encontros e desencontros de culturas Índios legião urbana quem me dera ao menos uma vez ter de...

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ENCONTROS E ENCONTROS E DESENCONTROS DE DESENCONTROS DE

CULTURASCULTURAS

ÍndiosLegião Urbana

• Quem me deraAo menos uma vezTer de volta todo o ouroQue entreguei a quemConseguiu me convencerQue era prova de amizadeSe alguém levasse emboraAté o que eu não tinhaQuem me deraAo menos uma vezEsquecer que acrediteiQue era por brincadeiraQue se cortava sempreUm pano-de-chãoDe linho nobre e pura seda

• Quem me deraAo menos uma vezExplicar o que ninguémConsegue entenderQue o que aconteceuAinda está por virE o futuro não é maisComo era antigamente.Quem me deraAo menos uma vezProvar que quem tem maisDo que precisa terQuase sempre se convenceQue não tem o bastanteFala demaisPor não ter nada a dizer.

Quem me deraAo menos uma vezQue o mais simples fosse vistoComo o mais importanteMas nos deram espelhosE vimos um mundo doente.Quem me deraAo menos uma vezEntender como um só DeusAo mesmo tempo é trêsEsse mesmo DeusFoi morto por vocêsSua maldade, entãoDeixaram Deus tão triste.

Eu quis o perigoE até sangrei sozinhoEntenda!Assim pude trazerVocê de volta pra mimQuando descobriQue é sempre só vocêQue me entendeDo início ao fim.E é só você que temA cura do meu vícioDe insistir nessa saudadeQue eu sintoDe tudo que eu ainda não vi.

Quem me deraAo menos uma vezAcreditar por um instanteEm tudo que existeE acreditarQue o mundo é perfeitoQue todas as pessoasSão felizes...Quem me deraAo menos uma vezFazer com que o mundoSaiba que seu nomeEstá em tudo e mesmo assimNinguém lhe dizAo menos, obrigado.

Quem me deraAo menos uma vezComo a mais bela triboDos mais belos índiosNão ser atacadoPor ser inocente.

Eu quis o perigoE até sangrei sozinhoEntenda!Assim pude trazerVocê de volta pra mimQuando descobriQue é sempre só vocêQue me entendeDo início ao fim.

E é só você que temA cura pro meu vícioDe insistir nessa saudadeQue eu sintoDe tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhosE vimos um mundo doenteTentei chorar

e não

consegui.

Estrutura política colonialEstrutura política colonial

A colonização necessáriaA colonização necessária- ameaça de invasões estrangeiras- ameaça de invasões estrangeiras- - o sistema de capitanias hereditárias o sistema de capitanias hereditárias fracassofracasso

Governo Geral (1548): salvar as capitanias Governo Geral (1548): salvar as capitanias hereditárias;hereditárias;

- O governo geral é dividido: RJ e BA;- O governo geral é dividido: RJ e BA; Câmaras municipais: formada pelos homens Câmaras municipais: formada pelos homens

bons bons longe da fiscalização metropolitana. longe da fiscalização metropolitana.

Os “Brasis”: Invasões holandesas

• União Ibérica (1580 – 1640)• Independência da Holanda (1578) e fechamento

dos portos no Brasil.• Tentam invadir a Bahia em 1624, são expulsos;• Em 1630, invadem Pernambuco.• Maurício de Nassau passa a governar em 1637,

marcando Recife e Olinda pelo embelezamento e pela liberdade religiosa.

• Após longas batalhas, os holandeses se rendem em 1645, deixando o Brasil.

Sociedade açucareiraSociedade açucareira Fase do  AçúcarFase do  Açúcar

- alto valor na Europa- alto valor na Europa- mão-de-obra escrava africana- mão-de-obra escrava africana- O Engenho de Açúcar- O Engenho de Açúcar- Casa-Grande : habitação do senhor - Casa-Grande : habitação do senhor de engenho e sua famíliade engenho e sua família- Centro do poder / - Centro do poder / Sociedade Sociedade patriarcalpatriarcal- Sociedade litorânea, rural - Sociedade litorânea, rural fortemente estratificadafortemente estratificada

- Senzala : habitação do escravo- Senzala : habitação do escravo- Péssimas condições.- Péssimas condições.

Acreditava-se, também, que a parte habitável Acreditava-se, também, que a parte habitável da Etiópia era moradia de seres da Etiópia era moradia de seres monstruosos: os homens de faces queimadas. monstruosos: os homens de faces queimadas. [...] A cor negra, associada à escuridão e ao [...] A cor negra, associada à escuridão e ao mal, remetia no inconsciente europeu, ao mal, remetia no inconsciente europeu, ao inferno e às criaturas das sombras. O Diabo, inferno e às criaturas das sombras. O Diabo, nos tratados de demonologia, nos contos nos tratados de demonologia, nos contos moralistas e nas visões das feiticeiras moralistas e nas visões das feiticeiras perseguidas pela Inquisição, era, perseguidas pela Inquisição, era, coincidentemente, quase sempre negro.coincidentemente, quase sempre negro.

(DEL PRIORE, Mary e VENÂNCIO, Renato. (DEL PRIORE, Mary e VENÂNCIO, Renato. AncestraisAncestrais. . Uma introdução à história da Uma introdução à história da África AtlânticaÁfrica Atlântica. Rio de Janeiro: Editora . Rio de Janeiro: Editora Campus, 2004, p. 56)Campus, 2004, p. 56)

TRANSPORTE DE ESCRAVOS EM UM NAVIO NEGREIRO

O tráfico negreiro

O tráfico negreiro

O tráfico negreiro

Mapa de um quilomboMapa de um quilombo

A Vida do escravoA Vida do escravo

- Captura e transporte da África ao Brasil;- Captura e transporte da África ao Brasil;- Trabalho escravo – diversificação;- Trabalho escravo – diversificação;- Escravo = coisa?- Escravo = coisa?

- A força do escravo na sociedade colonial; - A força do escravo na sociedade colonial;

- Resistência à escravidão: “corpo mole”; - Resistência à escravidão: “corpo mole”; tumultos; feitiçarias; mortes; suicídios; fugas e tumultos; feitiçarias; mortes; suicídios; fugas e quilombos;quilombos;

- Quilombo dos Palmares – líder Zumbi - Quilombo dos Palmares – líder Zumbi

Catequização Catequização

““Se edificamos com eles as suas igrejas Se edificamos com eles as suas igrejas […], eles servem a Deus e a si, nós […], eles servem a Deus e a si, nós servimos a Deus e a eles; mas não eles a servimos a Deus e a eles; mas não eles a nós. Se nos vêm buscar em uma canoa nós. Se nos vêm buscar em uma canoa […], para os ir doutrinar por seu turno, ou […], para os ir doutrinar por seu turno, ou para ir sacramentar os enfermos a para ir sacramentar os enfermos a qualquer hora do dia ou da noite, em qualquer hora do dia ou da noite, em distância de trinta, de quarenta, e de distância de trinta, de quarenta, e de sessenta léguas, não nos vêm eles servir a sessenta léguas, não nos vêm eles servir a nós, nós somos os que os imos servir a nós, nós somos os que os imos servir a eles.”eles.”VIEIRA, António. VIEIRA, António. Obras completas do Obras completas do Padre António VieiraPadre António Vieira: : SermõesSermões. Porto: . Porto: Lello & Irmão, 1959. p. 39.Lello & Irmão, 1959. p. 39.

A religiosidade na América Portuguesa

A PREOCUPAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA COM O BRASIL

“O colono, ao transferir-se da Metrópole para a América lusitana, perdia muito da regularidade e freqüência da

tradicional vida religiosa comunitária: no Reino o número de templos, pastores e festividades sacras era muito maior do

que na Colônia. Aqui, muitos e muitos dos moradores passavam anos sem vencer um sacerdote, sem participar de

rituais nos templos ou freqüentar os sacramentos. Tal carência estrutural levou de um lado à maior indiferença de

nossos antepassados ante as práticas religiosas comunitárias, do outro, ao incremento da vida religiosa

privada, que, na falta do controle dos párocos, abria maior espaço para desvios e heterodoxias."

História da Vida Privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa - Direção: SOUZA, Laura de Mello {artigo de Luiz Mott - cotidiano e vivência religiosa: entre a

capela e o calundu} - organização Fernando Novais. Ed. Cia das Letras, 1997 - SP.

História História A religiosidade na América Portuguesa

Levar o catolicismo para as regiões recém descobertas, no século XVI, principalmente à América.

PRINCIPAIS OBJETIVOS DAS MISSÕES JESUÍTICAS

www.multirio.rj.gov.br

História História A religiosidade na América Portuguesa

Catequizar os índios americanos, transmitindo-lhes as línguas portuguesa e espanhola, os costumes europeus e a religião católica.

www.multirio.rj.gov.br

PRINCIPAIS OBJETIVOS DAS MISSÕES JESUÍTICAS

História História A religiosidade na América Portuguesa

Ruínas jesuíticas de São Miguel, RS.Imagem: Brasil: norte, sul, leste, oeste.São Paulo: Editora Talento, 1999.

PRINCIPAIS OBJETIVOS DAS MISSÕES JESUÍTICAS

Construir e desenvolver escolas católicas em diversas regiões do mundo.

História História A religiosidade na América Portuguesa

A REAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA DIANTES DOS DESVIOS E HETERODOXIAS

O tribunal do "Santo" Ofício em ação. No fundo, sentado, o inquisidor-geral, e com a mão sobre a Bíblia, o réu.

www.nethistoria.com/hg

História História A religiosidade na América Portuguesa

  Tortura d'água: ao réu, preso à mesa, durante o "interrogatório" era dada água até o seu ventre se partir.

História História A religiosidade na América Portuguesa

Relato de uma visita do tribunal Santo Ofício, ocorrida em 1591-95 (Bahia, Pernambuco, Itamaracá e Paraíba).

Em Pernambuco, Beatriz Mendes foi acusada de cozinhar ao modo judaico: “toda a carne de carneiro ou de vaca que vinha do açougue para comer, lhe tirava primeiro o sebo e adubava na panela com azeite, misturando grãos com seus adubos na panela”, e preparava galinha “com azeite e com uma pequenina de cebola”.

www.revistadehistoria.com.br

História História A religiosidade na América Portuguesa

Igreja de São Pedro dos Clérigos em

Mariana, primeira cidade de Minas Gerais.

Igreja em estilo barroco de São João del-Rei remonta a época do ciclo do ouro.

AS MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS NA REGIÃO MINERADORA

História História A A religiosidade na América religiosidade na América PortuguesaPortuguesa

OS JESUÍTAS SÃO EXPULSOS DO BRASIL

Nos anos 20 do século XVIII, as ordens monásticas regulares- jesuítas, franciscanos, carmelitas - foram expulsas da capitania das Minas Gerais. Conventos e mosteiros não podiam ser erguidos na região.

História História A religiosidade na América Portuguesa

A expulsão das ordens monásticas regulares- jesuítas, franciscanos, carmelitas, incentivou o aparecimento das ordens religiosas leigas que representavam grupos de uma sociedade caracterizada por intensa mestiçagem.

A estratificação existente na sociedade mineradora reproduzia-se nestas ordens religiosas que competiam entre si devido à sua composição.

Por seu turno esta rivalidade desempenhava outro importante papel nas Gerais, patrocinando a construção de muitas igrejas e, estimulando a vida religiosa.

O Brasil do interior

• atuações militares;

• Drogas do sertão;

• Entradas;

• Padres jesuítas (missões jesuíticas);

• Bandeirantes (procurar ouro, destruir quilombos, escravizar ou caçar índios)

• Caminho do gado (para longe das plantações de cana)

tropeirostropeiros

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