efeitos do treinamento pliomÉtrico sobre … · te amo “vó” a minha esposa ... que trabalhou...
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UniSALESIANO
CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Breno Montagnani Cavalcante
Carlos Eduardo dos Santos Cardoso
EFEITOS DO TREINAMENTO PLIOMÉTRICO SOBRE A
POTÊNCIA DE MEMBROS INFERIORES EM PRATICANTES DE
BASQUETEBOL
LINS – SP
2017
UniSALESIANO
CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
BRENO MONTAGNANI CAVALCANTE
CARLOS EDUARDO DOS SANTOS CARDOSO
EFEITOS DO TREINAMENTO PLIOMÉTRICO SOBRE A
POTÊNCIA DE MEMBROS INFERIORES EM PRATICANTES DE
BASQUETEBOL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física – Bacharel, sob a orientação do Prof. Me. João Rufino da Silva Junior e Prof. Me. Leandro Paschoali Rodrigues Gomes e
Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.
LINS – SP
2017
Cavalcante, Breno Montagnani; Cardoso, Carlos Eduardo dos Santos Efeitos do treinamento pliométrico sobre a potência de membros
Inferiores em praticantes de basquetebol / Breno Montagnani Cavalcante; Carlos Eduardo dos Santos Cardoso. – – Lins, 2017.
76p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física Bacharel, 2017.
Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Heloisa Helena Rovery da Silva; Leandro Paschoali Rodrigues Gomes; João Rufino da Silva
1. Efeitos do Treinamento Pliométrico. 2. Potência. 3. Basquetebol. I Título.
CDU 796
C364e
BRENO MONTAGNANI CAVALCANTE
CARLOS EDUARDO DOS SANTOS CARDOSO
EFEITOS DO TREINAMENTO PLIOMÉTRICO SOBRE A POTÊNCIA DE
MEMBROS INFERIORES EM PRATICANTES DE BASQUETEBOL
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Bacharelado em Educação Física.
Aprovada: _____/______/_____
Banca Examinadora:
Prof. Orientador: Leandro Paschoali Rodrigues Gomes
Titulação: Mestre em Educação Física pela Universidade Metodista de
Piracicaba
Assinatura:____________________________________________
1ºProf(a):________________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura:____________________________________________
2ºProf(a):________________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura:____________________________________________
Aos meus pais Angelita e Gilberto e minha irmã Ana Claudia
Que sempre me apoiaram, acreditaram em mim e não mediram esforços
para que eu chegasse até aqui.
Amo vocês família.
A minha avó Maria
Que sempre pensou no meu futuro, teve meus estudos como prioridade.
Ela me encorajou a todo momento, me dando forças para que eu não
desistisse. Ela é a grande razão por tudo o que esta acontecendo.
Te amo “Vó”
A minha esposa Jéssica
Que sempre esteve do meu lado me apoiando. Sou grato a Deus, por ter
te colocado em meu caminho, pois neste meio tempo você me deu o bem mais
precioso da minha vida, nossa filha Maria Eduarda á partir daí conheci o real
significado do amor e me tornei o homem mais feliz do mundo.
Amo Vocês, minhas mulheres
Carlos
A minha mãe Maria Inês, que trabalhou a vida toda para poder me educar e
não deixar que me faltasse nada e que se esforçou muito mais para que eu
pudesse cursar uma faculdade, eu serei infinitamente grato por tudo que você
fez nessa vida por mim e tentarei sempre retribuir o que você fez de bom por
mim, EU TE AMO MÃE, a minha irmã Mayara que sempre me incentivou a
continuar no caminho e não desistir, a minha mulher Thaís que sempre me
apoiou e deu força quando eu precisei e que deu o maior presente e alegria da
minha vida que é minha filha Joana, te amo meu amor, e por fim agradecer ao
meu pai Roberto que mesmo não estando mais entre nós, olha por mim e
minha família, EU TE AMO PAI.
Breno
AGRADECIMENTOS
Á DEUS:
Pela família que nos deu, porque foi deles que tiramos a força pra continuar e
superar as dificuldades do dia a dia. Obrigado senhor por não nos desamparar
e nos dar saúde e sabedoria pra seguir em frente.
Breno e Carlos
Ao Professor João Rufino e Leandro Paschoali:
Obrigado João e Leandro (Hilinho) por serem ótimos profissionais em tudo que
vocês fazem, por terem passado varias madrugadas acordados com nós via
email, celular e todos os tipos de comunicação possível, por terem sido
pacientes quando mais precisamos e por não ter deixado que nós
desistíssemos quando achamos que não conseguiríamos, não poderíamos ter
feito escolha melhor para nossos orientadores, vocês são “feras”! Muito
obrigado de coração, seremos eternamente gratos e podem contar com nós
para o que precisar.
Breno e Carlos
Aos Professores da faculdade:
Agradecemos todos aos nossos mestres sem exceções, todos vocês foram
essenciais para a nossa graduação, crescimento profissional e na vida,
esperamos que um dia possamos retribuir tudo que fizeram por nós de algum
modo!
Breno e Carlos
Aos amigos, companheiros de classe e trabalho:
Obrigado pela amizade, companheirismo, pelos bons momentos, vocês fizeram
e farão parte de nossas vidas. Nosso muito obrigado e que Deus os abençoe
sempre.
Breno e Carlos
Ao meu amigo de monografia:
Breno, meu amigo, meu irmão, que conheci há 15 anos e desde então sempre
juntos, escola, faculdade, futebol e por aí vai. Nesses anos de amizade, tudo
que pretendemos fazer, um sempre tem que estar presente na vida do outro, e
ate mesmo em família, porque Deus nós abençoou nos tornando pais e
coincidentemente pais de meninas. Obrigado meu amigo, por estar sempre
comigo em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins, conte sempre
comigo para o que der e vier. Que Deus te abençoe e guie seu caminho por
onde for. Tmj até o fim. “Faz parte da minha historia, Nada vai nos separar, A
amizade é tudo! É feito irmão!”
Carlos
Ao meu amigo de monografia:
Carlos, meu irmão de pais diferentes, para mim, Deus olhou lá do céu e disse
que em algum momento dessa vida nós iríamos nos encontra e a partir desse
dia tudo que fosse feito entre nós seria juntos, e foi assim desde 2002, lá no
ensino fundamental do 21 de abril, e se depender de mim irmão vai continuar
sempre assim! São 15 anos de amizade passando por muitas etapas e você
sempre esteve do meu lado nos momentos bons e nos ruins quando eu mais
precisei e eu sempre estarei do seu lado quando você precisar. Nunca se
esqueça “á amizade, nem mesmo a força do tempo irá destruir!” Te amo meu
irmão.
Breno
Á minha família:
Pela força, incentivo, compreensão e apoio, especialmente a minha mãe e avó
que sempre acreditaram em mim e me ajudaram em todos os momentos.
Obrigado.
Carlos
Á minha família:
Por sempre estarem do meu lado, me dando força, apoio e nunca deixando
que eu desanimasse principalmente a minha mãe que moveu céus e terra para
que eu pudesse ser uma pessoa de bem e que se graduasse em uma
universidade.
Obrigado
Breno
Tal qual o jogador de basquetebol que acerta a bola ao cesto assim, é o cristão
fiel que põe seus pensamentos nos Céus.
Helgir Girodo
RESUMO
O Basquetebol é um esporte coletivo caracterizado por utilizar várias movimentações durante a partida, a importância do trabalho específico das habilidades motoras, técnicas e táticas próprias do jogo são indispensáveis para a formação do atleta, porém é vital cuidar de aspectos físicos, como relacionados à força muscular, que é caracterizada como uma importante característica para o aumento de rendimento do atleta, rendimento este, que é diretamente ligado ao aumento de potência dos membros inferiores. O presente estudo é uma pesquisa experimental que teve como objetivo avaliar a eficácia do treinamento pliométrico no ganho de potência dos membros inferiores de jovens atletas praticantes da modalidade de Basquetebol. O treinamento foi aplicado a um grupo de 12 jovens de 13 a 17 anos, atletas da equipe de Basquetebol municipal da cidade Lins/SP, os jovens foram separados em dois grupos distintos, sendo um o grupo de controle, ira continuar normalmente com as atividades táticas e técnicas da modalidade e o outro o grupo de intervenção, na qual foi aplicado o treinamento pliométrico junto às atividades táticas e técnicas da equipe. O treinamento pliométrico contou com um conjunto de saltos no lugar, sobre plintos, sobre barreiras na posição horizontal e posição lateral, tendo duração de oito semanas com freqüência de duas vezes por semanas. Os atletas foram avaliados pré e pós-treinamento com os testes sargent junp (teste de impulsão vertical) e long jump (teste de impulsão horizontal), porém a uma duvida em relação ao método de treinamento, que é se ele realmente exerce influência sobre a potência de membros inferiores em atletas de basquete. Com tudo esperamos que o resultado se mostrasse satisfatório, pois de acordo com ROSSI & BRANDALIZE (2007) a técnica de aumento de potência muscular e melhoria de rendimento é a pliometria, cuja corresponde a uma ação rápida na fase excêntrica, seguida de uma vigorosa ação na fase concêntrica. Foram destacados resultados que comprova o sucesso na melhoria da força muscular explosiva, com esse aumento os saltos obtiveram maior amplitude, sendo prováveis, melhores resultados em treinos e partidas de modalidades coletivas. VERKHOSHANSKI (2001). Os resultados foram analisados utilizando a média de desvio padrão e porcentagem e o teste t, que analisa as medidas repetidas (p<0,05), demonstrando eficácia do treinamento pliométrico no ganho de potência dos membros inferiores em atletas submetidos à pesquisa. Palavras-Chave: Basquetebol. Potencia de Membros Inferiores. Pliometria. Treinamento.
ABSTRACT
Basketball is a collective sport characterized by the use of several movements during the match, the importance of the specific work of the motor skills, techniques and tactics proper to the game are indispensable for the formation of the athlete, but it is vital to take care of physical aspects, such as strength muscle, which is characterized as an important feature for the athlete's increased performance, which is directly linked to the increase in power of the lower limbs. The present study is an experimental study whose objective was to evaluate the effectiveness of plyometric training in the power gain of the lower limbs of young athletes practicing basketball. The training was applied to a group of 12 youngsters from 13 to 17 years old, athletes of the Municipal Basketball team of the city of Lins / SP, the youngsters were separated into two distinct groups, one being the control group, tactics and techniques of the modality and the other the intervention group, in which the plyometric training was applied to the tactical and technical activities of the team. The plyometric training counted on a set of jumps in place, on plinths, on barriers in horizontal position and lateral position, lasting eight weeks with frequency of twice per weeks. The athletes were evaluated pre and post-training with the sargent junp (vertical push test) and long jump (horizontal push test), but a doubt about the training method, which is if it really exerts influence on the power of lower limbs in basketball athletes. We hope that the result would be satisfactory, because according to ROSSI & BRANDALIZE (2007) the technique of increasing muscular power and improving performance is plyometry, which corresponds to a rapid action in the eccentric phase, followed by a vigorous action in the concentric phase. Results showed that success in the improvement of the explosive muscular strength, with this increase the jumps obtained greater amplitude, being probable, better results in training and games of collective modalities. VERKHOSHANSKI (2001). The results were analyzed using the mean of standard deviation and percentage and the t test, which analyzes the repeated measures (p <0.05), demonstrating the efficacy of plyometric training in lower limb power gain in athletes submitted to the research.
Keywords: Basketball. Power of Lower Members. Plyometrics Training.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Primeira Cesta da Modalidade Basquetebol - 1891 ........................... 17
Figura 2: O criador da modalidade de Basquetebol, o professor James
Naismith. ........................................................................................................... 18
Figura 3: Controle de corpo, manejo de bola e drible. ...................................... 22
Figura 4: Passes ............................................................................................... 25
Figura 5: Arremessos ........................................................................................ 27
Figura 6: Rebote ............................................................................................... 30
Figura 7 - Sistema 3x2 ...................................................................................... 32
Figura 8 - Sistema 2x3 ...................................................................................... 33
Figura 9 - Sistema 2x1x2. ................................................................................. 33
Figura 10 - Sistema 1x3x1 ................................................................................ 34
Figura 11 – Sistema de marcação por zona Box-one ....................................... 34
Figura 12 – Sistema de marcação por zona triangle ......................................... 35
Figura 13 – Salto vertical e horizontal ............................................................... 40
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Resultados.........................................................................................44
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CAE – Ciclo de Alongamento – Encurtamento
GC - Grupo Controle
GP - Grupo Treinamento Pliométrico
SHPÓS - Salto Horizontal Pós Treinamento
SHPRÉ - Salto Horizontal Pré Treinamento
SVPÓS - Salto Vertical Pós Treinamento
SVPRÉ - Salto Vertical Pré Treinamento
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 14
1 CONCEITOS PRELIMINARES .............................................................. 16
1.1 Origem, história e evolução da modalidade Basquetebol....................... 16
1.1.2 Basquetebol no Brasil ............................................................................ 19
1.2 Aspectos técnicos: fundamentos ............................................................ 20
1.2.1 O controle de corpo ................................................................................ 20
1.2.2 Manejo de bola ....................................................................................... 21
1.2.3 Drible ...................................................................................................... 21
1.2.4 Passe ..................................................................................................... 23
1.2.5 Arremesso .............................................................................................. 26
1.2.6 Rebotes .................................................................................................. 29
1.3 FUNÇÃO E POSIÇÕES ......................................................................... 30
1.3.1 Armador .................................................................................................. 30
1.3.2 Ala .......................................................................................................... 31
1.3.3 Ala Pivô/Líbero ....................................................................................... 31
1.3.4 Pivô ........................................................................................................ 31
1.4 A ESTRATÉGIA E A TÁTICA NA MODALIDADE BASQUETEBOL:
TÁTICA DEFENSIVA E OFENSIVA. ..................................................... 32
1.4.1 Tática Defensiva ..................................................................................... 32
1.4.2 Tática Ofensiva ...................................................................................... 35
1.5 CAPACIDADE FÍSICA: POTÊNCIA ....................................................... 36
1.6 PLIOMETRIA: SALTO VERTICAL E HORIZONTAL .............................. 37
2 O EXPERIMENTO ................................................................................. 41
2.1 Procedimentos Metodologicos ............................................................... 41
2.1.2 Amostra .................................................................................................. 41
2.1.3 Critérios de Inclusão e exclusão ............................................................. 41
2.1.4 Seleção dos voluntários e informações .................................................. 41
2.1.5 Procedimentos Experimentais ................................................................ 42
2.1.6 Avaliação ................................................................................................ 42
3 PROGRAMA DE TREINAMENTO PLIOMÉTRICO ............................... 43
4 ANÁLISE ESTATÍSTICA ....................................................................... 43
5 RESULTADOS ....................................................................................... 43
6 DISCUSSÃO .......................................................................................... 44
APÊNDICES ..................................................................................................... 52
14
INTRODUÇÃO
Em modalidades esportivas coletivas como o Basquetebol, desenvolver
capacidades físicas torna-se essencial para melhora do desempenho atlético,
em específico a valência física e potência muscular, na qual é fundamental
para a modalidade, pois está diretamente relacionada com as especificidades
do jogo. Portanto, melhorar capacidades como força e potência muscular dos
membros inferiores aumenta a capacidade de salto vertical, altamente usado
em ações ofensivas e defensivas do Basquetebol (FRANCELINO, 2007).
Desta forma, para a execução com qualidade de ações técnico-táticas
no jogo, como por exemplo, durante um rebote, no arremesso, bandeja ou
bloqueio, é imprescindível a capacidade de saltar, sendo assim, as
capacidades físicas força e potência devem ser estimuladas para este ganho
(MORAES, 2003). Destarte, o treinamento pliométrico tem-se mostrado uma
excelente ferramenta para o desenvolvimento da potência muscular, pois como
afirma Zatsiorsky (1999), este método atende ao denominado ciclo de
alongamento, na qual diz que o componente elástico de um determinado grupo
muscular ao ser precedido por uma ação excêntrica, na ação concêntrica
resultante, geraria uma força maior. Portanto pode-se afirmar que quanto mais
rápida execução do movimento e menor tempo de contato, maior é a
reutilização da energia elástica, melhorando o salto, que tem por essência as
capacidades de força e potência. Verkhoshanski (1996) complementa
afirmando que o método mais acessível para este procedimento, gerando
ganho de força e potência muscular é o treinamento pliométrico, sendo esta,
uma atividade segura, benéfica e agradável, podendo ser utilizada para
crianças, adolescente e adulta, de forma planejada e supervisionada
(GIMENES, 2014). Na pesquisa a uma duvida se esse método de treinamento
é realmente eficaz e exerce influencia sobre o ganho de potência de membros
inferiores nos atletas praticantes de Basquetebol, com tudo esperamos que o
resultado se mostrasse satisfatório, pois de acordo com ROSSI &
BRANDALIZE (2007) a técnica de aumento de potência muscular e melhoria de
rendimento é a pliometria. O objetivo do estudo foi de verificar os efeitos do
treinamento pliométrico sobre a capacidade física de potência, através das
15
variáveis de salto verticais e horizontais, em adolescentes do gênero
masculino, praticantes da modalidade Basquetebol.
16
1 CONCEITOS PRELIMINARES
1.1 Origem, história e evolução da modalidade Basquetebol.
A modalidade Basquetebol teve início em Massachussets 1891, sendo
por conseqüência de um rigoroso frio, na qual fazia com que a prática de
esportes ao ar livre se tornava praticamente impossível, desta forma o diretor
do Springfield College, Luther Halsey Gullick convocou um professor
canadense chamado James Naismith de 30 anos e deu-lhe a missão de criar
um jogo que pudesse estimular os alunos no rigoroso inverno, sendo em áreas
fechadas e que também pudesse ser praticado no verão em áreas abertas, no
entanto, um esporte que não fosse violento (CONFEDERAÇÃO, 2006).
Segundo a Confederação (2006) James então pensou em criar um
esporte que seria ideal para os praticantes, que se adaptasse a qualquer
espaço, que suprisse todas as necessidades físicas, que não fosse violento e
sim fácil de aprender e que despertasse um interesse geral por sua dificuldade.
Com isso Naismith fez comparações aos esportes já existentes e chegou à
conclusão de que não poderia faltar uma bola, mas teria que ser uma bola
grande para eliminar a opção de se usar tacos ou raquetes e que ela teria que
ser redonda diferente da bola do rúgbi.
No entanto, restava uma dúvida, que era sobre o alvo que a bola teria
que atingir, fazendo algumas análises e observações sobre outros esportes,
decidiu que o alvo não poderia estar no chão, como no hóquei e futebol, assim
como que em um lapso de ideia, decidiu queo alvo ficaria a 3,5m de altura, na
qual acreditava que nenhum defensor iria alcançar, dificultando a defesa de
arremessos. A altura também aumentava o grau de dificuldade ao jogo, como
Naismith desejava desde o início. (CONFEDERAÇÃO, 2006)
Portanto o criador da modalidade foi à procura de duas caixas, que
serviriam como alvos para a modalidade, e acabou conseguindo com um
funcionário do Colégio dois cestos velhos, que serviam para carregar
pêssegos, assim ele pendurou esses cestos em duas pilastras a 3,5m de altura
uma em cada lado do ginásio, e desta forma surgiram as primeiras ”cestas de
basquete”. (CONFEDERAÇÃO, 2006.)
17
Abaixo a figura da primeira cesta de Basquetebol, feita com um cesto de
pêssegos e penduradas a mais de 3 metros do chão.
Figura 1: Primeira Cesta da Modalidade Basquetebol - 1891
Fonte: CBB, 2012.
Fonte: dicaseducacaofisica.info, 2017
Na seqüência, afim de que a modalidade surgisse e se firmasse James
Naismith escreveu rapidamente as primeiras regras do esporte, que
18
inicialmente continham treze itens. Criar as regras não foi um processo
complicado para Naismith porque elas estavam tão claras em sua cabeça que
ele demorou menos de uma hora para passar elas para o papel. O criativo
professor levou as regras para a aula seguinte e colocou-as em um quadro de
aviso do ginásio e depois avisou aos alunos das instruções, facilitando o início
da compreensão de todos. (CONFEDERAÇÃO, 2006).
Figura 2: O criador da modalidade de Basquetebol, o professor James
Naismith.
Fonte: Chuvas e Carpenter, 2009.
19
Fonte: dicaseducacaofisica.info, 2017
1.1.2 Basquetebol no Brasil
Em 1896 um americano nascido em Nova York, chamado August Shaw,
fez com que o Brasil fosse um dos primeiros países a conhecer o Basquetebol.
Shaw recebeu sua graduação e foi convidado pelo tradicional Colégio
Mackenzie de São Paulo para dar aula e em suas bagagens trouxe uma bola
20
de Basquetebol que seria usada para divulgar o novo esporte.
(CONFEDERAÇÃO, 2006.)
As mulheres foram as primeiras a aprovar o novo esporte, já com os
homens demorou mais tempo, por conta da popularidade grande de outra
modalidade, o futebol. (CONFEDERAÇÃO, 2006.)
Oscar Thompson foi o professor que deu continuidade na divulgação do esporte no pais instituindo o esporte na Escola Normal de São Paulo por volta de 1906 e obteve um sucesso imediato. Porém, segundo Orlando Duarte, “há uma corrente de historiadores que ostenta que o Basquetebol teria começado no Rio de Janeiro em 1912, na ACM da Rua da Quitanda. ”(DUARTE, 2003, p. 80)
No ano de 1933 houve um marco na história do Basquetebol brasileiro,
pois aconteceu uma cisão na modalidade nacional, na qual os clubes adotaram
o profissionalismo, como os clubes de futebol, para criar entidades
especializadas, sendo assim foi fundada a Federação Brasileira de
Basquetebol, em 25 de dezembro de 1933, no Rio de Janeiro. Em assembleia
aprovada dia 26 de dezembro de 1941, passou ao nome atual, Confederação
Brasileira de Basquetebol. (CONFEDERAÇÃO, 2006).
Com o passar dos anos começaram a aparecer os primeiros títulos, em
1959 e 1963 a seleção brasileira se sagrou bicampeã mundial, desde então o
maior título é o do pan-americano nos Estados Unidosem 1987, em cima dos
anfitriões. Em 1994 a seleção feminina atingiu o seu auge, quando se sagrou
campeã mundial e vice-campeã olímpica em Atlanta. Nessa época o
Basquetebol feminino contava com um trio fantástico, Hortência, Paula e
Janeth, jogando juntas eram espetaculares. (DUARTE, 2003).
1.2 Aspectos técnicos: fundamentos
1.2.1 O controle de corpo
No Basquetebol e em todas as modalidades esportivas este fundamento é
essencial, sendo assim, é preciso que o praticante domine seu corpo em
movimentos básicos como paradas bruscas, saídas rápidas e mudança de
21
direção. Esse domínio é muito importante para a realização dos movimentos
específicos do Basquetebol, pois estão presentes tanto na parte ofensiva
quanto na parte defensiva. (FERREIRA e DE ROSE JÚNIOR, 2003).
Dominar o corpo, portanto, é de suma importância para a realização dos
movimentos do Basquetebol, e identifica-se pela capacidade de realizar
movimentações específicas, exigidas pela dinâmica do jogo, sempre na
intenção de aumentar as ações defensivas e/ou ofensivas do praticante da
modalidade (FERREIRA e DE ROSE JÚNIOR, 2003).
1.2.2 Manejo de bola
É o fundamento que tem como objetivo melhorar o contato e habilidade
do praticante com a bola para as diversas situações que possam ser
apresentadas no decorrer de uma partida de Basquetebol. De acordo com
Oliveira (2002), deve-se oferecer aos praticantes a oportunidade de conhecer
as diversas possibilidades de movimentos com a bola: rolar, tocar, driblar,
segurar, lançar, trocar de mãos e movimentá-la em relação aos planos do
corpo.
Sobre o manejo ainda, deve- se nessa fase ensinar como segurar a bola
adequadamente, ou seja, com ambas as mãos, para que se tenha firmeza na
hora de realizar um passe, driblar ou arremessar à cesta. (COUTINHO, 2007).
1.2.3 Drible
Corresponde à ação do praticante em impulsionar consecutivamente a
bola contra o solo, podendo, para executar tal ação, utilizar-se de uma das
mãos isoladamente ou as duas alternadamente. Este fundamento básico
também é uma das formas de fazer com que a bola avance para a quadra
adversária (COUTINHO, 2007).
22
Figura 3: Controle de corpo, manejo de bola e drible.
Fonte: Zerbinato, 2013.
A importância do drible no desenvolvimento das potencialidades do
jogador é ressaltada por (COLEMAN & RAY 1976). Através do drible constante
o jogador passará a se movimentar mais com a bola, adquirindo maior
mobilidade quando estiver no ataque. Porem este recurso deve ser utilizado de
forma precisa, pois ao receber a bola o jogador estará em posição de “tríplice
ameaça” (Posição básica do atleta de equilíbrio onde o jogador de posse de
bola deve usar todo o tempo, especialmente no perímetro).
Desta posição ofensiva os jogadores podem facilmente arremessar,
passar ou driblar. O drible colabora com a mobilidade e dificulta a ação do
defensor, (REGRAS OFICIAIS DE BASKETBALL E MANUAL DOS ÁRBITROS,
1998).
Um drible tem inicio quando um jogador consegue o controle da bola,
atira-a, dá tapas ou rola pelo piso tocando-a de novo antes que toque outro
jogador. E é finalizado quando jogador toca a bola com as duas mãos ou
permite que a bola venha parar em uma ou ambas as mãos.
23
De acordo com os aspectos constituintes desta habilidade técnica
existem diversas formas de se analisar um drible. Uma forma mais minuciosa
para a análise deste fundamento é dividi-lo, considerando os aspectos mais
relevantes, sem desconsiderar os pontos de menor importância que também
fazem parte desta habilidade técnica. No estudo do drible, devem ser
considerados alguns aspectos como: suas fintas. sua finalidade, característica ,
forma e altura de execução.
Quanto à finalidade podemos encontrar alguns dribles como: o drible em
direção à cesta (ele objetiva uma infiltração para fazer um arremesso), executar
uma “cortada” para fazer uma assistência, drible com proteção da bola para
execução de um arremesso, drible com proteção para a execução de um passe
ou assistência a outro jogador, drible para transição da quadra defensiva para
ofensiva num ataque ou contra-ataque, gasto de tempo (mais observado nos
armadores).
Quanto as característica ou formas, podemos dividi-los em: drible com
mudança de ritmo ou velocidade, drible com mudança de direção e drible com
proteção. Estes nem sempre são executados separadamente, porém na
maioria das vezes combinam entre si quando o drible é realizado.
Em relação à altura podemos encontrar dribles altos (executados com a
bola subindo pouco acima da cintura do driblador (mais verificados em dribles
de velocidade), dribles médios (mais ou menos na altura da cintura do
driblador) e dribles baixos (aproximadamente na altura dos joelhos).
As fintas executadas nos dribles são diversas, mas em literaturas de
aprendizagem das técnicas e fundamentos encontramos são basicamente os
dribles de uma mão para a outra a frente do corpo (“troca de mãos”) alta, média
e baixa; finta com o corpo, sem a troca das mãos; drible da bola por trás do
corpo; giros utilizando o drible; drible da bola entre as pernas da frente para
trás e de trás para frente; e fintas combinadas (OLIVEIRA, 2002).
1.2.4 Passe
É o fundamento que consiste em enviar a bola para os outros
companheiros de time, podendo assim, o praticante utilizar para diversos tipos
24
de transições. Segundo Coutinho (2007), o passe é também a maneira mais
rápida de se avançar da defesa para o ataque. O mesmo autor afirma que o
passe é composto de lançamentos e recepção da bola entre os praticantes que
compõem o jogo, com o objetivo de alcançar melhores condições da passagem
da defesa para o ataque. Os passes podem ser feitos com uma ou ambas as
mãos. O êxito de uma equipe em uma partida de Basquetebol está ligado a
grande quantidade de acertos de passes (DAIUTO 1991).
Na análise de Lutofo (1984) ele ressalta que nos passes mais
próximos, normalmente se usa mais as duas mãos, para que se tenha
segurança. Já para as distâncias maiores, o mais aconselhável é realizar o
passe apenas com uma das mãos, pois assim é possível arremessar a bola
com mais força, rapidez em uma distancia ainda maior.
O percurso da bola pode ocorrer de diversas maneiras:
a) Em trajetória paralela ao solo, mas sem contato direto com o
mesmo (Retilínea).
b) Em contato direto com o solo uma, duas ou mais vezes durante
o período de deslocamento (Quicada).
c) Sem contato com o solo descrevendo uma parábola no ar
durante o deslocamento (Parabólica).
d) Rolada em contato com o solo (Rolada).
e) E por fim quando a bola é entregue a outro jogador do mesmo
time (Sem trajetória).
O mais comum é encontrar classificações do passe apenas, quando a
bola é quicada ou passada direto sem tocar o solo (ALMEIDA, 1998;
COLEMAN & RAY, 1976; HAY, 1998).
Quanto aos gestos técnicos normalmente se encontram os seguintes
passes:
a) Passe de peito – É o tipo de passe mais comum no basquetebol,
é um passe para curtas e medias distancias, é um passe muito
rápido e a bola segue em uma trajetória reta.
b) Passe picado ou quicado – O passe picado é realizado em
curtas distancia, nesse tipo a bola toca o solo antes de alcançar
o companheiro.
25
c) Passe por cima da cabeça – O passe por cima da cabeça é
realizado em curtas distancias, lançando a bola por cima do
marcador.
d) Passe de ombro – O passe de ombro é realizado para alcançar
longas distancias muito utilizado em jogadas de contra-ataque,
quando se quer realizar um passe longo para pegar a defesa
adversária desarrumada.
e) Passe de gancho – O passe de gancho é realizado em grandes
distancias, é um tipo de passe com pouca precisão.
Em análises em literaturas podemos identificar mais algumas formas
de passes (lateral, por trás do corpo, em forma de arremesso), porém
normalmente são classificados como especiais, e sempre que realizados são
considerados fundamentais para o jogo.
Não a nenhum limite para números de passes, porem existe alguns
que são realizados com mais freqüência e normalmente são os primeiros a
serem ensinados.
Figura 4: Passes
26
Fonte: Zerbinato, 2013.
1.2.5 Arremesso
É a principal ação ofensiva, também conhecida como finalização, o
objetivo dela é o principal da modalidade, ou seja, marcar pontos.
Para Hay (1981) a finalidade do arremesso se assemelha ao do passe,
pois ambos envolvem a finalização do deslocamento da bola de uma posição
para outra. Ainda complementando sua idéia ele cita Wooden (1981), que
define o arremesso de modo bem simples, como: “um passe para a cesta”.
Já Fraccaroli (1981) atribui duas classificações aos arremessos:
arremessos parados e em movimento. Os dois são executados sobre: duas
mãos e uma das mãos.
Daiuto (1971) sugere as técnicas de jump, gancho, com uma mão, com
duas mãos e bandeja.
Lotudo (1984) descreve mais dois tipos de arremesso, o tapinha e a
enterrada. Segundo as regras oficiais de basketball e manual dos árbitros
(1998), no tapinha o jogador palmeia a bola com uma ou ambas as mãos na
direção da cesta. E segundo as Regras Oficiais de Basketball e Manual dos
Árbitros (1998), a enterrada é feita quando o jogador força ou tenta forçar a
bola para dentro da cesta, com uma ou ambas as mãos.
27
Figura 5: Arremessos
Fonte: Zerbinato, 2013.
O arremesso se trata do fundamento mais importante, mais prático, mais
técnico e o que exige maior grau de precisão e concentração por parte dos
seus executantes (COUTINHO 2007). No conceito de Wissel (apud
COUTINHO, 2007), um grande arremessador não nasce, se faz, sendo à custa
de muito empenho, dedicação, perseverança, equilíbrio físico e mental.
28
a) Arremesso Jump - Teoricamente o arremesso de Jump é utilizado
às duas mãos em sua execução, uma das mãos faz a
empunhadura e o lançamento da bola, e a outra mão da auxilio no
domínio, equilíbrio e direção do arremesso.
b) Arremesso de Gancho - O jogador em posse da bola dribla em
direção a cesta, assim, contudo mantendo seu corpo entre a bola
e o adversário. Para, olha para a cesta e analisa, e assim, salta
girando o corpo no ar com o lançamento da bola em movimento
circundante do braço, caindo de frente para cesta.
c) Bandeja - É um arremesso em movimento que pode ser realizado
com passe ou driblando. Nos dois, o jogador tem direito a dois
tempos rítmicos, isto é, no seu primeiro tempo, ao receber a bola
ou interromper o drible, o jogador escolhe seu pé de apoio, assim,
tendo direito ao segundo tempo rítmico podendo ter mais um
passo. Sendo assim, a bola devera ser lançada a cesta antes que
o jogador toque o solo. d) Com uma das mãos - Partindo da posição fundamental, com o
peso do corpo na perna da frente, bola na altura do peito, o
jogador flexionará as pernas simultaneamente à elevação da bola
acima da cabeça. O arremesso termina com a extensão completa
do braço, pulso flexionado e com o último contato da bola através
das pontas dos três dedos médios da mão. e) Arremesso de Duas Mãos - a posição básica tem um dos pés
ligeiramente à frente do outro, a bola é segura junto ao rosto com
os dedos naturalmente estendidos e colocados por trás dos lados
da bola, os cotovelos ficam junto ao corpo, e o peso deste
igualmente distribuído nas duas pernas. O arremesso é feito
através da extensão dos braços para cima e para frente e,
simultaneamente estender as pernas e o tronco passando o peso
do corpo para a perna da frente e, se necessário, dar um passo à
frente. No final da extensão total do corpo (ponta dos pés),
impulsionar a bola para o alto e para frente, por um movimento de
punho, realizado de cima para baixo e ligeiramente para os lados.
29
1.2.6 Rebotes
Durante um jogo de basquetebol sempre que ocorrer uma tentativa de
arremesso os jogadores deverão se posicionar de forma que a cesta não seja
convertida, eles estarão em condição de posse de bola. O ato de recuperar a
bola após um arremesso não convertido é denominado rebote (FERREIRA,
2001).
Para Daiuto (1971) o melhor método de se obter a posse de bola é
eliminar as ocasiões em que o adversário obtém a cesta ,e também por meio
do rebote.
Se considerarmos que no basquetebol moderno o número de
arremessos a cesta é bem mais freqüente será natural que jogadores e
técnicos dêem mais atenção á esse fundamento.
Os rebotes são classificados como Defensivos e Ofensivos (DAIUTO,
1971 p. 240-241; FERREIRA, 2001). Os chamados Rebotes Ofensivos são
obtidos através de um arremesso falho, onde atacante procurará colocar-se a
frente do adversário que, estará entre ele e a cesta; Já os Defensivos são
obtidos também por arremesso falho, só que da equipe adversária, e o
defensor age da mesma maneira, isto é, evitando a entrada do atacante ou,
pelo menos, atrasando essa tentativa de melhor colocação.
Geralmente um bom jogador de rebote é dotado de algumas
características, tais como: colocação em relação à cesta e aos oponentes,
eficiência e precisão do salto, coordenação de movimentos, agressividade,
determinação, resistência e bons conhecimentos dos fundamentos básicos do
rebote (DAIUTO, 1971).
Independente do sistema adotado para o rebote seja ele ofensivo ou
defensivo, a eficiência do mesmo será sempre relativa à capacidade individual
dos integrantes do quadro. Tendo sempre a execução correta do bloqueio
individual como fator facilitador para a aquisição do rebote (DAIUTO, 1971)
30
Figura 6: Rebote
Fonte: Zerbinato, 2013.
1.3 FUNÇÃO E POSIÇÕES
1.3.1 Armador
Segundo Coleman & Ray (1976) o armador é normalmente um dos
jogadores mais baixos da equipe e com a responsabilidade de lançar a bola,
assim que sua equipe comece a atacar. O armador é o cérebro do time, tem a
missão de fazer a bola chegar a seus companheiros, na melhor condição para
poder arremessar. Normalmente ele leva a bola da defesa para o ataque,
31
analisa cada tipo de defesa da equipe adversária, podendo assim organizar
jogadas ou movimentos através de códigos combinados pelo técnico.
Esses códigos fazem com que os seus companheiros saibam onde se
posicionar e qual função irão realizar.
1.3.2 Ala
Segundo Coleman & Ray (1976) o ala é normalmente o jogador mais
completo do time, tendo para si a leitura do jogo, semelhante a de um amador.
Com a capacidade de infiltrar no garrafão, e com a responsabilidade de
fechar o contra-ataque. Tem praticamente a obrigação de arremessar de media
a longa distancia.
1.3.3 Ala Pivô/Líbero
Este nome foi aderido recentemente pelos estudiosos. Ele ressalta
significado da função do antigo ala-pivô.
Normalmente o potencial de força física, arremesso e domínio dos
fundamentos do atleta é quem determina a filosofia ofensiva da equipe.
Uma vez que o líbero tenha, fundamento de corte, bom arremesso e
ofensiva chamada de quatro abertos, jogando no perímetro. Buscando
movimentos de infiltração, desequilibrando a defesa e, os arremessos de média
e longa distância se tornam bem mais simples.
1.3.4 Pivô
O pivô atua mais próximo à cesta, tanto na defesa, quanto no ataque.
Sua principal função é brigar pela posição onde possa receber o passe ou
realizar a defesa. Ele tende a ser o atleta mais alto da equipe, sua área de
atuação é o garrafão.
O pivô é torna fundamental na conquista pela posse da bola, pois
estando próximo da cesta se torna muito grande a possibilidade de pontuação.
Logo algum jogador deverá dobrar a marcação causando certo desconforto e
32
desequilíbrio para a defesa, tentando assim impedir a cesta e facilitando a
distribuição de passes para os jogadores do perímetro.
1.4 A ESTRATÉGIA E A TÁTICA NA MODALIDADE BASQUETEBOL:
TÁTICA DEFENSIVA E OFENSIVA.
1.4.1 Tática Defensiva
O ato de defender exige alguns princípios básicos, como marcar,
antecipar a qualquer gesto técnico do adversário, cumprir sua função especifica
na marcação, ajudar a marcar outros jogadores e se deslocar em função a
movimentação da bola e do adversário. (REIS, 2005).
A defesa inicia-se, imediatamente, quando a equipe que está no ataque
perde a posse de bola, o que resulta a eles terem que se recompor na defesa
em uma transição defensiva, podendo ser dividida de três maneiras - defesa
temporária - através do avanço da transição defensiva, tendo os jogadores que
retornar à sua quadra em linha reta e o mais rápido possível, para que não
transpareça a vulnerabilidade que a sua equipe se encontra naquele instante; a
defesa organizada - que é quando os jogadores ocupam suas posições
específicas no campo defensivo; e, a - defesa em sistema - que se dá logo
após a ocupação destas posições específicas de defesa, resultando na
realização das ações táticas, na intenção de impedir ou dificultar as
movimentações e as finalizações da equipe adversária (REIS, 2005).
Figura 7 - Sistema 3x2
Fonte: Efdeportes, 2017.
33
Esse sistema é formado por dois bons defensores que visam recuperar a
bola no caso de um arremesso e na parte superior três defensores que
impedem a invasão pela frente da sua defesa, mas também com o intuito de
pode obter um rápido contra ataque caso seu time recupere o rebote.
Figura 8 - Sistema 2x3
Fonte: Efdeportes, 2017.
Esse sistema é formado por três jogadores encarregados de recuperar o
rebote e em uma linha a frente do garrafão dois defensores que visão defender
a entrada de sua defesa, entre tanto esses dois jogadores estão apostos para
um contra ataque caso a sua equipe tenha um rebote defensivo.
Figura 9 - Sistema 2x1x2.
Fonte: Efdeportes, 2017.
34
O intuito desse sistema é congestionar o garrafão dificultando as
infiltrações, sendo assim a equipe adversária tende a recuar o seu ataque e
acaba efetuando os arremessos de média e longa distância tendo assim mais
dificuldade de obter êxito
Figura 10 - Sistema 1x3x1
Fonte: Efdeportes, 2017.
Esse sistema defensivo é utilizado quando a equipe adversária tem dois
pivôs na sua formação com o intuito de infiltrar na defesa, é formada uma linha
de três jogadores no meio do garrafão para inibir essas infiltrações, um
defensor a frente da meta de tiro livre para marcar a aproximação do armador
da equipe adversária e o quinto jogador em baixo do aro visando o rebote
defensivo.
Figura 11 – Sistema de marcação por zona Box-one
Fonte: Efdeportes, 2017.
35
Zona Box-one é a denominação desse sistema defensivo por zona, ele
faz menção a marcação com quatro jogadores em torno do garrafão que
formam um quadrado e a marcação de um defensor individual que marca o
jogador de maior habilidade da equipe adiversaria.
Figura 12 – Sistema de marcação por zona triangle
Fonte: Efdeportes, 2017.
Marcação por zona é chamada assim por causa do desenho de triangulo
que os três defensores formão dentro do garrafão, ele tem como intuito
dificultar a penetração dentro do garrafão com os dois defensores posicionados
em baixo do aro visando o rebote defensivo e o defensor a frente do garrafão
que faz a proteção da frente da defesa, o diferencial desse sistema é que ele
tem dois defensores abertos cada um em uma lateral da quadra para marcar
individualmente um time que tenha dois jogadores com habilidades especiais q
precisam de mais atenção.
1.4.2 Tática Ofensiva
Em relação ao sistema ofensivo, é delimitado maximizar o objetivo
principal do jogo, marcar pontos no adversário, atacando a cesta com a
máxima eficácia possível. Assim as táticas ofensivas evoluem através de
36
métodos que visão romper a defesa adversária, e, portanto, tratasse de
deslocamentos e passes que objetivam induzir o adversário para fora da sua
posição favorável de marcação, visando abrir espaço para que os atacantes se
coloquem em melhores condições para finalizar (REIS, 2005).
Desta forma, é válido ressaltar a importância de relacionar aspectos
técnicos e táticos, além de desenvolver capacidades físicas para evoluir o
desempenho atlético (REIS, 2005).
1.5 CAPACIDADE FÍSICA: POTÊNCIA
Atletas desde a sua inicialização no esporte são impostos a programas
de treinamentos rigorosos que visão a sua excelência na sua devida
modalidade esportiva, essa rotina desperta no atleta a gana de atingir suas
metas e bater seus próprios recordes. O fator predominante na condição física
desses atletas de modalidades coletivas é a força, por isso tem se dado muita
ênfase visando à prescrição de treinamentos para essa capacidade (MAUGHAN
E COLABORADORES, 2000).
Em disputas por vários setores da quadra a força é essencial, o atleta
estando com a posse da bola ou não ele precisa de força para executar
rapidamente as suas funções ajudando a equipe ofensivamente ou
defensivamente (BALSON, 1994).
A potência da ao atleta a capacidade de ser mais rápido e saltar mais
alto porque nesses processos ocorrem contrações musculares mais rápidas
que aperfeiçoam esses fundamentos (SAYERS E COLABORADORES, 1999).
Dentre as capacidades físicas envolvidas no jogo, a endurance divide
importância com a força e a potência (HOFF&HELGERUD, 2004 apud, DOS
SANTOS 2015).
O sistema neuromuscular tem como a maior tensão produzida a força
máxima, a qual acontece em situações dinâmicas ou estáticas em que a
potência é o produto da força em razão da velocidade, a qual é caracterizada
pela capacidade do sistema neuromuscular em gerar maior quantidade de
impulsos nervosos em determinado tempo (WISLØFF, et al., 1998 apud, DOS
SANTOS 2015).
37
A força é, portanto, uma qualidade física básica que pode influenciar no
desempenho da potência (HOFF&HELGERUD, 2004 apud, DOS SANTOS
2015), ao passo que o aumento da força é associado ao aumento da força
relativa e, conseqüentemente, ao aumento da potência (WISLØFF, et al., 2004
apud, DOS SANTOS, 2015).
A potência tem como substantivo a velocidade com que ela consegue
executar seus movimentos, o fator tempo é essencial para a potência, quanto
mais rápido o movimento é executado, mais potência esta sendo desenvolvida
no momento. Potência esta enquadrada no grupo de manifestações CE força
muscular, que também é denominada como força rápida (Carvalho & Carvalho,
2006).
Segundo Badillo & Ayestaran (2001) um maior aumento de força
muscular pode acarretar uma melhora na potência, esse aumento se converte
em uma maior velocidade para desempenhar deslocamentos ou executar
gestos esportivos como saltos e fintas, por exemplo, sendo assim, se o atleta
aumentar as cargas utilizadas durante o treinamento ele obterá um ganho de
potência.
O atleta com potência física é capaz de focar rapidamente no seu
objetivo, ele direciona sua força para músculos específicos e desempenha o
movimento desejado com maior eficácia e velocidade, ele obtém um maior
controle do seu corpo e de suas ações no desporto (MOLLET, 1961).
A impulsão vertical geralmente aumenta porque a potência muscular do
atleta melhora, esse aumento deriva-se de sessões de força máxima dinâmica
e/ou de força de potência. Os métodos de treinamento mais eficazes para o
aumento da potencia muscular são o treinamento de salto em profundidade e a
/musculação com aparelhos em academias, esses métodos aumentam a força
de potência dos membros inferiores dos atletas com o intuito de obter um salto
vertical mais alto (JUNIOR, 2005).
1.6 PLIOMETRIA: SALTO VERTICAL E HORIZONTAL
Segundo Rossi e Colaboradores (2001), o treinamento “Pliométrico”,
conhecido como treinamento elástico ou treinamento da elasticidade, tem como
38
objetivo desenvolver força máxima e é definido como aquele que ativa o ciclo
excêntrico e concêntrico do músculo esquelético, provocando aumento na sua
potência mecânica, elástica e reflexa.
Integrante e imprescindível o treinamento pliométrio é a base do treino
que visa atingir um nível elevado de força explosiva, esse treinamento se
baseia no ciclo denominado de alongamento-encurtamento (CAE) (KOMI,
1984), nele uma porção elástica de um músculo determinado pelo movimento
que esta sendo feito ao ser precedido por uma ação excêntrica na ação
concêntrica resultante, assim esse ciclo gera um maior acumulo de força.
Podemos afirmar que quanto à execução do movimento for mais rápida com
menor tempo de contato com o solo, a reutilização da energia elástica será
maior, assim gerando uma melhora na amplitude, velocidade e resultado do
salto (ZATSORSKY, 1999).
Esse ciclo refere-se às atividades concêntricas precedidas por uma ação
excêntrica, cujo propósito é aumentar a força explosiva do músculo pelo
armazenamento de energia elástica na fase de pré-alongamento que será
reutilizada durante a contração concêntrica, além da ativação do reflexo
miotático. (ROSSI E COLABORADORES, 2011).
O processo de aprimoramento das capacidades físicas do atleta tem
como o aumento da força de potência que esta diretamente ligada ao jogo de
basquetebol, por tanto a base do treinamento desses atletas é desenvolver um
ganho maior em sua força explosiva, sendo assim, a melhora na força e
potência dos membros inferiores eleva a sua capacidade nos saltos e amplia
seus resultados (FRANCELINO, 2007).
O salto é a capacidade com mais importância no aprimoramento físico
para o jogo de basquetebol (CESARE, 2000), essa capacidade permitirá ao
atleta uma maior chance de ser bem sucedido ao decorrer do jogo, em
exemplo ele obtém vantagem sobre os demais atletas em um rebote, um
arremesso, bandeja e bloqueio e é provável que esse atleta seja melhor
utilizado no sistema tático designado a ele na partida (MORAES, 2003).
A forma mais comum e acessível de se utilizar o treinamento pliométrico
é com saltos verticais com os dois pés no solo e em seguida um salto
horizontal em profundidade de uma altura especificada pelo profissional que
39
conduz o treinamento. Sendo assim esse método se torna um eficaz meio para
o aumento da capacidade de salto, para a potência, a velocidade e a
capacidade relativa dos músculos ativados dos membros inferiores
(VERKHOSHANSKI, 1996).
Cormie e colaboradores (2001) afirmam que, os sprints representam
manifestações de potência muscular na corrida, o desempenho do sprint
depende do comprimento e freqüência da passada.
Com tudo, essa velocidade de desempenho dos atletas de esporte
coletivo, vem da conseqüência do treino que aprimora o ganho de potência e
força muscular (ROSSI E COLABORADORES 2001).
A pliometria é um método de treinamento de força muscular em que um
conjunto de exercícios permite atingir um nível elevado de força explosiva
(SANTO; JANEIRA; MAIA, 1997). Sendo capaz de aprimorar a eficiência neural
e sendo assim aumentar o controle neuromuscular. Ao utilizar o pré-
alongamento ele pode permitir que o atleta adquira uma melhor coordenação
das atividades de grupos musculares específicos, a qual estimula uma
adaptação neural capaz de incrementar a produção de força explosiva (WILK et
al. 1993 apud GOMES 2009).
Praticamente todos os saltos horizontais e verticais são considerados
exercícios para o treinamento pliométrico que se caracterizam pela existência
de uma contração excêntrica imediatamente antes da contração concêntrica
(MOURA, 1994).
Intensidade e volume são fatores de treinamento que variam muito de
acordo com os princípios do treinamento pliométrico. Em relação à intensidade
do esforço, esta deve ser proporcional à duração ou à altura do exercício
(BOMPA, 2004).
Os benefícios são o ponto alto do treinamento pliométrico, porém ela
traz consigo ótimos atrativos como, o fácil formato de se aplicar os exercícios e
o baixo custo dos equipamentos utilizados para as sua sessões de
treinamento, os preparadores físicos em geral se sentem muito atraídos e
confortáveis para trabalhar com o treinamento de saltos verticais e horizontais
(SANTO, 1997).
40
Para adolescentes e crianças o treinamento pliométrico é uma atividade
benéfica, segura e agradável sempre que seja bem orientada e planejada.
Atletas em pré-temporada que executam o treinamento pliométrico tendem a
diminuir os riscos de lesões durante toda a sua temporada de jogos.
(FALGENBAUM, 2001).
Figura 13 – Salto vertical e horizontal
Fonte: Autor
41
2 O EXPERIMENTO
2.1 Procedimentos Metodologicos
Os procedimentos experimentais tiveram início somente após o
consentimento verbal e a assinatura do termo de consentimento livre e
esclarecido, conforme aprovado pelo Comitê de Ética, sob o número do
parecer: 1.592.534
2.1.2 Amostra
A amostra foi composta por um total de 12 jovens divididos em dois
grupos de seis participantes cada. O grupo de intervenção realizou um
treinamento pliométrico para membros inferiores e o grupo controle seguiu com
a sua rotina de treinamento normalmente.
O experimento foi realizado com jovens fisicamente ativos, com no mínimo um
ano de pratica e com freqüência de três vezes por semana, selecionados por
serem atletas de Basquetebol da Secretaria Municipal de esportes de Lins São
Paulo.
2.1.3 Critérios de Inclusão e exclusão
Foram incluídos os jovens praticantes da modalidade Basquetebol por
no mínimo um ano e que tenham entre 14 e 17 anos de idade, e foram
excluídos os jovens não praticantes da modalidade de Basquetebol por no
mínimo um ano, que estejam abaixo ou a cima da idade determinada que
tenham alguma lesão previa ou que o limite de continuar o treinamento.
2.1.4 Seleção dos voluntários e informações
Os voluntários receberam todas as explicações sobre o projeto por meio
de informações (Carta de informação ao participante) (ANEXO) de como seria
aplicado e os efeitos benéficos desse treinamento, tendo sido aplicado o Termo
42
de Consentimento Livre Esclarecido (ANEXO) e o Termo de Assentimento
(ANEXO).
2.1.5 Procedimentos Experimentais
O experimento foi realizado em três etapas distintas e em dias
alternados. Etapa um: avaliação com dois testes, impulsão vertical (sargent
jump) e impulsão horizontal (long jump). Etapa dois: treinamento pliométrico de
oito semanas e etapa três, após oito semanas reavaliação.
As três etapas foram realizadas no Ginásio Municipal Nico Garcia da
cidade de Lins, interior de São Paulo.
2.1.6 Avaliação
Foram utilizados dois testes distintos, sargent jump(teste de impulsão
vertical) e log jump(teste de impulsão horizontal).
Sargent jump (teste de impulsão vertical)
O teste inicia-se em posição ereta com os pés totalmente apoiados no
solo e braços semi flexionados à frente do tronco, com ambas as mãos na
altura dos ombros. A partir de uma semiflexão dos joelhos, o participante
realiza uma transição rápida excêntrico-concêntrica e salta o mais
verticalmente possível tocando a base com a ponta dos dedos onde esta fixada
uma trena, as mãos previamente estavam marcadas com pó de giz. Foi
realizado máximo de repetições do salto, sendo considerado valido aquele que
atingiu a altura máxima.
Instrumentos: Trena de 30 metros fixada em uma parede e giz (RIZOLA
NETO, 2003)
Long jump (teste de impulsão horizontal)
Posição inicial em pé, com as pernas semi-flexionadas, com leve
afastamento lateral um pouco maior que a largura dos quadris. O participante
realiza uma impulsão horizontal com a ajuda do movimento de balanceio dos
braços. A medida é feita a partir do ponto mais próximo da linha de saída do
salto. A linha utilizada é da própria demarcação da quadra. Foi realizado o
43
máximo de repetições do salto, sendo considerado valido aquele que atingiu a
distância maior.
Instrumentos: Fita métrica de 50 metros e giz. (RIZOLA NETO, 2003)
3 PROGRAMA DE TREINAMENTO PLIOMÉTRICO
Foram utilizados quatro tipos de saltos para o treinamento pliométrico,
que assim foram nomeados: 1 – salto sobre o plinto, o individuo terá que salta
na posição vertical para alcançar altura máxima determinada pela quantidade
de gavetas do plinto; 2 – agachamento livre com salto, o individuo fará um
agachamento livre, de modo que flexionara os membros inferiores e após esse
movimento ele executara um salto vertical a fim de atingir a maior altura que
ele seja capaz; 3 – salto sobre barreiras, saltar o mais alto possível entre as
barreiras; e 4 – salto lateral sobre barreira são realizados saltos laterais
alternados sobre a barreira. Foram realizadas três series de dez repetições, no
entanto a cada duas semanas a intensidade era alterada.
4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados coletados foram analisados em uma comparação entre o pré-
treinamento e o pós-treinamento, usando o teste t que é um teste de hipótese
que analisa medidas repetidas (p≤ 0,05).
5 RESULTADOS
Tabela 1 – Resultados
Na tabela são apresentados os dados do grupo treinamento pliométrico (GP) e
grupo controle (GC), nas variáveis salto vertical pré treinamento (SVPRE), salto
vertical pós treinamento (SVPÓS), salto horizontal pré treinamento (SHPRÉ),
salto horizontal pós treinamento (SHPÓS).
44
GP
MÉDIA ± DP
P GC
MÉDIA ± DP
P
SVPRÉ (CM) 2,87 ± 0,06 2,76 ± 0,05
SVPÓS (CM) 2,90 ± 0,06* 0,02 2,79 ± 0,08
SHPRÉ (CM) 2,31 ± 0,24 2,30 ± 0,25
SHPÓS (CM) 2,52 ± 0,25* 0,002 2,31 ± 0,31
*P≤ 0,05 em relação ao pré-treinamento.
Fonte: Elaborada pelos autores, 2017
6 DISCUSSÃO
O Basquetebol é uma modalidade esportiva com capacidades e
habilidades definidas e os trabalhos que são feitos nessa modalidade podem
ser quantificados. As capacidades de velocidade, salto e potencia são fatores
primordiais para o jogo, e por essa razão, os treinamentos devem sempre estar
sendo mensurados por testes para avaliar a eficácia e o aumento dessas
capacidades para a modalidade (MORAES, 2003).
Foi observado que o treinamento pliométrico conjunto ao treinamento de
quadra se mostrou eficaz para os atletas, esse fato foi comprovado após as
análises estatísticas pré e pós-treinamento, onde foi verificada uma melhora
significante.
O fator da capacidade de saltar esta altamente interligada a fatores
biomecânicos, isso se refere ao tamanho corporal porque um atleta com um
maior comprimento de membros inferiores gera uma melhor alavanca e assim
consegue uma execução mais eficiente do movimento (BARBANTI e
COLABORADORES, 2002).
45
Segundo Hollmann e Hettinger (2005) o treinamento pliométrico
aplicado mostrou grande influencia na melhoria da impulsão dos atletas, no
processo de treinamento das capacidades do Basquetebol, a potência
muscular esta diretamente relacionada ao jogo e precisa ser desenvolvida, isso
significa que no trabalho físico aplicado grande parte é baseada em
desenvolver força de explosão, que é obtida pela utilização de saltos aliados
aos trabalhos de velocidade.
A preparação física de modalidades que requerem velocidade e força
explosiva, tem se beneficiado dos programas de treinamentos de salto
(BOMPA, 2004) e de velocidade (DINTIMAN, WARD e TELLEZ, 1999) e
combinados força e treinamento geral (LAURENTINO e PELLEGRINOTTI,
2003) para que a potência obtenha uma melhora significativa no rendimento de
varias modalidades esportivas.
No Basquetebol uma das capacidades mais importantes para o
aprimoramento físico e o salto (CESARE, 2000) o aprimoramento dessa
capacidade aumenta a chance do atleta de ser bem sucedido em um rebote,
nos arremessos, em bandejas, bloqueio e também nos sistemas aplicados no
Basquetebol em geral (MORAES, 2003).
Por tanto, de um modo geral, consta-se que os autores das bibliográficas
consultadas (SANTO; JANEIRA, MAIA, 1997; MORAES, 2003, FRANCELINO,
2007) utilizando exercícios semelhantes ao do presente estudo obtiveram
melhorias nos valores da impulsão vertical.
CONCLUSÃO
As análises estatísticas obtidas das alterações funcionais ocorridas nos
atletas comprovam a eficácia do treinamento pliométrico na melhora do
rendimento em quadra, os atletas relataram como o treinamento é agradável,
seguro e benéfico de se executar, demonstraram satisfação em relação ao
treinamento e com as alterações que estavam visíveis para eles, como seu
rendimento durante as partidas melhoraram e como para eles se tornou mais
fácil desempenhar as suas funções em quadra, o treinamento promoveu um
aumento significativo na potencia de membros inferiores nos atletas praticantes
46
de Basquetebol. Na fase de periodização do treinamento o programa de salto
vertical se mostrou adequado para os jogadores de Basquetebol comprovando
que é excelente no ganho de potencia muscular dos membros inferiores e na
sua velocidade.
A estrutura do programa de treinamento pliométrico com sua duração,
exercícios escolhidos, volume e intensidade, freqüência semanal, intervalo de
recuperação entre series, que foram respeitados diante a orientações
metodológicas, revelou-se satisfatório na melhoria da potência de membros
inferiores dos atletas. Sendo assim, o treinamento pliométrico se mostrou apto
a ser introduzido na rotina de treinamento dos atletas praticantes de
Basquetebol.
47
REFERÊNCIAS
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