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DIREITO PROCESSUAL DO

TRABALHO

MÓDULO V

FASE RECURSAL.

Prof. Antero Arantes Martins

DIREITO PROCESSUAL DO

TRABALHO

RECURSOS: PARTE GERAL

Prof. Antero Arantes Martins

Conceito.

• Conceito: “Remédio voluntário e idôneo a ensejar,

dentro do mesmo processo, a reforma, invalidação,

esclarecimento ou integração da decisão que impugna” .

• Remédio porque sua finalidade é consertar um erro. No

mesmo processo porque não constitui nova relação

processual. Existem outras formas de atacar a decisão

(Ação rescisória, MS, etc) que constituem nova relação

processual. Atenção! Mesmo processo não significa

mesmos autos. AG. Instr. = autos apartados. Finalidade:

obter certeza jurídica na decisão.

Fundamentos.

• Fundamentos para o Direito de Recorrer:

falibilidade do ser humano: erro na apreciação da

prova ou aplicação norma jurídica

presumida maior capacidade de julgamento do órgão

colegiado (Tribunais são compostos por antiguidade e

merecimento de forma alternada).

segurança resultante da uniformidade na aplicação

das normas jurídicas

tentativa de buscar uma medida justa entre a rápida

solução dos conflitos e a necessidade de controle de

validade e justiça das decisões judiciais.

Princípios

• Princípios Recursais:

Duplo grau de jurisdição

Legalidade/Taxatividade

Unirrecorribilidade/Singularidade/Unicidade

Fungibilidade

Dúvida Razoável (afasta o erro grosseiro)

Respeitar os demais pressupostos

Irrecorribilidade das decisões interlocutórias

Proibição reformatio in pejus

Dialeticidade

Efeitos.

• Efeitos:

• (1) Devolutivo: Devolve ao Poder Judiciário aoportunidade de rever matéria já julgada por órgão quenão tem competência originária.

• (2) Suspensivo: Cessa a eficácia da decisão até que sejajulgado o recurso. Não cabe no Proc. do Trabalho (Art.899, CLT).

• O efeito devolutivo pode ser total ou parcial,dependendo das razões recursais. (Tantum devolutumquantum apelatum).

• No recurso não se pode inovar as alegações de fatoou de direito, exceto se a omissão anterior se deu porforça maior, ou se o Juízo tiver que conhecer damatéria “ex officio” em qualquer grau ou instância.

Efeito. Devolutivo em profundidade.

• Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matériaimpugnada.

• § 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas asquestões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sidosolucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.

• § 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolherapenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.

• § 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunaldeve decidir desde logo o mérito quando:

• I - reformar sentença fundada no art. 485;

• II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limitesdo pedido ou da causa de pedir;

• III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderájulgá-lo;

• IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.

• § 4o Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, otribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, semdeterminar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau.

• § 5o O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutelaprovisória é impugnável na apelação.

Efeito. Devolutivo em profundidade.

• 393. Recurso ordinário. Efeito devolutivo em profundidade. Art.1.013, § 1º, do CPC de 2015. Art. 515, § 1º, do CPC de1973. (Conversão da Orientação Jurisprudencial nº 340 da SDI-1- Res. 129/2005, DJ 20.04.2005) (Alterada pela Resolução nº169/2010 - DeJT 19/11/2010) (Alterada pela Res. nº 208/2016 -DeJT 22/04/2016)

• I - O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, quese extrai do § 1º do art. 1.013 do CPC de 2015 (art. 515, §1º, doCPC de 1973), transfere ao Tribunal a apreciação dosfundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pelasentença, ainda que não renovados em contrarrazões, desde querelativos ao capítulo impugnado.

• II - Se o processo estiver em condições, o tribunal, ao julgar orecurso ordinário, deverá decidir desde logo o mérito da causa,nos termos do § 3º do art. 1.013 do CPC de 2015, inclusivequando constatar a omissão da sentença no exame de um dospedidos.

Disposição.

• A parte recorrente pode dispor do direito de

recurrer através da renúncia e da

desistência:

Renúncia: Utiliza-se para recurso ainda não

interposto, dentro do prazo recursal;

Desistência: Utiliza-se para recurso já interposto. A

qualquer momento, inclusive na Tribuna.

• Nenhuma delas requer a concordância da parte

contrária.

DIREITO PROCESSUAL DO

TRABALHO

RECURSOS: ADMISSIBILIDADE

Prof. Antero Arantes Martins

Admissibilidade. Pressupostos

• Recursos são analisados em dois momentos:

Admissibilidade

Mérito recursal

• Preliminares

• Mérito.

• A admissibilidade do recurso está voltada ao

preenchimento de pressupostos de

admissibilidade recursal.

Admissibilidade. Pressupostos

– Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízode primeiro grau, conterá:

– [...].

– § 1o O apelado será intimado para apresentar contrarrazões noprazo de 15 (quinze) dias.

– § 2o Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimaráo apelante para apresentar contrarrazões.

– § 3o Após as formalidades previstas nos §§ 1o e 2o, os autosserão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente dejuízo de admissibilidade.

• Inaplicável no Processo do Trabalho a vedação de juízode admissibilidade pelo “a quo” de que trata o art. 1.010,3º do CPC/2015, conforme art. 2º, item IX da InstruçãoNormativa 39 do C. TST.

Admissibilidade. Pressupostos

• Os pressupostos recursais são de duas naturezas:

• Extrínsecos (ou externos). São todos Objetivos

– Prazo.

– Preparo

– Formalidade

– Adequação

• Intrínsecos (ou internos).

– Legitimidade

• Capacidade processual postulatória.

– Interesse

– Dialeticidade (impugnação específica)

– Pressupostos específicos (Recurso de Revista, Embargos noTST, Recurso Extraordinário, Agravo de Petição).

Admissibilidade. Pressupostos

• Prazos são de 08 dias na regra geral.

• Exceções:

– Embargos declaratórios: 05 dias;

– Recurso Extraordínário: 15 dias;

– Correição Parcial;

– Agravo Regimental em alguns Tribunais pode ter

prazo diferente (2ª Região é de 08 dias);

• Lembrar que os prazos são em dias úteis.

• Dia não útil local precisa ser provado.

Admissibilidade. Pressupostos

• As entidades relacionadas no DL 779/69 tem o

prazo em dobro para recorrer. Assim também o

tem o Ministério Público do Trabalho quando

atua como interveniente (custos legis) o que é

incontroverso. Há controvérsia quando o MPT

atua como parte, mas, a tendência é considerar o

prazo simples do recurso e não em dobro.

Admissibilidade. Pressupostos

• Contagem do Prazo.

– Intimação

• Em audiência: Súmula 197, TST. Verificar prazo de 48

horas para juntada da ata.

• Pela via postal: Considerar intimação ocorrida em 48 horas

da data da postagem.

• Pelo D.O.E. Considerar publicação um dia depois da

disponibilização da decisão.

• PJE-JT. Da data da abertura da intimação pelo advogado ou

primeiro dia após os dez dias do envio da intimação.

– Exclui-se o dia do começo e conta-se o dia do

vencimento (art. 775, CLT e S. 262, I, TST).

Admissibilidade. Pressupostos

• O preparo do recurso consiste no pagamento de:

– Custas Processuais

– Depósito Recursal.

Admissibilidade. Pressupostos

• Custas Processuais:

• 2% sobre:

– O Valor da causa nas ações:

• Julgadas improcedentes;

• Julgadas Extintas sem resolução do mérito;

• Arquivadas.

– O valor da condenação nas ações:

• Julgadas Procedentes;

• Julgadas Parcialmente procedentes

Admissibilidade. Pressupostos

• ATO Nº 247/2019-SEGJUD.GP. Vigência:01/09/2018

• Recurso Ordinário:• R$ 9.828,51

• Recurso de Revista, Recurso de Embargos,Recurso Extraordinário:

• R$ 19.657,02

• Recurso em ação Rescisória:• R$ 19.657,02

Admissibilidade. Pressupostos

• Os valores são de teto e não de piso.

• Uma vez atingido o valor da condenação nenhumoutro depósito será exigido.

• Na fase executiva o Juízo está garantido. Emprincípio não se exige depósito recursal, mas “...Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a

complementação da garantia do juízo. ” (S. 128, III, TST).

• Havendo condenação solidária (não vale parasubsidiária), o depósito de uma das recorrentesaproveita as demais, desde que não estejapostulando no recurso sua exclusão da lide.

DEPÓSITO RECURSAL

Redação anterior Nova redação

Art. 899 - Os recursos serão interpostos por

simples petição e terão efeito meramente

devolutivo, salvo as exceções previstas neste

Título, permitida a execução provisória até a

penhora.

X IDEM

§ 4º - O depósito de que trata o § 1º far-se-á na

conta vinculada do empregado a que se refere

o art. 2º da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de

1966, aplicando-se-lhe os preceitos dessa Lei

observado, quanto ao respectivo levantamento, o

disposto no § 1º

X § 4o O depósito recursal

será feito em conta

vinculada ao juízo e

corrigido com os mesmos

índices da poupança.

§ 5º - Se o empregado ainda não tiver conta

vinculada aberta em seu nome, nos termos do art.

2º da Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966, a

empresa procederá à respectiva abertura, para

efeito do disposto no § 2º. (Redação dada pela Lei

nº 5.442, 24.5.1968)

X REVOGADO

DEPÓSITO RECURSAL.

– § 4o O depósito recursal será feito em conta

vinculada ao juízo e corrigido com os mesmos índices

da poupança.

– Revogação do parágrafo quinto.

• Comentário: Fim do depósito em conta do FGTS.

O depósito agora será à disposição do Juízo

(depósito judicial), o que é muito mais racional.

DEPÓSITO RECURSAL

Redação anterior Nova redação

INEXISTENTE X § 9o O valor do depósito recursal será

reduzido pela metade para entidades sem fins

lucrativos, empregadores domésticos,

microempreendedores individuais,

microempresas e empresas de pequeno porte.

INEXISTENTE X § 10. São isentos do depósito recursal os

beneficiários da justiça gratuita, as entidades

filantrópicas e as empresas em recuperação

judicial.

INEXISTENTE X § 11. O depósito recursal poderá ser

substituído por fiança bancária ou seguro

garantia judicial.” (NR)

DEPÓSITO RECURSAL.

– § 9o O valor do depósito recursal será reduzido pela metadepara entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos,microempreendedores individuais, microempresas e empresasde pequeno porte.

• Auto-explicativo. Há necessidade, entretanto, dedemonstrar esta condição.– § 10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da

justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas emrecuperação judicial.

• Fim de polêmica quanto à possibilidade de insenção dedepósito recursal.– § 11. O depósito recursal poderá ser substituído por fiança

bancária ou seguro garantia judicial.

• Cria nova figura. Questão é verificar a idoneidade,extensão temporal e valor da fiança ou seguro garantia.

Admissibilidade. Pressupostos

• Preparo. Recolhimento e comprovação.

– CLT: Art. 789, § 1o As custas serão pagas pelo

vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No

caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado

o recolhimento dentro do prazo recursal.

– 245 - Depósito recursal. Prazo (Res. 15/1985, DJ

09.12.1985) O depósito recursal deve ser feito e

comprovado no prazo alusivo ao recurso. A

interposição antecipada deste não prejudica a dilação

legal.

Admissibilidade. Pressupostos

• Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrentecomprovará, quando exigido pela legislação pertinente, orespectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sobpena de deserção.

• § 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte deremessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimadona pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5(cinco) dias.

• § 4o O recorrente que não comprovar, no ato de interposição dorecurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa ede retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, pararealizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.

• § 7o O equívoco no preenchimento da guia de custas nãoimplicará a aplicação da pena de deserção, cabendo ao relator, nahipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrentepara sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias.

Admissibilidade. Pressupostos

• Art. 1.007. [...]

• § 2o - Para a insuficiência deve conceder prazo

de 05 (cinco dias).

• § 4o - Não comprovou nada. Deve conceder

prazo de 05 dias para comprovar o recolhimento

em dobro.

• § 7o Erro ou equívoco no preenchimento. Deve

conceder prazo de cinco dias para sanar o

equívoco.

Admissibilidade. Pressupostos

• OJ (SDI-1) 140 - Depósito recursal e custasprocessuais. Recolhimento insuficiente.Deserção (nova redação em decorrência do CPC de2015) - (Inserida em 27.11.1998.Nova redação - Res.129/2005, DJ. 20.04.2005 - Redação alterada pela Res.nº 217/2017, DeJT 20/04/2017)

•Em caso de recolhimento insuficiente das custasprocessuais ou do depósito recursal, somente haverádeserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco)dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, orecorrente não complementar e comprovar o valordevido

Admissibilidade. Pressupostos

• A OJ 140 incorpora o art. 1.077, 2º do CPC.

• E os demais parágrafos (4º e 7º) são aplicáveis?

• A IN 39 trata de dizer que o parágrafo 7º é

aplicável:

– Art. 10. Aplicam-se ao Processo do Trabalho as

normas do parágrafo único do art. 932 do CPC, §§ 1º

a 4º do art. 938 e §§ 2º e 7º do art. 1007.

• Entretanto, nada se diz quanto ao parágrafo 4º.

Admissibilidade. Pressupostos

• Formalidade:

• O recurso é peça processual formal.

• Deve conter a petição de interposição dirigida ao

Juízo “a quo” e as razões direcionadas ao Juízo

“ad quem”.

• As razões devem apresentar os fundamentos do

inconformismo, atacando a decisão recorrida nos

seus fundamentos, lançando as razões

processuais em “preliminares”, depois as razões

de mérito e, por fim, o pedido recursal.

Admissibilidade. Pressupostos

• Adequação:

• O recurso interposto deve ser adequado à

hipótese examinada.

• Admite-se a fungibilidade recursal apenas se

houver dúvida razoável e os demais pressupostos

forem cumpridos.

Admissibilidade. Pressupostos

• Legitimidade:

O vencido;

O Terceiro;

O Ministério do Trabalho: Custos Legis.

• OBS: O vencedor que sofre lesão, não tem, em

princípio, direito de recorrer. Devolve a matéria

em profundidade pela S. 393 do C. TST.

• Interesse: Qualquer pessoa que pretenda recorrer

deve sofrer LESÃO com a decisão.

Admissibilidade. Pressupostos

• Súmula 383 do C. TST:

• 383 - Recurso. Mandato. Irregularidade de representação. CPC de 2015, arts.104 e 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015). (Conversãodas Orientações Jurisprudenciais nºs 149 e 311 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ20.04.2005 - Alterada pela Res. 210/2016 - DeJT 30/06/2016)

• I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aosautos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráterexcepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado,independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) diasapós a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediantedespacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e nãose conhece do recurso.

• II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, emprocuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgãocompetente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias paraque seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerádo recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará odesentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art.76, § 2º, do CPC de 2015).

Admissibilidade. Pressupostos

• Ausência de mandato.

– Regra: Deve ter mandato até o momento dorecurso, ainda que tácito;

– Art. 104/CPC: Ato urgente. Juntar até 05 diasapós a interposição do recurso,independentemente de despacho;

– Prorrogação. Por mais 5 dias, com autorizaçãojudicial

• Mandato Defeituoso.

– Prazo de cinco dias para sanar por determinaçãojudicial.

Admissibilidade. Pressupostos

• Súmula 395 do C. TST:

– Mandato com prazo determinado mas que preveja

o acompanhamento até o final da ação é válido;

– Para que o substabelecimento seja válido, o

mandato original não precisa conter poderes

expressos para substabelecer;

– Substabelecimento juntado antes do mandato não

tem valor processual, mas, neste caso, deve-se

conceder prazo razoável para sanear o vício.

Admissibilidade. Pressupostos

• É próprio dos recursos devolver à Instância

Superior a matéria de forma restrita (Tantum

devolutum quantum apelatum).

• Desta forma, o recurso deve apresentar razões

que ataquem especificamente os fundamentos da

sentença.

• Se o recurso não ataca os fundamentos da

sentença, a Instância Superior não pode

modificá-los e, portanto, o recurso não será

conhecido (Súmula 422, TST).

Admissibilidade. Pressupostos

• 422. Recurso. Fundamento ausente ou deficiente. Nãoconhecimento. (Conversão da Orientação Jurisprudencial nº 90da SDI-II - Res. 137/2005, DJ 22.08.2005 - Redação alteradapela Resolução nº 199/2015, DeJT 22.06.2015 com inserção dositens I, II e III - Retificada no DeJT de 01/07/2015)

• I – Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior doTrabalho se as razões do recorrente não impugnam osfundamentos da decisão recorrida, nos termos em que proferida.

• II – o entendimento referido no item anterior não se aplica emrelação à motivação secundária e impertinente, consubstanciadaem despacho de admissibilidade de recurso ou em decisãomonocrática.

• III – Inaplicável a exigência do item I relativamente ao recursoordinário da competência de Tribunal Regional do Trabalho,exceto em caso de recurso cuja motivação é inteiramentedissociada dos fundamentos da sentença.

DIREITO PROCESSUAL DO

TRABALHO

RECURSOS ORDINÁRIOS

Prof. Antero Arantes Martins

EMBARGOS DECLARATÓRIOS

Embargos Declaratórios

• Embargos: Geral: Recurso para o próprio órgão

que emitiu a decisão, visando esclarecimento ou

reforma.

Embargos Declaratórios

• Prazo: 05 dias;

• Preparo: Não tem.

• Cabimento: Contra “sentença” de qualquer grau

de jurisdição.

• Matéria discutida: Omissão, contradição ou

obscuridade.

• É julgado pelo mesmo Juiz que prolatou a

decisão. Nos Tribunais, há vinculação ao Juiz

relator.

Embargos Declaratórios

• Visam sanar omissão, obscuridade ou contradição na

decisão. Servem ainda para prequestionamento da

matéria a ser aventada em Lei Federal ou Dispositivo

Constitucional.

• A C.L.T. somente os admitia para decisões proferidas

pelo C.T.S.T. A extensão era feita pela doutrina,

aplicando subsidiariamente ao CPC. A extensão já era

aceita como Matéria pacifica pela Jurisprudência. A Lei

9957/2000 incluiu o art. 897-A na CLT que agora prevê

expressamente o referido recurso.

• O prazo é de 5 dias para interposição contra sentenças.

Não se admite para decisões interlocutórias.

Embargos Declaratórios

• Em primeiro grau, a omissão está relacionada

com tese da exordial ou com a tese da defesa.

Qualquer outra omissão não enseja embargos

declaratórios e sim recurso que visa a reforma ou

anulação do julgado. Visa sanar eventual

sentença citra petita.

• Já em segundo grau, a omissão está relacionada

com a tese recursal e/ou razões manifestadas nas

contra-razões.

Embargos Declaratórios

• Contradição dá-se da decisão com ela mesma.

Contradição com a Lei, com a prova, com a tese

defendida (na exordial, na contestação ou no

recurso) é tema para a reforma do julgado em

recurso próprio.

• Já a Obscuridade tem o sentido de falta de

clareza que impede ou dificulta a compreensão

do julgado. Pode envolver tanto os fundamentos

da decisão quanto a sua extensão.

Embargos Declaratórios

• A questão do prequestionamento deve ser analisada com cautela.A Súmula 297 do C. TST exige para a admissibilidade de Recursoque a questão seja prequestionada na decisão recorrida. Quemprequestiona é a decisão. À parte cabe requerer que o Juízo “aquo” o faça.

• Para tanto, porém, é preciso que a matéria tenha sido questionadano recurso principal. É isto que autoriza a interposição dosembargos. Questionada a matéria e omissa a decisão recorrida,exige-se a interposição dos embargos declaratórios para o seusaneamento.

• Logo, é possível dizer que não existem embargos declaratóriospara prequestionamento. A hipótese é aplicável em caso deomissão para o que, repita-se, é preciso que o tema estejaquestionado no recurso principal.

Embargos Declaratórios

• Nº 297. Prequestionamento. Oportunidade.Configuração

• 1. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando nadecisão impugnada haja sido adotada, explicitamente,tese a respeito.

• 2. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria hajasido invocada no recurso principal, opor embargosdeclaratórios objetivando o pronunciamento sobre otema, sob pena de preclusão.

• 3. Considera-se prequestionada a questão jurídicainvocada no recurso principal sobre a qual se omite oTribunal de pronunciar tese, não obstante opostosembargos de declaração.

Embargos Declaratórios

• O Juiz que redigiu a decisão está vinculado e

deve conhecer dos Embargos Declaratórios, salvo

nas hipóteses de perda de jurisdição (falecimento,

promoção, remoção, permuta, etc.).

• A lei processual civil prevê que o Tribunal poderá

declarar protelatórios os Embargos Declaratórios

e opor ao embargante, multa de até 2% do valor

da causa. Na reiteração a multa pode ser elevada

até 10%. (Art. 1.026, 2º e 3º do CPC/2015).

Embargos Declaratórios

• Havendo interposição da multa, o art. 1.026,

parágrafo único do CPC impõe que o depósito

desta é condição para a interposição de qualquer

outro recurso.

• A dúvida doutrinária e jurisprudencial é se a

condição existe desde logo ou somente a partir da

reiteração, quando a multa é elevada até 10%

sobre o valor da causa.

Embargos Declaratórios

• Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivoe interrompem o prazo para a interposição de recurso.

• § 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá sersuspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidadede provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, sehouver risco de dano grave ou de difícil reparação.

• § 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, ojuiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante apagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valoratualizado da causa.

• § 3o Na reiteração de embargos de declaração manifestamenteprotelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valoratualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficarácondicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção daFazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que arecolherão ao final.

• § 4o Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois)anteriores houverem sido considerados protelatórios.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS

Modificações da Lei 13.015/2014

EMBARGOS DECLARATÓRIOS (continuação).

• Parágrafo único. Os errosmateriais poderão sercorrigidos de ofício ou arequerimento de qualquerdas partes.

• § 1o Os erros materiais poderãoser corrigidos de ofício ou arequerimento de qualquer daspartes.

• Incluído

• § 2o Eventual efeitomodificativo dos embargos dedeclaração somente poderáocorrer em virtude da correçãode vício na decisão embargadae desde que ouvida a partecontrária, no prazo de 5 (cinco)dias.

• § 3o Os embargos dedeclaração interrompem oprazo para interposição deoutros recursos, por qualquerdas partes, salvo quandointempestivos, irregular arepresentação da parte ouausente a sua assinatura.”

Embargos Declaratórios

• O parágrafo único foi alterado para parágrafo

primeiro, sem modificação de redação.

• O parágrafo segundo merece dois destaques:

– Consolida a necessidade de contraditório para que se

opere o efeito modificativo nos embargos

declaratórios, matéria até então estabelecida em

Orientação Jurisprudencial (OJ 142, SBDI-1, TST);

– Restringe (?) a hipótese de concessão de efeito

modificativo aos embargos declaratórios à situação de

“vício” da decisão.

Embargos Declaratórios

• Mas o que é “vício”?

– No sentido lingüistico, “vício” é sinonimo de erro;

– No sentido Processual, “vício” é defeito de natureza processual(nulidade);

– Analisando sistematicamente com o caput, vício é omissão oucontradição e equívoco na admissibilidade.

• Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentençaou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seujulgamento ocorrer na primeira audiência ou sessãosubseqüente a sua apresentação, registrado na certidão,admitido efeito modificativo da decisão nos casos deomissão e contradição no julgado e manifesto equívocono exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.

Embargos Declaratórios

• Já o parágrafo terceiro registra a interrupção do

prazo para interposição dos recursos

subsequentes pela interposição de embargos

declaratórios para qualquer das partes, salvo se

“intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a

sua assinatura. ”.

• Observar situações de risco em que a parte

contrária interpõe embargos declaratórios de

forma irregular e prejudica a interposição do

recurso para parte adversa.

RECURSO ORDINÁRIO

Recurso Ordinário.

• Prazo: 08 dias;

• Preparo: Custas e depósito recursal;

• Cabimento: Sentenças de Primeira Instância.

(Vara do Trabalho – Art. 895, a, CLT) e TRT

(idem, b)

• Matéria discutida: Ampla = Fato ou direito.

Ordinário = Comum. Visa o Duplo grau de

jurisdição.

Recurso Ordinário.

• É o meio de impugnar a conclusão proferida pelo

órgão de primeira instância:

– normalmente das Varas do Trabalho quando julgam

reclamações trabalhistas, mas;

– também, daquelas proferidas pelo TRT quando julga

ações de sua competência originária.

• Não tem restrição quanto à matéria a ser

debatida, ou seja, de fato ou de direito, já que tem

finalidade de fazer valer o princípio do duplo

grau de jurisdição.

Recurso Ordinário.

• No recurso não se pode inovar as alegações de

fato ou de direito, exceto se a omissão anterior se

deu por força maior, ou se o Juízo tiver que

conhecer da matéria “ex officio” em qualquer

grau ou instância. Evita, assim, a supressão de

instância, ou seja, que o Tribunal julgue matéria

que não foi conhecida pelo Juízo de primeiro

grau.

Recurso Ordinário.

• Formalidade:

Petição dirigida ao Juízo a quo, posto que este fará o

primeiro juízo de admissibilidade;

Razões dirigidas ao Tribunal ad quem;

Preliminar: Discutir decisões interlocutórias que não

tenham sido objeto de preclusão;

Mérito: Sustentar as razões de inconformismo.

Lembrar: “Tantum devolutum quantum apelatum”;

Pedido: Postular anulação ou reforma do julgado.

Recurso Ordinário.

• Processado, os autos são remetidos ao Tribunal,

onde é feita a distribuição para um julgador.

• A parte pode fazer sustentação oral de 10

minutos antes do início da votação, prorrogáveis

por mais 05 minutos se relevante a matéria

debatida (Art. 100, RITRT02).

Recurso Ordinário.

• Os feitos sujeitos ao procedimento sumaríssimo

são distribuídos imediatamente e tem parecer oral

do MPT na própria sessão.

• Se o Tribunal confirmar a decisão por seus

próprios fundamentos, a decisão pode se

consubstanciar apenas em certidão. Há

entendimento, porém no sentido de que tal

dispositivo fere o art. 93, IX CF. (exige decisões

judiciais fundamentadas).

Recurso Ordinário.

• É cabível RECURSO ADESIVO no Processo do

Trabalho nos termos da Súmula 283 do C. TST

para o recurso ordinário, agravo de petição,

recurso de revista e embargos (no TST).

• Não se exige que a matéria seja correlata ao

recurso principal.

• O prazo de interposição é o mesmo concedido

para a resposta ao recurso principal.

Recurso Ordinário.

• Recebido o adesivo, o Juízo deve conceder à

parte contrária vista para resposta.

• O recurso adesivo está condicionado ao

conhecimento do principal. Se o principal não for

conhecido por qualquer razão, o que inclui

desistência, igualmente não será conhecido o

recurso adesivo.

COMPOSIÇÃO E FUNCIONAMENTO

DO TRT DA SEGUNDA REGIÃO.

(Recurso ordinário, agravo de

instrumento e agravo de petição)

COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL

DISTRIBUIÇÃO

FORMAÇÃO DO ÓRGÃO JULGADOR

Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região – composição.

• O Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região é

composto por 94 desembargadores.

• 04 desembargadores atuam na direção do Tribunal.

– Presidente

– Vice-Presidente Administrativo

– Vice-Presidente Judicial

– Corregedor.

• Estes 04 desembargadores não recebem recursos para

julgar.

• Os outros 90 desembargadores são divididos em 18

turmas de 05 desembargadores cada uma.

Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região – composição.

• Vejamos os desembargadores integrantes do Tribunal:• https://ww2.trtsp.jus.br/institucional/composicao/ordem-de-antiguidade/

• Contrariamente ao que se imagina, o sorteio do recurso

não é feito para a turma e sim para a pessoa do relator.

• Uma vez sorteado o Relator, devemos buscar a Turma

que ele compõe:• https://ww2.trtsp.jus.br/institucional/composicao/segundo-grau/direcao-e-

composicao-das-turmas/

• E, localizando a Turma, descobriremos quem será o

revisor e o terceiro votante:

• Vejamos os desembargadores integrantes do Tribunal:• https://ww2.trtsp.jus.br/institucional/composicao/ordem-de-antiguidade/

• Contrariamente ao que se imagina, o sorteio do recurso

não é feito para a turma e sim para a pessoa do relator.

• Uma vez sorteado o Relator, devemos buscar a Turma

que ele compõe:• https://ww2.trtsp.jus.br/institucional/composicao/segundo-grau/direcao-e-

composicao-das-turmas/

• E, localizando a Turma, descobriremos quem será o

revisor e o terceiro votante:

Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região – composição.

– Art. 80. A competência do Revisor é definida pela

ordem decrescente de antigüidade, a partir do Relator,

dentre os Magistrados em exercício no órgão na data

da passagem.

– Art. 102. O julgamento terá início após a sustentação

oral, com os votos do Relator e dos demais

Desembargadores do Trabalho em ordem decrescente

de antigüidade a partir do Relator.

– § 1º O Desembargador do Trabalho menos antigo terá

por Revisor o mais antigo.

Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região – composição.

JOÃO

JOSÉ MARIA

CARLOS PATRÍCIA

Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região – composição.

• Agora que já sabemos quem é o relator e como será feita

a composição da trinca julgadora, precisamos descobrir

a ordem de antiguidade.

• Vamos ver:

• http://www.trtsp.jus.br/institucional-direcao-e-composicao

• (http://www.trtsp.jus.br/institucional-direcao-e-composição)

• E, assim, a conjugação de todos estes elementos forma o

órgão julgador. Entretanto, é preciso lembrar que o

terceiro será aquele que estiver no dia da sessão.

Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região – composição.

• Resumindo:

– Sorteia o relator;

– Descobrir a Turma;

– Descobrir quem são os outros componentes da Turma;

– Descobrir a ordem de antiguidade destes componentes;

– Montar a sequência de julgamento (“relógio”).

Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região – tramitação.

• Tramitação. Rito Ordinário:

• Relator tem 60 (sessenta) dias para examinar o processo e

elaborar o voto.

• Findo este prazo remete os autos ao Revisor, que tem 15 (quinze)

dias para examinar o processo e o voto do relator, acompanhando

ou apresentando divergência.

• Revisor encaminha o processo à Secretaria da Turma. O processo

fica aguardando inclusão em pauta. A inclusão em pauta é feita

pelo Presidente da Turma.

• Publicada a inclusão em pauta abre-se o prazo para sustentação

oral.

• Terceiro votante terá vista dos autos apenas na sessão de

julgamento. (PJ-e permite vista a qualquer momento)

Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região – tramitação.

• Tramitação. Rito Sumaríssimo:

• Relator tem 10 (dez) dias para examinar o processo e

elaborar o voto.

• Findo este prazo remete os autos à Secretaria da Turma.

O processo fica aguardando inclusão em pauta. A

inclusão em pauta é feita pelo Presidente da Turma.

• Publicada a inclusão em pauta abre-se o prazo para

sustentação oral.

• Segundo votante (não chama revisor) e terceiro votante

terão vista dos autos apenas na sessão de julgamento.

(PJ-e permite vista a qualquer momento)

Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região – tramitação.

• Já se sabem quem serão os prováveis julgadores. O que

pode mudar até o dia do julgamento?

• Desembargador relator sai em férias com substituição

antes de passar o voto ao revisor. O relator será o Juiz

substituto;

• Desembargador relator passou o voto ao revisor que está

em férias com substituição. Revisor será o substituto.

• Autos foram à sessão e o desembargador que seria o

terceiro está em férias com substituto (o terceiro será o

substituto) ou sem substituto (o terceiro será o

desembargador seguinte no “relógio”).

Sustentação oral.

• Art. 100. Findo o relatório, o Presidente da sessão dará a palavra

aos Advogados para debates, pelo prazo de 10 (dez) minutos a

cada um, prorrogável por mais 5 (cinco) minutos quando a

matéria for considerada relevante.

§ 1º A sustentação oral será feita pela ordem de recorrente e

recorrido; havendo recurso de vários litigantes, falará primeiro o

autor. Havendo litisconsortes representados por mais de um

Advogado, o tempo será computado em dobro e distribuído

proporcionalmente entre eles.

§ 2º Não haverá sustentação oral em agravo de instrumento,

agravo regimental, e embargos de declaração.

Sustentação oral.

• §3º O representante do Ministério Público, atuando

como fiscal da lei, poderá falar após a sustentação oral;

atuando como parte, terá prazo igual ao dos litigantes em

geral para falar, sem necessidade de ocupar a tribuna.

§ 4º O Presidente da sessão poderá facultar que o

Relator antecipe a conclusão do voto, restituindo-lhe a

palavra após os debates.

Sustentação oral.

• Art. 101. O direito à sustentação oral independe de préviainscrição, bastando que o Advogado esteja presente no início dasessão e oralmente o requeira.

• § 1º O Advogado não poderá fazer sustentação oral sem estarregularmente constituído. A apresentação de procuração no dia dasessão deverá ser feita antes do julgamento e perante a Secretariado órgão julgador, a tempo de ser conferida.

• Comentário: Não há prazo para juntada posterior. A juntada no diadeve ser feita antes do início da sessão (o tempo varia. Na sextaturma com no mínimo uma hora antes da sessão).

• § 2º A prévia inscrição para sustentação oral assegura aoAdvogado o direito de preferência, pela ordem de inscrição, e odireito de sustentação, enquanto não esgotado 1/5 (um quinto) donúmero de processos em pauta.

• Art. 102.

• § 2º Qualquer Desembargador do Trabalho pode

pedir esclarecimentos ao Relator, como também

poderá prestá-los o Revisor, sendo facultado aos

Advogados, com prévia autorização do

Presidente, o esclarecimento de questões de fato.

• § 4º O julgamento que tenha sido suspenso poderá ser

retomado ainda que os Desembargadores do

Trabalho que já votaram antes da suspensão não se

encontrem presentes.

• § 5º O Desembargador do Trabalho poderá modificar o

seu voto antes da proclamação do resultado.

• § 6º Encerrada a votação, o Presidente da sessão

proclamará o resultado.

• Sabedor dos componentes da trinca, faça um estudo da

jurisprudência da Turma de acordo com o

posicionamento de cada julgador sobre a matéria.

• O “site” do TRT (www.trtsp.jus.br) possui um sistema

de busca de jurisprudência por relator.

DIREITO PROCESSUAL DO

TRABALHO

AGRAVOS

Prof. Antero Arantes Martins

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Agravo de instrumento.

• Cabimento: decisão que nega processamento a

recurso (artigo 897, b da CLT).• Artigo 897 da CLT:

“CabeAgravo, no prazo de 8 (oito) dias;

(a) ...

(b) de instrumento, dos despachos que denegarem a

interposição do recursos;

• Impropriedades técnicas do artigo: despacho e

interposição de recursos. O cabimento é contra

decisão que nega processamento ao recurso.

Agravo de instrumento.

• Competência: processado perante mesmo órgão que

teria tramitado o recurso trancado.

• Prazo: Interposição: 8 dias (artigo 897, caput);

contraminuta: igual prazo pela aplicação do princípio da

simetria previsto no artigo 900 da CLT).

• PRESSUPOSTOS:

• Cabimento;

• tempestividade;

• regularidade da representação e MAIS:

• Preparo (Lei 12.275/2010)

• Formação do instrumento?

Agravo de instrumento.

• TST. SUM. 128 - Depósito recursal. (RA 115/1981, DJ

21.12.1981. Redação alterada pela Res 121/2003, DJ

19.11.03. Nova redação em decorrência da incorporação

das Orientações Jurisprudenciais nºs 139, 189 e 190 da

SDI-1 - Res. 129/2005, DJ. 20.04.2005)

• I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal,

integralmente, em relação a cada novo recurso

interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da

condenação, nenhum depósito mais é exigido para

qualquer recurso. (Sem grifos e destaques no original)

Agravo de instrumento.

• Exemplo:

• Condenação de R$ 50.000,00.

• R.O. da Vara do Trabalho para o TRT: Depósito de R$ 9.500,00

• R.R. do TRT para o TST: Depósito de R$ 19.000,00

• A.I. para destrancar o RR (1/2 do RR ou condenação): Depósito de R$ 9.500,00

• Condenação de R$ 30.000,00.

• R.O. da Vara do Trabalho para o TRT: Depósito de R$ 9.500,00

• R.R. do TRT para o TST: Depósito de R$ 19.000,00

• A.I. para destrancar o RR (1/2 do RR ou condenação): Depósito de R$ 1.500,00

• Condenação de R$ 20.000,00.

• R.O. da Vara do Trabalho para o TRT: Depósito de R$ 9.500,00

• R.R. do TRT para o TST: Depósito de R$ 10.500,00

• A.I. para destrancar o RR (1/2 do RR ou condenação): NADA

Agravo de instrumento.

• Apenas houve a inclusão do parágrafo 8º ao art.899 da CLT, que é autoexplicativo.– § 8o Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de

destrancar recurso de revista que se insurge contra decisão quecontraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior doTrabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientaçãojurisprudencial, não haverá obrigatoriedade de se efetuar odepósito referido no § 7o deste artigo.”

• Se o recurso de revista tiver outros temas odepósito é necessário.

• Reforça a idéia trazida na introdução quanto aoobjetivo uniformizador da Lei, com a redução doespaço para divergência de teses.

Agravo de instrumento.

• Efeitos : efeito meramente devolutivo, nostermos do artigo 899 da CLT.

• Juízo de retratação: não há previsão na CLT.Regulado pela Instrução Normativa 16:

– IV - O agravo de instrumento, protocolizado eautuado, será concluso ao juiz prolator do despachoagravado, para reforma ou confirmação da decisãoimpugnada, observada a competência estabelecidanos arts. 659, inciso 6ºVI, e 682, inciso9º IX, da CLT.

Agravo de instrumento.

• O provimento do agravo acarreta no imediato

julgamento do recurso principal trancado, no

mesmo voto e sessão.

Agravo de instrumento.

FORMAÇÃO DO INTRUMENTO?

PJ-e:

RESOLUÇÃO CSJT Nº 136, DE 25 DE ABRIL 2014

• Art. 34. A partir da implantação do PJe-JT no segundograu de jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho,será dispensada a formação de autos suplementares emcasos de exceção de impedimento ou suspeição, agravosde instrumento, agravos regimentais e agravo previstono art. 557 do Código de Processo Civil.

AUTOS FÍSICOS. (Segue).

Agravo de instrumento. Autos físicos

Dispõe a Lei 12.275/2010:

• Art. 1o O inciso I do § 5o do art. 897 da Consolidação das Leis do Trabalho -CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, passa avigorar com a seguinte redação:

• “Art.897. (...)

• § 5o (...)

• I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectivaintimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e doagravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósitorecursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação dorecolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7o do art. 899desta Consolidação;

• Art. 2o O art. 899 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada peloDecreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, passa a vigorar acrescido doseguinte § 7o:

• “Art. 899. (...)

• § 7o No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursalcorresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso aoqual se pretende destrancar.” (NR)

Agravo de instrumento. Autos físicos

• PROVIMENTO GP/CR 13/2006 (2ª REGIÃO)

• Art. 5º. O Agravo de Instrumento será

processado em autos apartados, com formação de

instrumento específico, exceto quando houver

recurso de ambas as partes ou a sentença for de

improcedência, devendo, nesses casos, ser

processado nos autos principais (art. 173 do

Regimento Interno).

Agravo de instrumento. Autos físicos

• Clt: art. 897: §5º. Sob pena de não conhecimento, aspartes promoverão a formação do instrumento doagravo de modo a possibilitar, caso provido, oimediato julgamento do recurso denegado, instruindoa petição de interposição:

• I – obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada,da certidão da respectiva intimação, das procuraçõesoutorgadas aos advogados do agravante e do agravado,da petição inicial, da contestação, da decisão ordinária,da comprovação do depósito recursal e do recolhimentodas custas ( e do depósito recursal - Lei 12.275/2010);

• II – facultativamente, com outra peças que o agravantereputar úteis ao deslinde da matéria de méritocontrovertida.

Agravo de instrumento. Autos físicos

• As peças obrigatórias (897, I) são aquelas para comprovar o atendimento dospressupostos recursais (cabimento, tempestividade, sucumbência), demonstrarsua procedência, no mérito, e também para possibilitar o julgamento do recursotrancado, nos próprios autos do agravo, se provido.

• As peças facultativas, ficam a critério do agravante de acordo com seu interesseem melhor convencer o Tribunal da procedência de ambos os recursos em jogo.

• Confusão. Instrução normativa 16 do TST: item III e X

• Instrução normativa 16 do TST: item III e X

• III - O agravo não será conhecido se o instrumento não contiver as peçasnecessárias para o julgamento do recurso denegado, incluindo a cópia dorespectivo arrazoado e da comprovação de satisfação de todos os pressupostosextrínsecos do recurso principal.

• X - Cumpre às partes providenciar a correta formação do instrumento, nãocomportando a omissão em conversão em diligência para suprir a ausência depeças, ainda que essenciais.

Agravo de instrumento. Autos físicos

• Instrução Normativa 16 do TST/ Jurisprudência

• IX - As peças trasladadas conterão informações que

identifiquem o processo do qual foram extraídas,

autenticadas uma a uma, no anverso ou verso. Tais peças

poderão ser declaradas autenticas pelo próprio

advogado, sob sua responsabilidade pessoal. Não será

válida a cópia de despacho ou decisão que não contenha

a assinatura do juiz prolator, nem as certidões subscritas

por serventuário sem as informações acima exigidas.

(Redação dada pela Resolução Administrativa nº

930/2003).

Agravo de instrumento. Autos físicos

• No caso de improcedência da ação, ou ainda, se houver

recurso das duas partes e o da parte contrária for

processado:

• O Agravo deve ser processado nos autos principais, sem

a formação de instrumento:

• RITRT02: Art. 173. O agravo de instrumento interposto

nas Varas do Trabalho será autuado nos autos principais

quando houver recurso de ambas as partes ou quando a

sentença for de improcedência.

Agravo de instrumento. Autos físicos

• Por fim: OJ 283 da SDI-1 do TST:

• Agravo de instrumento. Peças essenciais.

Traslado realizado pelo agravado. Validade. É

válido o traslado de peças realizado pelo

agravado, pois a sua regular formação incumbe

às partes e não somente ao agravante (DJ.

11.8.03)

AGRAVO DE PETIÇÃO

AGRAVO DE PETIÇÃO.

• Execução: não tem natureza cognitiva. Não comporta

“decisão judicial”.

• Impropriedade técnica falar em “decisões judiciais”

proferidas na execução

• Recursos contra decisões interlocutórias: Impedimento

legal constante no art. 893, § 1º da CLT.

• Doutrina: Cabimento de Agravo de Petição também das

decisões interlocutórias. (Amauri, Carrion)

AGRAVO DE PETIÇÃO.

• Art. 893, § 1º cc art. 897, “a”, ambos da CLT:Relativizar o rigor técnico dos conceitos constantes doDireito Processual Comum, sob pena de não seencontrar nenhum objeto para o recurso de “agravo depetição”.

• Ocorrência de incidentes na execução, como meios deimpugnação dos atos judiciais e, por conseqüência, apossibilidade de recorrer de decisões judiciais proferidasnestes incidentes.

• Observar que a IN 39 admite agravo de petiçãoindependentemente da garantia da execução no caso dejulgamento do incidente de desconsideração dapersonalidade jurídica em execução.

AGRAVO DE PETIÇÃO.

• Conceito:

O recurso cabível contra as decisões proferidas na

execução.

• Agravo de petição deve ser entendido como o

recurso cabível contra as decisões definitivas ou

terminativas proferidas nos incidentes da

execução.

• Natureza jurídica:

Recurso. Não estabelece uma nova relação

processual.

AGRAVO DE PETIÇÃO.

• Legitimidade:

• Teoria geral dos recursos: A parte que sofrer lesão com a decisãoatacada. Também pode interpor recurso o terceiro prejudicadopela decisão.

• Fundamento:

• O fundamento do recurso deve ser relacionado com a matériaargüível no incidente em que foi proferida a decisão atacada. Nãose pode discutir matéria relativa à ação cognitiva

• Efeito devolutivo, ou seja, devolver ao Tribunal a matériadiscutida na instância originária.

• Não pode, por exemplo, o executado que teve os embargos àexecução rejeitados liminarmente renovar, no Agravo de Petição,a matéria dos embargos. Deve cingir-se o recurso à aceitabilidadeda ação incidental.

AGRAVO DE PETIÇÃO.

• Efeitos e Procedimento:

• Efeito devolutivo apenas. Não suspende a execução. Se parcial,tramita-se pelo incontroverso de forma definitiva. Sobre a parteque for atingida pelo recurso a execução é provisória, nãoautorizando liberação de valores. Sendo parcial e havendo únicapenhora, autoriza-se alienação para saldar a parte defintiva.

• Interposto o Agravo de Petição perante o Juízo “a quo”. Vista àparte contrária para que, facultativamente apresenta as suascontra-razões. Primeiro Juízo de admissibilidade. Negando-se oprosseguimento do recurso, será cabível contra tal decisão oagravo de instrumento. Concedendo-se o prosseguimento dorecurso, os autos serão enviados ao Tribunal Regional do Trabalhoe ali terão tramitação idêntica à aplicável aos Recursos Ordinários.

AGRAVO DE PETIÇÃO.

• Pressuposto específico e pressupostos gerais

• Pressuposto: Delimitação da matéria e dos valores impugnados,autorizando-se, de imediato, a execução do incontroverso. (Art.897, § 1º da CLT).

• Ausência: O recurso não será recebido, denegando-se seguimentoao mesmo já pelo Juízo “a quo”.

• Ressalva: Não é pressuposto absoluto. Hipóteses em que talalegação não é possível. Basta delimitar a “matéria” controvertida.Exemplos:

• A qualidade de terceiro (Agravo de Petição contra decisãoproferida em embargos de terceiro);

• O preço vil auferido no ato expropriatório (Agravo de Petiçãocontra decisão proferida na impugnação à expropriação);

• Nulidade da execução (Agravo de Petição contra decisãoproferida em embargos à execução).

AGRAVO DE PETIÇÃO.

• Desnecessária é a realização do depósito recursalporque já garantido o Juízo. Entretanto, se houveraumento da condenação pela decisão agravada(acolhimento da impugnação do exeqüente,aplicação de multa, etc.), é preciso realizardepósito recursal para garantia do Juízo, semlimite.

• Custas: O pagamento é desnecessário. Naexecução as custas serão pagas ao final e pelodevedor.

• Prazo: 08 (oito) dias

AGRAVO REGIMENTAL

AGRAVO REGIMENTAL.

• Conceito: Medida adequada para provocar o reexame

das decisões interlocutórias proferidas no Tribunal pelo

Colegiado a que estiver adstrito o Juiz prolator da

decisão.

• Referências legais:

• Artigo 709, parágrafo 1o, da CLT

• - Artigo 2o, II, d, da Lei 7701/88

• - Artigo 5o, c, da Lei 7701/88

• - Artigo 3o, II, letra a e III, letra c, da Lei

7701/88

• - Artigo 896, parágrafo 5o, da CLT

AGRAVO REGIMENTAL.

• Cabimento varia em cada Regimento.

• Art. 175 - RITRT02 - Prazo de oito dias.

• I - do Presidente do Tribunal, exclusivamente nahipótese do art. 26, § 6º;

• § 6º Competirá exclusivamente ao Presidente doTribunal deferir afastamento de até 10 (dez) diasaos Magistrados, para a participação em eventosde curta duração, assegurado o direito de agravoregimental ao Órgão Especial em caso deindeferimento.

AGRAVO REGIMENTAL.

• II - do Relator (Ver abaixo o tema sobre agravo interno)

• a) que concederem ou negarem provimento a recurso;

• b) que denegarem seguimento a recurso;

• c) que indeferirem a petição inicial nos processos decompetência originária;

• d) na habilitação incidente;

• e) na restauração dos autos;

• f) que indeferirem a homologação de acordo;

• g) que aprovarem a imputação de pagamento paraquitação nas conciliações e que possam definir as basesda tributação previdenciária e fiscal;

III - do Vice-Presidente Administrativo;

AGRAVO REGIMENTAL.

• IV - do Corregedor Regional:

• a) proferidas em reclamação correcional;

• b) que indeferirem o processamento de representação contra Juiz;

• c) que negarem pedido de correição geral nas Varas.

• § 1º O agravo deverá ser interposto dentro de 8 (oito) dias, acontar da ciência do ato que lhe deu causa.

• § 2º O agravo regimental é incabível:

• I - contra o deferimento ou indeferimento de medida liminar;

• II - contra ato do Presidente do Tribunal que disponha sobre oprocessamento e pagamento de precatório.

AGRAVO REGIMENTAL.

• Artigo 176 RITRT02 - O agravo regimentalserá dirigido ao prolator da decisão, que poderáreconsiderá-la ou submeter a matéria ao órgãocolegiado, independentemente de pauta e após o"visto" do Revisor e vista do Ministério Público,quando for o caso.

• Parágrafo único. Havendo empate, prevalecerá adecisão ou despacho agravado.

AGRAVO INTERNO

AGRAVO REGIMENTAL.

• Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o

respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do

regimento interno do tribunal.

• § 1o Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os

fundamentos da decisão agravada.

• § 2o O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre

o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o

relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.

• § 3o É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada

para julgar improcedente o agravo interno.

• § 4o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou

improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada,

condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do

valor atualizado da causa.

• § 5o A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do

valor da multa prevista no § 4o, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de

gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.

AGRAVO REGIMENTAL.

• Cabimento: Contra as decisões proferidas pelo relator. Não faz restrição, portanto,

TODAS.

• Destinatário: O órgão colegiado a que pertence o relator.

• Processamento: Na forma prevista no Regimento Interno do Tribunal. O TRT da

Segunda Região AINDA não tem previsão, logo, penso que deve aplicar, no que

couber, o disposto para agravo regimental, exceto prazo, como veremos abaixo.

• Dialeticidade: Deve impugnar especificamente as razões da decisão atacada.

• Contraditório: Resposta em 15 dias. Após, Juízo de retratação ou encaminha para o

Colegiado.

• Prazo: O artigo não diz. A lógica indica que deve ser de 15 dias, porque o prazo

para resposta é de 15 dias.

• Voto do relator: Não pode se limitar a reproduzir a decisão agravada.

• Punição: Se manifestamente incabível ou improcedente por votação unânime, em

decisão fundamentada, o colegiado pode aplicar multa de 1% a 5% do valor

atualizado da causa.

• Recursos futuros: Depende do recolhimento da multa.

CORREIÇÃO PARCIAL

Correição Parcial (RITRT02 -Art. 177 a 180 e Provimento GP/CR 13/2006 - Art. 79 a

86)

• Cabe contra as decisões que atentem à forma legal do

processo (erro in procedendo).

• Prazo de 05 dias

• Deve ser apresentada com documentos e é dirigida ao

Juiz da causa;

• Se não reconsiderar, a Secretaria da Vara deve autuar em

apartado, o Juiz deve prestar informações no prazo de 05

dias e enviar à Corregedoria no prazo de 05 dias;

• Não suspende a tramitação do processo principal e nem

o prazo para interposição de recursos legalmente

cabíveis. (Provimento GP/CR 13/2006 - Art. 88)

Correição Parcial (RITRT02 -Art. 177 a 180 e Provimento GP/CR 13/2006 - Art. 79 a

86)

• Será julgada pelo Corregedor no prazo de 10dias; (Provimento GP/CR 13/2006 - Art. 86)

• Será liminarmente rejeitada (Provimento GP/CR 13/2006 -

Art. 87) se:

– Intempestiva;

– Não contiver elementos necessários ao conhecimentoda controvérsia;

– Não existir procuração do subscritor nos autosprincipais

• Será considerada prejudicada se houver perda doobjeto. (Provimento GP/CR 13/2006 - Art. 88)

Correição Parcial (RITRT02 -Art. 177 a 180 e Provimento GP/CR 13/2006 - Art. 79 a

86)

• Se procedente, o Juiz deve dar imediato

cumprimento à decisão, sob pena de

responsabilidade pessoal;

• Se a matéria versar sobre infração disciplinar, o

Corregedor encaminhará o processo ao ao Vice-

Presidente Administrativo (a partir daí, processa-se como

se fosse a representação).

• A copia da decisão da Correição Parcial deve ser

juntada nos autos principais (Provimento GP/CR 13/2006 -

Art. 89)

REPRESENTAÇÃO

Representação (RITRT02 - Art. 40)

• Competência: Contra Juiz é do Corregedor. Contradesembargador é do Presidente.

• Prazo: 120 dias da ciência do ato (CNJ estabelece 5 anos senão for crime. Se for crime, o prazo prescricional do crime).

• Requisitos: Indicar os fatos e a fundamentação legal. Vide oTítulo III da LOMAN (Lei Complementar nº 35/79 - artigos35 a 39)

• Recebimento: Decisão fundamentada do Corregedor. Seaceitar, intima o juiz a responder (defesa prévia) em 15 dias.

• Instrução: Pelo corregedor. Ao término da Instrução oCorregedor emite relatório e envia à Vice-Presidênciaadministrativa para que esta encaminhe os autos à sessão doTribunal Pleno.

Representação (RITRT02 - Art. 40)

• Art. 35 - São deveres do magistrado:

• I - Cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais eos atos de ofício;

• II - não exceder injustificadamente os prazos para sentenciar ou despachar;

• III - determinar as providências necessárias para que os atos processuais se realizem nosprazos legais;

• IV - tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministério Público, os advogados, astestemunhas, os funcionários e auxiliares da Justiça, e atender aos que o procurarem, a qualquermomento, quanto se trate de providência que reclame e possibilite solução de urgência.

• V - residir na sede da Comarca salvo autorização do órgão disciplinar a que estiversubordinado;

• VI - comparecer pontualmente à hora de iniciar-se o expediente ou a sessão, e não se ausentarinjustificadamente antes de seu término;

• VIl - exercer assídua fiscalização sobre os subordinados, especialmente no que se refere àcobrança de custas e emolumentos, embora não haja reclamação das partes;

• VIII - manter conduta irrepreensível na vida pública e particular.

• Art. 36 - É vedado ao magistrado:

• I - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista,exceto como acionista ou quotista;

• II - exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação, dequalquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, e sem remuneração;

• III - manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente dejulgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, deórgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério.

Representação (RITRT02 - Art. 40)

• Voto: O Relator será o Corregedor (ou oPresidente, em caso de desembargador)

• Se o Tribunal Pleno admitir a representação,inicia-se o processo administrativo, sorteando-seo Relator.

• Assegurado o contraditório e ampla defesa aoautor e ao réu, o processo administrativo poderáculminar em penalidade administrativa.

Representação (RITRT02 - Art. 40)

• PENAS (RITRT02 - Arts. 41 e 42):

– Advertência, censura e remoção compulsória -Apenas a Juizes de Primeiro Grau.

– Aposentadoria compulsória - Juizes eDesembargadores

– Perda do Cargo - Juiz não vitalício. Para Juízesvitalícios, somente por decisão judicial.

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