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ELEMENTOS POTENCIALMENTE TÓXICOS

EM LODOS DE ESGOTO E FERTILIZANTES

Anderson Ricardo Trevizam

e-mail trevizam@cena.usp.br

Fertilizantes e a sua importância

Arroz

Soja Cana-de-açúcar

Feijão

POLUIÇÃO VISUAL

Exploração de Rochas Fosfáticas

e de calcário

LEGISLAÇÃO PARA METAIS PESADOS EM FERTILIZANTES

FERTILIZANTES FOSFATADOS

Tabela 1. Limites máximos de metais pesados tóxicos admitidos em fertilizantes minerais que contenham o nutriente fósforo

37,5Chumbo

0,75Cádmio

Valor máximo admitido em miligrama por quilograma (mg kg-1) por ponto percentual (%) de P2O5 * presente

no fertilizante

Metal Pesado

* Calculado sobre o maior teor de P2O5 garantido ou declarado para fertilizante.

Portaria Nº 49, de 25 de abril de 2005

FERTILIZANTES CONTENDO MICRONUTRIENTES

Tabela 2. Limites máximos de metais pesados tóxicos admitidos em fertilizantes minerais que contenham exclusivamente micronutrientes

4.200420Níquel

7.500750Chumbo

15015Cádmio

Valor máximo admitido em miligrama por quilograma (mg kg-1) na massa total do fertilizante

Valor máximo admitido em mg kg-1 por ponto percentual (%) de micronutriente ou soma destes presentes no fertilizante

Metal Pesado

Portaria Nº 49, de 25 de abril de 2005

Valores Orientadores para Solos e ÁguasSubterrâneas no Estado de São Paulo

RELATÓRIO CETESB 2001

DECISÃO DE DIRETORIA Nº 195-2005- E, de 23 de novembro de 2005

Valor de Referência de Qualidade

VRQ que define um solo como limpo.

Valor de Prevenção

VP é a concentração acima da qual podem ocorrer alterações prejudiciais à qualidade do solo.

Valor de Intervenção

VI é a concentração no solo acima da qual existem riscos potenciais, diretos ou indiretos, à saúde humana, considerado um cenário de exposição genérico.

Elemento Fertilizantes CETESB

Fosfatados Micronutrientes Solo Água

Alumínio -- -- -- Al

Antimônio -- -- Sb Sb

Arsênio -- -- As As

Bário -- -- Ba Ba

Berílio -- -- -- --

Cádmio Cd Cd Cd Cd

Chumbo Pb Pb Pb Pb

Cobre -- -- Cu Cu

Cobalto -- -- Co Co

Cromo -- -- Cr Cr

Ferro -- -- -- Fe

Manganês -- -- -- Mn

Mercúrio -- -- Hg --

Molibdênio -- -- Mo Mo

Níquel -- Ni Ni Ni

Prata -- -- Ag Ag

Selênio -- -- -- Se

Urânio -- -- -- --

Vanádio -- -- -- V

Zinco -- -- Zn Zn

Teores de metais pesados em fertilizantes e corretivos

Tabela 5. Teores de micronutrientes e de alguns metais pesados encontrados nos adubos comercializados no Brasil.

Fonte: Malavolta (1994)

-----11-26-22-32-4-178-9Cloreto potássio

65-103,1-374330022203841044-Termofosfato Yoorin

18-0,94,4-810243006565--Super triplo

---< 0,003-------Jacupiranga (SP)

28< 0,054222214328-1321Tapira (MG)

300,2626< 228226529-3022Patos (MG)

36< 0,0514< 224026449-3023Catalão

36-1,96,7-74011739152959072-R. fosfática-Araxá

-----122-235-711Fosf. diamônico

-----------Ácido fosfórico

-----2-26-< 13Uréia

-----5-26-123Sulfato de amônio

mg kg-1

PbHgCrCdAsZnNiMnFeCuCoAdubo

ESTIMATIVAS DE ADIÇÕES DE METAIS PESADOS

Número de aplicações dos produtos para atingir o valor crítico do metal pesado no solo.

0,5133270,8770-40050Zn

772.00057114860-12520Cu

227384171.66710050Ni

422.6672.66713100-40020Pb

282.750393233-80,25Cd

Número de aplicaçõesg g-1

Fórmula N-P-K + Zn

(2-28-8 + 0,5% Zn)

Termosfosfato

Yoorin

Apatita-de-

Araxá

Corretivo-resíduo

Paracatu

Crítico (2)

Comum (1)

MetaisPesados

ProdutoValor do metal pesado

(1) Considerações típicas de metais pesados em solos agriculturáveis. Adaptado de Alloway (1990). (2) O nível crítico corresponde à faixa da concentração (total), acima da qual a toxidade é consideradapossível. Dados de Kabata-Pendias & Pendias (1984).(3)Calculadas segundo o valor comum e o limite inferior do valor crítico das concentrações dos metaispesados no solo.

Amaral Sobrinho, 1992

Outros elementos encontrados em fertilizantes minerais

Concentração de metais pesados em diferentes “fritas”

14,06,80,42-49110--4,015,0FTE JCO 2M

16,09,40,39-1487130---3,8FTE BR 8

16,08437,90,34-734835044109,022,023,7FTE Centro Oeste

13,011,30,41-159793---6,3FTE Cerrado S

-28,10,93-292182--31,035,7FMA BR 138

8,0154,06,00-873427900-11,0260,0BYM Mitsui 05

28,013,90,59-270897--64,034,5Zincoman

-24,00,85-336631--29,0162,0Prod. Mib 129

31,016,00,27-112931354384,096,053,0FTE Br 12

-34,01,22-371591371255,094,0102,0Agramix car/can

24,032,01,61-3751013847140,049,0337,0Agramix STI

54,07,20,18-9664-121,09,059,0FTE New

2,017,07,67-399105-493,072,055,0A.CO.Reduzido

39,0205,06,30-5361912100318,0191,030,3BYM Mitsui 15

-19,40,69-14112117000383,0212,025,0Zincogran 20

mg kg-1

RbLaEuCsCrCoClCdBrAs

Amostra

LODO DE ESGOTO

Lodo de esgoto é um resíduo semi‑sólido resultante do tratamento dos esgotos ou de águas servidas cuja composição, predominantemente orgânica, varia em função da sua origem,do sistema de tratamento do esgoto e do próprio lodo dentro das estações.

ALTERNATIVAS PARA A DEPOSIÇÃO FINAL DE LODOS

Uso agrícola

Disposição em aterro

Reuso industrial

Incineração

Conversão em óleo

Recuperação de solos

“Landfarming”

Disposição oceânica

Bettiol & Camargo, 2000

PRODUÇÃO BRASILEIRA DE LODOS DE ESGOTOS

Maria Fernanda de Souza Machado

Roberto Feijó de Figueiredo

Bruno Coraucci Filho

Sanare. Revista Técnica da Sanepar, Curitiba, v.22, n.22, p. 66-74, 2004

Média de 33 g de Lodo por habitante por dia

Pelos resultados constatou-se 146,9 L de esgoto/hab.dia

Produção média de 33 g SST/hab.dia (massa seca)

Metade do lodo produzido é disposta em aterros sanitários.

Pelas informações recebidas quanto à qualidade do lodo, pode-se dizer que ele atende aos requisitos internacionais para o uso agrícola.

Conclusão

CLASSIFICAÇÃO DE FERTILIZANTES ORGÂNICOS

INSTRUÇÃO NORMATIVA 23 DE AGOSTO DE 2005

III - Classe “C”: fertilizante orgânico que, em sua produção, utiliza qualquer quantidade de matéria-prima oriunda de lixo domiciliar, resultando em produto de utilização segura na agricultura

IV - Classe “D”: fertilizante orgânico que, em sua produção, utiliza qualquer quantidade de matéria-prima oriunda do tratamento de despejos sanitários, resultando em produto de utilização segura na agricultura.

LIMITES MÁXIMOS DE CONTAMINANTES ADMITIDOS EM FERTILIZANTES ORGÂNICOS

CLASSE A, B e C

Portaria Nº 49, de 25 de abril de 2005

Portaria Nº 49, de 25 de abril de 2005

CLASSE D

Elemento LODOCETESB

Solo

Antimônio -- Sb

Arsênio -- As

Bário -- Ba

Cádmio Cd Cd

Chumbo Pb Pb

Cobre -- Cu

Cobalto -- Co

Cromo Cr Cr

Mercúrio Hg Hg

Molibdênio -- Mo

Níquel Ni Ni

Prata -- Ag

Zinco -- Zn

Abreu J. et al. / Tópicos em Ciência do Solo, n. 4, p.391-470, 2005

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