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JUNHO DE 2017
DEPEC – Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
TRANSPORTE FERROVIÁRIO
O DEPEC – BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções.
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O transporte ferroviário responde por 20,7% do transporte de cargas no Brasil e por 0,5% do transporte de passageiros. O transporte de passageiros é focado no transporte urbano;
O transporte ferroviário está subdividido em: Transporte de Carga (67%) e Transporte de Passageiros (33%).
Administração, saúde e educação públicas
17,7%
Indústria de Transformação
13,0%
Comércio12,7%
Agropecuária Total5,7%
Transportes, armazenagem e correio
5,3%
Construção Civil5,4%
Produção e Distribuição de
Eletricidade, gás e água2,3%
Extrativa Mineral4,1%
Outros Serviços33,7%
COMPOSIÇÃO DO PIB (2013)
Fonte: IBGE, Bradesco
2013
Rodoviário63,7%
Ferroviário20,7%
Aquaviário11,5%
Dutoviário3,8%
Aéreo0,3%
Fonte: Geipot
1996
2000 Rodoviário
60,5%Ferroviário20,9%
Aquaviário13,9%
Dutoviário4,5%
Aéreo0,3%
Fonte: Geipot
Rodoviário61,1%
Ferroviário20,7%
Aquaviário13,6%
Dutoviário4,2%
Aéreo0,4%
MATRIZ NACIONAL DE TRANSPORTES
(carga transportada)
Fonte: CNT, Bradesco
Transporte ferroviário de
cargas66,8%
Transporte ferroviário de passageiros
33,2%
Fonte: IBGERECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA DO TRANSPORTES FERROVIÁRIO
(2013)
Fonte: IBGE, Bradesco
Larga Métrica Mista
RRFSA 1.945 1.945
RRFSA 7.910 156 8.066
RRFSA 1632 42 1.674
RRFSA 164 164
RRFSA 7.254 11 7.265
- 248 248
- 905 905
- 892 892
RRFSA 4.189 18 4.207
RRFSA 1463 243 283 1.989
- 618 617
- 720 720
5324 22.858 510 28.692
Transnordestina Logística S.A.
ALL- América Latina Logística Malha Paulista S.A.
ALL- América Latina Logística Malha Norte S.A.
VALEC/ Subconcessão: Ferrovia Norte-Sul S.A.
Subtotal
EFVM - Estrada de ferro Vitória a Minas
EFC - Estrada de ferro Carajás
ALL- América Latina Logística Malha Oeste S.A.
FCA - Ferrovia Centro-Atlântica
MRS - MRS Logística S.A.
FTC - Ferrovia Tereza Cristina S.A.
ALL- América Latina Logística Malha Sul S.A.
Operadoras Origem
Bitola
Total
FERROESTE
EXTENSÃO DA MALHA FERROVIÁRIA (km – 2012)
Fonte: ANTT, Bradesco
A vapor: Atualmente estão restritas a rotas turísticas;
Elétrica: Possui um alto custo fixo de manutenção e, por isso, se restringe aos sistemas de transporte metropolitano.
Diesel-elétrica: Modelo predominante no transporte de cargas brasileiro.
MATERIAL RODANTE: LOCOMOTIVAS E VAGÕES
Existem três tipos de locomotivas:
Fechados: Para granéis sólidos, ensacados, caixarias, etc. Produtos que não podem ser expostos ao tempo;
Gôndola: Granéis sólidos que não podem ser expostos ao tempo;
Hopper: Fechado para granéis corrosivos e granéis sólidos que não podem ser expostos ao tempo e abertos para os granéis que podem ser expostos ao tempo;
Isotérmico: Produtos congelados em geral;
Plataforma: contêineres, produtos siderúrgicos, grandes volumes, madeira, peças de grandes dimensões;
Tanque: cimento a granel, derivados de petróleo claros e líquidos não corrosivos em geral;
Especiais: produtos com características de transporte bem distintas das anteriores.
MATERIAL RODANTE: LOCOMOTIVAS E VAGÕES
Existem 7 tipos de vagões:
Bitola Métrica – Distância de 1 metro;
Bitola Larga – São aquelas com distância maior que 1,435
metros. No Brasil, é definida como a distância de 1,6
metros;
Bitola Mista - Possui três ou mais trilhos para permitir a
passagem de veículos com bitolas diferentes.
A MALHA FERROVIÁRIA É DIVIDIDA ENTRE TRÊS PRINCIPAIS TIPOS DE ESPAÇAMENTO ENTRE OS TRILHOS, CHAMADA BITOLA
São elas que definem que tipo de Locomotiva e Vagões poderão circular.
7,8%
8,2%
8,7%
8,5%8,5%
8,6%
8,5%
8,6%
8,4%
8,3%8,2%
7,8%
7,2%
7,4%
7,6%
7,8%
8,0%
8,2%
8,4%
8,6%
8,8%
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Sazonalidade da construção e montagem de vagões ferroviários, inclusive reparaçãoFonte: IBGE
SAZONALIDADE DA CONSTRUÇÃO E MONTAGEM DE VAGÕES FERROVIÁRIOS
Fonte: IBGE, Bradesco
Mão de Obra
70,8%
Combustíveis e
Lubrificantes
21,8%
Mercadorias e
materiais de
reposição
7,4%
CUSTOS DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO (2011)
Fonte: IBGE, Bradesco
Não existe competição direta entre as empresas, pois cada linha possui um trajeto específico;
Existe uma correlação entre o preço do frete cobrado pelo Transporte Ferroviário e o do Transporte Rodoviário. Isto porque eles são considerados substitutos perfeitos para alguns trajetos e, com isso, passam a ser concorrentes.
Para distâncias superiores a 1.000 km, os custos ferroviários para cargas podem representar cerca de 50% dos custos rodoviários:
* Rodoviário: R$ 35 a R$ 45 por 1.000 ton./km
* Ferroviário: R$ 15 a R$ 26 por 1.000 ton./km
O frete é composto pelas Tarifas de Deslocamento (na qual incluem-se as Tarifas
de Interconexão) e pelas Tarifas Adicionais de Serviços Acessórios.
Tarifa de deslocamento é a fonte de receita básica da Concessionária e é
determinada de acordo com a carga transportada. É utilizado o modelo de
“preço-teto”, sendo a concessionária livre para escolher a tarifa a ser aplicada.
Tarifa de Interconexão é a tarifa que será cobrada caso o produto ultrapasse a
fronteira de uma concessão. Ela dá o direito de passagem de uma concessão
para outra.
Taxas Adicionais de Serviços Acessórios (Carga /Descarga /Transbordo/
Outros).
Custo do frete é calculado pela multiplicação da distância (km), pelas tarifas
homologadas pela ANTT, para cada concessão e por tipo de mercadoria, em
termos de peso, volume ou unidade de contêiner.
A indústria fornecedora de bens de
capital para o transporte ferroviário
atua sob encomenda. Essas
empresas também fazem os serviços
de manutenção e recuperação dos
componentes.
Produtos Fabricantes
Locomotiva Gevisa
Amsted Maxion
TTrans
TTrans
Alstom
AD Tranz
Alstom
Adtranz
Vagões
Carros de Passageiros
Equipamento para via permanente
PRINCIPAIS FABRICANTES E PRESTADORES DE SERVIÇOS (transporte ferroviário)
Fonte: Simefre, Bradesco
0,1%
0,2%
0,7%
0,9%
1,1%
1,8%
7,2%
8,1%
9,4%
27,9%
36,8%
42,4%
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0%
FTC - Ferrovia Tereza Cristina S.A.
TLSA - Transnordestina
ALLMO - América Latina Logística Malha Oeste S.A
Carga Transportada em milhões de TKU
VALEC/Subconcessão: Ferrovia Norte-Sul - FNS
ALLMP - América Latina Logística Malha PaulistaS.A.
ALLMS - América Latina Logística Malha Sul S.A.
Ferrovia Centro-Atlântica S.A. - FCA
ALLMN - América Latina Logística Malha Norte S.A.
MRS Logística S.A.
EFVM - Estrada de Ferro Vitória a Minas
EFC - Estrada de Ferro Carajás
Ranking mundial de extensão da malha ferroviáriaFonte: Anuário Exame de Infra-estrutura
EMPRESAS NO TRANSPORTE FERROVIÁRIO (participação por TKU – 2013)
Fonte: ANTT, Bradesco
O sistema ferroviário de transporte
de cargas é predominantemente
voltado para as commodities, mas é
um cenário que está em mudança
devido aos grandes avanços
técnicos.
0,01%
0,0%
0,1%
0,4%
0,5%
0,6%
0,8%
1,2%
1,2%
1,7%
1,8%
2,8%
9,1%
17,6%
62,2%
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0%
Alumínio
Carga geral - não conteinerizada
Madeira
Celulose
Conteiner
Material de construção (areia, cal, gesso)
Cimento
Fertilizantes
Carvão / Coque
Combustíveis
Açúcar
Produtos Siderúrgicos
Grãos
Minerais
Minério de Ferro
MERCADORIAS TRANSPORTADAS NO TRANSPORTE FERROVIÁRIO (2013)
Fonte: ANTT, Bradesco
A Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) e a Ferrovia Paulista S.A. (FEPASA) tiveram seus investimentos reduzidos a partir da década de 1980.
Em 1990, foi instituído o Programa Nacional de Desestatização (PND), sendo a RFFSA incluída neste em 1992.
A partir disso, o BNDES realizou alguns estudos para se chegar ao melhor modelo de desestatização da RFFSA:
Dividiu a RFFSA em seis malhas (Nordeste, Sudeste, Sul, Oeste, Centro-Leste e Teresa Cristina).
A transferência ao setor privado do serviço de transporte férreo seria realizado mediante leilão.
Arrendamento dos bens da RFFSA aos novos operadores.
A implementação desse modelo iniciou-se em março de 1996 com o primeiro leilão realizado.
Em 1998, a Fepasa foi incorporada à RFFSA e o modelo passou a ter mais uma malha, a malha Paulista, que passou a concessão da Ferrovia Bandeirantes S.A. em 1999.
Utilização de bitolas diferentes na malha ferroviária brasileira o que dificulta a integração entre elas.
Custo fixo da atividade é alto e torna-se ainda maior devido a baixa distância percorrida. Os trens brasileiros percorrem, em média, 500 km quando o ideal é acima de 1.000 km.
Complexidade dos sistemas tributários estaduais dificultam a operação de ferrovias que atravessam mais de um estado.
Problemas de invasões de famílias que moram nas áreas de domínio das Concessionárias. Segundo a ANTF, 824 trechos estão comprometidos por esse problema.
Excesso de cruzamento de ferrovias com rodovias e avenidas, o que faz com que o desempenho do transporte fique prejudicado (reduz nível de segurança e a velocidade média da locomotiva fica abaixo de 10 km/h).
Quantidade excessiva de passagens de nível
Influenciado pelo nível de exportações brasileiro, principalmente de commodities, e pelo ritmo de atividade do mercado internacional.
182.644
205.711
221.633
238.361
257.117266.960
245.319
277.930
293.185301.451 298.616
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUÇÃO FERROVIÁRIA (em bilhões de TKU)
Fonte: ANTT, Bradesco
12,6%
7,7% 7,5% 7,9%
3,8%
-8,1%
13,3%
5,5%
2,8%
-0,9%
-10,0%
-5,0%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Produção Ferroviária - VAR %Em bilhões de TKUPRODUÇÃO FERROVIÁRIA (variação anual)
Fonte: ANTT, Bradesco
3.45910.131
59.805
78.777
99.053106.699
135.768
159.184
189.049
205.371220.050
265.349272.808
232.434
287.458
308.000
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012*
2012 : estimativa - último dado disponibilizado pela fonte
MOVIMENTAÇÃO DE CONTEINERES NA MALHA FERROVIÁRIA (em TEU’s)
Fonte: ANTT, Bradesco
412 386538
617766
668
1.089
1.958
3.160
2.290
2.740
3.363
1.898
3.235
4.927 4.877
5.313
0
800
1.600
2.400
3.200
4.000
4.800
5.600
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
INVESTIMENTO NA MALHA FERROVIÁRIA (em R$ milhões)
Fonte: ANTT, Bradesco
1866
200 184 70386
26 119
869
1.2971.283
748
294
2.399
4.740
7.249
3.668
1.327
5.118
1.022
3.261
5.616
2.918
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Produção de Vagões
PRODUÇÃO DE VAGÕES FERROVIÁRIOS (em unidades)
Fonte: ABIFER, Bradesco
1784.0
-1170.0
3082.0
7381.0
7929.0
4838.0
2100.0
-645.0 -514.0
-292.0343.0
1729.0
1003.0
806.0
1361.0
739.0
1137.0
60.00
500
1000
1500
2000
2500
-2,000
0
2,000
4,000
6,000
8,000
10,000
fev/
08ab
r/08
jun/
08ag
o/08
out/0
8de
z/08
fev/
09ab
r/09
jun/
09ag
o/09
out/0
9de
z/09
fev/
10ab
r/10
jun/
10ag
o/10
out/1
0de
z/10
fev/
11ab
r/11
jun/
11ag
o/11
out/1
1de
z/11
fev/
12ab
r/12
jun/
12ag
o/12
out/1
2de
z/12
fev/
13ab
r/13
jun/
13ag
o/13
out/1
3de
z/13
fev/
14ab
r/14
jun/
14ag
o/14
out/1
4de
z/14
fev/
15ab
r/15
jun/
15ag
o/15
out/1
5de
z/15
fev/
16ab
r/16
jun/
16ag
o/16
out/1
6de
z/16
fev/
17ab
r/17
Transporte Ferroviário de Carga
Transporte Metroferroviário de Passageiros
EMPREGO FORMAL DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO (em empregados – acumulado em 12 meses)
Fonte: MTE, Bradesco
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