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Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Estudo das possibilidades dos obtenção de créditos de carbono na Região de Araçatuba.
Prof. Dr. Miguel UdaetaAluno:Rafael Villano Mathias
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Protocolo de Kyoto
Em 1997, participaram representantes de 166 países da 3 Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 3) em complemento a ECO 92.
Objetivo - reduzir a concentração dos gases causadores do efeito estufa na atmosfera
Países industrializados (Anexo I) se comprometeram a reduzir suas emissões de GEE em 5.2% em relação aos níveis de 1990, durante o período de 2008 e 2012
Para os países em desenvolvimento, como o Brasil, o protocolo não prevê compromissos de reduções de GEE. O principal papel dos países em desenvolvimento é o diminuir as emissões a partir de fontes limpas de energia e o papel de sumidouro de dióxido de carbono através das suas florestas.
Mercado de Crédito de Carbono
Fonte: Carbono Brasil
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Crédito de Carbono - Definição
• Créditos de carbono são certificados que países em desenvolvimento (como Brasil, a China e a Índia) podem emitir para cada tonelada de gases do efeito estufa que deixam de ser emitida ou que sejam retiradas da atmosfera.
• Princípio - Países ricos compram o direito de poluir, investindo nos países em desenvolvimento. Esses projetos podem ser de redução de emissões, como os de reflorestamento e florestamento (seqüestro de carbono) ou projetos que evitam as emissões, como os projetos de energia limpa.
Mercado de Crédito de Carbono
Fonte: Carbono Brasil
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Crédito de Carbono – Emissão evitada
1 ton - CO2
(carbono) 1 crédito de carbono
1 ton – CH4
(metano) 21 créditos de carbono
Mercado de Crédito de Carbono
Fonte: Carbono Brasil
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Ranking emissão CO2
36,1%
17,4%
8,5% 7,4%
4,3% 3,3% 3,1% 3,0% 2,7% 2,1% 1,9% 1,2%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
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Mercado de Crédito de Carbono
Fonte: Revista Época
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Países Listados no Anexo I
Alemanha, Austrália, Áustria, Belarus, Bélgica, Bulgária, Canadá, Comunidade
Européia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Federação Russa,
Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Letônia, Lituânia,
Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino
Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, República Tcheco-Eslovaca, Romênia,
Suécia, Suíça, Turquia e Ucrânia.
Mercado de Crédito de Carbono
Fonte: Revista Época
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
EUA - Protocolo de Kyoto
• Os EUA, o maior poluidor, se negam a assinar o protocolo de Kyoto.
• Nos últimos dez anos, a emissão de gases por parte dos EUA aumentou 10%.
• Em vez de reduzir emissões, os EUA preferiram trilhar um caminho alternativo e apostar no desenvolvimento de tecnologias menos poluentes.
Mercado de Crédito de Carbono
Fonte: Revista Época
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Protocolo de Kyoto - Alternativa Americana
2002 – Pres. George W. Bush apresenta a Iniciativa Céu Limpo, prometendo reduzir as emissões de poluentes menos significativos. A proposta americana foi recebida com severas críticas dos ambientalistas e sem entusiasmo pelos países defensores de Kyoto.
Iniciativa Céu Limpo: A alternativa americana não impõe a obrigatoriedade, propõe cortes voluntários de 18% no aumento projetado das emissões de dióxido de carbono para os próximos dez anos. As empresas que aderirem aos cortes ganhariam incentivos fiscais. Segundo a proposta do governo, os EUA reduziriam em 73% as emissões de dióxido de enxofre, um dos causadores das chuvas ácidas, até 2018. O país seria também forçado a diminuir em 66% as emissões de óxido de nitrogênio, um dos responsáveis pela poluição urbana, no mesmo período. Os EUA propuseram ainda a redução de 69% das emissões de mercúrio.
Mercado de Crédito de Carbono
Fonte: Revista Época
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Protocolo de Kyoto - Implementação
Em 2004, o protocolo finalmente ganharia o pontapé final para a sua implementação com a adesão da Rússia. Para entrar em vigor e se tornar um regulamento internacional, o acordo precisava do apoio de um grupo de países que, juntos, respondessem por ao menos 55% das emissões de gases nocivos no mundo - com a entrada da Rússia, o segundo maior poluidor, responsável por 17% delas, a cota foi atingida. Até então, apesar da adesão de 127 países, a soma de emissões era de apenas 44%. Com a Rússia, esse índice chega a 61%.
Muito comemorada, a entrada da Rússia no entanto põe em evidência a questão do impacto do protocolo nas economias, motivo pelo qual a Austrália também se mantém de fora do acordo. O presidente russo Vladimir Putin só decidiu aderir ao descobrir que o pacto poderia servir de moeda de troca, junto à União Européia (a maior defensora do acordo), para seu ingresso na Organização Mundial do Comércio.
Mercado de Crédito de Carbono
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Brasil - Protocolo de Kyoto
Embora o tratado não exija compromissos de redução de emissões de gases de
países em desenvolvimento, o Brasil assinou a carta de ratificação do acordo em 23
de julho de 2002.
O Brasil é responsável pela produção anual de 250 milhões de toneladas de carbono
(10 vezes menos que os EUA).
Mercado de Crédito de Carbono
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Potencial do Mercado
Em 2007, o mercado de crédito carbono terá um potencial em todo o mundo, de €30
bilhões e o Brasil poderá responder por 20% desse total, com um potencial de ganho
extra de cerca de € 6 bilhões
Mercado de Crédito de Carbono
Fonte: BDO Trevisan Consultoria
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Definição da Região Administrativa de Araçatuba
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Definição da Região Administrativa de Araçatuba
• área total: 18.588 km2
• nº de habitantes: 697.980 (2004)
• Economia baseada na agropecuária, com destaque para gado de corte e cana-de-açúcar
Economia
• Agropecuária
• Gado de Corte
• Cana-de-açúcar
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Metodologia Adotada
Usina Térmica a Óleo Diesel
Geração de Energia por biomassa
Mercado de Crédito de Carbono
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Substituição de Combustível
Mercado de Crédito de Carbono
Fonte: Açúcar Guarani
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Energia Limpa
• Biomassa – fonte renovável
• Na queima de Biomassa há menor emissão de CO2 em relação a geração á óleo diesel.
• Metodologia baseada no seqüestro de carbono
Plantas
Durante o dia (fotossíntese)• Absorção de CO2 e liberação de O2
Durante a noite (respiração)• Liberação de CO2 e absorção de O2
Mercado de Crédito de Carbono
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Energia Limpa
Anos
Se
qü
es
tro
/ E
mis
sã
o
Equilíbrio
EquilíbrioCO2 dia = CO2 noite
EmiteCO2 dia < CO2 noite
SequestroCO2 dia > CO2 noite
CO2 dia CO2 noiteCO2 dia CO2 noite
CO2 dia CO2 noite
1° ano
Fonte: Açúcar Guarani
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Linha de Base
= linha das emissões de GEE no Brasil por causa da produção de eletricidade. A linha decresce porque no futuro está previsto que, com as novas tecnologias, o conteúdo de carbono deverá cair. = limite máximo, considerando novas tecnologia = limite mínimo, supondo que o único meio para se produzir energia seja a co-geração
1 MWh produzido com bagaço de cana = 0,5 ton de CO2 evitado (aprox.)
Fonte: United Nations Framework Convention on Climate Change
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Safra 2005/2006 – Região Adm. De Araçatuba
USINA CANA MOÍDA (mil ton.)AÇÚCAR GUARANI 3.308ALCÍDIA 897ALCOAZUL 1.171ALCOESTE 808ALCOOLVALE 882ALVORADA DO OESTE 434ARALCO 1.792BENÁLCOOL 1.305BRANCO PERES 802CALIFÓRNIA 587CAMPESTRE 1.442CBAA 438CENTRALCOOL 1.135COCAL 2.408DIANA 785EQUIPAV 3.307FLORALCO 1.672GENERALCO 1.022GUARICANGA 772MALOSSO 370OESTE PAULISTA 603PARANAPANEMA 99PEDERNEIRAS 431PETRIBÚ 611PYLES 179RUETTE 1.379UNIALCO 2.097VERTENTE 1.144VISTA ALEGRE 627TOTAL 32.507
32.507 mil toneladas de cana moída
Fonte: Usinas e Destilarias do Oeste Paulista
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Energia gerada em uma safra
975.210
650.140102030405060708090
0 500.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000 2.500.000 3.000.000
Energia Gerada (MWh)
Re
nd
ime
nto
(T
on
/KW
h)
Safra 2005/2006 – Tonelada de cana moída/KWh
20-30 KWh/ton.
Tonelada de cana / Kwh 10 20 30 40 50 60 70 80Energia (MWh) 325.070 650.140 975.210 1.300.280 1.625.350 1.950.420 2.275.490 2.600.560
Fonte: Food and agriculture organization of the united nations
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Receita (€) provenientes de crédito de CO2
1.625.350
3.140.176
10
1.000.010
2.000.010
3.000.010
4.000.010
5.000.010
6.000.010
7.000.010
0 200.000 400.000 600.000 800.000 1.000.000 1.200.000 1.400.000
CO2 Evitado (ton)
Re
ce
ita
(€
)Safra 2005/2006
20-30KWh/ton
Considerando – 1ton CO2 = €5
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Safra 2005/2006
20-30 ton./KWh
Considerando:30 KWh / tonelada de cana moída Cotação da ton. de CO2 - €5 - €15
Receita (€) provenientes de crédito de CO2
3.140.176
9.420.529
10
2.000.010
4.000.010
6.000.010
8.000.010
10.000.010
4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
CO2 Evitado (ton)
Re
ce
ita
(€
)
€5
€15
Escola Politécnica da USP – Planejamento Integrado de Recursos
Caso Camil – UTE Itaqui
UTE Itaqui – Usina térmica (4,2 MW) situada na cidade de Itaqui/RS que gera energia a base de casca de arroz.
Linha de Base 1 – Redução de Emissão de CO2 com base na geração através de biomassa, evitando o consumo de geradoras térmicas a óleo diesel.
Linha de Base 2 – A queima da casca de arroz evita o acumulo de casca de arroz que gera metano em sua decomposição.
Fator – Linha de Base – 0,463 ton. CO2 / MWh
Volume Financeiro - € 1,5 milhão
Mercado de Crédito de Carbono
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