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1º de Dezembro

de 1640

Restauração da

Independência

1

Tudo começou

em finais do século XVI,

quando era rei de Portugal

D. Sebastião

2

Jovem, irreverente e defensor de uma política de

conquistas no Norte de África,

D. Sebastião desapareceu na batalha de Alcácer –

- Quibir em 1578 ! 3

Portugal ficou assim, sem rei, uma vez que D. Sebastião não tinha

filhos, logo, não existiam herdeiros directos para a

coroa portuguesa.

4

Como forma de resolver temporariamente, o problema, subiu ao trono o Cardeal D.

Henrique, tio--avô de D. Sebastião.

Contudo, já envelhecido e doente, o Cardeal

apenas reinou durante dois anos...

5

Quem seria agora rei de Portugal?

D. António, Prior do Crato,

D. Catarina de Bragança

e

D. Filipe II de Espanha

Apresentam – se três pretendentes ao trono:

6

D. António, Prior do Crato, que contava com o apoio do Povo foi aclamado rei em Lisboa, Setúbal e

Santarém.

Como resposta, o rei D. Filipe II de Espanha, mandou um exército comandado pelo duque de Alba, invadir Portugal, nos finais do

ano de 1580!

7

Também ele, como neto de D.

Manuel I, tinha direito ao trono de Portugal e,

pretendia reivindicá-lo!

Porquê?

Filipe II de Espanha

8

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D. António, Prior do Crato, procurou defender a capital do país. Contudo, o seu pequeno exército foi derrotado pela poderosa força militar do rei

espanhol, na batalha de Alcântara, em Lisboa.

Após abandonar o país, D. António, apoiado pelos franceses e ingleses,

reorganizou as suas tropas nos Açores. Mas aí, é também derrotado

pelos exércitos de Filipe II.

D. António, Prior do Crato

Nobres e Burgueses portugueses pretendiam a união das coroas portuguesa e espanhola

Porque:

Tinham esperança de que a boa administração e

a força militar do rei de Espanha ajudassem aresolver os problemas económicos de Portugal.

A Nobreza aspirava a cargos importantes nos

territórios pertencentes ao império de Espanha.

A burguesia pretendia comerciar livremente no

imenso império de Espanha.11

Assim, nas Cortes de Tomar, em1581, D. Filipe II de Espanha, torna--se rei de Portugal, com o nome deFilipe I de Portugal.

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Aquando da sua aclamação como rei de Portugal, Filipe I de Portugal, comprometeu-se a

respeitar os interesses do reino de Portugal, bem como os seus

usos e costumes.

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O governo do reino (sejadesempenhado) sempre por naturaisdele e nunca por estrangeiros quenão conhecem os usos da terra. (…)Vice-rei ou governador seránecessariamente português; oportuguês é a única língua oficial; ocomércio ultramarino estará sempreem Portugal e confiado aportugueses …

Assim, durante 60 anos, viveu-se em Portugal um período que ficou conhecido na História como

"Domínio Filipino”

veio a governação de Filipe III (II de Portugal)

Depois do reinado de Filipe II (I de Portugal)

e de Filipe IV (III de Portugal)…

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Estes reis governaram Portugale Espanha ao mesmo tempo, comose de um só país se tratasse,não esquecendo todos osterritórios dos respectivosImpérios.

Durante o reinado de Filipe I de Portugal, o rei não faltou aos compromissos assumidos, nas Cortes de Tomar, tendo – se assistido a:

progressos na administração do reino e a uma certa melhoria da situação

económica de Portugal .

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Contudo a situação vai sofrer alterações!!!

Após a morte de Filipe Ide Portugal em 1598, subiu aotrono o seu filho Filipe II ,demonstrando de imediatogrande desinteresse pelasquestões políticas do EstadoPortuguês.

"Fraco de espírito,totalmente desinteressado dosnegócios do Estado,verdadeira antítese do pai,Felipe III nunca governou porsi próprio, entregando o poderreal nas mãos de favoritos". Filipe II de Portugal

(III de Espanha,)

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Espanha tinha-se envolvido em conflitos com a França, Inglaterra e Holanda!

Devido à união dos dois países, os inimigos de Espanha, tornaram-se também inimigos de Portugal!

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E, não tardou que, franceses, holandeses e ingleses, começassem a atacar as possessões de Portugal em África, no Oriente e no Brasil …

Vejamos:

Ataques de navios holandeses a navios portugueses ao largo de Goa, na Índia.

Cronologia – Ataques a territórios portugueses no séc. XVII

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21

Mas, não foram só os inimigos de Espanha que atacaram Portugal …

Filipe II começa a desrespeitar osprivilégios portugueses … situação quese agrava no reinado de Filipe III …

Os portugueses foram obrigados:

a combater nos exércitos espanhóis;enviar para Espanha peças de

artilharia;A pagar mais impostos para que Espanha pudesse manter as suas

despesas de guerra

Vejamos:

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Para conquistar a Inglaterra, Filipe Ide Portugal, organizou uma poderosa frotacomposta por cento e cinquenta navios.Desses navios, cerca de quarenta eramportugueses e muitos soldados portuguesesfizeram parte desta armada que foichamada de - Armada Invencível. Contudo,apesar da grandeza do nome e do númerode navios e soldados foi derrotada!

Partida da

Armada Invencível para Inglaterra

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Novos impostos lançados emPortugal para custear as guerrasespanholas:

Real de Água;

Sobrecarga fiscal sobre o sal e oaçúcar;

A duplicação da sisa;

Meia - Anata, que obrigava opagamento de metade da importânciados ordenados, no prazo de dois anos,sobre os ofícios e cargos públicos.

Em 1621, faleceu Filipe IIe sucedeu-lhe seu filhoFilipe III de Portugal,agravando-se ainda mais onão cumprimento daautonomia portuguesa,prometida em Tomar ...

Filipe III de Portugal (IV de Espanha,)

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O primeiro-ministro, Duque de Olivares,visando uma maior centralização dopoder espanhol sobre os portugueses,intensifica medidas cada vez maisimpopulares que conduzem adescontentamentos e revoltas.

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No dia 21 de Agosto de 1637,dois representantes do povo de Évoraforam reclamar junto das autoridadeslocais, o lançamento de um novoimposto.

Como não foram recebidos, apopulação revoltou-se e acabou portomar conta da cidade.

Começaram depois a circularpanfletos, falsamente atribuídos a umtal Manuelinho, um doente mental queos eborenses muito estimavam.

Senhor, vosso Portugal de vossos pais estimado, hoje,

em miséria fatal, está pobre e lastimoso, e o governo rigoroso,

que tanto o tem perseguido, lhe nega,

sendo ofendido, o alivio de ser queixoso.

Manuelinho

Nesses panfletos, encorajava-se o povo a restituir a Coroa

Portuguesa a um rei nacional.

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Ao descontentamento do Povoassociou - se o da Nobreza e daBurguesia.

Por Portugal, generalizou-se umclima de revolta e a Nobrezacomeçou a conspirar e a preparara Restauração da Independência.

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Era necessárioescolher um rei.

Os conspiradores,reunidos secretamentena casa de D. Antão deAlmada, pensaram em D.João, Duque de Bragançadescendente de D.Catarina, neta de D.Manuel I. D. João, Duque de

Bragança

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Aproveitando a deslocação das tropas espanholas,para sufocar uma revolta na Catalunha e contandocom um prometido apoio da França, quarentafidalgos portugueses, dirigiram-se ao paço real.

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Aprisionaram a Duquesa deMântua, prima de Filipe IIIe vice rainha de Portugal.

Mataram Miguel deVasconcelos, nobreportuguês, que exercia ocargo de secretário deestado.

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Entretanto, dois fidalgos partiram para VilaViçosa, a dar a noticia da vitória ao 8º duquede Bragança, D. João, a quem em Lisboatinham aclamado como rei de Portugal, com otitulo de D. João IV.

Estava assim restaurada aindependência de Portugal!

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