ecletismo no brasil na segunda metade do séc

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ECLETI

SMO NO B

RASIL NA

SEGUNDA META

DE DO

SÉC. XIX

Sob influência romântica, ainda em vigor alguns

princípios classicistas, voltaria com força o gosto pela

decoração abundante, tanto no interior como nas fachadas,

privilegiando o conforto, o luxo e a monumentalidade,

formando-se uma síntese eclética na arquitetura brasileira,

a qual veio, no início do século XX, a ressuscitar até mesmo

elementos barrocos.

Com a ampliação nos estudos acadêmicos, sobre

arquitetura, e no número de arquitetos atuantes, e com as

novas tendências românticas da época, o estilo neoclássico

rigoroso começou a ser alterado para incorporar elementos

estranhos.

Acreditava-se também que a beleza da obra

"moderna" podia ser alcançada mediante a seleção e

combinação das melhores características de todo o vasto e

multifacetado legado que os arquitetos antigos haviam

deixado em diferentes estilos.

“os padrões acadêmicos foram postos em xeque e

todo o passado artístico e arquitetônico colonial passou a

ser visto com desprezo, considerado positivamente feio,

pesado, a expressão do atraso e de uma herança

portuguesa vista como mesquinha e excessivamente

influenciada pela religião e pelas superstições, que queriam

ver ultrapassada”. (Gonzaga Duque)

O ecletismo passa a ser uma forma de negar a

ligação com o passado português fazendo referencias a

outras fontes de cultura, como a França e a Itália.

Umas das característica do ecletismo foram

estruturas inteiras ou parcialmente feitas de ferro fundido,

às vezes com rica ornamentação.

as primeiras décadas do século XX o Ecletismo

entrou em seu auge, incorporando elementos historicistas e

exóticos, numa mescla de traços neobarrocos, mouriscos,

românicos, góticos e de outras escolas e países, com uma

proliferação de grandes construções públicas e privadas em

todo o país, incluindo palácios de governo, teatros, grandes

colégios, e estendendo sua área de influência até as

camadas mais baixas da população, que também começa a

erguer suas residências num estilo eclético simplificado,

dentro de seus recursos.

Mais tarde, em meados do século XX, sob a

influência dos seguidores do Modernismo o estilo eclético

passaria a ser considerado por muitos uma aberração,

levando à demolição de vários prédios importantes, entre

eles o emblemático Palácio Monroe, cujo abate gerou uma

polêmica que se estende até os dias de hoje. Só a partir dos

anos 1980 o Ecletismo passou a ser revalorizado como uma

expressão legítima de determinada fase da história

arquitetônica brasileira, e por isso merecedor de atenção,

respeito e proteção.

Palácio_Tiradentes_Rio

Castelo_fiocruz_Rio

Solar Palmeiro, em Porto Alegre, um típico representante dos palacetes urbanos da elite durante o Ecletismo

Teatro Amazonas, Manaus.

interior do Teatro Municipal do Rio

Praça Rio Branco de Recife, com a Associação Comercial de Pernambuco e a antiga sede da Bolsa de Valores.

Palácio Guanabara, no Rio, iniciado em 1853.

Rua Libero Badaró, em São Paulo, c. 1920, com o aspecto típico das grandes cidades reurbanizadas segundo o Ecletismo

Antigo Colégio Júlio de Castilhos, Porto Alegre.

O Palácio das Indústrias, em São Paulo.

Antigo Palácio Monroe, Rio de Janeiro.

Teatro José de Alencar, Fortaleza, estrutura de ferro.

Típica residência popular em estilo eclético do início do século XX, Triunfo – Porto Alegre.

Fim

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