estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação ... · raíza de sousa batalha estudo...
Post on 14-Feb-2019
219 Views
Preview:
TRANSCRIPT
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE GEOCIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS
Raíza de Sousa Batalha
Estudo de Minerais Pesados, Análise Morfológica e Datação
U-Pb por ICPMS-LA de Zircão Detrítico - Proveniência dos
Metasedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte-MT
Orientadora Profª. Drª. Marcia Aparecida de Sant’Ana Barros
Co-orientador Drº Gerson Sousa Saes
CUIABÁ 2017
ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
REITORIA
Reitora
Profª. Drª. Maria Lucia Cavalli Neder
Vice-Reitor
Prof. Dr. João Carlos de Souza Maia
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO
Pró-Reitora
Profª. Drª. Leny Caselli Anzai
FACULDADE DE GEOCIÊNCIAS
Diretor
Prof. Dr. Paulo César Corrêa da Costa
Diretor Adjunto
Prof. Dr. Carlos Humberto da Silva
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS
Coordenador
Prof. Dr. Ronaldo Pierosan
Vice-coordenador
Prof. Dr. Jayme Alfredo Dexheimer Leite
iii
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO N° 82
Estudo de Minerais Pesados, Análise Morfológica e Datação
U-Pb por ICPMS-LA de Zircão Detrítico - Proveniência dos
Metasedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte-MT
Raíza de Sousa Batalha
Orientadora Profª. Drª. Márcia Aparecida de Sant’Ana Barros
Co-Orientador Prof. Dr. Gerson Sousa Saes
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geociências da Faculdade de Geociências na Universidade Federal de Mato Grosso como requisito parcial para a obtenção do Título de Mestre em Geociências.
CUIABÁ 2017
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.
B328e Batalha, Raíza de Sousa. Estudo de Minerais Pesados, Análise Morfológica e Datação U-Pb por ICPMS-LA de Zircão Detrítico - Proveniência dos Metasedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte-MT / Raiza de Sousa Batalha. – 2017 Iii, 72 f. : il. color. ; 30 cm. Orientadora: Márcia Aparecida Sant'Ana Barros. Orientador: Gerson Sousa Saes Dissetação (mestrado) – Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Geociências, Programa de Pós Graduação em Geociências, Cuiabá, 2017. Inclui bibliografia. 1. Grupo Cuiabá. 2. Proveniência. 3. Zircão Detritico. I. Título.
Estudo de Minerais Pesados, Análise Morfológica e Datação U-Pb por
ICPMS-LA de Zircão Detrítico - Proveniência dos Metasedimentos do
Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte-MT
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________ Profª. Drª. Márcia Aparecida de Sant’Ana Barros
Orientadora (UFMT)
_________________________________________ Profº. Drº. Francisco Egídio Cavalcante Pinho
Examinador Interno (UFMT)
_________________________________________ Prof. Dr. Elton Luiz Dantas Examinador Externo (UNB)
Agradecimentos
À Universidade Federal de Mato Grosso e ao Programa de Pós-Graduação em Geociências. Aos orientadores, Drª Marcia Aparecida Sant’Ana Barros, pela oportunidade e ao Drº Gerson Sousa Saes pelo conhecimento, pela paciência e por tudo que representa a mim como estudante. Um agradecimento especial ao Drº Elton Dantas, por toda a colaboração na aquisição dos dados Isotópicos e incentivo cientifico indispensável, tornando tudo possível. Ao meu companheiro Ezequiel Gandolfi e meus familiares, assim como todos os seres de luz, que de forma direta ou indiretamente fizeram parte nesta caminhada.
Resumo O Grupo Cuiabá (Zona Tectônica Interna da Faixa Paraguai) foi acumulado no Neoproterozóico e é constituído basicamente por uma sucessão de rochas sedimentares depositadas em ambiente continental, passando no topo a marinho com influência glacial, intensamente deformada e metamorfizada em baixo grau durante o ciclo Brasiliano-Pan-Africano. O estudo da assembleia de minerais pesados dos metassedimentos Grupo Cuiabá revelou que estes são constituídos principalmente por opacos, epidoto, titanita, zircão, turmalina e rutilo e em menor proporção por leucoxênio, calcita e clorita. O índice ZTR e o teor de zircão dentre estes, aumenta em direção ao topo da coluna estratigráfica, indicando aumento da maturidade dos sedimentos da base (Formação Campina de Pedra) para o topo (Formação Coxipó). Com análise morfológica de zircão detrítico, são descriminadas cinco famílias: (F-1 e F-2) grãos prismáticos com terminações preservadas (F-3 e F-5) prismas médios e longos arredondados, (F4) grãos esféricos. A relação entre as famílias de zircão e as idades U-Pb é muito dispersa, porém grãos euedrais são de ocorrência significativa em ±1.4Ga e exclusivos da Formação Campina de Pedra (base da coluna), sugerindo fontes proximais. Os dados isotópicos U-Pb através de LA-ICPMS fornecem idades predominantemente mesoproterozóicas, embora registros de idades paleoproterozoicas estejam presentes com idade máxima registrada em 2.164Ma. De acordo com o zircão mais novo a idade máxima para a deposição da bacia é Toniana (923Ma). Na porção inferior da coluna estratigráfica a maior frequência de idades é em torno de 1,4 Ga, enquanto na intermediarias a principal contribuição fica próxima à 1,2Ga. No topo da coluna ocorre uma grande variação na distribuição de idades, porém a maior contribuição é de 1.0Ga. A análise conjunta dos estudos de minerais pesados, índice ZTR, morfologia e dados geocronológicos U-Pb dos zircões detríticos, apontam uma proveniência para o Grupo Cuiabá a partir de rochas do Cráton Amazônico. O padrão dos resultados da base para o topo na estratigrafia da Bacia, sugere variação de áreas fonte e da maturidade dos sedimentos de acordo com os ambientes de sedimentação que formam a bacia sedimentar. A partir de tais dados, sugere-se que a deposição do Grupo Cuiabá inicia em um ambiente de rift continental representado pela Formação Campina de Pedra, passando à um período de transgressão marinha com influência glacial gerando a Formação Acorizal, que evoluiu para uma margem passiva representada pela Formação Coxipó. O marco da inversão da bacia sedimentar com ajuste glácio-isostático, ocorre na transição entre os Membros Engenho e Pai Joaquim, que fornece evidencias de retrabalhamento das fontes mais antigas dentro da bacia sedimentar. PALAVRAS-CHAVE: Grupo Cuiabá, Proveniência, Zircão Detrítico.
Abstract The Cuiabá Group (Internal Tectonic Zone of Paraguay Belt) was accumulated in the Neoproterozoic and is basically formed by a succession of sedimentary rocks initially deposited in continental environment, grading at the top to marine with glacial influence, intensely deformed and metamorphosed in low grade during the Brasilian-Pan-African Cycle). The study of the assembly of heavy minerals from metasedimentary rocks of the Cuiabá Group revealed that these are mainly ore opaque minerals, epidote, titanite, zircon, tourmaline, and rutile and to a lesser extent leucoxene, calcite and chlorite. The ZTR index and zircon content of these, increases toward the top of the stratigraphic column, indicating increased maturity of the base of the sediments (Campina de Pedra Formation) to the top (Coxipó Formation). With morphological analysis of detrital zircon, five families are discriminated: (F-1 and F-2) prismatic grains with preserved endings (F-3 and F-5) medium and long prisms rounded (F4) spherical grains. The relationship between families and zircon U-Pb ages is much dispersed, but euhedrals grains have significant occurrence in ± 1.4 Ga and are exclusive of Campina de Pedra Formation (base of the column), suggesting proximal sources. The U-Pb isotopic data through LA-ICPMS provide predominantly Mesoproterozoic ages indicating a main source from the west-northwest from the Sunsás Orogen. Paleoproterozoic grains are also present with maximum age recorded of 2.164Ma. According to the youngest zircon present, the maximum age for the deposition of the basin is Early Tonian (923 Ma). In the lower portion of the stratigraphic column the dominant ages are around 1.4 Ga, while in the intermediate part the main population of zircon has about 1.2 Ga. At the top of the column, there is a wide variation in the distribution of ages, but predominating grains of about 1.0 Ga. The joint analysis of heavy mineral studies, ZTR index, morphology and geochronological U-Pb data of detrital zircons, indicate a source for the Cuiabá Group from rocks of the western Amazon Craton. The pattern of results from bottom to top in the stratigraphy of the basin suggests variation in source areas and the maturity of sediments according to sedimentary environment that form the sedimentary basin. From these data, it is suggested that the deposition of the Cuiabá Group starts in a continental rift environment represented by Campina de Pedra Formation, going to a period of marine transgression with glacial influence generating Acorizal Formation, which evolved into a passive margin represented by the Coxipó Formation. The mark of the reversal of the sedimentary basin with glacio-isostatic adjustment occurs in the transition between Members Engenho and Pai Joaquim, which provides evidence of reworking of the oldest sources within the sedimentary basin. KEYWORDS: Cuiabá Group, provenance, detrital zircon.
Lista de Figuras Figura 1. Mapa geológico do Grupo Cuiabá, com localização das amostras estudadas neste trabalho. ............................................................................................................................................................ 17
Figure 2. Geological map of the central-west region of Brazil and east Bolivia with emphasis on the Paraguay Belt. Location of the study area marked with a rectangle (Extracted and modified from Alvarenga, 1988). ............................................................................................................................... 28
Figure 3. Geological map of the Cuiabá Group in the study region, with the location of the samples analysed in each stratigraphic unit. .................................................................................................... 29
Figure 4. Synthesis of the evolution of stratigraphic concepts for the Cuiabá Group - Paraguay Belt, modified from Tokashiki and Saes (2008). ........................................................................................ 31
Figure 5.Stratigraphic columns of units of the Cuiabá Group: Campina de Pedra, Acorizal and Coxipó formation. .............................................................................................................................. 31
Figure 6. Photomicrography of the Campina de Pedra formation. Mineralogical composition feldispatica essentially quartz, especially in the presence of organic matter and matrix-Cb The sample (A-B), and with pressure shadow biotite crystallization Cb-2 (C). ....................................... 32
Figure 7. Lithotypes from the Cuiabá Group. Campina de Pedra Formation: Cb-A Carbonaceous level, Cb-1 Bituminous metasandstone, Cb-2 Metagraywacke. Acorizal Formation: Cb-3 Polymictic metaconglomerate, Cb-4 Purple diamictite. Formation Coxipó: Cb-5 Metasandstone ..................... 34
Figure 8. (A) Examples the grained of heavy mineral assembly of the Cuiabá Group. (B) Distribution of heavy minerals assembly and ZTR index, where the values go from 20% at the base and reaches more than 80% at the top, so the sediment maturity increases towards. ........................ 38
Figure 9. Concordia plots for U-Pb ages detrital zircon laser-ablation–inductively coupled plasma–mass spectrometry (LA-ICP-MS) data from rocks of the Cuiabá Group, Paraguay Belt – MT. ....... 40
Figura 10. Frequency and distribution histograms and probability curves for U-Pb data of the detrital zircons, for samples Cb-A-Cb-6 from and stratigraphic column of the Cuiabá Group, Paraguay Belt – MT. .......................................................................................................................... 41
Figure 11. Backscattered electron (BSE) images of zircon detrital families of Cuiabá Group. Preserved edge zircon grains (F-1 and F-2) tend to age c.a 1.4-1-5Ga. Grains with rounded ends (F-3, F-4 and F-5), have variants and represent longer time without sediment. ..................................... 42
Figura 12. Schematic model illustrating the tectonic and stratigraphic evolution of the Cuiabá Group. ................................................................................................................................................ 50
Figura 13. Modelo esquemático com a síntese da evolução tectono estratigráfica do Grupo Cuiabá. ............................................................................................................................................................ 68
Lista de Tabelas Tabela 1. Appendix A: Location, lithographic discrimination and synthesis of results in the Cuiabá Group. ............................................................................................................................. 55
Tabela 2. Appendix B: Summary U-Pb detrital zircon results for samples of Cuiabá Group by LA-ICPMS in Geochronology Laboratory of the Institute of Geosciences - University of Brasilia. ...... 56
Sumário CAPÍTULO 1 ..................................................................................................................................... 14
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 14
1.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 14
1.1.1 Problemática e Relevância ..................................................................................................... 14
1.1.2 Localização e Vias de Acesso ................................................................................................ 16
1.1.3 Objetivos ................................................................................................................................ 16
1.1.4 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................................. 17
1.1.4.1 Preparo das amostras ........................................................................................................... 17
1.1.4.2 Estudo de minerais pesados ................................................................................................. 17
1.1.4.3 Análise morfológica ............................................................................................................. 18
1.1.4.4 Geocronologia U-Pb. ........................................................................................................... 18
1.2 CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL ............................................................................... 19
1.2.1 Estratigrafia do Grupo Cuiabá................................................................................................ 20
CAPÍTULO 2 ..................................................................................................................................... 22
ARTIGO............................................................................................................................................. 22
2.1 INTRODUCTION .................................................................................................................... 24
2.2 REGIONAL GEOLOGICAL SETTINGS ............................................................................... 27
2.3 STRATIGRAPHY OF THE CUIABÁ GROUP. ..................................................................... 29
2.4 MATERIALS AND METHODS ............................................................................................. 34
2.5 RESULTS. ................................................................................................................................ 35
2.5.1 Heavy minerals study and ztr index. ......................................................................................... 35
2.5.2 Morphological Analysis of detrital zircon grains. .................................................................... 37
2.5.3 - U-Pb Geochronology .............................................................................................................. 38
2.6 DISCUSSION ........................................................................................................................... 43
2.7 CONCLUSIONS ...................................................................................................................... 50
2.8 REFERENCES. ........................................................................................................................ 51
2.1 APPENDIX .............................................................................................................................. 55
CAPÍTULO 3 ..................................................................................................................................... 61
DISCUSSÕES E CONCLUSÕES ..................................................................................................... 61
CONCLUSÕES ................................................................................................................................. 68
CAPÍTULO 4 ..................................................................................................................................... 70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 70
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
14
CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO
1.1.1 Problemática e Relevância
O estudo da proveniência de rochas sedimentares visa reconstituir as relações existentes
entre áreas-fonte e bacias sedimentares, envolvendo a determinação da composição da área-fonte
dos sedimentos e sua localização geográfica, as rotas de distribuição das areias da fonte até a bacia,
avaliação das condições climáticas, do tectonismo e do relevo na época da deposição (Remus et al,
2008). As ferramentas envolvem o estudo da assembleia de minerais pesados, a variação dos ZTR
(zircão, turmalina e rutilo) em relação a posição estratigráfica das camadas, a morfologia de grãos e
datação U-Pb em zircão, além de outros métodos.
A determinação da assembleia de minerais pesados e sua abundância permitem diagnosticar
se as rochas fontes eram ígneas, metamórficas ou sedimentares. A morfologia dos grãos preserva
informações importantes sobre a história do transporte sedimentar, possibilitando estimar áreas
fontes distais em grãos mais arredondados e fontes proximais no caso de grãos euedrais. A datação
isotópica U-Pb de zircão e apatita, e suas respectivas acumulações, releva eventos orogênicos
formadores das rochas fontes dos sedimentos (Wilson A. et al, 2014).
Análises quantitativas na proveniência (QPA) de sedimentos inclui todo o tipo de
investigação e visa, uma caracterização quantitativa dos fatores que controlam as modificações de
composição e textura de uma rocha mãe, até que está se transforme no depósito final. (Weltje G. J
& Eynatten H.V. 2004)
A maturidade de arenitos pode ser estimada através do índice de Zircão-Turmalina-Rutilo
(ZTR index), presente na assembleia de minerais pesados dos mesmos. Como regra, arenitos com
ZTR elevado, possuem áreas fontes relacionada a terrenos reciclados, enquanto que aqueles com
baixo ZTR são sedimentos de primeiro ciclo (Hubert J.F. 1962).
A análise de zircão detrítico, revela idade da área fonte, possibilita que seja feita a
reconstrução paleogeográfica, assim como outros dados importantes sobre o registro sedimentar. O
zircão mais novo registrado, indica a idade máxima para o início da deposição de sedimentos na
bacia (Fedo et al. 2003)
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
15
O padrão de distribuição das idades de zircões detríticos reflete o ambiente tectônico em que
a bacia é depositada. Ambientes convergentes apresentam acumulações de zircões com idades
próximas à idade de deposição destes na bacia, enquanto a variação da distribuição destas idades
pode apontar ambientes tectônicos colisíonais, extencionais ou intracratônicos (Cawood et al 2012).
O Grupo Cuiabá (Zona Tectônica Interna da Faixa Paraguai) foi acumulado no
Neoproterozóico e é constituído basicamente por uma sucessão de rochas sedimentares,
intensamente deformadas e metamorfizadas em baixo grau que foram depositadas em ambiente
continental, passando no topo a marinho com influência glacial. A geologia regional, a estratigrafia,
a tectônica modificadora da bacia e metalogênese do Au têm sido investigadas nas últimas décadas
(e.g. Almeida 1964; Luz et al. 1980; Alvarenga 1988; Alvarenga & Trompette 1993; Silva et al.
2002; Tokashiki & Saes 2008, Vasconcelos et al. 2015).
A história geodinâmica da Faixa Paraguai é ainda tema controverso, notadamente no que diz
respeito aos contextos fisiográfico, climático e tectônico em que suas rochas sedimentares se
acumularam. Traballhos pioneiros (Almeida F. F., 1964) sugerem que as características litológicas,
estruturais e metamórficas do Grupo Cuiabá são compatíveis com bacia do tipo miogeossinclinal,
possivelmente passando a condições eugeossinclinais na área hoje recoberta pela Bacia do Paraná.
Admite-se para a Faixa Paraguai uma acumulação em margem passiva (Grupo Cuiabá e seus
equivalentes Cratônicos) na borda oeste de um oceano brasiliano, ou alternativamente, acumulação
em um aulacógeno/rift continental (Alvarenga & Trompette 1992). O limite em forma de arco
convexo com vergência para o antepais cratônico, parece incompatível com a presença de uma
descontinuidade crustal entre as unidades geotectônicas aventada por tais autores, visto a evidências
de que a Faixa Paraguai passa por todos os estágios do Ciclo de Wilson, recebendo também carga
sedimentar de rochas do Cráton Amazonico, em todo o período de deposição.
O estudo de proveniência das diferentes sucessões rochosas da Faixa Paraguai, a partir de
idades modelo com isótopos de Nd, mostraram a predominância de idades entre 2.3-2.5Ga enquanto
estudos usando U-Pb e Hf em zircão (McGee et al, 2014) mostram idades desde 918 Ma para a
Formação Puga até 527Ma para a Formação Diamantino. Os resultados de Nd sugerem uma fonte
dominantemente continental, relacionada a rochas proterozóicas do Craton Amazônico (Dantas E.
et al. 2009) enquanto as idades U-Pb e Hf apontam para uma área fonte predominantemente
cratônica até o início do Neoproterozóico, e a partir daí é considerada a influência de rochas fontes
do Bloco Paranapanema e Arco Magmático de Goiás (McGee et al, 2014).
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
16
Idades 40Ar/39Ar nas muscovitas da Formação Serra Azul membro do Grupo Alto Paraguai,
sugerem que estas tiveram sua deposição no Ediacarano (540±15Ma), em ambiente de margem
passiva com influência glacial que evolui para um ambiente compressivo (McGee et al 2014).
Corpos ígneos pós-tectônicos marcam o final da colagem da América do sul com o
Supercontinente Gondwana. Idades U-Pb de zircão para o Granito São Vicente em 518±4Ma, marca
o final do metamorfismo e da deformação para a Faixa Paraguai (McGee et al, 2012).
O presente trabalho visa contribuir para um melhor entendimento das áreas fontes que deram
origem às rochas metassedimentares do Grupo Cuiabá. Neste sentido sete amostras representativas
foram submetidas aos estudos da assembleia de minerais pesados e cálculo do índice ZTR (zircão,
turmalina e rutilo). Análise da morfologia dos zircões detríticos, assim como idades U-Pb dos
mesmos usando ICPMS-LA, permitiram uma observação mais detalhada sobre a evolução da bacia
sedimentar no decorrer do tempo geológico.
1.1.2 Localização e Vias de Acesso
As amostras pertencentes ao Grupo Cuiabá (estado de Mato Grosso) estão distribuídas ao
longo da zona interna da Faixa Paraguai norte, desde as imediações do município de Poconé SW da
Capital Cuiabá, até as redondezas de Planalto da Serra (MT) extendendo-se por cerca de 400 km a
NE da capital conforme ilustrado no mapa de localização geográfica (Figura 1).
1.1.3 Objetivos
O objetivo geral deste trabalho foi definir a proveniência dos metassedimentos do grupo
Cuiabá, suas prováveis áreas fontes e ambiente tectônico.
Como objetivos específicos pretendeu-se:
- Caracterizar o conteúdo de minerais pesados e minerais de alteração dos sedimentos:
- Estabelecer a proporção dos índices ZTR para cada unidade litoestratigráfica que constitui
o Grupo Cuiabá.
- Selecionar famílias diferentes de zircões com base em sua morfologia e relaciona-los com
as idades U-Pb em zircão usando ICPMS-LA e sua distribuição ao longo da coluna estratigráfica do
Grupo Cuiabá.
- Propor ambiente tectônico, e áreas fontes para cada unidade litoestratigráfica.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
17
- Definir grau de proximidade da área fonte e separar fontes ígneas, metamórficas e
sedimentares.
Figura 1. Mapa geológico do Grupo Cuiabá, com localização das amostras estudadas neste trabalho.
1.1.4 MATERIAIS E MÉTODOS
1.1.4.1 Preparo das amostras
Sete amostras coletadas nas atividades de campo, foram submetidas a descrição
macroscópica, a confecção de seções delgadas para descrição em Microscopio petrográfico.
Amostras similares foram cominadas nas frações, areia muito fina (0,062 a 0,125 mm) e areia fina
(0,125 mm a 0,25 mm). Os minerais pesados estudados, foram separados dos leves, com o auxílio
de liquido denso, Bromofórmio e bateia. Após a secagem da amostra com auxílio de lupa binocular
foi possível selecionar os grãos de zircão para estudo geocronológico U-Pb em zircão.
1.1.4.2 Estudo de minerais pesados
Minerais pesados foram separados dos leves através de líquido denso, bromofórmio
(CHBr3, d= 2,89 g/cm³), e dispostos em seção delgada. A contagem foi realizada usando
microscópio petrográfico de luz transmitida com o charriot acoplado sobre a platina, dispositivo
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
18
que auxilia no deslocamento da lâmina, seguindo linhas transversais onde cada grão identificado é
contado para posterior descrição microscópica, visando caracterizar sua composição mineralógica.
Processo este, realizado com objetivo de estimar as proporções dos diferentes minerais pesados.
Dentre a assembleia dos minerais pesados, os minerais ultraestáveis (zircão turmalina e
rutilo) mostram uma variedade de áreas/rochas fontes, aqui sua ocorrência é analisada em relação
ao teor de minerais pesados nas rochas constituintes dos metassedimentos do Grupo Cuiabá.
1.1.4.3 Análise morfológica
A partir do concentrado de minerais pesados obtidos por precipitação gravimétrica em
bateia, foram selecionados uma média de 100 grãos de zircão avulsos por amostra, para a realização
de uma análise morfológica e de classificação em famílias. As famílias dos zircões foram
estabelecidas pelo grau de arredondamento e esfericidade. O estudo morfológico permitiu
estabelecer a proximidade da fonte e o caráter de maturidade dos sedimentos.
1.1.4.4 Geocronologia U-Pb.
Uma média de 60 grãos de zircão de cada uma das sete amostras aqui estudadas, foram
encaminhados ao Laboratório de Geocronologia do Instituto de Geociências da Universidade de
Brasília (UnB) e datadas com o uso do LA-ICP-MS (Laser Ablation Inductively Coupled Plasma
Mass Spectrometry), modelo New Wave Neptune, da Thermo Finningan. As datações realizadas
seguem os procedimentos analíticos descritos por Buhn et al (2009). Na limpeza dos mounts foi
utilizado banho com ácido nítrico (3%), agua Nanopure® em ultrasson e por último em acetona
para a extração de qualquer resíduo de umidade.
As análises isotópicas foram realizadas no LAM-MC-ICP-MS Neptume (Thermo-Finniman)
acoplado ao Nd-YAG (λ=213nm) Lazer Ablation System (New Wave Research.USA). A ablasção
dos grãos foi realizada em spots 25-40 µm em modo raster, com frequência de 9-13 Hz e
intensidade de 0,19 a 1,02 J/cm². O material pulverizado foi carreado por um fluxo de He (õ.40
L/min). Em todas as análises foi utilizado o padrão internacional GJ-1 para a correção da deriva do
equipamento, assim como o fracionamento entre os isótopos de U-Pb, para a verificação da acurácia
foram realizadas análises do padrão FC-1. Os dados adquiridos em 40 ciclos de 1 segundo. O
procedimento de coleta de dados seguiu a seguinte leitura: - 1 branco, 1 padrão, 3 amostras, 1
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
19
branco e 1 padrão. Em cada leitura são determinadas as intensidades das massas 202Hg204 (Pb+Hg). 206Pb, 207Pb, 208Pb e 238U.
A redução dos dados brutos que inclui as correções para branco, deriva do equipamento e do
chumbo comum. Foram realizados em planilia de EXCEL, confeccionada no próprio laboratório.
As incertezas associadas as razoes apresentadas nas tabelas são de 1σ em porcentagem. As idades
foram calculadas com a utilização do ISOPLOT 3.0 (Ludwing. 2003).
1.2 CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL
A Faixa Paraguai-Araguaia como definida originalmente por Almeida (1964), constitui um
cinturão de dobramentos de destaque na região central do continente sul-americano, bordejando o
leste-sudeste do Cráton Amazônico e o leste do Bloco Rio Apa. Esta é constituída de
metassedimentos deformados (Ciclo Brasiliano 650-550 Ma) em dobras isoclinais fechadas no
interior da faixa compressional, passando progressivamente em direção ao Cráton às coberturas em
parte contemporâneas, estruturalmente onduladas e falhadas, mas não metamorfizadas (Alvarenga
1990; Alvarenga & Trompette 1993).
Uma organização tectônica foi proposta por Almeida (1964, 1984), discutida por Alvarenga
(1990) e Alvarenga & Trompette (1993), que utilizam esta mesma compartimentação para domínios
tectônicos, sendo reconhecidos: (i) Cobertura de Antepais onde aflora um conjunto de rochas
sedimentares sub-horizontalizada a levemente basculadas que cobrem o Cráton Amazônico (ii)
Domínio Externo com metamorfismo incipiente, dobramentos simétricos e falhamentos reversos
regionais com vergência para a área cratônica; (iii) Domínio Interno formado por rochas
metamórficas de fácies xistos verdes, e deformação polifásica com dobramentos e cavalgamentos
com vergência principal contrária ao cráton.
Almeida (1984) identificou três zonas estruturais adjacentes na Faixa Paraguai: Brasílides
Metamórficas, Brasílides Não Metamórficas e as Coberturas Brasilianas. Estas zonas estruturais são
definidas por Alvarenga (1988) e Alvarenga & Trompete (1992) como Zona Estrutural Interna,
Zona Estrutural Externa e Coberturas Sedimentares de Plataforma respectivamente (Figura 1).
Entre os domínios externo e interno, os sedimentos da Formação Puga e Bauxi estão
acomodados em trecho do embasamento cratônico por sedimentos glaciogênicos em ambiente
marinho raso, enquanto que lateralmente, são cronocorrelatos com os metassedimentos de nível
intermediários e de topo do Grupo Cuiabá, já em um ambiente marinho turbidítico controlado por
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
20
fluxos gravitacionais, (Luz et al 1980; Alvarenga 1984, 1988, 1990, Alvarenga & Trompette, 1992;
Alvarenga & Saes 1992).
Alvarenga (1988, 1990) descreve a Faixa Paraguai como um cinturão de dobramentos
polifásicos afetado pelo Ciclo Brasiliano e constituído por metassedimentos dobrados e
metamorfizadas, que em direção ao Cráton Amazônico passam progressivamente a coberturas
sedimentares, em parte contemporâneas e estruturalmente onduladas, falhadas, mas não
metamorfizadas. O Grupo Cuiabá corresponde a zona interna da Faixa Paraguai sendo este
composto basicamente de rochas metamórficas de sedimentares, estando estas na faixa xisto verde
zona da Clorita e localmente zona da Biotita.
1.2.1 Estratigrafia do Grupo Cuiabá
Almeida (1964) descreveu a composição litológica do Grupo Cuiabá, reconhecendo vários
tipos de rochas, constituídas de metassedimentos detríticos, predominantemente pelíticos, mas com
importante desenvolvimento local de quartzitos, metagrauvacas e subsidiariamente
metaconglomerados, atribuindo suas características sedimentares a um depósito acumulado em
ambiente tectonicamente ativo, provavelmente todo marinho e não vulcânico. Observou ainda “que
as camadas de quartzitos devem representar épocas de moderada quietude enquanto que as
sequências cíclicas de metagrauvacas e filitos, qualquer que seja sua origem representam períodos
de inquietação tectônica da bacia sedimentar”. Esse mesmo autor ainda descreve rochas de origem
glacial (tilitos) posicionando-os acima da Série Cuiabá com a denominação de Grupo Jangada.
Almeida (1965) ainda reportou as rochas do Grupo Cuiabá, como sendo de depósitos de flysch,
originados por correntes de turbidez geradas por fluxos gravitacionais submarinhos em fundos
instáveis do geossinclíneo.
Alvarenga (1988,1990), Alvarenga & Saes (1992), Alvarenga & Trompette (1993) separam
as seqüências da Faixa de Dobramentos Paraguai em quatro grupos tectono-estratigráficos, sendo
eles: Seqüência Inferior, Seqüência Média Turbidítica Glácio-marinha, Seqüência Média
Carbonatada, Seqüência Superior Terrígena.
Luz et al. (1980) baseados em mapeamento 1:50.000, subdividiu o Grupo Cuiabá em oito
subunidades estratigráficas, sendo da base para o topo:
Subunidade 1 – Aflora no núcleo da Antiforme de Bento Gomes e é composta por filitos
sericíticos cinza-claro a grafitosos e metarenitos grafitosos intensamente deformados;
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
21
Subunidade 2 - Ocorre no flanco NW da Antiforme com espessura estimada em 350m,
composta por metarcósios verde-escuro a pretos, filitos grafitosos e lentes de mármore calcítico.
Seu contato superior é gradacional ou tectônico, por falhas normais, inversas ou de empurrão;
Subunidade 3 – É a subunidade que mais fornece elementos estruturais e litológicos, como
estratificações originais plano-paralelas, acamamento gradacional e mergulhos das camadas bem
definidos. Compõe-se de filitos, filitos conglomeráticos, metaconglomerados, metarenitos,
localmente ferruginosos, filitos calcíferos, e níveis de hematita. O contato superior é gradacional e
por vezes tectônico;
Subunidade 4 – Ocorre na região de Jangada e adjacências com espessura estimada em
1.000m, constituindo-se de diamictitos cinza arroxeados, com raras intercalações de filitos e
metarenitos. O contato superior foi interpretado como transicional e em certos locais por falhas de
cavalgamento que coloca a subunidade 4 em contato com a 7;
Subunidade 5 – Constituída por filitos, metarcóseos, meta-microconglomerados e
subordinadamente quartzitos. Em certos locais faz contato direto com a sub-unidade 7, não
ocorrendo a subunidade 6, que é tida como a faixa de transição entre os dois pacotes. Observam-se
também contatos bruscos através de falhas inversas ou de empurrão;
Subunidade 6 - Se caracteriza como uma faixa de transição entre as subunidades 5 e 7, e é
constituída por filitos conglomeráticos com intercalações subordinadas de metarenitos, quartzitos e
mármore;
Subunidade 7 - Composta por diamictitos petromíticos com pelo menos 600m de espessura,
admitindo raras intercalações de filitos e metarenitos, com contatos superior e inferior descritos
como gradacionais;
Subunidade 8 – Ocorre localmente no núcleo da Sinclinal da Guia e é constituída por
calcários calcíticos e dolomíticos, margas e filitos sericíticos.
Tokashiki & Saes (2008) numa tentativa de resgatar as denominações estratigráficas e
seções tipo clássicas da literatura geológica sobre a Faixa Paraguai propõem uma coluna
estratigráfica para o Grupo Cuiabá individualizando três formações: Campina de Pedra, Acorizal e
Coxipó. Comparando a correspondência estratigráfica entre as formações propostas por Tokashiki
& Saes (2008), Luz, et al (1980) e Alvarenga (1988) ocorre da base para o topo, a Formação
Campina de Pedra que corresponde as Subunidades 1, 2 e a Unidade Inferior. Enquanto que a
Formação Acorizal corresponde as Subunidades 3,4, 5 e a Unidade Média Turbiditica Glácio-
Marinha, a Formação Coxipó corresponde com as Subunidades 6,7, 8 e parcialmente às unidades
Média Turbiditica Glácio-Marinha e Carbonatada.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
22
CAPÍTULO 2 ARTIGO
Título:
Estudo de minerais pesados, e morfologia de zircão detritico na
proveniência sedimentar do Grupo Cuiabá: Fase de Rift continental a margem
passiva no neoproterozoico da Faixa Paraguai, Brasil.
Título em ingles:
Study of heavy minerals, and detrital zircons morphology in the
sedimentary provenance of the Cuiabá Group: Continental rift phase to a passive
margin from the Neoproterozoic Paraguay Belt, Brazil.
Título curto:
Proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai
Norte-MT.
Raíza de Souza Batalha, Profª. Drª Marcia Aparecida Sant’Ana Barros, Drº Gerson
Sousa Saes. Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT. Profº Drº Elton Luiz Dantas.
Universidade Nacional de Brasília-UNB.
Faculdade de Geociências – CEP: 78060-900, Brasil.
raizabatalha@gmail.com; mapabarros@yahoo.com.br; gssaes@gmail.com; elton@unb.br.
Número de palavras: 14476 Total de Figuras: 11
Abstract The Cuiabá Group (Internal Tectonic Zone of Paraguay Belt) was accumulated in the
Neoproterozoic and is basically formed by a succession of sedimentary rocks that were initially
deposited in continental settings grading upwards into glacial-influenced marine settings. Such
rocks were intensely deformed and metamorphosed under low-grade conditions during the
Brasiliano-Pan-African Cycle. The study of the heavy mineral assembly from metasedimentary
rocks of the Cuiabá Group reveals it mostly consists of opaque minerals, epidote, titanite,
zircon, tourmaline, and rutile and minor leucoxene, calcite and chlorite. The ZTR index and
zircon content of these rocks increase towards the top of the stratigraphic column, which show
an increasing sediment maturity from bottom (Campina de Pedra Formation) to top (Coxipó
Formation). Morphological analysis of detrital zircons allowed identifying five families: (F-1
and F-2) prismatic grains with preserved edges (F-3 and F-5), rounded and medium- and long-
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
23
sized prisms, (F4) spherical grains. The relationship between zircon families and zircon U-Pb
ages is disperse, but euhedral grains show an age concentration at ± 1.4 Ga and are exclusive
of the Campina de Pedra Formation (basal unit of the column), which are an indicative of
proximal sources. The U-Pb isotopic data by LA-ICPMS yield mostly Mesoproterozoic ages
which points out to a main source from the west-northwestern portion of the Sunsás Orogen.
Paleoproterozoic grains provide a maximum age of 2.164 Ma. Based on the youngest zircon
identified, the maximum depositional age is of Tonian age (923 Ma). The bottom portions of the
stratigraphic column yield zircon ages around 1.4 Ga, while the intermediate portions provide
ages around 1.2 Ga. The upper parts of the column reveals a wide variation of age
distributions, however there is a concentration of grains aged around 1.0 Ga. The integrated
analysis of heavy mineral studies, ZTR index, morphology and geochronological U-Pb data of
detrital zircons point out to the western Amazon Craton as the main source for rocks of the
Cuiabá Group. The pattern of results from the bottom to the upper portions of the basin
stratigraphy reveals variation of the source areas and sediment maturity controlled by the
variable settings in which the sedimentary basin formed. These data suggest that the deposition
of the Cuiabá Group started in a continental rift environment represented by the Campina de
Pedra Formation, followed by a period of glacial-influenced marine transgression that gave
rise to the Acorizal Formation, which finally evolved into a passive margin represented by the
Coxipó Formation. The transition between the members Engenho and Pai Joaquim records the
sedimentary basin inversion with associated glacial isostatic adjustment in the basin, which
provides evidence of reworking of the oldest sources within the sedimentary basin.
KEYWORDS: Cuiabá Group, provenance, detrital zircon.
Resumo O Grupo Cuiabá (Zona Tectônica Interna da Faixa Paraguai) foi acumulado no
Neoproterozóico e é constituído basicamente por uma sucessão de rochas sedimentares
depositadas em ambiente continental, passando no topo a marinho com influência glacial,
intensamente deformada e metamorfizada em baixo grau durante o ciclo Brasiliano-Pan-
Africano. O estudo da assembleia de minerais pesados dos metassedimentos Grupo Cuiabá
revelou que estes são constituídos principalmente por opacos, epidoto, titanita, zircão,
turmalina e rutilo e em menor proporção por leucoxênio, calcita e clorita. O índice ZTR e o
teor de zircão dentre estes, aumenta em direção ao topo da coluna estratigráfica, indicando
aumento da maturidade dos sedimentos da base (Formação Campina de Pedra) para o topo
(Formação Coxipó). Com análise morfológica de zircão detrítico, são descriminadas cinco
famílias: (F-1 e F-2) grãos prismáticos com terminações preservadas (F-3 e F-5) prismas
médios e longos arredondados, (F4) grãos esféricos. A relação entre as famílias de zircão e as
idades U-Pb é muito dispersa, porém grãos euedrais são de ocorrência significativa em ±1.4Ga
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
24
e exclusivos da Formação Campina de Pedra (base da coluna), sugerindo fontes proximais. Os
dados isotópicos U-Pb através de LA-ICPMS fornecem idades predominantemente
mesoproterozóicas, embora registros de idades paleoproterozoicas estejam presentes com
idade máxima registrada em 2.164Ma. De acordo com o zircão mais novo a idade máxima para
a deposição da bacia é Toniana (923Ma). Na porção inferior da coluna estratigráfica a maior
frequência de idades é em torno de 1,4 Ga, enquanto na intermediarias a principal
contribuição fica próxima à 1,2Ga. No topo da coluna ocorre uma grande variação na
distribuição de idades, porém a maior contribuição é de 1.0Ga. A análise conjunta dos estudos
de minerais pesados, índice ZTR, morfologia e dados geocronológicos U-Pb dos zircões
detríticos, apontam uma proveniência para o Grupo Cuiabá a partir de rochas do Cráton
Amazônico. O padrão dos resultados da base para o topo na estratigrafia da Bacia, sugere
variação de áreas fonte e da maturidade dos sedimentos de acordo com os ambientes de
sedimentação que formam a bacia sedimentar. A partir de tais dados, sugere-se que a
deposição do Grupo Cuiabá inicia em um ambiente de rift continental representado pela
Formação Campina de Pedra, passando à um período de transgressão marinha com influência
glacial gerando a Formação Acorizal, que evoluiu para uma margem passiva representada
pela Formação Coxipó. O marco da inversão da bacia sedimentar com ajuste glácio-isostático,
ocorre na transição entre os Membros Engenho e Pai Joaquim, que fornece evidencias de
retrabalhamento das fontes mais antigas dentro da bacia sedimentar.
PALAVRAS-CHAVE: Grupo Cuiabá, Proveniência, Zircão Detrítico.
2.1 INTRODUCTION
The study of provenance of sedimentary rocks, allows the reconstruction of the
different aspects of the source region. Several analytical techniques reveal
characteristics such as mineralogical composition, paleoclimatic conditions under which
the sediment is formed until paleogeographic reconstruction (Morton and Hallsworth.
1994, Fedo et al. 2003, Weltje and Eynatten. 2004, Gehrels G. 2014 ).
The main tools include the study of heavy mineral assembly, ZTR variation
(zircon, tourmaline and rutile) in relation to the stratigraphic position of the layers, grain
morphology and U-Pb zircon dating as well as other methods.
The determination of heavy mineral assembly and their abundance allows
diagnosing whether the source rocks are igneous, metamorphic or sedimentary. The
morphology of grains records important information on the history of sediment
transport which allows distinguishing between distal source areas and proximal source
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
25
areas on the basis of rounded and euhedral grains, respectively. U-Pb zircon and apatite
isotopic data and their respective accumulations reveal mountain-forming events that
later became the main sediment source areas (Wilson et al., 2014).
Quantitative provenance analysis of sediments (QPA) includes all types of
research and aims at a quantitative characterization of the factors controlling
composition and texture modifications of a parent rock from the source area to the
sedimentary basin (Weltje and Eynatten, 2004).
The maturity of sandstones can be estimated through the Zircon-Tourmaline-
Rutile index using heavy mineral assembly available in these rocks. As a rule, high ZTR
index in sandstones is related to recycled sources, while low ZTR index is related to
first cycle sediments (Hubert, 1962).
The analysis of detrital zircon provides not only the age of the source area, but it
also provides its paleogeographic reconstruction as well as other important data about
the sedimentary record. The youngest zircon yet recorded indicates the maximum
depositional age of the basin (Fedo et al., 2003).
The pattern distribution of detrital zircon ages reflects the tectonic settings in
which the basin was deposited. Convergent settings show a large proportion of zircons
ages close to the depositional age of the basin, while variations in the distribution of
zircon ages may indicate compressional, extensional or intracratonic tectonic settings
(Cawood et al., 2012).
The Cuiabá Group (Internal Zone of the Paraguay Belt) was accumulated in the
Neoproterozoic and consists basically of a succession of sedimentary, intensely
deformed, and low-grade metamorphic rocks deposited in a continental environment
that graded upward into a glacial-influenced marine environment. The regional geology,
stratigraphy, basin-modifying tectonics, and gold metallogenesis have been investigated
for the last decades (Almeida, 1964; Luz et al., 1980; Alvarenga, 1988; Alvarenga and
Trompette, 1993; Silva et al., 2002; Tokashiki and Saes, 2008, Vasconcelos et al.,
2015).
The geodynamic history of the Paraguay Belt is still a controversial topic with
regards to the physiographic, climatic and tectonic settings in which the sedimentary
rocks were deposited. Pioneer researchers (Almeida, 1964) suggest that the lithological,
structural and metamorphic characteristics of the Cuiabá Group are compatible with a
basin of the miogeosyncline type that likely evolved into eugeosyncline settings in the
area nowadays covered by the Paraná Basin. The accumulation of the Paraguay Belt has
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
26
been either ascribed to passive margin settings (Cuiabá Group and its Cratonic
equivalents) on the western border of a Brasiliano ocean, or to accumulation in a
continental aulacogen/rift (Alvarenga and Trompette, 1992). The convex arc boundary
with vergence towards the cratonic foreland seems incompatible with the presence of a
crustal discontinuity between the geotectonic units, as previously argued by these
authors, once there are evidences that the Paraguay Belt went through all stages of the
Wilson Cycle as also having received contributions from parent rocks of the Amazon
Craton throughout the depositional period.
Provenance studies of the different rock successions in the Paraguay Belt have
shown the predominance of ages between 1.7-2.5 Ga with basis on Nd model ages,
while studies using zircon U-Pb and Hf data (Mc Gee et al., 2014) have shown ages
varying from 918 Ma to 527 Ma for the Puga Formation and Diamantino Formation,
respectively. Nd data indicate a mainly continental source terrain of Proterozoic age
attributed to the Amazon Craton (Dantas et al. 2009) whereas U-Pb and Hf ages point
out to a mainly cratonic source area up to the beginning of the Neoproterozoic, when the
Paranapanema Block and Magmatic Arc of Goiás have started to be assumed as the
main source areas (McGee et al., 2014).
The Serra Azul Formation in the North Paraguay Belt comprises a succession of
glacial diamictites and silts deposited at around 630-615Ma and represents a new glacial
event in the Paraguay Belt (Figueiredo M.F et al 2008). Babinsky et al., 2013 through
SHIRIMP U-Pb shows that the Puga Formation has a maximum deposition age of about
706 Ma according to the youngest zircon, and would be related to late glacial Cryogenic
events. 40Ar/ 39Ar muscovite ages from the Serra Azul Formation, member of the Alto
Paraguai Group, suggest that these rocks were deposited during the Ediacaran (540 ±
15Ma) in glacier-influenced passive margins that evolved into compressive settings
(McGee et al., 2014).
Late-tectonic igneous bodies mark the end of the collage between South
America and Gondwana. U-Pb zircon ages of 518 ± 4 Ma from the São Vicente Granite,
in turn, mark the end of metamorphism and deformation in the Paraguay Belt (McGee et
al., 2012).
The present work aims to contribute to a better understanding of the source areas
that gave rise to the metasedimentary rocks of the Cuiabá Group. Considered the
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
27
geotectonic unit that represents the initial phase of the opening and deposition of the
Paraguay basin.
Therefore, seven representative samples were selected for heavy-mineral
assemblage studies and calculation of the ZTR index (zircon, tourmaline and rutile).
Morphological analysis of detrital zircons as well as their 400 new U-Pb analysis using
LA-ICP-MS provided a closer look at the evolution of this sedimentary basin over
geological time.
2.2 REGIONAL GEOLOGICAL SETTINGS
The Paraguay Belt is a prominent fold belt in the central region of the South
America continent along the limit between the eastern-southeastern portion of the
Amazon Craton and eastern portion of the Rio Apa Block consisting of
metasedimentary rocks deformed during the Brasiliano cycle. The Paraguay belt
exhibits close isoclinal folds within a compressional zone that progresses towards the
platform covers overlying the craton, which are partially contemporaneous, structurally
undulated and faulted (Alvarenga, 1990; Alvarenga and Trompette 1993).
A tectonic framework initially proposed by Almeida (1964, 1984) and later
discussed by Alvarenga (1990) and Alvarenga & Trompette (1993) includes: (i)
Foreland basin where there is a sub-horizontal and slightly inclined sedimentary
succession that covers the Amazon Craton (ii) External Domain composed of rocks
displaying incipient metamorphism, symmetrical folds and regional reverse faults with
vergence towards the cratonic area; (iii) Internal Domain composed of metamorphic
rocks formed under the greenschist facies, and polyphase deformation with folds and
thrust faults that verge away from the craton.
Almeida (1984) described three adjacent structural zones for the Paraguay Belt:
Metamorphic Brasilides, Non-Metamorphic Brasílides and the Brasiliano Covers. These
structural zones are later named by Alvarenga (1988) and Alvarenga and Trompete
(1992) as Internal Structural Zone, External Structural Zone and Platform Sedimentary
Covers, respectively (Figure 2). The Cuiabá Group is reference the Internal Structural
Zone, which provides rock samples that are stud in this work (Figure 3)
The sedimentary rocks of the Puga and Bauxi formations sit between the
external and internal domains in part of the cratonic basement, and are composed of
shallow-water glacigenic sediments, while they show lateral chrono-correlation with
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
28
sediments of the intermediate and upper portions of the Cuiabá Group, which are
attributed to a turbiditic environment controlled by gravity flows (Luz et al, 1980,
Alvarenga, 1984, 1988, 1990, Alvarenga and Trompette, 1992, Alvarenga and Saes,
1992).
Figure 2. Geological map of the central-west region of Brazil and east Bolivia with emphasis on the Paraguay Belt. Location of the study area marked with a rectangle (Extracted and modified from Alvarenga, 1988).
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
29
Figure 3. Geological map of the Cuiabá Group in the study region, with the location of the samples analysed in each stratigraphic unit.
2.3 STRATIGRAPHY OF THE CUIABÁ GROUP.
Systematic regional geological mapping in the Cuiabá region on the 1:50,000
scale (Coxipó Project) gave rise to the classification of informal lithostratigraphic
subunits as well as their temporal order, which are attributed to glacio-marine
depositional settings where tectonic instability gave rise to turbidity currents and mud
flows (Luz et al., 1980). Later stratigraphic interpretations suggested that the deposits of
the internal and external zones of the Paraguay Belt are partially contemporaneous and
divided their stratigraphy into Inferior Unit, Intermediate Units, Glacio-Turbiditic and
Carbonate Unit, and Superior Terrigenous Unit, which are a record of strongly glacial-
influenced sedimentation along a cratonic border that laterally changes into a deeper
marine basin, with sedimentation driven by gravity flows in elongate submarine fans
from NW towards SE (Alvarenga, 1988, Alvarenga and Saes, 1992, Alvarenga and
Trompette, 1992).
More recent studies propose the retrieval of terms and classical sections
available in the geological literature about the Paraguay Belt, and present the
subdivision of the Cuiabá Group in the formations: (i) the lower Campina de Pedra
Formation which accumulated in a lacustrine environment as a response of the rift phase
during basin evolution; (ii) the Acorizal Formation, a glacio-marine sedimentary pile
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
30
deposited in rift margin settings that evolved into continental passive margin settings;
(iii) Coxipó, a post-glacial marine unit that includes deposits generated by gravity
flows, carbonate rocks and quartz-sandstones of stable platform (Tokashiki and Saes
2008, Beal 2013).
The lithotypes near the municipality of Planalto da Serra have received special
attention, as well as a local stratigraphic classification which adopts both classical
nomenclature from the literature and incorporates new formations. The stratigraphy is
composed, from bottom to top, by the formations Marzagão, Jangada, Nobres and Pacu,
as well as Serra Azul Formation 2 in the Alto Paraguai Group (CPRM, 2012).
This work adopts the stratigraphy presented by Tokashiki and Saes (2008),
except for the subunit 4 which is here called Engenho Member, and the Subunit 5 (Pai
Joaquim Member) which is here ascribed to the bottom portions of the Coxipó
Formation (Figure 5).
Based on the data discussion as well as the synthesis of several field work , a
new stratigraphic organization is proposed (Figure 4Figure 5.Stratigraphic columns of
units of the Cuiabá Group: Campina de Pedra, Acorizal and Coxipó Formation.). The
Pai Joaquim Member corresponds to the initial period of sedimentary basin inversion.
This assumption is made due to sedimentary characteristics and tectonic factors that are
part of the depositional history of the Cuiabá Group.
The Campina de Pedra Formation is the undivided and lower unit of the Cuiabá
Group in the region of Cuiabá, and has received such denomination in reference to the
Quilombo Community Campina de Pedra located to the west of Poconé municipe. The
unit consists, from bottom to top, of fining upward cycles composed of phyllites,
graphitic phyllites, intercalations of immature metasandstone with dark pelitic fabric
and incomplete Bouma sequences, calcitic marbles and feldspathic metagraywacke at
the top.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
31
Figure 4. Synthesis of the evolution of stratigraphic concepts for the Cuiabá Group - Paraguay Belt, modified from Tokashiki and Saes (2008).
Figure 5.Stratigraphic columns of units of the Cuiabá Group: Campina de Pedra, Acorizal and Coxipó Formation.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
32
The lithological organization points out to a deeper-lacustrine depositional
environment whose main characteristic observed are the preservation of organic matter
as well as carbonate deposition during drought intervals, this organic material is
observed in micropetrography (Figure 6). This system would still count with a system
of deltas carrying debris that were exposed on the rift shoulders.
Three representative samples were collected from the Campina de Pedra
Formation as shown in (Figure 7): Cb-1 (S 16º01’314’’ /W 56º47’438’’) - An immature
bituminous metasandstone rich in organic matter and characterized by blue quartz
recrystallization. Cb-2 (S 16º01’351’’ /W 56º51’239’’) - Metagraywacke, greenish-
gray, composed of quartz, feldspar and lithic fragment. Cb-A (S 16º01’305’’ /W
56º48’503’’) – Carbonatic-pelitic level, with lenses of sand, rich in organic matter.
The Acorizal Formation outcrops in the surroundings of the homonymous
municipality and is composed of the Pindaival and Engenho Members, which are
separated by an interdigitated horizon informally named as transition layer. This
formation also comprises the Cangas Member, distal chrono-correlate unit of the
Engenho Member.
Figure 6. Photomicrography of the Campina de Pedra formation. Mineralogical composition feldispatica essentially quartz, especially in the presence of organic matter and matrix-Cb The sample (A-B), and with pressure shadow biotite crystallization Cb-2 (C).
At the bottom of the Acorizal Formation, the Pindaival Member comprises
metric cycles of thin to coarse-grained, massive and laminated lithosandstones overlaid
by greenish-gray polymictic conglomerates, therefore, a coarsening-upward stacking
pattern. This latter occurs in interdigitated contact with the carbonate muds of the
Campina de Pedra Formation. This unit shows local evidence of progradation of the
Pindaival Member towards the rocks of the Campina de Pedra Formation.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
33
The Engenho Member extends from the municipality of Jangada to the
surroundings of Cuiabá and Poconé. This unit is represented by thick layers of purple-
grey massive diamictites with clasts of granite, gneiss, quartzite and sandstone
displaying groove-type slickenlines and common pentagonal shape (iron shape). It is
accepted that these massive diamictites are lodgement tills formed at the base of glaciers
which involves abrasion of subglacially-transported clasts (Almeida, 1965).
Two representative samples of the Acorizal Formation are studied, one from
each member, as shown in Figure 7; Cb-3 (S 15°17'35.4"/W 56°26'49.1"): (i) A
greenish-gray polymictic carbonaceous metaconglomerate; (ii) Cb-4 (S 15º49’439’’ /W
56º51’540’’) - Massive purple diamictite commonly displaying striated and faceted
dropstones.
The Coxipó Formation is composed of two members, the Pai Joaquim Member
and Marzagão Member, as well as exhibits two facies, the Guia Facies (Limestone) and
Facies Mata-Mata (Sandstone). The Pai Joaquim Member consists of yellowish mature
conglomerates; sandstones arranged as decametric fining-upward cycles whose bottom
is marked by frequent cut-and-fill structures, as well as penecontemporaneous
deformation structures. A characteristic retrogradational stacking pattern is observed as
a result of the retreat of glaciers, which is compatible to sedimentation associated with
outwash fans.
The intermediate and upper parts of the Coxipó Formation are characterized by
the Marzagão Member which comprises massive, pinkish and greenish diamictites, with
striated and faceted pebbles and boulders up to 10 m, displaying intercalations of
turbiditic facies as expected for a typical deglacial debris-flow sequence. This package
has the largest exposure of rocks of the Cuiabá Group.
Two samples are studied here (Figure 7), therefore approaching the stratigraphy
of the Cuiabá Group as a whole; Cb-5 (S 15º15’068’’/ W 56°14’130’’) Quartz
metasandstone showing fining-upward stacking pattern and textural maturity. Cb-6 (S
14º49’596’’/ W 55º00’443’’) – Foliated greenish diamictite displaying rotated pebbles
and well-preserved pressure shadows.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
34
Figure 7. Lithotypes from the Cuiabá Group. Campina de Pedra Formation: Cb-A Carbonaceous level, Cb-1 Bituminous metasandstone, Cb-2 Metagraywacke. Acorizal Formation: Cb-3 Polymictic metaconglomerate, Cb-4 Purple diamictite. Formation Coxipó: Cb-5 Metasandstone
2.4 MATERIALS AND METHODS
Seven representative samples were collected from the main stratigraphic units of
the Cuiabá Group for studies of heavy mineral assembly and ZTR index as well as
morphological and U-Pb zircon analyzes.
Samples were first crushed and water-washed. After drying, they were sieved
into fine and very fine (0.062-0.255mm) sand fractions to undergo gravity separation
using Bromoform (CHBr3, d= 2.89 g/cm³). From the heavy mineral assembly, around
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
35
300 non-micaceous transparent grains were studied to yield the ZTR index (zircon,
tourmaline and rutile) according to the procedures proposed by Hubert J.F. (1962).
The panned heavy-mineral concentrates provided an average of 100 zircons per
sample that were described regarding their morphology (shape, inclusions, color,
zoning). A third part of the sieved material was still concentrated through panning and
hand-picking, and then sent to the Geochronology Laboratory of the Institute of
Geosciences - University of Brasilia. There, 60 zircons from each sample were mounted
into epoxy resin disks, imaged using Scanning Electron Microscope, and later analyzed
through LA-ICP-MS (Laser Ablation Inductively Coupled Plasma Mass Spectrometry)
using a ThermoFinningan Neptune coupled with New Wave laser system. The
analytical procedures for obtaining the U-Pb detrital zircon ages followed the standard
methodology described by Buhn B. et al (2009).
2.5 RESULTS.
2.5.1 Heavy minerals study and ztr index.
The heavy minerals assembly (HMA) of metasedimentary rocks from the Cuiabá
Group consists basically of opaque mineral, epidote, titanite, zircon, tourmaline and
rutile. Minor metamorphic and alteration minerals (leucoxene, calcite, muscovite,
biotite and chlorite) occur. A single occurrence of apatite is recorded in the Cb-4
sample, and another of anatase is observed in the Cb-6 sample Figure 8(A).
The specimens of heavy minerals found are shown in Figure 8(B). Opaque
minerals usually represent up to 50% of the HMA in samples, and over 70% in the Cb-2
sample.
The low percentages of opaque minerals in the Pindaival Members and bottom
portions of the Marzagão Member are related to the higher concentrations of leucoxene
and presence of chlorite, calcite and titanite. Epidote occurs in all the studied samples,
and is the most representative specimen among non-micaceous transparent minerals
assembly at the bottom portions (Campina de Pedra Formation), as well as at the
transition between the Engenho Member and the Coxipó Formation.
The ZTR index values obtained and their variation in the stratigraphic units
studied can be observed in a graph of comparative distribution (Figure 8(B)). The ZTR
index shows a growing pattern from 20% for the Campina de Pedra Formation to values
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
36
over 80% for the Coxipó Formation. Among the ZTR, zircon is the most abundant
mineral and its proportion tends to increase in the stratigraphic column in comparison to
Tourmaline and Rutile. The tourmaline occurs in low amount and in wide range of
colors, in places, absent. Rutile is the dominant specimen in bottom portions of the
Campina de Pedra Formation.
Campina de Pedra Formation: Cb-1
The ZTR index is calculated only on the basis of non-micaceous and non-
metamorphic transparent minerals (80% epidote, 14% rutile, 4% tourmaline, 2% titanite
and 2% zircon). The ZTR index is of about 20% for this sample, with euhedral zircon
grains ranging from brown to dark, red in color, commonly displaying zoning, fluid and
mineral inclusions. The tourmaline is green in color, with preserved striae and angular
edges, and the rutile occurs as anhedral grains that vary from yellow to red in color. Cb-
2 - The ZTR index is of 48% (52% epidote, 39% zircon, 6% tourmaline, and 3% rutile).
The zircon grains are rounded with long and short axes, brown to yellow in color. The
tourmalines are rounded and spherical in shape with colors varying from olive to
yellow; the rounded dark-red rutile grains are rare, in turn.
Acorizal Formation: Cb-3
The ZTR index is of 67% (41% rutile, 26% epidote, 26% zircon, and 7%
titanite). The rutile grains, yellow and light red in color, show partially preserved edges
whilst rounded zircons show short and long prisms. Cb-4 - The ZTR index is of 62%
(35% zircon, 20% tourmaline, and 7% rutile). Zircons are rounded and show short and
long axes, commonly broken and varying in color from pink to colorless, with
inclusions. Tourmaline grains are green in color and show sub-rounded edges; the rutile
grains are red.
Coxipó Formation: Cb-5
The ZTR index of 85% with basis on the non-micaceous transparent minerals
(38% zircon, 30% rutile, 17% tourmaline, 13% epitote and 1% titanite). The zircon
grains are essentially rounded and spherical in shape, and bronze and brown in color;
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
37
the tourmaline grains are green and rounded while the rutile grains are rounded and vary
from yellow to red in color. Cb-6 - The ZTR index is of 82%, a high value (46% zircon,
32% rutile, 18% epidote and 4% tourmaline). The assembly is represented by colorless
rounded zircon grains with long and short axes, round green tourmaline grains, and
spherical rutile grains.
2.5.2 Morphological Analysis of detrital zircon grains.
The study of zircon grains from the different units of the Cuiabá Group revealed
the existence of five families, which are distinguished on the basis of habit, roundness,
sphericity, color and inclusions. In terms of color variation, zircon grains are more
reddish at the bottom and colorless at the upper portions, however there are grains
amber and light pink in color along the stratigraphy. In the study area, grains with well-
preserved edges and prisms (F1 and F2) occur only in the Campina de Pedra Formation
decreasing in amount towards the top of the stratigraphic column. The distribution of
the zircon families according to samples is summarized in Figure 8(C).
Family F1 – Zircon grains of this family are elongated euhedral prisms with
bipyramidal terminations; they usually display zoning in red tones, and are present only
in the Campina de Pedra Formation and more significantly in the very bottom portions.
Family F2 – Short subhedral zircon grains, pale red in color, with well-preserved
terminations; this family is observed only in the Campina de Pedra Formation.
Family F3 – The zircon grains are of medium size, prismatic, with rounded
edges, pink in color.
Family F4 – Rounded and spherical zircon grains; this is the only family present
in all samples and the most abundant as well.
Family F5 – Zircon is characterized by long prismatic with rounded edges
grains. It is ubiquitous in the units of the Cuiabá group, except for the Campina de
Pedra Formation.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
38
Figure 8. (A) Examples the grained of heavy mineral assembly of the Cuiabá Group. (B) Distribution of heavy minerals assembly and ZTR index, where the values go from 20% at the base and reaches more than 80% at the top, so the sediment maturity increases towards.
2.5.3 - U-Pb Geochronology
The results of over more than 400 U-Pb zircon analyzes by LA-ICP-MS carried
out on all the seven samples collected from the Cuiabá Group, show that their source
rocks are predominantly of Proterozoic age, with a minimum age at 923 Ma and a
maximum age at 2.164 Ma. Samples from the bottom portions have a higher frequency
of ages at 1.5 and 1.4 Ga, while the intermediate portions show a main peak of around
1.2 Ga; the upper portions show a large age distribution although the peak contribution
is of age 1.2 -1.0 Ga. Analytical data are presented in the Eletronic Appendix B. Only
results with low Pb values (percentage of Pb206 less than 3%) showing concordance
greater than 90% were considered in the results. From these results, concordia plots
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
39
Pb206/ U238versus Pb207/U235 (Figure 9) as well as density and frequency histograms
were created (Figura 10).
Campina de Pedra Formation Cb-A
Carbonaceous pelitic level, with lenses of sand up to 1cm in thickness: 42 zircon
grains that yeld a concordance greater than 90%. The youngest zircon is 1364 Ma, and
the oldest is 1779 Ma. This sample contains a major contribution of ages the major
concordance, with a main concentration close to 1.5 Ga. Cb-1 – Bituminous
metasandstone; 33 zircon grains that yield a concordance greater than 90%. The peak of
ages is around 1.4 Ga; the youngest zircon has an age of 1067 Ma, and the oldest an age
of 2164 Ga, with two other minor age concentrations around 1.0 Ga and 1.8 Ga. Cb-2 –
Lithic metagraywackes; 51 grains analyzed yielding a concordance of 90%. The
youngest zircon is 927 Ma, and the oldest is 1906 Ma. This sample contains a major
contribution of ages, with a main concentration close to 1.2 Ga.
Acorizal Formation Cb-3
Polymictic conglomerate; 42 grains yielded a concordance greater than 90%.
The minimum age is of 923 Ma, and the maximum age is of 2053 Ma, with a main peak
around 1.2 Ga. Cb-4 – Purple diamictite; 36 grains analyzed yielded a concordance
greater than 90%. The minimum age observed is 934 Ma, and the maximum age is 1874
Ma. Detrital zircon ages occur disperse along the concordia, but there are two larger
populations with ages of 1.3 Ga and 1.5 Ga, and two smaller populations around 1.0 Ga
and 1.8 Ga.
Coxipó Formation Cb-5
Texturally mature metasandstone; 29 grains yielded results with concordance
over 90%. The minimum age recorded is 951 Ma, and the maximum age is 1873 Ma.
The major concentration is around 1.0 Ga and 1.1 Ga, but smaller populations yield
ages around 1.3Ga and 1.5 Ga. Cb-6 – Greenish diamictite; 41 grains yielded ages with
concordance over 90%. The minimum age recorded is 923 Ma, and the maximum age is
1950 Ma. The major concentration of ages is around 1.2 Ga, but it also shows a smaller
concentration at 1.0 Ga.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
40
Figure 9. Concordia plots for U-Pb ages detrital zircon laser-ablation–inductively coupled plasma–mass spectrometry (LA-ICP-MS) data from rocks of the Cuiabá Group, Paraguay Belt – MT.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
41
Figura 10. Frequency and distribution histograms and probability curves for U-Pb data of the detrital zircons, for samples Cb-A-Cb-6 from and stratigraphic column of the Cuiabá Group, Paraguay Belt – MT.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
42
2.5.3.1 - MEV – Microscópio Eletrônico de Varredura
Images were recorded with back-scattered electrons using Scanning Electron
Microscopy (SEM) in the sample samples analyzed by U-Pb geochronology (Figure
11). The images show rounded, short and long prismatic zircon grains that are
commonly zoned containing inclusions; although edges are partially preserved in the
Cb-1 sample. This technique is therefore important to observe clearly the relationship
between the zircon families and the ages obtained.
The occurrence of euhedral and subhedral grains (F1 and F2) are mostly related
to older sources (± 1.4 Ga), which is an evidence that the oldest source rocks were close
to the basin depocenter at the time of deposition, once angular edges are still well-
preserved given the minimal mechanical abrasion caused by the sedimentary transport.
In the case of families with rounded edges (F3, F4 and F5), there is not a pattern for the
distribution of ages, however this zircon grains are more frequent in the upper samples
of the Cuiabá Group, which suggests that the source rocks in the upper portions went
through a longer period of mechanical transport. This fact is consistent with the
hypothesis of an advanced tectonic stage for the basin during deposition the Coxipó
Formation, such as passive margin settings.
Figure 11. Backscattered electron (BSE) images of zircon detrital families of Cuiabá Group. Preserved edge zircon grains (F-1 and F-2) tend to age c.a 1.4-1-5Ga. Grains with
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
43
rounded ends (F-3, F-4 and F-5), have variants and represent longer time without sediment.
2.6 DISCUSSION
2.6.1 Heavy mineral assembly and ztr index.
The study of heavy mineral assembly (HMA) is one of the most accurate means
to determine the lithologies of source areas and their variations until they are finally
deposited. The composition of heavy minerals is controlled by the mineralogical
composition of the source area (Hubert 1962, 1971, Morton 1985, 1991, Statteggar
1987, Hurst and Morton 1988, Grigsby 1992, Morton & Hallsworth 1994, 1999, Morton
& Yaxley 2007).
The HMA from metasedimentary rocks of the Cuiabá Group is essentially
composed of opaque minerals, epidote, titanite, zircon, tourmaline, rutile and alteration
minerals (leucoxene and calcite), and metamorphic minerals in minor proportion (biotite
and chlorite). The samples Cb-4 and Cb-6 show single occurrences of apatite and
anatase in the Acorizal and Coxipó formations. The ultrastable minerals show an
association of rounded grains, angular-shaped and broken grains, with preserved
crystalline faces, that indicates a relative tectonic instability and climatic aridity
(glaciation) as the controlling factors of the sedimentation cycle that transported the
material from the parent sources (igneous and metamorphic rocks).
Determining the HMA and its abundance in certain lithologies allows
diagnosing source rocks (Wilson A. et al, 2014). The Campina de Pedra Formation
contains heavy mineral grains, partially euhedral, that show pink tourmaline and apatite
among its accessory assembly, which suggests a close and acid igneous parent source.
In the case of metasedimentary rocks of the Cuiabá Group, the HMA of transparent
non-micaceous minerals consists essentially of zircon, tourmaline, rutile, epidote and
titanite, and may be related to the acidic and basic rocks of the Amazon Craton, a fact
that has been supported by the U- Pb ages of detrital zircons.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
44
2.6.1.1 ZTR index (zircon, tourmaline and rutile)
The ZTR index (zircon, tourmaline and rutile) is used to determine the maturity
of sandstones, where low ZTR values indicate first cycle sediments whereas high ZTR
values indicate more mature sandstones that went through several cycles of
sedimentation (Hubert J.S, 1962). The increase of the ZTR index as well as the increase
of zircon content towards the top of the Cuiabá Group is directly relate to the degree of
maturity of these sediments given their typical high mechanical and chemical resistance.
Thus, it is clear that samples from the Coxipó Formation have a greater sediment
maturity relative to the rocks of the Campina de Pedra Formation.
2.6.2 Morphological analysis of detrital zircon grains.
The morphology of a single zircon grain can provide important data about the
history of its sedimentary transport. Therefore, different populations and subpopulations
relates to the duration of transport indicating if the source area was proximal or distal at
the time of deposition (Wilson et al. 2014, Fedo et al. 2003). Shape is the physical
property of zircon grains taken into account in the determination of its sedimentary
provenance. Zircons derived from magmatic rocks are usually euhedral, but after
mechanical abrasion as well as physical and chemical weathering they assume rounded-
like shapes, which indicate different origins (Morton 1985, Morton & Hallsworth 1994,
1999). During transport, minerals undergo mechanical abrasion processes that results in
their shortening. Climatic factors and time influence directly in the morphological
aspect of the grain during sediment transport (Morton and Hallsworth, 1999).
Euhedral prismatic zircons (F1) occur only in the Campina de Pedra Formation
which indicates that these grains went through little transport once the parent rock was
close to the sedimentary basin, probably in a period of opening of the basin.
The Acorizal and Coxipó formations have more mature zircon grains that are
rounded and mostly spherical, typical characteristics of grains reworked through several
cycles with a long residence time in the sedimentary cycle prior to their final deposition
in a distal depocenter. This reveals that the sedimentary basin was in an advanced
tectonic stage of greater extension, likely passive margin, which is supported by the
turbidites already described for this unit.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
45
In this way most of the prismatic zircons of the Campina de Pedra Formation
have little transportation time from the proximal rock source. The rounded zircon grains
of Coxipó Formation remain longer in the sedimentary transport from distal source
rock, which causes mechanical abrasion and physical and chemical changes, directly
influencing the morphological aspect of the grain. Considering the morphological
characteristics, it is possible to consider different tectonic and paleogeographic
configurations of the sedimentary basin, in the period of deposition of each Formation
of the Cuiabá Group.
2.6.3 Detrital zircon U-Pb geocronology.
The age of the youngest zircon represents the maximum depositional age (Fedo
et al. 2003, Cawood et al. 2012, McGee et al. 2014, Wilson et al. 2014, Gerehels 2014).
The U-Pb geochronology on detrital zircons of the Cuiabá Group reveals minimum age
at 923 Ma suggesting the maximum deposition in basin.
In general, the ages recorded and their main concentrations define zircon
provenance. In the cuiabá group as the main concentrations of ages, 1.5Ga for Cb-A, 1.4
Ga for Cb-1, 1.2 Ga for both Cb-2 and Cb-3, to the younger ages (~ 1.0 Ga for Cb-5).
All these ages can be found in the rocks of the Craton Amazonico, which has been
divided into 6 geochronological Provinces by Tassinari and Macambira (1999): Central
Amazonian Province (> 2.3 Ga), Maroni-Itacaiúnas Province (2.2-1.95 Ga), Ventuari-
Tapajós (1.95-1.8 Ga), Rio Negro-Juruena Province (1.8-1.55 Ga), Rondonian-San
Ignacio (1.55-1.3 Ga), and Sunsás (1.25-1.0 Ga).
The end of the Mesoproterozoic is marked by the collision between the southern
Amazon and Laurentia resulting in the amalgamation of the Supercontinent Rodinia. It
is possible that this amalgamation is recorded in the SW Amazon Craton by the
collision between an allochthonous block (Paraguá Terrane) and the Amazon proto-
Craton resulting ino the development of an active margin represented by several
intrusive suites of the San Ignacio Orogeny (Bettencourt et al. 2010, Ruiz et al. 2005)
The immature bituminous metasandstones of the Campina de Pedra Formation
as well as the reddish prismatic zircon grains in the bottom portions of the Cuiabá
Group indicate a proximal source of acid igneous composition. The most basal sample
yields ages of 1.5 ± 16 Ma which are compatible with ages obtained for granites of the
Cachoeirinha Orogen (Ruiz et al 2004). In general, the main age concentrations for this
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
46
unit are at around 1.4 Ga and may be related to the granitoids of the Santa Helena
Intrusive Suite (Geraldes et al 2000, 2001, Ruiz et al 2005).
Ages of around 1.2 Ga obtained from rounded and spherical zircons predominate
in the samples Cb-2 and Cb-3, and are attributed to a sedimentary protolith associated
with Sunsás rocks (Teixeira et al. 1989, Ruiz et al 2004) that are represented by the
Aguapeí and Nova Brasilândia Groups in Brazil (Saes G. et al 1999), and by the Sunsás
Group in Bolivia. Ages around 1.0 Ga and 900 Ma may be associated with igneous
rocks of the Guapé/ São Domingos Intrusive Suite (Ruiz A. S. 2005).
The studies carried out on the metasedimentary rocks of the Cuiabá Group
complement each other, and point out to provenance from rocks of the Amazon Craton,
mainly from the southwestern portion of the cratón. However, the other source rocks
recorded (2.2-2.1 Ga, 1.9-1.8 Ga), stem from sedimentary reworking the northern
provinces where these ages are recorded (Maroni-Itacaiúnas Province, Ventuari-Tapajós
e Rio Negro-Juruena.
2.6.4 Tectonic settings of Cuiabá Group.
Cawood et al (2012) argues that the age patterns of detrital zircons as well as the
sediment load available to sedimentary basins are controlled by tectonic settings. Basins
sitting in intraplate settings are tectonically stable with syn-sedimentary igneous activity
lacking; therefore, the younger detrital zircon grains yield a maximum depositional age,
which may be tens or hundreds of millions of years older than the deposition time of
sediments. Hence, the author establishes detrital zircon spectra for the three tectonic
settings: convergent, collisional and extensional.
Extensional basins show a predominance of detrital zircons which are much
older than the time of sediment accumulation, with less than 5% of grains having ages
within 150 Ma of the depositional age. Zircon ages near the depositional age probably
reflect rift-related magmatic activity, but these form only a minor component of the age
spectra (Cawood et al 2012). Extensional patterns include rift and passive margin (post-
rift basin) that share very similar configurations among their populations, usually syn-
depositional magmatic activity missing, and are dominated by input from older sources.
The age populations in the analyzed metasedimentary rocks of the Cuiabá Group are
distributed throughout the Proterozoic (2.1 Ga - 923 Ma).
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
47
The older ages are in the Campina de Pedra Formation and the younger ages are
in the other formations, always influenced by sources with smaller or larger populations
during the Timing of the sedimentary basin.
Thus, the Campina de Pedra Formation would have deposited in continental rift
settings, followed by a period of sea transgression with glacial influence represented by
the Acorizal Formation, and finally the evolution to passive margin settings marked by
the Coxipó Formation and associated basin inversion with glacial isostatic adjustment
observed in the transition between the Engenho Member and the Pai Joaquim Member,
which provides evidence of reworking of the oldest sources within the basin.
2.6.5 Tectonic and stratigraphic evolution of the Paraguay Belt.
The U-Pb zircon ages obtained allows us to identify the populations of parent
rocks for these sediments. The analytical methods applied to the provenance study
carried out in this work indicate that these sediments are of cratonic provenance, and
were deposited in a rift basin represented by the Campina de Pedra Formation that
evolved into passive margin settings represented by the Coxipó Formation.
The association of immature pelitic rocks and sandstones, rich in organic matter,
with intercalating carbonaceous levels that is observed in the Campina de Pedra
Formation is compatible with a lacustrine environment in which the deposition of black
shales would occur in the central part of the lake where anaerobic activity is intense,
with periods of drought marked by carbonate deposition. The immaturity of these rocks
as well as the occurrence of euhedral zircon grains restricted to this formation indicates
a proximal source area. As observed in this work, the age pattern shown for this
formation points out to continental rift settings in which the parent rocks are crystallized
millions of years before basin deposition. Thus, the Campina de Pedra Formation is
ascribed to rift settings, lacustrine/ deltaic environment, and represents the most basal
portion that records the onset of deposition as previously mentioned by Tokashiki and
Saes (2008) and Saes et al (2008).
The rock association present in the Acorizal Formation composed of polymictic
conglomerates, lithic-sandstones and pelitic rocks arranged in fining-upward cycles
(Pindaival Member), which occur interdigitated with the Campina de Pedra Formation,
reveals high-frequency cycles (facies progradation) deposited on subaqueous fan-deltas.
According to the U-Pb age pattern, this formation was deposited on rift settings and
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
48
corresponds to its terminal stage, where erosion of the rift-basin border faults takes
place resulting in glacier advance. The climax of the glaciation is marked by glacial-
influenced massive diamictites that make up the Engenho Member.
At the bottom of the Coxipó Formation, fining-upward sandy conglomerate
sequences, cut-and-fill structures and textural maturity are the main characteristics of
the Pai Joaquim Member. The decrease of particle size towards the top indicates a
decrease in the system energy over time, which can be caused by retreat and melting of
the glaciers in typical sections of subaqueous proglacial outwash fans. This unit has a
high ZTR index in which rounded and spherical zircon grains are the majority
suggesting that the source rocks were reworked through several cycles of sedimentation.
Therefore, the Pai Joaquim Member marks the basin inversion linked to isostatic
glacial adjustment and base level rise. This is confirmed by the pattern of U-Pb ages for
detrital zircons which is typical of passive margin basins.
In the intermediate and upper parts of the Coxipó Formation, the Marzagão
Member comprises massive, pinkish and greenish diamictites containing faceted and
striated pebbles and boulders that occur intercalated to turbiditic facies, a typical
deglacial sequence. The Member is composed of shallow-water turbidites and
subaqueous debris flows. This sequence was deposited in a passive margin
environment, which is confirmed by the histogram for U-Pb ages, as well as by its high
ZTR index and rounded zircon grains.
The rhythmic pelites and sandstones of the Mata Mata Unit are represented by
fine-grained sediments and sandy bars deposited on a shallow siliciclastic marine
platform and the calcitic and dolomitic limestones of the Guia Member would have
been deposited on a carbonatic platform.
Geochronological studies carried out on rocks of the Cuiabá Group yield mainly
U-Pb results of Paleo-Mesoproterozoic age which is compatible with rocks of the
Amazon Craton. The results are consistent with those obtained by Dantas et al. (2009).
Detrital zircon U-Pb and Hf isotopic studies carried out in the external zone of
the Paraguay Belt, Alto Paraguai Group, suggest a mainly cractonic source area up to
the beginning of the Neoproterozoic when the main source area started to be the
Paranapanema Block and the Magmatic Arc of Goias (McGee et al, 2014).
In the south of the Paraguay Belt, ages U-Pb by SHIRIMP in zircon detritic of
the Puga Formation (Alto Paraguai Group), indicate other rocks sources different of
Amazon Craton. It considered source region the Rio de la Plata Block and rocks of the
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
49
Mara Rosa Junior Magmatic Arc in the Brasília Belt or Laurentia External Belts
(Babinski M. et al 2013).
The Criogenian 40Ar/ 39Ar detrital muscovite ages from the Serra Azul
Formation, member of the Alto Paraguai Group, are interpreted as being sourced from
the evolving orogen to the east – from an arc terrene, possibly the Goias–Paranapanema
Massif. (McGee et al. 2014).
That allows to make a reconstitution of the evolution of the Belt as a whole in a
way that it can be assumed that after the rift reaches a stage of passive margin in the
Cuiabá Group, the Paraguay Belt becomes a foreland basin during the deposition of the
Alto Paraguai Group that, in turn, evolves into compressive settings marked by late-
orogenic granitic intrusions.
Paleomagnetic and geochronological data on carbonates, indicate that the
closure of the Clymene Ocean basin between the Amazon-West Africa and other South
American cratons occur in c.a 528 Ma, and deformation of the Paraguay marker mark is
collision. (Tohver E. et al 2010).
The end of the South American- Gondwana Supercontinent Collage is marked
by late-tectonic igneous bodies, with U-Pb zircon ages of 518 ± 4 Ma for the São
Vicente Granite that mark the end of the orogeny, metamorphism and deformation in
the Paraguay Orogenic belt (McGee et al, 2012).
A schematic model of the tectonic and stratigraphic evolution of the Cuiabá
Group, internal zone of the Paraguay Belt, is provided in Figura 12. To sum up, a
cratonic origin is proposed for these sediments, which were deposited in a rift-type
basin in the case of the Campina de Pedra Formation whose settings changed into
passive margin in the case of the Coxipó Formation.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
50
Figura 12. Schematic model illustrating the tectonic and stratigraphic evolution of the Cuiabá Group.
2.7 CONCLUSIONS
The main contribution of this work is that the Cuiaba Group represents the rift
phase that for the passive margin of the Paraguayan Range, with the dominant
provenance of rocks sources of the craton Amazonico, at this moment of evolution of
the sedimentary basin.
The maximum depositional age of the Cuiabá Group at 923 Ma, represents the
youngest zircon date.
In conclusion, the pattern of results shown from the bottom to the top of the
basin stratigraphy suggests a variation of source areas and sediment maturity according
to the sedimentation environments that form the Cuiabá Group.
The study of heavy minerals from metasedimentary rocks of the Cuiabá Group
reveals a main composition of common accessory minerals derived from acidic igneous
rocks. The increase of ZTR index and content of zircon towards the top of the
stratigraphic column is an evidence of sediment maturity which is higher for the rocks
of the Coxipó Formation relative to the rocks of the Campina de Pedra Formation.
The analysis of the detrital zircon morphology of the Cuiabá Group allowed the
identification of five families of zircon grains which are mostly rounded with
intermediate and long prisms (F-3 and F-5), and mostly spherical in the F4 family. The
families F-1 and F-2 are of prismatic grains with preserved edges that concentrate at the
bottom portions of the stratigraphic column once these grains were less transported.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
51
The studies of heavy minerals, ZTR index, morphological analysis and U-Pb
detrital zircon geochronology of detrital zircon carried out on the metasedimentary
rocks of the Cuiabá Group suggest its rocks derived from rocks of the Amazon Craton,
mainly from the southwestern portion of the craton.
This work provides a general overview of the geological evolution of the
Paraguay Belt. The deposition of the Cuiabá Group first gave rise to the Campina de
Pedra Formation in continental rift settings, followed by a period of marine
transgression with glacial influence in which the Acorizal Formation formed and,
finally, changed to passive margin settings gaving rise to the Coxipó Formation. The
Alto Paraguai Group are a record of a foreland basin in the Paraguay Belt that latter
evolved into a compressive environment marked by late-tectonic granitic intrusions.
2.8 REFERENCES.
Almeida F.F.M. 1984 – Província Tocantins -setor sudoeste. In: Almeida F.F.M. & Hasui Y. (eds.) O Pré-Cambriano do Brasil. Ed. Edgard Blucher, São Paulo, p. 265-281.
Almeida F.F.M. 1964 - Geologia do Centro-Oeste Mato-grossense.Boletim da Divisão de Geologia e Mineralogia, DNPM, Rio de Janeiro. Bol. 215, 123p.
Almeida F.F.M. 1965 – Geossinclineo Paraguai. In: Semana de Debates Geológicos 1. Porto Alegre, Centro Academico de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atas p.87-101.
Alvarenga C.J.S., 1988 - Turbiditos e a Glaciação do Final do Proterozóico Superior no Cinturão Dobrado Paraguai, Mato Grosso. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo. V.18(3): p. 323-327.
Alvarenga, C. J. S. 1984. Dobramentos da Faixa Paraguai na borda sudeste do Cráton Amazônico. In: Congresso brasileiro de geologia, 33. Rio de Janeiro, 1984. Anais. Rio de Janeiro, SBG. v. 7, p. 3258-3271.
Alvarenga C.J.S. 1990. Phénomenessedimentaires, structuraux et circulation de fluides à la transition Chaine Craton: Example de la cote Paraguai dáge Proterozoique Supérieur, Mato Grosso, Brazil. These Doc. Sci. Univ. dÁix Marseille, 177p
Alvarenga C.J.S. and Saes G.S. 1992 – Estratigrafia e sedimentologia do Proterozóico Médio e Superior da região sudeste do Cráton Amazônico. Revista Brasileira de Geociências, V.22(4), p. 493-499
Alvarenga C.J.S. and Trompette R. 1992 - GlaciallyInfluencedSedimentation in the Late ProterozoicoftheParaguaybelt (Mato Grosso, Brazil).Palaeogeography, Palaeoclimatology and Palaeoecology, V.92, p. 85-105.
Alvarenga C.J.S. and Trompette R. 1993. Brasiliano tectonic of the Paraguay Belt: the structural development of the Cuiabá region. Revista Brasileira de Geociências, 23:18-30.
Babinski, M., Boggiani, P.C., Trindade, R.I.F., Fanning, C.M. 2013 Detrital zircon ages and geochronological constraints on the Neoproterozoic Puga diamictites and associated BIFs in the southern Paraguay Belt, Brazil. Gondwana Research 23, 988-997,.
Basílio, L. and Borges, V. 2011. Contexto Estratigráfico e Depósito das Rochas Carbonáticas Associadas aos Depósitos Glaciogênicos do Grupo Cuiabá (Zona Interna da Faixa Paraguai Norte, MT). Trabalho de Conclusão de Curso. Cuiabá. UFMT.
Batalha R.S and Figueiredo R.R 2013. Estudo de minerais pesados e proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte, Mato Grosso. Trabalho de Conclusão de Curso. Cuiabá, UFMT
Beal, V. and Oliveira, M. 2010. Análise Litofaciológica e Sucessão Estratigráfica Dos Metassedimentos Glácio-Marinhos do Grupo Cuiabá na Região de Acorizal/JangadaMT. Trabalho de Conclusão de Curso. Cuiabá, UFMT, 68p.
Beal V. 2013. Estratigrafia de Sequências do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte, Mato Grosso. Instituto de Geociências, Universidade Federal de Mato Grosso, Programa de Pós-Graduação em Geociências. Dissertação de Mestrado.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
52
Bettencourt J. S,; Leite JR. W. B., Ruiz A. S., Matos R., Payolla B. L., Tosdal R. M. 2010. The Rondonian-San Ignacio Province in the SW Amazonian Craton: An Overview. Journal of South American Earth Sciences, 29:28-46.
Bhum B., Pimentel M.M., Matteni M., Dantas E. L. 2009. High spatial resolution analysis of Pb and U isotopes for geochronology by laser ablation multi-coletor inductively coupled plasma mass spectrometry (LA-MC-ICP-MS). Anais Academia Brasileira de Ciências. 81 (1).
Brito Neves B.B.de 1999. América do Sul: quatro fusões, quatro fissões e o processo acrescionário Andino. Revista Brasileira de Geociências. 29(3):379-392.
Cawood P.A., Hawkesworth. C.J. andDhuime. B., 2012. Detrital zircon record and tectonic setting. Geology.40 (10): 875-878.
Catuneanu, O., Martins-Neto, M., Eriksson, P.G. 2005. Precambrian sequence stratigraphy. SedimentarymGeology 176 (1–2), 67–95.
Projeto Planalto da Serra. Estado de Mato Grosso / João Olímpio Souza, Débora Regina Vieira dos Santos, Marcelo Ferreira da Silva, Antônio Augusto Soares Frasca, Felicíssimo Rosa Borges, Karine Gollmann. Goiânia: CPRM, 2012.
Dantas E. L. et al, 2009 - Using Nd isotopes to understand the provenance of sedimentary rocks from a continental margin to a foreland basin in the Neoproterozoic Paraguay Belt, Central Brazil. Precambrian Research 170 1–12
Fedo C. M, Sircombe N. K., Rainbird R. H. 2003. Detrital zircon analysis of the sedimentary record.In: Hanchar HM, Hoskin PWO, editors. Zircon. Mineralogical Society of America, Reviews in Mineralogy and Geochemistry. Vol. 53. 2003. p. 277-303
Figueiredo M.F, Babinski1 M. Alvarenga C. J.S Pinho F.E.C, 2008. Nova Unidade Litoestratigráfica Registra Glaciação Ediacarana em Mato Grosso: Formação Serra Azul Geol. USP Sér. Cient., São Paulo, v. 8, n. 2, p. 65-75.
Folk R.L. 1974. Petrology of Sedimentary Rocks. Austin, EUA, Hemphill, 182p. Freitas, E.S., 2003. Estratigrafia e tectônica do Grupo Cuiabá no flanco NW da Antiforme do Bento
Gomes, Poconé, MT. Monografia de Conclusão do Curso de Graduação em Geologia, UFMT, 78p. Ganzer and Figueiredo 2015. Análise estratigráfica e contribuição ao conhecimento dos fluidos,
associados ao Grupo Cuiabá, na baixada cuiabana. Faixa Paraguai Norte, Mato Grosso. Trabalho de Conclusão de Curso, Cuiabá UFMT.
Grigsby J.D. 1992. Chemical fingerprint of detrital ilmenite: a viable alternative in provenance research. J. Sedimentology. Petrol., 62:331-337.
Guimarães G. & Almeida L.F.G. 1972. Projeto Cuiabá. Cuiabá, DNPM, Relatório do arquivo técnico da DGM, n. 1872.
Gehrels, G., 2011. Detrital zircon U‐Pb geochronology: Current methods and new opportunities. Tectonics of Sedimentary Basins: 45-62.
Gehrels, G., 2014 Detrital Zircon U-PbGeocronology applied to tectonics. Annual Reviews of Earth and Planetary Sciences: Vol:42: 127-149.
Geraldes M.C 2000. Geocronologia e Geoquimica do plutonismoMesoproterozoico do SW do estado do Mato Grosso (SW do cratonAmazonico. Tese de Doutorado. USP-Universidade de São Paulo, 193p.
Geraldes M.C., Van Schmus W.R., Condie K.C., Bell S. Teixeira W., Babinsk M. 2001. Proterozoic geologic evolution of the SW of the Amazonian craton in Mato Grosso state Brasil. Pré Cambrian Research. 91-128p.
Hubert J.F. 1962. A zircon–tourmaline–rutile maturity index and the interdependance of the composition of heavy mineral assemblages with the gross composition and texture of sandstones. J. Sed. Petrol. 32:440-450.
Hubert J.F. 1971. Analysis of Heavy-Mineral Assemblage. In: Carver R.E. (ed.) Procedures in Sedimentary Petrology. Athens, Geórgia, Wiley Interscience, p.453-478.
Hurst A.R. and Morton A.C. 1988. An application of heavy mineral analysis to lithostratigraphy and reservoir modelling in the Oseberg Field, northern North Sea. Mar. Petrol. Geol., 5:157-169.
Johnsson M.J. 1993. The system controlling the composition of clastic sediments. In: Johnsson M.J. &Basu A. (eds.) Processes Controlling the Composition of Clastic Sediments. Geol. Soc. Am., Spec. Pap., 284:1-19.
Lacerda filho J.V, Abreu filho W. Valente C.R., Oliveira c.cand Albuquerque m.c. 2004. Geologia e recursos minerais do estado de Mato Grosso programa integração, atualização e difusão de dados da geologia do Brasil, sub programa mapas geológicos estaduais. Esc. 1:000. 000.Goiânia: CPRM, 2004.
Luz J.S., Oliveira A.M., Souza J.O., Motta J.J.I.M., Tanno L.C., Carmo L.S., Souza N.B. 1980 - Projeto Coxipó. Relatório Final. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, Superintendência Regional de Goiânia, DNPM/CPRM, v. 1, 136p.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
53
Ludwig KR. 2003. Isoplot 3.00: A geochronological toolkit for Microsoft excel. Berkeley Geochronological Center, Spec Publ No. 4, 70 pp.
Pimentel, M.M., Fuck, R.A. 1992. Neoproterozoic crustal accretion in central Brasil. Geology, 20: 375-379.
Martins Neto, M. A. & Catuneanu, O. 2010. Rift sequence stratigraphy. Marine and Petroleum Geology v.27 p.247–253.
Mange M.A. & Morton A.C. 2007. Geochemistry of heavy minerals. In: Mange M.A. & Wright D.T. (eds.) Developments in Sedimentology, 58:345-391.
Mange-Rajetzky M.A. 1995. Subdivision and correlation of monotonous sandstone sequences using highresolution heavy mineral analysis, a case study: the Triassic of the Central Graben. In: Dunay R.E. &Hailwood .A. (eds.) Non-biostratigraphical Methods of Dating and Correlation. Geol. Soc. Spec. Publ., 89:23-30.
Morton A.C. and Hallsworth C.R. 1994. Identifying provenience- specific features of detrital heavy mineral assemblages in sandstones. Sedimentary Geology., 90:241-256.
Morton A.C. and Hallsworth C.R. 1999. Processes controlling the composition of heavy mineral assemblages in sandstones. Sed. Geol., 124:3-29.
Morton A.C. 1985. Heavy mineral in provenance studies. In: Zuffa G.G. (ed.) Provenance of Arenites. Dordrecht, Germany, D. Reidel Pub. Co. p. 249-278.
Morton A.C. 1991. Geochemical studies of detrital heavy minerals and their application to provenance research.In: Morton A.C., Todd S.P, Haughton P.D.W. (eds.) Developments in Sedimentary Provenance Studies. Geol. Soc. London, Spec. Publ., 57:31-45.
Morton A.C., Know R.W. O’B., Hallsworth C.R. 2002. Correlation of reservoir sandstone using quantitative heavy mineral analysis. Petrol. Geosc.8:251-262.
Morton A.C. &Yaxley G. 2007. Detrital apatite geochemistry and its application in provenance studies. In: Critelli S. & Johnson M.J. Sedimentary Provenance and Petrogenesis: Perspectives from Petrography and Geochemistry.Geol. Soc. America, Spec. Pap., 420:319-344.
Mc Bride E.F. 1985. Diagenetic processes that affect provenance determinations in sandstones. In: Zuffa G.G. (ed.) Provenance of Arenites. Dordrecht, Germany, D. Reidel Pub. Co., p. 95-113.
McDonald D.A &Surdam R.C. 1984. Clastic diagenesis. AAPG Memoir, 37:434p. McGee et al, 2014. Age and provenance of the Cryogenian to Cambrian passive margin to foreland
basin sequence of the northern Paraguay Belt, Brazil. Geological Society of America Bulletin, v. 127, no. ½. p. 76–86.
McGee B., Collins, A. S. e Trindade, R. I. F, Jourdan F. 2014. Investigating mid-Ediacaran glaciation and Final Gondwana amalgamation using coupled sedimentology and 40Ar/39Ar detrital muscovite provenance fron the Paraguay Belt, Brasil. 2014. Sedimentology. 25p.
McGee, B., Collins, A. S. e Trindade, R. I. F. 2012. G’dayGondwana – The final accretion of a supercontinet: U-Pb ages from the post-orogenic São Vicente Granite, northern Paraguay Belt, Brasil. Gondwana Research. 21:316-322.
Nichols, G., 2009. Sedimentology and Stratigraphy. Wiley-Blackwell, 2 ed., 419 p. Picard M.D. & McBride E. F. 2007. Comparison of river and beach sand composition with source
rocks, Dolomite Alps drainage basins, northeastern Italy. In: Critelli S. & Johnson M.J. (eds.) Sedimentary Provenance and Petrogenesis: Perspectives from Petrography and Geochemistry. Geol. Soc. America, Spec. Pap., 420:1-12.
Pinho, F.E.C.; Pinho, M.A.S. 1990. Geoquímica do depósito de ouro de nova xavantina-leste do estado de mato grosso. In: Congresso Grasileiro de Geologia, 34. Natal: SBG, 1993, v. 1, p. 1316-1330.
Pinho, F.E.C. 1990. Estudo das rochas encaixantes e veios mineralizados a ouro do Grupo Cuiabá, na região denominada “Garimpo dos Araés” Nova Xavantina, estado de Mato Grosso. Centro de Pesquisas em Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Porto Alegre. Dissertação (Mestrado em Geoquímica). 114 p
Potter P.E. 1978a. Significance and origin of big rivers. J. Geol., 86:13-3. Potter P.E. 1978b. Petrology and chemistry of modern big rivers sands. J.Geol.,86: 423 449.
Rasmussen, P.E, 2005. Radiometric dating of sedimentary rocks: the application of diageneticxenotime geochronology. Earth-Science Reviews 68, 197-243.
Remus et al 2008. Proveniência sedimentar: métodos e técnicas analíticas aplicadas. Revista Brasileira de Geociências. V.38 n.2.supl. São Paulo 2008.
Ruiz A.S, Geraldes M.C., Teixeira W., Van Schmus, W.R., Schimitt. R. 2004. The 1590-1520Ma Cachoeirinha Magmátic arc and itts tectonic implications for the Mesoproterozóic. SW Amazonian craton crustal evolution. Anais da Academia Brasileira de Geociências. 76(4). p. 807-824.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
54
Ruiz, A.S. 2005. Evolução geológica do sudoeste do Cráton Amazônico região limítrofe Brasil-Bolívia – Mato Grosso. Tese (Doutorado). Rio Claro. Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho.
Saes G. S. 1999. Evolução Tectônica e Paleogeográfica do Aulacógeno Agupaeí (1.2-1.0Ga) e dos Terrenos do seu Embasamento na Porção Sul do Cráton Amazônico. Tese de Doutorado. Instituto de Geociências da USP.
Saes, G. S., Santos, A. A., Santos Júnior, W. A., Gomes, L. P., Silva, Silva, S. N. da, 2008. Avaliação de Rochas Calcárias e Fosfatadas para Insumos Agrícolas do Estado de Mato Grosso. CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA CPRM/METAMAT. Capítulo 2.2 - Província Tocantins. P. 21-26, 2008.Geociências, Universidade de São Paulo. Tese de Doutorado,
Silva, C.H., Simões, L.S.A., Ruiz, A.S. 2002. Caracterização estrutural dos veios auríferos da região de Cuiabá, MT. Revista Brasileira de Geociências, 32: 407-418
Statteggar K. 1987. Heavy minerals and provenance of sands. Modeling of lithological end members from river sands of northern Austria and from sandstones of the Austroalpine Gosau Formation (Late Cretaceous). J. Sed. Petrol., 57:301-310.
Tassinari, C.C.G., Macambira, M.J.B., 1999. Geochronological provinces of the Amazonian Craton. Episodes 22, 174–182.
Teixeira, W., Tassinari, C.C.G., Cordani, U.G., Kawashita, K., 1989. A review of the geochronology of the Amazonian Craton: tectonic implications. Precambrian Research 42, 213–227.
Tokashiki, C. do C. e Saes, G. S. Revisão estratigráfica e faciológica do Grupo Cuiabá no alinhamento Cangas-Poconé, baixada Cuiabana, Mato Grosso. Revistabrasileira de geociências. 2008, vol.38, n.4, p. 661-675. ISSN 0375-7536.
Tohver E., Trindade R.I.F. Solum J.G. Hall C.M., Riccomini C., and Nogueira A.C, 2010. Closing the Clymene ocean and bending a Brasiliano belt: Evidence for the Cambrian formation of Gondwana, southeast Amazon craton. Geology 2010;38;267-270.
Tucker, M. E. Sedimentary Petrology: an Introduction to the Origin of Sedimentary Rocks. Oxford: Blackwell Science, 1991. 260 p.
Unrug R. 1997. Rodinia to Gondwana: The geodynamic map of Gondwana supercontinent assembly. GSA Today. 7(1), p.1-6.
Vasconcelos B.R., Ruiz A.S., Matos J.B., 2015. Poliphase deformation and matamorphism of Cuiabá group in the Poconé region (MT). Cuiabá Fold and thrust belt. Kinematic and tectonic implications. Brasilian Journal of geology. 45(1): 51-63.
Weltje, G.J., von Eynatten, H., 2004. Quantitative provenance analysis of sediments: review and outlook. Sediment. Geol. 171, 1e11.
Wilson A, et al 2014. Provenance studies for the oil industry. PESA News.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
55
2.1 . APPENDIX
Appendix A. Supplementary data
Supplementary data related to this article found at Location, lithographic
discrimination and synthesis of results in the Cuiabá Group.
Tabela 1. Appendix A: Location, lithographic discrimination and synthesis of results in the Cuiabá Group.
Appendix A: Location, lithographic discrimination and synthesis of results in the Cuiabá Group. CUIABÁ GROUP
Member Samples Localization Lithology AMP ZTR Morfology FORMAÇÃO CAMPINA DE PEDRA
_ Cb-A S 16º01’305’’ W 56º48’503’’
Carbonatic-pelitic level, with lenses of sand, rich in organic matter.
F1, F2, F3 e F4
_ Cb-1 S 16º01’314’’ W 56º47’438’’
An immature bituminous metasandstone rich in organic matter and characterized by
blue quartz recrystallization.
Opaque, epidote, rutile, zircon, titanite and
leucoxene.
20% F1, F2, F3 e F4
_ Cb-2 S 16º01’351’’ W 56º51’239’’
Metagraywacke, greenish-gray, composed of quartz, feldspar and lithic fragment.
Opaque, epidote zircão, leucoxene, tourmaline and
rutile.
48% F1, F3, F4 e F5
ACORIZAL FORMATION PINDAIVAL Cb-3 S 15°17'35.4"
W 56°26'49.1" A greenish-gray polymictic carbonaceous
metaconglomerate. Opaque, calcite, rutile,
epidote, zircon, clhorite and titanite
67% F3, F4 e F5
ENGENHO Cb-4 S 15º49’439’’ W 56º51’540’’
Massive purple diamictite commonly displaying striated and faceted dropstones.
Opaque, epidote, zircon, tourmaline, leucoxene, rutile
and clhorite
62% F4 e F5
COXIPÓ FORMATION
PAI JOAQUIM Cb-5 S 15º15’068’’ W 56°14’130’’
Quartz metasandstone showing fining-upward stacking pattern and textural
maturity.
Opaque, zircon, rutile, tourmaline, epidote
leucoxene and titanite.
68% F4 e F5
MARZAGÃO Cb-6 S 14º49’596’’ W 55º00’443’’
Foliated greenish diamictite displaying rotated pebbles and well-preserved
pressure shadows.
Opaque, leucoxene, zircon, rutile, epidote, clhorite e
tourmaline.
82% F4 e F5
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
56
Appendix B. Supplementary data
Supplementary data related to this article can found at Summary U-Pb detrital
zircon results for samples of Cuiabá Group by LA-ICPMS.
Tabela 2. Appendix B: Summary U-Pb detrital zircon results for samples of Cuiabá Group by LA-ICPMS in Geochronology Laboratory of the Institute of Geosciences - University of Brasilia.
Appendix B: Summary U-Pb detrital zircon results for samples of Cuiabá Group by LA-ICPMS in Geochronology Laboratory of the Institute of Geosciences - University of Brasilia. Zircão Th/U
207Pb/235U
���
%
206Pb/ 238U
���
% Rho 207Pb/
206Pb �� abs
206Pb/ 238U
�� abs
207Pb/ 235U
�� abs
% U-Pb
disc4 Cb-A – (LAB2777_NC) Formação Campina de Pedra.
Zir17 0,285 3,162 3,67 0,2426 2,20 0,60 1519 108 1400 55 1448 56 7,82 Zir13 0,750 3,292 2,08 0,2528 1,46 0,70 1517 54 1453 38 1479 32 4,21 Zir50 0,438 2,861 4,02 0,2386 2,93 0,73 1360 103 1379 73 1372 60 -1,46 Zir07 0,348 3,190 3,88 0,2532 2,42 0,62 1455 112 1455 63 1455 59 -0,02 Zir02 0,338 3,110 3,65 0,2493 2,61 0,72 1435 94 1435 67 1435 55 0,05 Zir15 0,394 3,086 3,54 0,2474 2,64 0,75 1435 88 1425 67 1429 54 0,65 Zir19 0,195 3,115 3,46 0,2493 2,24 0,65 1438 98 1435 57 1436 52 0,24 Zir53 0,303 3,802 1,91 0,2920 1,52 0,79 1516 41 1652 44 1593 31 -8,91 Zir51 0,124 3,521 1,43 0,2719 1,13 0,79 1506 30 1551 31 1532 22 -2,97 Zir40 0,145 3,568 0,98 0,2760 0,74 0,75 1503 20 1571 21 1542 16 -4,53 Zir54 0,485 5,095 3,20 0,3397 2,30 0,72 1779 79 1885 75 1835 54 -5,94 Zir36 0,222 4,784 1,16 0,3195 0,79 0,68 1776 28 1787 25 1782 19 -0,62 Zir16 0,145 5,054 1,12 0,3363 0,82 0,73 1783 24 1869 27 1828 19 -4,84 Zir56 0,580 3,444 1,28 0,2629 0,88 0,69 1528 32 1505 24 1514 20 1,50 Zir43 0,189 3,514 0,90 0,2699 0,65 0,73 1516 19 1541 18 1530 14 -1,60 Zir37 0,313 3,467 2,01 0,2632 1,50 0,75 1539 48 1506 40 1520 31 2,13 Zir26 0,147 3,514 1,40 0,2614 1,02 0,73 1577 33 1497 27 1530 22 5,09 Zir25 0,150 3,515 1,13 0,2655 0,81 0,72 1548 26 1518 22 1531 18 1,90 Zir27 0,304 2,927 3,13 0,2360 2,27 0,72 1424 80 1366 56 1389 47 4,11 Zir08 0,489 3,205 2,96 0,2517 2,11 0,71 1474 77 1447 55 1458 45 1,83 Zir35 0,304 3,085 2,96 0,2520 2,05 0,69 1399 80 1449 53 1429 45 -3,53 Zir14 0,317 3,139 2,80 0,2591 2,04 0,73 1380 72 1485 54 1442 43 -7,65 Zir41 0,217 3,019 2,78 0,2407 2,13 0,76 1445 66 1391 53 1412 42 3,78 Zir28 0,517 2,941 2,67 0,2316 2,10 0,79 1470 60 1343 51 1392 40 8,64 Zir45 0,399 2,950 2,57 0,2452 1,76 0,69 1366 70 1414 45 1395 39 -3,51 Zir03 0,336 3,053 2,48 0,2448 1,74 0,70 1435 65 1412 44 1421 38 1,59 Zir49 0,426 2,957 2,44 0,2424 2,04 0,84 1393 49 1399 51 1397 37 -0,47 Zir52 0,351 3,175 2,27 0,2518 1,67 0,74 1455 56 1448 43 1451 35 0,51 Zir42 0,265 3,039 2,07 0,2501 1,34 0,65 1386 58 1439 35 1418 31 -3,83 Zir33 0,235 3,009 1,96 0,2416 1,50 0,76 1433 46 1395 38 1410 30 2,64 Zir04 0,523 3,012 1,79 0,2411 1,15 0,64 1438 50 1392 29 1411 27 3,20 Zir39 0,422 3,081 1,66 0,2484 1,22 0,74 1424 40 1430 31 1428 25 -0,43 Zir46 0,390 3,081 1,66 0,2506 1,23 0,74 1407 40 1442 32 1428 25 -2,46 Zir24 0,308 3,149 1,60 0,2547 1,18 0,73 1418 39 1463 31 1445 25 -3,16 Zir29 0,207 2,988 1,60 0,2424 1,12 0,70 1413 41 1399 28 1405 24 0,99 Zir31 0,382 3,048 1,57 0,2395 1,08 0,69 1473 41 1384 27 1420 24 6,04 Zir20 0,360 3,127 1,57 0,2469 1,22 0,78 1464 34 1423 31 1439 24 2,80 Zir58 0,250 2,700 1,48 0,2222 1,09 0,74 1385 36 1294 26 1328 22 6,58 Zir18 0,397 3,312 1,25 0,2684 0,86 0,69 1415 32 1533 24 1484 19 -8,30 Zir48 0,277 2,974 1,23 0,2411 0,89 0,72 1414 29 1392 22 1401 19 1,55 Zir32 0,497 2,897 1,19 0,2337 0,84 0,71 1423 29 1354 21 1381 18 4,86 Zir05 0,268 2,814 1,16 0,2288 0,95 0,82 1408 21 1328 23 1359 17 5,66 Zir21 0,233 3,047 0,99 0,2441 0,72 0,73 1437 22 1408 18 1419 15 2,01
Cb-1 – (LAB2781_AB) Formação Campina de Pedra Zir20 0,503 6,755 1,33 0,3627 0,93 0,70 2165 30 1995 32 2080 23 7,83 Zir52 0,366 5,201 2,46 0,3484 1,89 0,77 1770 55 1927 63 1853 41 -8,85
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
57
Zir29 0,441 5,476 1,55 0,3468 1,37 0,89 1872 22 1919 45 1897 26 -2,54 Zir14 0,500 4,732 1,34 0,3188 1,02 0,76 1760 29 1784 32 1773 22 -1,36 Zir32 0,418 4,846 0,91 0,3172 0,69 0,76 1813 17 1776 22 1793 15 2,03 Zir7 0,384 4,709 0,89 0,3129 0,60 0,67 1785 20 1755 18 1769 15 1,68
Zir18 0,573 4,647 1,00 0,3090 0,72 0,72 1784 21 1736 22 1758 17 2,67 Zir37 0,393 4,537 0,87 0,3047 0,61 0,70 1766 18 1715 18 1738 14 2,89 Zir41 0,423 3,784 1,81 0,2733 1,46 0,80 1632 37 1557 40 1589 29 4,58 Zir36 0,623 3,716 1,18 0,2643 0,88 0,75 1660 26 1512 24 1575 19 8,90 Zir35 0,348 3,267 0,98 0,2536 0,79 0,81 1497 17 1457 21 1473 15 2,69 Zir40 0,297 3,108 0,99 0,2515 0,77 0,78 1417 19 1446 20 1435 15 -2,04 Zir15 0,306 3,127 1,38 0,2515 0,98 0,70 1429 35 1446 25 1439 21 -1,19 Zir51 0,498 3,143 2,20 0,2512 1,59 0,72 1441 56 1445 41 1443 34 -0,24 Zir27 0,376 3,066 0,80 0,2456 0,56 0,70 1437 17 1416 14 1424 12 1,50 Zir30 0,372 3,009 1,03 0,2428 0,71 0,69 1423 24 1401 18 1410 16 1,52 Zir25 0,500 3,004 0,97 0,2414 0,68 0,70 1431 22 1394 17 1409 15 2,63 Zir4 0,648 2,953 1,25 0,2398 0,81 0,65 1411 33 1386 20 1396 19 1,78 Zir8 0,194 2,972 0,80 0,2394 0,54 0,67 1426 18 1383 13 1400 12 2,99 Zir5 0,289 2,953 1,29 0,2372 0,92 0,71 1432 32 1372 23 1396 20 4,18
Zir31 0,361 2,840 1,19 0,2368 0,93 0,78 1359 25 1370 23 1366 18 -0,80 Zir33 0,226 2,882 0,95 0,2359 0,71 0,75 1395 20 1366 17 1377 14 2,14 Zir10 0,306 2,873 1,38 0,2353 1,18 0,86 1395 23 1362 29 1375 21 2,34 Zir1 0,268 2,773 0,88 0,2325 0,62 0,71 1349 19 1348 15 1348 13 0,08
Zir26 0,435 2,814 1,05 0,2290 0,73 0,70 1406 25 1329 18 1359 16 5,48 Zir12 0,189 2,738 1,15 0,2269 0,94 0,82 1371 21 1318 22 1339 17 3,87 Zir24 0,469 2,639 1,13 0,2190 0,80 0,71 1370 27 1276 18 1312 17 6,81 Zir49 0,173 2,056 1,14 0,1947 0,72 0,64 1111 32 1147 15 1134 16 -3,26 Zir46 0,431 2,041 2,30 0,1929 1,74 0,76 1115 57 1137 36 1129 31 -1,95 Zir3 0,324 1,938 0,83 0,1854 0,55 0,66 1090 20 1097 11 1094 11 -0,63
Zir17 0,499 1,921 1,76 0,1843 1,25 0,71 1085 47 1090 25 1089 23 -0,53 Zir19 0,461 1,879 1,00 0,1807 0,73 0,73 1080 23 1071 14 1074 13 0,85 Zir28 0,314 1,594 2,14 0,1542 2,05 0,96 1068 21 924 35 968 27 13,4
3 Cb-2 – (LAB2781_GRAUVACA) Formação Campina de Pedra.
Zir33 0,298 5,543 1,03 0,3508 0,70 0,68 1874 24 1938 23 1907 18 -3,46 Zir59 0,161 3,223 0,91 0,2594 0,64 0,71 1428 20 1487 17 1463 14 -4,10 Zir54 0,349 3,501 2,53 0,2579 1,86 0,74 1595 62 1479 49 1527 40 7,23 Zir06 0,157 2,683 1,34 0,2312 1,04 0,77 1296 30 1341 25 1324 20 -3,51 Zir09 0,146 2,563 1,10 0,2285 0,85 0,77 1229 24 1327 20 1290 16 -7,94 Zir16 0,187 2,580 1,17 0,2234 0,88 0,76 1286 26 1300 21 1295 17 -1,07 Zir15 0,293 2,570 1,16 0,2232 0,81 0,70 1281 29 1299 19 1292 17 -1,39 Zir46 0,312 2,665 1,56 0,2221 1,11 0,71 1361 39 1293 26 1319 23 5,00 Zir18 1,478 2,587 3,79 0,2206 2,61 0,69 1316 104 1285 61 1297 55 2,37 Zir29 0,339 2,629 1,31 0,2201 0,88 0,68 1352 34 1282 21 1309 19 5,16 Zir47 0,381 2,570 1,15 0,2185 0,77 0,68 1322 29 1274 18 1292 17 3,69 Zir51 0,186 2,377 2,05 0,2145 1,45 0,71 1206 55 1252 33 1236 29 -3,84 Zir36 0,233 2,404 1,10 0,2140 0,65 0,59 1232 32 1250 15 1244 16 -1,44 Zir13 0,308 2,342 4,70 0,2131 3,65 0,78 1190 114 1245 82 1225 66 -4,66 Zir08 0,332 2,360 1,39 0,2130 1,02 0,74 1205 34 1245 23 1230 20 -3,31 Zir39 0,228 2,397 1,60 0,2121 0,94 0,59 1245 48 1240 21 1242 23 0,36 Zir07 0,367 2,321 1,15 0,2115 0,84 0,74 1187 27 1237 19 1219 16 -4,25 Zir25 0,215 2,374 1,18 0,2115 0,88 0,75 1232 27 1237 20 1235 17 -0,40 Zir44 0,273 2,282 2,07 0,2105 1,53 0,74 1163 53 1231 34 1207 29 -5,92 Zir21 0,226 2,333 1,40 0,2098 0,98 0,70 1213 37 1228 22 1223 20 -1,24 Zir57 0,399 2,344 1,21 0,2097 0,86 0,71 1223 30 1227 19 1226 17 -0,33 Zir35 0,434 2,320 1,51 0,2090 1,01 0,67 1209 42 1224 22 1218 21 -1,26 Zir26 0,259 2,324 1,00 0,2088 0,72 0,71 1215 23 1222 16 1220 14 -0,63 Zir05 0,188 2,307 1,21 0,2074 0,77 0,64 1213 33 1215 17 1214 17 -0,16 Zir03 0,227 2,226 3,27 0,2066 2,35 0,72 1150 88 1211 52 1189 45 -5,25 Zir53 0,663 2,308 1,49 0,2066 0,97 0,65 1222 42 1211 21 1215 21 0,93 Zir41 0,389 2,256 3,24 0,2065 2,49 0,77 1178 79 1210 55 1199 45 -2,71 Zir30 0,338 2,318 3,89 0,2057 2,73 0,70 1239 106 1206 60 1218 54 2,68 Zir52 1,036 2,328 1,41 0,2056 1,03 0,73 1248 35 1205 23 1221 20 3,40 Zir01 0,250 2,241 1,35 0,2055 1,01 0,75 1174 32 1205 22 1194 19 -2,60 Zir43 0,206 2,271 1,78 0,2037 1,27 0,72 1218 46 1195 28 1203 25 1,87
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
58
Zir61 0,168 2,235 1,46 0,2035 1,02 0,70 1189 38 1194 22 1192 20 -0,45 Zir40 0,193 2,190 1,21 0,2026 0,88 0,73 1157 30 1189 19 1178 17 -2,84 Zir27 0,338 2,241 2,34 0,1999 1,68 0,72 1228 62 1175 36 1194 33 4,37 Zir28 0,269 2,160 1,37 0,1971 1,08 0,79 1184 30 1160 23 1168 19 2,02 Zir32 0,186 2,195 2,56 0,1958 1,81 0,71 1229 69 1153 38 1179 35 6,17 Zir10 0,244 2,177 3,39 0,1955 2,45 0,72 1216 90 1151 51 1174 47 5,32 Zir60 0,178 2,117 1,30 0,1951 0,94 0,73 1164 32 1149 20 1154 18 1,30 Zir23 0,195 2,146 2,60 0,1943 1,88 0,72 1199 68 1145 39 1164 36 4,51 Zir14 0,342 2,016 0,98 0,1930 0,70 0,71 1088 23 1138 15 1121 13 -4,55 Zir02 0,235 2,183 2,03 0,1925 1,36 0,67 1252 57 1135 28 1176 28 9,32 Zir19 0,222 1,970 1,29 0,1883 0,95 0,73 1091 32 1112 19 1105 17 -1,96 Zir17 0,037 2,032 0,96 0,1873 0,68 0,70 1164 23 1107 14 1126 13 4,93 Zir24 0,025 1,833 1,09 0,1836 0,79 0,73 998 26 1087 16 1057 14 -8,90 Zir31 0,062 1,996 1,44 0,1813 1,20 0,84 1192 27 1074 24 1114 19 9,91 Zir56 0,435 1,759 1,62 0,1769 1,00 0,62 989 49 1050 19 1030 21 -6,11 Zir42 0,184 1,796 1,09 0,1768 0,63 0,58 1033 33 1049 12 1044 14 -1,62 Zir58 0,195 1,862 1,50 0,1753 1,06 0,71 1122 39 1041 20 1068 20 7,26 Zir38 0,463 1,856 3,39 0,1611 2,28 0,67 1283 95 963 41 1066 44 24,9
4 Zir22 0,201 1,579 1,20 0,1602 0,86 0,72 971 30 958 15 962 15 1,32 Zir37 0,174 1,509 4,60 0,1587 3,19 0,69 898 133 950 56 934 55 -5,74 Zir34 0,346 1,022 1,66 0,1172 1,22 0,73 716 45 715 17 715 17 0,19
Cb-3 – (LAB2749_PIN) Formação Acorizal (Membro Píndaival) Zir2 0,406 6,551 0,82 0,3752 0,52 0,64 2052 18 2054 18 2053 14 -0,11
Zir10 0,608 5,608 1,86 0,3538 1,40 0,75 1879 42 1953 47 1917 32 -3,93 Zir17 0,723 5,032 2,17 0,3339 1,65 0,76 1788 49 1857 53 1825 36 -3,87 Zir45 0,207 5,150 1,39 0,3277 0,80 0,58 1864 38 1827 26 1844 23 1,98 Zir4 0,386 4,417 1,11 0,3084 0,84 0,76 1695 23 1733 25 1716 18 -2,23 Zir5 0,415 4,429 1,34 0,3069 0,93 0,70 1709 33 1725 28 1718 22 -0,97
Zir20 0,205 4,152 4,84 0,2956 3,16 0,65 1659 132 1669 93 1665 78 -0,66 Zir32 0,436 3,996 1,38 0,2787 1,10 0,80 1696 27 1585 31 1633 22 6,58 Zir25 0,234 3,391 1,49 0,2652 1,05 0,71 1482 37 1516 28 1502 23 -2,30 Zir30 0,482 3,327 1,38 0,2567 1,00 0,73 1508 33 1473 26 1487 21 2,33 Zir59 0,083 3,187 2,87 0,2545 1,98 0,69 1442 77 1462 52 1454 44 -1,34 Zir3 0,196 3,052 0,97 0,2459 0,66 0,68 1425 23 1418 17 1421 15 0,56 Zir1 0,249 2,747 0,84 0,2301 0,56 0,66 1352 19 1335 13 1341 12 1,24
Zir13 0,279 2,689 1,64 0,2240 1,28 0,78 1362 36 1303 30 1325 24 4,33 Zir19 0,187 2,490 2,23 0,2232 1,75 0,78 1220 52 1299 41 1269 32 -6,47 Zir26 0,083 2,614 1,66 0,2216 1,33 0,80 1328 36 1290 31 1304 24 2,84 Zir23 0,171 2,459 2,80 0,2205 2,13 0,76 1219 69 1284 49 1260 40 -5,36 Zir16 0,245 2,480 2,07 0,2193 1,63 0,79 1246 48 1278 38 1266 30 -2,54 Zir14 0,402 2,349 2,51 0,2172 1,96 0,78 1158 60 1267 45 1227 35 -9,46 Zir6 0,271 2,423 1,49 0,2161 1,02 0,69 1229 40 1261 23 1249 21 -2,60 Zir7 0,170 2,391 1,59 0,2145 1,02 0,64 1218 45 1253 23 1240 23 -2,85
Zir24 0,271 2,394 3,03 0,2117 2,18 0,72 1245 80 1238 49 1241 43 0,61 Zir12 0,214 2,307 1,30 0,2110 0,99 0,76 1179 30 1234 22 1214 18 -4,63 Zir27 0,311 2,306 1,62 0,2097 1,15 0,71 1191 42 1227 26 1214 23 -3,03 Zir42 0,174 2,263 1,65 0,2041 1,18 0,71 1207 43 1197 26 1201 23 0,77 Zir37 0,427 2,260 1,21 0,2026 0,93 0,77 1219 27 1189 20 1200 17 2,44 Zir41 0,224 2,269 1,20 0,2023 0,94 0,79 1230 25 1187 20 1203 17 3,46 Zir55 0,222 2,181 1,47 0,2003 1,06 0,72 1171 38 1177 23 1175 20 -0,46 Zir9 0,342 2,229 2,15 0,1986 1,62 0,75 1231 53 1168 35 1190 30 5,13
Zir44 0,372 2,251 2,67 0,1969 1,71 0,64 1266 78 1159 36 1197 37 8,50 Zir34 0,223 2,119 1,63 0,1969 1,24 0,76 1148 39 1159 26 1155 22 -0,92 Zir18 0,504 2,231 1,69 0,1967 1,30 0,77 1251 39 1158 28 1191 24 7,47 Zir39 0,279 2,218 2,08 0,1953 1,53 0,73 1254 53 1150 32 1187 29 8,32 Zir40 0,227 2,175 1,32 0,1947 1,04 0,79 1222 28 1147 22 1173 18 6,17 Zir31 0,208 2,191 1,41 0,1945 1,09 0,77 1238 32 1146 23 1178 20 7,46 Zir52 0,061 2,173 3,41 0,1930 2,09 0,61 1238 103 1137 43 1172 47 8,11 Zir29 0,236 1,958 1,47 0,1853 1,06 0,72 1111 38 1096 21 1101 20 1,35 Zir8 0,041 1,787 1,43 0,1767 1,00 0,70 1023 39 1049 19 1041 19 -2,54
Zir11 0,198 1,715 1,32 0,1724 0,93 0,71 990 35 1026 18 1014 17 -3,60 Zir36 0,212 1,666 1,48 0,1654 1,04 0,70 1015 40 987 19 996 19 2,80 Zir35 0,143 1,542 1,13 0,1573 0,87 0,78 959 25 942 15 947 14 1,77
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
59
Zir56 0,208 1,512 3,29 0,1571 2,33 0,71 923 93 940 41 935 40 -1,88 Cb-4 – LAB2776_EN) Formação Acorizal (Membro Engenho)
Zir37 0,322 5,348 1,75 0,3547 1,31 0,75 1789 40 1957 44 1877 30 -9,41 Zir38B 0,084 4,219 2,25 0,3055 1,63 0,73 1627 55 1718 49 1678 37 -5,61 Zir18 0,480 4,069 1,69 0,2869 1,07 0,64 1676 46 1626 31 1648 27 3,01
Zir38N 0,159 4,160 1,50 0,2840 1,10 0,73 1736 35 1612 31 1666 24 7,14 Zir21 8,088 3,898 1,62 0,2820 1,14 0,70 1629 41 1601 32 1613 26 1,69 Zir53 0,374 3,558 1,46 0,2765 1,04 0,71 1494 36 1574 29 1540 23 -5,29 Zir2 0,314 3,651 0,93 0,2762 0,75 0,80 1545 16 1572 21 1561 15 -1,77
Zir31 0,517 3,643 3,56 0,2747 2,25 0,63 1552 101 1564 62 1559 56 -0,83 Zir34 0,176 3,570 1,73 0,2731 1,14 0,66 1524 47 1556 31 1543 27 -2,10 Zir52 0,268 3,433 1,95 0,2686 1,53 0,78 1481 44 1534 42 1512 31 -3,52 Zir39 0,418 3,549 1,51 0,2677 1,14 0,76 1551 34 1529 31 1538 24 1,38 Zir26 0,322 3,424 1,14 0,2637 0,78 0,68 1511 28 1509 21 1510 18 0,18 Zir43 0,435 3,582 1,96 0,2635 1,42 0,72 1598 48 1508 38 1546 31 5,64 Zir22 0,512 3,406 1,37 0,2631 1,06 0,77 1505 30 1506 29 1506 21 -0,04 Zir12 0,314 3,447 3,71 0,2539 2,52 0,68 1595 99 1458 66 1515 58 8,58 Zir13 0,553 3,070 1,69 0,2473 1,11 0,66 1426 46 1425 28 1425 26 0,08 Zir5 0,171 3,049 0,97 0,2466 0,67 0,68 1418 23 1421 17 1420 15 -0,18 Zir7 0,625 3,063 2,58 0,2455 1,92 0,75 1436 63 1415 49 1424 39 1,40
Zir20 0,503 2,958 0,89 0,2416 0,57 0,64 1399 22 1395 14 1397 13 0,29 Zir27 0,373 2,787 0,86 0,2361 0,55 0,64 1329 21 1366 14 1352 13 -2,81 Zir6 0,360 2,654 1,27 0,2251 0,81 0,64 1327 35 1309 19 1316 19 1,43
Zir19 0,653 2,656 1,85 0,2245 1,17 0,63 1334 53 1306 28 1316 27 2,13 Zir33 1,000 2,706 3,03 0,2243 2,14 0,71 1371 80 1304 50 1330 44 4,88 Zir25 0,148 2,540 0,96 0,2242 0,57 0,60 1250 26 1304 14 1284 14 -4,31 Zir8 0,290 2,459 3,21 0,2239 2,32 0,72 1188 85 1303 55 1260 46 -9,63
Zir30 0,118 2,447 1,04 0,2153 0,68 0,66 1255 27 1257 16 1257 15 -0,16 Zir36N 0,157 2,488 2,85 0,2145 1,85 0,65 1296 82 1253 42 1269 41 3,31
Zir9 0,213 2,352 1,54 0,2085 1,10 0,71 1241 39 1221 24 1228 22 1,66 Zir16 0,380 2,284 2,90 0,1983 2,05 0,71 1281 77 1166 44 1207 40 8,96 Zir35 0,175 2,158 2,23 0,1964 1,56 0,70 1189 61 1156 33 1168 31 2,81 Zir28 0,199 1,803 1,13 0,1770 0,80 0,71 1038 28 1050 16 1046 15 -1,15 Zir4 0,271 1,745 0,93 0,1737 0,64 0,70 1009 22 1033 12 1025 12 -2,30
Zir10 0,299 1,711 3,20 0,1720 2,34 0,73 990 86 1023 44 1013 41 -3,32 Zir23 0,193 1,741 1,22 0,1715 0,73 0,60 1030 36 1020 14 1024 16 0,97 Zir17 0,426 1,744 1,07 0,1692 0,63 0,59 1062 31 1007 12 1025 14 5,16 Zir32 0,233 1,516 2,17 0,1574 1,58 0,73 923 59 942 28 937 26 -2,07
Cb-5 – (LAB2748_PJ) Formação Coxipó (Membro Pai Joaquim). Zir48 0,371 5,345 1,76 0,3535 1,22 0,69 1794 44 1951 41 1876 30 -8,79 Zir02 0,475 4,919 3,77 0,3284 2,77 0,73 1776 91 1831 88 1805 63 -3,06 Zir53 0,199 3,680 3,25 0,2821 2,26 0,70 1521 85 1602 64 1567 51 -5,34 Zir30 0,270 3,378 1,24 0,2616 0,79 0,63 1501 33 1498 21 1499 19 0,20 Zir08 0,365 3,203 1,35 0,2600 0,94 0,70 1412 34 1490 25 1458 21 -5,51 Zir49 0,378 3,169 4,29 0,2590 2,86 0,67 1399 120 1485 76 1450 65 -6,16 Zir36 0,382 3,352 1,16 0,2569 0,85 0,74 1521 26 1474 23 1493 18 3,07 Zir35 0,414 3,260 1,70 0,2524 1,08 0,64 1501 47 1451 28 1472 26 3,36 Zir01 0,367 2,970 2,56 0,2415 1,90 0,74 1408 63 1395 48 1400 39 0,97 Zir03 0,385 2,778 2,04 0,2405 1,64 0,81 1287 45 1389 41 1350 30 -7,97 Zir07 0,182 2,834 1,27 0,2402 0,83 0,65 1329 34 1388 21 1365 19 -4,43 Zir19 0,579 2,874 2,36 0,2363 1,72 0,73 1387 60 1367 42 1375 35 1,39 Zir33 0,369 2,635 1,14 0,2282 0,85 0,74 1287 26 1325 20 1311 17 -3,00 Zir50 0,414 2,392 1,81 0,2194 1,22 0,68 1174 50 1279 28 1240 26 -8,95 Zir46 0,284 2,450 1,75 0,2186 1,12 0,64 1229 50 1274 26 1257 25 -3,71 Zir05 0,408 2,370 2,48 0,2151 1,88 0,76 1195 61 1256 43 1234 35 -5,16 Zir10 0,291 2,456 2,91 0,2151 2,24 0,77 1265 70 1256 51 1259 42 0,68 Zir41 0,123 2,396 1,23 0,2140 0,98 0,79 1225 26 1250 22 1241 18 -2,03 Zir37 0,293 2,130 1,72 0,2023 0,97 0,56 1104 54 1188 21 1159 24 -7,60 Zir34 0,275 2,198 1,52 0,1989 1,06 0,70 1201 40 1169 23 1180 21 2,61 Zir42 0,259 1,919 1,19 0,1865 0,93 0,78 1059 26 1102 19 1088 16 -4,13 Zir20 0,156 1,893 1,85 0,1857 1,05 0,57 1039 59 1098 21 1078 24 -5,63 Zir40 0,174 1,846 1,26 0,1814 0,94 0,75 1037 30 1075 19 1062 17 -3,65 Zir47 0,239 1,903 2,06 0,1789 1,47 0,71 1124 55 1061 29 1082 27 5,59 Zir31 0,431 1,779 2,90 0,1731 2,24 0,77 1056 71 1029 43 1038 37 2,55
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
60
Zir54 0,536 1,713 4,76 0,1714 3,09 0,65 999 143 1020 58 1013 60 -2,09 Zir32 0,215 1,711 1,26 0,1700 0,84 0,67 1013 35 1012 16 1013 16 0,11 Zir29 0,216 1,686 1,12 0,1695 0,71 0,64 989 32 1010 13 1003 14 -2,07 Zir27 0,166 1,566 1,46 0,1622 1,06 0,73 928 38 969 19 957 18 -4,39
Cb-6 – (LAB2846_FC) Formação Coxipó (Membro Marzagão) ZR5 0,493 5,826 1,16 0,3495 0,84 0,73 1969 25 1932 28 1950 20 1,89
ZR46 0,552 5,343 1,65 0,3424 1,38 0,84 1851 29 1898 45 1876 28 -2,57 ZR36 0,495 4,802 1,86 0,3282 1,61 0,87 1734 31 1830 51 1785 31 -5,54 ZR52 0,415 3,710 1,29 0,2818 0,99 0,77 1537 28 1601 28 1573 21 -4,13 ZR24 0,525 3,779 3,85 0,2745 3,14 0,82 1622 81 1563 87 1588 61 3,58 ZR21 0,276 3,748 1,71 0,2702 0,94 0,55 1635 51 1542 26 1582 27 5,68 ZR50 0,319 3,416 1,28 0,2661 0,86 0,67 1490 33 1521 23 1508 20 -2,06 ZR49 0,427 3,435 1,91 0,2616 1,41 0,74 1533 46 1498 38 1512 30 2,26 ZR2 0,254 3,340 1,24 0,2596 1,05 0,85 1495 21 1488 28 1491 19 0,47
ZR27 0,148 3,307 1,33 0,2557 0,67 0,51 1504 41 1468 18 1483 21 2,43 ZR61 0,235 3,056 1,38 0,2455 0,73 0,52 1432 42 1415 18 1422 21 1,17 ZR30 0,480 2,785 2,14 0,2302 1,83 0,85 1377 40 1336 44 1352 32 2,98 ZR4 0,625 2,526 1,77 0,2242 1,56 0,88 1239 29 1304 37 1280 26 -5,23
ZR54 0,334 2,478 2,26 0,2220 1,42 0,63 1220 67 1293 33 1266 32 -5,94 ZR59 0,332 2,427 1,96 0,2202 1,74 0,89 1196 32 1283 40 1251 28 -7,25 ZR18 0,381 2,437 1,92 0,2191 1,77 0,92 1213 26 1277 41 1254 27 -5,28 ZR1 0,199 2,394 1,48 0,2158 1,15 0,78 1208 34 1260 26 1241 21 -4,28
ZR38 0,270 2,401 1,15 0,2148 0,83 0,72 1223 27 1254 19 1243 16 -2,59 ZR53 0,318 2,428 2,34 0,2139 1,62 0,69 1254 64 1250 37 1251 33 0,32 ZR12 0,479 2,313 1,33 0,2119 0,94 0,71 1176 34 1239 21 1216 19 -5,35 ZR22 0,692 2,319 2,93 0,2106 2,15 0,73 1194 76 1232 48 1218 41 -3,15 ZR26 0,147 2,290 1,60 0,2093 0,87 0,54 1181 51 1225 19 1209 23 -3,68 ZR3 0,362 2,314 1,40 0,2083 1,01 0,72 1210 35 1220 22 1216 20 -0,80 ZR6 0,219 2,298 1,04 0,2075 0,74 0,71 1205 25 1215 16 1212 15 -0,86
ZR48 0,317 2,247 1,26 0,2069 0,92 0,73 1166 31 1213 20 1196 18 -4,01 ZR41 0,236 2,265 1,47 0,2054 1,14 0,77 1196 33 1205 25 1202 21 -0,70 ZR15 0,340 2,249 1,75 0,2036 1,56 0,89 1200 27 1194 34 1196 24 0,43 ZR8 0,643 2,231 1,30 0,2033 1,01 0,77 1187 29 1193 22 1191 18 -0,53
ZR60 0,170 2,137 1,30 0,2002 0,90 0,69 1131 34 1176 19 1161 18 -3,98 ZR33 0,445 2,137 1,63 0,1961 1,23 0,75 1173 40 1154 26 1161 22 1,59 ZR7 0,349 2,100 1,83 0,1944 1,38 0,75 1155 45 1145 29 1149 25 0,81
ZR10 0,620 1,978 1,96 0,1936 1,38 0,70 1043 54 1141 29 1108 26 -9,38 ZR29 0,458 1,918 3,15 0,1870 2,77 0,88 1051 58 1105 56 1087 42 -5,16 ZR17 0,346 1,785 3,70 0,1802 2,57 0,69 980 105 1068 50 1040 48 -8,98 ZR37 0,260 1,841 1,34 0,1800 0,99 0,74 1046 33 1067 20 1060 18 -2,05 ZR11 0,281 1,788 1,20 0,1772 1,01 0,84 1019 22 1052 20 1041 16 -3,23 ZR55 0,289 1,731 3,16 0,1727 2,07 0,65 1004 95 1027 39 1020 40 -2,27 ZR57 0,355 1,661 2,76 0,1614 1,79 0,65 1059 82 965 32 994 35 8,91 ZR51 0,339 1,522 1,36 0,1590 0,93 0,69 911 38 951 16 939 17 -4,38 ZR13 0,284 1,544 1,56 0,1585 1,24 0,80 947 35 949 22 948 19 -0,12 ZR45 0,286 1,509 1,53 0,1575 1,02 0,67 914 44 943 18 934 19 -3,12
1 Convertion factor from mV to CPS is 62500000 2 concentration uncertainty c.20% 3 data not corrected for common-Pb 4 not corrected for common-Pb 5 Discordance calculated as (1-(206Pb/238U age/207Pb/206Pb age))*100 Decay constants of Jaffey et al 1971 used
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
61
CAPÍTULO 3 DISCUSSÕES E CONCLUSÕES
DISCUSSÃO
Assembleia de minerais pesados e índice ZTR.
O estudo da assembleia de minerais pesados (AMP), é um dos meios mais
precisos para determinar a litologias das áreas fonte de sedimentos e suas variações até a
deposição. A composição dos minerais pesados é controlada pela composição
mineralógica da área fonte (Hubert 1962, 1971, Reizebos 1979, Morton 1985, 1991,
Statteggar 1987, Hurst & Morton 1988, Grigsby 1992, Morton & Hallsworth 1994,
1999, Morton & Yaxley 2007).
A AMP dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, é essencialmente constituída de
minerais opacos, epidoto, titanita, zircão, turmalina, rutilo e minerais de
alteração (leucoxênio e calcita), minerais metamórficos ocorrem em pequena proporção
(biotita e clorita). Com ocorrências isoladas de apatita e anatásio, restritas as amostras
Cb-4 e Cb-6 respectivamente (Formação Acorizal e Formação Coxipó). Os minerais
ultraestáveis apresentam uma associação de grãos desgastados e arredondados à
angulosos com faces cristalinas preservadas e quebrados, o que sugere a relativa
instabilidade tectônica e aridez climática (glaciação) no controle do ciclo de
sedimentação que afetou os grãos provenientes das fontes primárias (ígneas e
metamórficas).
Através da determinação da AMP e da abundância desta em determinadas
litologias, pode-se diagnosticar rochas fontes (Wilson A. et al, 2014). Na Formação
Campina de Pedra, os grãos de minerais pesados possuem espécimes parcialmente
euedrais e contam com a presença de turmalina rosa e apatita entre os acessórios,
sugerindo uma fonte ígnea ácida e não muito distante. No caso dos metassedimentos do
Grupo Cuiabá, a AMP de translúcidos não micáceos, esta constituída essencialmente de
zircão turmalina e rutilo, epidoto e titanita, pode estar relacionada às rochas ácidas e
básicas do Cráton Amazonas, fato que se complementa pelos resultados de idades U-Pb
nos zircões detríticos.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
62
Índice ZTR (zircão, turmalina e rutilo)
O índice ZTR (zircão, turmalina e rutilo) é usado para determinar a maturidade
dos arenitos, onde ZTR é baixo são sedimentos de primeiro ciclo e altos valores deste
indicam arenitos mais maduros, que passam por vários ciclos de sedimentação (Hubert
J.S 1962). No Grupo Cuiabá o aumento do índice de ZTR, e o aumento do teor de
zircão dentre os ZTR, em direção do topo da coluna estratigráfica, está relacionado
diretamente com o aumento da maturidade desses sedimentos, visto a alta resistência
mecânica e química típica de minerais ultra estáveis. Desta forma, fica evidente uma
maior maturidade sedimentar nas amostras da Formação Coxipó em relação as rochas
da Formação Campina de Pedra. Sendo que estas litologias recebem grãos de segundo
ou até mais ciclos de sedimentação.
Análise morfológica de zircão detrítico.
A morfologia de um grão de zircão pode fornece dados importantes sobre o
histórico de seu transporte sedimentar, sendo que diferentes populações e
subpopulações pode estar relacionada com a duração do transporte, possibilitando
estimar se a área fonte é proximal ou distal (Wilson A. et al, 2014, Fedo C.M et al
2003). A característica do zircão, aplicável na determinação de sua proveniência
sedimentar é a forma. O zircão de rochas magmáticas é geralmente euédrico, após os
processos de abrasão mecânica e alterações físicas e químicas, o zircão em rochas
derivadas geralmente é mais arredondado, apontando distintas proveniências (Morton
1985, Morton & Hallsworth 1994, 1999). Durante o transporte, os minerais passam por
processos de abrasão mecânica que provocam o encurtamento deste. Fatores climáticos
e o tempo no transporte sedimentar influenciam diretamente no aspecto morfológico do
grão (Morton A.C & Hallsworth, 1998).
No Grupo Cuiabá ocorrem zircões prismáticos euedrais (F1) somente na
Formação Campina de Pedra, indicando pequeno período de permanência no transporte
sedimentar desses grãos, sendo a área fonte proximal ao depocentro da Bacia
Sedimentar.
Nas Formações Acorizal e Coxipó os grãos de zircão são mais maduros,
essencialmente arredondados e predominantemente esféricos, típico de sedimentos com
vários ciclos de retrabalhados, com longo período de permanência no transporte
sedimentar, até sua acomodação em um depocentro distal de sua rocha fonte, revelando
que neste período a bacia sedimentar estava em um estágio tectônico mais avançado,
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
63
com uma extensão consideravelmente maior, possivelmente margem passiva, o que se
confirma ao caráter turbiditico já reconhecido nessa unidade.
Desta forma a maioria dos zircões prismáticos da Formação Campina de Pedra,
permaneceu menos tempo no transporte sedimentar a partir de uma área fonte proximal.
Grãos de zircão arredondados da formação Coxipó permaneceram longos períodos no
transporte sedimentar a partir de um rocha fonte distal, causando abrasão mecânica e
alterações químicas, que influenciam diretamente no aspecto morfológico do grão.
Considerando as características morfológicas, é possível considerar diferentes
configurações tectônicas e paleogeográficas na bacia sedimentar, nos períodos de
deposição entre as Formações do Grupo Cuiabá.
Geocronologia U-Pb de zircão detritico
A idade do zircão mais novo representa o máximo deposicional da bacia (Fedo.
C.M et al 2003, Cawood P.A et al 2012, McGee B. et al 2013, Wilson A. et al 2014,
Gerehels G. 2014). A geocronologia U-Pb em zircão detritico do Grupo Cuiabá, revela
idade mínima de 923Ma, sugerindo esta a idade máxima de deposição.
Os estudos realizados nos metassedimentos do Grupo Cuiabá se complementam
e apontam para uma proveniência a partir das rochas do Cráton Amazônico,
principalmente da porção sudoeste do Cráton. De modo geral, as idades registradas e
suas principais acumulações que definem a proveniência dos zircões, bem como as
mínimas registradas, variam das mais velhas (1.5Ga em Cb-A, 1.4 Ga na Cb-1, 1.2 Ga
em Cb-2 e Cb-3) para as mais novas (~1.0 Ga em Cb-5). Essas idades são encontradas
em rochas do Craton Amazonico, que é dividido em 6 provincias geocronológicas por
Tassinari & Macambira (1999): Provincia Amazonia Central(>2.3Ga), Provincia
Maroni-Itacaiumas (2.2-1.95Ga), Provincia Ventuari-Tapajós (1.95-1.8 Ga), Provincia
Rio Negro e Juruena (1.8-1.55Ga), Provincia Rondoniana-San Inacio (1.55-1.3Ga) e
Provincia Sunsás (1.25-1.0Ga).
O final do mesoproterozoico é marcado pela colisão do sul da Amazônia como o
Laurentia, resultando na amalgamação do Supercontinente Rodinia. É possível que a
amalgamação no SW do Craton Amazônico seja representada pela colisão de um bloco
alóctone (Terreno Paraguá) ao próton Craton Amazônico, culminando no
desenvolvimento de uma margem ativa representada por diversas suítes intrusivas da
Orogenia San Ignácio (Bettencourt et al. 2010 e Ruiz et al. 2011).
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
64
Nas porções basais do Grupo Cuiabá, a meta arenitos betuminosos imaturos da
Formação Campina de Pedra e os zircões prismáticos, de coloração avermelhada, nos
remete a uma contribuição de área fonte ígnea ácida proximal. Na amostra mais basal
idades de 1.5±16 Ma, são compatíveis com registros nos granitos do Orogêno
Cachoeirinha (Ruiz et al 2004). Nesta formação o maior registro de idades se dá em
torno de 1.4 Ga, podendo estar associado aos granitóides da Suíte Intrusiva Santa
Helena (Geraldes et al 2000, 2001, Ruiz et al 2003).
Idades em torno de 1.2 Ga são predominantes nas amostras Cb-2 e Cb-3 e
possuem zircões de terminações arredondadas e esféricos, neste caso admite-se um
protólito sedimentar, que pode ser associado as rochas da Orogenia Sunsás (Teixeira et
al. 2010, Ruiz et al 2004), que no Brasil é representada pelos Grupos Aguapeí e Nova
Brasilândia (Saes G. et al 1999), enquanto que na Bolívia é representado pelo Grupo
Sunsás. Idades em torno de 1.0Ga e 900 Ma, podem estar associadas a rochas ígneas da
Suíte Intrusiva Guapé/São Domingos (Ruiz A. S. 2005).
Ambiente tectônico do Grupo Cuiabá
Para Cawood et al (2012), o padrão etário de zircão detríco, assim como o
preenchimento clástico de bacias sedimentares são controlados pelo ambiente tectônico.
Bacias situadas em ambientes intraplaca são tectonicamente estáveis, com atividade
ígnea sin sedimentar ausente, portanto os grãos mais jovens de zircão detríticos irão
fornecer a idade de deposição máxima, que pode ser dezenas ou centenas de milhões de
anos mais velho do que o tempo de acumulação de sedimentos. Desta forma o autor
relaciona o espectro das idades de zircão detríticos em três configurações tectônicas
principais: convergentes, de colisão e extensionais. No caso de bacias extensionais há o
predomínio de zircão detríticos que são muito mais velhos do que o tempo de
acumulação de sedimentos, com menos de 5% de grãos com idades dentro de 150 Ma
da idade de deposição. Zircões perto da idade de deposição provavelmente refletem a
atividade magmática relacionada com a falha, mas estas formas apenas um componente
menor dos espectros de idade. Padrões extensionais incorporam rift e bacias pós rift de
margem passiva que possuem configurações em suas populações muito semelhantes,
geralmente não têm um componente de atividade magmática sin-deposicional e são
dominados por entrada a partir de fontes mais antigas. As populações de idades nos
metassedimentos analisados do Grupo Cuiabá se distribuem por todo o Proterozóico e
essencialmente no mesoproterozoico (2.1Ga – 923Ma).
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
65
Os zircões mais antigos ocorrem na Formação Campina de Pedra e os mais
jovens nas demais Formações, sempre com influência de fontes com menores ou
maiores populações no decorrer do Timing da bacia sedimentar. De acordo com a ideia
desenvolvida por Cawood et al 2012, o espectro das idades de zircões detríticos do
Grupo Cuiabá, são compatíveis com uma bacia de ambiente tectônico extensional (rift e
margem passiva). Deste modo a deposição do Grupo Cuiabá ocorre em um ambiente de
rift continental na Formação Campina de pedra, com um período de transgressão
marinha com influência glacial na Formação Acorizal, que evolui para margem passiva
na Formação Coxipó, com o marco da inversão da bacia sedimentar com ajuste glacio
isostático, na transição entre o Membro Engenho e o Membro Pai Joaquim, que fornece
evidencias de retrabalhamento das fontes mais antigas dentro da bacia.
Evolução tectono estratigráfica da Faixa Paraguai
As idades obtidas através de Geocronologia U-Pb nos zircões detríticos nos
permite identificar as populações de rochas fontes para estes sedimentos. As
complementações com métodos analíticos aplicados ao estudo de proveniência
realizadas neste também apontam uma proveniência cratônica para estes sedimentos,
que se depositam em uma bacia do tipo rift na Formação Campina de Pedra, que evolui
para um ambiente de margem passiva na Formação Coxipó.
Na formação Campina de Pedra, a associação de pelitos e arenitos imaturos,
ricos em matéria orgânica, intercalados com níveis carbonosos, remete a um ambiente
lagunar, em que a deposição de folhelhos pretos representaria as partes centrais e
anaeróbicas do lago, com períodos de ressecamento marcada pelos carbonatos. A
imaturidade dessas litologias, assim como a presença de zircões euedrais exclusivos a
esta Formação, indica uma pequena distância percorrida entre a área fonte dos
sedimentos até que estes sejam depositados na bacia sedimentar. Como visto neste
trabalho, o padrão etário nesta formação aponta para um ambiente de rift continental,
em que as rochas fontes são cristalizadas milhões de anos antes da deposição da bacia.
Desta forma admite-se, que a Formação Campina de Pedra é depositada em um
ambiente com tectônica do tipo rift, lagunar/deltaico, representando a porção mais basal,
no início da deposição da bacia sedimentar, como já citado por Tokashiki e Saes (2008)
e Saes et al (2008).
Na Formação Acorizal a associação de conglomerados polimiticos, litoarenitos e
pelitos, organizados em ciclos granodecrescentes (Membro Pindaival), em contato
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
66
interdigitado com Formação Campina de Pedra, revela progradação de fácies com ciclos
de alta frequência, depositados em fan deltas subaquosos. De acordo com o padrão das
idades U-Pb, esta formação é depositada em ambiente de rift, e representaria o estágio
terminal, onde ocorre a erosão das falhas na borda do rift e posteriormente o avanço da
geleira, com o ápice da glaciação é representado pelos diamictitos maciços, tipicamente
glaciais do Membro Engenho.
Na base da Formação Coxipó, sequencias arenoconglomeraticas com
granodecrescência ascendente, marcas de escavação e maturidade textural,
compreendem o Membro Pai Joaquim. A diminuição do tamanho do grão para o topo,
indica um decréscimo da energia ao longo do tempo, que pode ser causado pelo
afastamento e derretimento das geleiras, em seções típicas de leques proglaciais sub
aquosos de Outwash. Esta unidade possui índice ZTR elevado, onde predominam
zircões arredondados e esféricos, o que indica que as rochas fontes foram muito
transportadas passando por vários ciclos de sedimentação. Desta forma o Membro Pai
Joaquim marca a inversão da bacia, com ajuste glacio isostático e soerguimento do nível
de base. O que se confirma com o padrão das idades U-Pb dos zircões detricitos, típico
de bacias de margem passiva.
Na parte média e superior da Formação Coxipó, o Membro Marzagão,
compreende diamictitos maciços, róseos e verdes com seixos a matacões, facetados e
estriados, depositados intercalando fácies turbiditicas, em uma sequência tipicamente
deglacial. O Membro compreende tubiditos rasos e fluxos gravitacionais subaquosos.
Este pacote é depositado em ambiente de margem passiva, que se confirma com o
padrão das idades U-Pb em histograma, bem como índice ZTR elevado e grãos
arredondados de zircão.
Os ritimitos, pelitos e arenitos da Unidade Mata Mata, registram material fino
em suspensão e barras arenosas depositados em plataforma marinha rasa siliciclástica, e
plataforma carbonatica nos calcários cálciticos e dolomíticos do Membro Guia.
A geocronologia do Grupo Cuiabá realizada neste, aponta para idades U-Pb em
rochas fontes predominantemente mesoproterozoicas, vindas a partir do Cráton
Amazônico. Resultado compatível com os obtidos por Dantas et al.(2009), que analisou
as diferentes sucessões rochosas da Faixa Paraguai por estudo sistemático de isótopos
de Nd, e sugere uma fonte continental dominante, relacionada a rochas paleo-
mesoproterozóicas do Cráton Amazônico.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
67
Na zona externa da Faixa Paraguai, Grupo Alto Paraguai, estudos istótopicos U-
Pb e Hf em zircão detritico, apontam para uma área fonte predominantemente cratônica
até o início do Neoproterozóico e a partir daí é considerada a influência de rochas fontes
do Bloco Paranapanema e Arco Magmático de Goias (McGee et al, 2014).
Idades 40Ar/39Ar nas muscovitas da Formação Serra Azul membro do Grupo
Alto Paraguai, sugerem que esta, tem sua deposição no Ediacarano, em ambiente de
margem passiva com influência glacial que evolui para um ambiente compressivo
(McGee et al 2014).
Desta forma é possível fazer uma reconstituição da evolução da Faixa como um
todo, pode-se afirmar que após o rift chegar a um estágio de margem passiva no Grupo
Cuiabá, a Faixa Paraguai passa a uma bacia de foreland na deposição das rochas do
Grupo Alto Paraguai que por sua vez evolui para um ambiente compressivo que conta
com intrusões graníticas pós orogênicos.
Dados paleomagnéticos e geocronológicos em carbonatos, indicam que a
colagem da bacia do oceano Clymene entre o Oeste da Africa-Amazonia e os Cratons
da America do sul ocorrem em c.a 528Ma, e a deformação da Faixa Paraguai marcam
essa colisão ( Tohver E. et al 2010).
O final da Colagem da América do Sul com o Supercontinente Gondwana é
marcado através de corpos ígneos pós-tectônicos, com idades U-Pb de zircão em
518±4Ma para o Granito São Vicente esta idade marca o final da orogenia,
metamorfismo e deformação para o cinturão orogênico Paraguai (McGee et al, 2012).
Um modelo esquemático com a evolução tectono estratigráfica do Grupo
Cuiabá, zona interna da Faixa Paraguai, pode ser observado na Figura 13. Em suma,
admite-se uma proveniência essencialmente cratônica para estes sedimentos, que se
depositam em uma bacia do tipo rift na Formação Campina de Pedra, que evolui para
um ambiente de margem passiva na Formação Coxipó.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
68
Figura 13. Modelo esquemático com a síntese da evolução tectono estratigráfica do Grupo Cuiabá.
CONCLUSÕES
A maior contribuição deste trabalho é que o Grupo Cuiabá representa a fase rift
para a margem passiva da Faixa Paraguai, e a principal proveniência das rochas fontes é
o Craton Amazonico até esse momento de evolução da bacia.
O máximo deposicional do Grupo Cuibaá é 923Ma, de acordo com o zircão mais
novo datado.
O estudo de minerais pesados dos metassedimentos Grupo Cuiabá, revela que a
AMP é constituída principalmente por minerais comuns como acessórios de rochas
ígneas ácidas. O aumento do índice ZTR, e o aumento do teor de Zircão dentre os ZTR,
em direção do topo da coluna estratigráfica, indica a maturidade desses sedimentos
neste sentido, deixando evidente uma maior maturidade sedimentar nas amostras da
Formação Coxipó em relação as rochas da Formação Campina de Pedra.
A análise da morfologia dos zircões detríticos do Grupo Cuiabá, permitiu a
identificação de cinco famílias de grãos de zircão sendo estes são predominantemente
arredondados, com formas em prismas médios e longos (F-3 e F-5), sendo a família F4
em sua maioria esféricos. Na família (F-1 e F-2) ocorrem grãos prismáticos com
terminações preservadas que concentram-se na base da coluna, sendo que esses grãos
passaram menos tempo pelo transporte sedimentar, até se depositarem.
A relação entre as famílias de zircão e as idades U-Pb é muito dispersa, porém
grãos euedrais (F1-F2) são de ocorrência exclusiva da Formação Campina de Pedra,
permitindo admitir que tal unidade estava próxima da sua principal rocha fonte no
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
69
período de ±1.4Ga. Isto sugere que a Faixa Paraguai estava em um momento de abertura
da bacia quando esta unidade foi depositada.
O estudo de minerais pesados, índice ZTR, análise de morfológica e
geocronologia U-Pb de zircão detrítico para os metassedimentos do Grupo Cuiabá,
apontam uma proveniência a partir das rochas do Cráton Amazônico, principalmente da
porção sudoeste do Cráton.
Neste trabalho é possível compreender a evolução geológica da Faixa Paraguai
com um todo. A deposição do Grupo Cuiabá ocorreu em um ambiente de rift
continental que gerou a Formação Campina de pedra, evoluindo para um período de
transgressão marinha com influência glacial gerando a Formação Acorizal, que grada
para margem passiva gerando a Formação Coxipó. A partir daí, a Faixa Paraguai passa a
uma bacia de foreland na deposição das rochas do Grupo Alto Paraguai que por sua vez
evolui para um ambiente compressivo que conta com intrusões graníticas pós
orogênicos.
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
70
CAPÍTULO 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Almeida F.F.M. 1984 – Província Tocantins -setor sudoeste. In: Almeida F.F.M. & Hasui Y. (eds.) O
Pré-Cambriano do Brasil. Ed. Edgard Blucher, São Paulo, p. 265-281. Almeida F.F.M. 1964 - Geologia do Centro-Oeste Mato-grossense. Boletim da Divisão de Geologia e
Mineralogia, DNPM, Rio de Janeiro. Bol. 215, 123p. Almeida F.F.M. 1965 – Geossinclineo Paraguai. In: Semana de Debates Geológicos 1. Porto Alegre,
Centro Academico de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atas p.87-101. Alvarenga C.J.S., 1988 - Turbiditos e a Glaciação do Final do Proterozóico Superior no Cinturão Dobrado
Paraguai, Mato Grosso. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo. V.18(3): p. 323-327. Alvarenga C.J.S. 1990. Phénomenes sedimentaires, structuraux et circulation de fluides à la transition
ChaineCraton: Example de la cote Paraguai dáge Proterozoique Supérieur, Mato Grosso, Brazil. These Doc. Sci. Univ. dÁix Marseille, 177p
Alvarenga C.J.S. & Saes G.S. 1992 – Estratigrafia e sedimentologia do Proterozóico Médio e Superior da região sudeste do Cráton Amazônico. Revista Brasileira de Geociências, V.22(4), p. 493-499
Alvarenga C.J.S. & Trompette R. 1992 - Glacially Influenced Sedimentation in the Late Proterozoic of the Paraguay Belt (Mato Grosso, Brazil). Palaeogeography, Palaeoclimatology and Palaeoecology, V.92, p. 85-105.
Alvarenga C.J.S. & Trompette R. 1993. Brasiliano tectonic of the Paraguay Belt: the structural development of the Cuiabá region. Revista Brasileira de Geociências, 23:18-30.
Cawood P.A., Hawkesworth. C.J. and Dhuime. B., 2012. Detrital zircon record and tectonic setting. Geology. 40(10): 875-878.
Dantas E. L. et al, 2009 - Using Nd isotopes to understand the provenance of sedimentary rocks from a continental margin to a foreland basin in the Neoproterozoic Paraguay Belt, Central Brazil Precambrian Research 170 1–12.
Fedo C. M, Sircombe N. K., Rainbird R. H. 2003. Detrital zircon analysis of the sedimentary record. In: Hanchar HM, Hoskin PWO, editors. Zircon. Mineralogical Society of America, Reviews in Mineralogy and Geochemistry. Vol. 53. 2003. p. 277-303 Guimarães G. & Almeida L.F.G. 1972. Projeto Cuiabá. Cuiabá, DNPM, Relatório do arquivo técnico da
DGM, n. 1872. Hubert J.F. 1962. A zircon–tourmaline–rutile maturity index and the interdependance of the composition
of heavy mineral assemblages with the gross composition and texture of sandstones. J. Sed. Petrol. 32:440-450.
Lacerda filho J.V, abreu filho W. Valente C.R., Oliveira c.c and Albuquerque m.c. 2004. Geologia e recursos minerais do estado de Mato Grosso programa integração, atualização e difusão de dados da geologia do Brasil, sub programa mapas geológicos estaduais. Esc. 1:000. 000.Goiânia: CPRM, 2004.
Luz J.S., Oliveira A.M., Souza J.O., Motta J.J.I.M., Tanno L.C., Carmo L.S., Souza N.B. 1980 - Projeto Coxipó. Relatório Final. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, Superintendência Regional de Goiânia, DNPM/CPRM, v. 1, 136p.
Luz et al. 1988 - Projeto Coxipó - Relatório Final. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. Superintendência Regional de Goiânia, DNPM/CPRM, V. 1, 136p.
Ludwig KR. 2003. Isoplot 3.00: A geochronological toolkit for Microsoft Excel. Berkeley Geochronological Center, Spec Publ No. 4, 70 pp.
McGee et al, 2014. Age and provenance of the Cryogenian to Cambrian passive margin to foreland basin sequence of the northern Paraguay Belt, Brazil. Geological Society of America Bulletin, v. 127, no. ½. p. 76–86.
McGee B., Collins, A. S. e Trindade, R. I. F, Jourdan F. Investigating mid-Ediacaran glaciation and Final Gondwana amalgamation using coupled sedimentology and 40Ar/39Ar detrital muscovite provenance fron the Paraguay Belt, Brasil. 2014. Sedimentology. 25p.
McGee, B., Collins, A. S. e Trindade, R. I. F. 2012. G’day Gondwana – The final accretion of a supercontinet: U-Pb ages from the post-orogenic São Vicente Granite, northern Paraguay Belt, Brasil. Gondwana Research. 21:316-322.
Nichols, G., 2009. Sedimentology and Stratigraphy. Wiley-Blackwell, 2 ed., 419 p. Remus et al 2008. Proveniência sedimentar: métodos e técnicas analíticas aplicadas. Revista Brasileira de
Geociências. V.38 n.2.supl. São Paulo 2008
Batalha R. S. 2017. Estudo de minerais pesados, análise morfológica e datação U-Pb por ICPMS-LA de zircão detrítico - proveniência dos metassedimentos do Grupo Cuiabá, Faixa Paraguai Norte - MT.
71
Saes, G. S. 1999. Geocronologia Rb-Sr e Características Geoquímicas dos Diques Máficos da Região de Nova Lacerda e Conquista D’Oeste (MT), Porção Sudoeste do Cráton Amazônico. Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo. Tese de Doutorado,
Silva, C.H., Simões, L.S.A., Ruiz, A.S. 2002. Caracterização estrutural dos veios auríferos da região de Cuiabá, MT. Revista Brasileira de Geociências, 32: 407-418.
Tokashiki, C. do C. e Saes, G. S. Revisão estratigráfica e faciológica do Grupo Cuiabá no alinhamento Cangas-Poconé, baixada Cuiabana, Mato Grosso. Revista brasileira de geociências, 2008. vol.38, n.4, pp. 661-675. ISSN 0375-7536.
Vasconcelos B.R., Ruiz A.S., Matos J.B., Poliphase deformation and matamorphism of Cuiabá group in the Poconé region (MT). Cuiabá Fold and thrust belt. Kinematic and tectonic implications. Brasilian Journal of geology. 45(1): 51-63.
Wilson A, et al 2014. Provenance studies for the oil industry. PESA News, p 61-63.w
top related