decreto nº 409, de 28 de fevereiro de 2018 · vii – certidão de quitação plena dos tributos...
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DECRETO Nº 409, DE 28 DE FEVEREIRO DE 2018
Dispõe sobre a cooperação financeira entre o Município de Contagem e a Fundação de Ensino de
Contagem e as Caixas Escolares vinculadas às unidades municipais de ensino, e dá outras
providências.
O PREFEITO DE CONTAGEM, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que lhe
confere o inciso VII do art. 92 da Lei Orgânica do Município,
DECRETA:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º – A transferência de recursos financeiros do Município de Contagem, por meio da Secretaria
Municipal de Educação – SEDUC, e da Fundação de Educação de Contagem – FUNEC, às Caixas
Escolares vinculadas às unidades municipais de ensino, bem como a utilização e a prestação de
contas dos recursos repassados, serão regidas por este Decreto.
Art. 2º – Considera-se Caixa Escolar, para os fins deste Decreto, a pessoa jurídica de direito
privado, constituída em associação, nos termos do Código Civil Brasileiro (Lei Federal nº 10.406,
de 10 de janeiro de 2002) e demais legislações pertinentes, que tem como função básica administrar
os recursos financeiros da respectiva unidade escolar oriundos da União, do Estado e do Município,
e aqueles arrecadados pelas unidades escolares, e cujo quadro associativo seja representativo da
comunidade escolar.
§1º – Cada unidade escolar, em até um ano de sua criação, deverá constituir sua Caixa Escolar.
§2º – O quadro social da Caixa Escolar deverá ser composto por servidores públicos municipais das
escolas, pais ou responsáveis dos alunos, pessoas da comunidade e demais cidadãos interessados em
participar da gestão da educação municipal.
§3º – A Caixa Escolar deverá ser constituída pelo registro de seu Estatuto Social, que deverá prever,
obrigatoriamente:
I – organização institucional básica constituída por Assembleia Geral, Diretoria e Conselho Fiscal,
este último dotado de competência para opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e
contábil, e sobre as operações patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para os demais
organismos da entidade;
II – observação dos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência, aplicados à administração pública direta e indireta;
III – previsão de que, em caso de dissolução da associação, o remanescente de seu patrimônio
líquido será transferido integralmente para o Município de Contagem, por meio da SEDUC, ou para
a FUNEC;
IV – cláusulas proibitivas de:
a) aquisição e locação de imóveis;
b) execução de construções, reformas e ampliações no imóvel escolar sem aprovação prévia da
SEDUC ou da FUNEC;
c) concessão e contratação de empréstimos, garantia em aval, fiança ou caução, sob qualquer forma;
d) aquisição de veículos;
e) pagamento e/ou complementação de vencimentos ou salários de servidores públicos, de qualquer
esfera da administração pública, e pagamento de pessoal com vínculo empregatício permanente ou
para atividades inerentes às atribuições da escola, salvo em caráter eventual de serviços temporários
que não caracterizem vínculo empregatício para realização de projetos e atividades específicas.
Art. 3º – Somente poderão receber recursos repassados pela SEDUC ou pela FUNEC as caixas
escolares que apresentarem, anualmente, além do ato constitutivo devidamente registrado no
cartório civil de pessoas jurídicas, que contemple os requisitos mínimos da lei civil e os requisitos
elencados no art. 2º do presente Decreto, os seguintes documentos:
I – cópia da ata de eleição e posse da diretoria da Caixa Escolar, registrada na forma da Lei;
II – comprovação de regularidade no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, junto à Receita
Federal do Brasil, com os dados cadastrais devidamente atualizados;
III – comprovantes de regularidade fiscal e tributária, em especial quanto à Relação Anual de
Informações Sociais – RAIS, Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ e Declaração de Créditos
e Débitos de Tributos Federais – DCTF;
IV – Certidão de Débitos Relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União;
V – Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – CRF/FGTS;
VI – Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas – CNDT;
VII – Certidão de Quitação Plena dos Tributos Municipais;
VIII - Certidão de Quitação Plena dos Tributos Estaduais;
IX – demonstrativo financeiro e comprovação de aprovação das prestações de contas parciais do
ano fiscal anterior.
Parágrafo único – Serão consideradas regulares, para fins de cumprimento do disposto dos incisos
IV a VIII, as certidões positivas com efeito de negativas.
CAPÍTULO II
DA CELEBRAÇÃO DO TERMO DE COMPROMISSO
Art. 4º – A transferência de recursos entre o Município de Contagem, por meio da SEDUC, e da
FUNEC, às Caixas Escolares, será feita pela celebração do Termo de Compromisso.
§1º – A celebração do Termo de Compromisso será precedida da elaboração do Plano de Trabalho
pela Caixa Escolar e posterior aprovação pelo Secretário de Educação, admitida a delegação de
competência por meio de Portaria;
§2º – Os recursos financeiros a serem repassados às Caixas Escolares devem estar previstos no
orçamento anual da SEDUC e no orçamento anual da FUNEC.
§3º – A SEDUC publicará os extratos dos Termos de Compromisso firmados com as caixas
escolares das unidades escolares vinculadas a ela, e a FUNEC publicará os termos firmados com as
caixas escolares vinculadas às suas unidades escolares, no Diário Oficial de Contagem, observando,
pelo menos, os seguintes requisitos:
I – número do termo de compromisso;
II – data de assinatura;
III – nome da caixa escolar;
IV – CNPJ;
V – escola beneficiada;
VI – objeto pactuado;
VII – valor;
VIII – dotação orçamentária;
IX – vigência.
§4º – Os Termos de Compromisso somente poderão sofrer alterações em suas cláusulas e no Plano
de Trabalho por meio de Termos Aditivos, devidamente justificados e formalizados, sendo vedada
alteração do objeto pactuado.
Art. – 5º É vedada a inclusão, tolerância ou admissão, nos termos de compromisso, sob pena de
nulidade do ato e responsabilidade do agente, de cláusulas ou condições que prevejam ou permitam:
I – realização de despesas a título de taxa ou comissão de administração, de gerência ou similar;
II – pagamento de gratificação, consultoria, assistência técnica ou qualquer espécie de remuneração
adicional a servidor que pertença aos quadros de órgãos ou de entidades das Administrações
Públicas Federal, Estaduais, Municipais ou do Distrito Federal;
III – utilização em finalidade diversa da estabelecida no respectivo instrumento, ainda que em
caráter de emergência;
IV – realização de despesas em data anterior à liberação dos recursos financeiros e posterior ao
término do prazo de vigência do termo de compromisso;
V – realização de despesas com multas, juros ou atualização monetária, inclusive referente a
pagamentos ou recolhimentos efetuados fora dos prazos, ressalvadas as hipóteses constantes de
legislação específica;
VI – realização de despesas com publicidade, salvo as de caráter educativo, informativo ou de
orientação social, das quais não constem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou de servidores públicos e que conste claramente no plano de trabalho;
VII – aditamento prevendo alteração do objeto; e
VIII – atribuição de vigência ou de efeitos financeiros retroativos.
Art. 6º – O Termo de Compromisso deverá ser fielmente executado pelas partes, de acordo com as
cláusulas acordadas, o plano de trabalho aprovado e a legislação em vigor, respondendo cada parte
pelas responsabilidades assumidas.
CAPÍTULO III
DA TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS FINANCEIROS
Art. 7º – As transferências financeiras realizadas às Caixas Escolares são decorrentes da
descentralização da execução das ações da SEDUC e da FUNEC, caracterizando-se como
transferências voluntárias, beneficiando as caixas escolares com critérios universais de cálculo ou
repasse de valores específicos de acordo com o projeto aprovado.
Art. 8º – A transferência dos recursos financeiros somente poderá ocorrer após a publicação do
extrato do Termo de Compromisso, e seus eventuais termos aditivos, no Diário Oficial de
Contagem.
§1º – O Termo de Compromisso deverá indicar os valores destinados ao pagamento de despesas
correntes e os valores destinados ao pagamento de despesas de capital.
§2º – Os recursos para cobrir despesas correntes serão liberados em 3 (três) parcelas anuais,
observando o seguinte regime:
I – o repasse da primeira parcela será condicionado à aprovação das prestações de contas do Termo
de Compromisso anterior;
II – o repasse das parcelas subsequentes serão condicionadas à aprovação da prestação de contas
parcial, referente à parcela anterior.
§3º – Os recursos para cobrir despesas de capital serão liberados em parcela única, cuja prestação de
contas deverá ser apresentada com a prestação de contas final.
§4º – Os recursos extraordinários, firmados por meio de Termos Aditivos ao Termo de
Compromisso, serão repassados conforme previsão contida no Termo Aditivo.
§5º – Os recursos serão depositados em conta corrente específica, em instituição financeira oficial.
§ 6º – Os recursos serão automaticamente aplicados em cadernetas de poupança, fundo de aplicação
financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública,
enquanto não empregados na sua finalidade.
CAPÍTULO IV
DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
Art. 9º – A utilização dos recursos financeiros transferidos por meio de Termos de Compromisso,
assim como dos rendimentos auferidos em aplicações financeiras, somente poderá ocorrer de
acordo com o previsto no Plano de Trabalho que originou a liberação, no cumprimento do objeto
pactuado, com observância da classificação orçamentária do repasse.
§1º – O Plano de Trabalho deverá conter, no mínimo, os seguintes elementos:
I – as ações a serem executadas e o prazo médio para sua execução;
II – a descrição de metas quantitativas e mensuráveis a serem atingidas;
III – a definição dos indicadores, documentos e outros meios a serem utilizados para a aferição do
cumprimento das metas;
IV – a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas na execução das ações,
incluindo os encargos sociais e fiscais e a discriminação dos custos indiretos necessários à
execução do objeto;
V – o cronograma de desembolso para o repasse dos valores.
§2º – Nos contratos de obras de ampliação ou reforma de prédios escolares, o pagamento das
parcelas previstas no instrumento contratual fica vinculado à realização de vistoria e medições
técnicas por profissional habilitado e autorizado pela SEDUC e pela FUNEC.
§3º – Os Planos de Trabalho deverão prever a realização de despesas até o dia 30 de novembro de
cada ano.
Art. 10 – Os pagamentos com recursos da conta específica prevista no Termo de Compromisso
deverão ser realizados mediante emissão de cheques, Transferência Eletrônica Disponível -TED,
Documento de Ordem de Crédito – DOC, débito em conta e boleto bancário, todos sujeitos a
identificação do beneficiário final.
Parágrafo único – Todos os documentos de despesas realizadas deverão ser emitidos em nome da
caixa escolar executora do projeto, devendo estar corretamente preenchidos e sem rasuras,
constando, inclusive, o número do termo de compromisso que acobertou tais despesas.
Art. 11 – Para a aquisição de bens e a contratação serviços com emprego de recursos provenientes
do Município de Contagem, as Caixas Escolares deverão observar os princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e eficiência, e deverão observar os
seguintes procedimentos e limites:
§1º – Cada contratação de despesas relativas à compra de bens e prestação de serviços não poderá
exceder o valor global de R$ 30.000,00 (trinta mil reais);
§2º – No caso da contratação de obras de ampliação ou reforma de prédios escolares, o valor global
não poderá exceder a R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
§3º – O valor efetivo da compra ou contratação deverá ser compatível com o valor médio de
mercado, e será comprovado mediante a utilização de um dos seguintes parâmetros:
I – Portal de Compras Governamentais – www.comprasgovernamentais.gov.br;
II – pesquisa publicada em mídia especializada, sítios eletrônicos especializados ou de domínio
amplo, desde que contenha a data e hora de acesso, ou;
III – pesquisa com, no mínimo, três fornecedores ou prestadores de serviço distintos, comprovada
por meio de orçamentos que indiquem o quantitativo, o valor unitário do bem ou o valor da
prestação de serviços, a data do orçamento e o período de sua validade, e o CNPJ do fornecedor.
§4º – No caso da contratação de obras e serviços de engenharia, o valor médio deverá ser
compatível com os custos unitários de referência oficiais, como o Sistema Nacional de Pesquisa de
Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI, a Planilha Referencial de Preços da Secretaria de
Estado de Transportes e Obras Públicas – SETOP, a tabela de preços SUDECAP, ou afins.
§5º – Os fornecedores ou executores não poderão ter pendências junto aos órgãos municipais,
estaduais e federais, o que deverá ser comprovado pela juntada ao orçamento ofertado de Certidões
Negativas de Débitos municipais, estaduais e federais, o Certificado de Regularidade Fiscal do
FGTS e Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas. No caso de fornecedor pessoa jurídica, será
necessário apresentar a relação nominal atualizada de seus sócios e dirigentes, para comprovar a
inexistência de vínculos com a administração pública.
§6º – Para a contratação de obras e serviços de engenharia, os contratantes deverão estar
devidamente cadastrados junto à Prefeitura Municipal de Contagem, e apresentar, junto com o
orçamento, o Certificado de Registro Cadastral – CRC – válido.
§7º – A prestação de serviços, de qualquer natureza, deverá ser precedida da elaboração de contrato,
conforme a Lei civil e, sempre que cabível, conforme as disposições da Lei Federal nº 8.666/1993, e
não poderá exceder ao prazo de vigência do Termo de Compromisso.
§8º – Caso a unidade escolar necessite de aquisição de bens e serviços, ou execução de obras, que
excedam os valores estabelecidos nos §§ 1º e 2º deste artigo, deverão requisitar a aquisição direta
por meio da SEDUC ou da FUNEC, observados todos os procedimentos estabelecidos na Lei
Federal nº 8.666/1993 e demais legislação relativa à licitação e à contratação com o poder público.
Art. 12 – A execução do projeto deverá ocorrer integralmente dentro da vigência do Termo de
Compromisso.
Parágrafo único – Eventuais saldos de recursos ou de rendimentos de aplicação financeira não
utilizados em observância ao caput deverão ser restituídos ao Município de Contagem ao final da
execução do projeto, no ato da apresentação do processo de prestação de contas final.
Art. 13 – Os recursos municipais repassados às Caixas Escolares deverão ser utilizados após o
esgotamento de recursos repassados pelo Governo Federal e pelo Governo Estadual, caso haja, no
que for coincidente a possibilidade de despesas dos recursos repassados.
Parágrafo único – As Caixas Escolares deverão declarar, anualmente, antes do repasse da segunda
parcela do Termo de Compromisso, todas as receitas auferidas por meio de repasses de outros entes
federados, e as despesas que podem ser pagas com os mesmos.
CAPÍTULO VI
DA PRESTAÇÃO DE CONTAS E DA TOMADA DE CONTAS ESPECIAL
Art. 14 – A prestação de contas terá o objetivo de demonstrar e verificar resultados e deverá conter
elementos que permitam avaliar a execução do objeto e o alcance das metas.
Art. 15 – Cada Caixa Escolar apresentará 2 (duas) prestações de contas parciais, referentes às 2
(duas) primeiras parcelas repassadas para cobrir despesas correntes, e 1 (uma) prestação de contas
final, referente à 3ª (terceira) parcela repassada para cobrir despesas correntes, aos valores
repassados para cobrir despesas de capital, valores decorrentes de gastos extraordinários repassados
por meio de termos aditivos, e com o resumo de todas as receitas e despesas efetuadas na vigência
do Termo de Compromisso.
§1º – A prestação de contas parcial deverá ser apresentada em até 30 (trinta) dias antes da liberação
da parcela subsequente, conforme o cronograma de desembolso de recursos definido no Plano de
Trabalho.
§2º – A prestação de contas final deverá ser apresentada até o dia 31 de dezembro do ano de
vigência do Termo de Compromisso.
Art. 16 – Ao final da vigência do termo de compromisso, mesmo que o projeto pactuado não tenha
sido executado ou tenha sido executado parcialmente, a Caixa Escolar deverá apresentar o processo
de prestação de contas com a restituição do saldo financeiro existente, acrescido de eventuais
rendimentos auferidos em aplicações financeiras, sem prejuízo de apresentação dos demais
documentos e justificativas necessários ao encerramento do processo de prestação de contas.
Parágrafo único - Constatado no processo de prestação de contas que a execução parcial do projeto
comprometeu o alcance do objeto ou as metas pactuadas, poderá ser solicitada da caixa escolar a
restituição total dos recursos transferidos corrigidos monetariamente.
Art. 17 – O processo de prestação de contas será composto dos seguintes documentos, em original,
salvo o inciso II:
I – ofício de encaminhamento;
II – termo de compromisso e eventuais termos aditivos, devidamente assinado e datado;
III – deliberação, por parte do Conselho Fiscal, sobre o planejamento e aplicação dos recursos
repassados;
IV – relatório de execução financeira e física do projeto, assinado pelo presidente da Caixa Escolar
e ratificado pelo ordenador de despesas;
V – balancete financeiro de receita e despesa, detalhada por fonte;
VI – conciliação bancária, evidenciando saldo anterior porventura existente, recursos recebidos,
rendimentos auferidos em aplicações no mercado financeiro, recursos próprios da caixa escolar e
saldo ao final do projeto;
VII – parecer do Conselho Fiscal, com análise detalhada sobre a utilização dos recursos financeiros;
VIII – termo de entrega ou aceitação definitiva da obra, assinado pelo presidente da Caixa Escolar e
por, no mínimo, outros dois membros do Conselho Fiscal, juntamente com laudo técnico
conclusivo, emitido por profissional habilitado e autorizado pela SEDUC;
IX – extratos bancários completos da movimentação financeira e de rendimentos de aplicações no
mercado financeiro;
X – demonstrativos de adequação dos valores gastos ao mercado, elencados nos §§ 3º e 4º do art. 12
deste Decreto, conforme o caso, e os documentos comprobatórios da regularidade fiscal dos
fornecedores;
XI – relação de pagamentos e documentos fiscais comprobatórios das despesas realizadas;
XII – comprovantes e guias de retenções e recolhimentos de impostos e encargos sociais incidentes,
se for o caso;
XIII – contratos firmados para a execução do objeto pactuado, se for o caso;
XIV – relação de bens permanentes adquiridos, construídos e produzidos, acompanhados de
fotografias que permitam a sua visualização e identificação, bem como o Termo de Doação dos
bens para o patrimônio do Município de Contagem; e
XV – restituição de saldo do recurso ou de rendimentos auferidos em aplicações financeiras não
utilizados na consecução do objeto pactuado.
§1º – Constatadas irregularidades na prestação de contas, o processo será baixado em diligência
pela SEDUC ou pela FUNEC, sendo fixado prazo de trinta dias para apresentação de justificativas,
alegações de defesa, documentação complementar que regularize possíveis falhas detectadas ou a
devolução dos recursos liberados, atualizados monetariamente, sob pena da instauração de tomada
de contas especial;
§2º – Se constatado o descumprimento total ou parcial de contrato firmado com a Caixa Escolar,
por ocasião da avaliação da prestação de contas, a SEDUC ou a FUNEC poderá instaurar processo
administrativo punitivo para apuração de responsabilidade e imposição das sanções cabíveis,
conforme legislação municipal e nacional.
§3º – O detalhamento dos procedimentos para prestação de contas será feito em observância ao
Manual de Prestação de Contas de Parcerias Voluntárias elaborado pela Controladoria-Geral do
Município de Contagem, publicado em abril de 2017.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 18 – Compete à SEDUC, individualmente ou em conjunto com a Procuradoria-Geral do
Município e com a Controladoria-Geral do Município, editar normas e orientações complementares
necessárias ao cumprimento deste Decreto, inclusive no tocante:
I – aos modelos de estatuto e de regulamento próprio de licitação das Caixas Escolares;
II – ao processo de utilização dos recursos; e
III – à forma de elaboração da prestação de contas, com os respectivos anexos.
Art. 19 – Fica assegurado aos órgãos de controle interno e externo da Administração Pública o
pleno acesso aos documentos originados em decorrência da aplicação deste Decreto.
Art. 20 – Aplica-se, subsidiariamente, às parcerias firmadas por meio desse Decreto, as normas
estabelecidas no Decreto nº 30, de 23 de fevereiro de 2017, que dispõe sobre as regras e
procedimentos do regime jurídico das parcerias celebradas entre a Administração Pública Municipal
e as organizações da sociedade civil, previstas na Lei Federal nº 13.019, de 31 de julho de 2014, nos
aspectos não disciplinados pelo presente Decreto.
Art. 21 – As Caixas Escolares já constituídas na entrada em vigor do presente Decreto deverão
revisar seus Estatutos e adequá-los conforme a nova legislação em até 3 meses da publicação deste
Decreto, conforme o modelo constante no Anexo I deste Decreto.
Art. 22 – Revoga-se o Decreto nº 936, de 16 de maio de 2008.
Art. 23 – Esse Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio do Registro, em Contagem, aos 28 de 02 de 2018.
ALEXIS JOSÉ FERREIRA DE FREITAS
Prefeito de Contagem
JOAQUIM ANTÔNIO GONÇALVES
Secretário Municipal de Educação
ANEXO I
MODELO DE ESTATUTO DE CAIXA ESCOLAR
ESTATUTO DA CAIXA ESCOLAR XXX
CAPÍTULO I
DA CONSTITUIÇÃO E FINALIDADES
Art. 1º – A Caixa Escolar XXX constituída em XX/XX/XXXX, vinculada à Escola Municipal
XXX, é uma associação civil com personalidade jurídica própria, sem fins lucrativos, constituída
por tempo indeterminado e de caráter exclusivamente educacional, com sede no Município de
Contagem - MG, na Rua XXX, nº XXX – Bairro XXX, CEP: XX.XXX-XXX, e é será regida por
este Estatuto.
Art. 2º – A Caixa Escolar XXX tem por finalidade geral administrar os recursos financeiros da
Escola Municipal XXX, oriundos de repasses da União, do Estado e do Município, e aqueles
arrecadados pela unidade escolar.
Art. 3º – São finalidades específicas da Caixa Escolar:
I – gerenciar os recursos financeiros destinados às ações do processo educativo, assegurando que
todos eles sejam revertidos em benefício dos estudantes;
II – promover, em caráter subsidiário e complementar, a conservação e manutenção do prédio e
equipamentos da unidade escolar;
III – colaborar na assistência e formação do educando, por meio da aproximação entre pais, alunos e
professores, promovendo a integração entre administração pública, comunidade, escola e família;
IV – adquirir materiais de consumo (custeio) e permanente que forem necessários ao regular
funcionamento da escola.
V – apoiar ações solidárias dos alunos, do Colegiado, Conselhos, Associações de Pais e Mestres,
Grêmios Estudantis e outros;
VI – participar de programas e serviços de Educação, Cultura, Saúde e Meio Ambiente,
desenvolvidos pela Comunidade;
VII – garantir ampla e plena participação da Assembleia Escolar nas atividades e ações da Caixa
Escolar.
Art. 4º – A Caixa Escolar estará obrigada a cumprir todas as obrigações legais, fiscais e tributárias,
relativas à sua atividade, dentre elas:
I – declarar anualmente Imposto de Renda, mesmo que for de isenção;
II – elaborar Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, negativa ou com vínculos;
III – elaborar Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - DCTF referentes às ações
financeiras, de acordo com a lei vigente à época;
IV – elaborar Declaração de Imposto de Renda retido na fonte – IR;
V – atualizar junto à Receita Federal do Brasil o responsável pelo CNPJ quando houver substituição
do presidente da referida Caixa Escolar;
VI – elaborar escrituração contábil nos termos da legislação vigente, além de outras obrigações,
instituídas por lei ou por norma da Secretaria de Estado de Educação.
Art. 5º – É vedado à Caixa Escolar:
I – adquirir ou locar imóvel;
II – executar construções, reformas e ampliações no imóvel escolar sem aprovação prévia da
SEDUC;
III – conceder empréstimos ou dar garantias de aval, fiança e caução, sob qualquer forma;
IV – empregar subvenções, auxílios ou recursos de qualquer natureza, em desacordo com os
projetos ou programas a que se destinarem;
V – complementar vencimentos ou salários de servidores públicos, de qualquer esfera da
administração pública;
VI – pagar pessoal com vínculo empregatício permanente ou para atividades inerentes às
atribuições da escola, salvo em caráter eventual de serviços temporários que não caracterizam
vínculo empregatício, para realização de projetos e atividades específicas.
Art. 6º – No desenvolvimento de suas atividades, a Caixa Escolar XXX observará os princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência.
§1º – A realização de despesas pela caixa escolar para o alcance das ações previstas neste artigo será
precedida de processo de contratação em conformidade com o disposto no Decreto XXX, de XX de
XXX de 2018.
§2º – Os bens permanentes adquiridos pela Caixa Escolar deverão ser transferidos ao patrimônio do
Município de Contagem, através de termo de doação.
Art. 7º – A Caixa Escolar XXX não remunerará os membros de sua diretoria ou do conselho fiscal
pelos trabalhos prestados, nem distribuirá lucros de qualquer natureza.
CAPÍTULO II
DOS ASSOCIADOS
Art. 8º – A Caixa Escolar XXX é constituído por número ilimitado de associados, e é composto por
um quadro social integrado pelos seguintes membros:
I – associados efetivos;
II – associados colaboradores.
§1º – São considerados associados efetivos:
I – Diretor da Unidade Escolar, ocupante de cargo de provimento em comissão, nomeada por meio
de publicação no Diário Oficial de Contagem;
II – Vice-Diretor (a) da unidade escolar;
III – Professores lotados na unidade escolar;
IV – Pais/responsáveis de estudantes matriculados na unidade escolar;
V – Estudantes, maiores de 18 anos de idade, matriculados na unidade escolar.
§2º – São considerados associados colaboradores:
I – pessoal técnico-administrativo lotado na unidade escolar;
II – ex-diretores do estabelecimento de ensino;
III – pais/responsáveis de ex-alunos;
IV – demais membros da comunidade atendida pela unidade escolar.
§3º – Os associados efetivos serão admitidos imediatamente, enquanto durar a situação fática de
vínculo com a unidade escolar (ocupação de cargo público/matrícula). Os associados colaboradores
deverão apresentar pedido de associação, que será deliberado pela diretoria.
Art. 9° – Os Membros poderão requerer à Diretoria, através de pedido escrito, seu afastamento
temporário ou desligamento do Quadro Social.
Art. 10 – A exclusão de Membros dar-se-á de forma fundamentada, em razão de morte, da perda de
cargo público ou lotação na unidade escolar, da infração de qualquer disposição legal ou da quebra
dos deveres previstos no presente Estatuto, bem como do reconhecimento de motivos graves,
garantido, em todo caso, o prévio direito de defesa.
§1° – Entende-se por motivos graves todos aqueles que se mostram incompatíveis com as
finalidades da Caixa Escolar XXX.
§2° – O pedido de exclusão de algum membro deverá realizado por qualquer membro da Diretoria à
mesma, sendo necessário 2/3 (dois terços) de votos desta para a confirmação da exclusão.
§3º – Dessa decisão caberá, no prazo de 30 (trinta) dias, recurso à Assembleia Geral.
Art. 11 – Constituem direitos dos associados:
I – apresentar sugestão e oferecer colaboração aos dirigentes da Caixa Escolar XXX;
II – participar das atividades associativas;
III – votar e ser votado;
IV – participar, pela palavra oral ou escrita, em qualquer das reuniões, conselhos, comissões e
instâncias deliberativas;
V – votar as questões levadas às assembleias ordinárias e extraordinárias;
VI – solicitar em Assembleia Geral esclarecimentos a respeito da utilização dos recursos financeiros
e dos atos da Diretoria e do Conselho Fiscal;
VII – apresentar pessoas da comunidade para ampliação do quadro de associados.
Art. 12 Constituem deveres dos associados:
I – conhecer o estatuto da Caixa Escolar XXX;
II – respeitar e cumprir as disposições do presente Estatuto;
III – acatar as decisões tomadas em todas as instâncias deliberativas da ASSOCIAÇÃO;
IV – participar das reuniões e assembleias para as quais forem convocadas;
V – cooperar, de acordo com suas possibilidades, para a constituição do fundo financeiro da Caixa
Escolar;
VI – colaborar na realização das atividades da Caixa Escolar.
Art. 13 – Os associados da Caixa Escolar XXX não respondem, nem mesmo subsidiariamente,
pelas obrigações e encargos sociais da instituição.
Parágrafo único – Responderão, porém, pelos prejuízos que causarem, quando procederem com
violação da lei e do Estatuto.
CAPÍTULO III
DOS ÓRGÃOS
Art. 14 – A Caixa Escolar compõe-se pelos seguintes órgãos:
I – Assembleia Geral;
II – Diretoria;
III – Conselho Fiscal.
Parágrafo único – O Colegiado Escolar, órgão representativo da comunidade escolar, com funções
consultiva e deliberativa nos assuntos relevantes ao funcionamento escolar, poderá participar das
deliberações dos órgãos da Caixa Escolar, e deverá aprovar, juntamente com a Diretoria e a
Assembleia Geral, a Programação Anual e o Plano de Aplicação de Recursos.
Seção I
Da Assembleia Geral
Art. 15 – A Assembleia Geral é constituída pela totalidade dos associados e é soberana em suas
deliberações, respeitadas as disposições deste estatuto.
Art. 16 – A Assembleia Geral reunir-se-á:
I – ordinariamente, duas vezes por ano;
II – extraordinariamente, sempre que convocada pelo presidente da Caixa Escolar, por 2/3 (dois
terços) dos membros do Conselho Fiscal ou por, no mínimo, 1/3 (um terço) dos associados, para
deliberar sobre matéria urgente, previamente informada no edital de convocação.
Parágrafo único – A Assembleia Geral será convocada, para reunião ordinária, com, no mínimo, 8
(oito) dias de antecedência. Para reunião extraordinária, a convocação deverá ocorrer com, no
mínimo, 48 (quarenta e oito) horas de antecedência. Em ambos os casos, a convocação deverá ser
divulgada, obrigatoriamente, com sua data, horário, local e pauta.
Art. 17 – A Assembleia Geral será instalada, em primeira chamada, com quorum de, no mínimo,
maioria absoluta dos membros da associação.
Parágrafo único – Caso não seja atingido o quorum necessário, decorridos 30 (trinta) minutos da
primeira convocação, a Assembleia Geral será instalada, em segunda chamada, com os membros da
associação presentes.
Art. 18 – A Assembleia Geral será presidida pelo Presidente da Caixa Escolar e, na sua ausência,
pelo Vice-Presidente.
Art. 19 – Cabe à Assembleia Geral:
I – fundar a Unidade Executora;
II – eleger e dar posse à Diretoria e ao Conselho Fiscal;
III – deliberar sobre a exclusão de membros em caso de motivo grave;
IV – discutir e aprovar a Programação Anual e o Plano de Aplicação de Recursos;
V – alterar o nome da Caixa Escolar, em decorrência da alteração do nome da escola;
VI – alterar o presente estatuto;
VII – destituir secretário, tesoureiro e/ou seus respectivos suplentes, e os membros do Conselho
Fiscal, quando for o caso;
VIII – deliberar sobre a extinção da Caixa Escolar XXXX, condicionada ao fechamento da unidade
escolar a qual encontra-se vinculada;
IX – deliberar sobre assuntos não previstos neste estatuto.
Parágrafo único – As decisões da Assembleia Geral sobre as matérias previstas nos incisos I, III, VI
e VII dar-se-ão mediante o quorum qualificado de 2/3 dos associados presentes e, para os demais
incisos, por maioria simples.
Sessão II
Da Diretoria
Art. 20 – A Diretoria da Caixa Escolar será constituída de presidente, vice-presidente, secretário,
tesoureiro e seus respectivos suplentes, qualificados na Ata da Assembleia Geral.
§1º – O presidente será sempre o Diretor da Unidade Escolar.
§2º – O suplente do Presidente será o Vice-Diretor da Unidade Escolar, quando houver, que o
substituirá nos seus impedimentos e afastamentos legais. Na falta de vice-diretor, o suplente será
escolhido, pela Assembleia Geral, entre servidores efetivos da Escola, por voto secreto da maioria
simples ou por aclamação.
§3º – O secretário e o tesoureiro, com seus respectivos suplentes, serão escolhidos para mandato de
3 (três) anos por voto secreto da maioria simples ou por aclamação, mediante chapas compostas por
profissionais da escola, registradas com antecedência mínima de 10 (dez) dias da data da eleição,
sendo permitida a reeleição por mais um período.
§4º – Em caso de vacância de qualquer dos cargos, o mesmo será preenchido pelo substituto legal
até o final do mandato, respeitados os cargos de Presidente e suplente do Presidente que
obrigatoriamente serão Diretor e Vice-Diretor da escola, respectivamente.
§5º – A direção da caixa escolar responde ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente pelos
atos praticados pela associação.
Art. 21 – O exercício dos cargos de direção não será remunerado.
Art. 22 – Os ocupantes dos cargos de secretário e tesoureiro poderão ser destituídos por decisão da
Assembleia Geral, quando constatado desvirtuamento de suas funções. Os ocupantes dos cargos de
presidente e vice-presidente só serão destituídos caso percam suas funções de Diretor e Vice-
Diretor, respectivamente, da unidade escolar.
Art. 23 – Compete à Diretoria:
I – gerenciar os recursos financeiros de acordo com o previsto no plano de trabalho e/ou planilha
aprovada pela SEDUC;
II – encaminhar ao Conselho Fiscal o balanço, as prestações de contas e os relatórios financeiros,
para parecer e aprovação;
III – enviar à SEDUC a prestação de contas dos recursos públicos recebidos e aplicados, para a
devida análise e aprovação, após apreciação do Conselho Fiscal;
IV – exercer atribuições previstas neste Estatuto e as que lhe forem legalmente conferidas;
V – divulgar este Estatuto e assegurar transparência em todas as suas ações;
VI – elaborar relatório anual das atividades.
VII – convocar Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária em casos de necessidades, conforme
previsto no Art. 16 deste Estatuto.
Art. 24 – Compete ao Presidente da Caixa Escolar:
I – coordenar as ações da Diretoria;
II – presidir as Assembleias Gerais e as reuniões da Diretoria;
III – convocar para Assembleia Geral e para reuniões da Diretoria e do Conselho Fiscal;
IV – autorizar a execução de planos de trabalhos aprovados pela Diretoria e Colegiado;
V – autorizar pagamentos e assinar cheques em conjunto com o Tesoureiro;
VI – representar a Caixa Escolar ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
VII – ler e tomar as providências cabíveis quanto à correspondência recebida e expedida;
VIII – exercer demais atribuições previstas neste Estatuto ou que lhe forem conferidas pela
Diretoria.
Art. 25 – Compete ao Vice-Presidente:
I – auxiliar o Presidente nas funções pertinentes ao cargo;
II – assumir as funções do (da) presidente quando este estiver impedido (a) de exercê-las.
Art. 26 – Compete ao Secretário:
I – elaborar a correspondência e a documentação: atas, cartas ofícios, comunicados, convocações
etc;
II – ler as atas em reuniões e Assembleias;
III – assinar, juntamente com o presidente, a correspondência expedida;
IV – manter organizada e arquivada a documentação expedida e recebida;
V – conservar o livro de atas em dia e sem rasuras;
VI – elaborar, juntamente com os demais membros da Diretoria, o relatório anual.
VII – exercer demais atribuições previstas neste Estatuto ou que lhe forem conferidas pela
Diretoria.
Art. 27 – Compete ao Tesoureiro:
I – assumir a responsabilidade da movimentação financeira (entrada e saída de valores);
II – assinar, juntamente com o (a) presidente, os cheques, recibos e balancetes;
III – elaborar, juntamente com o (a) presidente, as prestações de contas referentes aos recursos
executados pela Caixa Escolar;
IV – prestar contas, no mínimo a cada três meses, à Diretoria e ao Conselho Fiscal e, anualmente,
em Assembleia Geral, aos associados;
V – manter os livros contábeis (caixa e tombo) em dia e sem rasuras.
Seção III
Do Conselho Fiscal
Art. 28 – O Conselho Fiscal será constituído por 3 (três) membros titulares e 3 (três) suplentes,
sendo um representante de pais, um representante de professores e um representante de
funcionários, todos com suplentes dos respectivos seguimentos.
§1º – O Conselho Fiscal deverá ser eleito na primeira Assembleia Geral Ordinária subsequente à
eleição da Diretoria.
§2º – O mandato do Conselho Fiscal terá duração 03 (três) anos, permitida a reeleição por uma
única vez.
Art. 29 – Compete ao Conselho Fiscal:
I – examinar e aprovar a programação anual, o relatório e a prestação de contas, sugerindo
alterações, se necessário, mediante emissão de pareceres;
II – solicitar à Diretoria, sempre que se fizer necessário, esclarecimentos e documentos
comprobatórios de receita e despesa;
III – apontar à Assembleia Geral as irregularidades, sugerindo as medidas que julgar úteis a Caixa
Escolar;
IV – convocar a Assembleia Geral Ordinária, se o (a) Presidente da Caixa Escolar retardar por mais
de um mês a sua convocação, e convocar a Assembleia Geral Extraordinária sempre que ocorrerem
motivos graves e urgentes.
Parágrafo único – Compete ao suplente substituir o membro titular em caso de impossibilidade de
comparecimento a reunião ou em caso de vacância.
Sessão IV
Das Eleições da Diretoria e do Conselho Fiscal
Art. 30 – As eleições para os cargos de secretário e tesoureiro da Diretoria, bem como os cargos do
Conselho Fiscal, dar-se-ão em Assembleia Geral ordinária, por aclamação ou voto secreto, e a posse
deverá ocorrer nos 30 (trinta) dias subsequentes.
§1º – A apuração dos votos deverá ocorrer sob a fiscalização de uma comissão composta por
pessoas candidatas.
§2º – O Diretor da unidade escolar dará posse aos demais membros da Diretoria e aos membros do
Conselho Fiscal, devendo a posse ser lavrada em ata, em livro próprio da respectiva Caixa Escolar.
Art. 31 – Antes de findar o mandato, realizar-se-ão as eleições, em prazo hábil, para garantir a nova
composição da Caixa Escolar, respeitando o prazo da administração anterior.
CAPÍTULO VI
DOS RECURSOS E SUA APLICAÇÃO
Art. 32 – Os Meios e recursos para viabilizar o alcance dos objetivos da Caixa Escolar XXXX serão
obtidos mediante:
I – subvenções e auxílios repassados pela União, Estado, Município, por particulares e entidades
públicas ou privadas, associações de classe e outras;
II – receita oriunda de eventos e promoções legalmente permitidas;
III – contribuições voluntárias dos alunos, pais ou responsáveis ou da comunidade.
Art. 33 – Os recursos financeiros da Caixa Escolar serão depositados em conta mantida em
estabelecimento bancário, autorizado pelo Banco Central do Brasil a atuar no mercado financeiro,
efetuando-se sua movimentação por meio de cheques nominais ou ordens de pagamento ao credor,
emitidos solidariamente pelo presidente e pelo tesoureiro.
Parágrafo único – Os recursos provenientes das diferentes fontes serão depositados em contas
bancárias distintas e específicas.
Art. 34 – Os membros da Diretoria que autorizarem a despesa ou efetuarem o pagamento,
responderão solidariamente pelas obrigações administrativas e financeiras da caixa escolar que
tenham sido feitas em desacordo com as normas pertinentes.
Art. 35 – A Caixa Escolar XXX poderá, a qualquer tempo, sofrer intervenção das autoridades
competentes da Secretaria de Educação, decorrentes de indícios ou denúncias de irregularidades na
execução financeira de seus recursos.
§1º – Será composta uma comissão de interventores, presidida por um servidor indicado pelo titular
da pasta da Secretaria Municipal de Educação, e por 3 (três) associados da Caixa Escolar, eleitos em
Assembleia Geral Extraordinária especificamente convocada para tal fim.
§2º – A comissão deverá desenvolver suas atividades em 3 (três) meses, prorrogável uma vez por
igual período, durante o qual deverá proceder à regularização dos recursos e da prestação de contas,
bem como instaurar sindicância para apurar irregularidades e responsabilidades.
CAPÍTULO V
DA DISSOLUÇÃO DA CAIXA ESCOLAR XXX
Art. 36 – A Caixa Escolar XXX somente poderá ser dissolvida:
I – em decorrência da extinção da Unidade Escolar;
II – por decisão judicial, transitada em julgado.
Parágrafo único – Em caso de dissolução da Caixa Escolar a última Diretoria em exercício deverá:
I – encaminhar relação do patrimônio da escola à Secretaria Municipal de Educação;
II – encerrar todas as contas bancárias de movimentação de recursos da Caixa Escolar;
III – transferir os bens patrimoniais ao Município de Contagem, por meio da Secretaria Municipal
de Educação;
IV – regularizar as prestações de contas que foram objetos de execução de responsabilidade da
diretoria;
V – requerer a baixa do Estatuto no Cartório competente de registro dos atos constitutivos da
referida Caixa Escolar;
VI – efetuar a baixa do CNPJ da Caixa Escolar junto à Receita Federal do Brasil.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 37 – É vedado à Caixa Escolar XXX exercer qualquer atividade de caráter comercial no âmbito
da Unidade Escolar.
Art. 38 – A Caixa Escolar constituirá um fundo de reserva para situações emergenciais, cujo
percentual deverá ser decidido pela Diretoria, em assembleia.
Art. 39 – O exercício social da Caixa Escolar XXX coincide com o exercício financeiro do
Município de Contagem.
Art. 40 – Os casos omissos neste Estatuto serão dirimidos em Assembleia Geral, com observância à
legislação pertinente e às normas da Secretaria Municipal de Educação.
Art. 41 – O presente Estatuto foi aprovado pela Assembleia Geral realizada no dia __ de __ de ___,
no Município de Contagem, e entrará em vigor a partir do registro no Cartório competente.
Contagem, XX de XX de XXXX.
Nome do Presidente
CPF
Testemunhas:
Assinatura Assinatura
CPF CPF
Visto do Advogado:
ANEXO II
MODELO DE TERMO DE COMPROMISSO
TERMO DE COMPROMISSO Nº XXX/XXXX, que entre si celebram o MUNICÍPIO DE
CONTAGEM e a CAIXA ESCOLAR XXXX
O MUNICÍPIO DE CONTAGEM com sede na Praça Presidente Tancredo Neves nº. 200, Bairro
Camilo Alves, Contagem/MG, inscrito no CNPJ sob o nº. 18.715.508/0001-31, doravante
denominado MUNICÍPIO, por intermédio da Secretaria Municipal de Educação - SEDUC, neste
ato representado pelo Secretário Municipal XXX, (QUALIFICAÇÃO), e do outro lado a CAIXA
ESCOLAR XXX, entidade civil sem fins lucrativos, (QUALIFICAÇÃO), doravante denominada
CAIXA ESCOLAR, neste ato representada por seu (sua) Presidente XXX, (QUALIFICAÇÃO),
acordam firmar o presente TERMO DE COMPROMISSO, nos termos do Decreto Municipal nº
XX, de XX de XXXXXX de 2018, da Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e, no que
couber, da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993 e do Decreto Municipal nº 30, de 23 de
fevereiro de 2017, e ainda nos termos da proposta do Plano de Trabalho e pelas cláusulas a seguir
expressas, definidoras dos direitos, obrigações e responsabilidades das partes.
CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO
1.1 – O presente Termo de Compromisso tem por objeto a execução do PROGRAMA DE
MANUTENÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA, de forma a contribuir
supletivamente para a melhoria da estrutura física e das atividades pedagógicas da ESCOLA
MUNICIPAL XXX.
1.2 – O MUNICÍPIO realizará o repasse de recursos financeiros à CAIXA ESCOLAR de acordo
com o Plano de Trabalho anexo, parte integrante e indissociável deste ajuste (Anexo I).
Parágrafo único – O Plano de Trabalho poderá ser revisto para alteração, respeitada a legislação
vigente e após proposta previamente justificada pela CAIXA ESCOLAR e acolhida em parecer
técnico favorável da área técnica competente da SEDUC, ratificado pelo Secretário de Educação ou
por quem este delegar a competência, vedada alteração do objeto.
CLÁUSULA SEGUNDA – DA VIGÊNCIA
2.1 O presente Termo de Compromisso terá vigência por 12 (doze) meses, com início a partir da
data de sua assinatura.
§1º – No mínimo 30 (trinta) dias antes de seu término, havendo possibilidade legal e interesse dos
partícipes, a parceria poderá ter seu prazo de execução prorrogado, mediante termo aditivo e prévia
autorização do MUNICÍPIO, respeitada a legislação vigente, após proposta previamente justificada
pela CAIXA ESCOLAR e aprovação de novo Plano de Trabalho pela SEDUC.
§2º – O MUNICÍPIO prorrogará de ofício a vigência da parceria quando der causa ao atraso na
liberação dos recursos, limitada a prorrogação ao exato período do atraso verificado.
CLÁUSULA TERCEIRA – DO VALOR E DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
3.1 – O presente Termo de Compromisso tem o valor de R$ XXX,XX (valor por extenso), conforme
Plano de Trabalho em anexo.
3.2 – As despesas decorrentes da parceria correrão à conta do orçamento vigente, na seguinte
dotação orçamentária:
• XXX, Fonte XXX
CLÁUSULA QUARTA – DA LIBERAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS
4.1 – Os recursos para cobrir despesas correntes serão liberados em 4 (quatro) parcelas, e os
recursos para cobrir despesas de capital serão liberados em parcela única, conforme o Cronograma
de Desembolso constante no Plano de Trabalho.
4.2 – Os recursos previstos na cláusula 3.1 serão transferidos eletronicamente na Conta Corrente nº
XXX, Agência nº XXX, do Banco XXX, pela qual serão obrigatoriamente movimentados.
§1º – Sob nenhuma hipótese haverá antecipação de pagamento.
§2º – Os recursos serão automaticamente aplicados em cadernetas de poupança, fundo de aplicação
financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública,
enquanto não empregados na sua finalidade.
§3º – Ocorrendo impropriedades e/ou irregularidades na execução desse Termo de Compromisso, o
MUNICÍPIO obriga-se a notificar, de imediato, a CAIXA ESCOLAR, afim de proceder ao
saneamento da irregularidade ou a cumprir a obrigação, observado o prazo máximo de 30 (trinta)
dias.
§4º – É vedada a utilização dos recursos provenientes deste Termo de Compromisso:
a) em finalidade diversa da estabelecida no Plano de Trabalho a que se refere este instrumento,
ainda que em caráter de emergência.
b) no pagamento de despesas efetuadas em data anterior ou posteriormente ao período de vigência
acordado,
c) na realização de despesas com taxas bancárias, multas, juros ou correção monetária, referente a
pagamentos ou recolhimentos fora do prazo;
d) na realização de despesas a título de taxa de administração, gerência ou similar;
e) no pagamento, a qualquer título, a servidor ou empregado público, integrante de quadro de
pessoal de órgão ou entidade pública da administração direta ou indireta, por serviços de consultoria
ou assistência técnica;
f) na realização de despesas com publicidade, salvo as de caráter educativo, informativo ou de
orientação social, desde que relacionadas ao objeto desta parceria ou previstos no Plano de
Trabalho, e das quais não constem nomes, símbolos ou imagens que caracterizam promoção pessoal
de autoridades, de servidores públicos e/ou de outras pessoas físicas;
g) na aquisição e locação de imóveis;
h) na execução de construções, reformas e ampliações no imóvel escolar sem aprovação prévia da
SEDUC;
i) na aquisição de veículos;
j) na concessão e contratação de empréstimos, garantia em aval, fiança ou caução, sob qualquer
forma;
k) aquisição de produtos alimentícios, assistência médico-odontológica, farmacêutica e psicológica
e outras formas de assistência social;
l) despesas elencadas no art. 71 da Lei Federal nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Base da Educação
Nacional).
4.3 – Para a aquisição de bens e a contratação serviços com emprego de recursos provenientes do
MUNICÍPIO, a CAIXA ESCOLAR deverá observar os princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade, economicidade e eficiência, e deverão observar os seguintes
procedimentos e limites:
§1º – Cada contratação de despesas relativas à compra de bens e prestação de serviços não poderá
exceder o valor global de R$ 30.000,00 (trinta mil reais);
§2º – No caso da contratação de obras de ampliação ou reforma de prédios escolares, o valor global
não poderá exceder a R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
§3º – O valor efetivo da compra ou contratação deverá ser compatível com o valor médio de
mercado, e será comprovado mediante a utilização de um dos seguintes parâmetros:
I – Portal de Compras Governamentais – www.comprasgovernamentais.gov.br;
II – pesquisa publicada em mídia especializada, sítios eletrônicos especializados ou de domínio
amplo, desde que contenha a data e hora de acesso, ou;
III – pesquisa com, no mínimo, três fornecedores ou prestadores de serviço distintos, comprovada
por meio de orçamentos que indiquem o quantitativo, o valor unitário do bem ou o valor da
prestação de serviços, a data do orçamento e o período de sua validade, e o CNPJ do fornecedor.
§4º – No caso da contratação de obras e serviços de engenharia, o valor médio deverá ser
compatível com os custos unitários de referência oficiais, como o Sistema Nacional de Pesquisa de
Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI, a Planilha Referencial de Preços da Secretaria de
Estado de Transportes e Obras Públicas – SETOP, a tabela de preços SUDECAP, ou afins.
§5º – No caso do inciso III do § 3º, os fornecedores ou executores não poderão ter pendências junto
aos órgãos municipais, estaduais e federais, o que deverá ser comprovado pela juntada ao
orçamento ofertado de Certidões Negativas de Débitos municipais, estaduais e federais, e o
Certificado de Regularidade Fiscal do FGTS. No caso de fornecedor pessoa jurídica, será necessário
apresentar a relação nominal atualizada de seus sócios e dirigentes, para comprovar a inexistência
de vínculos com a administração pública.
CLÁUSULA QUINTA – DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DAS CONTRATANTES
5.1 – COMPETE AO MUNICÍPIO:
a) manter a supervisão, o acompanhamento, o controle e a avaliação da execução do Plano de
Trabalho, parte integrante deste Termo de Compromisso;
b) efetuar a transferência dos recursos financeiros previstos para a execução deste Termo de
Compromisso, conforme estabelecido no Cronograma de Desembolso do Plano de Trabalho;
c) analisar as prestações de contas encaminhadas pela CAIXA ESCOLAR;
d) proceder à publicação do presente instrumento, por Extrato, no Diário Oficial de Contagem;
e) prorrogar, de ofício, a vigência deste Termo de Compromisso, quando houver atraso na liberação
dos recursos, limitada a prorrogação ao exato período de atraso verificado.
f) orientar os servidores responsáveis pela liquidação e pagamento das faturas para que verifiquem
a presença dos documentos citados no processo antes de executarem a liquidação e o pagamento;
g) arquivar todos os documentos pertinentes à parceria por, no mínimo, 5 (cinco) anos.
h) na hipótese de inexecução exclusiva por culpa da CAIXA ESCOLAR, o MUNICÍPIO poderá,
exclusivamente para assegurar o atendimento de serviços essenciais à população, por ato próprio
independentemente de autorização judicial, a fim de realizar ou manter a execução das metas ou
atividades pactuadas, retomar os bens públicos em poder da CAIXA ESCOLAR, qualquer que
tenha sido a modalidade ou título que concedeu direitos de uso de tais bens, e/ou assumir a
responsabilidade pela execução do restante do objeto previsto no plano de trabalho, no caso de
paralisação, de modo a evitar sua descontinuidade, devendo ser considerado na prestação de contas
o que foi executado pela CAIXA ESCOLAR até o momento em que o MUNICÍPIO assumiu essa
responsabilidade;
i) divulgar, pela internet, os meios para apresentação de denúncia sobre a aplicação irregular dos
recursos transferidos.
5.2 – COMPETE À CAIXA ESCOLAR:
a) executar o objeto pactuado, em conformidade com o Plano de Trabalho, observando as normas
legais vigentes, notadamente a legislação relativa às ações de educação;
b) manter atualizada a escrituração contábil especifica dos atos relativos à execução deste Termo de
Compromisso, para efeito de fiscalização sem prévio aviso;
c) receber e movimentar os recursos relativos a este instrumento, em conta bancária especifica,
inclusive os resultantes de sua eventual aplicação no mercado financeiro, exclusiva e
tempestivamente, no cumprimento do objeto deste Termo de Compromisso;
d) observar os valores médios de mercado para a contratação de serviços ou aquisição de produtos
vinculados à execução deste Termo de Compromisso, nos termos do art. 12 do Decreto XX/2018;
e) Prestar contas dos recursos financeiros recebidos;
f) facilitar, aos órgãos competentes do MUNICÍPIO, a supervisão, acompanhamento, fiscalização e
auditoria das ações relativas ao cumprimento do presente Termo de Compromisso, assegurando aos
mesmos a possibilidade de, a qualquer momento, ter acesso a informações nas áreas contábil e
administrativa;
g) permitir e facilitar o acesso de agentes do MUNICÍPIO, de membros do Conselho Municipal de
Educação e demais órgãos de fiscalização interna e externa a todos os documentos relativos à
execução do objeto da parceria, prestando-lhes todas e quaisquer informações solicitadas, bem
como aos locais de execução do objeto; h) comunicar, de imediato, à Secretaria Municipal de Educação o encerramento ou interrupção
temporária das atividades, mudança de endereço e ou mudança na composição da diretoria;
i) Responsabilizar-se pelos prejuízos e danos pessoais e materiais que eventualmente venha a
causar à Administração ou a terceiros em decorrência da execução do objeto do presente Termo de
Compromisso, correndo exclusivamente às suas expensas os ressarcimentos ou indenizações
reivindicadas judicial ou extrajudicialmente;
j) executar o plano de trabalho, bem como aplicar os recursos públicos e gerir os bens públicos,
com observância aos princípios da legalidade, da legitimidade, da impessoalidade, da moralidade,
da publicidade, da economicidade, da eficiência e da eficácia;
k) zelar pela boa qualidade das ações e serviços prestados, buscando alcançar os resultados
pactuados de forma otimizada;
l) observar, no transcorrer da execução de suas atividades, todas as orientações emanadas do
MUNICÍPIO;
m) assegurar que toda divulgação das ações objeto da parceria seja realizada com o consentimento
prévio e formal do MUNICÍPIO;
n) utilizar os bens, materiais e serviços custeados com recursos públicos vinculados à parceria em
conformidade com o objeto pactuado;
o) responsabilizar-se pela legalidade e regularidade das despesas realizadas para a execução do
objeto da parceria, pelo que responderá diretamente perante o MUNICÍPIO e demais órgãos
incumbidos da fiscalização nos casos de descumprimento;
p) responsabilizar-se, exclusivamente, pelo gerenciamento administrativo e financeiro dos recursos
recebidos, inclusive no que diz respeito às despesas de custeio, de investimento e de pessoal.
q) restituir os recursos recebidos, nos casos previstos na legislação.
CLÁUSULA SEXTA –– DA FISCALIZAÇÃO
6.1 – A fiscalização da parceria será feita pela Secretaria Municipal de Educação, com as seguintes
atribuições:
a) acompanhar e fiscalizar a execução da parceria;
b) informar ao superior hierárquico a existência de fatos que comprometam ou possam
comprometer as atividades ou metas da parceria e de indícios de irregularidades na gestão dos
recursos, bem como as providências adotadas ou que serão adotadas para sanar os problemas
detectados;
c) emitir parecer técnico conclusivo de análise da prestação de contas final;
d) comunicar ao administrador público a inexecução por culpa exclusiva da CAIXA ESCOLAR;
e) em caso de irregularidade ou inexecução parcial, notificar a CAIXA ESCOLAR para, no prazo
de 30 (trinta) dias, sanar a irregularidade; cumprir a obrigação; ou justificar a impossibilidade de
saneamento da irregularidade ou cumprimento da obrigação.
f) realizar a conferência e a checagem do cumprimento das metas e suas respectivas fontes
comprobatórias, bem como acompanhar e avaliar a adequada implementação da política pública,
verificando a coerência e veracidade das informações apresentadas nos relatórios gerenciais;
g) assumir a responsabilidade pela execução, no caso de paralisação ou de fato relevante que venha
a ocorrer.
CLÁUSULA SÉTIMA – DA IMPUGNAÇÃO DAS DESPESAS
7.1 – As despesas serão impugnadas e a Caixa Escolar notificada:
a) quando a utilização dos recursos repassados e pactuados neste Termo de Compromisso tiver
finalidade diversa da estabelecida no Plano de Trabalho a que se refere este instrumento, bem como
no pagamento de despesas efetuadas anterior ou posteriormente ao período de vigência acordado,
ainda que em caráter de emergência.
b) quando não houver comprovação da correta aplicação dos recursos, na forma da legislação
aplicável, inclusive mediante procedimentos de fiscalização local, realizados periodicamente pelo
MUNICÍPIO e /ou pelo órgão competente do Poder Executivo Municipal;
c) quando verificar desvio da finalidade na aplicação dos recursos, atrasos não justificados no
cumprimento das etapas ou fases programadas, práticas atentatórias aos princípios fundamentais da
Administração Pública nas contratações e demais atos praticados na execução deste Termo de
Compromisso;
d) quando a CAIXA ESCOLAR descumprir quaisquer cláusulas ou condições estabelecidas neste
Termo de Compromisso.
7.2 – Findo o prazo da notificação, sem que as impropriedades e/ou irregularidades tenham sido
sanadas, ou cumprida a obrigação, o Secretário Municipal de Educação determinará a instauração
da tomada de contas especial do responsável e a imediata suspensão de liberação de parcelas
seguintes.
CLÁUSULA OITAVA – DOS BENS
8.1 – Os bens adquiridos, produzidos ou transformados pela CAIXA ESCOLAR com recursos da
parceria não compõem o patrimônio desta e deverão ser utilizados em estrita conformidade com o
objeto pactuado.
8.2 – Extinto o ajuste por realização integral de seu objeto, os bens adquiridos, produzidos ou
transformados com recursos da parceria serão entregues ao MUNICÍPIO, para assegurar a
continuidade do objeto pactuado, seja por meio da celebração de nova parceria, seja pela execução
direta do objeto pela administração pública municipal.
8.3 – Na hipótese de dissolução da CAIXA ESCOLAR durante a vigência da parceria, os bens
remanescentes deverão ser retirados pelo MUNICÍPIO, no prazo de até 30 (trinta) dias, contado da
data de notificação da dissolução.
8.4 – Caso a CAIXA ESCOLAR adquira equipamentos e materiais permanentes com recursos
provenientes da celebração da parceria, estes serão gravados com cláusula de inalienabilidade,
restando formalizada a promessa da transferência de sua propriedade para o MUNICÍPIO, em caso
de extinção da CAIXA ESCOLAR, conforme disposto no Decreto Municipal XXX/2018.
CLÁUSULA NONA – DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
9.1 – A CAIXA ESCOLAR elaborará e apresentará ao MUNICÍPIO prestação de contas na forma
discriminada nos artigos 15 a 18 do Decreto Municipal nº XXX/2018 e demais legislação e
regulamentação aplicáveis.
9.2 – A CAIXA ESCOLAR deverá apresentar prestação de contas parciais dos recursos destinados
às despesas correntes, e prestação de contas final, que deverá conter a prestação de contas da
totalidade dos recursos destinados às despesas correntes e às despesas de capital, observando o
seguinte regime:
a) o repasse da primeira parcela será condicionado à aprovação das prestações de contas parciais do
Termo de Compromisso anterior;
b) o repasse da segunda parcela será condicionado à aprovação da prestação de contas final do
Termo de Compromisso anterior, bem como pela aprovação do balancete anual, e à apresentação da
prestação de contas da primeira parcela do novo Termo;
c) o repasse da terceira parcela será condicionada à aprovação da prestação de contas da primeira
parcela e à apresentação da prestação de contas da segunda parcela;
d) o repasse da quarta parcela será condicionada à aprovação da prestação de contas da segunda
parcela e à apresentação da prestação de contas da terceira parcela.
9.3 – Os recursos para cobrir despesas de capital serão liberados em parcela única, cuja prestação de
contas deverá ser apresentada juntamente com a prestação de contas final.
9.4 – Os originais das faturas, recibos, notas fiscais e quaisquer outros documentos comprobatórios
de despesas deverão ser emitidos em nome da CAIXA ESCOLAR, devidamente identificados com
o número do Termo de Compromisso XXX/XXXX, e mantidos em sua sede, em arquivo e em boa
ordem, à disposição dos órgãos de controle interno e externo, pelo prazo de 10 (dez) anos, contados
a partir da aprovação da prestação de contas ou da tomada de contas especial pelo Tribunal de
Contas do Estado, relativa ao exercício da gestão, separando-se os de origem pública daqueles da
própria CAIXA ESCOLAR.
9.5 – Para fins de comprovação dos gastos, não serão aceitas despesas efetuadas em data anterior ou
posterior ao período de vigência da parceria.
9.6 – A falta de prestação de contas nas condições estabelecidas nesta cláusula e na legislação
aplicável, ou a sua desaprovação pelos órgãos competentes do MUNICÍPIO, implicará a suspensão
das liberações subsequentes, até a correção das impropriedades ocorridas.
9.7 – Constatada irregularidade, atraso ou inadimplência na apresentação da prestação de contas
parcial, o Secretário Municipal de Educação suspenderá imediatamente a liberação de recursos e
notificará a CAIXA ESCOLAR, dando-lhe o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável, em casos
extraordinários e a pedido da CAIXA ESCOLAR, por mais 30 (trinta) dias, para sanar a
irregularidade ou cumprir a obrigação.
9.8 – A responsabilidade da CAIXA ESCOLAR pelo pagamento dos encargos trabalhistas,
previdenciários, fiscais e comerciais relativos ao funcionamento da instituição e à execução do
objeto da parceria é exclusiva, não se caracterizando responsabilidade solidária ou subsidiária do
MUNICÍPIO pelos respectivos pagamentos, qualquer oneração do objeto da parceria ou restrição à
sua execução.
9.9 – A Prestação de Contas deverá ser aprovada, em sede preliminar, pelo Conselho Fiscal da
CAIXA ESCOLAR.
9.10 – Todas as prestações de contas deverão ser encadernadas com todos os anexos, assinados pelo
Presidente da CAIXA ESCOLAR, e entregue em uma via original à Diretoria Financeira da
SEDUC.
9.11 – As despesas serão comprovadas mediante documentos originais fiscais, contratuais e/ou
equivalentes.
9.12 – Deverão constar obrigatoriamente nas prestações de contas as Certidões Negativas de
Débitos e os Certificados de Regularidade Fiscal das empresas prestadoras de serviços e
fornecedoras de bens de consumo e permanentes.
9.13 – A prestação de contas final de execução do objeto e de execução financeira, da aplicação dos
recursos recebidos em transferência, dos de contrapartida oferecidos e dos de rendimentos apurados
em aplicações no mercado financeiro será feita em 20 (vinte) dias a partir do fim da vigência do
presente Termo de Compromisso, podendo ser prorrogável por mais 10 (dez) dias, mediante
solicitação e justificativa da CAIXA ESCOLAR, para apresentação da Prestação de Contas final
CLÁUSULA DÉCIMA – DA AÇÃO PROMOCIONAL
10.1 – Em qualquer ação promocional relacionada à parceria serão, obrigatoriamente, seguidas as
orientações do MUNICÍPIO.
10.2 – É vedada à CAIXA ESCOLAR a realização de qualquer ação promocional relativa ao objeto
da parceria sem o consentimento prévio e formal do MUNICÍPIO.
10.3 – Caso a CAIXA ESCOLAR realize ação promocional sem a aprovação do MUNICÍPIO e
com recursos da parceria, o valor gasto deverá ser restituído à conta dos recursos disponibilizados e
o material produzido deverá ser imediatamente recolhido.
10.4 – A divulgação de resultados técnicos, bem como todo e qualquer ato promocional relacionado
ao desenvolvimento ou inovação tecnológica e/ou metodológica, decorrentes de trabalhos
realizados no âmbito da presente parceria, deverá apresentar o brasão oficial de Contagem, sendo
vedada a sua divulgação total ou parcial sem o consentimento prévio e formal do MUNICÍPIO.
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DA DENÚNCIA E DA RESCISÃO
11.1 – A presente parceria poderá, a qualquer tempo, ser denunciada por qualquer dos partícipes,
mediante notificação escrita com antecedência de 60 (sessenta) dias, e será rescindido por infração
legal ou descumprimento das obrigações assumidas, ou pela superveniência de norma legal ou fato
que o torne jurídica, material ou formalmente inexequível.
11.2 – Ocorrendo a rescisão ou a denúncia do presente ajuste, MUNICÍPIO e CAIXA ESCOLAR
responderão pelas obrigações assumidas até a data de assinatura do respectivo termo de
encerramento, devendo a CAIXA ESCOLAR apresentar ao MUNICÍPIO, no prazo de até 30 (trinta)
dias, a documentação comprobatória do cumprimento das obrigações assumidas até aquela data.
11.3 – Os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das
aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos ao MUNICÍPIO por meio de Documento de
Arrecadação, à conta corrente nº. XXXX, Agência XXXX, Banco XXXXX, Titular Prefeitura
Municipal de Contagem.
11.4 – Havendo indícios fundados de malversação do recurso público, o MUNICÍPIO deverá
instaurar Tomada de Contas Especial, para apurar irregularidades que tenham motivado a rescisão
da parceria.
11.5 – Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do presente ajuste, não tendo ocorrido
a utilização total dos recursos financeiros recebidos do MUNICÍPIO, fica a CAIXA ESCOLAR
obrigada a restituir, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias contados da data do evento, os saldos
financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações financeiras,
acrescidos de correção monetária e de juros de mora, devendo encaminhar o respectivo
comprovante de depósito bancário ao MUNICÍPIO.
11.6 – A inobservância do disposto no item anterior ensejará a imediata instauração da tomada de
contas especial, sem prejuízo da inscrição de demais sanções e medidas cabíveis.
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – DAS ALTERAÇÕES
12.1 – Este termo poderá ser alterado, mediante termo aditivo, em qualquer de suas cláusulas e
condições, exceto no que tange ao seu objeto, de comum acordo, desde que tal interesse seja
manifestado por qualquer dos partícipes, previamente e por escrito, observado o disposto neste
termo e na legislação aplicável.
Parágrafo único – Dispensam a elaboração de Termo Aditivo, podendo ser utilizada a certidão de
apostilamento, as seguintes alterações:
a) utilização de rendimentos de aplicações financeiras ou de saldos porventura existentes antes do
término da execução da parceria;
b) remanejamento de recursos sem a alteração do valor global;
c) prorrogação da vigência, antes de seu término, quando o MUNICÍPIO tiver dado causa ao atraso
na liberação de recursos financeiros; ficando a prorrogação limitada ao exato período do atraso
verificado; ou
d) indicação dos créditos orçamentários de exercícios futuros.
CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
14.1 – Todas as comunicações relativas a este Termo de Compromisso serão consideradas como
regularmente efetuadas quando realizadas por meio eletrônico e se entregues por protocolo ou
remetidas por correspondências, telegrama ou fax ou devidamente comprovadas por Aviso de
Recebimento (AR), no endereço dos partícipes.
14.2 – As reuniões entre representantes credenciados pelos partícipes, bem como quaisquer
ocorrências que possam ter implicações neste Termo de Cooperação serão aceitas somente se
registradas em ata ou relatório circunstanciado.
14.3 – O MUNICÍPIO não responde, subsidiária ou solidariamente, pela ausência de cumprimento
das obrigações fiscais, trabalhistas, previdenciárias e comerciais assumidas pela CAIXA
ESCOLAR, não se responsabilizando, ainda, por eventuais demandas judiciais.
14.4 – Os casos omissos serão resolvidos pela legislação aplicável à espécie.
CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - DO FORO
15.1 – Fica eleito o Foro da Comarca de Contagem para dirimir quaisquer questões resultantes da
execução ou da interpretação deste instrumento e que não puderem ser resolvidas
administrativamente.
E, por estarem de acordo com as cláusulas e condições ajustadas, firmam o presente termo, em 2
(duas) vias de igual teor, na presença das testemunhas abaixo assinadas, para que produza os efeitos
legais.
Contagem, de de .
Secretário Municipal de Educação
Caixa Escolar XXX
Testemunhas:
Nome:
RG:
CPF:
Nome:
RG:
CPF:
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