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Entendendo o BATISMO
Rvmo. Charles Edward Cheney, D.D.
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Entendendo o BATISMOA Posio dos Anglicanos Reformados
Rvmo. Charles Edward Cheney, D.D.Bispo da Igreja Episcopal Reformada
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ORE PARA QUE O ESPRITO SANTO USE ESSE T E X T O P A R A T R A Z E R G R A A E CONHECIMENTO DAS VERDADES ETERNAS E PARA EDIFICAO DA IGREJA.
Traduzido do livro, What do Reformed Episcopalians Believe | https://archive.org/stream/whatdoreformedep00chen
Todo direito de traduo protegido por lei internacional de domnio pblico.
Autor: Rvmo. Charles E. Cheney, D.D. Traduo e Reviso: Renan Wilkerson Capa: Revmo. Josep M. Rossello Ferrer
Acesse em: http://igrejaanglicana.com.br
http://igrejaanglicana.com.br
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Portanto, ide, fazei discpulos de todas as naes, batizando-os em
nome do Pai, do Filho e do Esprito Santo...
Mateus 28:19.
As divises da igreja visvel tm sido habitualmente representadas pelos pedaos rasgados da tnica sem
costuras de Cristo, tnica esta que foi reduzida pelos rudes soldados na crucificao.
Essa noo pessimista e triste da condio da Cristandade tem suas origens na falsa ideia acerca da real
unidade do povo de Deus.
Nessa noite no Getsemni, quando nosso Senhor iniciou
Sua importante obra sacerdotal de intercesso por aqueles que Ele redimiu por seu sangue, disse: Para que
sejam um assim como ns (Joo 17:22 ***). Ele se referia a uma unidade que deve ser sempre demonstrada
de forma externa e em um organismo visvel? A resposta encontra-se na linguagem da prpria orao. Jesus
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buscou que seus discpulos fossem um, tal como Ele e o
Pai eram um, no entanto, o Pai entronizado em glria, invisvel ao olho humano, revestido de toda as foras
inerentes a Sua Onipotncia no era um, de qualquer forma visvel ou externa, com aquele Homem de dores,
despojado de glria, humilhado, que sentia fome e sede, que dormia, que foi tentado pelo diabo, perseguido
pelos homens, trado e ridicularizado. A perfeita unio entre o Pai e o Filho a unidade da natureza e da
vontade espiritual e invisvel. A orao de Cristo aponta para o fato de que seus discpulos, ainda que possuam
diferenas visveis e orgnicas, devero agir em um esprito e um s propsito.
O cristianismo tem lidado com os maiores problemas que o pensamento humano j enfrentou ao longo da histria.
Pensar que todos os discpulos devem seguir o mesmo raciocnio ou que consigam chegar sempre as mesmas
concluses pensar em algo que nunca foi prometido pelo Mestre. As tentativas de obrigar os seguidores de
Cristo a ter uma mesma percepo intelectual acerca da verdade doutrinria tem causado sempre uma espcie de
fatal superstio ou, por outro, uma reao de descrena.
Nas ruas das grandes cidades, um enorme rolo
compressor usado para esmagar diversos materiais at formar um pavimento uniforme. Em suas faixas h
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materiais dos mais distintos. Terra, pedra, granito e argila
que so perfeitamente compactados para formar o pavimento das ruas. A unidade neste caso no de
natureza, mas sim uma unidade da fora artificial empregada.
A histria do Cristianismo Europeu, por muitos sculos, foi o registro de uma unidade externa e orgnica, fruto
de fora e opresso. Poucos so os cristos hoje que encontram nessa idade de escurido o melhor exemplo
ou o formato mais elevado do que a Igreja de Cristo deveria ser. H grandes fatos e princpios inseridos nos
grandes credos e confisses evanglicas que pertencem a todo o Corpo de Cristo. Tudo isto constitui o Templo
da Verdade Divina. Trata-se da herana comum da igreja verdadeira, herana esta que nosso culto de Santa
Comunho chama de companhia bendita de todos os fiis. Contudo, enquanto a mente humana for tal como
no atual estado, os homens seguiro divididos, buscando as melhores e mais eficazes formas pelas quais
a verdade comum possa ser defendida e preservada.
Observe a seguinte ilustrao baseada no sistema
educacional e que mostra de forma cristalina o ponto em comento. O jovem que sai de uma de nossas faculdades
ou escolas pblicas, com uma mente bem desenvolvida, forte, simtrica, sob intensa influncia de seus
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professores, cada um dos quais que eram verdadeiros
entusiastas em suas respectivas reas de estudo. Um desses professores considerou ser possvel melhorar o
desenvolvimento intelectual de seu aluno por meio da cincia matemtica. Outro dedicou suas foras para que
seu pupilo se tornasse um conhecedor de lnguas modernas e antigas. Um terceiro mestre ensinou um
profundo amor cincia da fsica. Cada um destes professores eram leais ao propsito de moldar o carter
daquele aluno. Se tivessem sido menos entusiasmados em suas reas de atuao, teriam causado efeitos
negativos naquele aluno, pois este no teria tido uma esmerada educao.
De igual modo ocorre na Igreja de Cristo. Para cada uma das comunhes evanglicas, uma rea essencial da
verdade parece ser o mais importante pilar no templo do Evangelho. Manter essa coluna firme, zelar pela sua
segurana e defend-la quando atacada verdadeira lealdade para com o prprio evangelho.
Os Anglicanos Reformados no pretendem ter o monoplio da verdade de Deus. No entanto,
reconhecemos nossa responsab i l idade como representantes de certos princpios, os quais se
negligenciados poro em perigo os fundamentos de todo o edifcio. Em profunda lealdade ao Evangelho e ao
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Rei, reivindicamos o direito de fazer conhecido aos
outros os mtodos pelos quais ajudaremos na sustentao da imponente estrutura da igreja universal.
Por onde comearemos? A Biografia de algum comea no bero. Um gegrafo buscando descrever o curso do
rio, buscar o seu incio. A histria, inclusive, nos mostra onde tudo comeou.
Deste modo, ser membro da igreja visvel tem seu marco inicial no rito solene ordenado pelo Cristo. Trata-se de
razo suficiente para iniciar esta srie de sermes com o tpico Os Anglicanos Reformados e o Batismo.
I. O LUGAR DO BATISMO NA PALAVRA DE DEUS
Os Anglicanos Reformados so cautelosos com qualquer
doutrina que no tenha sua base e autoridade nas Escrituras. A esse respeito, eles tratam os princpios
religiosos com a mesma preciso com a qual o patriotismo norte-americano trata os princpios polticos.
No que concerne aos meus direitos e deveres como cidado da Repblica, tenho profunda considerao
pelas opinies e interpretaes da Constituio que aparecem nas declaraes de Washington, Jefferson e
Adams. As palavras de tais homens devem ser respeitadas, mas nunca devem tomar o lugar da
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Constituio que se mantm acima de qualquer
controvrsia. O apelo final deve ser a prpria Constituio. De igual modo, cada clrigo Anglicano
Reformado, seja ele um dicono, presbtero ou bispo, requerido em sua ordenao no ensinar como essencial
para a salvao aquilo que as Escrituras Sagradas no ensinam ou que no possa ser claramente provada por
meio delas.
Causa alguma admirao que alguns se detenham tanto
sobre aquilo que no essencial para a salvao em detrimento das promessas ou ordenaes solenes que
deveriam afetar o ensino. Sem bice, mesmo nas questes que aparentemente so de somenos, os
Anglicanos Reformados desejam dar a conhecer o testemunho de Deus escrito em Sua Palavra.
Contudo, nenhum estudante conhecedor das Escrituras pode chegar concluso de que o Batismo um tema
secundrio ou de pouca importncia.
H nada menos que setenta e seis passagens no novo
testamento que tratam da questo do Batismo. Deus no colocou esta questo para o escanteio. impossvel ler
as Escrituras e ignorar as aluses ao Batismo. Fazer isso seria o mesmo que olhar para os cus no meio da noite e
ignorar a existncia das estrelas.
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A importncia do rito no baseada meramente na
frequncia com o qual o mesmo mencionado. H uma evidncia de peso bem maior. O prprio Senhor Jesus
Cristo insistiu para ser batizado. Ele no tendo pecados, foi lavado. Obviamente ele no tinha nenhuma
necessidade que a gua fosse utilizada sobre sua Santa Pessoa como smbolo de limpeza espiritual, no entanto
considerou ele o uso smblico da gua de extrema importncia - Como professor de homens pecadores a
fim de ensin-los a necessidade de purificao interior compelindo Joo, o Batista, a batiz-lo (Mt 3:13-15).
Isaas predisse 700 anos que Cristo seria contado entre os transgressores. Sem pecado foi ele batizado a fim de
que em todos aspectos fosse identificado com os transgressores.
Seu ministrio foi marcado pelo batismo daqueles que se tornaram Seus seguidores, muito embora no tenha
batizado ningum com suas prprias mos, seus discpulos administraram o sacramento sobre aqueles
que iam se convertendo, maior nmero do que aqueles que foram batizados por Joo nas guas do Jordo (Jo
4:1,2).
Vamos um pouco alm disso. As ltimas palavras de um
pai ao seu filho so sempre de suma importncia. As
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instrues de um general aos seus oficiais lideram um
exrcito para uma batalha de vida ou morte e se referem aos pontos essenciais para o sucesso. As ltimas palavras
ditas por Jesus para aqueles que Ele enviou para levarem Sua bandeira at os confins da terra eram
ordens para batizar todos que, mediante o Evangelho, cressem nEle. (Mt 28:19)
Os Anglicanos Reformados tm seus marcos firmes nas Escrituras quando proclamam a natureza do sacramento
do batismo. Pois, como ensina o Novo Testamento, a determinao do Mestre foi levada adiante pelos Seus
inspirados discpulos. difcil lembrar nas pginas de Atos, um isolado recorde de converses seja Saulo de
Tarso, mais de 3000 judeus no dia de Pentecostes, o carcereiro de Felipe, Ldia, a vendedora de prpura, de
um corao transformado que no tenha sido seguido de uma confisso de lbios no batismo. Os Anglicanos
Reformados no afirmam como a Igreja Romana que no h possibilidade de salvao sem o simbolismo de
purificao. No temos nenhuma prova de que o ladro arrependido tenha sido batizado. Tambm no podemos
limitar a misericrdia de Deus quando uma alma contrita e temente a Deus se encontre em uma situao que faz
com que a administrao do sacramento se faa impossvel. No queremos nos tornar juzes daqueles
crentes que podem ser encontrados, tais como, a
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Sociedade de Amigos, que tem sido enganados por uma
falsa espiritualidade no que tange ordenao de Cristo. Estes devero responder perante o Mestre. Ele [Cristo]
sustenta inabalvel certeza e a Bblia claramente declara que todos os crentes devem professar sua f por meio do
batismo em guas em nome da Santssima Trindade. Isso o suficiente para demonstrar que a lavagem batismal
no uma mera opo cerimonial, trata-se de uma obrigao para cada alma que confia em Cristo e faz sua
vontade.
II. a fidelidade Palavra de Deus que compele o Anglicano Reformado a acreditar que A Q U A N T I D A D E D E G U A U S A D A N O SIMBOLISMO DA PURIFICAO PELO PODER D O E S P R I T O N O U M A Q U E S T O RELEVANTE.
No temos nenhum problema de honrar e respeitar aos cristos que no aceitam mesa do Senhor aqueles que
no receberam o batismo por imerso. No entanto, uma profunda convico da verdade bblica que nos
orienta a protestar contra aquilo que nos parece uma excluso sem qualquer necessidade. a Bblia que
ensina que a lavagem com gua um simbolismo da limpeza espiritual mediante a obra do Esprito Santo. a
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mesma Bblia que ensina que o outro sacramento [Santa
Ceia] simboliza o alimento da alma pela f no Salvador Crucificado.
Os Anglicanos Reformados no devem se perguntar o motivo pela qual a quantidade de po e vinho no foi
prescrita para a Mesa do Senhor j que alguns agem como se a quantidade de gua devesse ser prescrita? Se
um pouco de po e vinho, que no satisfaz a fome e sede do corpo, podem simbolizar a forma como Cristo
satisfez nossa alma, por que ento um punhado de gua no seria suficiente para demonstrar a limpeza que Cristo
fez mediante seu Santo Esprito em nossos coraes?
Os limites deste sermo no me permitem estender os
argumentos. Permita-me que diga algo sobre o termo grego [Baptizo] que d origem palavra batismo: nunca foi provado que tal palavra signifique apenas imerso de um corpo em gua. Tanto Plutarco
quanto Xenofonte, autores gregos clssicos, usam esse termo para referir-se asperso, no mesmo sentido que
um jardineiro que rega suas plantas. H alguma prova de que quando tal palavra, mais antiga que o Novo
Testamento, foi usada nos Evangelhos teve seu sentido clssico alterado? Caso contrrio, no h sequer uma
passagem que nos leve a pensar que essa palavra signifique apenas imerso.
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Eu posso dar um ou dois exemplos para que ento
possamos continuar investigando essa questo. Existe o conhecido tratado do Rev. William H. Cooper, DD, um
presbtero da Igreja Episcopal Reformada dos USA, que tem como ttulo Facts for the Umprejudiced, tratado
este nunca refutado.
So Marcos, falando acerca dos Fariseus, disse E,
quando voltam do mercado, se no se lavarem, no comem (Mc 7:4). Sabemos que no se trata da
necessidade de tomar um banho completo todas as vezes que se sentasse para comer j que este tipo de
purificao era reservada para casos especiais de quebra da lei cerimonial.
So Lucas nos informa que os Fariseus que convidaram nosso Senhor para jantar ficaram surpreendidos porque
Jesus no se lavava primeiro - no grego, no se batizava (Lc 11:37,38). Ser que os anfitries esperavam
que Cristo fosse totalmente imerso em gua como forma de se preparar para a Ceia?
Novamente So Marcos fala acerca da cerimonia farisaica de lavagem no original - O batismo de mesas. Ser
que todas as mesas judaicas eram totalmente submersas? Devemos crer que um tanque ou um
batistrio foi providenciado pelos fariseus para tal
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propsito?
Joo Batista profetizou que Jesus batizaria com o Esprito Santo e com fogo (Mt 3:11). O cumprimento se
deu no dia de Pentecostes. Mas como? O Autor do livro de Atos descreve o evento da seguinte forma E foram
vistas por eles lnguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles (At 2:3). Eles
certamente no foram literalmente imersos em fogo. Novamente, quando Pedro pregou para Cornlio e sua
casa O Esprito Santo, como j dissemos, caiu sobre todos eles enquanto ouviam essas palavras (At 10:44).
Eles no foram imersos no Esprito Santo. Quando Pedro inicia a descrio da cena aos discpulos em Jerusalm,
ele descreveu como sendo batismo. E lembrei-me do dito do Senhor, quando disse: Joo certamente batizou
com gua; mas vs sereis batizados com o Esprito Santo. (At 11:16).
Contudo a passagem mais frequentemente usada para esclarecer a controvertida questo encontra-se na
epstola de So Paulo aos Romanos. L-se Ou no sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus
Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para
que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glria do Pai, assim andemos ns tambm em novidade
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de vida. (Rm 6:3,4).
Nossos amigos que afirmam ser o batismo unicamente por imerso, declaram que a expresso figurativa
sepultado com Ele deve ser interpretado literalmente como o sepultamento de uma pessoa mediante a
imerso em gua.
Parece-me incrvel que a simples linguagem figurada
deva ser entendida de forma literal por homens estudiosos e inteligente, sobretudo considerando que
So Paulo tambm afirma em muitas passagens que ns fomos plantados juntos com Ele na semelhana de sua
morte. Por que essa figura de linguagem no entendida tambm em sentido literal?
Quando o apstolo afirma que nosso velho homem foi crucificado com Ele - Por que razo a figura de
linguagem usada no interpretada de forma literal como se devssemos crucificar um cristo?
Deveria ser um trabalho simples provar que todos os monumentos da igreja primitiva, as inscries dos
primeiros cristos nas catacumbas, como tambm os primeiros livros cristos concordam unanimemente que o
batismo era realizado por imerso, asperso ou uma combinao de ambas as formas ( veja o livro Batismo
Apostlico de C. Taylor). Os Anglicanos Reformados so
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persuadidos pela Palavra de Deus, contra a qual no
cabem recursos.
III Ns atestamos a veracidade de um importante documento por meio de um selo. O BATISMO EM TODOS OS RAMOS DA IGREJA CRIST O SELO MAIS IMPORTANTE PARA IDENTIFICAR A RELAO ENTRE A ALMA HUMANA E O SEU REDENTOR. Isso atesta o pacto existente entre o pecador e seu Salvador quando aquele, arrependido e com f, recebe a Cristo como seu nico sacrifcio expiatrio.
Jesus convida - Venha a mim. A alma responde em
amorosa e confiante rendio. No entanto, a rendio no ser completa enquanto no houver o solene
selamento mediante o batismo. Contudo, deve-se frisar que os Anglicanos Reformados no podem se esquecer
que Cristo jamais convidou apenas adultos. Ele no chamou apenas homens e mulheres para que viessem a
Ele. Ele tambm disse deixe vir as crianas at mim (Mc 10:14). O seu convite e ordenana foi para que
os pais que criam nele dedicassem sua prole em sinal de completa rendio, tal como ocorrera diretamente com
eles. Certamente, Ele quis dizer que as crianas, tal como seus pais, devem receber o selo de total entrega a Ele. O
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motivo para que ele tenha ordenado que deixassem as
crianas irem at ele se faz mais forte em decorrncia daquilo que disse Porque delas o Reino dos Cus.
Cristo afirmou to claramente quanto as palavras permitem faz-lo que os filhos de pais crentes so
membros do Reino e da Igreja. Ns temos Sua Palavra e podemos crer nisso. Poderia haver algo mais antibblico
do que recusar o selo (pela qual o vnculo com Cristo testemunhado) quela classe de almas que Ele mesmo
aponta como membros do seu Reino?
Ademais, como Anglicanos Reformados seguimos os
passos de Nosso Senhor que perto de findar sua carreira terrena, deu uma especial comisso para o perdoado e
restaurado Apstolo Pedro. Ele imprime na conscincia do seu discpulo que ele deve alimentar Suas
ovelhas. Devemos notar que antes de Ele dizer isso, afirmou alimente Meus cordeiros (Jo 21:15-17). Ento
os cordeiros pertencem a Cristo. Igualmente as ovelhas, sendo bem certo que ambos encontram-se em Seu
rebanho e sob seus cuidados. Porventura o Bom Pastor colocaria Sua marca, Seu distintivo, Seu sinal apenas
sobre as ovelhas e no tambm sobre os cordeiros?
Os Anglicanos Reformados no devem esquecer que
quando os apstolos saram revestidos de Poder recebido em Pentecostes, batizaram famlias. Ldia de
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Tiatira foi batizada com sua casa - uma expresso que
tem um significado equivalente ao da palavra famlia (At. 16:15). No apenas isto, mas Paulo e Silas
batizaram o Carcereiro de Filipos, bem como todos os seus (At 16:33). O Apstolo S. Paulo ao escrever Igreja
de Corntio no deixa claro se batizou ou no Estfanas, o cabea de uma casa, mas no nega haver batizado
famlia dele (I Co 1:16)
Parece incrvel para os Anglicanos Reformados de que o
costume judaico de receber os infantes formalmente na congregao por meio uma cerimnia, possa ter sido
retirado dos primeiros cristos, uma vez que inexiste qualquer comando neste sentido e no h nenhuma
controvrsia sobre essa inexplicvel omisso. Para o Anglicano Reformado, o assunto intensamente prtico.
Toda a histria confirma que nos primrdios da Igreja, os pais crentes tomavam sobre si a responsabilidade pela
formao de seus filhos na f crist, prtica esta que infelizmente tm sido negligenciada pelos membros da
igreja atual. O Cristianismo Primitivo realizava essa solene dedicao, entregando seus filhos a Cristo. Era dever e
privilgio dos pais cercar a criana desde o bero com a atmosfera da verdade crist, da orao e da instruo
diria, a fim de que a criana crescesse com todo o senso de responsabilidade para ser o cumprimento da
promessa de seus pais. O segredo de todo o bem que
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ocorreu nos primeiros sculos do cristianismo no outro
seno a religio da famlia, sempre estimulada e sustentada pela conscincia dos pais e dos filhos que
tanto haviam se dedicado ao Senhor.
Aqueles discpulos no criam que seus filhos devessem
esperar para aprender os rudimentos da f com um professor da Escola Bblica Dominical. Tambm no criam
que eles devessem crescer na escurido, totalmente alienados acerca de Deus ou ainda que devessem
esperar um avivamento para que s ento um lampejo de luz os retirassem dessa situao.
Se os pais que congregam na Igreja Anglicana Reformada seguirem os padres confessionais, faremos
com o batismo infantil se torne universal em nosso meio, e isso ser feito de forma real e poderosa no como se
fosse uma superstio ou algo sem sentido.
IV. Fidelidade Bblia compele os Anglicanos Reformados a fazerem um solene PROTESTO CONTRA A TEORIA QUE AFIRMA QUE O NOVO NASCIMENTO INSEPARVEL DO BATISMO.
Quando nossos pais peregrinos deixaram sua terra natal,
laos familiares e as suas doces associaes na Velha Inglaterra para ter uma nova casa e construir uma nao
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alm do mar, o mundo inteiro tinha o direito de
perguntar o motivo pelo qual eles estavam se afastando tanto de sua terra natal. H cerca de 14 anos, alguns de
ns se afastaram com coraes tristes e lgrimas amargas das doces associaes e daquilo que nos parecia uma
terra natal ou a casa de nossa infncia. Todos tinham o direito de nos questionar o motivo pelo qual nos
afastamos de nossa Igreja me. A resposta total ser dada na medida em que este curso avana, porm uma
das razes pertence ao nosso tema de hoje. Nosso velho Livro de Oraes exige que os ministros declarem
imediatamente aps o batismo de uma criana ou adulto que estes nasceram de novo do Esprito de Deus (veja
Ofcio Batismal, Livro de Orao). Um beb, um filho da ira, levado pia batismal (veja o Catecismo da Igreja).
A gua do Batismo derramada sobre a testa da criana e a est! Em seguida, pela primeira vez, o Ministro ergue
sua voz a Deus em ao de Graas dizendo Graas te damos, pois a Ti agradou regenerar esta criana com Teu
Santo Esprito
Para o Cristianismo evanglico, o novo nascimento o
ato criativo do Esprito Santo pelo qual Ele concede uma nova vida espiritual alma humana. No entanto,
nosso antigo Livro de Oraes retirava esse papel do Senhor Onipotente, retirou a semelhana que havia entre
o batismo e a criao do homem e a reduziu a uma
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cerimnia realizada por uma criatura pecadora. Ns
reconhecemos o fato de que muitas vezes nenhum fruto do Esprito foi manifesto naqueles que foram um dia
batizados. Ns podemos comear pelo testemunho bblico do Mago Simo, batizado por mos apostlicas,
mas que ainda assim estava em fel de amargura e em lao de iniquidade (At 8:23). Ns apelamos aos mais
altos lderes de nossa Igreja para que provassem pela Escritura que o novo nascimento est inseparavelmente
vinculado ao batismo com gua. Eles nos apontaram para a linguagem de Cristo quando afirmou a Nicodemos
Se algum no nascer da gua e do Esprito, no pode entrar no Reino de Deus (Jo 3:5). Claramente Cristo
ensinou aos discpulos que o batismo deve ocorrer em guas e no Esprito Santo, mas no h nenhum
pronunciamento solene de Jesus ao mestre judeu no sentido de que o batismo com gua implica no Batismo
do Esprito. Posso dizer a um imigrante recm-desembarcado Exceto que voc se naturalize e se filie
ao esprito da nao que o adotou, voc no pode ser um americano, mas no ouso dizer d o passo legal
para naturalizao e o esprito de devoo patritica vir tambm.
Ento nos lembramos das palavras de S. Paulo a Tito de acordo com Sua misericrdia nos salvou pela lavagem da
regenerao e da renovao do Esprito Santo, (Tt 3:5)
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No entanto, supor que a lavagem da regenerao o
mesmo que a lavagem do batismo uma mera petio de princpios. No apenas isso, mas o apstolo So Paulo
tambm explica a lavagem da regenerao como algo especialmente distinto das obras de justia que
tenhamos feito. Afirma assim que pelas obras de justia ningum pode ser salvo. Contudo nos parece que a vasta
maioria dos cristos dos dias de Paulo e Tito, tinham o batismo como um ato deliberado de um adulto,
voluntariamente feito como uma obra de justia que, por consequncia, no pode ser a mesma lavagem da
regenerao referida pelos apstolos.
Ainda, novamente, somos lembrados de que So Pedro
declara o Batismo agora tambm vos salva (I Pe 3:21), mas no podemos nos esquecer de ler o restante do
versculo no do despojamento da imundcia da carne, mas da indagao de uma boa conscincia para com
Deus.
De forma direta, os ministros evanglicos da Igreja
Episcopal Protestante tm sido empurrados para essa posio temerosa. Eles at hoje no encontraram
nenhuma evidncia nas Escrituras de que a regenerao encontra-se vinculada ao ato batismal. O Esprito Santo
livre (Jo 3:8). Ele pode criar um novo corao na hora do rito batismal, ou antes, ou depois do mesmo. Talvez seja
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adequado aos ministros que discordam dessa verdade
que desistam da administrao do servio batismal ou que em solene ao de graas, declarem publicamente
que no creem na verdade de Deus.
Que no se pense que a Igreja Anglicana Reformada
surgiu da primeira manifestao do dilema dos clrigos da baixa Igreja Episcopal Inglesa e Americana. Ministros
evanglicos e leigos tem sofrido constantemente sob o jugo do servio batismal desde os dias da Reforma. Eles
se viram diante do terrvel abismo entre os ensinamentos simples do evangelho e as palavras postas pelo livro de
Orao na boca do ministro oficiante. Eles contemplaram como, sob o ensinamento de uma regenerao batismal,
as almas dos pecadores foram ameaadas. Pela crena de que a lavagem pelo Esprito Santo era algo conjunto
com o batismo em guas, os homens passaram a depositar toda sua esperana acerca da eternidade em
uma cerimnia.
Perceberam tambm que havia uma superstio
extremamente romanista que permeava a mente dos membros humildes e iletrados da Igreja, levando estes a
crerem que as crianas no batizadas certamente pereceriam eternamente. Eles haviam escutado nos
plpitos da Alta Igreja, em linguagem floreada como a do Bispo Mant, que pelo Batismo temos um novo
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princpio posto em ns. A santificao e a pureza contra
corrupo so atribudos Igreja de Cristo como efeito da lavagem com gua. Ouviram tambm que o Batismo
o novo nascimento. Posteriormente, quando esses mesmos ministros, com a Bblia em mos, se opuseram a
esse falso ensinamento, ouviram de seus membros Por todo esse tempo, voc no tem batizado com gua,
orando para que Deus santifique-a para que se opere a lavagem mstica dos pecados? Voc no tem, todas as
vezes que batiza algum, se virado para as pessoas e dito vejam agora, essa criana (ou essa pessoa) est
regenerada! Vamos dar graas?!. Voc, como se pudesse sondar os coraes, no dizia Ns
agradecemos porque a Ti aprouve regenerar essa criana (ou essa pessoa) com o Teu Esprito Santo?
Ento voc se pergunta: Como os clrigos honestos, conscientes e tementes a Deus conseguiram se manter
na antiga Igreja e, frise-se, em todas ocasies do Batismo declarar aquilo que acreditavam ser inconsistente com a
palavra de Deus? Posso responder a essa pergunta a partir de minha prpria experincia. Eu consegui deixar
minha conscincia em paz, em meio aos muitos anos de ministrio na Igreja Episcopal Protestante, explicando a
linguagem do servio batismal a partir duas ou trs teorias diferentes que haviam sido apresentados por
alguns telogos da ala baixa da Igreja. Uma dessas
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teorias revelava-se como uma verdadeira ponte sobre o
abismo existente entre o livro de oraes e a Bblia, a saber, essa teoria afirmava que a regenerao
referenciada pelo livro de Orao era de ordem eclesistica, um novo nascimento para a igreja visvel,
no para a igreja invisvel.
Outro posicionamento foi denominado de o julgmento
de caridade. Em outras palavras, tinham como certo, por caridade, que a criana ou o adulto batizado iria se
arrepender criam que Deus daria Seu novo nascimento espiritual para aquela alma. Esse posicionamento
ensinava ao ministro a se ver em um momento futuro, supondo arrependimento e a f exercida, a regenerao
comunicada ao esprito. Ensinava que ao fazer isto, poderia afirmar a regenerao como se a mesma j
tivesse ocorrido, podendo assim declarar a Deus toda sua gratido. Esse mtodo uma explicao superficial e
antinatural, mas apenas demonstra como os clrigos da ala baixa da Igreja foram compelidos a encontrarem uma
forma de preencher o abismo que havia entre a Bblia e o servio batismal.
Chegou o dia em que fui despertado em minha conscincia de que eu estava fazendo malabarismos para
explicar textos simples, para for-los a dizer algo que no queriam dizer. O servio batismal no estava falando
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do futuro, mas sim daquilo que era realizado naquele
momento por meio da administrao da gua no sacramento. Ns te agradecemos porque a Ti aprouve
regenerar essa pessoa.
Em agonia de esprito, busquei uma outra explicao.
Ser que o servio batismal no significa apenas um novo nascimento no sentido de introduzir o batizado em um
novo mundo de privilgios na igreja? No era sobre uma regenerao meramente eclesistica sobre a qual falava
o livro de orao? No entanto, as prprias palavras usadas no servio se recusavam a permitir tal
entendimento, uma vez que dizia aprouve a Ti regenerar com Teu Esprito Santo. Certamente esse texto se
referia a uma regenerao espiritual.
Finalmente cheguei ao ponto no qual me vi obrigado,
perante Deus, a optar entre o servio de culto e a Bblia. Acerca de mim, voc j sabe qual foi minha escolha.
Deus estava trabalhando em cima de outras mentes e conscincias, tal como fez com a minha prpria.
Quando ento a Igreja Anglicana Reformada se armou para esse conflito, foi com o tema do servio batismal
que passou a ecoar o ensinamento da Palavra de Deus. Houve um intenso combate contra o ensinamento de
que o batismo com gua o canal pela qual se opera a
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regenerao. Passamos a ensinar reiteradamente que o
sacramento uma anunciao clara da verdade, um sinal e selo da regenerao batismal, mas que no pode ser
confundido com a prpria regenerao. Peo ento para que o seu amor e devoo fraternal sejam dados a esta
Igreja que fiel palavra de Deus, sobretudo nesta questo concernente precipuamente ao reino visvel de
Cristo.
Senhor - disse um engenheiro norte-americano ao Czar
Nicolau da Rssia - Tenho demarcado o curso da ferrovia neste mapa. Devemos evitar essa cadeia de
montanhas. Devemos seguir o vale tortuoso do rio e neste ponto deveremos passar por uma importante
cidade, evitando de usar um caminho reto.
O Czar ento pegou seu lpis e desenhou uma linha reta
que ligava um terminal ao outro e disse ns vamos construir a estrada nessa linha
Nosso antigo Livro de Orao da Igreja Episcopal Protestante desviou para a direita e esquerda em relao
s Escrituras no que concerne ao servio batismal, no entanto Deus nos chamou ao curso da Bblia, com o lpis
do Esprito Santo, e disse para a Igreja Anglicana Reformada Construa l. Ns honestamente e em
orao tentamos obedecer.
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