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FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: A prevenção da saúde e LER/DORT – Uma formação para alunos da EJA
Autor Luciane Gabardo Mader
Escola de Atuação CEAD Polo Potty Lazarotto
Município da escola Curitiba
Núcleo Regional de
Educação
Curitiba
Orientador Prof.º Dr.º Bertoldo Schneider Júnior
Instituição de Ensino
Superior
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR
Disciplina/Área Ciências
Produção Didático-
pedagógica
Unidade Didática
Relação Interdisciplinar Educação Física
Público Alvo Alunos do CEAD Polo Potty Lazarotto
Localização Rua: São Francisco, 34, Centro
Apresentação Esse trabalho visa estimular o educando-trabalhador da Educação de Jovens e Adultos (EJA) a promover a sua saúde no ambiente familiar, de trabalho e também no ambiente escolar. O professor de Ciências é um facilitador para que ocorra um aprendizado significativo dos conteúdos que envolvam a questão da lesão por esforço repetitivo/distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho LER/DORT, para estimular mudanças de atitudes em relação ao homem/trabalho/estudo. A elaboração do material didático contendo orientações sobre a LER/DORT, sua prevenção, doenças, tratamento e exercícios para que o educando-trabalhador possa ter uma qualidade de vida melhor tanto no seu ambiente de trabalho como no seu aprendizado.
Palavras-chave LER/DORT; prevenção, educandos-trabalhadores
2
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
LUCIANE GABARDO MADER
A PREVENÇÃO DA SAÚDE E A LER/DORT
– UMA FORMAÇÃO PARA ALUNOS DA EJA
Curitiba
2010-2012
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Sumário
FICHA PARA CATÁLOGO .......................................................................................................................... 1
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................... 5
2. PROCEDIMENTOS/MATERIAL DIDÁTICO ......................................................................................... 5
2.1. Conteúdos ........................................................................................................................................ 6
2.1.1 Sistema Esquelético ....................................................................................................................... 7
2.1.1.1 Coluna Vertebral ....................................................................................................................... 11
2.1.1.2 Membros Superiores ................................................................................................................. 12
2.1.2 Sistema Articular .......................................................................................................................... 14
2.1.3. Sistema Muscular ........................................................................................................................ 15
2.1.4 Sistema Nervoso ........................................................................................................................... 16
2.1.4.1 Como ocorre a dor .................................................................................................................... 17
2.1.5. LER/DORT .................................................................................................................................... 18
2.1.5.1 Conceito .................................................................................................................................... 19
2.1.5.2 Histórico .................................................................................................................................... 19
2.1.5.3 Doenças Relacionadas com a LER/DORT ................................................................................... 20
2.1.5.4 Atividades mais freqüentes de ocorrência da LER/DORT ......................................................... 24
2.1.5.5. Fatores de risco para que ocorra a LER/DORT ......................................................................... 25
2.1.5.6 Sintomas .................................................................................................................................... 26
2.1.5.7. Diagnóstico ............................................................................................................................... 27
2.1.5.8. Tratamento............................................................................................................................... 29
2.1.5.9 Prevenção .................................................................................................................................. 30
2.1.5.9.1 Ergonomia .............................................................................................................................. 31
2.2. Atividades/Técnicas........................................................................................................................ 33
2.3. Recursos/Materiais ........................................................................................................................ 51
2.4. Avaliação ........................................................................................................................................ 51
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3. ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES AO PROFESSOR ...................................................................... 51
4. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO.................................................................... 52
5. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 53
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1. APRESENTAÇÃO
As transformações ocorridas em nossa sociedade nos últimos tempos fazem
com que o trabalhador jovem e adulto busque cada vez mais a escolarização. Com
essas mudanças, também veio à sobrecarga de trabalho, e como consequência, as
doenças relacionadas ao trabalho.
Esse trabalho visa estimular o educando-trabalhador da Educação de Jovens
e Adultos (EJA) a promover a sua saúde no ambiente familiar, de trabalho e também
no ambiente escolar.
Isso faz com que o professor da disciplina de Ciências seja um facilitador para
que ocorra um aprendizado significativo dos conteúdos que envolvam a questão da
lesão por esforço repetitivo/distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho
LER/DORT, para estimular mudanças de atitudes em relação ao
homem/trabalho/estudo.
Nessa abordagem da saúde serão utilizados recursos de vídeo, imagens e
exercícios práticos para estimular o educando-trabalhador para uma qualidade de
vida melhor.
O material aqui proposto será implementado junto aos educandos-
trabalhadores do CEAD Polo Potty Lazarotto, em forma de aulas expositivas e parte
das aulas com práticas, onde serão realizados exercícios para a prevenção da
LER/DORT.
2. PROCEDIMENTOS/MATERIAL DIDÁTICO
O educando da EJA é o sujeito na construção do seu conhecimento mediante
a compreensão dos processos de trabalho, produção e cultura. Ele passa a ser o
sujeito do processo de ensino-aprendizagem, levando esse conhecimento adquirido
para além da escola.
Na EJA para que ocorram as mudanças na organização do conhecimento é
imprescindível que a ação nela contida deva ser voltada aos educandos-
trabalhadores.
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As práticas pedagógicas na EJA devem ser flexíveis com procedimentos que
possam ser alterados, adaptados a realidade do educando-trabalhador. Devem ser
considerados os saberes adquiridos, por esse educando, na informalidade das suas
vivências e do mundo do trabalho. O educador da EJA deve promover o acesso ao
conhecimento científico, fazendo com que o educando-trabalhador amplie o seu
universo de conhecimento, com isso, fundamente melhor suas práticas diárias. Por
isso, o currículo da EJA é diferenciado.
O currículo é compreendido em três dimensões: o currículo formal ou
prescrito, currículo vivo ou real e o currículo oculto.
O currículo formal tem suas bases na regulamentação prévia estabelecida. O
currículo real é o que acontece na sala de aula, com o seu significado próprio e
único. O currículo oculto, não precisa estar no currículo formal e sim no Plano
Político Pedagógico (PPP) da escola, ele é ação pedagógica entre o educador e o
educando no cotidiano escolar, que deve expressar os interesses dos educandos e
educadores para oferecer os conhecimentos necessários para que haja uma melhor
compreensão da sociedade em que o educando está inserido.
2.1. Conteúdos
Serão abordados os conteúdos de ciências sobre o corpo humano. O sistema
locomotor formado pelo esquelético e articular, o sistema muscular e o sistema
nervoso.
Será trabalhada a questão da saúde LER/DORT que está relacionado com o
cotidiano do educando-trabalhador.
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2.1.1 Sistema Esquelético
Figura 1
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/biologia/esqhuma1.jpg
8
Figura 2
http://www.diaadia.pr.gov.br//tvpendrive/arquivos/File/imagens/5ciencias/7esqueleto_humano.jpg
9
O sistema esquelético do ser humano é interno e formado por um conjunto de
206 ossos (figura 1) que têm como características: rígidos, resistentes, leves e
flexíveis, são constituídos de sais minerais, como o cálcio e de proteínas.
Suas principais funções são a de proteção, sustentação e apoio, produção de
células sanguíneas e atuam como alavancas.
Protege os órgãos internos mais sensíveis:
caixa craniana protege o encéfalo,
coluna vertebral protege a medula espinhal,
caixa torácica protege os pulmões e coração.
Sustentação e apoio ajudam a manter a posição ereta do homem e sustentam
os órgãos internos e os músculos.
No interior do osso dos ossos longos (figura 3) existe uma medula óssea que
produz ininterruptamente os componentes do sangue que são:
glóbulos vermelhos ou hemácias,
glóbulos brancos ou leucócitos,
plaquetas.
Figura 3
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/2011/biologia/3sistema_imunitario.jpg
10
O esqueleto age como um sistema de alavancas que em conjunto com os
músculos dão suporte e imprimem movimento ao corpo humano.
O esqueleto humano adulto possui 206 ossos, mas ao nascermos tem
aproximadamente 270 ossos, que vão se fundindo ao longo do nosso
desenvolvimento até ficarmos com 206 ossos.
Os ossos são classificados em 04 tipos são: ossos longos, ossos curtos,
ossos planos ou laminares e ossos irregulares.
Ossos longos: quando o comprimento é maior que a sua largura e a sua
espessura. No interior dos ossos longos, há uma cavidade chamada de canal
medular, que aloja a medula do osso, que por sua vez produz os componentes do
sangue. São exemplos: o fêmur, a tíbia, a fíbula, o úmero, o rádio, a ulna, entre
outros.
Ossos planos ou laminados: quando o comprimento e a largura são
equivalentes, predominando sobre a espessura. São exemplos: ossos do quadril,
ossos do crânio (occipital, parietal, entre outros), escápula.
Ossos curtos: quando o comprimento, a largura e a espessura apresentam
uma equivalência. São exemplos: ossos do tarso e do carpo.
Ossos irregulares: quando apresentam uma forma complexa, e não
encontramos correspondência nas formas geométricas conhecidas. São exemplos:
ossos da base do crânio e as vértebras.
Os ossos estão distribuídos no nosso corpo.
Ossos do esqueleto axial (na figura 2 está em amarelo)
Cabeça – 29 ossos.
Pescoço – 07 ossos.
Tronco – 44 ossos.
Ossos do esqueleto apendicular (na figura 2 está em branco)
Membros superiores – 64 ossos.
Membros inferiores – 62 ossos.
Iremos descrever sobre os ossos da parte superior do nosso corpo como os
membros superiores e a coluna vertebral, pois é onde mais ocorrem as LER/DORT.
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2.1.1.1 Coluna Vertebral
A coluna vertebral começa na base do crânio e se estende até a pélvis. Tem a
função de sustentar o tronco e a cabeça e proteger a medula espinhal. Sua
formação nos permite a posição vertical. Ela está dividida em 05 regiões que são:
cervical, torácica, lombar, sacra e cóccix (em alguns livros se considera a região
sacrococcígea, daí seriam 04 regiões).
Cervical: une o crânio a coluna formada por 07 vértebras que
forma o pescoço.
Torácica: são em número de 12 e delas partem as costelas que
se unem na parte ventral ao osso esterno.
Lombar: estão situados entre o tórax e o quadril, são em número
de 05 e suportam o peso do corpo.
Sacro: formado por 05 ossos fundidos. (figura 4)
Cóccix: formado por 04 ossos fundidos. (se considerarmos a
região sacrococcígea, é formado por 05 ossos do sacro e 04
ossos do cóccix).
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Figura 4
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/2010/ciencias/199sacro.jpg
Entre as vértebras das regiões cervical, torácica e da lombar, há um disco de
cartilagem ou discos intervertebrais que permitem movimentos restritos, aumentam a
elasticidade da coluna e atuam como amortecedores absorvendo o impacto desses
movimentos.
2.1.1.2 Membros Superiores
Os ossos do membro superior são formados pelo ombro, braço, antebraço e
mão. O ombro é chamado de cíngulo do membro superior.
Os membros superiores têm como principal função dar flexibilidade e
mobilidade, para o nosso corpo.
Os membros superiores estão dispostos com simetria lateral, isto é, membros
nas laterais do corpo são iguais. Os lados do esqueleto superior são ligados pelo
cíngulo do membro superior.
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São formados por um total de 64 ossos que são divididos em:
Cíngulo do membro superior: com 04 ossos que são 02
clavículas e 02 escápulas. (figura 5)
Braço: 02 ossos, que são os 02 úmeros.
Antebraço: 04 ossos, que são 02 rádios e 02 ulnas.
Mão: possui 54 ossos divididos em: (figura 6)
o Carpo: 16 ossos, 02 escafóide, 02 semilunar, 02
piramidal, 02 pisiforme, 02 trapézio, 02 trapezóide, 02
capitato, 02 hamato.
o Metacarpo: 10 ossos, 10 metacarpais.
o Dedos: 28 ossos, 10 falanges proximais, 08 falanges
médias e 10 falanges distais.
Figura 5
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/2010/biologia/9escapula.jpg
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Figura 6
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/biologia/ossosmao.jpg
2.1.2 Sistema Articular
A articulação é onde se encontram 02 ou mais ossos. Sua principal função é
manter os ossos unidos e fazer com que o esta junção tenha mobilidade.
Os ossos são recobertos por um tecido cartilaginoso e por uma membrana
sinovial, que diminui o impacto e o desgaste dos ossos, essa configuração ocorre
nas articulações diartroses.
A mobilidade se dá pelo conjunto dos ossos, dos músculos e das bolsas
sinoviais que amortecem o impacto dos ossos, dos tecidos e dos tendões.
As articulações da coluna vertebral suportam o peso do nosso corpo, e a
articulações dos membros superiores permitem os movimentos amplos do corpo.
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A classificação das articulações quanto à mobilidade é:
Sinartroses (imóveis, sindesmoses ou assinoviais): articulação
que não se movimenta, por exemplo, as articulações do crânio.
Anfiartroses (semimóveis ou sínfises): articulações onde o
movimento é limitado, por exemplo, as articulações da coluna
vertebral.
Diartroses (móveis ou sinoviais): são articulações que permitem
vários tipos de movimentos e em vários sentidos, por exemplo,
articulações do braço.
2.1.3. Sistema Muscular
Existem cerca de 600 músculos no nosso corpo que são aproximadamente de
40 a 60% do nosso peso.
Os músculos estão ligados aos ossos e têm como sua principal característica
a contração e distensão, que faz com que o nosso corpo faça movimentos como
andar, pegar, correr.
Há 03 tipos de músculos que são:
Músculo Estriado Esquelético.
Músculo Estriado Cardíaco.
Músculo Liso.
Para esse trabalho, o que nos interessa são os Músculos Estriados
Esqueléticos, que são os músculos voluntários, isto é, aqueles que se contraem por
nossa vontade. São músculos de contração rápida e vigorosa. Eles se movem com
uma ordem do cérebro, que envia mensagem através dos nervos e que vão até as
terminações nervosas que chegam às fibras musculares.
Os músculos atuam em pares, quando um músculo contrai há outro que se
distende.
As fibras musculares são compostas por células alongadas, que por sua vez
são formadas por milhares de miofibrilas, são fios muitos finíssimos de proteínas,
elas são responsáveis pelo movimento. As miofibrilas recebem o sinal do cérebro e
encurtam as suas fibras elas se contraem ao mesmo tempo determinando assim um
movimento.
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2.1.4 Sistema Nervoso
Figura 7
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/biologia/sisnerv.jpg
Para esse trabalho, não iremos elucidar todo o sistema nervoso, vamos
apenas explicar como o ele é formado e dividido e como ocorre a dor.
O sistema nervoso (figura 7) é formado por uma grande rede de neurônios,
que são responsáveis pela transmissão, interpretação e processamento das
informações, que o nosso corpo capta do ambiente o tempo inteiro.
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O sistema nervoso é dividido em três partes:
Sistema Nervoso Central.
Sistema Nervoso Periférico.
Sistema Nervoso Autônomo.
O sistema nervoso central é formado pelo o encéfalo e a medula espinhal. O
encéfalo é formado por telencéfalo, que são os hemisférios cerebrais, diencéfalo do
qual fazem parte o tálamo e o hipotálamo, cerebelo e tronco cefálico, que se divide
em bulbo (também chamado de medula oblonga), mesencéfalo e ponte.
O sistema nervoso periférico é formado pelos: nervos cranianos e
raquidianos. Os nervos cranianos ligam o encéfalo aos órgãos dos sentidos, e à
musculaturas da face e das vísceras (como o estômago). Já os nervos raquidianos
(ou espinhais) ligam a medula à musculatura esquelética.
O sistema nervoso autônomo é formado por duas partes que são o simpático
e o parassimpático.
O sistema nervoso central é protegido pela caixa craniana (o encéfalo) e
pelas vértebras (medula espinhal), que são estruturas ósseas. Há também as
meninges, que são 03 membranas que envolvem o encéfalo. A meninge externa que
fica em contato com a caixa craniana tem por nome dura-máter, a que fica no meio é
a aracnóide, e a que fica em contato com o tecido nervoso, tanto no encéfalo e na
medula é chamada de pia-máter. Entre a aracnóide e a pia-máter há a existência de
um líquido chamado de líquor.
2.1.4.1 Como ocorre a dor
A dor é uma reação de que algo não está certo no nosso organismo, ela é
uma sensação desagradável.
Há o envio de estímulos pelos nervos sensoriais até o cérebro, que por sua
vez envia os estímulos ao córtex, que produz uma reação orgânica. Essa reação
chega até o local da dor por meio dos nervos.
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As sensações de dor podem ser estimuladas por diferentes agentes e sendo
que, para cada caso uma há uma liberação de reação diferente. O que diferencia a
dor é a sua freqüência, natureza, causa, localização, duração, qualidade e
intensidade. O tratamento da dor pode ser através de medicamentos – analgésicos,
junto pode-se haver um tratamento auxiliar como fisioterapia, massagens ou
acupuntura.
O sistema nervoso central usa os axônios que são extensões dos neurônios
estão envoltos pela bainha de mielina (tecido dielétrico ou isolante que reveste os
axônios), como sistema de transmissão de informação. Assim, conduzindo os
impulsos nervosos. Todas as fibras levam os impulsos até a medula espinhal, que
por sua vez conduz a informação até o tálamo. É neste momento em que se sente a
dor, quando a informação chega ao tálamo.
O cérebro é um órgão completamente insensível à dor. As meninges são
sensíveis à dor.
2.1.5. LER/DORT
A LER (lesão de esforço repetitivo) é um conjunto de doenças causadas pelo
esforço repetitivo, que envolve doenças como tenossinovite, tendinite, bursite, entre
outras. Também conhecida como DORT (doença osteomuscular relacionada ao
trabalho). A LER/DORT podem ser causadas por trabalho com esforço repetitivo,
devido à má postura, stress ou trabalho excessivo.
Na Instrução Normativa INSS/DC N.º 98 de 05 de dezembro de 2003 – DOU
de 10/12/2003. Foi atualizada a nomenclatura onde são utilizados os termos Lesão
de Esforço Repetitivo/Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho
(LER/DORT).
A utilização do termo DORT tem sido preferida por alguns autores, mas
também encontramos outros termos, tais como: Lesão por Traumas Cumulativos
(LTC), Doença Cervicobraquial Ocupacional (DCO), Síndrome da Sobrecarga (SSO).
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2.1.5.1 Conceito
A LER/DORT é uma síndrome relacionada ao trabalho. Nela podem ocorrer
vários sintomas juntos ou não, tais como: dor, parestesia (distúrbio em que o
paciente acusa sensações anormais, como formigamento, picadas, queimadura),
sensação de peso e fadiga, geralmente nos membros superiores. Podem causar
incapacidade laboral temporária ou permanente. É o resultado da combinação da
sobrecarga das estruturas anatômicas do sistema osteomuscular com a falta de
tempo para sua recuperação. A sobrecarga pode ocorrer seja pela utilização
excessiva de determinados grupos musculares em movimentos repetitivos com ou
sem exigência de esforço localizado, seja pela permanência de segmentos do corpo
em determinadas posições por tempo prolongado, principalmente quando essas
posições exigem esforço ou resistência das estruturas músculos-esqueléticos contra
a gravidade. A necessidade de concentração e atenção do trabalhador para realizar
suas atividades e tensão imposta pela organização do trabalho são fatores
determinantes para o aparecimento das LER/DORT.
2.1.5.2 Histórico
Antes da invenção da impressa por Gutenberg e, por volta de 1440, já havia
sido descrita a “Doença dos Escribas” que era uma tenossinovite. Em 1700
Bernardino Ramazzini, médico italiano, considerado o pai da medicina do trabalho,
foi o primeiro médico a correlacionar certas doenças com a ocupação das pessoas.
Ele descreveu a doença dos escribas, notórios e secretários de príncipes, atribuindo
03 fatores básicos, que são: vida sedentária, movimento contínuo e repetitivo da
mão e a tensão mental para não manchar os livros.
O cirurgião suíço Fritz De Quervian, descreveu em 1895 sobre “Entorse das
lavadeiras”, hoje conhecida como tenossinovite de De Quervian.
Depois da ocasião da Revolução Industrial que se iniciou na Inglaterra no
século XVIII, e no resto do mundo no século XIX, o adoecimento dos trabalhadores
começou a ser objeto de estudo por parte da ciência.
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No caso da LER/DORT somente a partir da metade do século XX, que
começou a proliferação das descrições, de populações de trabalhadores com
problemas músculo-esquelético relacionados ao trabalho.
Sinais de osteofitose marginal (bico-de-papagaio) em ossos de punhos e
joelhos foram identificados em múmias de população pré-hipânicas, que
permaneciam de joelhos por tempo prolongado executando movimentos de flexão e
extensão dos membros superiores na atividade de moer grãos, sinal de LER/DORT.
No Brasil, as LER/DORT, foram primeiramente descritas como tenossinovite
ocupacional, e foram diagnosticadas em lavadeiras e engomadeiras, que foram
casos apresentados durante XII Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes de
Trabalho, em 1973. Porém, somente a partir de 1985 surgem publicações e debates
sobre a associação da tenossinovite com o trabalho de digitação, sendo a categoria
profissional em processamento de dados a primeira a abordar de forma mais
expressiva a questão da LER/DORT.
As transformações em curso do mundo do trabalho, decorrentes da
introdução de novos modelos organizacionais e de gestão, tem tido repercussão
sobre a saúde dos trabalhadores, dentre as doenças, uma de grande destaque é a
LER/DORT.
2.1.5.3 Doenças Relacionadas com a LER/DORT
Algumas doenças que são estão relacionado com a LER/DORT.
Tendinite: é a inflamação do tecido próprio dos tendões, com ou sem
degeneração das fibras. Em qualquer local do corpo.
Tenossinovite: é a inflamação dos tecidos sinoviais que envolvem os
tendões, com ou sem degeneração tecidual.
Sinovite: é a inflamação dos tecidos sinoviais. Pode ocorrer em qualquer
local do corpo com ou sem degeneração tecidual.
Fascite: é a inflamação de fáscia (é a estrutura composta por tecido
conjuntivo responsável pela sustentação e modelação da musculatura e do
esqueleto) e ligamentos, com ou sem degeneração de suas fibras, em qualquer local
do corpo.
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Neurite: inflamação dos nervos, também conhecida por nevrite.
Síndrome do túnel do carpo: é uma neuropatia resultante da compressão do
nervo mediano no canal do carpo (figura 8), estrutura anatômica que se localiza
entre a mão e o antebraço. Através desse túnel rígido, além do nervo mediano,
passam tendões flexores que são revestidos pelo tecido sinovial. Qualquer situação
que aumente a pressão dentro do canal provoca compressão do nervo mediano e a
síndrome do túnel do carpo.
Figura 8
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/biologia/sindcarp.jpg
22
Síndrome miofascial: é definida quando um determinado grupo muscular
comprometido que desenvolve faixas de contratura, mais conhecido como pontos-
gatilho (do inglês, trigger points). Estes músculos são dolorosos à compressão,
contração ou alongamento e, quando estimulados, produzem dores localizadas.
Bursite: processo inflamatório da bursa (bolsa ou cavidade em forma de
bolsa, que contém um líquido viscoso, e situado em locais em que, sem a sua
presença, ocorre atrito, por exemplo, na mão, cotovelo, ombro).
Epicondilite: inflamação aguda ou crônica que acomete a inserção de
tendões. São desencadeadas por movimentos repetitivos de punho e dedos.
Também conhecida como “cotovelo de tenista” ou “cotovelo do jogador de golfe”.
Síndrome cervicobraquial: é um distúrbio funcional ou orgânico resultante
da fadiga neuromuscular, que pode ser de consequência de uma posição fixa ou
devido a movimento repetitivo dos membros superiores, há manifestações dolorosas
localizadas na região da coluna vertebral.
Síndrome do desfiladeiro torácico: causada pela compressão do feixe
vascular (artéria e veia) e nervoso, que vai para o membro superior devido a
alterações posturais, que alteram o triângulo formado pela 1ª costela, clavícula e
músculos escaleno e peitoral, com dor na região inferior do pescoço (cervical e
dorsal alta).
Síndrome de De Quervian (enfermidade de De Quervian, torcedura da
lavadeira, tendinite estenosante de De Quervian) é uma forma de tendinite crônica,
identificada e descrita em 1895 por Fritz De Quervian cirurgião suíço. A tendinite
estenosante de De Quervian é a constrição dolorosa da bainha comum dos tendões
dos músculos abdutor longo e extensor curto do polegar. O processo inflamatório da
bainha causa a diminuição do seu espaço, comprimindo os tendões. Infamação dos
tendões que passam pelo punho no lado do polegar.
Cisto sinovial: é uma espécie de dilatação patológica (tumefações esféricas),
geralmente únicas, macias, habitualmente indolores e flutuantes que ocorrem por
degeneração tecido sinovial (membrana que atua no recobrimento e lubrificação das
articulações e tendões). Podem aparecer por trauma ou lesão por esforço repetitivo,
em várias partes do corpo, mas é bastante comum no punho. Nem sempre são
incapacitantes.
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Síndrome do supinador: (dor no cotovelo) compreende a compressão
terminal profundo do nervo radial, a compressão é feita pelo músculo supinador e
pelo músculo extensor radial curto do carpo.
Síndrome do pronador redondo: é a compreensão do nervo mediano
abaixo da prega do cotovelo, entre os fascículos musculares do músculo pronador
redondo; é frequentemente confundida com síndrome do túnel do carpo.
Síndrome do interósseo anterior: a síndrome do interósseo anterior (ramo
exclusivamente motor do nervo mediano), que é mais comum que a síndrome do
pronador, acomete aqueles que carregam objetos pesados. A manobra que
demonstra o diagnóstico é a flexão do terceiro dedo contra resistência (específico do
nervo flexor superficial dos dedos) que produz dor no cotovelo. Há também déficit
motor.
Lesão do nervo mediano na base da mão: Lesão do nervo mediano na
base da mão. É a consequência da compressão extrínseca do nervo, como por
exemplo, causada pelo uso de ferramentas de cabo curto; vibração e uso da base
da mão.
Síndrome do canal ulnar: é a compreensão do nervo ulnar ao nível do túnel
cubital.
Síndrome do canal de Guyon: caracteriza-se pela comprensão do nervo
ulnar ao nível do chamado de Canal de Guyon no bordo ulnar do punho.
Síndrome do interósseo posterior: compromete o ramo profundo do nervo
radial, após sua bifurcação na extremidade proximal do antebraço.
Epicondilite medial ou epitrocleíte: inflamações agudas ou crônicas que
acometem a inserções de tendões em epicôndilo medial, cotovelo do jogador de
golfe.
Tendinite do biciptal: inflamação aguda ou crônica do tendão e da bainha
sinovial do bíceps.
Tendinite do supra-espinhoso: compreensão das fibras do músculo supra-
espinhoso é um músculo na face superior dorsal da escápula, que têm seu nome
derivado da fossa supra-espinhal da escápula, aonde ele se encontra, ao realizar o
movimento de abdução (movimento que afasta um membro ou segmento de um
membro do plano médio do corpo) do braço acima de 45º e elevação do ombro.
24
Tenossinovite dos extensores dos dedos e do carpo: esta inflamação
decorre por causa da contração estática destes músculos com finalidade
antigravitacional sobre o carpo e dedos.
Tenossinovite dos flexores dos dedos e dos flexores do carpo:
compromete os tendões da face ventral do antebraço e punho de corrente de
movimentos repetitivos de flexão dos dedos e da mão.
Tendinite distal do bíceps: inflamação aguda ou crônica do tendão distal do
bíceps, que tem sido descrita em associação com movimentos de flexão de
antebraço.
Tenossinovite do braquirradial: decorre de atividades que exigem
movimentos de flexão do antebraço pronado (movimento de rotação) sobre o braço.
Distrofia simpática reflexa: tem como uma de suas características a dor de
caráter difuso e em queimação. Pode ocorrer em diversas situações não-
ocupacionais em que o ombro seja mantido em repouso prolongado.
Fibromialgia: a fibromialgia há vários trigger points (pontos-gatilho) que,
entretanto, não provocam dor referida com tanta precisão quanto na síndrome
miofascial. Caracteriza-se pela presença de pontos dolorosos específicos ou difusos.
Contratura de Dupuyton: caracterizado pelo espessamento e retração da
fáscia palmar, acarretando uma contratura em flexão dos dedos e incapacidade
funcional das mãos.
Síndrome de Wartenberg: compressão do nervo radial, responsável por
inervações motoras e/ou sensitivas no braço, antebraço e mão.
Em alguns casos podem ser encontrados um ou mais doenças relacionadas
com a LER/DORT.
2.1.5.4 Atividades mais freqüentes de ocorrência da LER/DORT
Digitador.
Montador de componentes eletrônicos.
Bancários.
Caixa de supermercados.
Costureiras.
25
Passadeiras.
Lavadeiras.
Arrumadeiras.
Cozinheiras.
Escriturário.
Telefonista.
Embaladores.
Operador de telemarketing.
Esportistas.
Trabalhos Manuais (tricô, crochê, artesão).
2.1.5.5. Fatores de risco para que ocorra a LER/DORT
Repetitividade.
Esforço.
Força.
Posturas inadequadas.
Trabalho muscular estático.
Invariabilidade de tarefa.
Choques.
Impacto.
Pressão mecânica.
Vibração.
Frio.
Fatores organizacionais.
Também há 03 características que são: a intensidade, duração e freqüência.
Quanto mais intenso, frequente e duradoura for à atividade, eleva-se a probabilidade
de se adquirir a LER/DORT.
26
2.1.5.6 Sintomas
Os principais sintomas relatados pelos trabalhadores são: sensação de peso
e fadiga, dor, sensação de edema, sensação de enrijecimento muscular, choque,
dormência, formigamento, cãimbras, falta de firmeza nas mãos, sensação de
fraqueza muscular, sensação de frio e calor, limitações nos movimentos, dificuldades
para dormir (devido à dor intensa), acometimento psicológico: frustração, medo,
ansiedade, irritação, sentimento de culpa.
A LER/DORT é classificado em diferentes graus. Há características (sintomas)
para cada estágio da LER/DORT. O trabalhador deve conhecer esses sintomas, pois
deles dependem o seu diagnóstico, tratamento e sua cura.
Grupo 01: Transtornos funcionais leves: os sintomas causam pouco
incômodo. A dor se existe, e pouco intensa e intermitente, e a função das
extremidades superiores é normal ou quase normal. A autonomia é total, não
existem dificuldades para levar a cabo as tarefas da vida cotidiana.
Grupo 02: Transtornos funcionais moderados: diminuição da força, dor,
adormecimento, porém não são graves no conjunto, a função continua sendo
satisfatória; moderada limitação dos movimentos articulares, dor à mobilização,
desvios dos eixos ósseos, transtornos circulatórios, a capacidade de esforço
contínuo sendo excelente, pode efetuar esforços importantes, ainda que não por
muito tempo. A autonomia é total, quase não existem dificuldades para levar a cabo
as atividades diárias.
Grupo 03: Transtornos funcionais médios: diminuição da força muscular, a
dor, pode causar incômodo e incapacidade, porém a função global das extremidades
continua correta; podem ocorrer deformações, desvios, perda de massa muscular,
limitação da mobilidade articular. O paciente pode efetuar esforços de mediana
intensidade, a autonomia é total e pode fazer as atividades usuais da vida cotidiana.
27
Grupo 04: Transtornos funcionais importantes: a perturbação funcional
diminuição da força e da eficácia dos movimentos de pegar ou soltar, dor,
adormecimento, é grave, permanente e claramente incapacitante no que diz respeito
à realização de gestos e trabalhos com as extremidades superiores e com as mãos;
a exploração mostra graves anomalias, anquilose (diminuição ou impossibilidade
absoluta de movimentos em uma articulação naturalmente móvel) ou intensa rigidez
de uma ou de várias grandes articulações, por exemplo, cotovelo e ombro, ao
mesmo tempo. Com suas extremidades superiores, o paciente pode efetuar esforços
moderados; quanto à autonomia, é completamente factível levar a cabo os atos da
vida cotidiana considerada como fundamentais. Os pacientes desse grupo, realizar
compras, cozinhar, limpar, entre outras atividades do seu dia-a-dia.
Grupo 05: Transtornos funcionais muito importantes: tais como a
perturbação, déficit muscular, alteração da precisão ou da estruturação dos gestos e
dor são graves e permanentes. A força global das extremidades superiores fica
muito diminuída, as anomalias observadas na exploração são muito importantes:
múltiplas limitações articulares, sinais inflamatórios, perda de força, a capacidade de
esforço está muito diminuída. No melhor dos casos, o paciente pode realizar
esforços leves com as mãos e com as extremidades superiores, atos essenciais da
vida cotidiana, atividades domésticas de escassa complexidade, eventualmente, a
autonomia está reduzida em diversos graus: o paciente, sem força, pode efetuar por
si próprio todos os atos que se consideram essenciais; o paciente somente pode
levar a cabo uma parte dos atos da vida cotidiana e deve ser ajudado por outras
pessoas; o paciente depende muito ou completamente de seu entorno.
2.1.5.7. Diagnóstico
O diagnóstico deve ser feito por médicos com especialização em medicina do
trabalho. Ainda podem diagnosticar a LER/DORT médicos ortopedistas, fisiatras,
reumatologistas, especialistas em membros superiores e neurologistas.
Pelo fato de não ter sinal físico bem específico da LER/DORT muitos médicos
acham que o problema é psicológico.
28
As principais limitações relacionadas pelos trabalhadores são: diminuição da
agilidade dos dedos, dificuldades de pegar ou segurar objetos, de permanecer
sentado por muito tempo, de manter os braços elevados ou suspensos, de estender
roupa, de escrever, segurar o telefone, carregar pesos, falta de firmeza ao segurar
objetos, limitações para atividade de higiene pessoal, dificuldades de cuidar de
crianças, dificuldades nas atividades domésticas.
Na realização do exame físico o médico deverá realizar uma série de teste
que incluem a palpação, inspeção e outras manobras e testes que ache necessário.
O médico deverá realizar exame neurológico, que será de grande valia para o
diagnóstico. Esse exame deverá contar com as seguintes etapas:
Marcha. (quando for o necessário)
Sensibilidade.
Força.
Coordenação motora,
o Coordenação estática;
o Coordenação cinética
Após a realização de um exame clínico e observação do que o trabalhador
não consegue realizar no seu dia-a-dia, o médico pode solicitar exames
complementares. Que são: exames de laboratório (hemograma, ácido úrico, provas
reumáticas), radiografias, ultra-sonografias, ressonância magnética, cintilografia
óssea, tomografia computadorizada e eletroneuromiografia.
Um dos grandes problemas da LER/DORT e que não existe exame ou
instrumento qualquer que possa provar que o quadro clínico é causado por fatores
laborais.
Para se fechar um diagnóstico correto é necessário uma equipe
multidisciplinar. Cada membro dessa equipe irá realizar a sua rotina para se ter
certeza desse diagnóstico. Essa equipe deve ser formada por médicos ortopedista,
do trabalho e psicólogos.
Todos os casos confirmados com o diagnóstico de LER/DORT devem gerar a
emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) pelo empregador, com o
preenchimento do Laudo de Exame Médico (LEM) feito pelo médico responsável.
Caso o empregador não emita o CAT, o próprio empregado pode fazê-lo numa
entidade sindical competente. Encaminha-se a CAT juntamente com o LEM para o
29
INSS até o primeiro dia útil após realizado o diagnóstico.
O tempo de afastamento do empregado deverá constar na LEM, caso seja
superior a 15 dias irá para o setor de perícias médicas do INSS para a realização de
exame pericial.
2.1.5.8. Tratamento
Quanto mais precoce o diagnóstico e o início do tratamento adequado,
maiores as possibilidades de sucesso no tratamento. O diagnóstico precoce no
Brasil é muito raro, o trabalhador só procura tratamento médico quando já está com
dores, e o problema da LER/DORT já está instalado.
Na maioria dos casos os trabalhadores são tratados com antiinflamatórios e
analgésicos. São eficazes para as crises agudas de dor. Em casos mais graves
deve-se associar os antidepressivos, que proporcionam um efeito analgésico e
ansiolítico.
Em alguns casos, onde há um ou mais quadros de compreensão nervoso
periférico, a cirurgia pode ser indicada. Mas observa-se que mesmo com a cirurgia
sendo bem sucedida a evolução não é boa, evoluindo com freqüência para dor
crônica e de difícil controle.
Assim como no diagnóstico, o tratamento também se faz necessário de uma
equipe multidisciplinar para que se obtenha sucesso no tratamento terapêutico. Essa
equipe deve ser formada por médico, enfermeiro, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta
ocupacional, terapeuta corporal e acunpunturista. A acupuntura e a homeopatia
embora funcionem em alguns casos, não têm respaldo de toda à comunidade
científica.
Cada profissional de equipe irá desenvolver suas atividades terapêuticas
específicas, deve-se ter uma unidade de objetivos, com trocas constantes sobre à
evolução do paciente.
Após o tratamento, realizado pelo trabalhador, irá retornar ao seu posto de
trabalho, e o problema irá retornar, pois a condição de trabalho dele é que está
causando o seu problema. Deve haver uma reorganização pra seu trabalho.
30
2.1.5.9 Prevenção
A LER/DORT resulta da utilização exagerada dos músculos e uma sobrecarga
nos ossos e nas articulações, instalando-se progressivamente no trabalhador.
Para que ocorra a prevenção, deve-se utilizar estratégias que melhorem os
postos de trabalho, programas de informação e amparo aos trabalhadores
acometidos com a LER/DORT.
A ergonomia detecta pontos de desequilíbrio entre o homem e seu posto de
trabalho, torna-se possível prever as principais consequências negativas como:
acidentes de trabalho, doenças profissionais e do trabalho, fadiga industrial e
psicopatologias do trabalho.
A ergonomia quando utilizada corretamente, permite que ocorram
transformações no ambiente de trabalho, adaptando-as às possibilidades e
capacidades do trabalhador. Tendo como função de transformar a situação de
trabalho e permite o melhor conhecimento sobre a atividade real do trabalhador.
Algumas medidas podem ser tomadas pelas empresas para amenizar o
problema da LER/DORT dos seus funcionários, são elas:
Intervenções ergonômicas: a reorganização dos postos de
trabalho, como mesas, cadeiras com disposição e altura correta
para a melhor condição de trabalho.
Alternância de tarefas: a diversificação visa diminuir a monotonia
inerente ao trabalho repetitivo, e estimular diferentes grupos
musculares.
Frequência e duração das pausas: deve-se haver um período de
descanso da musculatura, para que ocorra a sua recuperação, o
tempo de pausa varia dependendo da atividade.
Treinamento: deve-se complementar as medidas preventivas,
baseia-se na informação, conhecimento dos postos de trabalho
e noções básicas de ergonomia.
31
2.1.5.9.1 Ergonomia
A Norma Regulamentadora (NR17) visa estabelecer parâmetros que
permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas
dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao:
ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à
própria organização do trabalho.
Cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo
abordar, as condições de trabalho ter:
altura e características da superfície de trabalho compatíveis
com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao
campo de trabalho e com a altura do assento;
área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador;
características dimensionais que possibilitem posicionamento e
movimentação adequados dos segmentos corporais.
Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, há a necessidade
de pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter
posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos
adequados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, em função das
características e peculiaridades do trabalho a ser executado.
Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes
requisitos mínimos de conforto:
altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função
exercida;
borda frontal arredondada;
encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção
da região lombar.
Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados,
poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do
trabalhador. E também devem ser colocados assentos para descanso em locais em
que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas.
32
Os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar
adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do
trabalho a ser executado.
Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação,
datilografia ou mecanografia deve ser:
fornecido suporte adequado para documentos que possa ser
ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação,
evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga visual;
utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível,
sendo vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer
outro tipo que provoque ofuscamento.
Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com
terminais de vídeo devem observar o seguinte:
condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da
tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a
contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade
ao trabalhador;
o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao
trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem
executadas;
a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser
colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho-teclado e
olho-documento sejam aproximadamente iguais;
serem posicionados em superfícies de trabalho com altura
ajustável.
Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do
pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise
ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:
devem ser incluídas pausas para descanso;
quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de
afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de
produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de
produção vigentes na época anterior ao afastamento.
33
respeitar os ângulos limites e trajetórias naturais dos
movimentos, durante a execução das tarefas, evitando a flexão
e a torção do tronco;
colocar apoio para os pés, independente da cadeira.
No dia 28 de fevereiro é Dia Internacional de Prevenção da LER/DORT.
2.2. Atividades/Técnicas
A ginástica laboral é o conjunto de práticas de exercícios físicos realizados no
ambiente de trabalho, com a finalidade de colocar previamente o trabalhador bem
preparado para a sua rotina diária de trabalho. São técnicas de alongamento, que
são realizadas para várias partes do corpo, como: cabeça, tronco, ombros e mãos.
O alogmaneto tem a função de relaxar e contribui para:
elimina a fadiga muscular e o estresse;
aumenta da circulação sangüínea, melhorando a oxigenação
dos músculos e tendões;
melhora a mobilidade e flexibilidade músculo articular;
melhora a postura;
diminui a tensão muscular;
diminui o esforço na execução das tarefas diárias;
facilita a adaptação ao posto de trabalho;
previne a LER/DORT;
favorece a mudança da rotina;
mostra a preocupação da empresa com seus funcionários;
desenvolve o conhecimento corporal;
favorece o contato pessoal;
A ginástica laboral deve ser feita com no mínimo 3 vezes ao dia, durante o
período de trabalho. Faça o exercício que está ligado diretamento com a sua
necessidade de trabalho. Realize o exercício de forma a não sentir dor, se sentir
pare o exercício.
Mesmo durante a realização do seu trabalho, respire fundo, relaxe e faça o
movimento de espreguiçar.
35
Foto 1
Faça um movimento com a cabeça pra frente e para trás
Foto 2
Movimente a cabeça, primeiro para um lado, e em seguida, para o outro lado.
36
Foto 3
Incline a cabeça para um lado e em seguida para o outro lado.
Foto 4
Faça um movimento de rotação com a cabeça.
37
Foto 5
Eleve um ombro e em seguida eleve o outro ombro.
Foto 6
Leve os seus ombros para frente e para trás.
38
Foto 7
Coloque o seu braço para trás, na altura do pescoço, e com a outra mão, na altura
do cotovelo faça pressão para trás, lembre que não é pra causar dor, e para relaxar
os músculos. Repita no outro braço.
39
Foto 8
Coloque o braço atrás da cabeça, e com a outra mão, na altura do cotovelo, faça
pressão para baixo.
40
Foto 9
De as mãos nas costas, caso não consiga, pegue uma toalha, e faça o movimento,
foto abaixo.
Foto 10
41
Foto 11
Estique os braços acima da cabeça com os dedos entrelaçados, com as palmas da
mão virada para cima, estique ao máximo os seus braços, sem sentir dor.
42
Foto 12
Estique seus braços para frente com os dedos entrelaçados.
Foto 13
Estique seus braços para trás, também com seus dedos entrelaçados.
43
Foto 14
Puxe os dedos de uma mão para trás. Apoiar o dedão no dorso da mão. Repita na
outra mão.
Foto 15
Vire a sua mão para baixo e com a outra faça pressão. Repetir na outra mão.
44
Foto 16
Entrelace os dedos, e faça pressão entre eles.
Foto 17
Com os dedos entrelaçados gire os punhos, primeiro pra um lado e depois para o
outro lado.
47
Foto 20
Feche os dedos em forma de círculo, com o polegar, começando pelo indicador com
o polegar, e depois um dedo de cada vez, fazendo pressão em cada um dos dedos.
Foto 21
Com os dedos cruzados em forma de gancho, o indicador com indicador, e assim
por diante, tente fazendo pressão pra desengatá-los.
48
Foto 22
Feche as mão, como se estivesse segurando algo com força, e em seguida estique
os dedos. Repetir na outra mão.
49
Foto 23
Abra os dedos afastando os máximo possível e em seguida feche, apartando os
dedos, com na foto seguinte.
Foto 24
50
Foto 25
Movimente os seus ombros pra trás e depois para frente, em movimento circular,
(rotação). Repetir no outro ombro.
51
2.3. Recursos/Materiais
Para que ocorra a implementação desse projeto vai ser necessário a
utilização em sala de aula, da TV pendrive, a utilização de atlas anatômicos para
explicar as estruturas anatômicas envolvidas.
Também serão realizados com os alunos os exercícios específicos para que
ocorra a prevenção da LER/DORT
Recursos de vídeo, imagens e exercícios práticos para estimular o educando-
trabalhador para uma qualidade de vida melhor.
2.4. Avaliação
Após a toda a explicações sobre a LER/DORT, para que ocorra a avaliação do
educando-trabalhador, pode ser elaborado um folder, cartazes. Na construção
desses materiais o aluno irá demonstrar o que ele conseguiu apreender sobre a
LER/DORT. Deverão constar as principais informações sobre a LER/DORT, para que
o educando-trabalhador leve esses materiais para ao seu local de trabalho e possa
compartilhar com seus colegas de trabalho as informações que ele obteve.
3. ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES AO PROFESSOR
Ao iniciar o trabalho do professor, seria interessante fazer um debate com
seus alunos sobre a LER/DORT, para saber o nível de informação dos educandos-
trabalhadores sobre o assunto. Poderá passar em vídeo, parte do filme de Charles
Chaplin – Tempos Modernos - disponível em
http://www.youtube.com/watch?v=XFXg7nEa7vQ. Onde se vê uma linha de
produção e a forma como ocorre o movimento repetitivo no trabalho.
Trabalhará os sistemas: ósseo, muscular, articular e nervoso, irá falar sobre
as principais estruturas anatômicas que são afetadas pela LER/DORT.
Irá relacionar as doenças, atividades profissionais mais frequentes que são
acometidas pela LER/DORT, os sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção da
LER/DORT.
52
Na prevenção os exercícios que ajudam o educando-trabalhador a prevenir a
LER/DORT.
4. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO
Este material é apenas uma base para o professor trabalhar com seu
educando trabalhador.
Após a aplicação desse material por parte dos professores, gostaria que me
fossem enviadas a críticas e sugestões, para a melhoria do material. Pois devemos
trabalhar sempre para a melhoria qualidade de ensino, principalmente para os
alunos da EJA.
53
5. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
ANTONALIA, C. LER/DOR: Prejuízos e fator multiplicador do custo Brasil. São
Paulo, 2ª edição, Editora LTr, 2008
AURÉLIO Dicionário Eletrônico versão 6.0. Curitiba, 4ª edição, Positivo Informática.
2009. 1 cd-rom.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
Área Técnica de Saúde do Trabalhador. Lesão de Esforço Repetitivo (LER)
Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Série A.
Normas e Manuais e Técnicas; n.º 103. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 36p.
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ler_dort.pdf>. Acessado
em 05 jul. 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
Área Técnica de Saúde do Trabalhador. LER/DORT: dilemas, polêmicas e
dúvidas, Série A. Normas e Manuais e Técnicas. N.º 104. – Brasília: Ministério da
Saúde, 2001. 24p. Disponível em:
<http://nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2138.pdf>. Acessado em 05 jul.
2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
Área Técnica de Saúde do Trabalhador. Diagnóstico, Tratamento, Reabilitação,
Prevenção e Fisiopatologia das LER/DORT. Série A. Normas e Manuais e
Técnicas; n.º 105. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 64p. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diag_tratamento_ler_dort.pdf>.
Acessado em 05 jul. 2011.
54
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
Área Técnica de Saúde do Trabalhador. Saber LER para prevenir a DORT. Série A.
Normas e Manuais e Técnicas; n.º 106. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 19p.
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/prevenir_dort.pdf>.
Acessado em 05 jul. 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde do Brasil. Organização Pan-Americana da saúde no
Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os
serviços de Saúde do Brasil. Série A. Normas e Manuais e Técnicas; n.º 114. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 580p. Disponível em
<http://www.iesc.ufrj.br/cursos/saudetrab/Doen%E7as%20Relacionadas%20ao%20T
rabalho.pdf>. Acessado em 05 jul. 2011.
BRASIL. Instrução Normativa INSS/DC N.º 98 de 05 de dezembro de 2003. Norma
Técnica sobra Lesões de Esforço Repetitivo – LER ou Distúrbio Osteomusculares
Relacionado ao Trabalho – DORT. Diário Oficial da União de 10 de dezembro de
2003. Disponível em: <http://www81.dataprev.gov.br/sislex/imagens/paginas/38/inss-
dc/2003/anexos/IN-DC-98-ANEXO.htm>. Acessado em 05 jul. 2011
BRASIL. Norma Regulamentadora N.º 17 – Portaria MTPS N.º 3751 de 23 de
novembro de 1990. Estabelece Normas para Ergonomia. Diário Oficial da União de
26 de novembro de 1990. Disponível em:
<http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp>. Acessado
em 16 jul. 2011
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2001. 280p.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – SEED. Diretrizes Curriculares de
Ciências para a Educação Básica. Curitiba, 2008. 87p.
55
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – SEED. Diretrizes Curriculares da
Educação de Jovens e Adultos. Curitiba, 2006. 46p.
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Síndrome do desfiladeiro torácico. Disponível em:
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sintomas/sindrome-do-tunel-do-carpo/>. Acessado em 01 jul. 2011.
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_humano.jpg>. Acessado 04 jul. 2011.
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a_imunitario.jpg>. Acessado em 08 ago. 2011.
Sacro figura 4. Disponível em:
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Escápula figura 5. Disponível em:
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ula.jpg>. Acessado em 08 ago. 2011.
58
Ossos da mão figura 6. Disponível em
<http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/biologia/
ossosmao.jpg>. Acessado em 08 ago. 2011.
Sistema nervoso figura 7. Disponível em:
<http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/biologia/
sisnerv.jpg>. Acessado em 11 jul. 2011.
Síndrome do túnel do carpo figura 8. Disponível em:
<http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/biologia/
sindcarp.jpg>. Acessado 04 jul. 2011.
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