado absolutista os direitos civis e polticos. (Pg.1).Respeitando as diferenas entre os casos, pode-se dizer que a cidadania de baixo para cima coincidiu com a revoluo burguesa em que a sociedade de mercado irrompeu na poltica e a moldou sua imagem e semelhana. (Pg.1).A nfase da cidadania nesses casos posta no cidado como titular de direitos, sobretudo dos direitos que o garantem contra a opresso (civis) e lhe do controle sobre o Estado (polticos). (Pg.1).Nesse pas, a partir do sculo XIX, o Estado foi incorporando aos poucos os cidados medida em que abria o guarda-chuva de direitos . (Pg.1).Ser cidado na Alemanha era quase sinnimo de ser leal ao Estado que, por sua vez, era profundamente identificado com a nao. (Pg.1).A iniciativa veio do Estado e no do cidado. (Pg.1).A primeira incorporao em massa de cidados se deu, como na Alemanha, via direitos sociais, durante o regime autoritrio do Estado Novo. (Pg.2).Nosso Estado, apesar de incluir em sua ideologia elementos incorporadores da tradio ibrica, no se cola nao ou a qualquer tradio de vida civil ativa. (Pg.2).No se pode dizer que a culpa foi toda do Estado Novo. (Pg.2).Quando vem virtude entre ns, eles a localizam ou na vida privada (Srgio Buarque, Gilberto Freyre, Roberto da Matta, e os positivistas), ou num Estado demiurgo da nao, posio defendida em geral por partidrios do Estado, direita ou esquerda. (Pg.3).Tal virtude no cvica por no se colocar na confluncia do Estado e da sociedade, por no estabelecer a estrada de mo dupla entre os dois, essncia da sociedade democrtica. (Pg.3).A virtude domstica no se transfere para a sociedade civil nem para o Estado e a eventual virtude do Estado no se desloca para a sociedade civil. (Pg.3).Quando a virtude privada estabelece contato com o Estado, gera o aborto da fisiologismo e do clientelismo , quando a virtude do Estado se comunica com a sociedade , gera o aborto do paternalismo e do corporativismo . (Pg.3).O poder do Estado reduz-se em virtude de restries impostas por acordos e agncias internacionais. (Pg.4).A apatia, nessa viso, refletiria simplesmente a percepo dos cidados de que o papel do Estado cada vez menos relevante. (Pg.4).Aps o parntese estatizante verificado entre a crise de 1929 e a queda do muro de Berlim em 1989, teria sido retomada a tendncia histrica iniciada no sculo XVIII da minimizao do Estado numa sociedade de mercado auto-regulada . (Pg.4).No seria sensato buscar reduzir o tradicional papel do Estado da maneira radical proposta pelo liberalismo. (Pg.5).Depois, e, sobretudo, pelo fato de que h tarefas essenciais e elementares ainda no cumpridas por nosso Estado. (Pg.5).Mas , seja pela ineficcia com que tem funcionado entre ns esses mecanismos , seja pela urgncia na soluo da questo social, h necessidade de corrigir a natureza privatizada de nosso Estado pela organizao da sociedade, e desenvolver mecanismos alternativos de representao e implementao de polticas. (Pg.5).No poderemos construir uma cidadania, leia-se democracia, slida sem dar maior embasamento social ao poltico, isto , sem democratizar o poder. (Pg.5).Algumas experincias recentes apontam na direo de colaborao entre Estado e sociedade que modifica a tradio num sentido democrtico. (Pg.5).Dessas experincias, de outras que surgirem, e de aperfeioamento no sistema representativo que pode surgir a esperana de desatar o n que trava a construo da cidadania entre ns, qual seja, a dificuldade encontrada pelo sistema poltico de produzir resultados que levem reduo da desigualdade e ao fim da diviso dos brasileiros em castas separadas pela educao, pela renda, pela cor. (Pg.6).

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