estratÉgia de desenvolvimento - cm-cartaxo.pt · - centro distrital de segurança ... que a...
Post on 12-Dec-2018
214 Views
Preview:
TRANSCRIPT
AAGGEENNDDAA 2211 RREEGGIIOONNAALL
CCoommuunniiddaaddee UUrrbbaannaa ddaa LLeezzíírriiaa ddoo TTeejjoo
EESSTTRRAATTÉÉGGIIAA DDEE DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
2.
FICHA TÉCNICA Coordenação Elisabete Quintas Coordenação Executiva José de Bettencourt Consultores José Luís Avelino Joana Chorincas e Transitec Lda – no Domínio Transportes e Acessibilidades
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
3.
INDICE
1. PARTICIPAÇÃO................................................................................................4
2. NOTA INTRODUTÓRIA .....................................................................................9
3. CICLO DE INTERVENÇÕES ESTRUTURAIS 2007-2013..................................... 11
4. A LEZÍRIA DO TEJO NO CONJUNTO DAS NUTS III NACIONAIS ...................... 24
4.1. A EVOLUÇÃO DA LEZÍRIA DO TEJO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO ............... 28
5. ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO............................................................. 35
5.1 AMBIÇÃO.................................................................................................... 39
6. EIXOS DE DESENVOLVIMENTO/LINHAS DE INTERVENÇÃO............................ 41
EIXO 1 REGIÃO COM UM MODELO TERRITORIAL MAIS COESO E COMPETITIVO ........ 41
REGENERAÇÃO, REVITALIZAÇÃO E COMPETITIVIDADE URBANA .......................................58
ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE MULTIMODAIS............................................................70
EIXO 2 REGIÃO COM RECURSOS HUMANOS MAIS QUALIFICADOS E COMPETÊNCIAS
ACRESCIDAS .................................................................................................... 81
VALORIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS..............................................85
REDE DE EQUIPAMENTOS DE ENSINO E FORMAÇÃO ESTRUTURANTES ...............................95
REDE DE EQUIPAMENTOS LOCAIS E CONCELHIOS DE ENSINO........................................ 105
EIXO 3 REGIÃO MAIS COMPETITIVA E INOVADORA..............................................116
DENSIFICAÇÃO DE FILEIRAS ECONÓMICAS E INCORPORAÇÃO DE FACTORES DINÂMICOS DE
COMPETITIVIDADE NAS EMPRESAS........................................................................... 121
INOVAÇÃO E RENOVAÇÃO DO MODELO EMPRESARIAL E DO PADRÃO DE ESPECIALIZAÇÃO.. 132
REDES E INFRA-ESTRUTURAS DE SUPORTE À COMPETITIVIDADE ................................... 141
REDUÇÃO DOS CUSTOS PÚBLICO DE CONTEXTO ......................................................... 151
EIXO 4 REGIÃO COM MELHOR QUALIDADE AMBIENTAL ........................................160
DESENVOLVIMENTO DISSOCIADO DO CONSUMO DE RECURSOS NATURAIS E DE IMPACTES
AMBIENTAIS NOCIVOS ........................................................................................... 165
RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS, CORREDORES FLUVIAIS, PREVENÇÃO DE RISCOS
NATURAIS E PATRIMÓNIO NATURAL ......................................................................... 174
SISTEMAS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DOMICILIÁRIO DE ÁGUA E REDES DE DRENAGEM DE
ÁGUAS RESIDUAIS................................................................................................. 184
POLÍTICA DE RESÍDUOS BASEADA NA REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM............. 195
MOBILIDADE SUSTENTÁVEL .................................................................................... 203
7. PROGRAMA DE AVALIAÇÃO E DE MONITORIZAÇÃO 170 8. ANEXOS ..................................................................................................... 2091
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
4.
1. PARTICIPAÇÃO
Os processos de desenvolvimento económico, ambiental e social destinam-se
necessariamente à produção de efeitos - dirigidos ao progresso e à partilha dos benefícios
que deles decorrem - em três domínios fundamentais: nas pessoas, nas organizações e
nos territórios.
A complexidade inerente à preparação de instrumentos de planeamento envolve e implica
tomada de decisões e formulação de escolhas que exigem o envolvimento empenhado de
todos aqueles que se encontram implicados nas intervenções que venham a ser
identificadas como prioritárias ou que sejam afectados pelos resultados e pelos efeitos a
que essas conduzem. A opção por um modelo de planeamento “Agenda 21” para a
elaboração da Estratégia de Desenvolvimento da Lezíria do Tejo resulta da convicção da
Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo e das onze Câmaras que a compõem em
assegurar um processo de planeamento participado – condição essencial para o sucesso
na implementação da Estratégia.
As autoridades regionais e locais têm um papel insubstituível na transição para uma
sociedade sustentável. Como refere a própria Agenda 21, “os poderes locais criam,
dirigem e mantêm infra-estruturas económicas, sociais e ambientais, supervisionam
processos de planeamento, estabelecem políticas e normas de ambiente locais e
participam na implementação nacional e subnacional de políticas ecológicas. Como nível
de governação mais próximo das pessoas, eles desempenham um papel vital na
educação, mobilizando e respondendo ao público para promover o desenvolvimento
sustentável.”
No âmbito da Agenda 21 da Lezíria do Tejo foi elaborado um primeiro documento que
consubstanciava a caracterização e o diagnóstico da região nos domínios económico,
social, ambiental e dos transportes e acessibilidades. Para a elaboração do referido
documento de diagnóstico e da presente Estratégia, contou a equipa de trabalho com o
apoio e as informações disponibilizados pela CULT e pelas Câmaras Municipais de
Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio
Maior, Salvaterra de Magos e de Santarém.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
5.
Para além do empenho pessoal revelado pelos Senhores Presidentes de Câmara neste
processo, os Vereadores dos respectivos executivos mais directamente envolvidos com os
principais temas aqui tratados forneceram à equipa contributos valiosos para este
trabalho. Ambos os documentos, apresentados pela Equipa da Ecosphere, Consultores em
Ambiente e Desenvolvimento, foram também desenvolvidos tendo por base informação
disponibilizada por organismos da Administração Central do Estado – directa e indirecta –,
dos quais aqui destacamos:
- Instituto Nacional de Estatística;
- IDC Portugal/ANACOM - Autoridade Nacional para as Comunicações;
- Direcção Geral de Saúde;
- Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas;
- Instituto Regulador de Águas e Resíduos;
- Instituto Nacional de Resíduos;
- Instituto Português de Acreditação;
- Direcção Geral de Geologia e Energia;
- Direcção-Geral de Estudos, Estatística e Planeamento do Ministério do Trabalho e da
Solidariedade Social;
- Delegação Distrital do Instituto de Desporto;
- Administração Regional de Saúde de Santarém;
- Centro Distrital de Segurança Social de Santarém.
Foi igualmente muito importante neste trabalho a informação e opiniões recolhidas num
primeiro conjunto de reuniões com actores – sobretudo institucionais – muito relevantes
na paisagem económica, social e ambiental da Lezíria, nomeadamente:
- NERSANT;
- Companhia das Lezírias;
- Região de Turismo do Ribatejo;
- DET - Desenvolvimento Empresarial e Tecnológico, SA.
Para a aferição dos principais elementos apresentados em sede de diagnóstico e a
realização de uma primeira troca de pontos de vista relativamente a áreas prioritárias de
intervenção no futuro da Lezíria do Tejo, foram promovidos pela CULT sete seminários
dedicados a domínios muito relevantes do desenvolvimento, designadamente:
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
6.
"Agricultura e Desenvolvimento Rural"; "Desporto, Saúde e Acção Social"; "Turismo";
"Ensino e Qualificação"; "Acessibilidades, Transporte e Logística"; "Empresas, Inovação e
Competitividade"; "Ambiente e Património Natural". Aos participantes nos referidos
seminários, deixamos o testemunho público do nosso agradecimento pela relevância dos
contributos que nos ofereceram. Gostaríamos assim de destacar que nos acompanharam
numa fase decisiva de todo o processo, para além da participação activa das Câmaras
Municipais da Lezíria do Tejo, os actores que de seguida designamos:
- CCDR Alentejo
- CCDR Lisboa e Vale do Tejo
- Junta de Freguesia Pontével
- Assembleia Intermunicipal da CULT
- Escola Superior Agrária Santarém
- Estação Zootécnica Nacional
- DRAPLVT
- CONFAGRI
- Agrotejo
- O Mirante
- O Ribatejo
- Correio do Ribatejo
- Jornal Terra Viva
- FUNDEUROPA
- Turismo de Portugal
- Santarém Hotel
- Casa "O primo Basílio" – TER
- Ollem turismo - Viagens de Barco no Tejo
- Quinta da Marchanta - TER e passeios a cavalo
- Caminhos do Ribatejo
- Instituto de Desporto de Santarém
- Grupo Parlamentar do PS
- Grupo Parlamentar de "Os Verdes"
- ONGATEJO
- RESIURB
- YDREAMS
- API
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
7.
- IEFP
- Instituto Politécnico de Santarém
- GLOBNESS CONSULTING
- Nersant
- Direcção Geral de Transportes Terrestres (DGTT)/Delegação de Transportes de Lisboa
(DTL
- Direcção de Estradas de Santarém
- Escola Secundária Sá da Bandeira
- Estradas de Portugal
- CP
- CNEMA
- TRAGEO
- Barraqueiro
- Rodoviária do Tejo
- Governo Civil de Santarém
- Observatório da Imprensa Portuguesa
- Escola Superior de Educação de Torres Novas
- CAE Lezíria do Tejo
- Escola Superior de Gestão de Santarém
- Escola Profissional Salvaterra de Magos
- Escola Profissional Vale do Tejo
- Escola Profissional de Rio Maior
- ISLA - Instituto Superior de Línguas e Administração
O presente documento incorpora um conjunto vasto de contributos. Mas o processo de
participação da Agenda 21 da Lezíria do Tejo não se esgotou com a realização dos sete
seminários. Após consideração e aprovação do presente documento, a equipa propõe a
realização de onze seminários concelhios para apresentação e discussão da Estratégia
aqui proposta.
Salienta-se que a elaboração dos documentos apresentados no âmbito da Agenda 21
Regional da Lezíria do Tejo esteve dependente da disponibilidade de dados ao nível
concelhio e/ou ao nível NUTIII Lezíria do Tejo.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
8.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
9.
2. NOTA INTRODUTÓRIA
Os anos mais recentes foram acompanhados pela crescente convicção de que o modelo
de desenvolvimento prosseguido por Portugal e pela generalidade das suas células
territoriais está próximo do esgotamento. A Lezíria do Tejo enfrenta actualmente um
enorme desafio: a urgência em reorientar, de forma equilibrada, o paradigma do seu
modelo de desenvolvimento para o novo paradigma do crescimento, promovendo
simultaneamente a coesão social.
Mas este enorme desafio tem duas faces: a natureza incontornável de implementar um
modelo de desenvolvimento que, independentemente do paradigma em que assenta,
prossiga como principal desígnio o desenvolvimento sustentável.
A Estratégia de Desenvolvimento da Lezíria do Tejo, cujo presente documento
consubstancia, define eixos de desenvolvimento, linhas de intervenção e medidas
(acompanhadas pela identificação de projectos estruturantes ou de natureza supra-
municipal) que a equipa defende enquanto prioritárias. Tratando-se de uma Estratégia de
Desenvolvimento salienta-se que o conteúdo da mesma extravasa o campo de
intervenção público. Há condições fundamentais aos processos de desenvolvimento que
não são susceptíveis de intervenção pública. A escolha de um formato “Agenda 21”
pretendeu exactamente contribuir para que a presente Estratégia não constituísse apenas
um processo “top-down” assente em metodologias de escassa participação pública e de
vocação essencialmente determinista e, por isso mesmo, parcialmente condenada ao
insucesso.
Os desafios que inevitavelmente se colocarão à implementação da Agenda 21 Regional da
Lezíria do Tejo encontram na maturidade de cooperação intermunicipal que caracteriza a
Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo e os Municípios que a compõem o factor crítico do
seu sucesso.
A elaboração da presente Estratégia enquadra-se igualmente num exercício de
planeamento mais vasto, realizado a escalas distintas, de preparação do ciclo de
intervenções estruturais comunitárias 2007-2013.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
10.
Com a presente Estratégia está traçado o grande desígnio que a Lezíria do Tejo deverá
prosseguir: Fazer da Lezíria do Tejo, no horizonte de 2015, uma das regiões mais
desenvolvidas do país, com níveis de crescimento elevados e recursos humanos
altamente qualificados, com um sistema territorial e urbano coeso, moderno e
competitivo, num quadro de acrescida qualidade ambiental e protecção social.
Num contexto nacional em que a doutrina da intervenção pública tem sido marcada por
crescentes apelos ao reforço das actuações em benefício da competitividade, pretende a
equipa manifestar as suas convicções de que o paradigma do desenvolvimento
sustentável, que defende, tem subjacente que as suas três dimensões se colocam
reciprocamente limites.
A obtenção de níveis mais elevados de competitividade na Lezíria do Tejo exige a
manutenção e, em alguns casos específicos como revelado pelo diagnóstico, a melhoria
dos níveis de coesão e dos padrões ambientais. Por seu lado, os objectivos desejáveis no
que respeita aos padrões ambientais e à coesão social requerem um limiar adequado de
competitividade.
A exigência de reforço mútuo das três dimensões não prejudica a devida ponderação das
intervenções – que decorreu do diagnóstico da região e dos objectivos estabelecidos -
mas define desde já os limiares mínimos dessa ponderação. A Lezíria do Tejo fez, nos
últimos vinte anos, um caminho notável no domínio da promoção da coesão. Este
caminho não será interrompido. As pessoas continuarão a estar no centro da intervenção
das políticas públicas de iniciativa municipal e supra-municipal nesta região. Esta
centralidade é confirmada pelo modelo de planeamento escolhido – a Agenda 21.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
11.
3. CICLO DE INTERVENÇÕES ESTRUTURAIS 2007-2013
A implementação da Estratégia que se propõe para a Lezíria do Tejo, não se esgotando
em medidas que exigem financiamento, requer um esforço de investimento significativo,
quer em matéria de recursos públicos – nacionais e comunitários – quer de recursos
privados. Num quadro de fortes restrições orçamentais, os recursos financeiros
disponibilizados pelos Fundos Estruturais e de Coesão no período 2007-2013 constituem
uma fonte privilegiada de investimento público.
Salienta-se que a disponibilidade de financiamento comunitário não se restringe às
dotações estruturais (que incluem, no período 2007-2013, o Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional (FEDER), o Fundo Social Europeu (FSE) e o Fundo de Coesão).
Numa região como a Lezíria do Tejo com uma vocação expressiva ao nível da agricultura
e do desenvolvimento rural, o Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural
(FEADER) constituirá igualmente uma potencial fonte de financiamento muito relevante.
Ao nível comunitário serão ainda disponibilizados, no período 2007-2013, apoios muitos
significativos no âmbito das políticas internas da União Europeia, que abrangem áreas
como o ambiente, a investigação e o desenvolvimento.
No que respeita ao ciclo de intervenções estruturais 2007-2013, o processo de
programação não se encontra ainda concluído. Os Programas Operacionais que
estabelecem os eixos prioritários, tipologias de intervenção e correspondentes afectações
financeiras estão numa fase de negociação com a Comissão Europeia.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
12.
Contudo, e não se prevendo alterações substanciais ao conteúdo dos documentos de
programação apresentados pelas autoridades de programação nacionais à Comissão
Europeia, considera-se pertinente incluir no presente documento uma descrição sintética
dos conteúdos dos Programas Operacionais que constituem potenciais fontes de
financiamento para a implementação da Estratégia de Desenvolvimento da Lezíria do
Tejo, designadamente os Programas Operacionais Temáticos (Valorização do Território,
Factores de Competitividade e Potencial Humano) e Programa Operacional Regional do
Alentejo1. Como tal, apresentam-se de seguida os objectivos de natureza estratégica
destes documentos programáticos, os Eixos Prioritários e as respectivas dotações
financeiras e tipologias de intervenção que os operacionalizam.
Programa Operacional Temático Valorização do Território 2007-2013
O PO Valorização do Território assume, no quadro da Agenda Operacional Valorização do
Território, seis grandes objectivos estratégicos, os quais consubstanciam as opções
estratégicas, delineadas no âmbito do PNPOT, para que Portugal seja: um espaço
sustentável e bem ordenado; uma economia competitiva, integrada e aberta; um
território equitativo em termos de desenvolvimento e bem-estar. Estes grandes
objectivos são:
■ Conservar e valorizar a biodiversidade, os recursos e o património natural,
paisagístico e cultural, utilizar de modo sustentável os recursos energéticos e
geológicos, e prevenir e minimizar os riscos;
■ Reforçar a competitividade territorial de Portugal e a sua integração nos espaços
ibérico, europeu, atlântico e global;
■ Promover o desenvolvimento policêntrico dos territórios e reforçar as
infraestruturas de suporte à integração e à coesão territoriais;
1 No âmbito do QREN a transição da Lezíria do Tejo da actual NUTS II de Lisboa e Vale do Tejo para o Alentejo no período 2007-2013 permite que esta região seja plenamente elegível ao Objectivo Convergência. A NUTIII da Lezíria do Tejo no que respeita ao acesso a Fundos Estruturais poderá, decorrente desta alteração de elegibilidade territorial, beneficiar de apoios em diferentes “sedes" de Programas Operacionais. Integrando o Alentejo – Região Convergência – a Lezíria do Tejo poderá aceder aos três Programas Operacionais Temáticos e ainda ao Programa Operacional Regional do Alentejo.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
13.
■ Assegurar a equidade territorial no provimento de infra-estruturas e de
equipamentos colectivos e a universalidade no acesso aos serviços de interesse
geral, promovendo a coesão social;
■ Expandir as redes e infra-estruturas avançadas de informação e comunicação e
incentivar a sua crescente utilização pelos cidadãos, empresas e administração
pública;
■ Reforçar a qualidade e a eficiência da gestão territorial, promovendo a
participação informada, activa e responsável dos cidadãos e das instituições.
Em termos de estrutura operacional, são identificados os seguintes Eixos Prioritários:
■ Eixo Prioritário I – Redes e Equipamentos Estruturantes Nacionais
■ Eixo Prioritário II – Prevenção, Gestão e Monitorização de Riscos Naturais e
Tecnológicos
■ Eixo Prioritário III – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma
dos Açores
■ Eixo Prioritário IV – Redes e Equipamentos Estruturantes da Região Autónoma da
Madeira
■ Eixo Prioritário V – Infra-estruturas para a Conectividade e a Qualificação
Territorial
■ Eixo Prioritário VI – Equipamentos e Acções Inovadoras para o Desenvolvimento
Urbano
■ Eixo Prioritário VII – Assistência Técnica ao PO
No Quadro seguinte apresentam-se as tipologias de intervenção consideradas em cada
Eixo Prioritário, e respectiva dotação financeira.
Tipologias de Intervenção e Financiamento Comunitário por Eixo Prioritário (PO
Valorização do Território)
Eixo Prioritário Tipologias de Intervenção Financiamento Comunitário
(Euros)
I – Redes e Equipamentos Estruturantes Nacionais
No domínio dos transportes: construção de novas infra-estruturas de âmbito nacional e internacional (Rede Ferroviária de Alta Velocidade e Novo Aeroporto Internacional de Lisboa); Modernização das linhas e troços da rede ferroviária principal; Construção das principais
2 374 965 525
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
14.
plataformas logísticas multimodais; Construção de elementos viários (designadamente, IC17 CRIL Buraca – Pontinha e IC32 CRIPS Funchalinho – Coina).
No quadro dos serviços urbanos de água e saneamento de águas residuais: Infra-estruturas em “alta” de abastecimento de água; Infra-estruturas de “alta e baixa integradas” de abastecimento de água; Infra-estruturas em “alta” de drenagem e tratamento de águas residuais; Infra-estruturas de “alta e baixa integradas” de drenagem e tratamento de águas residuais.
II. Prevenção, Gestão e
Monitorização de Riscos Naturais e Tecnológicos
Identificar e corrigir as vulnerabilidades do território; Construir o Sistema Nacional de Gestão de Emergência; Valorizar as organizações e os agentes de protecção e socorro; Estruturar a Rede de Protecção Civil; Combate à erosão e defesa costeira; Reabilitação de locais contaminados e reabilitação de zonas mineiras.
515 000 000
III. Redes e Equipamentos
Estruturantes na R.A. Açores
Consolidação e modernização do sistema de transportes marítimos; Realização de infra-estruturas de gestão de resíduos e de recuperação e correcção de situações de eutrofização das lagoas; Intervenção de minimização dos efeitos derivados da queima de combustíveis derivados do petróleo em centrais de produção de energia eléctrica.
70 000 000
IV. Redes e Equipamentos
Estruturantes na R.A. Madeira
No domínio da energia: investimentos relativos à introdução de gás natural; investimentos para a maximização da produção de energias renováveis. No domínio dos transportes marítimos: modernização e ampliação das actuais infra-estruturas portuárias do Porto Santo; desenvolvimento da gestão integrada do sector. No domínio dos transportes terrestres: investimentos relativos à compatibilização dos principais eixos viários regionais, à adequação de rede viária complementar, à procura de transporte no médio e longo prazo, à melhoria das Condições de Operacionalidade e de Segurança da Rede Viária Principal e Complementar, à uniformização dos níveis de serviço e de segurança da circulação rodoviária, à implementação da hierarquização das carreiras, à implementação de um sistema de bilhética integrada. No domínio do ambiente: projectos no âmbito da estratégia regional para o ambiente no domínio da gestão dos resíduos. No domínio do saneamento básico: investimentos ao nível da construção e instalação de colectores principais e/ou ETAR, redes de distribuição de águas residuais tratadas e interceptores principais com ligações às ETAR. No domínio da água potável: investimentos que visam atenuar os condicionalismos das acessibilidades e da dimensão reduzida e os impactes ambientais, investimentos relativos à ampliação das redes de distribuição de água ao domiciliário e ordenamento das ocupações do domínio hídrico, investimentos que compreendam actuações no domínio das normas e regulamentos de protecção dos recursos hídricos e sua valorização económica e da identificação e caracterização das actividades poluidores com incidência no meio hídrico e sua posterior requalificação.
100 000 000
V. Infra-estruturas para a Conectividade e a
Qualificação Territorial
No âmbito das infra-estruturas e sistemas de transporte: requalificação dos elementos ferroviários e rodoviários através da construção de itinerários principais da rede rodoviária nacional e da construção e modernização de linhas e troços da rede ferroviária convencional, interfaces e ligações a portos incluídos.
700 000 000
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
15.
No âmbito da qualificação das infra-estruturas de gestão de RSU: reforço da capacidade de TMB e de unidades de valorização orgânica de RUB recolhidos selectivamente, bem como de valorização de subprodutos dessas unidades; acções de âmbito nacional de promoção da prevenção da produção de resíduos e de mobilização dos cidadãos para melhoria do seu comportamento ambiental
VI. Equipamentos e Acções
Inovadoras para o Desenvolvimento
Urbano
Projectos-piloto, desejavelmente com componente maioritariamente não material, que traduzam a aplicação de soluções inovadoras susceptíveis de dar resposta aos problemas urbanos e às novas procuras urbanas, contribuindo para o desenvolvimento de comunidades urbanas sustentáveis, nomeadamente nos seguintes domínios: prestação de serviços de proximidade, com relevo para os facilitadores de conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional; acessibilidade e mobilidade urbana; segurança, prevenção de riscos e combate à criminalidade; gestão do espaço público e do edificado; eco-inovações nos domínios da construção da habitação; gestão eficiente de energia; gestão da qualidade do ar; tratamento e valorização de resíduos; modelos de governação urbana.
Construção de equipamentos colectivos destinados a completar as redes nacionais em domínios considerados fundamentais: Rede de escolas com Ensino Secundário; Rede nacional de infra-estruturas desportivas.
799 000 000
VII. Assistência Técnica ao Programa
Operacional
Criação e funcionamento de estruturas de apoio técnico e respectivo apoio logístico; Informação, divulgação e publicitação do Programa e seus instrumentos; Auditorias e acções de controlo; Acompanhamento da execução do Programa e dos projectos aprovados; Desenvolvimento, actualização e manutenção de um sistema de informação; Estudos de avaliação globais e específicos; Estudos de análise da implementação do Programa.
99 578 698
Programa Operacional Temático Factores de Competitividade 2007-2013
O Programa Operacional Factores de Competitividade encontra-se vinculado aos seguintes
objectivos de natureza estratégica:
■ Desenvolver uma Economia baseada no Conhecimento e na Inovação;
■ Incrementar a Produção Transaccionável e o seu Peso Relativo no Conjunto da
Economia;
■ Alterar o Perfil de Especialização Produtiva;
■ Renovar e Qualificar o Modelo Empresarial, em particular, nas PME;
■ Incrementar a Eficiência e a Qualidade da Administração Pública;
■ Melhorar a regulação e funcionamento dos Mercados.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
16.
No âmbito deste Programa Operacional, e por forma a contribuir para a concretização dos
objectivos de natureza estratégica enunciados, são identificados seis Eixos operacionais
de intervenção:
■ Eixo Prioritário I – Conhecimento e Desenvolvimento Tecnológico;
■ Eixo Prioritário II – Inovação e Renovação do Modelo Empresarial e do Padrão de
Especialização;
■ Eixo Prioritário III – Financiamento e Partilha do Risco da Inovação
■ Eixo Prioritário IV – Administração Pública Eficiente e de Qualidade
■ Eixo Prioritário V – Rede e Acções Colectivas de Desenvolvimento Empresarial
■ Eixo Prioritário VI – Acções Inovadoras e Assistência Técnica
A operacionalização destes Eixos envolve o apoio às tipologias de intervenção
apresentadas no Quadro seguinte.
Tipologias de Intervenção e Financiamento Comunitário por Eixo Prioritário (PO
Factores de Competitividade)
Eixo Prioritário Tipologias de Intervenção Financiamento Comunitário
(Euros)
I – Conhecimento e
Desenvolvimento Tecnológico
Sistemas de Incentivos a Empresas: Desenvolvimento de projectos de I&DT por empresas de forma individual, colectiva ou consórcio com outras entidades do SCTN; Criação de núcleos de I&DT; Projectos e actividades de demonstração tecnológica; Participação em programas europeus de I&DT.
Linhas de Apoio às Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional: Desenvolvimento de projectos de I&DT por entidades do Ensino Superior, Estado e IPSFL no domínio da ciência e tecnologia, de forma individual ou em cooperação, em domínios prioritários para o desenvolvimento económico e competitivo do país; Participação em programas europeus de I&DT; Projectos e actividades de disseminação e difusão de novos conhecimentos; Projectos e actividades de promoção da cultura científica e tecnológica.
500 000 000
II. Inovação e Renovação do
Modelo Empresarial e do
Padrão de Especialização
Ao abrigo da primeira tipologia de prioridades (prioridades horizontais relacionadas com os factores críticos de competitividade num contexto de uma economia baseada no conhecimento e na inovação, incluindo as seguintes prioridades: incentivos ao investimento de inovação; um enfoque privilegiado no incentivo a projectos de investimento com forte intensidade inovadora e de natureza estruturante; fomento do empreendedorismo qualificado; favorecimento da utilização por PME de factores de competitividade de natureza mais imaterial) apenas serão apoiáveis as tipologias de projectos de investimento que delas decorram – investimento produtivo de inovação (incluindo o investimento estruturante), empreendedorismo qualificado e utilização de factores imateriais da competitividade.
Ao abrigo da segunda categoria de prioridades sustentadas em estratégias de
1 220 000 000
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
17.
eficiência colectiva (promoção do desenvolvimento a nível nacional ou territorial de Pólos de Competitividade e Tecnologia; desenvolvimento de outras lógicas sectoriais ou de actividades relacionadas e organizadas em clusters ou de estratégias que permitam potenciar economias de aglomeração; criação de dinâmicas regionais de novos pólos de desenvolvimento; dinamização da renovação económica urbana através da relocalização/reordenamento de actividades económicas e revitalização da actividade económica em centros urbanos), poderão ser apoiados, eventualmente com incentivos majorados, as tipologias de projectos correspondentes às prioridades horizontais.
III. Financiamento e Partilha do Risco
da Inovação
As intervenções serão centralizadas num instrumento público – Fundo de Apoio ao Financiamento à Inovação – que assegurará a coordenação de todas as iniciativas neste domínio, sendo os instrumentos públicos existentes alvo de racionalização e concentração.
No âmbito da intervenção na vertente de capital de risco, o enfoque principal visará propiciar uma cada vez maior disponibilidade do capital de risco para o investimento em projectos inovadores, e para o apoio às fases iniciais do ciclo de vida das pequenas e médias empresas. As lógicas de apoio ao reforço de clusters estratégicos e do desenvolvimento regional, serão igualmente objecto de intervenção, articulada com outros instrumentos do Programa, no domínio do capital de risco.
No domínio da facilitação do acesso ao crédito por parte das PME’s, pretende-se reforçar o sistema de garantia mútua, promovendo o alargamento da sua intervenção às empresas e projectos que, pelo seu cariz emergente ou inovador, maiores dificuldades têm em obter financiamento bancário. Esta linha de actuação, que tem sido desenvolvida com recurso à capitalização do Fundo de Contragarantia Mútua, deverá ser complementada com a contratualização, junto do sistema financeiro, de linhas de crédito garantidas, com vista a aumentar significativamente a escala de utilização deste instrumento de apoio ao financiamento, por parte das PME.
No âmbito deste Eixo promover-se-á a realização de operações de garantia de programas de titularização de créditos a PME, realizadas pelas instituições financeiras, com vista a incentivar o aumento do peso daquele segmento de crédito, nas carteiras das instituições de crédito.
Pretende-se ainda apoiar veículos de investimento imobiliário com o objectivo de promover a disponibilização de activos fixos essenciais ao desenvolvimento de projectos produtivos por PME.
Tendo em conta as especificidades dos projectos de inovação, o presente eixo privilegiará, junto dos operadores do mercado, uma abordagem integrada de financiamento que combine capital e dívida de forma adequada ao seu ciclo de desenvolvimento.
Com vista a assegurar as iniciativas de sustentação da promoção da igualdade de género procurar-se-á estabelecer soluções inovadoras nos incentivos e no incremento do acesso aos instrumentos de apoio financeiro e à actividade das empresas que prossigam aquele objectivo.
360 000 000
IV. Administração Pública Eficiente e de Qualidade
Podem candidatar-se a este Eixo os projectos que visem a concretização dos seus objectivos, designadamente: simplificação processual/organizacional, nomeadamente os projectos que visem a reformulação de processos de interacção entre a Administração e os respectivos utentes (cidadãos e empresas),
685 000 000
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
18.
sempre que se mostre adequado com integração transversal de serviços; Reformulação e avaliação do modelo de distribuição de serviços públicos no sentido da sua racionalização e da melhoria da qualidade do serviço prestado; Expansão de balcões integrados e especializados de atendimento aos cidadãos e empresas, abrangendo todo o território nacional, designadamente com articulação com os sistemas de atendimento em voz e rede; Aplicações de tecnologia que visem a criação de sistemas de informação integrados, com disponibilização de serviços partilhados, recorrendo para tal a ferramentas Web e modelos ASP. Nesta componente, incluem-se ainda sistemas partilhados de Disaster/Recover, bem como sistemas de suporte à decisão, que permitam uma mais rápida, eficiente e eficaz gestão de recursos (humanos, financeiros, materiais e de informação); Aplicações inovadoras de tecnologia na Administração Pública, que visem, nomeadamente, disponibilizar serviços ou produtos da Administração aos respectivos utentes (cidadãos e empresas) por meios não presenciais, em particular com recurso à Internet; Instrumentos de gestão e monitorização do território, das infra-estruturas e dos equipamentos colectivos.
V. Redes e Acções Colectivas
de Desenvolvimento
Empresarial
Numa óptica de redução das falhas de mercado e de governação as Acções colectivas visam obter ganhos sociais e externalidades positivas nos seguintes domínios: A nível da divulgação de conhecimentos (reduzindo o défice existente entre desenvolvimento tecnológico e organizativo e de gestão nas empresas, potenciando o espírito empresarial e uma maior articulação entre “universidades”, “infra-estruturas de suporte às empresas” e “PME”); A nível de redução da informação imperfeita (potenciando o acesso à informação e ao conhecimento de mercados por parte das PME); A nível da coordenação (estimulando a cooperação e fomentando o funcionamento em rede a nível empresarial).
260 000 000
VI. Acções Inovadoras e Assistência Técnica
Ao nível da Assistência Técnica destacam-se as seguintes acções: Criação e funcionamento de estruturas de apoio técnico e respectivo apoio logístico; Informação, divulgação e publicitação do Programa e seus instrumentos; Auditorias e acções de controlo; Acompanhamento da execução do Programa e dos projectos aprovados; Desenvolvimento actualização e manutenção de um sistema de informação; Estudos de avaliação globais e específicos; Estudos de análise da implementação do Programa.
Ao nível das Acções Inovadoras constituem linhas de acções: Actividades de benchmarking; Projectos-piloto de experimentação de novas metodologias de implementação em áreas críticas do Programa.
78 789 011
Programa Operacional Temático Potencial Humano 2007-2013
No quadro da Agenda Operacional para o Potencial Humano são assumidos quatro
objectivos principais:
■ Superar o défice estrutural de qualificações da população portuguesa
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
19.
■ Promover o conhecimento científico, a inovação e a modernização do tecido
produtivo e da Administração Pública, alinhados com a prioridade de
transformação do modelo produtivo português assente no reforço das actividades
de maior valor acrescentado
■ Estímulo à criação e à qualidade do emprego, destacando-se a promoção do
empreendedorismo – nomeadamente de desempregados – e os mecanismos de
apoio à transição que privilegiem o contacto dos jovens com o mercado de
trabalho
■ Promoção da igualdade de oportunidades, distinguindo o desenvolvimento de
estratégias integradas e de base territorial para a promoção da inserção social de
pessoas vulneráveis a trajectórias de exclusão social
Tendo em vista a concretização destes objectivos de natureza estratégica, são
identificados os seguintes Eixos Prioritários:
■ Eixo Prioritário 1 – Qualificação Inicial
■ Eixo Prioritário 2 – Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida
■ Eixo Prioritário 3 – Gestão e Aperfeiçoamento Profissional
■ Eixo Prioritário 4 – Formação Avançada
■ Eixo Prioritário 5 – Apoio ao Empreendedorismo e à Transição para a Vida Activa
■ Eixo Prioritário 6 – Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social
■ Eixo Prioritário 7 – Igualdade de Género
■ Eixo Prioritário 8 – Algarve
■ Eixo Prioritário 9 – Lisboa
■ Eixo Prioritário 10 – Assistência Técnica
Explicitam-se, no Quadro seguinte, as tipologias de intervenção e dotação financeira dos
dez Eixos Prioritários deste Programa Operacional.
Tipologias de Intervenção e Financiamento Comunitário por Eixo Prioritário (PO
Potencial Humano)
Eixo Prioritário Tipologias de Intervenção Financiamento Comunitário
(Euros)
1. Qualificação Formação profissional inicial em alternância; Cursos Profissionais; Cursos de 1 846 000 000
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
20.
Inicial Educação e Formação; Cursos de Especialização Tecnológica; Apoio ao reequipamento dos estabelecimentos de ensino e formação.
2. Adaptabilidade e Aprendizagem ao
Longo da Vida
Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências; Formações modulares certificados; Cursos de Educação e Formação de Adultos; Apoio ao reequipamento e consolidação da rede de centros de formação.
2 250 000 000
3. Gestão e Aperfeiçoamento
Profissional
Formação para a inovação e gestão; Modelo de formação-consultoria PME; Modelo de formação-consultoria micro e pequenas empresas; Formações estratégicas para a gestão e inovação na Administração Pública.
382 800 000
4. Formação Avançada
Programas e Bolsas de mestrado, de doutoramento e de pós-doutoramento e de integração na investigação; Promoção do emprego científico; Programas de apoio ao alargamento da base social do ensino superior e à mobilidade internacional.
452 000 000
5. Apoio ao Empreendedorismo e à Transição para
a Vida Activa
Apoio a iniciativas empresariais de base local; Apoios à transição para a vida activa que visem criar condições adequadas à promoção da empregabilidade de desempregados e jovens à procura do primeiro emprego; Apoios ao emprego que contribuam para melhorar o acesso por parte daqueles que encontram maiores dificuldades de inserção sócioprofissional, no retorno ao mercado de trabalho e que promovam a estabilidade do emprego
397 500 000
6. Cidadania, Inclusão e
Desenvolvimento Social
Combate à Pobreza e Inclusão Social: Contratos de Desenvolvimento Social; Programas específicos de formação dirigidos à integração social dos públicos desfavorecidos; Equipamentos sociais dirigidos a crianças e jovens, à população idosa e às pessoas com deficiência, contemplando a necessidade de apoiar as pessoas e famílias mais carenciadas e de promover condições que facilitem a compatibilização entre a vida profissional e familiar (integra-se neste domínio, ainda, o desenvolvimento da rede de cuidados continuados); Contratos Territoriais para o Sucesso Educativo (que concentrem a adopção de medidas de natureza extraordinária para os territórios/comunidades com significativos problemas de abandono e saída precoce do sistema de ensino).
Educação para a Cidadania: Acções de sensibilização e informação e outras acções complementares que visem apetrechar as pessoas em maior risco de exclusão com as competências necessárias ao exercício de uma cidadania activa; Outras acções de educação e formação dirigidas à promoção de valores e desenvolvimento de competências essenciais para o pleno exercício dos direitos e deveres cívicos.
Empregabilidade e Igualdade de Oportunidades dos Imigrantes: Acções de formação em cidadania, língua portuguesa e língua portuguesa técnica dirigida a cidadãos imigrantes, em todo o país; Apoio a consórcios locais que promovam a inclusão social de crianças e jovens provenientes de contextos sócio-económicos mais vulneráveis, particularmente dos descendentes de imigrantes e minorias étnicas, tendo em vista a igualdade de oportunidades e o reforço da coesão social; Actividades de acolhimento e integração dos imigrantes, provendo o diálogo intercultural e o envolvimento de toda a sociedade, através da capacitação de entidades locais e da criação de eventos à escala nacional que celebrem a diversidade cultural; Acções de formação e iniciativas de sensibilização de agentes públicos e privados em mediação sócio-cultural, igualdade de oportunidades, gestão da diversidade cultural e diálogo intercultural; Campanhas de sensibilização da opinião pública para a diversidade cultural, o diálogo intercultural e a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho; Campanhas de informação sobre direitos e deveres dos imigrantes que vêm ou estão a trabalhar em Portugal.
422 816 414
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
21.
6. Cidadania, Inclusão e
Desenvolvimento Social
(cont.)
Qualidade de Vida das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade: Apoio ao desenvolvimento pessoal e qualificação profissional das pessoas com deficiências visando a aquisição de aptidões sociais e profissionais relevantes para facilitar a sua plena integração; Apoios à integração das pessoas com deficiências no mercado de trabalho contemplando a atribuição de incentivos à contratação, o apoio à criação de postos de trabalho em regime protegido, a criação do próprio emprego, o incentivo ao teletrabalho, entre outras medidas activas de emprego adaptadas às especificidades das pessoas com deficiência; Acções de carácter complementar e estruturante que visam a capacitação dos organismos que intervêm na área da reabilitação profissional, de informação e sensibilização e informação das entidades empregadores e de informação e aconselhamento das pessoas com deficiências, bem como a concessão de ajudas técnicas indispensáveis à frequência da formação profissional e/ou ao acesso, manutenção e progressão no emprego.
7. Igualdade de Género
Apoio à Mudança Organizacional contemplando a necessidade de adaptação das organizações às exigências da sociedade actual e dos cidadãos/ãs, nomeadamente para a promoção da igualdade de género, fomentando a reorganizando das respectivas estruturas e o aprofundamento do conhecimento; Formação que tem por base a necessidade de reforçar uma cultura social assente na Igualdade de Género, combatendo os estereótipos que ainda persistem, relativamente aos papéis sociais dos homens e das mulheres; Acções de Informação e Divulgação orientadas para a necessidade de reforçar estratégias de comunicação e transmissão de informação à população em geral, nos vários âmbitos da Igualdade de Género, bem como a divulgação de boas práticas no sentido de que sejam integradas no quotidiano das pessoas; Medidas de Combate à Discriminação que têm por objectivo diminuir as discriminações entre mulheres e homens nos vários domínios da sociedade.
47 811 835
8. Algarve
Qualificação Inicial; Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida; Gestão e Aperfeiçoamento Profissional; Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social; Intervenções Específicas para a Promoção da Igualdade de Género; Intervenções no âmbito da Assistência Técnica ao Programa Operacional relativas à Região Algarve.
102 749 597
9. Lisboa
Qualificação Inicial; Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida; Gestão e Aperfeiçoamento Profissional; Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social; Intervenções Específicas para a Promoção da Igualdade de Género; Intervenções no âmbito da Assistência Técnica ao Programa Operacional relativas à Região de Lisboa.
180 119 036
10. Assistência Técnica
Apoio à instalação e funcionamento das estruturas de apoio técnico à gestão e acompanhamento do Programa; Apoio ao desenvolvimento de acções de formação, divulgação e promoção do Programa e das medidas que o corporizam; Apoio ao desenvolvimento de estudos de avaliação do Programa Operacional; Apoio ao desenvolvimento/adaptação e manutenção dos módulos do Sistema Integrado de Informação do FSE.
Ao nível da promoção da Inovação, Cooperação e Parceria: Apoio à instalação e funcionamento do núcleo de apoio técnico à inovação; Apoio à produção de metodologias e ferramentas de apoio ao processo de inovação; Apoio a actividades de benchmarking; Apoio à dinamização de redes de cooperação para a inovação; Partilha e experiências, resultados e identificação de boas práticas.
65 031 400
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
22.
Programa Operacional Regional do Alentejo 2007-2013
O Programa Operacional Regional do Alentejo apresenta-se como o “motor da
operacionalização da estratégia «Alentejo 2015»”, assumindo, como tal, os desafios de
desenvolvimento que decorrem dos eixos estratégicos que suportam a visão formulada, a
saber:
■ Desenvolvimento empresarial, criação de riqueza e emprego
■ Abertura da economia, sociedade e território ao exterior
■ Melhoria global da qualidade urbana, rural e ambiental
De acordo com estes eixos estratégicos, subjacentes à estratégia regional “Alentejo 2015”
(com a qual o documento programático se articula), o Programa Operacional Alentejo
estrutura-se em cinco Eixos de intervenção:
■ Eixo Prioritário 1 – Competitividade, Inovação e Conhecimento
■ Eixo Prioritário 2 – Desenvolvimento Urbano
■ Eixo Prioritário 3 – Conectividade e Articulação Territorial
■ Eixo Prioritário 4 – Qualificação Ambiental e Valorização do Espaço Rural
■ Eixo Prioritário 5 – Governação e Capacitação Institucional
O Quadro seguinte sintetiza as áreas de intervenção que corporizam estes Eixos,
apresentando ainda a respectiva dotação financeira.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
23.
Áreas de Intervenção e Financiamento Comunitário por Eixo Prioritário (PO
Alentejo)
Eixo Prioritário Áreas de Intervenção Financiamento Comunitário
(Euros)
1. Competitividade,
inovação e conhecimento
Criação de micro e pequenas empresas inovadoras; Projectos de I&D (projectos de cooperação entre micro e pequenas empresas e entidades do sistema científico e tecnológico); Projectos de investimento produtivo para inovação em micro e pequenas empresas; Qualificação de micro e pequenas empresas; Desenvolvimento da sociedade do conhecimento; Rede de ciência e tecnologia (instalações e equipamentos científicos e tecnológicos); Áreas de acolhimento para a inovação empresarial (ALE, parques tecnológicos, incubadoras e parques de ciência e tecnologia); Áreas colectivas de desenvolvimento empresarial; Intervenções complementares em redes de energia (unidades autónomas de gás e ligações à rede eléctrica de locais de produção de electricidade com base em energias renováveis).
293.555.861
2. Desenvolvimento
urbano
Parcerias para a regeneração urbana; Redes urbanas para a competitividade e inovação; Mobilidade urbana. 139.911.758
3. Conectividade e articulação territorial
Infra-estruturas e redes de mobilidade; Redes de equipamentos e infra-estruturas para a coesão social e territorial. 200.873.309
4. Qualificação ambiental e
valorização do espaço rural
Gestão de recursos hídricos; Prevenção e gestão de riscos naturais e tecnológicos; Estímulo à reciclagem e reutilização de resíduos e valorização de áreas extractivas; Conservação da natureza e promoção da biodiversidade; Valorização e ordenamento da orla costeira; Valorização económica do espaço rural.
131.413.521
5. Governação e capacitação institucional
Assistência técnica; Governo electrónico regional e local; Facilitar a relação das empresas e dos cidadãos com a administração desconcentrada e local; Promoção institucional da região.
103.179.529
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
24.
4. A LEZÍRIA DO TEJO NO CONJUNTO DAS NUTS III NACIONAIS
O desempenho relativo das regiões NUTS III nacionais é apresentado na figura seguinte
recorrendo-se a um exercício de associação entre a taxa de variação média anual do PIB
e a taxa de variação média anual da população no período 1991-2003.
Evolução da população e do PIB das regiões NUTS II e NUTS III no período 1991-2003
Pinhal Interior Sul
Cávado
Ave
Grande Porto
Tâmega
Entre Douro e Vouga
Douro
Alto Trás-os-Montes
Baixo VougaBaixo Mondego
Pinhal Litoral
Pinhal Interior Norte
Dão-Lafões
Serra da Estrela
Beira Interior Norte
Beira Interior Sul
Cova da Beira
Oeste
Médio Tejo
Grande Lisboa
Península de Setúbal
Alentejo Litoral
Alto Alentejo
Alentejo Central
Baixo Alentejo
Lezíria do Tejo
ALGARVE
AÇORES
MADEIRA
Minho-Lima
NORTE
CENTROLISBOA
ALENTEJO
5,0%
5,5%
6,0%
6,5%
7,0%
7,5%
8,0%
8,5%
9,0%
9,5%
10,0%
-1,5% -1,0% -0,5% 0,0% 0,5% 1,0% 1,5%
Taxa de variação média anual da população 1991-2003 (%)
Taxa de
variação méd
ia anu
al do PIB 1991-2003 (%)
Média PT
Média PT
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
25.
Tal ilustração permite constatar que no que respeita às NUTIII do Alentejo, com excepção
da NUT Alentejo Central, o desempenho das várias regiões é bastante similar, situando-se
no quadrante abaixo da média nacional em ambas as variáveis e revelando uma
combinação de decréscimo populacional e crescimento do PIB abaixo da média nacional.
Com um desempenho mais favorável no que toca ao crescimento do PIB, mas
apresentando também uma redução em termos populacionais, encontramos a NUT
Alentejo Central.
Assinale-se ainda o facto de o efeito “dimensão da população” ser determinante para a
posição relativa da NUT II Alentejo na sua globalidade: como seria expectável, a Lezíria
do Tejo influencia significativamente o comportamento da NUT II, superando mesmo esta
em ambas as variáveis.
No contexto da aferição da convergência inter-regional são vulgarmente utilizados dois
indicadores que têm por base uma análise econométrica do PIB per capita das regiões
consideradas:
• A convergência sigma, que procura avaliar a dispersão do rendimento entre
regiões, aferindo se tende a aumentar ou diminuir ao longo do tempo; esta avaliação
utiliza normalmente a representação gráfica do coeficiente de variação do rendimento por
habitante nas várias regiões;
• A convergência beta, que testa a correlação entre o nível de rendimento per capita
no ano base e a taxa média anual de crescimento da mesma variável no período em
análise; afere-se, deste modo, se as regiões menos desenvolvidas tendem a crescer mais
rapidamente do que as mais avançadas, aproximando-se consequentemente dos níveis de
rendimento destas.
O exercício que o gráfico seguinte ilustra foi efectuado para as regiões do Alentejo, ao
nível de NUTS III no período 1991-2003. Constata-se que o indicador de convergência
sigma calculado denota alguma redução da disparidade entre regiões na primeira parte do
período, em particular a partir de 1997. A convergência beta indicia, por seu lado, a
existência de uma modesta correlação negativa entre os valores de 1991 e o ritmo de
crescimento do PIB per capita ao longo do período em análise. Conclui-se nestas
circunstâncias que, tendencialmente, as regiões com mais baixos níveis de PIB per capita
no ano base experimentaram um crescimento mais forte ao longo do período. Não
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
26.
obstante, esta conclusão deverá ser assumida com reservas, uma vez que o valor do
Rquadrado da regressão efectuada é bastante reduzido.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
27.
CONVERGÊNCIA SIGMA - Dispersão dos níveis do PIB per capita 1991-2003
ao nível de regiões NUTS III do Alentejo
0,10
0,15
0,20
0,25
1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Fonte: INE - Contas Regionais 1991-2003
CONVERGÊNCIA BETA - PIB per capita 1991 versus Taxa média de crescimento anual 1991-2003 ao nível de regiões NUTS III do Alentejo
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
28.
y = -7E-05x + 0,0756
R2 = 0,0571
5,0%
6,0%
7,0%
8,0%
80 90 100 110 120 130 140
PIB per capita 1991 - Alentejo =100
Tax
a méd
ia crescim
ento anu
al do PIB pe
r capita (19
91-200
3)
Fonte: INE - Contas Regionais 1991-2003 As considerações mais imediatas, decorrentes dos exercícios apresentados, vão no
sentido de que a situação regional do Alentejo em matéria de correcção de disparidades –
medidas através do PIB per capita das várias regiões - parece não estar estabilizada, na
medida em que não se evidencia uma tendência clara no sentido de que a convergência
inter-regional esteja a concretizar-se. A insuficiência de um processo consolidado de
convergência inter-regional reclama, portanto, a continuidade da orientação política para
a superação das disparidades inter-regionais.
4.1. A EVOLUÇÃO DA LEZÍRIA DO TEJO EM DESENVOLVIMENTO HUMANO
Introdução: o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD/ONU) publica anualmente
um Relatório sobre o Desenvolvimento Humano (RDH), no qual sintetiza a situação de
cerca de duas centenas de países da comunidade internacional e a posição relativa destes
face à problemática das condições de vida e de bem-estar dos povos. Este Relatório foi
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
29.
lançado pela primeira vez em 1990, sob a liderança de Mahbub ul Haq (economista e ex-
Ministro das finanças do Paquistão).
Um dos elementos fundamentais do RDH é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),
índice compósito que, de acordo com o PNUD, representa o processo tendente ao
acréscimo de oportunidades que se oferecem às pessoas e a possibilidade dos indivíduos
poderem ter uma vida longa, com um bom nível de saúde, níveis de conforto e de
saneamento básicos, aquisição de conhecimentos, acesso a bens essenciais e a um nível
de rendimentos necessário para um nível de vida aceitável.
O IDH sintetiza um conjunto de indicadores de crescimento económico, de melhoria das
condições de vida das populações, de acesso a bens essenciais, à saúde e educação, de
forma a «quantificar» a qualidade de vida das populações, numa perspectiva dinâmica e
numa base estatística.
Nasceu da insuficiência e das limitações decorrentes de uma abordagem meramente
economicista da questão do desenvolvimento, no seu conceito mais amplo e global, e da
sua quantificação.
Consequentemente, o IDH procura responder à necessidade de sistematização e de
ordenação do nível de desenvolvimento, baseado numa perspectiva de abordagem deste
processo num plano que ultrapasse a mera quantificação do crescimento económico.
O IDH é, assim, um índice compósito (que varia entre 0 e 1), sendo as suas componentes
básicas as relacionadas com a esperança de vida, a alfabetização, as condições de vida e
o rendimento.
Os três indicadores de base que entram na construção do IDH procuram traduzir em
termos objectivos e quantificáveis a longevidade dos indivíduos (medida através da
esperança média de vida), o nível de conhecimentos adquiridos (avaliado através da
alfabetização dos adultos e da duração em anos da escolaridade) e o nível de vida da
população (quantificado através do Produto Interno Bruto per capita).
A Evolução do IDH na Lezíria do Tejo
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
30.
Em 1999 o Departamento de Prospectiva e Planeamento (DPP) publicou o estudo
“População e Desenvolvimento Humano – Uma Perspectiva de Quantificação”, que
representou o primeiro ensaio de aplicação da metodologia associada à determinação do
IDH do PNUD às regiões portuguesas, tendo estendido esta aplicação ao nível de
concelho, para além de NUT II e III e do Distrito.
A versão portuguesa do IDH reporta-se ao índice original estruturado pelo PNUD,
conjugando a esperança de vida média, a taxa de alfabetização da população com 15 e
mais anos de idade e o índice do rendimento (medido através do PIB per capita em
Paridades de Poder de Compra - PPC).
Todavia, introduziu-se uma alteração metodológica considerada mais adequada à
realidade nacional: foi incluída uma quarta variável, relacionada com o “conforto da
população”, medido através de existência de electricidade, água canalizada e instalações
sanitárias.
O IDH na versão portuguesa resulta portanto da média aritmética simples de quatro
índices parcelares relativos às seguintes dimensões:
- Educação (IEDU);
- Longevidade (IEV);
- Conforto (IC);
- Rendimento Ajustado (IRA).
Onde:
IEDU = Índice de Educação, que representa a relação entre a população com 15 e mais anos de idade que sabe
ler e escrever e a população total do mesmo grupo etário (em ambos os sexos, expressa em percentagem);
IEV = Índice da Longevidade, medido pela esperança de vida à nascença;
IC = Índice de Conforto, medido pela percentagem da população em alojamentos com electricidade, água
canalizada e saneamento básico;
IRA = Índice do Rendimento Ajustado, medido pelo PIB per capita, em PPC.
Todos os índices utilizados têm subjacente a definição teórica de valores máximos e
mínimos, que caracterizam o grau de desenvolvimento ou de défice:
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
31.
- Esperança de vida à nascença em ambos os sexos (25 e 85 anos);
- Taxa de alfabetização dos adultos (0 e 100%);
- Taxas de escolaridade conjunta do ensino primário, secundário e superior (0 e 100%);
- Nível de rendimento (100 e 40.000 dólares);
- Nível de conforto (0 e 100%).
A Lezíria do Tejo tem registado ao longo das últimas três décadas uma evolução positiva
dos quatro índices parcelares do IDH. Entre 1971 e 1991 a região beneficiou de uma
melhoria significativa dos níveis de educação e de conforto da população residente. Se o
rendimento observou uma evolução positiva em todo o período considerado, foi entre
1991 e 2001 que o crescimento dos níveis de rendimento da população foi mais evidente.
Como seria de esperar, a longevidade apresentou um forte aumento na primeira década
considerada mas estabilizou nos períodos seguintes.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
32.
EVOLUÇÃO DOS ÍNDICES PARCELARES DO IDH – LEZÍRIA DO TEJO
IEV - LONGEVIDADE IEDU - EDUCAÇÃO
0,768
0,828
0,8580,856
0,824
0,72
0,74
0,76
0,78
0,8
0,82
0,84
0,86
0,88
1970 1981 1991 2001 2003
0,624
0,823 0,857
0,8540,717
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1970 1981 1991 2001 2003
IC - CONFORTO IRA/IPIB - RENDIMENTO
0,414
0,936
0,987
0,986
0,766
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1970 1981 1991 2001 2003
Fonte: DPP; Cálculos próprios.
0,172
0,303
0,5200,518
0,233
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
1970 1981 1991 2001 2003
O IDH na Lezíria do Tejo registou uma evolução positiva ao longo de todo o período
considerado, com um crescimento mais elevado entre 1970 e 1991 e uma relativa
estabilização a partir deste ano. Entre 2001 e 2003 foi muito ténue o crescimento do IDH
nesta região.
EVOLUÇÃO DO IDH NA LEZÍRIA DO TEJO (1970-2003) E IDH POR CONCELHO (2003)
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
33.
IDH – DESENVOLVIMENTO HUMANO
0,651
0,860
0,8660,8640,784
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1970 1981 1991 2001 2003
IDH NOS CONCELHOS DA LEZÍRIA DO TEJO - 2003
Fonte: DPP; Cálculos próprios.
Foram as melhorias registadas ao nível da educação, do conforto e do rendimento que
mais contribuíram para a evolução positiva do IDH regional.
Em termos intra-regionais, observam-se diferenças de valor do IDH muito pouco
significativas entre os vários concelhos da Lezíria do Tejo, concluindo-se pelo bom nível
de convergência de todos os territórios concelhios nos domínios da educação, conforto,
saúde e rendimento.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
34.
É possível destacar um grupo de concelhos com valores de IDH mais baixos, que
corresponde aos territórios marcadamente rurais (Coruche, Salvaterra de Magos, Alpiarça
e Golegã). Num grupo intermédio de IDH posicionam-se os concelhos da Chamusca,
Azambuja, Almeirim e Rio Maior. Tratando-se de um concelho também com
características muito rurais, é curiosa a presença da Chamusca neste grupo.
Os concelhos de Santarém, Cartaxo e Benavente apresentam os mais elevados valores de
desenvolvimento humano da região, o que se explica pelo melhor desempenho destes
concelhos nos domínios da saúde, conforto, educação e, sobretudo, rendimento.
Numa comparação inter-regional do IDH em 2003, verifica-se que a Lezíria do Tejo ocupa
a 11ª posição do ranking nacional deste indicador, registando um valor claramente acima
do nível de IDH nacional.
IDH DA LEZÍRIA DO TEJO NO CONTEXTO DAS NUT III - 2003
Fonte: DPP; Cálculos próprios.
0,844R. A A¨ores16
0,815Portugal0,846C‡vado15
0,800Alto Tr‡s-os-Montes300,850Oeste14
0,803T‰mega290,853Alentejo Litoral13
0,805Pinhal Interior sul280,857Ave12
0,808Baixo Alentejo270,866Lez’ria do Tejo11
0,810Douro260,867Algarve10
0,811Serra da Estrela250,868Entre Douro e Vouga9
0,811Pinhal Interior Norte240,869Pen’nsula de Set�bal8
0,814Beira Interior Norte230,873Baixo Mondego7
0,817D‹ o Laf› es220,874Mˇ dio Tejo6
0,821Minho -Lima210,876Baixo Vouga5
0,823Alto Alentejo200,879R. A Madeira4
0,829Cova da Beira190,882Pinhal Litoral3
0,840Beira Interior Sul180,903Grande Porto2
0,840Alentejo Central170,992Grande Lisboa1
IDHNUT IIIRankingIDHNUT IIIRanking
0,844R. A A¨ores16
0,815Portugal0,846C‡vado15
0,800Alto Tr‡s-os-Montes300,850Oeste14
0,803T‰mega290,853Alentejo Litoral13
0,805Pinhal Interior sul280,857Ave12
0,808Baixo Alentejo270,866Lez’ria do Tejo11
0,810Douro260,867Algarve10
0,811Serra da Estrela250,868Entre Douro e Vouga9
0,811Pinhal Interior Norte240,869Pen’nsula de Set�bal8
0,814Beira Interior Norte230,873Baixo Mondego7
0,817D‹ o Laf› es220,874Mˇ dio Tejo6
0,821Minho -Lima210,876Baixo Vouga5
0,823Alto Alentejo200,879R. A Madeira4
0,829Cova da Beira190,882Pinhal Litoral3
0,840Beira Interior Sul180,903Grande Porto2
0,840Alentejo Central170,992Grande Lisboa1
IDHNUT IIIRankingIDHNUT IIIRanking
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
35.
5. ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO
A definição de uma Estratégia de Desenvolvimento, em que os elementos do crescimento
económico, da coesão social e da protecção ambiental se reforcem mutuamente, tem que
partir de uma cuidadosa avaliação dos pontos fortes, pontos fracos, ameaças e
oportunidades com que a economia e a sociedade da Lezíria do Tejo se irão deparar. Este
exercício foi desenvolvido e apresentado num documento de diagnóstico da Região e
aprofundado posteriormente através de seminários temáticos com actores relevantes da
Região.
A Estratégia de Desenvolvimento da Lezíria do Tejo que se propõe toma em devida
consideração as orientações definidas pelo Programa Nacional de Política de Ordenamento
do Território, o qual preconiza um conjunto de “recomendações” para o Desenvolvimento
do Território no Ribatejo e no Oeste, que atendendo aos seus impactes mais ou menos
directos na estratégia de desenvolvimento da Lezíria do Tejo, merecem aqui destaque,
designadamente:
• “Clarificar os cenários de organização do território decorrentes da localização do
novo aeroporto na Ota, tomar medidas que minimizem os efeitos perversos da
eventual especulação fundiária e implementar os programas estruturantes que
optimizem o seu impacte territorial;
• Desenvolver as aptidões para as actividades logísticas, principalmente no eixo Vila
Franca/Cartaxo/Santarém, definindo os espaços, apoiando iniciativas e
promovendo as infra-estruturas;
• Valorizar o papel de charneira inter-regional, e o potencial de localização de
actividades logísticas, do polígono urbano Tomar – Torres Novas - Entroncamento
- Abrantes, articulando com o litoral, com a Beira Interior e o Alto Alentejo;
• Estruturar o sistema urbano sub-regional, articulando e dando coerência a quatro
subsistemas: o eixo Torres Vedras - Caldas da Rainha - Alcobaça, o eixo Vila
Franca - Carregado/Azambuja - Cartaxo - Santarém, o eixo Almeirim/Santarém –
Rio Maior - Caldas da Rainha e o polígono Tomar – Torres Novas - Entroncamento
- Abrantes;
• Reforçar o protagonismo de Santarém, com particular atenção às infra-estruturas
para acolhimento de actividades intensivas em conhecimento (PCT);
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
36.
• Apoiar a dinâmica emergente de afirmação de um pólo industrial Abrantes - Ponte
de Sôr em torno das indústrias de fundição, automóvel e aeronáutica;
• Preservar a competitividade da agricultura e das explorações agrícolas,
nomeadamente protegendo os respectivos solos das pressões de urbanização e de
valorizações especulativas.”
O PNPOT identifica também, relativamente à NUTIII da Lezíria do Tejo, alguns aspectos
particularmente caracterizadores desta região, destacando a presença relevante de
agricultura competitiva nas zonas de aluvião da Lezíria do Tejo (com bons resultados e
perspectivas de desenvolvimento competitivo agro comercial, mesmo no quadro da
progressiva eliminação das políticas de suporte aos preços e rendimentos agrícolas) e
também de agricultura extensiva com potencial agro-ambiental numa parcela substancial
do Ribatejo, revelando as seguintes características: baixa densidade e envelhecimento
populacional; largo predomínio de grandes e médias explorações agrícolas com sistemas
de produção extensiva (agrícola, pecuária e florestal), nem sempre competitivos num
contexto agro comercial mais concorrencial, mas em regra com boas condições de
desenvolvimento de serviços agro-ambientais e rurais que se baseiem na abundância e
qualidade do ambiente natural e da paisagem (por exemplo, conservação da natureza e
da biodiversidade, actividade cinegética, turismo de natureza e outras actividades de
lazer e educativas).
Para além das recomendações traçadas para a Região do Ribatejo e do Oeste em sede de
PNPOT, salienta-se ainda que o sucesso da Estratégia de Desenvolvimento da Lezíria do
Tejo não será insensível à evolução nacional. Por outro lado, se as tendências de evolução
nacionais, influenciadas igualmente pelas vagas de fundo europeias e internacionais, têm
efeitos no desenvolvimento das várias células que compõem o território nacional, não é
menos verdade que o comportamento daquelas, de forma mais ou menos determinante,
influencia o sentido e o ritmo de evolução do país.
Neste sentido, a concretização da Estratégia de Desenvolvimento da Lezíria do Tejo não
pode ser desligada dos ritmos de crescimento da economia portuguesa e da evolução da
sociedade portuguesa no seu conjunto. Tal como alguns dos aspectos mais preocupantes
em termos territoriais, desde o desemprego estrutural à sensibilidade acrescida aos
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
37.
efeitos da deslocalização, fruto da intensificação da globalização, não podem ser
dissociados das debilidades do modelo de crescimento nacional.
Num contexto de crise das finanças públicas e efectivo ou eminente esgotamento do
modelo de crescimento português, o pano de fundo da economia nacional é preocupante
e exige um esforço substancial, que se colocaria quase no plano da criatividade, para
concretização de ganhos em posição competitiva A alteração do modelo de crescimento
económico não é concretizável através de uma decisão de “comando” da governação
central. Esta alteração é crucial mas depende do comportamento dos vários mosaicos que
compõem o território nacional e depende também do comportamento dos agentes
privados.
Os limites das intervenções públicas e especificamente da intervenção da Administração
Pública de natureza local (e regional) não são neste contexto desprezáveis. Os progressos
verificados em coesão bem como os progressos menos expressivos em competitividade
devem ser compreendidos e ponderados no quadro das competências da Administração
Local. As dotações em equipamentos constituem matéria passível de tipologias de
investimentos públicos locais. Pelo contrário, em matéria de investimentos para a
competitividade, as tipologias de intervenção das Câmaras Municipais encontram-se
substancialmente limitadas.
Não obstante a tendência dominante, salienta-se que a Lezíria sofreu um crescimento
significativo no que respeita à produção de riqueza durante os anos 90, tendo convergido
claramente para a média nacional, e que evidencia níveis de produtividade acima da
média nacional. No entanto, nos últimos anos o ritmo de crescimento registado diminuiu.
Reconhece-se que se verificou no conjunto das regiões portuguesas, na programação do
investimento público uma excessiva valorização do investimento em infra-estruturas.
Reconhece-se, contudo, que esse foi o espírito dominante dos últimos vinte anos de
programação do investimento público, nacional e comunitário.
A tendência referida, na opinião da equipa, não indicia qualquer fragilidade relativamente
ao futuro. Verificou-se nos mais recentes anos uma transição gradual das tipologias de
investimento protagonizadas pelo conjunto dos decisores nacionais, ao nível central e
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
38.
local: a política de infraestruturação para o acolhimento empresarial (zonas industriais,
loteamentos industriais e parques empresariais entre outras experiências) veio revelar
uma nova linha de preocupações, indiscutivelmente mais próxima da dimensão da
competitividade.
Por último, e porque a Estratégia de Desenvolvimento que se propõe no presente
documento exige uma reorientação significativa do objecto das intervenções e do
correspondente esforço de investimento, considera-se fundamental que as orientações do
futuro Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo – que terá
inquestionavelmente um impacte territorial significativo nos territórios-alvo a que se
dirige - , actualmente em fase de elaboração, tenham em conta a presente Estratégia
desenvolvida especificamente para a região da Lezíria do Tejo.
Um factor que se destaca desde já e que irá inevitavelmente reflectir-se na estruturação
interna da Lezíria do Tejo é a prevista localização do aeroporto na Ota, encontrando-se
em fase de elaboração um conjunto de estudos que irão clarificar os cenários de
organização do território decorrentes da localização do novo aeroporto e que visam
igualmente contribuir para a definição de medidas que minimizem os efeitos perversos da
eventual especulação fundiária e para a implementação de intervenções que optimizem o
seu impacte territorial. A Lezíria do Tejo encontra-se na área de influência sub-regional
da OTA e os concelhos da Azambuja, Benavente, Cartaxo e Rio Maior na sua área de
influência concelhia mais próxima, ou seja, serão estes os concelhos que, na Lezíria do
Tejo, de forma mais directa sofrerão impactes da localização do aeroporto na OTA. Os
possíveis impactes, traduzindo-se em efeitos negativos ou positivos, estendem-se desde
a expansão metropolitana, residencial e empresarial às dotações em acessibilidades. Do
resultado dos estudos actualmente em elaboração poderá surgir a necessidade de
adaptação da presente Estratégia de Desenvolvimento.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
39.
5.1 AMBIÇÃO
A caracterização da Lezíria do Tejo relativamente aos seus pontos fortes, pontos fracos,
ameaças e oportunidades aponta para a necessidade de uma mudança significativa do
seu modelo de desenvolvimento. É neste pressuposto que se elaborou a presente
Estratégia de Desenvolvimento.
A Grande Ambição que enforma a Estratégia de Desenvolvimento da Lezíria do
Tejo é a seguinte:
Fazer da Lezíria do Tejo, no horizonte de 2015, uma das regiões mais
desenvolvidas do país, com níveis de crescimento elevados e recursos humanos
altamente qualificados, com um sistema territorial e urbano coeso, moderno e
competitivo, num quadro de acrescida qualidade ambiental e protecção social.
Para que esta Ambição seja atingida deverão ser prosseguidos os seguintes quatros
objectivos:
• Região com um Modelo Territorial Mais Coeso e Competitivo, cujo objectivo
central é o reforço e a consolidação de um sistema territorial e urbano coeso,
moderno e competitivo, capaz de gerar novas configurações territoriais e de
promover a melhoria da qualidade de vida das populações, assumindo os
princípios e dimensões do processo de desenvolvimento integrado e sustentado.
• Região com Recursos Humanos mais Qualificados e Competências
acrescidas, que tem como objectivo central a melhoria da qualificação dos
recursos humanos da Lezíria do Tejo, contribuindo para o desenvolvimento de
competências acrescidas e, por conseguinte, para o fortalecimento dos factores
estratégicos de competitividade regional.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
40.
• Região Mais Competitiva e Inovadora dirigido ao reforço da competitividade da
região, apostando na inovação em actividades económicas com maior potencial de
desenvolvimento competitivo e na penetração dos novos factores de
competitividade no tecido empresarial e institucional.
• Região com Melhor Qualidade Ambiental que prossegue a melhoria da
qualidade ambiental do conjunto dos onze concelhos que formam a Lezíria do
Tejo, através da prossecução de um modelo de desenvolvimento que integre a
protecção do ambiente numa região dotada de equipamentos e infra-estruturas
que assegurem uma adequada disponibilidade de serviços ambientais, numa
sociedade que assegura cabalmente o desempenho das tarefas de defesa e
promoção do ambiente, e em que a preservação e valorização dos recursos
naturais e do património natural sejam assumidas como vectores essenciais da
qualidade de vida das populações e da promoção do crescimento, quer ao nível da
actividade agrícola quer ao nível do sector do turismo.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
41.
6. EIXOS DE DESENVOLVIMENTO/LINHAS DE INTERVENÇÃO
EIXO 1 REGIÃO COM UM MODELO TERRITORIAL MAIS COESO E
COMPETITIVO
O Eixo 1 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo tem por objectivo central o reforço e a
consolidação de um sistema territorial e urbano coeso, moderno e competitivo,
capaz de gerar novas configurações territoriais e de promover a melhoria da
qualidade de vida das populações, assumindo os princípios e dimensões do
processo de desenvolvimento integrado e sustentado.
Este Eixo procura assumir os grandes quatro principais objectivos definidos para a Política
de Cidades em Portugal.
Primeiramente, pretende-se qualificar e revitalizar as diversas áreas funcionais que
compõem a cidade (centros históricos, áreas comerciais, espaços suburbanos e
periurbanos e bairros críticos), visando o funcionamento coeso e sustentável da urbe.
Em segundo lugar, procura-se fortalecer e diferenciar o capital humano, institucional,
cultural e económico de cada cidade, de modo a reforçar o protagonismo territorial das
cidades a diversas escalas, privilegiando a integração das cidades em redes urbanas
nacionais e internacionais.
Concomitantemente, visa-se fomentar a articulação entre as cidades e as áreas
envolventes, promovendo sinergias e complementaridades, reforçando as economias
urbanas e regionais, numa lógica de racionalização e eficácia dos serviços públicos
prestados.
Finalmente, pretende-se inovar nas soluções para os problemas urbanos, promovendo as
que se orientem, em termos físicos, para a eficiência e reutilização dos equipamentos, em
termos técnicos, para a exploração das oportunidades que as novas tecnologias oferecem
e, em termos organizativos, para o fomento das parcerias público-privadas.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
42.
Deste modo, procura-se qualificar e valorizar o território da região da Lezíria do Tejo,
através da consolidação de algumas tendências que têm vindo a ser verificadas,
designadamente as que passam pela crescente importância que os centros urbanos de
pequena e média dimensão têm vindo a desempenhar na modelação do território
regional.
O Eixo Região com um Modelo Territorial mais Coeso e Competitivo encontra-se
organizado em três Linhas de Intervenção: uma dirigida à equipamentação territorial,
outra à componente da regeneração/ qualificação urbana e uma terceira essencialmente
dirigida para a vertente das acessibilidades e mobilidade.
A Linha de Intervenção Rede Polinucleada de Equipamentos Colectivos visa
desenvolver acções que procurem consolidar e concluir a rede de equipamentos sociais e
culturais de apoio à população, privilegiando projectos que possuam preferencialmente,
uma escala de intervenção supra-local (inter-municipais ou que contemplem diversas
freguesias de um dado concelho). Contemplam-se diversos sectores e valências, tais
como as da saúde, acção social, desporto e cultura2.
A Linha de Intervenção Regeneração, Revitalização e Competitividade Urbana
apresenta uma escala de intervenção essencialmente intra-urbana. De facto, esta Linha
de Intervenção enquadra acções que procurem fomentar a revitalização, reabilitação,
requalificação e renovação dos principais espaços dos centros urbanos (centros históricos
e cívicos, áreas periféricas e bairros críticos), procurando melhorar, ao mesmo tempo, a
competitividade urbana e territorial.
Finalmente, a Linha de Intervenção Acessibilidade e Mobilidade Multimodais
procura reforçar, a um tempo, a mobilidade intra-regional, através da melhoria da
acessibilidades e transportes inter e intra-concelhios e, a outro, qualificar a mobilidade
urbana, valorizando a intermodalidade e a mobilidade sustentável em contexto urbano.
O Eixo 1 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo apresenta uma elevada articulação com
duas das cinco prioridades estratégicas definidas pelo QREN: Assegurar a
2 Os equipamentos de Ensino e Formação estão integrados no Eixo 2 da Agenda XXI.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
43.
Qualificação do Território e das Cidades, nomeadamente no que se refere à conectividade
territorial e à consolidação do sistema urbano regional, e Garantir a Coesão Social, tendo
em atenção o conjunto de acções no âmbito dos equipamentos de apoio à população.
O Programa Operacional Temático Valorização do Território encontra uma boa
resposta no Eixo 1 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo, nomeadamente no que
respeita ao seu Eixo 6 – Desenvolvimento do Sistema Urbano Nacional, que tem por
objectivo a consolidação de um sistema urbano policêntrico, no qual os centros urbanos
de pequena e média dimensão deverão desempenhar um papel fulcral.
O Eixo 1 da Agenda 21 da Lezíria do Tejo articula-se com dois dos cinco eixos
prioritários definidos pelo Programa Operacional do Alentejo: Desenvolvimento
Urbano, sobretudo em duas áreas de intervenção (Regeneração Urbana e Mobilidade
Urbana) e Conectividade e Articulação Territorial, nas duas áreas de intervenção previstas
(Infra-estruturas e Redes de Mobilidade e Equipamentos para a Coesão Social e
Territorial).
Sendo o Programa Operacional Temático Valorização do Território e o Programa
Operacional da Região do Alentejo instrumentos para a operacionalização de algumas das
prioridades definidas pelo Programa Nacional de Política de Ordenamento do Território
facilmente se conclui constituir a Agenda XXI uma excelente resposta a diversos
objectivos e opções estratégicas de âmbito territorial definidas por aquele instrumento de
ordenamento de âmbito nacional.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
44.
LINHA DE INTERVENÇÃO 1
REDE POLINUCLEADA DE EQUIPAMENTOS COLECTIVOS
EIXO 1 Região com um Modelo Territorial mais Coeso e Competitivo
Linha de Intervenção 3
Acessibilidade e Mobilidade Multimodais
Linha de Intervenção 1
Rede Polinucleada de Equipamentos Colectivos
Linha de Intervenção 2
Regeneração, Revitalização e Competitividade Urbana
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
45.
OBJECTIVO CENTRAL
A Linha de Intervenção 1 do Eixo 1 da Agenda XXI
procura promover uma melhoria da quantidade,
qualidade e acessibilidade dos equipamentos colectivos e
dos serviços sociais e culturais prestados à população.
Para a prossecução daquele objectivo devem levar-se
em consideração não só os critérios de programação e
dimensionamento de equipamentos previstos na lei, mas
também a necessidade de privilegiar intervenções
intermunicipais e de operacionalização de políticas de
discriminação positiva à escala concelhia.
Por conseguinte, esta Linha de Intervenção constitui um
instrumento essencial para a prossecução de uma
política regional e urbana que visa a consolidação de um
sistema territorial e urbano multipolar e policêntrico.
MEDIDA 1.1 Equipamentos de Saúde
MEDIDA 1.2 Equipamentos de Integração e de Acção Social
MEDIDA 1.3 Equipamentos de Desporto e Lazer
MEDIDA 1.4 Equipamentos Culturais e Patrimoniais
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
46.
Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção
Esta Linha de Intervenção assume o princípio de que os equipamentos colectivos são
parte fundamental do processo de desenvolvimento de qualquer território, com
implicações directas na estruturação da sociedade e na valorização dos recursos
humanos, no crescimento e fortalecimento da economia, na gestão e preservação do
ambiente, na protecção e valorização do património natural e cultural, assim como na
gestão, organização e afectação dos espaços aos usos.
Neste contexto, os equipamentos colectivos de âmbito social e cultural devem ser
perspectivados quer na óptica da equidade e da qualidade de vida das populações quer
como instrumentos de qualificação e valorização dos centros urbanos e,
consequentemente, como factores de atracção e retenção populacional.
A concretização desta Linha de Intervenção deve ser efectuada num quadro de respeito e
articulação com as propostas de hierarquia e modelação da rede urbana e de
cumprimento das regras de programação de equipamentos colectivos, numa lógica de
prevenção e antecipação de carências, contribuindo, deste modo, para o desenvolvimento
integrado e sustentado da Lezíria do Tejo nas suas diversas dimensões.
A Linha de Intervenção Rede Polinucleada de Equipamentos Colectivos procura ir ao
encontro das novas tendências de estruturação e modelação dos territórios, que
valorizam as sedes de concelho e os principais centros urbanos, em detrimento de
abordagens extensivas que configuram a dispersão excessiva dos equipamentos.
Simultaneamente, deverá privilegiar-se a reutilização e a eficiência dos equipamentos
existentes, em detrimento da construção nova.
Por outro lado, deve levar-se em consideração o facto de a região da Lezíria do Tejo
possuir actualmente uma rede bastante satisfatória de equipamentos colectivos,
consequência do esforço desencadeado pela administração central e, sobretudo, local.
Ainda assim, subsistem carências e estrangulamentos que importa ultrapassar, através
da conclusão das redes de equipamentos colectivos que promovam a coesão social e
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
47.
territorial, nomeadamente nos domínios da saúde, protecção e acção social, desporto,
cultura e património.
Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal
Concelho Projecto
Rede Regional de Unidades de Cuidados Continuados de Saúde
Rede Regional / Concelhias de Unidades de Saúde Familiares
Consolidação da Rede de Creches nas Sedes de Concelho
Rede de Complexos Desportivos / Tanques de Aprendizagem dos Núcleos Urbanos sedes de Agrupamentos Escolares Rede de Centros Culturais Polivalentes dos C. Urbanos Complementares
Carta de Equipamentos de Saúde e de Acção Social dos municípios da L. do Tejo
Carta de Equipamentos Desportivos e de Lazer dos municípios da L. do Tejo
Diversos
Carta de Equipamentos Culturais dos municípios da Lezíria do Tejo
Almeirim Requalificação do Campo de Jogos e Pista de Atletismo
Valorização Cultural da Casa Museu dos Patudos Alpiarça
Recuperação do Cine-Teatro e do Centro de Cultura
Conclusão da Rede de Pavilhões Desportivos Escolares
Centro Cultural de Manique do Intendente
Azambuja
Estrutura e Valorização Museológica do Castro de Vila Nova de S. Pedro
CAT do Sul da Lezíria do Tejo
Lar / Centro Actividades para Pessoas com Deficiência
Creches de Samora Correia e Porto Alto
Remodelação do Museu Municipal
Benavente
Núcleo Museulógico Agrícola em Samora Correia
Ampliação do Centro de Saúde do Cartaxo
Centro Social da Cidade do Cartaxo
Pavilhão Desportivo Municipal
Cartaxo
Biblioteca Municipal do Cartaxo
Centro de Acolhimento e Lar da Zona Norte e da Zona Sul do concelho
Requalificação das Piscinas e área lúdico-desportiva envolvente
Requalificação do Anfi-Tetaro do Parque Municipal e área envolvente
Espaço Intergeracional de Animação de Tempos Livres
Chamusca
Parque Ecoteca
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
48.
Pavilhão da Escola Secundária
Biblioteca e Arquivo Municipal de Coruche
Pavilhão Multiusos / Centro de Convenções
Coruche
Museu da Cortiça / Observatório do Sobreiro
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
49.
Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal (continuação)
Concelho Projecto
Centro de Saúde da Golegã
Requalificação dos Estádios (Ademas e Assunção Coimbra)
Golegã
Reabilitação do Cine-Teatro da Golegã
Complexo Desportivo e de Lazer do Sul do Concelho
Arquivo Municipal de Rio Maior
Rio Maior
Centro Cultural Polivalente do Sul do Concelho
Eco-Museu de Salvaterra de Magos
Arquivo Municipal de Salvaterra de Magos
Complexo Desportivo de Marinhais
Salv. Magos
Biblioteca de Marinhais
Centro de Saúde de Santarém
Complexo Desportivo Municipal / Centro de Excelência Desportiva
Pavilhão Multiusos do Campo Emílio Infante da Câmara
Pavilhão Desportivo das EB 2,3 de Alcanede e de Pernes
Parque Urbano Radical
Museu Nacional de Gastronomia
Museu da Liberdade
Biblioteca e Arquivo Municipal de Santarém
Centro Ciência Viva de Santarém
Santarém
Centros de Artes e Espectáculos de S. Domingos
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
50.
MEDIDA 1.1 – Equipamentos de Saúde
Justificação / Descrição da Medida
A presente Medida procura intervir fundamentalmente na vertente dos cuidados
de saúde primários; destacam-se três tipologias de intervenções.
No que diz respeito aos centros de saúde, a principal prioridade prende-se com a
construção do Centro de Saúde de Santarém, que deverá contemplar instalações
para cuidados de saúde, Centro de Diagnóstico Pneumológico e o Laboratório de
Saúde Pública. Ainda neste domínio poderão justificar-se intervenções noutros
concelhos como são os casos da Golegã e do Cartaxo.
Por outro lado, deve ser implementada a rede de Unidades de Saúde Familiares,
que procuram desenvolver um serviço de proximidade através de equipas
integradas de médicos, enfermeiros, auxiliares e administrativos. As unidades a
criar deverão procurar servir agrupamentos territoriais que agreguem diversas
freguesias dos onze municípios da Lezíria do Tejo.
Finalmente, importa criar uma rede regional adequada de unidades de cuidados
continuados e paliativos de saúde, numa lógica de parceria entre os centros de
saúde, as instituições particulares de solidariedade social e o Hospital Distrital de
Santarém. Dada a dimensão da Lezíria do Tejo, numa primeira fase justificam-se
cerca de uma dezena de unidades, procurando cada unidade servir uma
população de aproximadamente 20/30 habitantes.
Objectivos Específicos da Medida
- Qualificar os serviços de saúde diferenciados e os serviços de urgência.
- Melhorar a rede de prestação de cuidados de saúde primários.
- Promover a implementação de unidades de saúde familiares.
- Criar uma rede regional adequada de Unidades de Cuidados Continuados de
Saúde e de Cuidados Paliativos.
- Desenvolver parcerias entre o Hospital Distrital, Centros de Saúde e rede
solidária de instituições de acção social.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
51.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
52.
MEDIDA 1.2 – Equipamentos de Integração e Acção Social
Justificação / Descrição da Medida
O exercício da função de integração e de acção social deverá continuar a ser da
responsabilidade do Estado (incluindo das autarquias), mas onde as parcerias e a
cooperação com entidades públicas e privadas sem fins lucrativos deverão
continuar a assumir um papel fundamental na acção social.
No que diz respeito aos equipamentos de apoio à infância, a principal prioridade
prende-se com a construção de creches nos principais centros urbanos,
privilegiando os bairros de expansão urbana, numa lógica de proximidade.
Relativamente aos equipamentos de apoio a idosos, importa dar prossecução à
política de construção de Lares e Centros de Dia nas sedes de concelho e
nalgumas das principais sedes de freguesia; simultaneamente, devem aumentar-
se as taxas de cobertura concelhia em serviços de apoio domiciliário.
Importa ainda desenvolver acções destinadas a grupos sociais específicos, caso
de crianças e jovens em risco, toxicodependentes e populações portadoras de
deficiência. Neste contexto, poderá justificar-se a construção de equipamentos
com estas valências no sul da região, dada a sua proximidade com a AML e a
elevada dinâmica demográfica.
Objectivos Específicos da Medida
- Melhorar a cobertura dos equipamentos de apoio à infância, privilegiando a
valência de creche nos principais centros e bairros de expansão urbana.
- Consolidar a rede de equipamentos de apoio a idosos.
- Dar prossecução à política de incremento da cobertura do apoio domiciliário, de
modo a permitir ao idoso manter uma melhor qualidade de vida.
- Desenvolver uma adequada rede de equipamentos de apoio a grupos sociais e
populações com necessidades especiais.
- Criar uma metodologia de monitorização ao funcionamento dos equipamentos
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
53.
de acção social.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
54.
MEDIDA 1.3 – Equipamentos de Desporto e Lazer
Justificação / Descrição da Medida
Esta Medida deverá possuir uma forte dimensão intermunicipal, com o propósito
de obter ganhos de escala e maior eficácia na gestão dos equipamentos.
Pretende-se contemplar quatro dimensões fundamentais.
Primeiramente, importa consolidar o papel de Rio Maior enquanto cidade de
desporto no contexto regional e nacional, promovendo também a sua
internacionalização e o desenvolvimento de fileiras, que contemplem também os
sectores da educação e da saúde.
Por outro lado, existem ainda alguns investimentos complementares a efectuar
nalguns centros urbanos com um protagonismo territorial relevante no contexto
regional (casos dos municípios de Santarém, do Cartaxo e da Azambuja).
Em terceiro lugar, deverá ser desenvolvido/ consolidado uma rede de
equipamentos desportivos associados aos núcleos urbanos fora das sedes de
concelho onde se localizam sedes de agrupamentos escolares (pavilhões e
tanques de aprendizagem).
Finalmente, deverão ser construídos equipamentos multifuncionais de
proximidade associados, por um lado a processos de qualificação urbana e, por
outro, a áreas de lazer com enquadramento paisagístico e ambiental favorável.
Objectivos Específicos da Medida
- Consolidar a oferta de equipamentos desportivos multifuncionais.
- Valorizar as acções de âmbito intermunicipal, com o propósito de obter ganhos
de escala e uma maior eficácia na gestão e manutenção destes equipamentos.
- Promover a utilização dos equipamentos desportivos pelas populações, por
forma a melhorar a sua qualidade de vida, saúde e bem-estar.
- Promover a internacionalização de Rio Maior enquanto cidade do desporto,
valorizando outros domínios como a educação e a saúde.
- Desenvolver uma rede secundária de equipamentos desportivos nos centros
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
55.
urbanos que constituem sedes de agrupamentos escolares.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
56.
MEDIDA 1.4 – Equipamentos Culturais e Patrimoniais
Justificação / Descrição da Medida
As actuações nesta Medida deverão, por um lado, procurar melhorar o
apetrechamento da rede de equipamentos, de modo a permitir às populações
uma melhor fruição dos espaços e, por outro, contribuir para gerar um quadro
diversificado e sustentado de acções culturais de qualidade.
Neste contexto, importa referir que a cidade de Santarém deverá consolidar o
seu papel regional na oferta cultural e patrimonial, criando novos equipamentos
e valências que possuam um largo espectro territorial (a criação do Museu da
Liberdade, do Museu Nacional de Gastronomia e de um Centro de Artes e
Espectáculos são alguns exemplos).
Dando continuidade a intervenções desencadeadas pelas autarquias nos últimos
anos, esta Medida deverá também enquadrar acções que visem completar a rede
de equipamentos culturais de proximidade, tais como museus, bibliotecas, cine-
teatros e centros culturais. Relativamente a estes últimos, e tendo por base o
contexto territorial das freguesias rurais importa promover a construção /
requalificação de edifícios que venham a configurar-se como Centros Culturais
Polivalentes, disponibilizando as seguintes valências: Auditório/ Sala de
Espectáculos, Espaço de Exposições, Espaço Internet e Sala de Leitura ou
biblioteca; estes Centros Culturais deverão servir agrupamentos de freguesias.
Objectivos Específicos da Medida
- Diversificar e consolidar a oferta de equipamentos culturais.
- Promover a multifuncionalidade dos equipamentos e as abordagens territoriais
integradas (intermunicipalidade, agrupamentos de freguesias, entre outros).
- Desenvolver um quadro sustentado de eventos culturais de qualidade.
- Promover uma rede de equipamentos culturais polinucleada, adoptando uma
política territorial de discriminação positiva.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
57.
- Melhorar a qualidade de vida das populações através da qualificação e fruição
dos espaços e património intervencionado.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
58.
LINHA DE INTERVENÇÃO 2
REGENERAÇÃO, REVITALIZAÇÃO E COMPETITIVIDADE URBANA
OBJECTIVO CENTRAL
Esta Linha de Intervenção procura operacionalizar as
linhas de orientação definidas para a Política de Cidades
POLIS XXI, procurando contribuir para uma maior
qualidade de vida urbana dos cidadãos da Lezíria do
Tejo, valorizando a dimensão ambiental e qualitativa do
processo de desenvolvimento.
Esta Linha de Intervenção visa qualificar e revitalizar os
espaços urbanos da região, promovendo a realização de
intervenções urbanísticas e ambientais de qualidade.
Estas intervenções pretendem responder às
preocupações com a qualidade de vida urbana e com o
incremento da dimensão relacional, recreativa e cultural
dos cidadãos.
Por conseguinte, pretende-se que os centros urbanos da
Lezíria do Tejo se afirmem como configurações
territoriais de sucesso, numa perspectiva intra-urbana
(espaços urbanos e ambientais qualificados) e numa
perspectiva mais ampla (área envolvente e em redes de
cidades competitivas).
MEDIDA 2.1 Qualificação e Regeneração dos Espaços Públicos
MEDIDA 2.2 Reabilitação e Valorização do Património Edificado
MEDIDA 2.3 Redes para a Competitividade e Inovação
MEDIDA 2.4 Parques Urbanos e Espaços Verdes
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
59.
Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção
A Linha de Intervenção Regeneração, Revitalização e Competitividade Urbana procura
assumir as quatro ambições definidas pela Política de Cidades POLIS XXI, afigurando-se
as nossas cidades como configurações territoriais de sucesso, tornando-as territórios de
inovação e de competitividade, de cidadania e coesão social, de qualidade de vida e de
ambiente e de governância e planeamento eficaz e adequado.
Embora esta Linha de Intervenção privilegie uma dimensão intra-urbana, procura
também contribuir para a modernização do perfil funcional dos centros urbanos e, por
conseguinte, contribuir para a sua crescente articulação com os territórios envolventes
bem como para a sua integração em redes urbanas competitivas, nacionais e
internacionais.
As dimensões de intervenção, regeneração e revitalização urbanas destinam-se, pois,
essencialmente aos espaços internos da cidade. Neste âmbito, serão privilegiadas
operações integradas de qualificação e revitalização de áreas urbanas e projectos-piloto
de soluções inovadoras para problemas urbanos. Neste contexto, serão valorizadas as
operações integradas de qualificação e valorização urbana e ambiental, que permitam a
modernização funcional dos centros urbanos da Lezíria do Tejo. Estas operações poderão
privilegiar áreas de excelência urbana (centros históricos e cívicos ou frentes ribeirinhas),
mas também devem procurar intervir noutros espaços das cidades (bairros críticos e/ou
degradados, áreas abandonadas, bairros de expansão urbana, entre outros).
A dimensão da competitividade urbana inclui programas estratégicos de cooperação que
visem o reforço da competitividade e da projecção nacional e internacional dos centros
urbanos da Lezíria do Tejo, procurando traduzir as orientações estratégicas definidas pelo
Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território e pelo Plano Regional de
Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo.
A concretização desta Linha de Intervenção pressupõe um novo quadro de cooperação
institucional, englobando a mobilização e envolvimento dos diversos protagonistas,
públicos (com ênfase nas autarquias) e privados envolvidos na gestão e transformação do
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
60.
espaço urbano. Daí que se torne essencial criar parcerias público-privadas para a
regeneração e revitalização urbana e para as redes de competitividade urbana.
Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal
Concelho Projecto
Requalificação / Dinamização Urbana dos Principais Centros Urbanos Complementares dos Concelhos da Lezíria do Tejo Rede de Habitação Social dos Municípios da Lezíria do Tejo
Planos de Urbanização e de Pormenor dos principais C. Urbanos
Diversos
Planos de Pormenor e de Salvaguarda dos C. Históricos e Cívicos
Centro Cívico de Fazendas de Almeirim Almeirim
Parque Urbano da Vala de Alpiarça
Parque Urbano da Vala de Alpiarça Alpiarça
Requalificação Urbana da Vila de Alpiarça
Requalificação Urbana da Azambuja
Reabilitação do Palácio Obras Novas / Requlif. Complexo Fluvial
Azambuja
Reabilitação do Palácio de Manique do Intendente
Conclusão da Requalificação do Parque 25 de Abril
Requalificação do Centro Cívico de Benavente
Requalificação do Centro Cívico de Samora Correia
Ampliação do Parque Ribeirinho de Benavente
Benavente
Ampliação do Parque Ribeirinho de Samora Correia
Parque Urbano Central Cartaxo
Requalificação do Campo da Feira
Requalificação Urbana e Ambiental da Chamusca
Parque Urbano e Ambiental da Chamusca
Chamusca
Rede de Frentes Ribeirinhas e Espaços de Lazer
Coruche Requalificação Urbana do Centro Histórico
Reabilitação Urbana / Recuperação do Edificado Golegã
Espaços de Lazer da Lagoa de Alverca do Campo
Requalificação Urbana do Núcleo Antigo de Rio Maior Rio Maior
Parque Urbano da Área dos Areeiros
Reabilitação do Edifício dos Paços do Concelho Salv. Magos
Reabilitação do Edifício da Falcoaria
Requalificação do Campo Emílio Infante da Câmara Santarém
Requalificação do Campo Sá Bandeira / Passeio Liberdade
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
61.
Reabilitação dos Jardins das Portas do Sol e da República
Novo Edifício da Câmara Municipal
Reabilitação de Espaços do Centro Histórico e da Ribeira Santar.
Parque Urbano e Ribeirinho da Cidade (CNE/Caneiras)
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
62.
MEDIDA 2.1 – Qualificação e Regeneração de Espaços Públicos
Justificação / Descrição da Medida
A Medida 2.1 do Eixo 1 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo procura intervir na
qualificação e regeneração dos diversos espaços públicos e funcionais dos
centros urbanos, tais como: os centros históricos e cívicos (onde geralmente se
localizam a maioria das actividades terciárias dos núcleos urbanos), os espaços
ribeirinhos (áreas com uma forte aptidão para o turismo e os lazeres), bairros
urbanos críticos (núcleos degradados, abandonados) e áreas urbanas
desintegradas e mal concebidas (bairros suburbanos, periurbanos, áreas urbano-
rurais ou urbano-industriais). Esta Medida integra ainda a construção de Bairros
de Habitação Social, incluindo pois uma dimensão de coesão social.
Esta Medida envolve a articulação de diferentes componentes dos espaços
urbanos (habitação, espaço público, reabilitação, requalificação e renovação
urbanas), no quadro de operações integradas de qualificação e regeneração
urbana, incluindo também uma dimensão mais alargada, numa perspectiva de
modernização funcional. Procura-se, pois, inverter os modelos de crescimento
urbano baseados em espaços urbanos esquálidos, áreas verdes ou de desafogo
diminutas e com mobiliário urbano sem unidade e qualidade – modelos estes que
têm contribuído para uma vivência urbana pobre, carente de harmonia e
insustentável a médio e longo prazos.
Objectivos Específicos da Medida
- Qualificar os diferentes espaços urbanos e funcionais das cidades (quer áreas
de excelência urbana quer áreas e bairros críticos).
- Desenvolver operações integradas de melhoria do ambiente urbano.
- Criar áreas de habitação social, contribuindo para a coesão social e territorial.
- Consolidar uma vivência urbana rica, de fruição dos diferentes espaços da
cidade, numa perspectiva de harmonia e de sustentabilidade.
- Desenvolver metodologias de regeneração urbana baseadas em parcerias,
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
63.
envolvendo agentes públicos e privados, locais e sectoriais.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
64.
MEDIDA 2.2 – Reabilitação e Valorização do Património Edificado
Justificação / Descrição da Medida
Esta Medida apresenta uma estreita articulação com a anterior; contudo
apresenta uma abrangência territorial e sectorial mais circunscrita, na medida
em que contempla, fundamentalmente, edifícios e áreas com um elevado valor
patrimonial.
Trata-se de uma dimensão importante na Lezíria do Tejo, uma vez que a longa
ocupação humana e a tradição urbana deram origem a um rico conjunto de
elementos de valor patrimonial, entre cidades e vilas, castelos, conventos e
igrejas.
Neste contexto, a Medida 2.2 procura, no essencial, recuperar e valorizar o
património edificado, através da recuperação de elementos e de conjuntos com
reconhecido valor arquitectónico e histórico.
Complementarmente, a elaboração e implementação de Planos de Pormenor e de
Salvaguarda dos Centros Históricos e Cívicos da região deve constituir uma acção
imaterial prioritária, atendendo à sua importância enquanto princípio orientador
das intervenções integradas a levar a cabo.
Objectivos Específicos da Medida
- Promover a reabilitação do património edificado da Lezíria do Tejo.
- Contribuir para a valorização e potencialização do património regional.
- Desenvolver operações de revitalização, de modernização e de diversificação
funcional dos centros históricos e cívicos dos centros urbanos.
- Criar oportunidades para o desenvolvimento de parcerias, nomeadamente
através da criação de sociedades de reabilitação urbana.
- Elaborar instrumentos que permitam definir os princípios orientadores a
desenvolver nas intervenções a levar a cabo nos centros históricos e cívicos.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
65.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
66.
MEDIDA 2.3 – Redes para a Competitividade e Inovação
Justificação / Descrição da Medida
A presente medida incorpora uma das três dimensões da Política de Cidades
POLIS XXI. Com efeito, pretende-se fazer dos centros urbanos nós de redes de
inovação e de competitividade de âmbito nacional ou internacional, visando o
reforço do seu papel e da sua capacidade competitiva e a valorização dos
factores de diferenciação.
Envolve o apoio a estratégias de afirmação internacional, a cooperação entre
centros urbanos da Lezíria do Tejo para a valorização partilhada de recursos,
potencialidades e conhecimentos e, ainda, a cooperação entre estes centros e
outros nacionais e internacionais3.
As acções a desencadear nesta Linha de Intervenção devem consolidar uma
perspectiva alargada de territórios e de cidades, valorizando os eixos e sistemas
urbanos locais existentes da região (casos de Santarém/ Cartaxo/ Almeirim/
Alpiarça e Benavente/ S. Magos/ Coruche). Do mesmo modo, devem promover-
se sinergias e complementaridades entre os dois eixos territoriais definidos pelo
PNPOT: Almeirim/ Santarém/ Rio Maior e Santarém/ Cartaxo/ Azambuja.
Objectivos Específicos da Medida
- Promover a competitividade e a afirmação dos núcleos urbanos da Lezíria Tejo.
- Aumentar o protagonismo territorial (nacional e internacional) dos centros
urbanos da Lezíria do Tejo.
- Desenvolver acções de cooperação entre os centros urbanos da Lezíria do Tejo
e entre estes e cidades competitivas nacionais e internacionais.
- Consolidar eixos e sistemas urbanos locais no território regional.
- Criar estruturas de cooperação, que fomentem a partilha de meios e inovações.
3 Uma vertente da criação de redes de cidades e territórios para a competitividade e inovação poderá consistir
na construção de equipamentos e infra-estruturas diferenciadoras; contudo, esta vertente está já contemplada noutras Linhas de Intervenção da Agenda XXI, nomeadamente na Linha de Intervenção Rede Polinucleada de Equipamentos Colectivos deste Eixo.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
67.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
68.
MEDIDA 2.4 – Parques Urbanos e Espaços Verdes
Justificação / Descrição da Medida
A presente medida pretende concretizar os seguintes princípios:
- Integração das áreas naturais em meio urbano nos sistemas naturais regionais
em continuidade com o seu desempenho ecológico; Ao nível regional, os futuros
planos municipais devem definir (PNPOT) um elemento de “fileira verde” ou
“estrutura ecológica e paisagística”, onde os sistemas naturais – aquíferos e
margens, maciços florestais, parques – formem um continuum naturale no
território. Deve-se pois promover o potencial de ligação entre as diversas áreas
existentes na região com “Estatuto Especial de Protecção”; nas estratégias de
ordenamento do solo urbano e rural, dever-se-á apostar nos corredores
ecológicos intra-municipais como estruturas de controlo da dispersão/expansão
construída.
- Reforço e regeneração da Paisagem cultural considerando não apenas a
recuperação paisagística nas principais cidades mas em todos os aglomerados;
regenerar elementos paisagísticos entre ou internos aos pequenos aglomerados
ligando-a ao ordenamento do espaço rural e recuperação do património
arquitectónico/arqueológico;
- Des–monofuncionalizar a ideia de parques urbanos considerando também os
espaços associados à agricultura urbana, tipologias singulares dentro dos tecidos
urbanos tradicionais e áreas expectantes como alvos da valorização do ambiente
urbano.
Objectivos Específicos da Medida
- Desenhar princípios comuns interconcelhios na revisão dos seus PDMs quanto a
uma estrutura ecológica regional (a incluir em PO’s Regionais Tipologias de
Valorização Territorial)
- Contrariar ao nível local a descontinuidade da estrutura ecológica através do
planeamento intramunicipal das estruturas verdes primárias e secundárias
- Promover intervenções físicas com valor cultural na ocupação dos espaços
urbanos não construídos
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
69.
- Apoiar tipologias habitacionais que incentivem a agricultura urbana concentrada
(detrimento de segundas residências e espaços abertos desqualificados).
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
70.
LINHA DE INTERVENÇÃO 3
ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE MULTIMODAIS
OBJECTIVO CENTRAL
A linha de intervenção 3 do Eixo 1 da Agenda XXI tem
como objectivo primordial promover o carácter
multimodal das acessibilidades e da mobilidade,
reforçando o sistema urbano e dotando-o de uma rede
de infra-estruturas "multimodais".
A presente Linha de Intervenção constitui um
instrumento essencial na promoção da coesão territorial
e está directamente relacionada com a Linha de
Intervenção 2 Regeneração, Revitalização e
Competitividade Urbana e com a Linha de Intervenção 7
Mobilidade Sustentável do Eixo 4.
MEDIDA 3.1 Acessibilidade Rodoviária Estruturante
MEDIDA 3.2 Acessibilidade Rodoviária aos Centros Urbanos
MEDIDA 3.3 Reforço do Papel do Transporte Público e dos Modos
Suaves e Intermodalidade
MEDIDA 3.4 Instrumentos de Organização e Gestão das
Acessibilidades e da Mobilidade
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
71.
Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção
A Linha de Intervenção Acessibilidade e Mobilidade Multimodais procura traduzir as
orientações estratégicas definidas pelo Plano Regional de Ordenamento do Território do
Oeste e Vale do Tejo e pelo Plano Nacional da Politica de Ordenamento do Território,
sendo orientada para a necessidade de caminhar na direcção do desenvolvimento
sustentável do território que deverá alicerçar-se num sistema de transportes integrado.
A presente Linha de Intervenção engloba diferentes escalas de actuação, desde a
dimensão estruturante, ao nível supra-municipal, às dimensões intra-concelhia e urbana.
A vertente rodoviária do sistema de transportes necessita actualmente de uma utilização
eficiente e racional das infra-estruturas existentes nos diferentes níveis hierárquicos,
sendo igualmente necessária a definição do papel das novas infra-estruturas.
De um modo geral e em particular no território da Lezíria do Tejo, o transporte público
tem perdido protagonismo face ao transporte individual. Este facto deve-se à aposta na
construção de novas infra-estruturas rodoviárias em detrimento do investimento no
transporte público, que potencie a sua utilização, e sobretudo à ausência de medidas
concretas que promovam a redução da utilização do veículo privado.
A presente Linha de Intervenção tem por base a promoção da utilização do transporte
público (rodo e ferroviário) estabelecendo a criação de uma rede integrada entre os
principais pólos urbanos e turísticos, com um forte carácter de inclusão territorial.
Associada a esta aposta está a necessidade de fomentar a intermodalidade, isto é, de
induzir alterações aos hábitos instituídos e promover a transferência modal. Estes
pressupostos assentam num conceito estratégico de deslocações desenhado para a
Lezíria do Tejo, tanto para o transporte individual como para o transporte colectivo
sintetizado nas figuras apresentadas em anexo.
Importa igualmente valorizar outros meios de deslocação como os modos suaves, que
correspondem à deslocação a pé e em bicicleta, e constituem meios de transporte
sustentáveis, para os quais o território da Lezíria apresenta condições favoráveis.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
72.
A Linha de Intervenção em causa, tem em consideração o "Estudo Integrado da
Mobilidade e Sistema de Transportes nos Concelhos da Lezíria do Tejo" que apresenta
propostas de actuação que visam melhorar e adaptar a oferta de transporte público e
promover as deslocações em modos suaves.
A concretização desta Linha de Intervenção pressupõe a necessidade de formalização de
instrumentos de organização e gestão das acessibilidades e da mobilidade, que deverão
incluir reflexões globais relativas aos diferentes meios de transporte e respectivas
interacções e enquadrar as acções concretas no território.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
73.
Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal
Apresentam-se os projectos considerados como estruturantes e de natureza supra-
municipal, de entre os projectos apresentados pelos municípios.
Os projectos estruturantes e de natureza supra-municipal associados a cada município
aqui apresentados, incluem ainda as orientações e propostas relativas ao transporte
público e aos modos suaves (apresentadas no "Estudo Integrado da Mobilidade e
Sistemas de Transportes nos Concelhos da Lezíria do Tejo) que deverão, se necessário,
ser alvo de estudos específicos para a sua adequada implementação no território.
Concelho Projecto
Troço da circular Urbana de Almeirim Almeirim Circular Urbana de Fazendas de Almeirim
Circular Sul de Alpiarça Alpiarça
Acesso Sul ao futuro IC3
Projecto de Alargamento e segurança da EN3 Variante Urbana à EN 366 em Aveiras de Cima (R. Almeida Grandella)
Variante urbana à EN 366 entre Guarita (EN3) e Aveiras de Cima
Alargamento da EN 366 entre Aveiras de Cima e Alcoentre
Valorização do parques de estacionamento da CP
Azambuja
Rede de Transportes Escolares
Circular Urbana em Benavente Benavente Circular Urbana em Samora Correia
Variante à EN 3
Variante Urbana da Azambuja Variante à EN3 entre Vila Nova da Barquinha e o Novo Nó de Acesso da A1 ao NAL
Beneficiação da EN 3
Ligação à Ota (Alargamento da Variante à EN 365.2)
Ligação pela EN 114-2 ao nó do Malaqueijo (Rio Maior) Desclassificação das Estradas Nacionais EN 3-3, EN 114-2, EN 3-2, EN 365-2
Viaduto de Santana
Cartaxo
Reforço da Mobilidade Ferroviária Regional (ligação Coruche-Lisboa) – Projecto Intermunicipal (Cartaxo, Coruche e Salv. Magos)
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
74.
Potencialização da Estação do Setil
Transportes Urbanos do Cartaxo (TUC)
Concelho Projecto
IC 3 – Execução do troço Vale de Cavalos/ Chamusca
IC 3 - Execução do Troço Chamusca / Ulme – EN 243 – Chamusca IC 3 – Ligação entre o IC 3 e a Ponte da Chamusca
Acesso aos Nós IC 3 - Chamusca
Chamusca
Centro de Apoio à Mobilidade (rede de transportes de apoio à população mais desfavorecida)
Construção do IC 10 e EC 13
Circular externa à Vila de Coruche Coruche
Reforço da Mobilidade Ferroviária Regional (ligação Coruche-Lisboa) – Projecto Intermunicipal (Cartaxo, Coruche e Salv. Magos)
Variante à EN 243 – Requalificação Golegã TRANSFER – Projecto que visa a melhoria da rede de transportes
entres freguesias, com aquisição de viaturas e abrigos
Rio Maior Alargamento da EN 114 Construção de estradas para melhorar o acesso ao nó da A13 (Estrada da Barragem, Estrada Militar à EN 367, EN 367 à EM 581)
Construção de Variante à EN114-3 Criação de uma rede de transportes municipais híbridos, servindo a população, com particular incidência para o transporte escolar
Sal. Magos
Reforço da Mobilidade Ferroviária Regional (ligação Coruche-Lisboa) – Projecto Intermunicipal (Cartaxo, Coruche e Salv. Magos)
Variante à EN 3 (Santarém/Cartaxo/ Azambuja) Via transversal pela zona interior do concelho norte, com ligação aos concelhos limítrofes
Variante Sul a Amiais de Baixo
Via transversal do concelho
Novas acessibilidades à nova estação de Caminhos de Ferro
Centro Coordenador de Transportes
Rede de ciclovias
Santarém
Projecto Integrado de Mobilidade e Eliminação de Barreiras Arquitectónicas
11 Concelhos Rede de transporte público rodoviário inter-concelhia
11 Concelhos Rede de transporte rodoviário urbano
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
75.
11 Concelhos Sistema de transporte escolar
11 Concelhos Sistemas mistos especiais de mobilidade
11 Concelhos Sistemas urbanos especiais de mobilidade
A natureza da presente Linha de intervenção contempla igualmente, além dos projectos
de natureza supra-municipal e estruturantes, projectos de natureza local. Estes projectos,
associados entre si e enquadrados por um instrumento de organização e gestão das
acessibilidades e da mobilidade, justificam a sua implementação.
Desta forma importa ter em consideração diversas tipologias de acções que, enquadradas
pelos instrumentos referidos anteriormente, podem desempenhar um papel relevante na
melhoria da acessibilidade e mobilidade urbana. Os municípios de Santarém, Rio Maior,
Cartaxo e Azambuja apresentam alguns projectos que se inserem nas referidas tipologias.
Tipologia de Acções a Privilegiar na Linha de Intervenção 3:
Requalificação urbana, que engloba as componentes da circulação rodoviária dos modos suaves
Requalificação da circulação rodoviária
Formalização de parques ou zonas de estacionamento
Introdução de meios mecânicos de deslocação
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
76.
MEDIDA 3.1 – Acessibilidade Rodoviária Estruturante
Justificação / Descrição da Medida
A presente medida engloba a dimensão estruturante do sistema rodoviário, isto
é, os grandes eixos nacionais e regionais que estão contemplados no Plano
Rodoviário Nacional (PRN 2000).
No território da Lezíria do Tejo faltam ainda concluir alguns eixos estruturantes,
nomeadamente, o eixo longitudinal correspondente ao IC 3, que não se encontra
concluído no troço entre Almeirim e Tomar, o IC 10, do qual apenas está
concluído o troço Santarém-Almeirim e o eixo constituído pelo IC 11 (A10, entre
o IC 2 e o IC 3 , A13 entre o IC 2 e a Marateca no IP1, do qual está concluído o
troço Benavente – Marateca) e o IC 13 (entre o Montijo-IP1 e Portalegre) .
Além das intervenções referentes aos Itinerários Complementares, existem ainda
intervenções relevantes a empreender ao nível das Estradas Nacionais, tendo em
vista a melhoria da acessibilidade entre os núcleos urbanos.
Objectivos Específicos da Medida
- Consolidar e reforçar a rede rodoviária estruturante.
- Melhorar as conexões rodoviárias entre os núcleos urbanos
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
77.
MEDIDA 3.2 – Acessibilidade Rodoviária aos Centros Urbanos
Justificação / Descrição da Medida
Um dos problemas constatados em muitos centros urbanos na Lezíria do Tejo,
corresponde ao seu atravessamento por tráfego indesejado, que não tem como
origem ou destino os referidos aglomerados.
Muitos destes núcleos são atravessados por estradas nacionais com elevados
volumes de tráfego de veículos pesados, o que potencia situações de insegurança
para as populações.
A presente medida visa promover a redução do tráfego de atravessamento
através da construção de infra-estruturas rodoviárias alternativas, que deverá
ser acompanhada por intervenções ao nível da reorganização da circulação no
interior dos centros urbanos, que promovam a utilização das referidas infra-
estruturas.
Objectivos Específicos da Medida
- Criar infra-estruturas rodoviárias alternativas ao atravessamento dos núcleos
urbanos.
- Promover a reorganização da circulação no seio dos núcleos urbanos, tendo em
vista a dissuasão do atravessamento.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
78.
MEDIDA 3.3 – Reforço do Papel do Transporte Público e dos Modos Suaves e
Intermodalidade
Justificação / Descrição da Medida
A presente medida visa potenciar uma maior utilização do transporte público e
dos modos suaves (deslocação a pé e de bicicleta), promovendo a criação de
uma rede de transportes integrada.
Uma das acções primordiais diz respeito ao aumento da atractividade do
transporte ferroviário, reforçando a oferta das conexões intra-regionais na Linha
do Norte e repondo e melhorando o serviço na Linha de Vendas Novas, no Ramal
do Setil.
O transporte ferroviário deverá estar articulado com uma rede de transporte
público rodoviário, que potencie a sua utilização de forma mas eficiente e que
deverá ter em atenção a necessidade de inclusão dos territórios mais dispersos
da Lezíria do Tejo. Esta característica obriga à reformulação da oferta de
transporte público rodoviário, que deverá ser alternativa e adaptada às
especificidades da procura.
Esta articulação pressupõe a valorização dos interfaces, que deverão responder
igualmente à necessidade de transferência de fluxos da rodovia para o transporte
colectivo, pressupondo a existência de infra-estruturas específicas que
promovam esta transferência, como parques de estacionamento e uma boa
acessibilidade aos interfaces/estações.
Finalmente, a medida em causa privilegia igualmente os modos suaves, tendo
sido identificada a rede ciclável proposta pelo Município de Santarém que,
embora não sendo de cariz supra-municipal, constitui um projecto estruturante e
sobretudo catalizador para intervenções semelhantes.
Objectivos Específicos da Medida
- Aumentar a atractividade do transporte ferroviário, melhorando a oferta e
valorizando os interfaces/estações.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
79.
- Melhorar e adaptar a oferta em transporte público rodoviário aos diferentes
segmentos de procura.
- Promover a articulação entre o transporte ferroviário e o sistema rodoviário,
quer em transporte público, como em transporte individual.
- Promover as deslocações em modos suaves.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
80.
MEDIDA 3.4 – Instrumentos de Organização e Gestão das Acessibilidades e da
Mobilidade
Justificação / Descrição da Medida
Esta Medida visa promover a elaboração de instrumentos de planeamento e
operacionais, que garantam uma reflexão global e integrada relativa à temática
das acessibilidades e da mobilidade, enquadrando todos os modos de transporte
e as interacções entre si e com o ordenamento do território.
Estes instrumentos deverão ser elaborados para as diferentes escalas de
planeamento a definir uma visão estratégica que promova a transferência modal
do transporte individual para os modos de transporte sustentáveis.
Esta reflexão deverá forçosamente englobar todos os modos de transporte, e
deverá passar por um processo de definição de objectivos e constrangimentos
que, associados a um conceito de deslocações, permitam enquadrar as acções a
empreender no território.
Nesta medida, incluem-se inúmeros projectos de índole local apresentados pelos
municípios que, enquadrados por instrumentos de planeamento e gestão,
correspondem a acções específicas de um projecto estruturante de mobilidade
sustentável.
Objectivos Específicos da Medida
- Promover a elaboração de instrumentos de planeamento e gestão das
acessibilidades e da mobilidade.
- Fomentar acções que visem a melhoria da qualidade de vida urbana.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
81.
EIXO 2 REGIÃO COM RECURSOS HUMANOS MAIS QUALIFICADOS
E COMPETÊNCIAS ACRESCIDAS
O presente eixo de intervenção tem como objectivo central a melhoria da
qualificação dos recursos humanos da Lezíria do Tejo, contribuindo para o
desenvolvimento de competências acrescidas e, por conseguinte, para o
fortalecimento dos factores estratégicos de competitividade regional.
Desta forma, procuram ultrapassar-se as principais carências detectadas na região no
domínio dos recursos humanos aquando da fase de diagnóstico. Destacam-se quatro
carências fundamentais.
Em primeiro lugar, constatou-se que os níveis de instrução e qualificação dos recursos
humanos da Lezíria do Tejo se encontram aquém dos desejáveis, existindo algumas
manchas territoriais mais rurais bastante carenciadas.
Por outro lado, o sistema de ensino e de formação profissional nem sempre tem
respondido convenientemente às necessidades do tecido produtivo e, por sua vez, este
não tem sabido potenciar as oportunidades decorrentes das instituições de ensino e
formação existentes na região.
Em terceiro lugar, não parece existir uma lógica de complementaridade entre instituições
de ensino e de formação profissional, verificando-se também algumas duplicações
desnecessárias de ofertas de formação.
Finalmente, subsistem problemas de equipamentação e de apetrechamento dos
estabelecimentos de ensino, particularmente nos que se destinam aos primeiros níveis do
ensino básico.
Neste contexto, o Eixo Região Com Recursos Humanos Mais Qualificados e com
Competências Acrescidas visa enquadrar acções que suportem a aposta decisiva que se
pretende fazer na inovação e no desenvolvimento tecnológico e, em paralelo, na melhoria
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
82.
do sistema de ensino e formação da região, na dupla componente organizacional/
imaterial e infraestrutural/ material.
O Eixo 2 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo encontra-se estruturado em três Linhas de
Intervenção: uma vocacionada para a componente imaterial/ organizacional e duas
vocacionadas para a componente material/ infraestrutural.
A Linha de Intervenção Valorização e Qualificação de Recursos Humanos procura
enquadrar intervenções na componente de formação, em diversas vertentes que vão
desde a formação inicial, à formação avançada, passando pela formação de activos e pelo
apoio ao empreendorismo; pretende-se também contribuir para a consolidação de um
sistema de formação mais eficiente e pertinente, promovendo uma maior articulação
entre instituições de ensino e formação e destas com o tecido empresarial.
A Linha de Intervenção Rede de Equipamentos de Ensino e Formação
Estruturantes tem como finalidade intervir nos equipamentos de ensino e formação de
maior fôlego e com um largo espectro territorial, designadamente no que se refere aos
estabelecimentos do ensino superior, do ensino secundário e profissional e, em menor
grau, nos estabelecimentos do 2º e 3º ciclos do ensino básico. Trata-se de equipamentos
que estão sob alçada da administração central e de entidades privadas.
Finalmente, a Linha de Intervenção Rede de Equipamentos Locais e Concelhios de
Ensino procura operacionalizar as principais acções preconizadas pelas Cartas Educativas
já homologadas dos onze municípios da Lezíria do Tejo. São intervenções que privilegiam
os estabelecimentos da educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico e que são da
competência directa das autarquias. Constituem intervenções fundamentais no alicerçar
de todo o processo de qualificação dos recursos humanos, numa perspectiva de
sustentabilidade a médio e longo prazo.
O Eixo Região Com Recursos Humanos Mais Qualificados e com Competências Acrescidas
da Agenda XXI da Lezíria do Tejo apresenta, assim, uma forte articulação com uma
das cinco prioridades estratégicas definidas pelo QREN: Promover a Qualificação
dos Portugueses, desenvolvendo e estimulando o conhecimento, a ciência, a tecnologia, a
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
83.
inovação, a educação e a cultura como principal garantia do desenvolvimento do país e
do aumento da sua competitividade.
Concomitantemente o Eixo 2 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo apresenta uma forte
articulação com dois dos objectivos definidos pelo Programa Operacional para o
Potencial Humano:
- superar o défice estrutural de qualificações da população portuguesa, consagrando o
ensino secundário como referencial mínimo em termos de qualificação, apostando
também na diversificação das vias profissionalizantes e na oferta de percursos de
formação flexíveis;
- estimular a criação e a qualidade do emprego, com ênfase na promoção do
empreendorismo e nos mecanismos de entrada dos jovens no mercado de trabalho.
Finalmente, este eixo articula-se com um dos cinco eixos prioritários definidos
pelo Programa Operacional do Alentejo: Conectividade e Articulação Territorial,
nomeadamente com a área de intervenção da rede de equipamentos e infra-estruturas
para a coesão social e territorial, onde se incluem os investimentos previstos pelas Cartas
Educativas, para o domínio da educação pré-escolar e para o 1º ciclo do ensino básico.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
84.
EIXO 2 Região com Recursos Humanos mais Qualificados e com Competências
Acrescidas
Linha de Intervenção 1
Valorização e Qualificação dos Recursos Humanos
Linha de Intervenção 2
Valorização e Qualificação de Ensino e Formação Estruturantes
Linha de Intervenção 3
Rede de Equipamentos Locais e Concelhios de Ensino
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
85.
LINHA DE INTERVENÇÃO 1
VALORIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
OBJECTIVO CENTRAL
A Linha de Intervenção 1 do Eixo 1 da Agenda XXI
procura contribuir para o aumento dos níveis de
qualificação dos recursos humanos da Lezíria do Tejo,
através de um conjunto de acções imateriais
desenvolvidas, essencialmente, pela rede de
equipamentos de ensino e formação profissional da
região.
Procura-se, a um tempo, aumentar o número de
indivíduos com acesso à formação (quer inicial quer
contínua) e, a outro, assegurar a qualidade, relevância e
eficácia das acções de formação a desenvolver.
Para a concretização desta Linha de Intervenção torna-
se fundamental desenvolver um conjunto de parcerias
alargadas, envolvendo estabelecimentos de ensino e
formação, centros tecnológicos, autarquias, associações
empresariais e sectoriais, entre outras.
MEDIDA 1.1 Formação Avançada
MEDIDA 1.2 Qualificação de Activos
MEDIDA 1.3 Apoio ao Empreendorismo e à Transição para a Vida Activa
MEDIDA 1.4 Qualificação Inicial
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
86.
Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção
A primeira Linha de Intervenção do Eixo 2 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo procura
apoiar um conjunto de intervenções imateriais que visam a melhoraria dos níveis de
qualificação dos recursos humanos da região.
Esta Linha de Intervenção possui duas finalidades fundamentais. Por um lado, pretende-
se reforçar a coesão social na Lezíria do Tejo, na medida em que o acesso à educação e
formação constitui um elemento fulcral na formação do indivíduo e, por conseguinte, na
sua integração social e territorial. Por outro lado, procura-se fortalecer os factores
estratégicos de competitividade regional, uma vez que se assume que a qualificação dos
recursos humanos é nos nossos dias um dos factores de sucesso das economias
regionais.
Dada a natureza transversal que o Programa Operacional Temático Potencial Humano
possui para todo o país, estruturou-se esta Linha de Intervenção em moldes semelhantes
aos desse programa operacional nacional, que pretende atingir quatro objectivos
principais:
- superar o défice estrutural de qualificações da população portuguesa, consagrando o
nível secundário como referencial mínimo de qualificação;
- promover o conhecimento científico, a inovação e a modernização do tecido produtivo e
da Administração Pública;
- valorizar o estimulo à criação e à qualidade do emprego, destacando-se a promoção do
empreendedorismo e o contacto dos jovens com o mercado de trabalho;
- promover a igualdade de oportunidades, distinguindo o desenvolvimento de estratégias
integradas e de base territorial para a promoção da inserção social de grupos vulneráveis
à exclusão social.
As acções de formação a desenvolver deverão pressupor uma forte cultura de parceria
entre agentes locais (instituições de ensino e formação, autarquias, associações
empresariais, empresas, entre outras), sendo essencial a componente territorial. Deste
modo, importa também proceder à monitorização das diversas acções de formação,
validando a sua pertinência e aferindo os seus impactes na base económica e territorial.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
87.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
88.
Tipologia de Acções a Privilegiar
Dada a natureza desta Linha de Intervenção – acções de natureza imaterial – não se
contemplam projectos de natureza supra-municipal e estruturante, na medida em que os
projectos a desenvolver terão necessariamente uma abrangência territorial mais
circunscrita.
Ainda assim, importa ter em consideração diversas tipologias de acções que, pelo seu
carácter inovador e demonstrativo, podem desempenhar um papel relevante na
qualificação dos recursos humanos da Lezíria do Tejo.
Tipologia de Acções a Privilegiar na Linha de Acção:
“Valorização e Qualificação dos Recursos Humanos”
Programas e Bolsas de Pós-Graduações e Mestrados
Contratos-Programa para inserção de Recursos Humanos Qualificados no Mercado de Trabalho (empresas, instituições, autarquias, …) Rede de Centros Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências
Cursos de Educação e Formação de Adultos
Cursos de Especialização Tecnológica de Nível IV
Cursos Profissionais de Nível III
Acções de Formação em E-Learning
Módulos de Formação Profissional em Alternância
Módulos de Formação Certificados e Pertinentes
Módulos de Formação para Gestão e Inovação na Administração Pública
Módulos de Formação para Gestão e Inovação Empresarial
Apoio a Iniciativas de Formação Territorialmente Especializadas
Rede de Centros de Formação de Gestão Participada
Apoios a Iniciativas Empresariais de Base Local
Apoio à Empregabilidade de Desempregados e Jovens à procura do 1º Emprego
Observatório Regional das Necessidades de Formação e Emprego
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
89.
MEDIDA 1.1 – Formação Avançada
Justificação / Descrição da Medida
A Medida 1.1 procura privilegiar a componente de formação de quadros
altamente qualificados, favorecendo, deste modo, o tecido empresarial e
institucional da Lezíria do Tejo, nomeadamente ao nível da inovação,
investigação científica e desenvolvimento técnico e tecnológico. Para o efeito
importa também valorizar os métodos de produção e gestão flexível e as novas
tecnologias da informação e da comunicação.
Pretende-se, assim, que as fileiras produtivas existentes e potenciais da região
passem a dispor de elevada modernização tecnológica, sustentada numa forte
articulação entre o tecido empresarial e as instituições de ensino, investigação e
formação existentes.
No fundo, esta Medida procura promover a convergência das qualificações
científicas e dos níveis de desempenho dos quadros superiores e dirigentes da
região com os níveis que se observam na generalidade dos países da União
Europeia.
Objectivos Específicos da Medida
- Melhorar a qualificação científica, técnica e tecnológica na região.
- Promover a qualificação avançada dos quadros superiores e dirigentes dos
recursos humanos da região.
- Aumentar o número de cursos de pós-graduações e de mestrados.
- Promover o emprego científico, com base em contratos-programa entre
instituições de ensino e de formação e empresas e instituições.
- Aumentar as actividades e recursos de I & D na Lezíria do Tejo, de acordo com
as necessidades das fileiras produtivas regionais.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
90.
MEDIDA 1.2 – Qualificação de Activos
Justificação / Descrição da Medida
A presente Medida procura intervir ao nível da qualificação da população activa
da região, quer na população empregada quer na população desempregada. A
concretização desta Medida revela-se fulcral para a melhoria dos níveis de
qualificação da maioria da população activa da região por duas ordens de razões.
Por um lado, porque existe um número significativo de activos com níveis de
qualificação aquém do desejável e, por outro, porque os modelos empresariais e
de produção actualmente vigentes apelam a uma grande capacidade de
flexibilidade e de adaptação de trabalhadores e empresários.
Por conseguinte, importa definir patamares mínimos de instrução e qualificação
dos recursos humanos (preferencialmente não inferiores ao 12º ano de
escolaridade ou a um curso profissionalizante de nível III). Para o efeito importa
apostar no reconhecimento, validação e certificação de competências adquiridas,
na oferta de formação profissionalizante, modular e certificada e em cursos de
educação-formação de adultos.
Objectivos Específicos da Medida
- Promover a qualificação dos recursos humanos, empregados e desempregados,
da região.
- Alargar as possibilidades de acesso à formação por parte da população activa.
- Expandir e consolidar o sistema de reconhecimento, validação e certificação de
competências.
- Diversificar as oportunidades de aprendizagem, de metodologias de trabalho e
de utilização das TIC para a população em idade activa.
- Promover a consolidação de um sistema produtivo competitivo, através de um
quadro qualificado de recursos humanos de nível intermédio.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
91.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
92.
MEDIDA 1.3 – Apoio ao Empreendedorismo e à Transição para a Vida Activa
Justificação / Descrição da Medida
A presente Medida procura intervir na vertente de transição para a vida activa,
privilegiando duas tipologias de acções fundamentais. Em primeiro lugar, procura
fomentar-se as iniciativas empresariais de base local que permitam reduzir a
dependência face ao emprego público e as situações de sub-emprego. Por outro
lado, pretende-se valorizar iniciativas que procurem apoiar os grupos que
possuem maiores dificuldades de inserção profissional (incluindo jovens à
procura do primeiro emprego), assim como iniciativas de apoio à reinserção
profissional de desempregados.
Esta Medida procura assumir os pressupostos de um dos eixos de intervenção do
Programa Operacional Temático Potencial Humano, distinguindo o
empreendedorismo como recurso fundamental das políticas activas,
contemplando-se o apoio a iniciativas empresariais de base local, que
privilegiarão pessoas desempregadas, jovens à procura do primeiro emprego e
activos em risco de desemprego e iniciativas de empreendedorismo feminino.
Objectivos Específicos da Medida
- Criar condições para o desenvolvimento de um espírito de empreendorismo, de
inovação e de modernização na Lezíria do Tejo.
- Apoiar iniciativas empresariais locais, que permitam a valorização dos recursos
endógenos e a criação de emprego.
- Promover a consolidação e diversificação da base económica local e regional.
- Desenvolver o microcrédito como factor de integração sócio-profissional e de
promoção da auto-estima de grupos sociais desfavorecidos.
- Apoiar a transição dos activos para o mercado de trabalho, dando ênfase aos
grupos sócio-profissionais em risco de desemprego de longa duração.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
93.
MEDIDA 1.4 – Qualificação Inicial
Justificação / Descrição da Medida
A Medida 1.3 tem como objectivo fundamental promover os níveis de qualificação
iniciais dos jovens da Lezíria do Tejo, de forma a prepará-los para os desafios da
sua inserção profissional num tecido empresarial que se pretende sólido,
inovador e competitivo.
Tal como é assumido no Programa Operacional Temático Potencial Humano
pretende-se fazer do 12º ano o referencial mínimo de escolaridade para todos e
assegurar que as ofertas profissionalizantes de dupla certificação passem a
representar metade das vagas em cursos que permitam a conclusão do ensino
secundário. Trata-se, pois, de uma estratégia que visa também fazer face aos
níveis elevados de retenção e abandono escolar no ensino secundário dos
diversos municípios da Lezíria do Tejo.
Concomitantemente, esta Medida procura fomentar as formações pós-
secundárias não superiores (designadamente os Cursos de Especialização
Tecnológica de nível IV), de forma a consolidar um quadro sustentado e
diversificado de recursos humanos com níveis de qualificação intermédios.
Objectivos Específicos da Medida
- Consolidar na Lezíria do Tejo um quadro diversificado de recursos humanos
com níveis de qualificação intermédios.
- Promover o nível secundário como patamar mínimo de qualificação para os
jovens.
- Aumentar e diversificar a oferta profissionalizante da região.
- Contribuir para a diminuição dos níveis de retenção e abandono do ensino
secundário na região.
- Promover a inserção profissional dos jovens, diminuindo as taxas de
desemprego à entrada na vida activa, em particular das mulheres.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
94.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
95.
LINHA DE INTERVENÇÃO 2
REDE DE EQUIPAMENTOS DE ENSINO E FORMAÇÃO ESTRUTURANTES
OBJECTIVO CENTRAL
Esta Linha de Intervenção contempla a construção,
ampliação e requalificação de equipamentos de ensino e
de investigação estruturantes, com um largo espectro
territorial. Trata-se, essencialmente, de equipamentos
do ensino superior, do ensino secundário e profissional
e, ainda dos 2º e 3º ciclos do ensino básico
(equipamentos que estão sob a responsabilidade da
administração central).
A consolidação de uma boa rede de equipamentos de
ensino e de investigação na Lezíria do Tejo possibilitará
melhorar os níveis de qualificação superiores e
intermédios dos recursos humanos, contribuindo assim
para modernização da base económica regional. Por
conseguinte, contribui-se para o fortalecimento dos
factores estratégicos de competitividade da região.
MEDIDA 2.1 Rede de Centros de I & D
MEDIDA 2.2 Equipamentos do Ensino Superior
MEDIDA 2.3 Equipamentos do Ensino e Formação Profissional
MEDIDA 2.4 Equipamentos dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico
e do Ensino Secundário
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
96.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
97.
Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção
As intervenções previstas para a segunda Linha de Intervenção estratégica do Eixo 2 da
Agenda XXI desenvolvem-se, fundamentalmente, ao nível do ensino superior e
profissional, prevendo-se ainda algumas intervenções para o ensino secundário e para os
2º e 3º ciclos do ensino básico (da competência da administração central).
Embora o ensino superior tenha vindo a registar um crescente dinamismo na Lezíria do
Tejo, sobretudo através do Instituto Politécnico de Santarém (que possui quatro
estabelecimentos na cidade de Santarém e um na cidade de Rio Maior) continuam a
subsistir carências e estrangulamentos, quer na reduzida oferta de cursos de âmbito
tecnológico (mais vocacionados para interagirem com o tecido produtivo local) quer na
insuficiente articulação entre estas instituições e as empresas regionais.
Tendo também em consideração as orientações do PNPOT e do PROT da Região do Oeste
e Vale do Tejo que procura reforçar o protagonismo de Santarém e da região em
actividades intensivas em conhecimento identificam-se quatro prioridades fundamentais:
- construção do Parque Tecnológico em Santarém, que acolheria a nova Escola Superior
de Tecnologias, bem como as instalações do Instituto Superior de Agronomia e da
Estação Agronómica Nacional, devendo ser dada ênfase à componente da Enologia;
- ampliação/ reconversão da Escola Superior de Enfermagem em Escola Superior de
Tecnologias da Saúde, de forma a diversificar a sua oferta de formação;
- construção das instalações definitivas da Escola Superior de Desporto de Rio Maior;
- concretização dos projectos da Universidade do Vinho em Alpiarça e da Escola de
Negócios no Cartaxo, privilegiando a formação avançada de recursos humanos.
Uma das apostas fundamentais para este eixo prende-se com a consolidação de uma rede
de equipamentos que permitam a formação de quadros de nível intermédio,
designadamente de cursos de Nível IV (Cursos de Especialização Tecnológica) e Cursos de
Nível III (sobretudo de Cursos Profissionais). Neste contexto uma boa rede de escolas
profissionais constitui o elemento fundamental para este processo. Contudo, importa
referir que a aposta em cursos profissionais poderá ser também efectuada através da
rede de escolas secundárias, de forma a potencializar os recursos materiais e humanos
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
98.
nela existentes. Neste contexto, a oferta de cursos profissionais deve ser efectuada de
um modo racional, privilegiando a complementaridade da oferta.
O diagnóstico efectuado pelas cartas educativas permitiu identificar dois territórios
carenciados em termos de oferta de cursos profissionais. Por um lado, no eixo urbano-
industrial-logístico Cartaxo/ Azambuja e, por outro, no eixo Almeirim/ Alpiarça/
Chamusca, com fortes potencialidades no domínio agro-alimentar.
Finalmente, esta Linha de Intervenção contempla ainda o investimento na construção e
ampliação/ requalificação de estabelecimentos dos 2º e 3º ciclos do ensino básico, por
forma a resolver as situações de sobre-ocupação e de carência existentes nas áreas
urbanas de maior dinamismo demográfico e económico.
Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal
Concelho Projecto
Almeirim Escola Profissional de Almeirim (a)
Alpiarça Universidade do Vinho do Vale do Tejo
Azambuja Escola Profissional da Azambuja (a)
Universidade Lusófona
Ampliação / Requalificação da Escola Secundária Benavente
Ampliação da EB 2,3 de S. Correia para EB 2,3/S
Escola de Negócios do Vale do Tejo Cartaxo
Novo Edifício da EB 2,3 José Tagarro
Centro de Formação e Gestão Ambiental Chamusca
Centro de Formação e Educação Social
Golegã Pólo da Escola Nacional de Equitação
Instalações da Escola Superior de Desporto – IPS Rio Maior
Centro Escolar Integrado de Rio Maior – Sul
Parque Tecnológico e de Ensino Superior - Santarém
Escola Superior de Tecnologias da Saúde - IPS Santarém
Novas Instalações da Escola Profissional do Vale Tejo
(a) Pode ser efectuada através de uma nova Escola Profissional ou através da ampliação/ adaptação de instalações da Escola Secundária
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
99.
MEDIDA 2.1 – Rede de Centros de I & D
Justificação / Descrição da Medida
Esta Medida procura ultrapassar uma das principais carências da região:
insuficiência de instituições de investigação e desenvolvimento. Com efeito,
trata-se de uma componente primordial em termos de competitividade regional.
Por conseguinte, pretende-se valorizar e reforçar a interacção entre instituições
de ensino superior e as instituições de I&D (públicas ou privadas) e o sector
empresarial (cooperação, redes, mobilidade de investigadores, entre outras).
Neste contexto, a mobilização das instituições públicas e privadas de ensino
superior existentes na região (Instituto Politécnico de Santarém e ISLA), bem
como de outras instituições de investigação existentes na região (com destaque
para a Estação Zootécnica Nacional) e ainda de associações empresariais (com
destaque para o NERSANT) pode constituir um elemento de alavancagem fulcral
neste processo.
As parcerias público-privadas revestem-se também como uma metodologia de
actuação fundamental para a operacionalização da Medida Rede de Centros de
I&D da Lezíria do Tejo.
Objectivos Específicos da Medida
- Valorizar e reforçar a interacção entre instituições de ensino superior e as
instituições de I&D e o sector empresarial.
- Promover o desenvolvimento de dinâmicas institucionais e de parcerias público-
privadas, geradores de territórios inovadores e competitivos.
- Estimular o desenvolvimento de actividades de I&D por parte do sector
empresarial.
- Melhorar a qualificação científica, técnica e tecnológica na região.
- Criar condições para o desenvolvimento de um espírito de empreendorismo, de
inovação e de modernização na Lezíria do Tejo.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
100.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
101.
MEDIDA 2.2 – Equipamentos do Ensino Superior
Justificação / Descrição da Medida
A Medida 2.2 procura intervir na rede de equipamentos do ensino superior da
Lezíria do Tejo, procurando consolidar e diversificar a oferta actualmente
existente. Pretende-se dar prossecução às orientações do PNPOT, que procura
reforçar o protagonismo de Santarém e da região em actividades intensivas em
conhecimento.
Neste contexto importa proceder à construção do Parque Tecnológico e de Ensino
Superior de Santarém, que deverá incluir diversas valências, tais como a Escola
Superior de Tecnologias e as novas instalações do Instituto Superior de
Agronomia, bem como da Estação Agronómica Nacional.
Simultaneamente, há que apostar, fundamentalmente, na consolidação do ensino
politécnico, através da construção das instalações da Escola Superior de
Desporto em Rio Maior, bem como da ampliação e reconversão da Escola
Superior de Enfermagem de Santarém em Escola Superior de Tecnologias da
Saúde, de forma a diversificar a oferta de formação em domínios nos quais a
região está carenciada, tal como o de técnicos de saúde.
Objectivos Específicos da Medida
- Consolidar e diversificar a oferta do ensino superior politécnico da região.
- Criar ofertas de formação superior em áreas tecnológicas, indo ao encontro das
necessidades do tecido produtivo regional.
- Permitir a formação de recursos humanos em áreas em que a região está
carenciada.
- Reforçar o protagonismo de Santarém em actividades intensivas em
conhecimento.
- Promover a qualificação avançada dos recursos humanos.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
102.
MEDIDA 2.3 – Equipamentos do Ensino e Formação Profissional
Justificação / Descrição da Medida
Esta Medida pretende consolidar a oferta do ensino profissional na região da
Lezíria do Tejo. Com efeito, o ensino profissional tem vindo a revelar um forte
dinamismo, sendo elevada a taxa de empregabilidade dos seus alunos. Se numa
primeira fase a oferta de cursos profissionais se restringia essencialmente às
escolas profissionais, actualmente essa oferta foi alargada às escolas
secundárias. Por conseguinte, esta Medida pode contemplar intervenções em
Escolas Profissionais, Centros de Formação Profissional (de gestão directa ou de
gestão participada) e ainda em Escolas Secundárias (na componente de
infraestruturação e equipamentação especificamente destinada a cursos
profissionais).
Embora esta medida contemple essencialmente estabelecimentos que ofereçam
cursos de nível III, não deve ser descurado o desenvolvimento de novos modelos
instituicionais de formação, como são os casos dos projectos da Universidade do
Vinho em Alpiarça e da Escola de Negócios do Cartaxo (projectos de carácter
supra-municipal) e que deverão privilegiar os CET (Cursos de Especialização
Tecnológica) e os Cursos de Pós-Graduação.
Objectivos Específicos da Medida
- Consolidar e diversificar a oferta do ensino profissional da região.
- Melhorar a cobertura territorial do ensino profissional da região.
- Criar ofertas de formação intermédias em áreas tecnológicas, indo ao encontro
das necessidades do tecido produtivo regional.
- Permitir a formação de recursos humanos em áreas em que a região está
carenciada.
- Criar novos modelos institucionais e formativos.
- Promover a qualificação dos recursos humanos.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
103.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
104.
MEDIDA 2.4 – Equipamentos dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino
Secundário
Justificação / Descrição da Medida
Embora a rede de equipamentos dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino
secundário (essencialmente constituída por EB 2,3 e por E. Secundárias) se
apresente globalmente adequada e em bom estado na região da Lezíria do Tejo,
existem alguns problemas e carências que importa resolver, dando prossecução
aos investimentos contemplados nas cartas educativas
Em primeiro lugar, nalguns municípios de maior dinâmica demográfica (casos da
Azambuja, Benavente, Cartaxo e Rio Maior) importa proceder à construção e/ou
ampliação de estabelecimentos que permitam acabar com situações de sobre-
ocupação de equipamentos. Por outro lado, há que melhorar a equipamentação,
climatização e apetrechamento técnico-pedagógico de alguns estabelecimentos
(sobretudo dos que possuem uma idade mais avançada), em estreita articulação
com os programas de modernização do parque escolar do próprio Ministério da
Educação. Neste domínio, uma das vertentes fundamentais consiste na conclusão
da construção de pavilhões polidesportivos nos diversos estabelecimentos destes
níveis de ensino.
Objectivos Específicos da Medida
- Melhorar a infraestruturação, equipamentação e climatização dos
estabelecimentos dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário.
- Melhorar o apetrechamento técnico-pedagógico dos estabelecimentos dos 2º e
3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário.
- Resolver as situações de sobre-ocupação de estabelecimentos existentes.
- Contribuir para a melhoria da prática da educação física nos estabelecimentos
de ensino.
- Possibilitar a melhoria da prática pedagógica nas escolas, contribuindo para a
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
105.
diminuição das taxas de retenção e abandono (sobretudo no ensino secundário).
LINHA DE INTERVENÇÃO 3
REDE DE EQUIPAMENTOS LOCAIS E CONCELHIOS DE ENSINO
OBJECTIVO CENTRAL
Esta Linha de Intervenção tem por objectivo
operacionalizar as intervenções previstas pelas Cartas
Educativas já homologadas dos municípios da Lezíria do
Tejo. As Cartas Educativas são, a nível municipal, o
instrumento de planeamento e ordenamento de edifícios
e equipamentos educativos a localizar nos diversos
concelhos.
Estes instrumentos procuram dar uma visão
territorializada às políticas educativas, favorecendo um
ensino de qualidade e pedagogicamente enriquecedor e,
ao mesmo tempo, promovendo a equipamentação do
território, numa lógica de consolidação de um sistema
territorial mais equilibrado, coeso e eficiente.
MEDIDA 3.1 Rede Fundamental de Centros Escolares
MEDIDA 3.2 Centros e Núcleos Escolares Complementares
MEDIDA 3.3 Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico
MEDIDA 3.4 Jardins de Infância
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
106.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
107.
Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção
A rede de equipamentos locais e concelhios de ensino corresponde, no essencial aos
estabelecimentos que são da competência das autarquias locais – jardins de infância e
escolas do 1º ciclo do ensino básico.
A rede de equipamentos actualmente existente da educação pré-escolar e do 1º ciclo do
ensino básico revela-se obsoleta, sobretudo tendo em consideração que muitos
estabelecimentos foram edificados segundo tipologias desajustadas face às necessidades
actuais (sobretudo os que foram edificados ao abrigo dos Planos Centenários).
As Cartas Educativas elaboradas e já homologadas permitiram detectar dois tipos de
carências fundamentais. Por um lado, nas sedes de concelho e nos principais centros
urbanos existem insuficiências na oferta pública da educação pré-escolar e do 1º ciclo do
ensino básico, onde, não raras vezes as situações de sobre-ocupação são resolvidas
através do recurso ao regime duplo. Por outro lado, nas freguesias rurais com maiores
índices de envelhecimento, a rede de oferta de equipamentos (sobretudo do 1º ciclo)
releva-se muito extensa, dispersa e através de equipamentos de pequena dimensão mal
apetrechados.
Por conseguinte, pretende-se criar uma rede de equipamentos de âmbito local e concelhio
que permitam uma aprendizagem qualificada e qualificante. Procura-se,
fundamentalmente, privilegiar a construção e/ou adaptação de edifícios para centros
escolares integrados, que contemplem espaços para a educação pré-escolar e salas de
aula para o 1º ciclo do ensino básico, mas também salas polivalentes para o
prolongamento de horário e para as actividades de complemento curricular (permitindo
assim a escola a tempo inteiro), centros de recursos bem apetrechados, salas para a
Expressão Físico-Motora, Campos de Jogos Exteriores, Cozinha e Refeitório e Espaços
Exteriores Cobertos e Descobertos adequados.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
108.
Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal
Dada a natureza desta Linha de Intervenção – acções que abrangem equipamentos de
âmbito local e concelhio – não se contemplam projectos de natureza supra-municipal, na
medida em que os estabelecimentos existentes ou a construir têm uma irradiação
territorial circunscrita (geralmente ao nível da freguesia ou do concelho). Ainda assim,
poderão existir intervenções pontuais que possam servir franjas territoriais de mais do
que um concelho.
Tendo em consideração a tipologia de projectos a desenvolver na Linha de Acção Rede de
Equipamentos Locais e Concelhios de Ensino, considera-se que os novos centros escolares
a edificar nas sedes de concelho e nos principais centros urbanos constituem projectos
estruturantes para a Lezíria do Tejo, até pelo seu carácter inovador e demonstrativo no
que se refere à oferta educativa.
Projectos Estruturantes da Linha de Acção :
“Rede de Equipamentos Locais e Concelhios de Ensino”
Concelho Projecto
Centro Escolar de Almeirim Almeirim
Centro Escolar de Fazendas de Almeirim
Alpiarça Centro Escolar de Alpiarça
Centro Escolar nº 1 da Azambuja Azambuja
Centro Escolar de Aveiras de Cima
Construção da EB1 (nº3) de Benavente Benavente
Construção da EB 1 nº3 de Samora Correia
Requalificação da Escola José Tagarro para EB 1/JI Cartaxo
Ampliação da EB2,3 de Pontével para EBI
Coruche Centro Escolar de Coruche
Golegã Centro Escolar da Golegã
Centro Escolar de Alcobertas Rio Maior
Centro Escolar de Rio Maior
S. Magos Centro Escolar de Salvaterra de Magos
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
109.
Centro Escolar de Marinhais
Centro Escolar do Jardim de Baixo - Santarém
Centro Escolar do Sacapeito - Santarém
Centro Escolar de Santarém – Norte
Santarém
Centro Escolar de Alcanede
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
110.
MEDIDA 3.1 – Rede Fundamental de Centros Escolares
Justificação / Descrição da Medida
Esta Medida contempla a construção de Centros Escolares, que agregam
simultaneamente a educação pré-escolar e o 1º ciclo do ensino. Estes centros
contemplam também salas polivalentes para o prolongamento de horário na
educação pré-escolar e para o desenvolvimento de actividades de complemento
e enriquecimento curricular no 1º ciclo do ensino básico. Os centros escolares
devem ainda possuir centros de recursos bem apetrechados, salas para a
Expressão Físico-Motora, Campos de Jogos Exteriores, Cozinha e Refeitório e
Espaços Exteriores Cobertos e Descobertos adequados.
Os centros escolares devem possuir, no mínimo, quatro salas para o 1º ciclo do
ensino básico, duas salas para a educação pré-escolar e duas salas polivalentes.
Dada a dimensão destes estabelecimentos, os territórios a privilegiar serão as
sedes de concelho e os principais centros urbanos da região. As intervenções a
desenvolver poderão contemplar novas edificações ou adaptações de
equipamentos existentes, através da sua reabilitação e/ou ampliação.
Objectivos Específicos da Medida
- Promover uma nova lógica integrada de oferta educativa.
- Potenciar as complementaridades entre as diversas valências de ensino.
- Melhorar a qualidade da oferta educativa na educação pré-escolar e no 1º ciclo
do ensino básico.
- Facilitar o desenvolvimento de processos de ensino-aprendizagem inovadores e
pedagogicamente enriquecedores.
- Permitir o prolongamento de horário e a oferta de actividades de complemento
curricular e, por conseguinte, o funcionamento da escola a tempo inteiro.
- Desenvolver uma rede de equipamentos de ensino de proximidade, que
permitam responder às necessidades dos bairros de maior expansão urbana.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
111.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
112.
MEDIDA 3.2 – Centros e Núcleos Escolares Complementares
Justificação / Descrição da Medida
Tal como na Medida 3.1, esta Medida visa a construção de Centros Escolares,
que agregam simultaneamente a educação pré-escolar e o 1º ciclo do ensino.
Estes centros contemplam também salas polivalentes, centros de recursos,
Cozinha e Refeitório e Espaços Exteriores Cobertos e Descobertos adequados.
A principal diferença relativamente à medida anterior, é que esta medida
contempla centros e núcleos escolares de menor dimensão, geralmente
constituído por duas ou três salas para o 1º ciclo do ensino básico, uma ou duas
salas para a educação pré-escolar e, pelo menos, uma sala polivalente para o
desenvolvimento das actividades de complemento curricular.
Por conseguinte, esta medida procura privilegiar territórios com uma menor
ocupação populacional, designadamente as freguesias rurais em que a rede de
equipamentos actual é bastante dispersa. Sempre que possível, procura-se
manter a oferta da educação pré-escolar e do 1º ciclo em cada uma das
freguesias da região.
Objectivos Específicos da Medida
- Promover uma nova lógica integrada de oferta educativa.
- Potenciar as complementaridades entre as diversas valências de ensino.
- Melhorar a qualidade da oferta educativa na educação pré-escolar e no 1º ciclo
do ensino básico.
- Facilitar o desenvolvimento de processos de ensino-aprendizagem inovadores e
pedagogicamente enriquecedores.
- Permitir o prolongamento de horário e a oferta de actividades de complemento
curricular e, por conseguinte, o funcionamento da escola a tempo inteiro.
- Promover o reordenamento da oferta de ensino actualmente existente,
valorizando a concentração da oferta (privilegiando as sedes de freguesia).
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
113.
MEDIDA 3.3 – Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico
Justificação / Descrição da Medida
A presente medida procura intervir em equipamentos especificamente destinados
ao 1º ciclo do ensino básico. Pretende-se desenvolver uma tipologia de projectos
que permita, por um lado, apetrechar convenientemente estabelecimentos já
existentes e, por outro, proceder à construção de novos equipamentos em
territórios educativos em que não se justifique e/ou não seja possível proceder à
construção de centros escolares integrados.
Neste contexto, esta medida deverá privilegiar a construção e reabilitação de
escolas do 1º ciclo do ensino básico em centros urbanos de maior dimensão,
sobretudo em bairros de expansão urbana, devendo ter uma lógica de
complementaridade relativamente a outros equipamentos do agrupamentos de
escolas em que está integrado (designadamente de centros escolares).
Não obstante, estes equipamentos deverão também ser convenientemente
apetrechados em termos técnico-pedagógicos, incluindo salas polivalentes para
actividades de complemento curricular, centro de recursos, bem como espaços
exteriores adequados.
Objectivos Específicos da Medida
- Melhorar a qualidade da oferta educativa no 1º ciclo do ensino básico.
- Facilitar o desenvolvimento de processos de ensino-aprendizagem inovadores e
pedagogicamente enriquecedores.
- Permitir a oferta de actividades de complemento curricular e, por conseguinte,
o funcionamento da escola a tempo inteiro.
- Desenvolver uma rede de equipamentos de ensino de proximidade, que
permita responder às necessidades dos bairros de maior expansão urbana.
- Resolver carências específicas na oferta do 1º ciclo, permitindo que todos os
estabelecimentos disponibilizem o horário normal de funcionamento.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
114.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
115.
MEDIDA 3.4 – Jardins de Infância
Justificação / Descrição da Medida
A presente medida procura intervir em equipamentos especificamente destinados
à educação pré-escolar. Pretende-se desenvolver uma tipologia de projectos que
permita, por um lado, apetrechar convenientemente estabelecimentos já
existentes e, por outro, proceder à construção de novos equipamentos em
territórios educativos em que não se justifique e/ou não seja possível proceder à
construção de centros escolares integrados.
Neste contexto, esta medida deverá privilegiar a construção e reabilitação de
Jardins de Infância em centros urbanos de maior dimensão, sobretudo em
bairros de expansão urbana, devendo ter uma lógica de complementaridade
relativamente a outros equipamentos do agrupamentos de escolas em que está
integrado (designadamente de centros escolares).
Não obstante, estes equipamentos deverão também ser convenientemente
apetrechados em termos técnico-pedagógicos, incluindo salas polivalentes para o
prolongamento de horário, centro de recursos, bem como espaços exteriores
adequados.
Objectivos Específicos da Medida
- Aumentar a taxa de cobertura da educação pré-escolar na Lezíria do Tejo para
valores próximos da média europeia.
- Melhorar a qualidade da oferta educativa na educação pré-escolar.
- Melhorar o apetrechamento técnico-pedagógico dos Jardins de Infância.
- Permitir a oferta de actividades de complemento curricular e, por conseguinte,
o prolongamento de horário.
- Desenvolver uma rede de equipamentos de ensino de proximidade, que
permita responder às necessidades dos bairros de maior expansão urbana.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
116.
EIXO 3
REGIÃO MAIS COMPETITIVA E INOVADORA
O terceiro Eixo de Intervenção da Agenda 21 Regional da Lezíria do Tejo tem como
objectivo central o reforço da competitividade desta região, apostando na
inovação em actividades económicas com maior potencial de desenvolvimento
competitivo e na penetração dos novos factores de competitividade no tecido
empresarial e institucional.
Pretende assim criar as condições propícias à dinamização da capacidade concorrencial da
Lezíria do Tejo num mercado cada vez mais alargado e exigente.
Os territórios deparam-se actualmente com novos e importantes desafios competitivos,
motivados, em grande parte, pela crescente integração internacional de tecnologias e
mercados, indutora de um brutal recrudescimento da concorrência (em termos de
competitividade-valor e de competitividade-custo) nos vários sectores de actividade
económica.
O elemento condutor da competitividade regional é portanto a capacidade em criar uma
envolvente que estimule a inovação contínua, o up-grading das actividades mais
importantes no perfil de especialização produtiva, o desenvolvimento de sectores
emergentes e com uma procura muito dinâmica no mercado e o envolvimento de todos
os actores regionais nestes processos.
A Lezíria do Tejo enfrenta grandes desafios ao nível da inovação e competitividade.
Algumas actividades desempenham um papel importante no perfil de especialização e
podem ser encaradas numa óptica de fileira produtiva, mas existem ainda debilidades ao
nível da articulação de todos os segmentos de negócio e de todos os actores cruciais
nestas fileiras, sendo portanto fundamental a densificação e agilização das mesmas. Por
outro lado, surgem fortes oportunidades de negócio em novas actividades, algumas delas
complementares às fileiras já existentes.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
117.
Factores como a inovação, a transferência tecnológica, a cooperação empresarial e
institucional, a modernização dos modelos de gestão organizacional e o desenvolvimento
de mecanismos e infra-estruturas de apoio à actividade económica merecem uma atenção
especial no quadro da definição de uma estratégia concertada de competitividade para a
Lezíria do Tejo.
É neste contexto que se justifica a pertinência do Eixo Região Mais Competitiva e
Inovadora na estratégia de desenvolvimento proposta na Agenda 21 Regional Lezíria do
Tejo.
Este Eixo está estruturado em quatro Linhas de Intervenção. Como grande parte da
competitividade regional depende de iniciativas de natureza imaterial (ligadas aos
factores dinâmicos de competitividade, intangíveis, como o conhecimento, a inovação ou
a cooperação), três das quatro linhas de intervenção são vincadamente imateriais.
Apenas uma linha de intervenção (a Linha de Intervenção 3) está orientada para
iniciativas materiais de infra-estruturação do território regional na óptica de suporte à
competitividade da sua estrutura económica.
A Linha de Intervenção 1 – Densificação de Fileiras Económicas e Incorporação
de Factores Dinâmicos de Competitividade nas Empresas pretende aprofundar e
tornar mais competitivas as fileiras produtivas existentes na região e dinamizar as fileiras
potenciais ou emergentes, incrementando a cooperação empresarial e institucional e
articulando o sistemas empresarial e educacional.
A Linha de Intervenção 2 – Inovação e Renovação do Modelo Empresarial e do
Padrão de Especialização visa promover a inovação no tecido produtivo regional,
incentivar e apoiar actividades em áreas de negócio emergentes e de base tecnológica,
além de incentivar a modernização do modelo de gestão empresarial e organizacional,
reforçando desta forma a capacidade concorrencial de empresas e organizações.
A Linha de Intervenção 3 – Redes e Infra-Estruturas de Suporte à
Competitividade procura dotar a região de infra-estruturas indispensáveis ao
acolhimento de empresas e de instituições de I&D, à incubação empresarial e ao acesso e
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
118.
utilização de informação, através do recurso às modernas Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC).
Finalmente, a Linha de Intervenção 4 – Redução dos Custos Públicos de Contexto
pretende ultrapassar factores constrangedores da competitividade ligados à ineficiência
de determinados serviços públicos importantes no apoio à actividade económico, à
excessiva burocratização e à insuficiente e ineficaz disponibilização de informação crucial
para os empresários e potenciais investidores.
Considerando as Linhas de Intervenção supracitadas, conclui-se pela elevada
articulação deste Eixo com uma das cinco prioridades estratégicas definidas no
Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN): Promover o Crescimento
Sustentado, que se pretende concretizar através “do aumento da competitividade dos
territórios e das empresas, da redução dos custos públicos de contexto (…), da
qualificação do emprego e da melhoria da produtividade e da atracção e estímulo ao
investimento empresarial qualificante” (QREN, página 93).
Por outro lado, refira-se que este Eixo converge em larga medida com os vários
objectivos definidos no Programa Operacional Factores de Competitividade:
� Qualificação do tecido produtivo, por via do upgrading do perfil de especialização e
dos modelos empresariais;
� Maior orientação para os mercados internacionais do conjunto da economia
portuguesa, por via do incremento da produção transaccionável ou internacionável;
� Qualificação da Administração Pública e da eficiência da acção do Estado, por via
da modernização da Administração Pública e da promoção de uma cultura de serviço
público centrado no cidadão e nas empresas;
� Promoção de uma economia baseada no conhecimento e na inovação, por via do
estímulo ao desenvolvimento científico e tecnológico e do fomento do empreendedorismo.
Concomitantemente, as Medidas previstas neste Eixo, e as linhas de acção e projectos
estruturantes que as consubstanciam, apresentam uma forte articulação com os
seguintes Eixos Prioritários daquele Programa Operacional Temático: Eixo
Prioritário I – Conhecimento e Desenvolvimento Tecnológico; Eixo Prioritário II –
Inovação e Renovação do Modelo Empresarial e do Padrão de Especialização; Eixo
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
119.
Prioritário III – Financiamento e Partilha de Risco da Inovação; Eixo Prioritário IV – Uma
Administração Pública Eficiente e de Qualidade; Eixo Prioritário V – Redes e Acções
Colectivas de Desenvolvimento Empresarial.
Merece também referência a forte articulação deste terceiro Eixo da Estratégia da
Agenda 21 Regional Lezíria do Tejo com dois Eixos Prioritários do Programa
Operacional do Alentejo: Competitividade, Inovação e Conhecimento e Governação e
Capacitação Institucional.
EIXO 3
REGIÃO MAIS COMPETITIVA E INOVADORA
Linha de Intervenção 1 Densificação de Fileiras Económicas e Incorporação de Factores Dinâmicos
de Competitividade nas Empresas
Linha de Intervenção 2 Inovação e Renovação do Modelo Empresarial e do Padrão de
Especialização
Linha de Intervenção 3 Redes e Infra-Estruturas de Suporte à Competitividade
Linha de Intervenção 4 Redução dos Custos Públicos de Contexto
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
120.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
121.
LINHA DE INTERVENÇÃO 1
DENSIFICAÇÃO DE FILEIRAS ECONÓMICAS E INCORPORAÇÃO DE FACTORES
DINÂMICOS DE COMPETITIVIDADE NAS EMPRESAS
OBJECTIVO CENTRAL
Esta Linha de Intervenção tem como principal intuito criar as
condições necessárias ao reforço da competitividade das
actividades económicas da Lezíria do Tejo, encaradas numa
óptica de fileira produtiva ou de um amplo e consistente
sistema de articulação (sistema input-output) de actividades
e actores complementares ao longo da cadeia de valor.
Visa, por um lado, densificar ou consolidar as fileiras
produtivas já existentes na região mas que apresentam
ainda debilidades ao nível dos novos factores competitividade
e, por outro, apoiar fileiras produtivas que denotam fortes
potencialidades de desenvolvimento (em articulação ou não
com as fileiras produtivas existentes).
Como a ligação entre os vários actores é um factor-chave da
competitividade e da própria densificação de fileiras, esta
Linha de Intervenção visa também a promoção da
cooperação empresarial e institucional e a
complementaridade/adequação entre o sistema de
educação/formação e o sistema produtivo.
MEDIDA 1.1 Apoio à ascensão de valor nas fileiras produtivas existentes
MEDIDA 1.2 Apoio a fileiras produtivas emergentes
MEDIDA 1.3 Incentivos à cooperação empresarial e institucional
MEDIDA 1.4 Articulação entre sistemas de educação/formação e sistema
empresarial
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
122.
A primeira Linha de Intervenção do Eixo 3 da Agenda 21 Regional da Lezíria do Tejo visa
apoiar um conjunto de intervenções imateriais, destinadas a reforçar as fileiras produtivas
existentes na região e, ao mesmo tempo, criar as condições de desenvolvimento de
fileiras que apresentam forte potencial de crescimento e competitividade no mercado
globalizado.
Entende-se por fileira um agrupamento de empresas e instituições de apoio à actividade
económica que, na maioria dos casos, partilham um mesmo território e que se
especializam em actividades que integram a mesma cadeia de valor (sistema
input/output), desenvolvendo vínculos de cooperação e aprendizagem comuns.
O principal objectivo desta Linha de Intervenção é a densificação de fileiras produtivas na
estrutura económica da Lezíria do Tejo. Esta densificação não significa apenas criar mais
e melhores empresas nas fileiras produtivas já existentes (com maior ou menor nível de
aprofundamento) mas passa, também, por uma diversificação e desdobramentos no seu
interior e pelo aparecimento de novas actividades industrias e de serviços, numa rede de
complementaridades do padrão de especialização regional.
A consolidação das várias fileiras deve estar associada a uma lógica de intensificação do
relacionamento entre empresas e instituições e de articulação entre o sistema de
educação/formação e o sistema empresarial.
Atendendo a que factores como o “isolamento” dos actores empresariais e institucionais e
o desajustamento entre as qualificações proporcionadas pelo sistema educativo e as
necessidades das empresas são problemas amplamente referidos e presentes na maioria
dos territórios de Portugal, incluindo a Lezíria do Tejo, esta Linha de Intervenção
pretende incentivar a cooperação empresarial e institucional e promover a articulação
entre aqueles sistemas regionais.
Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção 1
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
123.
Projectos Estruturantes e de Natureza Supranicipal
Dada a natureza desta Linha de Intervenção – acções de natureza imaterial – não são
contemplados projectos de natureza supra-municipal e estruturante, na medida em que
estes projectos terão necessariamente uma abrangência territorial mais circunscrita.
Tipologia de Acções a Privilegiar na Linha de Intervenção 1:
Apoio a todas as actividades integrantes nas fileiras produtivas da região, nomeadamente a agricultura, a pecuária, a agro-indústria, o cavalo/touro e a indústria automóvel Certificação de todas as empresas e instituições das várias fileiras
Contratos-Programa para inserção de activos altamente qualificados nas actividades das várias fileiras produtivas Apoio à articulação entre actores e actividades das várias fileiras Incentivo à exploração das economias de aglomeração/vizinhança Programa de partilha de informações sobre empresas, sectores de actividade e instituições com potencial de articulação e cooperação Apoio financeiro à cooperação empresarial e institucional
Articulação entre currículos do ensino profissional e superior e necessidades das empresas em termos de competências dos recursos humanos Participação dos empresários nos cursos profissionais e superiores da região Projectos-piloto de integração de jovens técnicos e investigadores nas empresas da região Iniciativa “Dia Empresa de Portas Abertas” Patrocínio empresarial de actividades escolares Apoio à ascensão na cadeia de valor de todas as fileiras produtivas, através de acções que permitam a introdução de novos factores de competitividade (inovação e conhecimento) Desenvolvimento de novas actividades ligadas à indústria automóvel e apoio à reinserção profissional dos trabalhadores da Opel/General Motors da Azambuja Apoio à integração de todas as empresas da região fornecedoras de componentes para a indústria automóvel no parque de fornecedoras de outras unidades de montagem Projectos de cooperação entre empresas e instituições de ensino e I&D localizadas na região ou em regiões e países com perfil de especialização semelhante ao da Lezíria do Tejo Fortalecimento e inter-ligação das várias associações profissionais e sectoriais
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
124.
Apoio à agricultura (em consonância com várias Políticas – Política Agrícola Comum, Política Europeia de Ambiente –, Programas e Medidas Nacionais e Comunitárias de apoio à agricultura e ao mundo rural e acompanhamento dos respectivos processos de candidatura), tendo como objectivo a viabilização do Desenvolvimento Rural Criar e melhorar infra-estruturas necessárias ao desenvolvimento das zonas rurais e actividades agrícolas (electrificação rural, melhoria dos caminhos rurais, acesso a comunicações e melhoria de vias rodoviárias). Apoio à agricultura biológica Certificação dos produtos regionais Criação de viveiros e banco de sementes de espécies regionais Criação de Zonas de Frio Industrial, de apoio às pequenas e médias empresas agrícolas (em particular no concelho de Coruche) Apoio à silvo-pastorícia e pecuária de elevada qualidade Consolidação da fileira do cavalo e do touro, com a aposta na I&D em todas as actividades (centrada na Zootécnica Avançada) Captação de investidores e desenvolvimento de actividades de I&D no domínio da biotecnologia alimentar, ciências da vida (nutrição-saúde, zootécnica avançada, farmacêutica e biomedicamentos, desporto-saúde e ambiente-saúde pública), automóvel (prototipagem, design, ensaios e segurança automóvel), aeronáutica, ambiente/energia e floresta (cortiça) Taskforce para cada uma das fileiras produtivas, que integre representantes dos vários actores seleccionados como fundamentais à dinamização das mesmas Levantamento/estudo de políticas conduzidas noutros países destinadas ao desenvolvimento de fileiras produtivas e actividades estratégicas para a região Apoio à qualificação da oferta turística, em consonância com os produtos turísticos definidos no Plano Estratégico Nacional para o Turismo (PENT) que apresentam maior potencial na região, com especial ênfase nos produtos touring cultural e paisagístico, turismo de natureza e gastronomia e vinhos. Qualificação da oferta de alojamento turístico em toda a região
Projectos inter-municipais de promoção turística integrada, em articulação com privados. Exemplos: - Dinamização de rotas turísticas temáticas, algumas já existentes (exemplos: rota do património arqueológico; rota do património religioso; rota do gótico; rota do vinho; rota do cavalo e do touro; rota dos habitats e aves); - Sinalização turística; - Continuação da aposta na valorização turística e ambiental das margens do rio Tejo e seus afluentes; - Promoção da ligação do desporto ao lazer e turismo (turismo desportivo relacionado com pesca desportiva, a caça, as actividades equestres e desportos náuticos – turismo fluvial); - Promoção de cruzeiros no rio Tejo; - Dinamização do CNEMA como pólo de turismo de eventos e de negócios; - Construção de percursos pedestres, equestres e ciclovias; - Requalificação dos caminhos de Fátima e de Santiago.
MEDIDA 1.1 – Apoio à ascensão de valor nas fileiras produtivas existentes
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
125.
Justificação / Descrição da Medida 1.1
Na Lezíria do Tejo existem fileiras produtivas que têm desempenhado um papel
importante na dinamização da actividade económica da região, como sejam a
agro-pecuária/agro-indústria, o cavalo/touro e a indústria automóvel.
Estas fileiras dispõem de uma estrutura empresarial (e, em alguns casos,
institucional) que cobre grande parte das actividades que contribuem para a
“construção” e funcionamento de um sistema input-output.
Todavia, verificam-se ainda algumas debilidades e falhas de articulação em
certas actividades que compõem as várias fileiras. É assim primordial conseguir
efectivar e aprofundar as sinergias entre todas as actividades integradoras da
fileira produtiva, de forma a reforçar a competitividade do sistema produtivo da
Lezíria do Tejo e a sua eficiência na criação de emprego. Daí a pertinência desta
Medida.
No caso particular da fileira automóvel, o encerramento da unidade de
montagem, durante décadas localizada no concelho da Azambuja, colocou em
risco a sustentabilidade e manutenção das actividades ligadas ao sector
automóvel. Existem na região algumas empresas produtoras de componentes
para a indústria automóvel, mas os riscos de encerramento ou deslocalização são
evidentes. A criação de condições para a manutenção desta fileira na região
assume um papel fundamental na minimização dos riscos de continuidade na
destruição de emprego neste tipo de actividades.
Por seu turno, a fileira agro-industrial tem registado nos últimos anos uma
evolução muito favorável na região, marcada pela presença de importantes
empresas nacionais e estrangeiras (algumas delas exemplos no domínio da
inovação e internacionalização empresarial), pela integração e transformação de
produtos agrícolas de elevada qualidade (como sejam o vinho, as frutas e os
hortícolas) e pela crescente relevância da região na produção de determinados
produtos agro-industriais (como os sumos de frutas, os hortícolas preparados e
as carnes).
Também a fileira do cavalo/touro tem evidenciado uma evolução favorável, com
a crescente articulação de actividades complementares e com o seu maior relevo
na especialização produtiva dos concelhos da Golegã e, embora em menor
escala, dos concelhos do Cartaxo, Santarém e Alpiarça.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
126.
Objectivos Específicos da Medida 1.1
- Reforçar a competitividade das fileiras produtivas existentes na Lezíria do Tejo,
nomeadamente as fileiras da agro-pecuária/agro-indústria, do cavalo/touro e da
indústria automóvel;
- Alongar e fortalecer estas fileiras económicas territorialmente mais relevantes;
- Melhorar a eficiência e viabilidade das empresas das fileiras já existentes,
diversificar actividades, acrescentar valor, reduzir custos e qualificar as
actividades;
- Fortalecer a promoção da Lezíria do Tejo enquanto região-líder a nível nacional
em algumas actividades ligadas às referidas fileiras produtivas;
- Minimizar os riscos de destruição de emprego nas várias actividades que
integram cada uma das fileiras (os riscos de continuidade na perda de emprego
na fileira automóvel são, em particular, muito elevados);
- Desenvolver actividades de maior valor acrescentado nas várias fileiras,
apostando em actividades intensivas em inovação e I&D;
- Fomentar o potencial de comunicabilidade, complementaridade e articulação
entre fileiras económicas distintas;
- Criar emprego altamente qualificado e especializado nestas actividades.
MEDIDA 1.2 – Apoio a fileiras produtivas emergentes
Justificação / Descrição da Medida 1.2
É relevante a definição de novas fileiras produtivas estratégicas, que permitam a
abertura da região a mercados de oferta e procura diversificados e de grandes
dimensões, nacionais e internacionais.
São de salientar: a fileira do Ambiente/Energia (com forte potencial de
crescimento ancorado no concelho da Chamusca); a fileira da Mobilidade
(Automóvel-Logística-Aeronáutica, que poderá tornar-se uma alternativa à crise
da fileira automóvel, viabilizando o desenvolvimento de nichos de mercado como
a prototipagem, os ensaios e segurança automóvel, a expansão da logística e da
indústria aeronáutica (esta com uma base de competências e actividades muito
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
127.
similar à indústria automóvel); a fileira da Saúde/Ciências da Vida (centrada nas
articulações tecnologia alimentar-nutrição-saúde humana, cavalo/touro-
zootécnica avançada-saúde animal, desporto-saúde e mesmo ambiente-saúde
pública). Estas fileiras denotam capacidade de I&D, dinamismo económico e
potencial de desenvolvimento à escala global (procura dinâmica no mercado
global).
O perfil de especialização produtiva da Lezíria do Tejo possibilita ainda o
desenvolvimento da fileira florestal, ancorado na valorização de um importante
produto regional (a cortiça) e na possibilidade de articulação com outras fileiras
emergentes (como sejam a fileira aeronáutica, através da utilização da cortiça
como isolante térmico, acústico e vibrático, ou a fileira ambiente/energia).
A riqueza ambiental, paisagística, patrimonial e cultural da Lezíria do Tejo
permite o desenvolvimento de uma importante fileira – a do turismo -, num
contexto em que esta actividade económica é considerada estratégica para o
desenvolvimento competitivo dos territórios, em virtude da sua transversalidade
e, por conseguinte, dos seus elevados efeitos multiplicadores na economia. É
assim fundamental converter a diversidade e multiplicidade de recursos
existentes na região em produtos turísticos específicos, em estreita articulação
com o Plano Estratégico Nacional para o Turismo (PENT), ultrapassando o
problema da falta de organização da oferta (que não tem conseguido responder à
exigência de transformar recursos em produtos turísticos estruturados, tornando-
se um factor de bloqueio ao desenvolvimento turístico da Lezíria do Tejo).
Objectivos Específicos da Medida 1.2
- Promover o desenvolvimento de novas fileiras produtivas na Lezíria do Tejo;
- Aumentar a eficácia e eficiência do sistema económico, a competitividade e a
produtividade do tecido empresarial;
- Criar condições de localização de novos investidores, tendo em vista a
diversificação e a qualificação da actividade económica regional;
- Articular o perfil de especialização produtiva da região com actividades
emergentes, isto é, potenciar novas fileiras produtivas, algumas delas derivadas
do reforço de competitividade e da ascensão de valor das fileiras produtivas
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
128.
existentes;
- Criar emprego em actividades dinâmicas e com crescente procura internacional,
como sejam o ambiente/energia, a valorização da floresta, a aeronáutica, a
Saúde/Ciências da Vida ou o Turismo;
- Promover a Lezíria do Tejo enquanto região dinâmica em novas actividades.
MEDIDA 1.3 – Incentivos à cooperação empresarial e institucional
Justificação / Descrição da Medida 1.3
A cooperação constitui um fulcral elemento de competitividade empresarial.
Todavia, a esmagadora maioria das empresas continua isolada na sua actividade,
encarando os restantes actores empresariais como concorrentes e adversários e
não como parceiros importantes e incontornáveis na competitividade. Numa
região como a Lezíria do Tejo, com uma estrutura empresarial fortemente dual
(predominância de PME - Pequenas e Médias Empresas -, a par de grandes
grupos económicos que dominam em determinadas actividades), a cooperação
empresarial reveste-se de extrema importância.
Também a cooperação entre as empresas e as instituições públicas de
administração, de ensino e de inovação/I&D (de nível local, regional ou nacional)
assume uma relevância crescente na competitividade das actividades económicas
sediadas nos territórios – potencia ganhos de competitividade, poder negocial no
mercado, internacionalização e partilha de riscos.
De referir a importância das relações de parceria com as associações
empresariais de âmbito regional e nacional e com outras organizações
directamente envolvidas na realização de projectos.
Por todos estes factores, os incentivos à cooperação empresarial e institucional
devem fazer parte da estratégia de reforço da competitividade e inovação da
Lezíria do Tejo, ao nível das várias fileiras produtivas referidas em Medidas
anteriores (e mesmo entre fileiras).
Esta terceira Medida da presente Linha de Intervenção permite apoiar as
empresas e instituições que valorizam a cooperação e lhe atribuem lugar de
destaque nas suas estratégias de actuação. As PME são actores relevantes nesta
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
129.
Medida.
Na selecção de actores empresariais e institucionais integrantes da estratégia de
competitividade a desenvolver no âmbito da Agenda 21 Regional Lezíria do Tejo,
um factor a destacar e a considerar como parâmetro orientador da selecção de
projectos propostos por empresas e instituições é a participação destes actores
em acções de cooperação (ao nível da inovação, internacionalização, formação,
etc). Deverão ser privilegiadas as empresas e instituições que já desenvolvem
iniciativas conjuntas ou que propõem projectos em cooperação.
A concretização desta Medida passará pelo apoio financeiro à cooperação
empresarial (através de mecanismos já existentes ou a criar), além da
disponibilização de informações úteis sobre oportunidades de negócio e possíveis
parceiros (o que permite a articulação desta Medida com a Medida 4.4 – Agência
de Apoio ao Empresário e ao Investimento, da Linha de Intervenção 4 – Redução
dos Custos Públicos de Contexto).
Objectivos Específicos da Medida 1.3
- Promover a competitividade das empresas, por via de processos de cooperação
empresarial e institucional através dos quais determinados recursos são
partilhados com vista à optimização dos resultados e com retorno para todos os
intervenientes;
- Estimular a propensão para cooperar por parte das PME da região;
- Potenciar processos de cooperação, associados à gestão da cadeia de
fornecimentos em actividades a montante e a jusante da cadeia de valor de cada
uma das fileiras produtivas da Lezíria do Tejo (existentes e potenciais);
- Desenvolver oportunidades de negócio, para as quais as empresas e
instituições, isoladamente, não teriam capacidade de iniciativa;
- Induzir a identificação de oportunidades de cooperação e o seu
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
130.
desenvolvimento, através dos modelos mais adequados às necessidades
detectadas nos potenciais cooperantes;
- Facilitar a articulação com instrumentos de apoio financeiro à cooperação
empresarial e institucional (sistemas de incentivos e outros);
- Realizar acções de divulgação e disseminação de oportunidades de cooperação
empresarial.
MEDIDA 1.4 – Articulação entre sistemas de educação/formação e sistema
empresarial
Justificação / Descrição da Medida 1.4
Além da cooperação entre empresas e entre estas e as instituições com
competências ao nível da administração ou da I&D, é muito importante para a
competitividade da Lezíria do Tejo a promoção da cooperação entre o sistema
empresarial e o sistema de educação/formação. Estes “sistemas”, totalmente
interdependentes, percorrem por vezes caminhos separados, não existindo uma
efectiva adequação entre as necessidades do tecido produtivo local (a procura) e
as valências dos recursos humanos que saem do sistema de ensino (a oferta).
Neste contexto, o sistema de ensino da Lezíria do Tejo (ao nível profissional e
superior) deverá acompanhar as tendências do mercado de trabalho e responder
às reais necessidades do perfil de especialização produtiva da região (indo ao
encontro das exigências das fileiras produtivas existentes e antecipando as
necessidades futuras das fileiras emergentes ou potenciais). A própria
capacidade de transferibilidade de profissionais de actividades em declínio (como
é o caso da indústria automóvel) para actividades emergentes é fundamental e
deve estar contemplada nesta Medida.
Todavia, esta Medida não se deverá restringir às “fronteiras” da região, em
virtude da crescente mobilidade de profissionais e globalização da actividade
económica e do mercado de trabalho - não poderá descurar a necessidade de
articulação com as exigências do mercado de trabalho nacional e mesmo
internacional.
Através desta Medida, o empresário deverá tomar contacto com a realidade do
ensino profissional e superior da região, ao mesmo tempo que os indivíduos da
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
131.
comunidade escolar (professores, alunos, directores dos estabelecimentos de
ensino) tomam conhecimento da realidade empresarial/produtiva do território em
que se inserem. Esta Medida deverá portanto apoiar projectos e programas de
educação e formação que fomentem a inserção dos jovens na vida activa, que
promovam a readaptação dos trabalhadores ameaçados de desemprego e que
fomentem o espírito empresarial em áreas cruciais para a especialização
produtiva da região. Serão assim desenvolvidos diversos projectos em dimensões
como novas qualificações, novas competências e novas metodologias de
formação e aprendizagem, programas de criação de empresas ou formação
avançada para empresários e gestores. Será portanto fundamental a forte
articulação desta Medida com a Medida 2.1 – Valorização e Qualificação de
Recursos Humanos do Eixo 2 – Região com Recursos Humanos mais Qualificados
e Competências Acrescidas.
Refira-se que a articulação entre o sistema de ensino/formação e o sistema
empresarial é também fundamental ao nível da investigação que se desenvolve
na “academia” e na “empresa”. Isto significa que a articulação entre ambos os
sistemas não se limita à formação/adequação de perfis profissionais, mas deverá
incluir também acções conjuntas de I&D e transferência de tecnologia.
Objectivos Específicos da Medida 1.4
- Dinamizar a interligação entre o sistema de ensino (nomeadamente o ensino
profissional e o ensino superior) e o sistema empresarial da Lezíria do Tejo;
- Promover no sistema de ensino uma visão estratégica das necessidades do
mercado de trabalho;
- Facilitar a transferibilidade profissional, particularmente em sectores em
reestruturação/declínio;
- Desenvolver e valorizar resultados e transferência de inovação e tecnologias
das instituições de ensino e I&D para o sector produtivo;
- Incentivar a criação de empresas e spin-offs universitários como um meio
eficaz de transferência de conhecimento para as empresas;
- Apoiar a participação das empresas e instituições de ensino da região em
programas ou projectos nacionais, de iniciativa comunitária e internacionais de
experimentação de metodologias activas de cooperação empresa-escola-
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
132.
universidade;
- Apoiar a participação dos empresários na leccionação de matérias lectivas nas
instituições de ensino da região (por exemplo ao nível de cursos de
empreendedorismo ou de gestão empresarial);
- Expandir na região pós-graduações e especializações universitárias orientadas
para o mercado de trabalho, de forma a criar “mestres e doutores de fábrica”.
LINHA DE INTERVENÇÃO 2
INOVAÇÃO E RENOVAÇÃO DO MODELO EMPRESARIAL E DO PADRÃO DE
ESPECIALIZAÇÃO
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
133.
OBJECTIVO CENTRAL
Esta Linha de Intervenção tem como principal objectivo
promover a inovação tecnológica e organizacional no
tecido produtivo da Lezíria do Tejo, de forma a permitir
a modernização do modelo empresarial e do perfil de
especialização da região.
Visa portanto incentivar a inovação (ao nível dos
produtos e processos), apoiar o desenvolvimento de
negócios emergentes com elevado conteúdo tecnológico
(apoiar o empreeendedorismo e empresas de base
tecnológica, sobretudo PME) e facilitar o acesso ao
capital e ao crédito.
Por outro lado, pretende reforçar as capacidades dos
empresários se adaptarem às exigências de um novo
modelo empresarial e organizacional, centrado na
inovação, no risco e na “gestão profissionalizada”.
MEDIDA 2.1 Incentivos à inovação nas empresas da região
MEDIDA 2.2 Apoio a negócios emergentes de base tecnológica
MEDIDA 2.3 Incentivos à modernização do modelo empresarial e
organizacional
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
134.
A aposta na inovação tecnológica (ao nível dos processos e dos produtos) e o apoio a
empresas que demonstram fortes capacidades de adaptação e incorporação dos factores
competitivos dinâmicos são elementos-chave numa estratégia de competitividade
regional.
À semelhança do que se observa na maioria das regiões portuguesas, no perfil de
especialização da Lezíria do Tejo predominam sectores de actividades baseados na
exploração dos recursos endógenos, na intensidade de trabalho e nas economias de
escala, pelo que urge incentivar a inovação e renovação do padrão produtivo e do modelo
empresarial da região, apoiando o desenvolvimento de actividades intensivas em
tecnologia e conhecimento.
As acções propostas no âmbito desta Linha de Intervenção da Agenda 21 Regional Lezíria
do Tejo pretendem alcançar estes objectivos.
Além do estímulo à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico, visam apoiar
a modernização dos modelos de gestão organizacional, através da melhoria do acesso ao
financiamento por parte das empresas da região (em particular as PME de base
tecnológica) e da capacidade gestora dos empresários (em virtude da presença de não
raros exemplos de gestão não profissionalizada das empresas).
Todas as acções propostas apresentam forte articulação com as prioridades estratégicas
do Programa Operacional Factores de Competitividade, destinadas a modernizar e
reestruturar a capacidade de produção das regiões.
Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção 2
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
135.
Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal
Dada a natureza desta Linha de Intervenção – acções de natureza imaterial – não são
contemplados projectos de natureza supra-municipal e estruturante, na medida em que
estes projectos terão necessariamente uma abrangência territorial mais circunscrita.
Tipologia de Acções a Privilegiar na Linha de Intervenção 2:
Apoio ao acesso a financiamentos à inovação
Linhas de crédito de apoio à inovação Acesso ao crédito por parte das PME através do instrumento das garantias Majoração de incentivos à inovação e modernização do modelo empresarial e organizacional Dinamização do Programa FINICIA
Apoio a projectos e negócios de forte conteúdo inovador Mecanismos de capital semente e capital de risco
Afectação de 1% dos orçamentos municipais a projectos e iniciativas inovadoras, a seleccionar mediante o lançamento de concurso público (regra corrente de incentivo à inovação por parte dos executivos municipais dos países escandinavos) Projectos de dinamização do empreendedorismo, sobretudo entre os jovens Concursos de ideias nas instituições de ensino da região Apoio a empresas de base tecnológica, em particular as que se enquadram nas actividades prioritárias para a região Candidaturas a financiamentos de apoio à inovação por parte das empresas pertencentes aos sectores de actividade económica considerados prioritários Apoio a start-ups e spin-offs Redução da derrama para empresas de base tecnológica Redução ou isenção das taxas de publicidade cobradas pelas Autarquias em acções de divulgação das empresas de base tecnológica (com utilização de espaço público) Apoio à formação dos empresários no domínio da gestão, planeamento estratégico e desenvolvimento organizacional Apoio à modernização do modelo organizacional do comércio tradicional Isenção de taxas de licenciamento das obras realizadas pelos comerciantes destinadas à modernização do seu negócio. Estudos de benchmarking
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
136.
MEDIDA 2.1 – Incentivos à inovação nas empresas da região
Justificação / Descrição da Medida 2.1
A capacidade de inovação nos territórios está associada à existência de massa
crítica de empresas qualificadas, recursos humanos especializados e serviços
especializados de apoio às actividades económicas. Todavia, a atitude das
empresas perante o desenvolvimento tecnológico é o “motor” da inovação.
Para a competitividade da Lezíria do Tejo assume relevância o incremento do
nível de intensidade tecnológica das fileiras produtivas estratégicas para a
região, o que passa pelo desenvolvimento da capacidade das empresas locais
absorverem novos conhecimentos e conceberem novos produtos e serviços de
base tecnológica.
É assim importante o incentivo à inovação das empresas da região, através da
facilitação ao acesso a apoios financeiros à inovação e do desenvolvimento de
contactos entre a estrutura empresarial e o sistema regional e nacional de
inovação.
Esta Medida pretende promover o apoio aos projectos privados com maior
potencial inovativo e que melhor se integrem no objectivo final de promoção das
fileiras produtivas que sustentam a competitividade da região. Assim, deverá
privilegiar as empresas que incorporam inovação (ao nível do produto e/ou do
processo) e que criam emprego baseado no conhecimento, criando mecanismos
de majoração de incentivos no âmbito dos sistemas de incentivos à inovação
enquadrados pelo QREN e facilitando o acesso a capital e ao crédito.
Existem já na região alguns projectos desenvolvidos no âmbito do Programa
FINICIA vocacionado, entre outros domínios, para o apoio a projectos de forte
conteúdo inovador. Este Programa deverá ser incrementado em todos os
concelhos da região, privilegiando o acesso a apoios à inovação.
Esta Medida deverá enquadrar a abertura de candidaturas a financiamento de
apoio à inovação nas empresas das fileiras de actividade económica
anteriormente identificadas ou a empresas de outros sectores que demonstrem
capacidade de desenvolvimento de projectos de carácter inovador.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
137.
Objectivos Específicos da Medida 2.1
- Intensificar os esforços de inovação e de desenvolvimento tecnológico na
Lezíria do Tejo;
- Apoiar o desenvolvimento da capacidade de absorção de novos conhecimentos
por parte das empresas da região, estimulando a capacidade de conceber novos
produtos e serviços de base tecnológica;
- Apoiar a inovação nas empresas integrantes das fileiras produtivas estratégicas
para a região;
- Beneficiar no acesso aos incentivos à inovação as empresas que investem na
inovação do produto e/ou de processo;
- Dinamizar o Programa FINICIA, na sua componente de apoio a projectos de
forte conteúdo inovador;
- Apoiar a abertura de candidaturas a financiamento de apoio à inovação nas
empresas pertencentes aos sectores de actividade económica considerados
prioritários.
MEDIDA 2.2 – Apoio a negócios emergentes de base tecnológica
Justificação / Descrição da Medida 2.2
O papel das novas empresas de base tecnológica tem sido considerado crítico
para a inovação em vários contextos nacionais e internacionais, salientando-se a
necessidade de promover e reforçar “ideias” e projectos empresariais associados
aos mais avançados conhecimentos científicos e tecnológicos. O apoio ao
“empreendedorismo tecnológico” é portanto fundamental nesta Medida,
vocacionada para o desenvolvimento de estratégias e acções incentivadoras do
espírito empresarial em actividades de procura dinâmica e que permitam a
inovação no perfil de especialização regional.
A Lezíria do Tejo deverá promover mecanismos específicos de apoio a negócios
emergentes de base tecnológica, como o capital de semente, o capital de risco e
os mercados de capitais associados às start-ups. Através destes mecanismos, é
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
138.
possível mobilizar o capital privado para investimento na tecnologia e inovação.
Também nesta Medida assume um papel importante o Programa FINICIA,
nomeadamente o Eixo 2, de apoio a negócios emergentes de pequena escala.
As parcerias entre instituições públicas e instituições privadas, que serão objecto
da Medida 4.2 – Parcerias Público-Privadas da Linha de Intervenção 4 – Redução
dos Custos Públicos de Contexto, são fundamentais na definição de mecanismos
de apoio a negócios de base tecnológica no âmbito da presente Medida.
O apoio a spin-offs de empresas nacionais já existentes na região merece
destaque no âmbito desta Medida. Trata-se do apoio à formação de novas
empresas envolvendo movimentos de diversificação, por parte de empresas já
estabelecidas na região, tendo em vista a penetração em novas
actividades/áreas de negócio mais intensivas em termos tecnológicos e
cognitivos e/ou em novos segmentos de cadeia produtiva com maior valor
acrescentado.
Esta Medida permite ainda enquadrar incentivos fiscais às empresas (ao nível da
derrama), definidos em função de despesas com I&D interna ou desenvolvida em
instituições nacionais, bem como da aquisição de novas tecnologias
desenvolvidas no sistema nacional de inovação.
Por outro lado, esta Medida deverá facilitar a promoção/divulgação da imagem
das PME de base tecnológica, através do apoio a acções de publicidade. A
isenção e/ou redução de taxas de publicidade, concedida mediante deliberação
das Autarquias, é uma importante acção de apoio à promoção e imagem das
empresas de base tecnológica da região.
Objectivos Específicos da Medida 2.2
- Facilitar o desenvolvimento de novas empresas de base tecnológica, potenciais
promotoras da inovação na Lezíria do Tejo;
- Garantir meios de financiamento para projectos inovadores;
- Incrementar o empreendedorismo em actividades inovadoras (sobretudo de
jovens qualificados);
- Apoiar start ups de projectos de jovens empreendedores;
- Inserir a região nos programas de financiamento público a projectos focados
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
139.
em novos negócios e no “empreendedorismo de oportunidade”;
- Apoiar spin-offs de empresas já existentes na região;
- Difundir o capital de risco;
- Dinamizar o Programa FINICIA, na sua componente de apoio a negócios
emergentes de pequena escala;
- Apoiar a divulgação de empresas inovadoras;
MEDIDA 2.3 – Incentivos à modernização do modelo empresarial e
organizacional
Justificação / Descrição da Medida 2.3
O desenvolvimento empresarial depende da capacidade dos seus dirigentes e
colaboradores se adaptarem à mudança e, em especial, a novos modelos
organizacionais, centrados na flexibilidade e automação da produção, na
especialização em segmentos com alto valor acrescentado e na incessante
inovação de processos e produtos que permite ocupar nichos de mercado
privilegiados.
Esta Medida procura viabilizar um vasto conjunto de ajustamentos de natureza
estrutural nas empresas e organizações, nos quais a qualificação, a
diferenciação, a diversificação e inovação da produção de bens e serviços
transaccionáveis, no quadro de fileiras produtivas e de cadeias de valor mais
alargadas e geradoras de maior valor acrescentado, se assumem como vectores
estratégicos.
Através desta Medida, pretende-se alcançar novos modelos de negócio,
orientados para a gestão da mudança e para o desenvolvimento de estratégias
abertas à cooperação inter-organizacional, à inovação e ao risco.
Estas estratégias de modernização do modelo empresarial e organizacional criam
empresários e gestores detentores de uma visão estratégica e de uma
capacidade de actuação mais pró-activa face às exigências do mercado.
Pretende-se desenvolver no tecido empresarial da região capacidades
organizacionais nas actividades internas à empresa (planeamento estratégico,
planeamento e controlo dos processos produtivos, concepção da estrutura
organizacional, qualidade,…), bem como nas actividades de articulação da
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
140.
empresa com o sistema envolvente (sobretudo ao nível do sistema input-output,
da fileira produtiva em que a empresa se insere ou poderá vir a inserir-se, mas
também com o mercado).
Ainda que esta Medida esteja orientada sobretudo para as actividades
produtivas, industriais, contempla também o apoio à modernização do comércio,
em particular do comércio internacional, que tem enfrentado sérios problemas de
sobrevivência, em parte devido à falta de estratégia organizacional ou à sua
desadequação com as exigências do mercado.
Objectivos Específicos da Medida 2.3
- Estimular o incremento de uma nova cultura empresarial e organizacional,
baseada no conhecimento e na inovação, introduzindo em simultâneo uma
cultura de risco e vontade empreendedora;
- Incentivar a inovação e “adaptabilidade” a nível empresarial e organizacional;
- Apoiar o desenvolvimento das capacidades de gestão nas empresas locais, em
particular nas PME;
- Capacitar as empresas para a inovação, a diferenciação e flexibilidade dos
modelos de negócio;
- Melhorar a capacidade de as empresas e organizações desenvolverem o seu
modelo de negócio, baseado no planeamento e estratégia a médio e longo prazo;
- Melhorar a capacidade de as empresas se integrarem no sistema envolvente
(articulação com outras empresas e organizações no quadro da fileira produtiva,
com instituições de I&D, com o mercado);
- Estimular a adopção generalizada de mecanismos de gestão de qualidade,
nomeadamente normas de qualidade de acordo com os standards internacionais;
- Promover a modernização do comércio tradicional.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
141.
LINHA DE INTERVENÇÃO 3
REDES E INFRA-ESTRUTURAS DE SUPORTE À COMPETITIVIDADE
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
142.
OBJECTIVO CENTRAL
Esta Linha de Intervenção pretende ultrapassar as
insuficiências de modernas e eficientes infra-estruturas
de acolhimento à actividade produtiva ainda observadas
na Lezíria do Tejo. Um dos seus objectivos é o
desenvolvimento de uma rede de Parques de Negócios
na região, que permita criar condições físicas ou
materiais à competitividade das fileiras produtivas
existentes ou emergentes, complementada por serviços
avançados às empresas e actividades de incubação.
Por outro lado, esta Linha de Intervenção visa apoiar o
desenvolvimento de redes formais de cooperação entre
empresas, instituições de ensino e de I&D.
Pretende ainda desenvolver as infra-estruturas de banda
larga e fibra óptica em todos os territórios da Lezíria do
Tejo, incrementando o acesso e utilização destas
tecnologias por parte das empresas, instituições e
população em geral, tendo como preocupação
ultrapassar as assimetrias intra-regionais de infra-
estruturação e de acesso às mesmas.
MEDIDA 3.1 Parques de Negócio
MEDIDA 3.2 Incubadoras de empresas
MEDIDA 3.3 Redes de cooperação
universidades-instituições de I&D-empresas
MEDIDA 3.4 Infra-estruturas de banda larga e fibra óptica
Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção 3
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
143.
Esta Linha de Intervenção visa dotar a Lezíria do Tejo de um conjunto de infra-estruturas
indispensáveis à reestruturação e modernização do tecido produtivo regional, ao
competitivo acolhimento às actividades económicas e serviços avançados, ao mesmo
tempo que procura catalizar a inovação e desenvolvimento tecnológico e melhorar a
capacidade de aceder e utilizar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).
Propõe a constituição de uma rede de Parques de Negócios, destinada a albergar
empresas e instituições que desenvolvem a sua actividade produtiva e de I&D no domínio
das fileiras produtivas prioritárias para a competitividade da Lezíria do Tejo.
Com a presente Linha de Intervenção pretende-se apoiar e desenvolver os Parques de
Negócios existentes ou já previstos para a região e propor novas infra-estrututuras de
acolhimento empresarial e institucional deste tipo (ainda que em número reduzido, em
virtude da não exequibilidade de construção de um Parque de Negócios em cada um dos
concelhos da região, dadas as exigências de selectividade dos projectos,
supramunicipalidade dos mesmos e riscos de atomização da estratégia de competitividade
assente no apoio a fileiras produtivas que, por natureza, dependem da capacidade de
articulação não só entre actividades e actores mas também entre territórios).
A proposta de novas localizações para Parques de Negócios segue critérios ligados à
presença no território de importantes unidades produtivas e de I&D que têm permitido
ancorar actividades cruciais nas fileiras produtivas (existentes ou emergentes) e que
poderão ajudar a captar novos investimentos.
Para cada um dos Parques de Negócios deverão ser estabelecidas as “vocações
estratégicas”, isto é, as actividades consideradas prioritárias para essa infra-estrutura, de
forma a incentivar-se a densificação daquelas fileiras produtivas.
Em cada um dos Parques de Negócios pretende-se a criação de uma incubadora de
empresas, destinada a criar as condições de desenvolvimento de empresas de base
tecnológica e de incentivo à cooperação empresarial e institucional.
Ainda que os vários Parques de Negócios integrem actividades de serviços avançados às
empresas e de I&D (interna à empresa), pretende-se com esta Linha de Intervenção
apoiar a criação de um Centro Tecnológico capaz de centralizar as principais actividades
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
144.
de I&D e de formação pós-graduada nos domínios prioritários para a região e incentivar a
cooperação empresarial e institucional entre os vários Parques de Negócios.
Por último, esta Linha de Intervenção pretende dotar toda a região de eficazes infra-
estruturas de banda larga e fibra óptica.
Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal
Projectos Estruturantes da Linha de Intervenção 3:
Concelho Projecto
Parque de Negócios com vocação estratégica na área das Ciências da Vida Almeirim Incubadora de empresas
Parque de Negócios com vocação estratégica na área da logística, automóvel e aeronáutica (a desenvolver em Benavente e Samora Correia/Murteira) Benavente
Incubadora de empresas Parque de Negócios com vocação estratégica na área da tecnologia alimentar, enologia e agro-indústria Centro Tecnológico com vocação estratégica nas actividades consideradas prioritárias para a região
Cartaxo
Incubadora de empresas Parque de Negócios com vocação estratégica na área do Ambiente/Energia (Eco-Parque do Relvão) Chamusca Incubadora de empresas Parque de Negócios com vocação estratégica na área da Floresta, que permita complementar/expandir as Zonas Industriais existentes Incubadora de empresas Observatório do Sobreiro e da Cortiça
Coruche
Campo Experimental do Instituto Nacional de Investigação Agrária (INIA) Parque de Negócios com vocação estratégica na área do Desporto-Saúde e Nutrição-Saúde Rio Maior Incubadora de empresas Parque de Negócios com vocação estratégica na área das Ciências da Vida e Zootécnica Avançada Santarém Incubadora de empresas Área de Localização de Empresas (ALE), em Foros de Salvaterra Salvaterra de
Magos Zona Industrial de Muge
Golegã
Área de Localização de Empresas (ALE)
Requalificação e valorização das ALE já existentes Infra-estruturas de fibra óptica
Todos os concelhos
Infra-estruturas de banda larga
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
145.
MEDIDA 3.1 – Infra-Estruturas de Acolhimento e Apoio à Actividade Económica: Parques de Negócio e Áreas de Localização Empresarial
Justificação / Descrição da Medida 3.1
Todos os territórios regionais procuram reforçar a sua competitividade através da
criação de eficientes infra-estruturas de acolhimento à actividade empresarial.
Esta Medida visa a criação na Lezíria do Tejo de uma competitiva rede de
Parques de Negócios que possibilite economias de aglomeração em actividades
de produção, experimentação e inovação centrais no perfil produtivo da região.
Permite apoiar os Parques de Negócios já existentes ou previstos (Santarém,
Chamusca, Rio Maior e Cartaxo) e potenciar novos Parques de Negócios em
concelhos que poderão ancorar o desenvolvimento de determinados nichos de
actividade. Os sectores a privilegiar nesta rede de Parques de Negócios deverão
estar enquadrados nas fileiras produtivas existentes e/ou emergentes na região.
É importante que no âmbito desta Medida se proponham quais as actividades
“prioritárias” (de vocação estratégica) e “secundárias” a captar para os vários
Parques de Negócios. Por conseguinte, a decisão de atribuição de lotes deverá
ter em consideração o nível de relevância das actividades, de acordo com os
sectores privilegiados para cada Parque de Negócios.
Por outro lado, deverá ser fomentada a complementaridade de toda a rede,
conseguida através do carácter complementar das várias actividades a atrair.
Do sucesso desta rede de Parques de Negócios depende o sucesso da estratégia
de competitividade para a Lezíria do Tejo.
Entre as suas condições de sucesso encontra-se a selecção dos
sectores/empresas a captar (atracção de empresas de referência, nacionais e
estrangeira, ou empresas de elevado conteúdo tecnológico), a articulação com
instituições regionais e nacionais de ensino (profissional e superior) e de I&D,
com incubadoras de empresas de base tecnológica e com agências de
desenvolvimento, numa rede integrada por sistemas de comunicação e de
difusão tecnológica.
Os Parques de Negócio deverão dispor de um conjunto de lotes e edifícios para
instalação de empresas de base tecnológica (incubadoras de empresas),
promovendo um ambiente propício à investigação, partilha de experiências e
concretização de parcerias ou redes de negócio. Deverão ainda criar condições à
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
146.
instalação de unidades de I&D e de formação pós-graduada, num Centro
Tecnológico a criar no Cartaxo (em estreita ligação com a Escola de Negócios do
Vale do Tejo).
Esta Medida deverá contemplar incentivos a atribuir pelas Autarquias aos actores
que se pretendem instalar nos Parques de Negócios, de acordo com um conjunto
amplo de critérios de avaliação da sua relevância (em domínios como o
ambiente, emprego, valorização dos recursos humanos e valorização da
estrutura económica da região).
Além dos Parques de Negócio, concebidos como estruturas de acolhimento e
apoio à actividade económica, onde se articulam e integram, no mesmo espaço,
empresas, actividades de investigação e formação e unidades de apoio e de
serviços às empresas, propõe-se o desenvolvimento de Áreas de Localização
Empresarial (ALE), aglomerações planeadas, ordenadas e integradas de
actividades empresariais em espaços infra-estruturados e promovidas/geridas
por uma sociedade gestora. Também a requalificação/valorização e, em alguns
casos, a ampliação de ALE já existentes deverão ser contempladas nesta medida.
Objectivos Específicos da Medida 3.1
- Valorizar a estrutura económica e empresarial da região;
- Criar condições para o acolhimento e fixação de empresas e instituições de
formação e I&D que possam funcionar como alavanca da inovação e
competitividade da região;
- Dinamizar as infra-estruturas de acolhimento à actividade empresarial já
existentes ou em fase de desenvolvimento;
- Desenvolver uma rede regional de Parques de Negócios, associada às
actividades das fileiras produtivas existentes e/ou emergentes na Lezíria do Tejo;
- Incentivar a complementaridade entre Parques de Negócios e criar condições
para o desenvolvimento de um Centro Tecnológico que contemple actividades de
formação pós-graduada e I&D nas áreas prioritárias para a região (cobertas
pelos vários Parques de Negócios).
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
147.
MEDIDA 3.2 – Incubadoras de empresas
Justificação / Descrição da Medida 3.2
Entre as infra-estruturas físicas mais relevantes para a inovação e
competitividade de um território, salientam-se as incubadoras de empresas.
Neste domínio, a Lezíria do Tejo evidencia fortes insuficiências, factor revelador
de algumas debilidades do tecido produtivo regional ao nível da competitividade,
num contexto em que a inovação e o conhecimento são factores-chave de
sucesso. Esta Medida visa portanto a criação de incubadoras de empresas nos
Parques de Negócios existentes, previstos ou a potenciar na Lezíria do Tejo. Será
assim possível apetrechar a região de infra-estruturas de acolhimento e apoio a
projectos de alto valor acrescentado.
Além da incubação empresarial, esta Medida pretende apoiar a incubação de
ideias de onde podem resultar empresas, a prestação de serviços de apoio à
actividade empresarial, a consultoria e assistência técnica, além da dinamização
de redes envolvendo empresas e instituições de formação e I&D. De referir a
importância da disponibilização nas incubadoras de serviços avançados de apoio
às empresas, ligados ao plano de negócios, estratégia, organização empresarial,
qualidade, I&D, novas tecnologias, marketing, comercialização e
internacionalização.
É fundamental estabelecer sinergias entre as incubadoras a criar com esta
Medida e as restantes incubadoras e instituições de formação e I&D sedeadas na
região ou noutros territórios com um perfil de especialização existente e/ou
emergente similar ao da Lezíria do Tejo.
À semelhança do que se pretende ao nível dos Parques de Negócios, também nas
incubadoras de empresas deverá proceder-se à selecção dos projectos
“prioritários” e “secundários”, em consonância com o perfil de especialização
produtiva desejável para a região. Áreas como o ambiente/energia, a floresta, as
ciências da vida, a biotecnologia, a zootécnica avançada, o automóvel, a
aeronáutica e as telecomunicações deverão ser as áreas de excelência ou
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
148.
prioritárias.
A estratégia de desenvolvimento da rede de incubadoras da Lezíria do Tejo, a
apoiar por esta Medida, deverá passar pelo estabelecimento de protocolos de
cooperação com incubadoras de especializações semelhantes, com
departamentos de investigação de centros tecnológicos, universidades e
empresas tanto ao nível nacional como internacional.
Objectivos Específicos da Medida 3.2
- Criar condições para o desenvolvimento de projectos de alto valor acrescentado
nos Parques de Negócio da Lezíria do Tejo;
- Promover “ninhos” de empresas que permitam acolher projectos por um
período até 3 anos e disponibilizar serviços avançados às actividades instaladas;
- Dinamizar na região nichos de negócio emergentes, em articulação com as
fileiras produtivas de elevado potencial de desenvolvimento e competitividade;
- Encorajar a formação e crescimento de empresas baseadas em conhecimento
avançado, incluindo serviços de alto valor acrescentado;
- Criar espaços de interface entre os sistemas empresarial e científico.
MEDIDA 3.3 – Redes de cooperação universidades-instituições de I&D-empresas
Justificação / Descrição da Medida 3.3
Várias experiências de cooperação entre instituições diversas sugerem que as
redes constituem um importante factor na partilha de recursos e riscos, na
descoberta, aplicação e transferência de tecnologia e, portanto, na inovação,
aprendizagem e competitividade empresarial e institucional.
Esta Medida tem como principal objectivo apoiar a criação de redes formais de
cooperação entre o sistema empresarial e o sistema de ensino e inovação da
Lezíria do Tejo, através de contratos de transferência de tecnologia e de
programas de I&D.
É muito forte a interdependência entre esta Medida e a Medida 1.4 – Articulação
entre Sistema de Educação/Formação e Sistema Empresarial da Linha de
Intervenção 1 – Densificação de Fileiras e Incorporação e Factores Dinâmicos de
Competitividade nas Empresas. A diferença fundamental entre ambas as Medidas
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
149.
é que a presente permite a efectiva formalização dos relacionamentos que
poderão ser desencadeados no âmbito daquela Medida.
Em consequência, um dos aspectos essenciais da presente Medida é a definição
dos objectivos da rede, bem como da sua arquitectura/estrutura, modo de
funcionamento e liderança.
No âmbito da estratégia de competitividade para a Lezíria do Tejo, deverão ser
incentivados os projectos propostos por redes entre empresas e instituições de
ensino e I&D da região (que poderão integrar empresas e instituições de outras
regiões ou países). Na avaliação dos projectos a apoiar financeiramente deverão
estar incluídos critérios relacionados com a sua relevância na valorização e
qualificação da estrutura produtiva da Lezíria do Tejo, com a inovação e
transferência de tecnologia nas actividades “prioritárias” e com os objectivos de
longo prazo da rede, consubstanciados num obrigatório “plano de rede”.
Objectivos Específicos da Medida 3.3
- Fomentar o aprofundamento da articulação universidade-empresas,
designadamente para a transferência de conhecimento científico e técnico;
- Criar efectivas condições de colaboração entre empresas e instituições de I&D e
de ensino avançado;
- Incentivar projectos que envolvam um número considerável de empresas (em
particular PME), ligadas a instituições tecnológico-científicas e de ensino;
- Formalizar os relacionamentos inter-organizacionais;
- Promover a confiança entre os actores regionais;
- Valorizar os processos horizontais de diálogo, auscultação e trabalho em rede.
MEDIDA 3.4 – Infra-estruturas de banda larga e fibra óptica
Justificação / Descrição da Medida 3.4
Várias iniciativas de desenvolvimento das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) na Lezíria do Tejo têm assumido um papel relevante na
criação de condições de reforço da competitividade regional. As TIC permitem
reduzir o atrito da distância nos contactos entre indivíduos, empresas e
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
150.
instituições e diminuir a complexidade do tratamento, troca de informação e
inovação.
A boa conectividade digital apresenta-se como uma condição imprescindível ao
desenvolvimento competitivo dos sectores de especialização regional, bem como
das várias actividades económicas que poderão vir a ser potenciadas. Por outro
lado, incrementa a atractividade dos territórios, mesmo os mais remotos, para o
investimento privado.
Esta Medida visa o desenvolvimento das infra-estruturas de banda larga e fibra
óptica em todos os concelhos da Lezíria do Tejo, incluindo aqueles onde a sua
disponibilidade é reduzida ou inexistente ou onde as condições do mercado, por
si só, não permitem suprir as necessidades de infra-estrutura adequada à
prestação e serviços avançados de interesse geral.
Além da redução das assimetrias intraregionais em termos de acesso à banda
larga, é objectivo desta Medida apoiar o acesso das empresas, das instituições
públicas, de ensino e de I&D e dos cidadãos em geral a esta tecnologia,
melhorando a qualidade dos seus serviços e reduzindo os custos de acesso.
Esta Medida visa também dotar de banda larga e fibra óptica a rede de Parques
de Negócios da região.
A infra-estruturação de todo o território regional a este nível (aproveitando infra-
estruturas, em especial cabodutos, já existentes e que se estão a degradar por
falta de utilização) permite reforçar a competitividade das fileiras produtivas
existentes ou emergentes na região.
As infra-estruturas a construir/desenvolver deverão ser propriedade de uma
entidade pública, mas as Parcerias Público-Privadas (PPP) são fundamentais
neste tipo de iniciativas.
Objectivos Específicos da Medida 3.4
- Expandir e massificar a utilização da banda larga e fibra óptica;
- Promover a utilização crescente das TIC, em particular da banda larga, pelo
tecido empresarial e institucional da Lezíria do Tejo;
- Incentivar a iniciativa privada e pública em termos de criação e
desenvolvimento de infra-estruturas de banda larga e fibra óptica;
- Apoiar as empresas, as instituições de ensino e de I&D, o sector público e a
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
151.
população em geral no de acesso à banda larga, com serviços de qualidade e a
bom preço;
- Incentivar o upgrade dos débitos da banda larga e incentivar a diminuição dos
seus custos;
- Garantir que todos os territórios da região têm fácil acesso à banda larga, quer
fisicamente, quer em termos de tarifário;
- Dinamizar novas vantagens competitivas nas actividades económicas existentes
e potenciais, através da utilização das TIC e em particular da banda larga;
- Incentivar projectos que utilizem a banda larga e fibra óptica.
LINHA DE INTERVENÇÃO 4
REDUÇÃO DOS CUSTOS PÚBLICO DE CONTEXTO
OBJECTIVO CENTRAL
Esta Linha de Intervenção visa ultrapassar os bloqueios
à actividade empresarial que derivam da burocracia,
desarticulação e ineficiência de alguns serviços públicos.
Pretende facilitar o acesso dos empresários e potenciais
investidores na Lezíria do Tejo a toda a informação
indispensável à sua actividade, criar uma estrutura de
apoio técnico e especializado aos mesmos, incentivar as
parcerias entre actores públicos e privados e apoiar a
internacionalização das empresas e instituições da
região, ao mesmo tempo que procura captar de forma
selectiva investimentos estrangeiros.
Pretende ainda simplificar e agilizar o relacionamento
das Autarquias com os cidadãos e munícipes.
MEDIDA 4.1 Sistema de Informação às Empresas e Instituições
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
152.
MEDIDA 4.2 Parcerias Público-Privadas
MEDIDA 4.3 Incentivos à internacionalização das empresas e
instituições de I&D
MEDIDA 4.4 Agência de Apoio ao Empresário e ao Investimento
Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção
Esta Linha de Intervenção visa minimizar os “custos públicos de contexto”, área que
constitui actualmente uma das principais prioridades em matéria de opções estratégicas a
nível nacional (PNACE e Plano Tecnológico, SIMPLEX) na medida em que é um forte
elemento constrangedor à criação de uma envolvente favorável à competitividade.
Pretende reforçar a modernização e eficiência da Administração Pública, apoiar o e-
government, de forma a simplificar e melhorar todos os procedimentos ligados à
actividade económica e investimento. Considera fundamental apoiar o acesso electrónico
das instituições, dos empresários e potenciais investidores a toda a informação relevante
ao desenvolvimento das suas actividades, pelo que prevê o desenvolvimento de um
Sistema de Informação às Empresas e Instituições.
Outra intervenção central é a criação de uma entidade de apoio ao empresário e
investidor, importante na prestação de apoio técnico e especializado.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
153.
Grande parte das acções previstas no âmbito desta Linha de Intervenção passa pelo
estabelecimento de Parcerias Público-Privadas (PPP), que constituem aliás uma Medida
específica da mesma.
A modernização empresarial e a competitividade territorial dependem, em larga medida,
do crescente envolvimento das empresas, instituições e territórios nos mercados
internacionais. Este envolvimento é, aliás, inevitável face ao aprofundamento da inter-
penetração dos mercados.
Por conseguinte, esta Linha de Intervenção pretende apoiar a internacionalização das
empresas e instituições de I&D da Lezíria do Tejo, ao mesmo tempo que procura captar
investidores estrangeiros sobretudo nas áreas prioritárias para a região.
Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal
Dada a natureza desta Linha de Intervenção – acções de natureza imaterial – não são
contemplados projectos de natureza supra-municipal e estruturante, na medida em que
estes projectos terão necessariamente uma abrangência territorial mais circunscrita.
Tipologia de Acções a Privilegiar na Linha de Intervenção 4:
Informatização de toda a informação com interesse para a actividade económica e investimento (como sejam zonamentos industriais, terrenos, loteamentos, instrumentos financeiros, nacionais e comunitários de apoio à actividade económica, normas e procedimentos, entre outras) Construção de bases de dados de apoio ao investidor
Apoio ao desenvolvimento de um Sistema de Informação às Empresas e Instituições Portal de acesso ao Sistema de Informação às Empresas e Instituições, que contenha bases de dados, serviços de apoio e orientação, informação criada e actualizada directamente pelos parceiros Desburocratização de serviços públicos relevantes para a actividade económica
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
154.
e investimento Apoio à cooperação entre actores públicos e privados e à criação de Parcerias Público-Privadas (PPP) Acções de Project Finance Bolsa de Oportunidades de Negócio, a divulgar por todas as empresas Bolsa de Consultores, a serem destacados para apoio às empresas na implementação de projectos de cooperação e internacionalização Apoio à internacionalização das empresas e instituições da região Planos de Internacionalização das empresas e instituições Captação de Investimento Directo Estrangeiro (IDE), em particular de empresas de sectores tecnológicos e estratégicos para a região Captação focalizada de IDE – selecção criteriosa de investimentos na região Apoio à cooperação entre os negócios emergentes (empresas de base tecnológicas) e empresas estrangeiras Divulgação internacional do tecido empresarial e institucional da Lezíria do Tejo Missões empresariais a mercados importantes para a região Protocolo de cooperação com a Agência Portuguesa de Investimentos (API) Acções de benchmarking a boas práticas de internacionalização Criação da Agência de Apoio ao Empresário e Investidor Modernização dos edifícios e serviços das Câmaras Municipais e reforço da capacidade institucional - criação de balcões de atendimento multi-serviços; sistema informático de apoio (serviços de broadcasting, serviços online); instalação de sistemas intranet entre os sistemas municipais e as Juntas de Freguesia Reforço e consolidação do processo de Marketing Relacional - Marca Santarém Projecto PT/Unisis: solução de gestão do relacionamento com o munícipe e modernização dos processos administrativos (Santarém) Lojas do Cidadão e Munícipe (municipais)
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
155.
MEDIDA 4.1 – Sistema de informação às empresas e instituições
Justificação / Descrição da Medida 4.1
A informação é um recurso vital para as empresas e instituições, ao mesmo nível
que os recursos humanos ou os recursos financeiros. A necessidade de dispor de
informação precisa, fidedigna, atempada e estruturada revela-se imprescindível
para o sucesso de qualquer organização.
É portanto imperativo para as empresas e instituições aceder a soluções ao nível
dos sistemas de informação, que permitam rentabilizá-las, económica e
funcionalmente.
Todavia, persistem problemas ligados à insuficiência (ou mesmo ausência) e à
pulverização de informação indispensável às actividades das empresas e
instituições.
Esta Medida visa a criação de um Sistema de Informação às Empresas e
Instituições da Lezíria do Tejo, o desenvolvimento de uma base de dados que
organize toda a informação relevante à actividade dos actores empresariais e
institucionais da região.
Este sistema de informação deverá funcionar como uma plataforma informativa
interactiva que disponibiliza conteúdos em permanente actualização, em
domínios como identificação e caracterização de todas as empresas e instituições
da região, recursos humanos disponíveis no mercado de trabalho regional,
oportunidades de negócio, inovação, projectos e instrumentos de política
(nacionais, comunitários e internacionais) que possam constituir elementos
relevantes para a actividade empresarial e institucional (sistemas de incentivos,
fundos comunitários, programas de financiamento, legislação, normas e
procedimentos, etc).
Objectivos Específicos da Medida 4.1
- Facilitar o acesso a informação por parte das empresas e instituições da Lezíria
do Tejo, em domínios fundamentais para a sua actividade;
- Criar uma base de dados permanente e actualizada;
- Divulgar a estrutura empresarial e institucional da região;
- Facilitar a troca de informação e o diálogo entre todos os actores regionais;
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
156.
- Criar um sistema de informação abrangente e integrador, capaz de funcionar
como indutor de um relacionamento interactivo entre os diversos agentes
empresariais e institucionais – desenvolver a actividade de “lobby” regional.
MEDIDA 4.2 – Parcerias Público-Privadas (PPP)
Justificação / Descrição da Medida 4.2
O conceito e o regime das Parcerias Público-Privadas (PPP) marcaram um ponto
de viragem no que respeita ao relacionamento entre as entidades públicas e
privadas. O imperativo da contenção orçamental e a ineficiência de determinados
serviços público conduziu ao recurso à iniciativa privada, considerada eficiente e
com maior capacidade de prover os capitais necessários aos indispensáveis
investimentos.
As PPP vão muito além do mero contrato administrativo pois têm como base o
bem comum, a cooperação para o desenvolvimento entre dois sectores
aparentemente opostos (o privado e o público) e a partilha de riscos.
Esta Medida tem como objectivo central dinamizar PPP em áreas-chave para a
competitividade da Lezíria do Tejo, como sejam o desenvolvimento de
actividades, de infra-estruturas ou de outros investimentos de interesse regional
(refira-se por exemplo a importância das PPP na criação e gestão dos Parques de
Negócios e incubadoras de empresas, no incremento do acesso à banda larga ou
no apoio à inovação e acesso a finanaciamentos).
Visa a promoção do “project finance” na realização de grandes projectos,
enquanto modelo de financiamento mais equilibrado e com menor risco, sendo
que, em alternativa, as empresas enquanto promotoras isoladas teriam que
suportar taxas de juro mais elevadas. Considera-se que, de certo modo, o
próprio modelo de “project finance” assegura por ele próprio a viabilidade dos
projectos, através dos seus cash-flows activos e valor agregado.
Objectivos Específicos da Medida 4.2
- Promover a cooperação e parcerias entre actores público e privados da Lezíria
do Tejo;
- Criar PPP para o desenvolvimento de actividades, de infra-estruturas e
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
157.
investimentos de interesse regional;
- Partilhar riscos de investimento;
- Promover o “project finance”.
MEDIDA 4.3 – Incentivos à internacionalização das empresas e instituições de
ensino e I&D
Justificação / Descrição da Medida 4.3
Num contexto de crescente e incessante abertura das economias, a
internacionalização das empresas e das várias instituições com relevância para a
actividade económica (ao nível do ensino, inovação e transferência tecnológica)
deixou de ser uma opção e tornou-se um factor de sobrevivência e
competitividade.
Esta Medida pretende apoiar a internacionalização do tecido empresarial e
institucional da Lezíria do Tejo, através do fomento de contactos e do incentivo
ao estabelecimento de negócios e de actividades de I&D nos mercados
internacionais e nas redes internacionais de ensino e inovação.
Integram esta Medida a organização de missões empresariais e institucionais a
países que se mostrem interessantes para as empresas e instituições da região,
a realização de acções de benchmarking associado a boas práticas internacionais
e o desenvolvimento de programas de apoio à internacionalização, dando
prioridade a iniciativas que visem o estabelecimento de parcerias de médio e
longo prazo para a promoção e comercialização de produtos regionais e para a
transferência de sistemas de aprendizagem e de tecnologia.
Por outro lado, esta Medida procurará captar investidores estrangeiros para a
Lezíria do Tejo, privilegiando o Investimento Directo Estrangeiro (IDE)
tecnológico, através de parcerias entre empresas locais e estrangeiras de base
tecnológica.
Objectivos Específicos da Medida 4.3
- Promover a internacionalização do tecido empresarial e institucional (ensino e
I&D) da Lezíria do Tejo;
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
158.
- Tornar a internacionalização uma das preocupações estratégicas das empresas
e instituições da região;
- Desenvolver programas de apoio à internacionalização;
- Promover redes internacionais de produção, ensino e investigação/inovação.
MEDIDA 4.4 – Agência de Apoio ao Empresário e ao Investimento
Justificação / Descrição da Medida 4.4
Um dos constrangimentos à dinamização da actividade económica e do
investimento é a ausência de uma estrutura de apoio aos empresários que
investem ou pretendem vir a investir num determinado território. Não raras
vezes, os empresários enfrentam sérias dificuldades na obtenção de informações
indispensáveis ao desenvolvimento do seu negócio, que se encontram
pulverizadas por vários organismos da Administração Local e Central.
Por este motivo, é fundamental a centralização de informações cruciais ao
investimento empresarial numa instituição única, moderna, acessível e eficaz.
Esta Medida pretende apoiar a criação na Lezíria do Tejo de uma Agência de
Apoio ao Empresário e ao Investimento, que permita veicular toda a informação
técnica e especializada aos investidores ou potenciais investidores na região
(nacionais e estrangeiros) e, por outro lado, prestar apoio à internacionalização
das empresas locais.
Em estreita articulação com os serviços da Administração Local e Regional, esta
Agência permitirá apoiar e acompanhar de forma personalizada os empresários
nas suas pretensões/resolução de processos inerentes à sua actividade,
fornecerá apoio técnico na instrução de processos e pedidos de licenciamento de
actividade e instalação, dará acompanhamento processual e jurídico aos
projectos empresariais e divulgará todas as necessidades e oportunidades de
investimento na região. Por outro lado, prestará apoio técnico e especializado à
construção da estratégia de internacionalização das empresas (na definição das
grandes opções da empresa no plano internacional, das prioridades em termos
de produtos e de actividades, dos objectivos qualitativos e quantitativos a atingir
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
159.
no horizonte temporal da estratégia de internacionalização e na selecção das
localizações mais adequadas à empresa).
Esta Medida permite ainda criar uma entidade responsável pela construção,
gestão e actualização do Sistema de Informação às Empresas e Instituições
(previsto na Medida 4.1.).
Objectivos Específicos da Medida 4.4
- Centralizar e veicular toda a informação necessária ao desenvolvimento da
actividade empresarial e investimento na Lezíria do Tejo (zonamentos industriais,
terrenos, loteamentos e instalações com aptidões, instrumentos financeiros,
nacionais e comunitários de apoio à actividade económica, …);
- Melhorar a eficácia de resposta aos processos de investimento;
- Prestar apoio técnico e especializado sobre requisitos legais para a instalação e
exercício da actividade;
- Apoiar e acompanhar a instalação de empresas na região;
- Divulgar e partilhar casos de melhores políticas e práticas de iniciativa
empresarial;
- Gerir o cadastro das actividades económicas de todos os concelhos da região;
- Construir, gerir e actualizar de forma permanente a base de dados que
constitui o Sistema de Informação às Empresas e Instituições.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
160.
EIXO 4 REGIÃO COM MELHOR QUALIDADE AMBIENTAL
O eixo de intervenção Região com Melhor Qualidade Ambiental tem como objectivo
central a melhoria da qualidade ambiental do conjunto dos onze concelhos que
formam a Lezíria do Tejo, através da prossecução de um modelo de
desenvolvimento que integre a protecção do ambiente numa região dotada de
equipamentos e infra-estruturas que assegurem uma adequada disponibilidade
de serviços ambientais, numa sociedade que assegura cabalmente o
desempenho das tarefas de defesa e promoção do ambiente, e em que a
preservação e valorização dos recursos naturais e do património natural sejam
assumidas como vectores essenciais da qualidade de vida das populações e da
promoção do crescimento, quer ao nível da actividade agrícola quer ao nível do
sector do turismo.
Com a concretização dos objectivos específicos e respectivas tipologias de intervenção
inerentes à formulação deste eixo, pretende ultrapassar-se as debilidades mais
significativas e promover a prossecução das oportunidades identificadas em sede de
diagnóstico no que respeita à dimensão ambiental da Lezíria do Tejo. Das principais
debilidades e oportunidades identificadas destacam-se:
Enquanto debilidade salienta-se que a má qualidade da água de alguns rios que
atravessam a Lezíria coloca a gestão dos recursos hídricos no centro das questões
ambientais nesta região As consequências da não inversão desta situação podem ser
muito diversificadas, mas serão certamente graves. Numa região com forte vocação
agrícola, sendo reconhecido o seu potencial competitivo nesta área, e com condições
extremamente favoráveis para desenvolvimento de turismo de qualidade, associado ao
património natural e cultural, a recuperação dos meios hídricos degradados é
indispensável. A riqueza em património natural, constituindo indiscutivelmente uma mais-
valia, encontra-se igualmente ameaçada pela má qualidade de alguns dos seus recursos
hídricos superficiais.
Por outro lado, persistem necessidades de recuperação e valorização de corredores
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
161.
fluviais e dos espaços envolventes.
Não obstante a região ter conhecido um progresso assinalável em alguns dos principais
componentes ambientais com uma expansão muito significativa das infra-estruturas
ambientais, no domínio do saneamento básico, sem prejuízo das diferenças de
posicionamento entre os municípios, constata-se um insuficiente nível de cobertura das
populações em drenagem e tratamento de águas residuais. Constituindo um domínio
crucial para a qualidade de vida das populações, a elevação dos níveis de atendimento
em drenagem e tratamento de águas residuais contribuirá igualmente para melhorar a
qualidade das águas superficiais da região.
No domínio dos resíduos urbanos e industriais, são actualmente notórias algumas falhas
no destino final dado à esmagadora parte dos RSU produzidos: a deposição em aterro
continua a ter um peso excessivo e significantemente abaixo dos valores preconizados no
PERSU. No entanto, a região apresenta boas perspectivas para a resolução dos problemas
existentes, sendo inclusivamente a única região do país que irá dispor, a médio prazo, de
tratamento/ destino final para todos os tipos de resíduos sólidos produzidos – urbanos,
industriais banais e industriais perigosos. A instalação dos CIRVER colocará
inevitavelmente desafios em matéria de acessibilidades, que terão de ser reforçadas de
forma a responder à elevação do tráfego a eles direccionado.
Um domínio particularmente frágil constatado pelo diagnóstico reside na adesão das
empresas da região às certificações ambientais. O número de empresas certificadas é
muito reduzido.
O diagnóstico da situação de referência no domínio da energia na Lezíria do Tejo permitiu
concluir, através da análise do perfil de consumos energéticos, que a utilização de fontes
de energia derivadas de combustíveis fósseis representa ainda um papel de destaque no
consumo total de energia na região. Por outro lado, a utilização de energia eléctrica
produzida através de formas convencionais tem vindo a aumentar a um ritmo muito
elevado na última década. Paralelamente o insuficiente aproveitamento de fontes
energéticas renováveis muito expressivas na região, tais como a solar, contribui para o
padrão energético referido. A Lezíria do Tejo apresenta condições muito favoráveis para o
desenvolvimento da fileira energética não só em termos de disponibilidade de recursos
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
162.
como também em termos de disponibilidade de infra-estruturas para o desenvolvimento
de uma fileira energética, designadamente o EcoParque da Chamusca.
Neste contexto, o Eixo Melhor Qualidade Ambiental enquadra acções que inscrevam a
Lezíria do Tejo no novo paradigma de desenvolvimento assumido ao nível europeu e
internacional: o desenvolvimento sustentável. A aposta num modelo de desenvolvimento
baseado na sustentabilidade é determinante para assegurar o aumento do bem-estar
social e económico e da qualidade de vida das pessoas. Um imperativo consensual para o
sucesso da concretização deste eixo reside na atribuição à Educação para a
Sustentabilidade, que visa a defesa de valores comuns, de um papel fulcral: o Ambiente
em particular deixa de ser encarado como um recurso e passa a ser assumido enquanto
uma peça fulcral da sociedade e do seu desenvolvimento.
O Eixo 4 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo encontra-se estruturado em cinco Linhas de
Intervenção vocacionadas para um conjunto vasto de componentes ambientais e acções
determinantes para a melhoria da qualidade ambiental, contendo intervenções de
natureza material e imaterial.
A Linha de Intervenção Desenvolvimento dissociado do Consumo de Recursos
Naturais e de Impactes Ambientais Nocivos tem como finalidades assegurar a
alteração para padrões de comportamento individual e colectivo mais amigos do
ambiente, promovendo padrões de produção e de consumo sustentáveis e assegurar uma
produção de electricidade menos poluente, menos dependente de combustíveis fósseis e
um consumo com maiores índices de eficiência energética.
A Linha de Intervenção Recursos Hídricos Superficiais, Corredores Fluviais,
Prevenção de Riscos Naturais e Património Natural enquadra acções que se
destinam essencialmente a recuperar a qualidade dos recursos hídricos superficiais, a
requalificar os corredores fluviais, a prevenir os riscos naturais associados a cheias e
inundações e a valorizar o património natural.
A Linha de Intervenção relativa aos Sistemas Públicos de Abastecimento
Domiciliário de Água e às Redes de Drenagem de Águas Residuais configura um
conjunto de acções destinado a suprir a carência de sistemas públicos de abastecimento
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
163.
domiciliário de água e a superar a insuficiente taxa de atendimento em redes de
drenagem de águas residuais bem como a deficiente qualidade e o envelhecimento das
estruturas de adução e distribuição da água com elevadas perdas.
A Linha de Intervenção relativa a uma Política de Resíduos baseada na Redução,
Reutilização e Reciclagem tem como objectivos a dissociação do crescimento
económico da pressão sobre os recursos naturais, a implementação da hierarquia de
gestão de resíduos através do reforço da prevenção, da promoção da reutilização e da
valorização, diminuindo o recurso a operações de eliminação e o aumento da coerência e
articulação nas intervenções dirigidas para os diferentes tipos de resíduos.
Finalmente, a Linha de Intervenção Mobilidade Sustentável pretende promover a
inversão do perfil de mobilidade, actualmente baseado na utilização do transporte
individual, fomentando a utilização de meios de transporte sustentáveis e assegurando
ganhos de produtividade e redução das externalidades sociais e ambientais. Esta Linha de
Intervenção está directamente relacionada com a Linha de Intervenção 3 Acessibilidade e
Mobilidade Multimodais do Eixo 1.
Com as acções preconizadas por esta linha de intervenção pretende-se igualmente
contribuir para o cumprimento das metas assumidas por Portugal de redução das
emissões de gases com efeito de estufa e para a melhoria da qualidade do ar em geral.
O Eixo Melhor Qualidade Ambiental da Agenda XXI da Lezíria do Tejo apresenta, assim,
uma forte articulação com uma das cinco prioridades estratégicas definidas pelo QREN:
Assegurar a qualificação do território e das cidades traduzida, em especial, nos
objectivos de assegurar ganhos ambientais, promover um melhor ordenamento do
território, estimular a descentralização regional da actividade científica e tecnológica,
prevenir riscos naturais e tecnológicos e, ainda, melhorar a conectividade do território e
consolidar o reforço do sistema urbano, tendo presente a redução das assimetrias
regionais de desenvolvimento.
Acresce ainda que o Eixo 4 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo apresenta uma forte
articulação com dois dos objectivos definidos pelo Programa Operacional para a
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
164.
Valorização Territorial igualmente assumidos enquanto centrais no âmbito do Programa
Nacional da Política de Ordenamento do Território:
- a salvaguarda, protecção e valorização do ambiente e do património natural;
- o reforço da prevenção, gestão e monitorização de riscos naturais e tecnológicos.
Finalmente, este eixo articula-se com um dos cinco eixos prioritários definidos pelo
Programa Operacional do Alentejo: Qualificação ambiental e valorização do espaço rural,
nomeadamente no que respeita aos seguintes objectivos específicos: Gerir eficientemente
os recursos hídricos; Prevenir e mitigar os riscos naturais e Tecnológicos; Valorizar e gerir
as áreas de maior valia ambiental.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
165.
LINHA DE INTERVENÇÃO 1
DESENVOLVIMENTO DISSOCIADO DO CONSUMO DE RECURSOS NATURAIS E DE
IMPACTES AMBIENTAIS NOCIVOS
OBJECTIVO CENTRAL
A construção de uma sociedade sustentável constitui um
processo de aprendizagem permanente. A Linha de
Intervenção 1 do Eixo 4 da Agenda XXI procura
assegurar a alteração para padrões de comportamento
individual e colectivos mais amigos do ambiente,
promovendo padrões de produção e de consumo
sustentáveis e assegurar uma produção e consumo de
electricidade menos poluente e com maiores índices de
eficiência na utilização de combustíveis fósseis.
Constituindo a qualificação dos recursos humanos uma
questão crucial que se coloca à economia e sociedade da
Lezíria do Tejo, para assegurarem no futuro um
crescimento sustentado e uma melhoria das condições
de vida da população activa, a adequada consideração
neste âmbito de um módulo de educação para a
sustentabilidade não o é menos.
Pretende-se, como tal, aumentar a consciencialização e
disponibilidade da população para um comportamento
mais amigo do ambiente e mais solidário do ponto de
vista social, bem como promover uma utilização mais
racional dos recursos naturais, aproveitando o potencial
endógeno da Região.
Para a concretização desta Linha de Intervenção torna-
se essencial desenvolver um conjunto de parcerias
alargadas, envolvendo autarquias, organismos da
administração central, estabelecimentos de ensino,
associações empresariais e sectoriais e a população em
geral.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
166.
MEDIDA 1.1 Educação para a Sustentabilidade
MEDIDA 1.2 Padrões de Produção e de Consumo Sustentáveis
MEDIDA 1.3 Electricidade menos Poluente e maior Eficiência
Energética
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
167.
Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção
A primeira Linha de Intervenção do Eixo 4 da Agenda XXI da Lezíria do Tejo abrange três
medidas que visam consubstanciar um conjunto de intervenções, sobretudo de carácter
imaterial, que visam promover na Região um desenvolvimento dissociado do consumo de
recursos naturais e de impactes ambientais nocivos. A promoção deste objectivo não se
esgota na presente Linha de Intervenção na medida em que constitui igualmente um
objectivo muito relevante das linhas de Intervenção relativas a uma Política de Resíduos
baseada na Redução, Reutilização e Reciclagem e ao Padrão de Mobilidade menos
Intensivo em Consumo de Combustíveis.
Esta Linha de Intervenção possui três finalidades fundamentais. Pretende-se promover
alterações nos comportamento individuais e colectivos, criando uma motivação subjectiva
e decisiva de comportamento para a prossecução do desenvolvimento sustentável,
promover a transição para padrões de produção e de consumo sustentáveis e assegurar
uma produção e um consumo de electricidade menos poluente e com maiores índices de
eficiência na utilização de combustíveis fósseis.
A prossecução do desenvolvimento sustentável só é viável se for entendida como um
desafio mobilizador da sociedade, cuja concretização depende fortemente da alteração
dos estilos de vida e dos padrões de consumo e de produção.
A participação dos cidadãos na concretização do desenvolvimento sustentável constitui,
em primeiro lugar, uma exigência da sustentabilidade, traduzindo-se igualmente num
momento fundamental de reforço das parcerias entre as administrações públicas e a
sociedade civil.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
168.
Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal
Concelho Projecto
11 Concelhos Estratégia de Educação para a Sustentabilidade
11 Concelhos Certificação Ambiental dos Municípios
11 Concelhos Certificação Ambiental das Grandes Empresas da Região
11 Concelhos Plano de Contratação Verde
Cidade Solar
11 Concelhos Unidades Hoteleiras Verdes
11 Concelhos Programa de Reconversão para FER de Equipamentos Públicos
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
169.
MEDIDA 1.1 – Educação para a Sustentabilidade
Justificação / Descrição da Medida
A Comunidade Educativa é a sede privilegiada para promover a educação para
uma cidadania sustentável; como tal, a escola constitui um actor privilegiado
para apelar à aplicação dos princípios da Agenda 21.
Os onze Municípios que compõem a Lezíria do Tejo revelam um dinamismo muito
significativo ao nível da promoção de iniciativas relacionadas com a educação
ambiental. Constituindo estas iniciativas um manancial de experiência muito
relevante, considera-se importante definir uma estratégia que garanta uma
maior eficiência das mesmas. Com a elaboração e implementação de uma
estratégia sub-regional de educação para a sustentabilidade dirigida e adaptada
a todos os graus de ensino considera-se que a coerência e eficiência das
iniciativas serão asseguradas.
A implementação de uma estratégia de educação para a sustentabilidade é um
factor crucial para assegurar que a demanda por um desenvolvimento mais
sustentável se concretize.
O sucesso da Estratégia exige que os educadores4 sejam dotados das
competências necessárias à integração do desenvolvimento sustentável nas suas
actividades pedagógicas. A Educação para a Sustentabilidade, como já referido,
constitui um processo permanente - da primeira infância ao ensino superior -,
que extravasa o quadro da educação formal. As actividades não formais e
informais da Educação para o Desenvolvimento Sustentável são um
complemento indispensável da educação formal.
Neste contexto, a mobilização das autarquias e das instituições públicas e
privadas de ensino existentes na região constitui um elemento de sucesso fulcral
neste processo. Considera-se igualmente fundamental promover o
estabelecimento de parcerias entre a comunidade educativa e outros
intervenientes (sobretudo da região); sendo extremamente recomendável
envolver nestas parcerias o sector privado e as organizações não
governamentais.
4 Professores, formadores e outros profissionais que têm uma missão educativa, bem como os animadores educativos e culturais voluntários e as associações de pais.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
170.
Objectivos Específicos da Medida
- Aprofundar a consciencialização e a sensibilidade para os desafios inerentes à
prossecução do desenvolvimento sustentável;
- Assegurar conhecimentos e elevar a compreensão relativamente aos desafios
inerentes à prossecução do desenvolvimento sustentável;
- Transformar os valores, as atitudes e as motivações no sentido de assegurar a
concretização do desenvolvimento sustentável;
- Elevar a capacidade de actuar e agir de forma a privilegiar opções compatíveis
com o desenvolvimento sustentável.
MEDIDA 1.2 – Padrões de Produção e de Consumo Sustentáveis
Justificação / Descrição da Medida
A mudança gradual dos actuais padrões insustentáveis de consumo e de
produção constitui um dos principais desafios dos nossos dias. A melhoria do
comportamento e da consciência ambiental dos organismos públicos e privados
traduz a principal ambição da presente medida. Um domínio particularmente
frágil constatado pelo diagnóstico efectuado no que respeita à dimensão
ambiental reside na adesão das empresas da região às certificações ambientais.
O número de empresas certificadas é muito reduzido.
Constatou-se igualmente que, no que se refere aos padrões de produção, em
termos gerais são adoptadas sobretudo abordagens curativas/tratamento de fim
de linha. Esta tendência dominante revela que não há suficiente
consciencialização dos benefícios (económicos, ambientais e sociais) associados à
produtividade dos recursos de input da fabricação.
Para a alteração desta tendência, que requer um empenho muito particular
sobretudo das empresas, considera-se imprescindível que os organismos públicos
assumam o papel de catalisadores da eco-eficiência. A certificação ambiental –
através do EMAS ou da ISO 14001 – dos municípios e a promoção da aquisição
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
171.
de bens e serviços, pela Administração Pública, que integrem critérios
ambientais. Os projectos assumidos enquanto estruturantes no seio desta
medida não esgotam as intervenções a realizar, constituem, contudo,
intervenções fulcrais para inverter a tendência dominante. A criação de uma
Rede de Empresas Promotoras de Sustentabilidade é o principal objectivo
instrumental que se pretende alcançar com a certificação das grandes empresas
da região.
É urgente e necessário que as organizações apostem numa gestão ambiental que
lhes permita um conhecimento claro dos impactes provocados, de forma a
disponibilizarem os meios necessários para a sua minimização e controlo e assim
criarem riqueza e contribuírem para a melhoria da qualidade ambiental da
região. Esta perspectiva de gestão, proporcionará uma vantagem competitiva às
empresas, pois implicará uma visão estratégica onde as questões ambientais são
vistas como um meio de inovação e crescimento económico.
A concretização desta medida e em particular dos projectos que lhe estão
associados exigirá um forte empenho das autarquias e do mundo empresarial,
considerando-se igualmente importante a intervenção (que poderá ser
protocolada) da Agência do Ambiente.
Objectivos Específicos da Medida
- Certificar as autarquias da Lezíria do Tejo com a ISO 14001 ou EMAS
- Certificar as grandes empresas da Lezíria do Tejo com a ISO 14001 ou EMAS
- Promover a aquisição de bens e serviços, pela Administração Pública, que
integrem critérios ambientais.
MEDIDA 1.3 – Electricidade menos Poluente e maior Eficiência Energética
Justificação / Descrição da Medida
Com esta medida pretende-se reduzir a dependência dos combustíveis fósseis
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
172.
existente na região, incentivando localmente as energias alternativas de acordo
com as potencialidades endógenas próprias e promovendo em particular a
difusão de tecnologias emergentes relativas à produção e armazenamento de
energia e calor com origem solar, com especial incidência em ambiente urbano.
O diagnóstico da Lezíria do Tejo no domínio da energia, traçado através do perfil
de consumos energéticos, reflecte a tendência nacional, i.e, a utilização de fontes
de energia derivadas de combustíveis fósseis representa um papel muito
expressivo no consumo total de energia na região e o crescimento de consumo
de electricidade tem vindo a aumentar significativamente.
O recurso crescente às FER sobretudo atendendo ao potencial em energias
renováveis da região, é, como tal, premente. Não potenciar o aproveitamento
das excelentes condições naturais da Lezíria no domínio da energia solar traduz-
se no desperdício de uma oportunidade. A insolação média anual da Lezíria do
Tejo é de 3000 horas, o que oferece à região vantagens inequívocas na aposta
nesta FER.
Consagrados no âmbito desta medida encontram-se três projectos destinados a
aproveitar claramente a oportunidade inerente à vantagem referida,
designadamente: Cidade Solar; Unidades Hoteleiras Verdes; Programa de
Reconversão para FER de Equipamentos Públicos.
Para além dos projectos referidos e tendo presente as potencialidades da região
noutras FER, nomeadamente nas culturas energéticas - biocombustíveis e
energia eléctrica e térmica produzida a partir de biomassa, considera-se
importante consagrar no âmbito desta medida tipologias de intervenção
destinadas a outras FER. A Lezíria do Tejo apresenta importantes vantagens no
desenvolvimento de actividades ligadas às culturas energéticas, em virtude da
forte presença, tradição e competência no sector agrícola e florestal. A produção
de biogás, proveniente sobretudo do tratamento de efluentes agro-pecuários, em
especial de suiniculturas, contribuirá igualmente para os problemas de poluição
dos efluentes
As autarquias têm, no âmbito desta medida, um papel fundamental a
desempenhar, colocando-se especiais exigências também ao sector empresarial.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
173.
Objectivos Específicos da Medida
- Tornar até 2015 uma cidade da Lezíria do Tejo, com uma dimensão de
habitantes (até 8.000 habitantes), como uma “cidade solar” com um consumo de
energia solar equivalente a, pelo menos, 33% do total da energia consumida;
- Até 2015, assegurar que todas as unidades hoteleiras dedicadas à actividade
turística disponham, em bom estado de funcionamento, de unidades de
aproveitamento da energia térmica solar;
- Reconverter para FER a fonte energética de todos os equipamentos públicos
com consumo energético elevado.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
174.
LINHA DE INTERVENÇÃO 2
RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS, CORREDORES FLUVIAIS, PREVENÇÃO DE
RISCOS NATURAIS E PATRIMÓNIO NATURAL
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
175.
OBJECTIVO CENTRAL
Esta linha de intervenção enquadra acções que se
destinam essencialmente a recuperar a qualidade dos
recursos hídricos superficiais, a requalificar os
corredores fluviais, a prevenir os riscos naturais
associados a cheias e inundações e a valorizar o
património natural.
Determinados meios hídricos na Lezíria do Tejo revelam
uma qualidade da água muito degradada, com destaque
para os rios Almonda, Alviela e Maior. A má qualidade
destes meios hídricos, para além de ser inadequada para
a maioria dos usos, pode afectar a vida de espécies ou
ecossistemas de interesse para a Conservação da
Natureza. Quase todas as áreas que merecem estatuto
de protecção especial de conservação da natureza na
Lezíria apresentam um valor conservacionista que
advém principalmente da existência de ecossistemas
aquáticos e ribeirinhos.
A riqueza em recursos hídricos da região da Lezíria
impõe igualmente intervenções relativas à valorização e
protecção destes mesmos recursos e igualmente
intervenções dirigidas à prevenção de riscos no domínio
das cheias e inundações. A planície aluvial do rio Tejo é
um dos locais que merece maior atenção relativamente
à possibilidade de ocorrência de cheias e de inundações.
As áreas de elevado valor patrimonial, ao nível da flora e
da fauna, existentes na região colocam exigências
acrescidas em termos de protecção e igualmente de
esforço de investimento.
Para a implementação da presente linha de intervenção
os esforços do sector privado são tão relevantes como
os do sector público.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
176.
MEDIDA 2.1 Proteger e Recuperar a Qualidade das Massas de Água
MEDIDA 2.2 Valorização dos Recursos Hídricos Superficiais
MEDIDA 2.3 Prevenção de Riscos Naturais – Cheias e Inundações
MEDIDA 2.4
Conferir Maior Visibilidade ao Património Natural das
Áreas Classificadas
MEDIDA 2.5 Travar a Perda da Biodiversidade
Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção
A Lezíria do Tejo integra-se na Área Especial de Planeamento do Estuário do Tejo
(AEPET), sendo abrangida territorialmente e de forma mais expressiva por três das treze
unidades homogéneas de planeamento (UHP) que compõem a referida área,
designadamente Almonda/Alviela/Maior, Baixo Tejo e Baixo Sorraia. Embora o conjunto
das três UHP mencionadas revele problemas no que respeita à qualidade da água, a
primeira destas áreas - Almonda/Alviela/Maior - merece, uma chamada de atenção
especial. A referida UHP é constituída predominantemente pelas sub–bacias Almonda,
Alviela e Maior (abrangendo, a norte, parte do Médio Tejo) e apresenta níveis de
tratamento de águas residuais ainda incipientes, com poluição industrial importante
(alimentar, óleos e álcool no Almonda, curtumes no Alviela e suiniculturas e alimentar no
Maior). O solo é constituído por rochas calcárias fracturadas, que contribuem para uma
escorrência dominantemente subterrânea, e por rochas arenosas recentes, formações
com elevada vulnerabilidade à poluição das áreas subterrâneas. Esta UHP abrange,
fundamentalmente, a região agro–ecológica Lezíria do Tejo e, em parte, o Médio Tejo.
A qualidade de água nos Rios Almonda, Alviela e Maior é classificada de acordo com um conjunto de parâmetros estabelecidos pela legislação nacional como Extremamente poluída (inadequada para a maioria dos usos) nos casos dos Rios Alviela e Maior e Muito Poluída (apenas potencialmente apta para irrigação, arrefecimento e navegação) no caso
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
177.
do Rio Almonda. A Reserva Natural do Paul do Boquilobo, como exemplo, localiza-se na bacia hidrográfica do Rio Almonda. Muitas das carências e disfunções ambientais atrás referidas não sofreram, contudo, ainda melhorias. A resolução deste quadro preocupante, com destaque para as questões que possam estar associadas a riscos para a saúde pública ou à presença excessiva de substâncias perigosas e às exigências de protecção de recursos hídricos de interesse estratégico para utilizações actuais ou futuras, exige o pleno cumprimento da legislação em vigor relativa à protecção dos meios hídricos e ao controlo da poluição. A riqueza em recursos hídricos da região da Lezíria coloca exigências no que respeita a um segundo vector de intervenção, o qual se encontra directamente relacionado com a necessidade de valorização e de protecção destes mesmos recursos. A estratégia preconizada pelo Programa Operacional de Lisboa e Vale do Tejo, no actual Quadro Comunitário de Apoio, atenta à referidas exigências consagrou no âmbito do Eixo Prioritário 2 – Acções Integradas de Base Territorial – uma medida dirigida especificamente à Valorização do Tejo (VALTEJO). Contudo, apesar do esforço de valorização realizado durante o período de referência do actual QCA, as necessidades não foram ainda na sua plenitude supridas. A caracterização da região invoca ainda intervenções adicionais de regularização do Tejo, de desassoreamento, despoluição e preservação de ecossistemas, de forma a minimizar as cheias e a garantir uma qualidade mínima das águas necessária ao desenvolvimento das práticas balneares, bem como à protecção e à valorização das espécies da fauna e da flora. Revelam-se ainda pertinentes esforços suplementares no que respeita à melhoria das condições de atravessamento do Tejo, a intervenções dirigidas à reparação, defesa das margens e reforço dos diques de protecção, bem como ao ordenamento e arranjo paisagístico das margens do rio.
A Lezíria do Tejo apresenta um património natural bastante rico. As áreas classificadas referidas possuem, na generalidade, um elevado valor para a conservação da vegetação e da flora, designadamente um número elevado de endemismos e algumas espécies raras e/ou ameaçadas. No entanto, estas áreas e os valores naturais que elas acolhem, se por um lado representam um património valiosíssimo que distingue a região, por outro enfrentam desafios consideráveis, desde a proximidade a zonas urbanas e industriais em expansão, à poluição química resultante de efluentes domésticos e também de actividade agrícola e industrial, caça furtiva, drenagem das áreas adjacentes para aproveitamento de terreno para agricultura, derrube do montado envolvente para plantação de eucaliptos e outras culturas, exploração de inertes, colheita de espécies vegetais ameaçadas, perturbação das grutas, implantação de infra-estruturas, incêndios, erosão (associada ao fogo ou ao pastoreio em áreas declivosas). No âmbito da presente linha de intervenção e no que respeita ao domínio ambiental, a recuperação da qualidade das massas de água e dos ecossistemas associados constitui uma área de intervenção prioritária.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
178.
Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal
A presente linha de intervenção deverá ser prosseguida através de um conjunto de
tipologias de intervenção que, embora possam adquirir uma abrangência territorial
superior à do município, se perspectivam nesta fase sobretudo com uma incidência
municipal. Destaca-se ainda que a adequada prossecução dos objectivos da presente
linha de intervenção exige um esforço de sensibilização do sector empresarial.
Tipologia de Acções a Privilegiar na Linha de Acção:
“Recursos Hídricos Superficiais, Corredores Fluviais, Prevenção de Riscos
Naturais e Património Natural”
Valorização dos cursos de água
Criação de Parques Ambientais
Requalificação das Áreas Ribeirinhas e Qualificação e Ampliação de Parques Ribeirinhos Reabilitação e Valorização de Linhas de Água
Centros de Formação e Gestão Ambiental
Centros de Observação da Natureza
Intervenções em diques, regularização de margens, desassoreamento dos leitos, remoção de sedimentos e de matéria orgânica, reabilitação de valas, Centros de Apoio Logístico à Protecção Civil
Construção de canais para reaproveitamento de efluentes provenientes de ETAR’s do Conselho para uso agrícola Eco-turismo /Percursos Pedestres
Marketing e Comunicação nas Áreas Classificadas
Conclusão da infraestruturação das áreas classificadas
Acções de gestão de espécies, habitats e ecossistemas
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
179.
MEDIDA 2.1 – Proteger e Recuperar a Qualidade das Massas de Água
Justificação / Descrição da Medida
Os múltiplos impactes decorrentes da poluição dos meios hídricos constituem
razão suficiente para que o objectivo de recuperação do seu bom estado
ecológico seja uma das intervenções prioritárias na presente Agenda 21 Regional
da Lezíria do Tejo.
As sub–bacias Almonda, Alviela e Maior apresentam níveis de tratamento de
águas residuais ainda incipientes, com poluição industrial importante (alimentar,
óleos e álcool no Almonda, curtumes no Alviela e suiniculturas e alimentar no
Maior). O solo é constituído por rochas calcárias fracturadas, que contribuem
para uma escorrência dominantemente subterrânea, e por rochas arenosas
recentes, formações com elevada vulnerabilidade à poluição das áreas
subterrâneas. A qualidade de água nos Rios Almonda, Alviela e Maior é
classificada de acordo com um conjunto de parâmetros estabelecidos pela
legislação nacional como Extremamente poluída (inadequada para a maioria dos
usos) nos casos dos Rios Alviela e Maior e Muito Poluída (apenas potencialmente
apta para irrigação, arrefecimento e navegação) no caso do Rio Almonda.
Concorrem para esta gravosa situação múltiplas razões, muitas das quais
configuram o incumprimento da legislação ambiental nacional.
Situando-se a origem dos problemas de qualidade da água das referidas massas
de água sobretudo a montante é indispensável que se proceda à construção,
recuperação e melhoramento das infra-estruturas e equipamentos de drenagem
e tratamento de águas residuais urbanas e industriais na fonte.
Revela-se, assim, imprescindível para assegurar o bom estado ecológico dos
meios hídricos da Lezíria do Tejo atingir as metas subjacentes à medida 3.1 da
linha de intervenção relativa aos sistemas públicos de abastecimento de água e
redes de drenagem de águas residuais, designadamente no que diz respeito à
drenagem e tratamento de águas residuais.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
180.
Objectivos Específicos da Medida
- Manter e atingir o bom estado ecológico das massas de água
MEDIDA 2.2 – Valorização dos Recursos Hídricos Superficiais
Justificação / Descrição da Medida
O atravessamento da região por diversos cursos de água e a forte relação destes
com duas das principais actividades desenvolvidas na região coloca – agricultura
e turismo – traduz-se num imperativo em termos de reforço dos investimentos
em requalificação por exemplo dos corredores fluviais e dos espaços envolventes.
Considera-se, como tal, prioritário dar continuidade às intervenções dirigidas a
melhorar as condições de atravessamento daqueles cursos de água, com
destaque para o rio Tejo, designadamente de reparação, defesa das margens e
reforço dos diques de protecção, bem como ao ordenamento e arranjo
paisagístico das margens.
Objectivos Específicos da Medida
- Estabelecimento e manutenção das condições adequadas à utilização dos rios e suas margens para recreio e lazer
MEDIDA 2.3 – Prevenção de Riscos Naturais – Cheias e Inundações
Justificação / Descrição da Medida
À insuficiente consideração dos riscos nas acções de ocupação e transformação
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
181.
do território, soma-se uma contínua artificialização do mesmo, ambos
contribuindo para elevar o eventual risco de cheias e inundações.
A prevenção e gestão de riscos constituem domínios prioritários de intervenção
assumidos no PNPOT, destacando-se os seguintes objectivos específicos
consagrados naquele Programa:
- Avaliar e prevenir os factores e as situações de risco, e desenvolver dispositivos
e medidas de minimização dos respectivos efeitos.
- Modernizar os organismos, infra-estruturas, equipamentos e melhorar a
qualificação profissional dos agentes de protecção civil.
A prevenção e mitigação de cheias e inundações exigem o reforço das infra-
estruturas e equipamentos de prevenção e resposta, o reforço de cotas de zonas
baixas ameaçadas pelas águas, o reforço de margens e execução de diques e
comportas.
Objectivos Específicos da Medida
- Redução da susceptibilidade da região às cheias e às inundações e minimização
dos danos materiais e humanos daí decorrentes
MEDIDA 2.4 – Conferir Maior Visibilidade ao Património Natural das Áreas Classificadas
Justificação / Descrição da Medida
A riqueza significativa em património natural da Lezíria do Tejo encontra
expressão nas áreas do seu território que mereceram estatuto especial de
protecção.
Considera-se prioritário conferir maior visibilidade ao seu património,
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
182.
destacando-se a necessidade de (i) fomentar o turismo de natureza, infra-
estruturando as áreas protegidas para o acolhimento de actividades económicas
e sociais, (ii) dar a conhecer ao público e aos agentes do turismo as áreas
classificadas, identificando as suas potencialidades e especificidades, nas áreas
ambiental, cultural e patrimonial, promovendo o marketing e a comunicação, e
(iii) promover a educação ambiental e cultural in situ, alargando o
reconhecimento social da política de conservação.
A presente medida enquadra intervenções de conclusão da infraestruturação das
áreas classificadas (nomeadamente com infra-estruturas de visitação e
interpretação) e de marketing e comunicação.
Objectivos Específicos da Medida
- Redução da susceptibilidade da região às cheias e às inundações e minimização
dos danos materiais e humanos daí decorrentes
MEDIDA 2.5 – Travar a Perda da Biodiversidade
Justificação / Descrição da Medida
Com a perda de biodiversidade e a disrupção das funções dos ecossistemas,
estes tornam-se mais vulneráveis a perturbações, menos resilientes e menos
capazes de garantir o aprovisionamento dos bens e serviços essenciais ao bem-
estar humano.
A Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável identifica como objectivo
prioritário a promoção de uma política de conservação da natureza que vise
suster a redução e fragmentação dos habitats, a protecção das espécies
ameaçadas e a valorização das paisagens, articulada com as políticas agrícola,
florestal, de desenvolvimento urbano e económico e de obras públicas.
A presente medida reflecte o referido objectivo e enquadra intervenções de
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
183.
gestão dos valores naturais, designadamente:
- Gestão activa directa - Acções de gestão de espécies, habitats e
ecossistemas (em particular dos não dependentes de sistemas agro-
florestais), bem como projectos de recuperação das espécies e habitats
especialmente ameaçados
- Gestão activa indirecta – Acções de actividade produtiva que geram
serviços - decorrentes do FEADER (em particular, para os valores
dependentes dos sistemas agro-florestais) e do FEP.
- Projectos pontuais de demonstração
Objectivos Específicos da Medida
- Contribuir para o objectivo global (Nações Unidas) e Europeu (Conselho de
Gotemburgo) de parar a perda de biodiversidade até 2010, reduzindo o
número de espécies prioritárias ameaçadas e a manutenção da
representatividade actual das espécies prioritárias
- Assegurar a gestão integrada dos territórios objecto de intervenções de
gestão directa dirigida ao maneio de espécies, habitats e ecossistemas,
tendo em vista a sua manutenção num estado favorável de conservação
- Colmatar os passivos persistentes nas zonas da Rede Natura e recuperar
valores naturais (não dependentes de sistemas agro-florestais)
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
184.
LINHA DE INTERVENÇÃO 3
SISTEMAS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DOMICILIÁRIO DE ÁGUA E REDES DE
DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
185.
OBJECTIVO CENTRAL
A Linha de Intervenção relativa aos Sistemas Públicos de
Abastecimento Domiciliário de Água e às Redes de
Drenagem de Águas Residuais configura um conjunto de
acções destinado a suprir a carência de sistemas
públicos de abastecimento domiciliário de água e a
superar a insuficiente taxa de atendimento em redes de
drenagem de águas residuais bem como a deficiente
qualidade e o envelhecimento das estruturas de adução
e distribuição da água com elevadas perdas.
O abastecimento de água e a recolha, tratamento e
rejeição de águas residuais constituem serviços básicos
de importância vital para a qualidade de vida das
populações, sendo notória a sua importância na
sociedade e no sector económico e produtivo do país.
O Ciclo Urbano da Água constitui uma componente
extremamente importante de um dos principais
instrumentos de planeamento dos recursos hídricos,
designadamente, o Plano Nacional da Água. Partindo do
diagnóstico da situação actual, da análise dos
constrangimentos verificados na execução do “Plano
Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de
Águas Residuais” (PEAASAR I) e das orientações
governamentais para o sector do abastecimento de água
e do saneamento (que no seu conjunto constituem o
Ciclo Urbano da Água) encontram-se definidos no
PEAASAR II (2007-2013) os seguintes objectivos
estratégicos: a universalidade, continuidade e qualidade
do serviço; a sustentabilidade do sector; a protecção dos
valores ambientais. No âmbito da presente linha de
intervenção encontram-se contempladas a construção de
Infra-estruturas em “Alta” e em “Baixa”, bem como a
remodelação de infra-estruturas já existentes.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
186.
MEDIDA 3.1 Cumprimento das metas definidas no PEAASAR II
MEDIDA 3.2 Melhoria da qualidade da água para abastecimento
humano
MEDIDA 3.3 Promoção da Sustentabilidade dos Sistemas pela aplicação de tarifas ajustadas ao nível de serviço
MEDIDA 3.4 Renovação das infra-estruturas dos sistemas de
distribuição e drenagem
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
187.
Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção
A presente linha de intervenção tem como âmbito natural de aplicação os “sistemas de
distribuição pública de água” e “os sistemas de drenagem pública de águas residuais”,
conforme definidos no Decreto-Lei nº 207/94, de 6 de Agosto e cuja responsabilidade
recai em primeira instância sobre os municípios. Consideram-se incluídos no referido
âmbito de aplicação, as intervenções a que as entidades gestoras daqueles sistemas
públicos estão obrigadas por força da legislação nacional e comunitária ou de objectivos
de política, como será o caso, a mero título de exemplo, do adequado destino final das
lamas de depuração, do ênfase na valorização das lamas, da eficiência energética ou da
minimização de perdas de água nas redes de distribuição.
Os concelhos que formam a Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo apresentam diferentes
estádios de desenvolvimento ao nível dos equipamentos de saneamento
básico de que dispõem. Apesar de uma evolução significativa nos últimos anos,
decorrente de um substancial esforço de investimento, persistem na Lezíria do Tejo
alguns problemas neste domínio, designadamente:
• Insuficiente taxa de atendimento em redes de drenagem e de tratamento de
águas residuais;
• Deficiente qualidade e envelhecimento das estruturas de adução e distribuição
da água com elevadas perdas.
A crescente consciencialização das populações para as questões ambientais e de
qualidade de vida obriga a uma necessidade de melhoria da gestão dos sistemas de
distribuição de água e de saneamento e, consequentemente, à obtenção de níveis
superiores de serviço.
Somam-se aos desafios inerentes à adequada cobertura da população da Lezíria do Tejo
por redes de abastecimento de água e de drenagem e tratamento de águas residuais o
necessário cumprimento da legislação ambiental cujas exigências têm vindo a aumentar
significativamente, designadamente no que respeita à qualidade de água para consumo
humano.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
188.
Com a implementação da presente medida pretende-se criar as condições para a
resolução dos problemas que limitaram o cumprimento das metas fixadas no PEAASAR I e
para a conclusão das várias redes de infra-estruturas básicas essenciais para promover
e/ou manter níveis adequados em termos de indicadores ambientais e de saúde pública.
Acresce ainda que a conclusão dessas redes de infra-estruturas básicas constituirá um
contributo muito importante para a prevenção e controlo da poluição provocada pela
actividade humana e pelos sectores produtivos. As intervenções previstas em matéria de
renovação das infra-estruturas dos sistemas de distribuição e drenagem traduzir-se-ão
numa mais-valia relevante para o cumprimento dos objectivos do Plano Nacional para o
Uso Eficiente da Água. No mesmo sentido concorre também a introdução de preços que
penalizem o desperdício e que incentivem medidas correctivas das disfunções
actualmente verificadas.
Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal
Os municípios da Lezíria do Tejo encontram-se organizados em soluções diferentes, que
incluem sistemas multimunicipais, intermunicipais e municipais. Não obstante estarem
previstas quatro medidas na presente linha de intervenção, os projectos estruturantes
que são identificados cobrem o ciclo completo da água.
Projectos Estruturantes da Linha de Acção:
“Sistemas Públicos de Abastecimento Domiciliário de Água e Redes de
Drenagem de Águas Residuais”
Concelho Projecto
Alpiarça, Almeirim,
Benavente, Coruche,
Chamusca, Golegã,
Salvaterra de Magos
Águas do Ribatejo
Azambuja e Rio Maior
Águas do Oeste
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
189.
Santarém Águas de Santarém
Cartaxo Águas do Cartaxo
Azambuja Intervenções nos Sistemas em Baixa
Rio Maior Intervenções nos Sistemas em Baixa
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
190.
MEDIDA 3.1 – Cumprimento das metas definidas no PEAASAR II
Justificação / Descrição da Medida
Esta Medida contempla intervenções em infra-estruturas em alta e em baixa de
abastecimento de água e de saneamento e tratamento de águas residuais.
A média de cobertura para os municípios da Lezíria do Tejo é de 98,5% no
abastecimento de água e de 62,5% na drenagem e tratamento de águas
residuais. Relativamente às metas estabelecidas no “Plano Estratégico de
Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais” (PEAASARII), que se
situam nos 95% de cobertura dos sistemas de abastecimento de água e nos 90%
para o saneamento de águas residuais, os municípios da Lezíria do Tejo
cumprem os objectivos traçados para os sistemas de abastecimento de água,
mas evidenciam algum afastamento em relação aos valores de cobertura em
saneamento de águas residuais.
A presente medida contempla assim a construção de novos Sistemas em “alta” e
continuação da infra-estruturação da vertente em “baixa”, com especial enfoque
nos investimentos que visam a articulação entre ambas as vertentes, a expansão
das redes e a concretização dos objectivos ambientais fixados.
Objectivos Específicos da Medida
- Implementação efectiva das disposições da Lei da Água e da demais legislação
ambiental directamente relacionadas com o abastecimento de água e
saneamento de águas residuais e incentivo ao uso
- Servir a população da Lezíria do Tejo com sistemas públicos de abastecimento
de água, com fiabilidade, quantidade e qualidade, no cumprimento integral do
normativo nacional e comunitário aplicável
- Servir a população da Lezíria do Tejo com sistemas públicos de drenagem e
tratamento de águas residuais urbanas, promovendo os valores ambientais e a
saúde pública, no cumprimento integral do normativo nacional e comunitário
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
191.
aplicável
- Obter níveis adequados de qualidade do serviço, mensuráveis pela
conformidade dos indicadores de qualidade do serviço definidos
- Remodelação de redes, nomeadamente para corrigir disfunções relevantes para
o cumprimento da Directiva Quadro da Água
As metas estabelecidas no “Plano Estratégico de Abastecimento de Água e
Saneamento de Águas Residuais” (PEAASARII), situam-se nos 95% de cobertura
dos sistemas de abastecimento de água e nos 90% para o saneamento de águas
residuais (a atingir em 2015). Contudo, salienta-se que o PEAASAR igualmente
estabelece que em cada sistema integrado o nível de atendimento deve atingir
pelo menos 90% da população abrangida relativamente à cobertura dos sistemas
de abastecimento de água e 85% no que se refere aos sistemas de drenagem e
tratamento de águas residuais urbanas5.
MEDIDA 3.2 – Melhoria da qualidade da água para abastecimento humano
Justificação / Descrição da Medida
Intrinsecamente relacionada com o cumprimento dos objectivos específicos da
medida 3.1, a presente medida visa a garantia de uma qualidade da água de
abastecimento conducente com o disposto na legislação vigente.
A água é um bem essencial de consumo público e como tal deve ser objecto de
um controlo de qualidade rigoroso. Pretende-se um fornecimento de um produto
com qualidade que corresponda às expectativas do consumidor final,
salvaguardando sempre a saúde pública.
5 Para os casos de aglomerações de pequena dimensão, sempre que fique demonstrado que a instalação de um sistema de drenagem não se justifica por não trazer qualquer vantagem ambiental ou por ser excessivamente oneroso, devem ser implementadas soluções individuais, que serão contabilizadas para a taxa de atendimento.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
192.
Objectivos Específicos da Medida
- Cumprir o definido na legislação, respeitando os critérios e normas de
qualidade regulamentados pelo Decreto-Lei n.º 243/2001, de 5 de Setembro;
- Implementar um sistema de monitorização da qualidade da água distribuída às
populações, que verifique não só a sua conformidade em relação aos parâmetros
definidos na legislação mas também permita um controlo eficaz e imediato, de
preferência on-line, de parâmetros e indicadores da qualidade da água captada,
tratada, armazenada e distribuída pelos sistemas.
MEDIDA 3.3 – Promoção da Sustentabilidade dos Sistemas pela aplicação de
tarifas ajustadas ao nível de serviço
Justificação / Descrição da Medida
A sustentabilidade dos sistemas, independentemente dos formatos escolhidos,
visa a fixação de tarifas ao consumidor que progressivamente caminhem para
um intervalo compatível com a capacidade económica das populações
corporizando o princípio da recuperação de custos.
Em sede de diagnóstico verificou-se que a factura média cobrada na esmagadora
maioria dos municípios da Lezíria do Tejo não reflecte o nível de cobertura
existente proporcionado pelo nível de equipamentos presentes em cada
concelho. Os municípios da Lezíria do Tejo apresentam igualmente oscilações
tarifárias significativas.
A sustentabilidade dos sistemas requer a existência de tarifas que garantam a
cobertura das despesas de exploração e a amortização da parte do investimento
total não suportada por incentivos comunitários a fundo perdido, sem prejuízo
obviamente de exercer um controlo sobre as tarifas que assegure que o impacte
das mesmas é mantido dentro de limites socialmente aceitáveis.
Objectivos Específicos da Medida
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
193.
- Praticar tarifas junto do consumidor final que equilibrem o objectivo da
recuperação dos custos com a garantia de acesso universal aos serviços de
abastecimento de água e saneamento, através de intervalos de tarifas
compatíveis com a capacidade económica das populações.
- Garantir tendencialmente a recuperação integral dos custos incorridos na
prestação dos serviços, excluindo a amortização dos investimentos financiados a
fundo perdido.
MEDIDA 3.4 – Renovação das infra-estruturas dos sistemas de distribuição e
drenagem
Justificação / Descrição da Medida
Esta medida permitirá obter ganhos ambientais significativos que se afiguram
decisivos para o cumprimento das exigências em matéria de uso eficiente da
água. A eliminação de custos inerentes à ineficiência dos sistemas repercutir-se-
á igualmente numa melhor qualidade de serviço e em benefícios económicos
para a população.
Com a presente medida pretende-se intervir nas infra-estruturas que se
encontram na fase final da sua vida útil (ex: sistemas com baixos níveis de
desempenho, elevadas percentagens de perdas de água) ou que revelam
ineficiências sistémicas. A renovação dos sistemas permitirá optimizar e melhorar
o desempenho e a eficiência desses mesmos sistemas. A melhoria do nível de
serviço quer em qualidade quer em quantidade também contribuirá para reduzir
a perigosidade para o ambiente decorrente de descargas de instalações com
desempenhos insuficientes ou deficientes.
Objectivos Específicos da Medida
- Servir a população da Lezíria do Tejo com sistemas públicos de abastecimento
de água, com fiabilidade, quantidade e qualidade, no cumprimento integral do
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
194.
normativo nacional e comunitário aplicável
- Servir a população da Lezíria do Tejo com sistemas públicos de drenagem e
tratamento de águas residuais urbanas, promovendo os valores ambientais e a
saúde pública, no cumprimento integral do normativo nacional e comunitário
aplicável
- Aumentar os níveis de eficiência dos sistemas;
- Adaptar os sistemas às novas exigências que decorrem da legislação em vigor
- Oferecer uma melhor qualidade de serviço ao consumidor final.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
195.
LINHA DE INTERVENÇÃO 4
POLÍTICA DE RESÍDUOS BASEADA NA REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM
OBJECTIVO CENTRAL
Esta linha de intervenção tem como objectivos a
dissociação do crescimento económico da pressão sobre
os recursos naturais, a implementação da hierarquia de
gestão de resíduos através do reforço da prevenção, da
promoção da reutilização e da valorização, diminuindo o
recurso a operações de eliminação e o aumento da
coerência e articulação nas intervenções dirigidas para
os diferentes tipos de resíduos.
Assistiu-se na Lezíria do Tejo, nos últimos anos, a uma
expansão enorme das chamadas infra-estruturas
ambientais no domínio dos resíduos. Contudo em
simultâneo com a referida expansão verificou-se
igualmente um incremento significativo da capitação de
RSU, em paralelo com o aumento da capacidade
aquisitiva da população. No que respeita à produção de
RSU por unidade de PIB constata-se que continua a não
haver uma dissociação, sendo que o principal desafio
que se coloca ao conjunto dos Concelhos consiste na
adequada implementação de uma estratégia preventiva
baseada na trilogia da redução - reutilização –
reciclagem.
A adequada concretização da presente linha de
intervenção requer um empenho significativo dos três
vértices do triângulo da cadeia de gestão inerentes à
implementação da referida estratégia preventiva:
sistemas de gestão de RSU; câmaras municipais pela
sua ligação mais directa ao cidadão; cidadãos em geral.
MEDIDA 4.1
Prevenção - Redução progressiva da produção de resíduos
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
196.
MEDIDA 4.2 Reciclagem e valorização multimaterial
MEDIDA 4.3 Desvio de matéria orgânica de aterro
Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção
A Lezíria do Tejo apresenta uma excelente cobertura ao nível de infra-estruturas de
resíduos urbanos e industriais - sendo inclusivamente a única região do país que irá
dispor, a médio prazo, de tratamento/ destino final para todos os tipos de resíduos
sólidos produzidos (urbanos, industriais banais e industriais perigosos). No entanto, e
apesar da referida dotação elevada em infra-estruturas de gestão de resíduos, persistem
insuficiências no que respeita ao destino final dado à esmagadora parte dos RSU
produzidos. A deposição em aterro continua a ter um peso excessivo e os valores de
reciclagem situam-se em patamares significativamente inferiores aos estabelecidos no
PERSU I.
Com a presente linha de intervenção pretende-se apoiar a implementação de uma política
integrada que incremente a redução de resíduos na fonte e estimule a sua transformação
em matérias-primas secundárias através da prioridade à reutilização e reciclagem,
reduzindo os riscos para a saúde pública, para a qualidade do ambiente, assim como o
desperdício de recursos públicos na edificação de soluções não sustentáveis para o
tratamento de resíduos. A sustentabilidade da política de resíduos dependerá
essencialmente da capacidade de diminuição progressiva da capitação de todos os tipos
de resíduos tendo como horizonte de referência a legislação nacional e europeia,
contribuindo, por outro lado para inverter a actual situação verificada na Lezíria do Tejo
em que as quantidades de resíduos destinados à eliminação continua a suplantar as
quantidades destinadas a diferentes modos de valorização.
Os municípios da Lezíria do Tejo encontram-se organizados no que respeita à gestão
integrada dos RSU em três sistemas gestores supramunicipais - Resioeste; Resitejo e
Resiurb. A recolha dos RSU manteve-se sob gestão municipal. O diagnóstico da situação
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
197.
de referência da Lezíria do Tejo ao nível dos resíduos evidencia, assim, para além da
elevada dotação infraestrutural, que o sector se encontra razoavelmente consolidado, que
o “mercado” está numa curva ascendente de amadurecimento mas que, por outro lado, a
produção de resíduos continua a aumentar e que os níveis de recolha selectiva e de
reciclagem são ainda baixos.
Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal
Dada o estádio de desenvolvimento infraestrutural do sector e dos objectivos que
permanecem por alcançar, considera-se que a presente linha de intervenção deverá ser
prosseguida através de um conjunto de tipologias de intervenção que, embora possam
adquirir uma abrangência territorial superior à do município, se perspectivam nesta fase
sobretudo com uma incidência municipal. Destaca-se ainda que a adequada prossecução
dos objectivos da presente linha de intervenção exige um esforço de sensibilização dos
produtores e da população em geral muito significativo e que nesse esforço de
sensibilização deve ser atribuída uma relevância acrescida em matéria de informação
clara aos cidadãos sobre o destino dos resíduos, sobretudo dos RSU.
Tipologia de Acções a Privilegiar na Linha de Acção:
“Política de Resíduos baseada na Redução, Reutilização e Reciclagem”
Mobilização dos cidadãos para melhoria do comportamento ambiental
Reforço dos sistemas de recolha selectiva
Melhoria da eficiência de triagem dos fluxos da recolha selectiva
Reforço da capacidade de TMB e de unidades de valorização orgânica de RUB recolhidos selectivamente, bem como de valorização de sub-produtos dessas unidades Requalificação de Infra-estruturas e equipamentos em fase de esgotamento ou com desempenhos insuficientes Estabelecimento de acordos voluntários com sectores económicos
Adopção das Melhores Tecnologias Disponíveis
Compostagem Doméstica
Certificação dos Centros de Triagem de Materiais
Maximização de sub-produtos gerados: composto, recicláveis e combustíveis
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
198.
derivados dos resíduos
Criação de Ilhas Ecológicas
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
199.
MEDIDA 4.1 – Prevenção - Redução progressiva da produção de residuos
Justificação / Descrição da Medida
Face ao incremento diagnosticado da capitação de resíduos, considera-se que um
dos objectivos centrais a ser prosseguido no âmbito da Agenda 21 da Lezíria do
Tejo deverá ser o de prevenir a geração de resíduos e a sua perigosidade.
Um esforço de investimento na sensibilização é crucial para inverter a tendência
de crescimento da produção de RSU e, simultaneamente, promover o aumento
da valorização.
Considera-se igualmente relevante em sede da presente medida estabelecer
acordos voluntários com sectores económicos que visem a implementação de
sistemas de controlo integrado da prevenção e da poluição, coordenadas,
preferencialmente, pelas suas Associações Industriais, com incentivos financeiros
da Administração Pública.
Um instrumento que merece adequada ponderação no âmbito desta medida e
que constitui um factor igualmente muito relevante na óptica da sustentabilidade
dos sistemas de gestão de RSU e da correcta aplicação do princípio do poluidor-
pagador é a aplicação de tarifação doméstica aos produtores domésticos de
resíduos.
Objectivos Específicos da Medida
- Redução progressiva da produção de RSU
- Contribuir para as metas definidas para os RI e RIP:
• atingir em 2015 uma redução de 12,1% em peso na produção de RI (vs
2001) e uma redução de 20,7% em peso na produção de RIP (vs 2001)
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
200.
MEDIDA 4.2 – Reciclagem e valorização multimaterial
Justificação / Descrição da Medida
Com a presente medida pretende-se assegurar a prossecução de uma
abordagem por material, complementando a abordagem por fluxo em curso,
garantindo um elevado desempenho ambiental das soluções adoptadas.
Os resíduos de embalagens (RE) constituem um fluxo específico com grande
interface com o fluxo de resíduos urbanos, para o qual são estabelecidas metas
de reciclagem e valorização (globalmente e por material) a nível comunitário e
nacional. Assim, face ao diagnóstico realizado, e numa perspectiva de promoção
da reciclagem e valorização de resíduos, considera-se fundamental que os
Sistemas orientem a sua gestão para o cumprimento dos objectivos nacionais de
reciclagem e valorização, decorrentes da Directiva Embalagens.
Concomitantemente, e com vista ao incremento da reciclagem de resíduos de
papel/cartão não embalagem, com as inerentes vantagens para o desvio de
matéria orgânica de aterro, considera-se também importante o cumprimento de
objectivos nacionais de reciclagem deste tipo de material.
É imprescindível para o sucesso da presente medida adequar o sistema de
gestão de resíduos na Lezíria do Tejo com as infra-estruturas necessárias e
adequadas ao seu tratamento e eliminação e minimização do seu
encaminhamento para soluções de eliminação. Neste sentido considera-se muito
relevante a futura instalação na Região de uma das 13 novas unidades de
valorização orgânica previstas para Portugal Continental. Similarmente, as duas
futuras infra-estruturas de RIP – Centros Integrados de Recuperação, Valorização
e Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER) – constituem uma mais-valia para
a região. Para além das infra-estruturas identificadas, considera-se relevante
prever a qualificação de infra-estruturas e equipamentos com níveis de
desempenho inferiores ao desejável.
A optimização da rede (designadamente ao nível da localização dos meios de
deposição e da frequência de recolha) é uma questão prioritária no seio desta
medida.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
201.
Verifica-se ainda a necessidade da optimização da operação de triagem, ao nível
da automatização e da formação de operadores bem como dos aspectos que se
cruzam com a sensibilização e a educação para a eficiente separação dos
materiais na fonte e sua correcta deposição. A certificação dos Centros de
Triagem de materiais no EMAS ou no ISO 14001 (ambiente), mas também no
OSHAS 18001 (higiene e segurança no trabalho) e no ISO 9001 (qualidade)
configura uma tipologia de intervenção pertinente atendendo aos objectivos da
presente medida.
Objectivos Específicos da Medida
Cumprimento das metas nacionais e comunitárias de reciclagem e valorização de
resíduos de embalagens definidas para 2011:
Valorização total de RE ≥ 60%;
Reciclagem total de RE » 55-80%;
Reciclagem de RE de vidro: ≥ 60%;
Reciclagem de RE de papel e cartão: ≥ 60%;
Reciclagem de RE de plástico: ≥ 22,5%;
Reciclagem de RE de metais: ≥ 50%;
Reciclagem de RE de madeira: ≥ 15%.
MEDIDA 4.3 – Desvio de matéria orgânica de aterro
Justificação / Descrição da Medida
Uma parte significativa dos RSU produzidos na Lezíria do Tejo é ainda depositada
em aterro, considerando-se enquanto objectivo prioritário da presente medida
promover soluções que permitam desviar de aterro os resíduos urbanos
biodegradáveis (RUB), à luz do disposto na Directiva Aterros, bem como outros
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
202.
resíduos valorizáveis. Nesta perspectiva será necessário um esforço de
investimento significativo nos próximos anos ao nível da capacidade instalada de
tratamento mecânico e biológico (TMB), bem como unidades de digestão
anaeróbia / compostagem de RUB recolhidos selectivamente e que deverá ser
complementado por investimentos no âmbito da valorização de subprodutos,
designadamente, materiais recicláveis, composto e combustíveis sólidos
recuperados.
Esta medida pressupõe uma aposta forte em soluções ambientalmente
adequadas que constituam alternativas à deposição em aterro e que permitam
incrementar os níveis de reciclagem orgânica. A estratégia relativa à reciclagem
orgânica dos RUB encontra-se enquadrada pelo compromisso de se atingirem os
objectivos nacionais e comunitários (para 2009 e 2016) relativos à redução de
deposição de RUB em aterro e consequente diminuição da emissão de gases com
efeito de estufa. Assim, preconiza-se um aumento da capacidade instalada de
digestão anaeróbia, compostagem e TMB.
Objectivos Específicos da Medida
- Desvio de matéria orgânica de aterro por via do encaminhamento para
Tratamento Mecânico e Biológico, Digestão Anaeróbia ou Compostagem
- Cumprimento das metas nacionais e comunitárias de desvio de resíduos
urbanos biodegradáveis de aterro (definidas para 2009 e 2016):
• Redução de RUB destinados a aterros com base na quantidade total de
RUB, em peso, produzidos em 1995
- Janeiro/2009: para 50%;
- Janeiro/2016: para 35%.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
203.
LINHA DE INTERVENÇÃO 5
MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
OBJECTIVO CENTRAL
A linha de intervenção 5 do Eixo 4 da Agenda 21 tem
como objectivo primordial promover a utilização dos
modos de transporte sustentáveis, como o transporte
público e os modos suaves (deslocação a pé e de
bicicleta).
Esta linha de intervenção constitui um instrumento
fundamental na promoção da uma melhor qualidade
urbana e ambiental.
A presente Linha de Intervenção está directamente
relacionada com a Linha de Intervenção 3 Acessibilidade
e Mobilidade Multimodais do Eixo 1, sendo as medidas
idênticas.
MEDIDA 5.1
Acessibilidade Rodoviária Estruturante
(Medida 3.1 da Linha de Intervenção 3 Acessibilidade e Mobilidades Multimodais do Eixo 1)
MEDIDA 5.2
Acessibilidade aos Centros Urbanos
(Medida 3.2 da Linha de Intervenção 3 Acessibilidade e Mobilidades Multimodais do Eixo 1)
MEDIDA 5.3
Reforço do Papel do Transporte Público e dos Modos Suaves e Intermodalidade
(Medida 3.3 da Linha de Intervenção 3 Acessibilidade e Mobilidades Multimodais do Eixo 1)
MEDIDA 5.4
Instrumentos de Organização e Gestão das Acessibilidades e da Mobilidade
(Medida 3.4 da Linha de Intervenção 3 Acessibilidade e Mobilidades Multimodais do Eixo 1)
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
204.
Enquadramento e Fundamentação da Linha de Intervenção
A Lezíria do Tejo assistiu ao forte incremento da utilização do transporte individual e ao
decréscimo da utilização do transporte colectivo e dos modos suaves, situação observada
igualmente de forma generalizada em Portugal. Este facto tem um impacto directo na
deterioração da qualidade ambiental e na degradação da qualidade de vida nos centros
urbanos.
A presente Linha de Intervenção visa promover a inversão do perfil actual da mobilidade
da Lezíria e sobretudo a sua tendência para o contínuo acréscimo da utilização do
transporte individual.
Esta inversão assenta na promoção da utilização dos meios de transporte sustentáveis,
como o transporte colectivo e os modos suaves, induzindo a transferência modal do
transporte individual para estes meios de transporte. Num primeiro momento, será
importante travar a tendência para a crescente utilização do transporte individual e criar
uma consciência colectiva para a necessidade de utilização de outros meios de transporte.
Para tal, será necessário agir de forma concertada, aumentando o investimento no
transporte público e melhorando as características da oferta apresentada aos utentes e
em simultâneo, desenvolver acções que dêem prioridade ao transporte público sobre o
privado e que incitem à utilização dos meios de transporte sustentáveis.
O sistema global de transportes está sujeito a fortes interdependências entres os
diferentes os actores (transporte individual, transporte público e modos suaves). Apenas
uma abordagem verdadeiramente multimodal permitirá gerir e influenciar o
comportamento individual face à mobilidade. Desta forma, é necessário actuar a todos os
níveis, em termos geográficos e modais, para assim construir um sistema de transportes
sustentável.
Assim, esta Linha de Intervenção encontra-se concretizada na Linha de Intervenção 3
Acessibilidade e Mobilidade Multimodais do Eixo 1 da Agenda 21, em todas as suas
medidas.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
205.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
206.
Projectos Estruturantes e de Natureza Supra-Municipal
Os projectos da presente Linha de Intervenção são os mesmos apresentados para a Linha
de Intervenção 3 Acessibilidade e Mobilidade Multimodais do Eixo 1 da Agenda 21.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
207.
7.Programa de Avaliação e de Monitorização
A implementação da Agenda 21 Regional da Lezíria do Tejo será acompanhada pela
CULT, através de um aprofundado acompanhamento do progresso na concretização
dos objectivos e de uma adequada coordenação da intervenção das políticas públicas
que lhe são dirigidas. A CULT deverá promover o desenvolvimento de parcerias com
actores relevantes da sociedade civil em torno das Linhas de Actuação e dos Objectivos
Operacionais da Estratégia.
Enquanto responsável pela implementação dos objectivos da Estratégia, a CULT deverá
igualmente promover de forma permanente a reflexão prospectiva sobre as questões
de desenvolvimento, sustentabilidade e inserção da Lezíria do Tejo no espaço nacional
e realizar a monitorização da Estratégia, com base num conjunto de indicadores
previamente definidos. Deverá igualmente a CULT proceder à avaliação periódica da
referida Estratégia e decidir sobre o calendário da sua revisão. Deverá igualmente a
CULT estabelecer os mecanismos necessários à adequada recolha e organização de
informação para fins de acompanhamento e monitorização e providenciar uma análise
anual das fontes financeiras disponíveis para concretização dos objectivos da
Estratégia.
A CULT providenciará ainda e numa base anual uma análise de compatibilidades dos
objectivos da recente Estratégia com os objectivos enunciados nos documentos
estratégicos aprovados pelo Governo. À CULT é ainda atribuída uma responsabilidade
particular na difusão na região da Lezíria do Tejo, nomeadamente através da
comunicação social, da natureza, significado e objectivos da Agenda 21 Regional da
Lezíria do Tejo.
Até ao final de 2009, deverá a CULT apresentar um Relatório de Progressos da
Estratégia que deverá ser submetido à apreciação dos Presidentes de Câmara da
Lezíria do Tejo.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
208.
7. ANEXOS
7.1 ANEXO 1 -
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
209.
7.2 ANEXO 2
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
210.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
211.
Almeirim ▪ Alpiarça ▪ Azambuja ▪ Benavente ▪ Cartaxo ▪ Chamusca ▪ Coruche ▪ Golegã ▪ Rio Maior ▪ Salvaterra de Magos ▪ Santarém
212.
top related