desenvolvimento da energia eólica no brasil
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1: Aluno de gradução em engenharia física na universidade de São Carlos jan/2013
DESENVOLVIMENTO DA ENERGIA EÓLICA NO BRASIL
João Pedro Rosa1
RESUMO
A partir de pesquisa bibliográficas o texto trás a evolução da energia eólica no Brasil,
com dados de potencia instalada desta, deste 1997 até 2011, também é apresentado qual o
potencial instalável de energia eólica no Brasil, com a compreensão dos fatores que são
necessários para tal calculo, sem esquecer de trazer a questão ambiental envolvendo esta fonte
de energia.
Palavras-Chave: Energia Eólica. Evolução da energia eólica. Potencial energético.
INTRODUÇÃO
A energia eólica é um tema que vem sendo explorado cada vez mais por
pesquisadores, apesar disto as informações que temos sobre este tipo de fonte de energia
dentro do nosso país é quase que exclusivamente de órgãos governamentais. Neste artigo que
usou exclusivamente a pesquisa bibliográfica, os textos trazem um pouco mais de informação
para as pessoas, deixando claro como se deu sua evolução, qual é o seu potencial e ainda as
questões ambientais por traz dela, além disto, mostra aonde o governo está e poderá aplicar o
dinheiro arrecadado com impostos, ou seja nosso dinheiro, por isso a importância de se saber
qual é o tamanho deste investimento, não em reais, mas sim em obras e infraestrutura,
também é de grande importância saber como este tipo de geração de energia pode nos ajudar.
EVOLUÇÃO DA ENERGIA EÓLICA NO BRASIL
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A energia eólica com o passar dos anos vem crescendo cada vez mais e se tornando uma
fonte de energia necessária, principalmente pelo fato de sua produção ser elevada nos
períodos em que ocorrem poucas chuvas, assim podendo complementar a principal fonte de
energia utilizada no Brasil, as hidrelétrica,
que nestas épocas do ano tem sua produção
de energia reduzida, devido ao baixo nível
em que os rios se encontram.
A energia eólica vem sido estudada
por especialistas a muitos anos, e como
podemos ver na tabela ao lado (ANEEL,
2008) vem crescendo todos os anos deste
1997 até 2007, chegando então a 93,8 MW
de potencia instalada.
Em 2010 tínhamos uma potencia instalada de 498MW e em 2011 chegamos a
1.426MW de potencia instalada, isto nos proporcionou 2.705 GWh de eletricidade segundo
(BRASIL, 20122).
Segundo (BRASIL, 20121) a energia produzida a partir dos aero geradores em 2016
atingirá uma potencia instalada igual a 9,4 GW e em 2021 está potencia chegará a 15,6 GW.
Analisando todos estes dados podemos facilmente perceber que a energia eólica vem e
continuará em constante crescimento dentro do Brasil e assim vem atraindo as atenções de
grandes multinacionais no setor como disse Freitas (2011).
POTENCIAL DE GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA
Devido a grande extensão de território que o Brasil possui, tem-se também um potencial
energético para geração de energia eólica elevada em comparação com outros países. No
entanto, para falar de potencial enérgico temos que saber como a potencia gerada pelos
turboélices pode ser calculado e a que variáveis esta depende. “A geração de energia elétrica a
partir dos ventos ocorre pelo contato deste com as pás do cata-vento, dando origem as forças
de sustentação e de arrasto, que transferem energia ao rotor do aero gerador. A quantidade de
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energia transferida é função da densidade do ar, da área coberta pela rotação das pás e da
velocidade do vento” (BRASIL, 2007, p.14) a equação formulada por Da silva citado por
(Brasil, 2012, p.14) também nos mostra isto porem em equações:
P = m.v2/2 onde, P = potência do vento, em W; m = massa, em kg; v =
velocidade do vento, m/s.
sendo a massa de ar que atravessa com velocidade v expressa por:
m = ρ.A.v.t onde, ρ = massa específica do ar, em kg/m3; A = área da seção
transversal que intercepta o fluxo de ar, em m2; t = tempo, em s.
A massa específica do ar é função da pressão e da temperatura do ar, que por
sua vez, variam com a altitude.
Sendo assim, pode-se dizer que:
ρ = P0/(R.T)exp(–g.z/RT) onde, P0 = pressão atmosférica padrão ao nível do
mar, em kg/m2; R = constante específica do ar, em J/kmol; T = temperatura, em K;
g = aceleração da gravidade, em m/s2; z = altitude, em m.
Combinando as duas primeiras equações, tem-se:
P = A.t. ρ.v3/2.
Fazendo uma simples analise das equações acima podemos afirmar que a potência tem
como variável o velocidade do ar e esta varia com relação ao cubo da velocidade e ainda que
esta é a única variável levando em consideração que após ser instalada as turboélices, a área
de contado, o tempo e a densidade do ar são constantes.
Então para conhecermos o potencial energético da energia eólica devemos ter uma
média da velocidade dos ventos no local em que se pretende instalar este tipo de geração de
energia e conhecer todas as constantes.
Segundo amarante
citado por (BRASIL,
20121), as primeiras
medições de ventos foram
feitas no entorno de 10m e
mostrava uma velocidade
média de 4m/s, a partir
deste momento foram
feitas seguidas medições
ao longo do tempo todas
mostrando a viabilidade
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técnica da instalação dos aerogeradores. Somente após o aparecimento de um software
(mesomap) pode se demostrar o potencial energético de alguns locais e em alturas mais
elevadas, devido a dificuldade de se instalar estações anemométricas, estações que medem a
velocidade dos ventos, o software que simula condições reais é considerado um dos mais
confiáveis para se calcular a velocidade dos ventos e assim o potencial. Apartir dos dados do
mesomap, alguns cálculos e considerando a curva de potência das turbinas eólicas se obteve
os dados da tabela ao lado mostrada por (ANEEL, 2008).
Além disto, segundo (BRSIL, 2007)
“A região Nordeste apresenta as melhores condições do Brasil para o
aproveitamento da energia eólica, não somente pelos regimes dos ventos, mas
também pela possibilidade de complementaridade com a energia hidráulica. Esta
característica foi comprovada ao se estudar os níveis médios de vazão dos rios que
atendem algumas usinas da região Nordeste. Como pode ser visto na figura abaixo, o
período onde existe a menor vazão dos rios é quando ocorrem as melhores
incidências de vento.
QUESTÕES AMBIENTAIS
Nesta área é um consenso que a energia produzida a partir dos turboélices é uma energia
limpa e ambientalmente correta, logicamente está não é perfeita e alguns dos lados negativos
são: o ruído audível gerado pelo seu trabalho de rotação, interferência eletromagnética,
impacto visual e apesar de extremamente pequeno o impacto a fauna, porem estas podem ser
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praticamente eliminadas com um bom planejamento. Os pontos positivos e ambientalmente,
tornam este tipo de energia, correto são: o não uso de recursos hídricos, diretamente (como
força eletro motriz) ou indiretamente (para o resfriamento), também “, cerca de 99% de uma
área usada em um parque eólico pode ser utilizada para outros fins, como a pecuária e
atividades agrícolas (Tolmasquim, 2004).” Citado por (Brasil, 2007) e segundo este o mais
importante beneficio que este tipo de produção de energia possui é o fato de não emitir
nenhum tipo de poluente durante o sua operação. Ainda segundo (BRASIL, 2007), em
comparação com outros tipos de geração é possível verificar uma grande diminuição na
emissão de gases poluentes, tomando como base deste de sua produção até quando se tem
produção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Agora podemos verificar que a energia eólica está cada vez mais presente no sistema de
geração de energia brasileiro e que ainda está crescendo cada vez mais se tornando assim
possivelmente um complementar da energia gerada pelas hidrelétricas como é comprovado
nos dados acima apresentados. Além disto, ele é uma energia limpa que quase não produz
poluentes para sua instalação e para o seu funcionamento.
REFERÊNCIAS
Aneel (Agencia Nacional de Energia Elétrica), Atlas de energia elétrica do Brasil. 3.
ed. Brasília: 2008. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas3ed.pdf>.
Acesso em 09/nov/2012.
BRASIL, Ministério de minas e energia. Empresa de pesquisa energética. Plano
decenal de expansão de energia 2021. Brasília, 20121.
BRASIL, Ministério de Minas e Energia. Empresa de pesquisa energética. Balanço
Energético Nacional. Rio de Janeiro, 20122
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BRASIL, Ministério de minas e energia. Secretária de Planejamento e Desenvolvimento
Energético. Plano Nacional de Energia 2030. Brasília, 2007.
FREITAS,G. Produção de energia eólica deve deslanchar no Brasil. [s.l.], 2011.
Disponivel em: <http://www.palavrasdiversas.com/2011/05/brasil-tera-mais-de-160-parques-
eolicos.html>. acesso:06/dec/2012
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