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DIREITO AMBIENTAL

Prof. Lucas Valença Brandão

• Conceito: No Brasil, a primeira definição legal da

expressão meio ambiente veio na Lei nº 6.938/1981 (Lei da Política Nacional do Meio Ambiente), ao dispor, no seu art. 3º, I, que “(...) entende-se por: I- meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências de ordem química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.”

Meio Ambiente

• Ambiente Artificial: corresponde ao espaço urbano construído, sendo o conjunto de edificações (espaço urbano fechado) e os equipamentos públicos (espaço urbano aberto);

• Ambiente Cultural: é composto pelo patrimônio histórico, artístico, arqueológico, paisagístico, turístico. Embora, em regra, artificial, difere deste pela valoração especial que recebe do homem.

Aspectos do Meio Ambiente

• Ambiente Natural: também chamado de ambiente físico corresponde à interação dos seres vivos com o seu habitat;

• Ambiente Laboral: corresponde ao local em que as pessoas desempenham suas atividades laborais. O estado de equilíbrio baseia-se na salubridade do meio e na ausência de agentes que comprometam a integridade física ou psíquica dos trabalhadores.

Aspectos do Meio Ambiente

• A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, na Declaração de Estocolmo/1972, mencionou que o homem tem direito fundamental a “...adequadas condições de vida, em um ambiente de qualidade...” (Princípio1).

• A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, na Declaração do Rio de Janeiro/1992, que os seres humanos “têm direito a uma vida saudável” (Princípio 1).

• Ganhou status constitucional no Brasil ao ser consagrado no caput do art. 225, da CRFB/1988.

Princípio do Direito à Sadia Qualidade de Vida

• O Princípio 1 da Declaração do Rio de Janeiro/1992, estabelece que “os seres humanos estão no centro das preocupações com o desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza”.

• Igual preocupação com o uso dos recursos naturais pelo homem teve a Declaração de Estocolmo, ao estabelecer, em seu Princípio 5, que “os recursos não renováveis do Globo devem ser explorados de tal modo que não haja risco de serem exauridos e que as vantagens extraídas de sua utilização sejam partilhadas a toda a humanidade”.

Princípio do Acesso Equitativo aos Recursos Naturais

• A Declaração do Rio de Janeiro de 1992 trata do princípio do poluidor-pagador no Princípio 16, informando que: “As autoridades nacionais devem procurar promover a internalização dos custos ambientais e o uso de instrumentos econômicos, tendo em vista a abordagem segundo a qual o poluidor deve, em princípio, arcar com o custo da poluição, com a devida atenção ao interesse público e sem provocar distorções no comércio e nos investimentos internacionais”.

Princípio do Poluidor-Pagador

• A Lei nº 6.938/81, em seu art. 4º, VII, dispõe que a Política Nacional do Meio Ambiente visará “à imposição, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos”

Princípio do Usuário-Pagador

• A CRFB/1988, em seu art. 225, §3º, dispõe que “as condutas consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”.

• Em razão da existência dos princípios do poluidor-pagador e usuário-pagador, o espaço do princípio em foco fica bastante reduzido, uma vez que cabe à reparação apenas a composição dos danos ambientais decorrentes de atos ilícitos e, por exceção, decorrentes de atos lícitos que não tenham sido satisfatoriamente resolvidos pela aplicação dos dois princípios anteriores.

Princípio da Reparação

• Todos devem ter acesso às informações, dados e estudos que dizem respeito ao meio ambiente, produzidos ou guardados nos órgãos públicos, não dependendo de demonstração de interesse específico, já que o dever de proteger e preservar o meio ambiente incumbe ao Poder Público e à coletividade. Outrossim, disciplina a CRFB/1988 em seu art. 225, §1º, IV que o Poder Público possui o dever de “promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”.

Princípio da Informação

• Expressa a ideia de que para a resolução dos problemas do meio ambiente deve ser dada a cooperação entre a sociedade e o Estado através da participação dos diferentes grupos sociais na formulação e na execução da política ambiental. Aliás, o art. 225, caput, da CRFB/1988 reza que “é dever do Poder Público e da coletividade proteger e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações”.

Princípio da Participação

• O princípio em tela tem como fundamento o direito do ser humano desenvolver-se e realizar as suas potencialidades, quer socialmente, quer individuais, e o dever de assegurar aos seus sucessores as mesmas condições favoráveis. Assim, o desenvolvimento sustentável é aquele que busca atender os anseios presentes, buscando não comprometer a capacidade e o ambiente das gerações vindouras.

Princípio do Desenvolvimento Sustentável

• Impõe a cooperação entre países (promovendo intercambio tecnológico, sobretudo de países industrializados e países subdesenvolvidos, com o fito de melhoramentos de técnicas de aproveitamento dos recursos naturais), quando no âmbito internacional; e entre a União, Estado, Distrito Federal e municípios – poder público e sociedade, quando no âmbito interno, no sentido de facilitar a resolução dos problemas ambientais.

Princípio da Cooperação

CRFB/1988, art. 186 - A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:I - aproveitamento racional e adequado;II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

Princípio da Função Social da Propriedade

CC/2002, art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.§ 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.

Princípio da Função Social da Propriedade

• A Declaração do Rio de Janeiro de 1992, em seu Princípio 15, trata do princípio da precaução, ao dispor que: “De modo a proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deve ser amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis, a ausência absoluta de certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental”.

Princípio da Precaução

• O Princípio 8 da Declaração do Rio de Janeiro/92 afirma que: “a fim de conseguir-se um desenvolvimento sustentado e uma qualidade de vida mais elevada para todos os povos, os Estados devem reduzir e eliminar os modos de produção e de consumo não viáveis e promover políticas demográficas apropriadas”.

• A CRFB/1988 aborda o princípio da prevenção no caput do art. 225, estabelecendo que “é dever do Poder Público e da coletividade proteger e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações”.

Princípio da Prevenção

Obrigado pela atenção!

PROF. LUCAS VALENÇA BRANDÃO

E-mail: lucasvb_direito@hotmail.comTelefones: 9286-8460 9733-0783

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